Emergências Clínicas
Emergências Clínicas
Emergências Clínicas
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
• 1ª causa geral de mortalidade no nosso meio;
• Mais de 280.000 brasileiros morrem por ano de IAM (Infarto Agudo do Miocárdio);
• 50% das vítimas morrem antes de chegar ao Hospital.
Insuficiência Coronariana
O coração tem seus próprios vasos sanguíneos para suprir o músculo cardíaco
(miocárdio).
As artérias e veias coronárias irrigam e nutrem o músculo e a bomba (coração)
desempenhando
sua função de bombear.
1 - Coronária Direita
2 - Coronária Descendente Anterior Esquerda
3 - Coronária Circunflexa Esquerda
4 - Veia Cava Superior
5 - Veia Cava Inferior
6 - Aorta
7 - Artéria Pulmonar
8 - Veias Pulmonares
As artérias coronarianas com dificuldade de transportar O2 provocam redução do
nível de O2,
comprometendo a bomba.
Através de um processo gradual lento, pode se instalar a Arteriosclerose (depósito
de cálcio,
gordura e outras substâncias.
Irregularidades na superfície interna dos vasos oportunizam adesão de plaquetas
com formação
de trombos êmbolos (trombo circulante).
FATORES DE RISCO PARA A DOENÇA CORONARIANA
Fatores que podem ser modificados:
Tabagismo
Colesterol elevado
Hipertensão arterial
Obesidade
Sedentarismo
Fatores que não podem ser modificados:
Hereditariedade
Idade
Sexo masculino
Diabetes
Angina do Peito
Situações de estresse emocional ou esforço físico, fazem com que o coração
trabalhe mais
aumenta exigência de fluxo se coronárias estreitadas não suprem demanda miocárdio
privado de O2 desenvolve dor no peito (Angina Pectoris).
SINAIS e SINTOMAS:
Dor torácica (retro-esternal ou pré-cordial), por esforço físico, estresse, refeição
volumosa,
exposição a temperaturas muito frias;
Dor que pode irradiar-se para o M.S.E, mandíbula e epigástrio. Raramente
ultrapassa 2 a 5 minutos;
Desaparece com repouso e uso de vasodilatador sublingual.
CUIDADOS:
Confortar e acalmar o paciente;
Mantê-lo em repouso absoluto, em posição confortável;
Oxigenar o paciente;
Tomar informações se o paciente faz uso de vasodilatador sublingual e se o tem
consigo;
Passar dados clínicos para o médico e aguardar instruções;
Se houver necessidade de transportá-lo, fazê-lo sem sirene, cuidadosamente,
monitorando os sinais vitais.
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
É quando ocorre necrose de parte do miocárdio, produzida pela falta de irrigação
sanguínea (isquemia) provocada pelo estreitamento ou oclusão da artéria coronária.
A causa principal do IAM é a aterosclerose das artérias coronárias.
Pode ser desencadeado por esforço físico, situações de estresse, fadiga, mas
também pode ocorrer em repouso.
O IAM é a causa mais frequente de morte súbita.
SINAIS e SINTOMAS:
Dor torácica de forte intensidade e prolongada (30 minutos a várias horas);
Dor que pode se localizar atrás do esterno e se irradiar para o M.S.E., ombro e
pescoço;
Dor que não alivia com repouso;
Falta de ar;
Náuseas e vômitos;
Sudorese;
Ansiedade, inquietação;
Alteração do ritmo cardíaco: bradicardia, taquicardia, assistolia ventricular;
Pode evoluir para inconsciência.
CUIDADOS:
Abordagem primária calma e segura, tranquilizando a vítima;
Manter a vítima confortável, em repouso absoluto;
Não permitir, em nenhuma hipótese, que o paciente se movimente ou se
desloque até a ambulância;
Administrar O2;
Conservar calor corporal;
Se o médico não estiver presente, reporte ao médico coordenador a história e
dados vitais e aguarde instruções;
Transporte rápido é fundamental, porém de forma cuidadosa, calma, SEM SIRENE;
Se a vítima estiver inconsciente, em Parada Cardiorrespiratória, iniciar manobras
de RCP e comunicar imediatamente ao médico coordenador.
# Quanto antes a vítima puder ser atendida em Hospital de Referência, maiores serão
as chances de reduzir a área do Infarto.
Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou Encefálico (AVE)
O AVC ocorre quando a circulação cerebral é interrompida por coágulos
sanguíneos ou por outra causa, da área do cérebro suprida por aquele vaso.
Existem 2 tipos básicos de AVC:
1º - ACIDENTE VASCULAR ISQUÊMICO - “Trombose”
O vaso pode ser obstruído por um êmbolo ou sua luz comprimida por um tumor
ou trauma, comprometendo a função da parte do cérebro que será afetada pela falta
de oxigenação.
2º - ACIDENTE VASCULAR HEMORRÁGICO - “Derrame”
O rompimento de um vaso sanguíneo cerebral ou ruptura de uma artéria cerebral
por aneurisma provocando hemorragia, poderá comprometer parte do cérebro pela
falta de oxigenação.
Poderá ainda haver um aumento da pressão intracraniana (PIC).
Essa situação é de maior gravidade pelo risco de compressão de áreas cerebrais
responsáveis pelas funções vitais.
SINAIS e SINTOMAS:
Depende do vaso lesado e da importância funcional da área cerebral envolvida.
Cefaleia;
Tontura;
Confusão mental;
Perda da função ou paralisia de extremidade (geralmente de um lado do corpo);
Paralisia facial (perda da expressão, geralmente de um lado da face com defeitos
na fala ou falaincompreensível).
