T. Esquizoafetivo
T. Esquizoafetivo
T. Esquizoafetivo
C U R S O D E P S I CO PATO L O G I A - I P S EM G
O que é Transtorno Esquizoafetivo?
Jacob Kasanin em 1933 cunhou o termo psicose esquizoafetiva
Início agudo, sintomatologia de humor proeminente, personalidade pré-mórbida e períodos de
psicose relativamente breves.
Fonte: www.frontiersin.org
Reducing the Diagnostic Heterogeneity of
Schizoaffective Disorder
Qual a validade do diagnóstico?
Santelmann, 2016:
36% mudaram de diagnóstico após esquizoafetivo
55% receberam outro diagnóstico antes e mudaram para esquizoafetivo
Cheniaux, 2008:
Morbidade familiar indica grupo heterogêneo de F31 e F20
T. humor com sintomas psicóticos incongruentes com humor: mais HF de F20
Quais as características do transtorno?
Não há diferença entre gênero
Casamento: F20 > F25 > F31
Probabilidade intermediária para sintomas psicóticos e de humor
Taxa de desemprego e déficit cognitivo: F20 > F25 > F31
Uso de substâncias e adaptação pré-mórbida: F31 > F25 > F20
Número de episódios: F31 > F25 > F20
Evolução clínica melhor ou igual a F20 e pior ou igual a F31
Quais os fatores genéticos envolvidos?
Fonte:
bipolarsymptoms.com/bipolar
-disorder-vs-schizophrenia/
Quais os fatores genéticos envolvidos?
Genes 1q42, 22q11 e 19p13 (Kantrowitz, 2011)
Gene da calreticulina (crom. 19): mecanismo de ação do lítio e valproato
16p13.3 associado também a autismo, deficit intelectivo e epilepsia
BDNF – Brain Derived Neurotrophic Factor (associado a humor)
DISC 1 e NRG1 comuns em F20, F25 e F31 (Jager, 2010)
Avaliação genética não é útil na prática clínica
Como afeta a cognição?
Estudos de grande escala mostram pouca diferença (heterogeneidade?)
Performance reduzida em todos os domínios cognitivos (Madre, 2016)
Déficit marcante em função executiva, memória de longo-prazo e atenção sustentada
Esquizoafetivos de início precoce ~ esquizofrênicos
Estudos mostram melhor desempenho que F20 em tarefas visuoespaciais e visuomotoras
Memória de trabalho verbal normal (prejudicada nos esquizofrênicos)
2005: WASI --> 35% neurocognição normal vs. 25% esquizofrenia paranoide
Como avaliar o paciente?
Humor/afeto
Pensamento
Sensopercepção
Linguagem
Atenção
Psicomotricidade
Crítica da morbidade
Qual o prognóstico do transtorno?
➢Pior prognóstico se: ➢Prognóstico relativamente bom:
HF de esquizofrenia História pregressa de mania
Sintomas de esquizofrenia sem depressão
Primeiro episódio como exacerbação de
episódios prévios
Funcionamento pré-mórbido pobre
Ausência de fator precipitante
Predominância de sintoma picóticos
Início precoce e recuperação insatisfatória
Kantrowitz, 2011
Como é o tratamento?
Resposta a tratamento: F31 > F25 > F20
•Antipsicóticos: 2a geração (1a geração testados antes da formulação)
Paliperidona (2 estudos com conflitos de interesses)
Haloperidol + amitriptilina > risperidona
Olanzapina e flufenazina foram superiores a haloperidol e lítio, respectivamente
•Lítio, carbamazepina e valproato: manutenção
•Antidepressivos
Pouca base de dados envolvendo tratamento específico
Referências bibliográficas
Madre M et al. Neuropsychological and neuroimaging underpinnings of schizoaffective disorder: a systematic
review. Acta Psychiatrica Scandinavica. 2016; 134: 16–30.
Cheniaux E et al. Does schizoaffective disorder really exist? A systematic review of the studies that compared
schizoaffective disorder with schizophrenia or mood disorders. Journal of Affective Disorders. 2008; 106: 209–
217.
Jager M, Haack S, Becker T, Frasch K. SchizoaffectiveSchizoaffective disorder – an ongoing challenge for psychiatric
nosology. European Psychiatry. 2011; 26: 159–165.
Kantrowitz JT, Citrome L. Schizoaffective Disorder. A Review of Current Research Themes and
Pharmacological Management. Drugs. 2011; 25 (4): 317-331.
Santelmann H, Franklin J, Bußhoff J, Baethge C. Diagnostic shift in patients diagnosed with schizoaffective
disorder: a systematic review and meta-analysis of rediagnosis studies. Bipolar Disorder. 2016; 18: 233–246.