TOC - Protocolo de Atendimento
TOC - Protocolo de Atendimento
TOC - Protocolo de Atendimento
Somente no Brasil, é provável que existam entre 3 e 4 milhões de portadores do TOC. Muitas
dessas pessoas, embora tenham suas vidas gravemente afetadas, nunca foram diagnosticadas e nem
tratadas.
Com números tão relevantes precisamos desmistificar as dúvidas sobre o tema e trazer informação
para que você compreenda melhor o que o TOC representa na sua vida ou na vida de quem ama, e
como encontrar ajuda.
A pessoa com TOC, reflete a sua obsessão em pensamentos, imagens recorrentes e impulsos
persistentes que são vivenciados de forma intrusiva e não controlada.
Em relação à compulsão, estão os comportamentos e atos mentais repetitivos relativos a essa sua
obsessão desenvolvida.
Ou seja, a pessoa com TOC não consegue controlar esses pensamentos obsessivos e acaba por
adotar atitudes repetitivas que, de certa forma, aliviam essa necessidade e os sintomas de
ansiedade causadas pela doença.
Esses atos, considerados popularmente como rituais, acontecem várias vezes, de maneira
sistemática e podem interferir nas atividades pessoais, profissionais e na rotina comum das
pessoas.
O não cumprimento desses rituais provocam uma sensação de que algo ruim ou terrível possa
acontecer.
Causas de TOC
As causas do TOC, assim outras condições mentais como o transtorno de ansiedade generalizada,
ainda não são totalmente compreendidas, mas incluem três fatores principais:
Biologia – TOC pode ser um resultado de alterações na química natural do seu corpo ou
funções cerebrais;
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Iohanny de Oliveira Barbosa
Psicóloga CRP 03/26944 | E-mail: [email protected] | (74) 999824550
Genética – TOC pode ter um componente genético, mas genes específicos ainda não foram
identificados;
Meio Ambiente – Alguns fatores ambientais, como infecções, são sugeridos como
desencadeantes do TOC, mas são necessárias mais pesquisas.
Fatores de risco
Há alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolver ou desencadear transtorno
obsessivo-compulsivo:
História de família – Ter pais ou outros membros da família com o distúrbio pode
aumentar o risco de desenvolver o TOC;
Eventos de vida estressantes – Se você passou por eventos traumáticos ou estressantes,
seu risco pode aumentar. Esta reação pode, por algum motivo, desencadear os pensamentos
intrusivos, rituais e aflição emocional característicos do TOC;
Outros transtornos mentais – O TOC pode estar relacionado a outros transtornos
mentais, como transtornos de ansiedade, depressão, abuso de substâncias ou transtornos de
tiques.
Rituais e repetições;
Indecisão;
Lentidão para realizar tarefas;
Aflição;
Medo;
Culpa.
Além disso, o TOC pode ser classificado de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente,
destacando-se principalmente:
1) Medo de contaminação – esse subtipo aumentou no contexto delicado de saúde que se vive
hoje por conta da pandemia da COVID-19. Embora seja importante higienizar bem as mãos, uma
pessoa que sofre dessa condição pode lavar suas mãos dezenas de vezes em poucos minutos;
2) Simetria – nesses casos, o paciente imagina que a desorganização pode ter consequências
muito negativas como a morte de um ente querido ou até mesmo danos à sua própria vida;
5) Tiques – geralmente tem forte ligação com vivência da fase infantil, podendo ser tiques ligados
à ordem, posição ou classificação.
História real
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Iohanny de Oliveira Barbosa
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Conheça o relato real de uma pessoa que conviveu e superou o TOC:
Na época, eu queria muito morar fora e como diminuí os rituais tive uma melhora mas não a
cura.
Anos depois, de volta ao meu país tive uma crise muito forte. Tinha medo de tudo. Ficava tendo
pensamentos que me deixavam agoniada e rituais para aliviá-los. Tinha medo de fazer planos
para a semana seguinte porque estava muito doente.
Procurei ajuda na psicoterapia e tomei remédio. Ainda me lembro da primeira vez que estive com
a Lidiane Pontes. Estava amedrontada e muito sofrida. Ela me fez compreender como era o
processo do TOC.
Eu fui melhorando, dia após dia. Me espelhei na recuperação da Luciana Vendramini. Se ela
conseguiu, eu também iria conseguir. Eu sempre agradecia a Lidiane pela minha recuperação,
mas ela dizia que 60% do sucesso do tratamento era do paciente, 40% do psicólogo.
Eu agradeço a ela por me possibilitar ter uma vida normal. É muito libertador ter uma vida sem
medos. Se ainda tenho esses pensamentos? Muito raramente [pois] identifico logo que é do TOC.
Eles passam sem me trazer sofrimento. Vida normal, trabalho, estudo, em família, esportes, lazer.
Você também vai conseguir vencer essa doença”. S, 45 anos
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preferências de atitude na sua rotina.
Em geral, apenas um especialista pode identificar e interferir propondo um tratamento, mas você
pode considerar alguns aspectos para se compreender como tendo ou não o TOC.
Especialistas garantem que ter pequenas manias de organização, e de escolhas por caminhos e
meios de executar uma função é normal; passa a ser um transtorno obsessivo-compulsivo quando
se transforma em um ritual, que toma tempo, gere angústia, desistência de compromissos e atrasos
constantes.
Clínicos-gerais;
Neurologistas;
Psiquiatras;
Psicólogos;
Pediatras, no caso do transtorno aparecer em crianças.
O conjunto dessas especialidades ou de algumas dessas categorias médicas, irão avaliar quais são
os melhores tipos de tratamento para cada caso e nível do transtorno. Por exemplo, algumas
possibilidades de tratamento específicos para o TOC estão:
Medicamentos: remédios psicotrópicos são boas opções para tratar a maior parte dos transtornos
obsessivos-compulsivos. A principal classe é a dos antidepressivos inibidores da recaptação de
serotonina, que permitem, sobretudo em doses mais elevadas, atuar diretamente na redução dos
sintomas da condição;
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do transtorno obsessivo compulsivo.
Se você corre o risco de se machucar, tem pensamentos ilusórios ou psicose devido a outras
condições, a hospitalização pode ser benéfica.
ESCALAS
O médico classifica obsessões e compulsões em uma escala de 0 a 25, de acordo com a gravidade.
Uma pontuação total de 26 a 34 indica sintomas moderados a graves, e 35 ou acima indica
sintomas graves.
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