Pode haver anisocoria, pulso rápido, respiração difícil, convulsão, coma;
Os casos podem ser súbitos e fugazes com recuperação espontânea (AVC
transitório) ou mais grave, confirmando a extensão do comprometimento cerebral.
CUIDADOS:
Assegurar a abertura e manutenção das vias aéreas
Tranqüilizar o paciente e mantê-lo em repouso
Monitorar sinais vitais
Não administrar nada via oral
Mantê-lo aquecido
Aguardar orientações médicas e transportá-la para o Hospital.
Convulsões
A convulsão é uma desordem cerebral que ocorre durante um breve período de
tempo.
O cérebro deixa de funcionar normalmente e passa a ter uma atividade anormal,
enviando
estímulos desordenados ao resto do corpo, iniciando as crises convulsivas.
A causa mais comum de convulsão é a epilepsia, porém inúmeras outras causas
podem provocar
crises convulsivas.
Dentre elas podemos citar as alterações cerebrais de nascimento, febre,
meningites,
intoxicações por drogas, abstinência alcoólica, tumores cerebrais, trauma craniano
(TCE) e AVC.
Epilepsia
Na epilepsia a crise convulsiva mais comum e que geralmente se solicita ajuda é a
conhecida
como “Crise Convulsiva Tônico-clônica” ou tipo “Grande Mal”.
Esta, pode fazer com que a pessoa caia no chão, fique com o corpo rígido e
comece com
movimentos desordenados e involuntários, com perda de consciência.
- Hipertensão intracraniana
- Coartação
- Feocromocitoma
- Álcool
- Corticosteróide
- Estrógenos
Comentários
- A HAS aumenta o risco de desenvolver doenças coronarianas (IAM) e cerebrais (AVC)
- Não se deve reduzir a PA imediatamente a níveis normais, ou seja: manter a
diastólica em
torno de 100 – 110 mm Hg, exceto no EAP.
- Evitar o uso de nifedipina SL pelo seu efeito de ação curta.
Sinais e Sintomas:
- Cefaleia;
- Náuseas;
- Rash cutâneo;
- Epistaxe (sangramento nasal).
Conduta na Epistaxe:
- Repouso sentado com a cabeça levemente inclinada para trás;
- Compressão moderada das narinas;
- Tamponamento nasal anterior;
- Compressas de gelo;
- Medicação específica*
Edema Agudo de Pulmão
Definição:
- É a súbita transudação plasmática dos capilares para o alvéolo pulmonar.
- Causado pelo aumento da pressão hidrostática, e diminuição das proteínas
plasmáticas, retenção
de água e sódio, etc.
Quadro Clínico:
- Mais freqüente à noite (o decúbito favorece maior fluxo sanguíneo ao coração
direito).
- Tosse seca, taquipnéia, opressão esternal, angústia, ansiedade, estertores de base,
posição
ortopneica, expectoração fluida, espumosa e rósea.
- Taquicardia, cianose, turgência jugular.
- Sudorese profusa, fria e viscosa.
Conduta:
- Elevar cabeceira ou sentar o paciente numa cadeira ou no próprio leito com as
pernas
pendentes;
Diagnóstico
- Pacientes sem sinais e sintomas da doença que apresentam duas glicemias de jejum acima de
- Pacientes sem sinais e sintomas da doença e que apresentam teste de sobrecarga com
glicemia
acima de 200 mg% após as 75 g de açúcar (geralmente pacientes que apresentam glicemia de
jejum entre 100 e 126 mg%)
Sinais e Sintomas:
- Emagrecimento
- Dificuldade de cicatrização
- Glicosúria
Conduta:
- Dieta
- Sob regulação:
- Hipoglicemiantes orais
- Insulina EV ou SC
Hipoglicemia
Definição:
- Excesso de exercício
Sinais e Sintomas:
- Sudorese,
- Tremor,
- Cefaléia,
- Confusão mental,
- Taquicardia,
- Coma.
Conduta:
- Ofertar oxigênio
Sob regulação:
- Aplicar glicose hipertônica (50%) 50ml / IV
Cólica Nefrética ou Renal
É decorrente de cálculos urinários (pedras).
Podem ocorrer em qualquer local do trato urinário, e são causas comuns de dor,
obstrução e
infecção secundária.
1:1000 adultos / ano, é hospitalizado devido a cálculos urinários.
Os cálculos variam de forma e tamanho (focos cristalinos a vários centímetros).
Cerca de 80% deles são compostos de oxalato de cálcio, 5% de ácido úrico.
A hipercalciúria idiopática, uma condição hereditária, está presente em 50% dos
homens e em
75% das mulheres.
Sinais e Sintomas:
- Dor lombar ou cólica renal, pode ocorrer quando o cálculo obstrui um ou mais
cálices, a pelve
renal, ou o ureter.
- Dor intermitente originando-se no flanco ou região lombar, irradiando-se através do
abdome, ao
longo do trajeto do ureter, podendo ir até a genitália;
- Cálculo vesical pode causar dor supra púbica.
- Náuseas, vômitos e distensão abdominal;
- Calafrios, febre
- Hematúria e frequência à micção;
- O rim afetado temporariamente pode não funcionar.
Diagnóstico:
- História clínica
- Exame físico
- Sumário de urina
- Urografia excretora.
Tratamento:
PROFILÁTICO:
Ingestão adequada e abundante de líquidos;
Restrição de alimentos ricos em ácido úrico (Consumo excessivo de purinas, ex:
carnes, peixes,
aves);
Correção do hiperparatireoidismo primário (metabolismo do cálcio).
TRATAMENTO SINTOMÁTICO – DEFINITIVO ?
- Ingestão abundante de líquidos;
Sob regulação:
- Hidratação venosa;