Projeto Sistema Transmissao Prototipo
Projeto Sistema Transmissao Prototipo
Projeto Sistema Transmissao Prototipo
PONTA GROSSA
2020
1
DIEGO LEMOS SANTOS
VINÍCIUS ALVES BORGES
PONTA GROSSA
2020
2
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Ponta Grossa
Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Departamento Acadêmico de Mecânica
Bacharelado em Engenharia Mecânica
TERMO DE APROVAÇÃO
por
3
Resumo
4
Abstract
This work consists of the design of a transmission system for the UTForce team, a
student project for the construction of an electric vehicle type “formula” that participates
in a national competition. In order to obtain good results in the various evaluations of the
competition, the ideal is that the car should be light and the main objective of the new
transmission project and have a reduction of 20% in the mass of the system in relation
to the previous version. The transmission used was the chain and the set was
dimensioned according to the vehicles specifications, to select the best transmission
ratio used in the Optimum Lap software, for the mechanical parts used material selection
techniques and structural analysis using finite elements no software SolidWorks to obtain
the assembly that meets the efforts. The transmission ratio obtained was 9, which was
divided into a first stage of 2.25 and a second stage of 4 to reduce space, the material
used for the AISI 1045 steel axle and the wheel hub was the 6061-T6 aluminum. With
the final assembly and structural analysis, a transmission was established that meets the
dimensions and dynamics of the prototype with a 45% reduction in mass.
5
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
6
LISTA DE TABELAS
7
LISTA DE GRÁFICOS
8
Sumário
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 13
1.1 A EQUIPE UTForce e-racing ....................................................................................... 13
1.2 A COMPETIÇÃO FÓRMULA SAE BRASIL............................................................... 14
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 17
1.4 OBJETIVOS .................................................................................................................... 18
1.4.1 Objetivo Geral ......................................................................................................... 18
1.4.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................................... 19
2.1 TIPOS DE TRANSMISSÃO ......................................................................................... 19
2.2 SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE CORRENTE ............................................. 20
2.3 DIMENSIONAMENTO DE EIXO ................................................................................. 24
2.3.1 Cargas em Eixos .................................................................................................... 24
2.3.2 Método Geral Para Dimensionamento De Eixos ............................................... 24
2.3.3 Resistência À Fadiga Teórica Sf ' Ou Limite De Fadiga Se' Estimados ........ 26
2.3.4 Fatores De Correção Para A Resistência À Fadiga.......................................... 26
2.3.4.1 Efeito de solicitação ........................................................................................ 26
2.3.4.2 Efeito do tamanho ........................................................................................... 27
2.3.4.3 Efeito de superfície ......................................................................................... 27
2.3.4.4 Efeito de temperatura ..................................................................................... 28
2.3.4.5 Confiabilidade .................................................................................................. 29
2.3.5 Entalhes e Concentração de Tensões ............................................................ 29
2.5 CUBO DE RODA E JUNTAS DE TRANSMISSÃO .................................................. 31
2.6 DINÂMICA LONGITUDINAL ........................................................................................ 33
2.6.2 Resistência Ao Aclive ............................................................................................ 34
2.6.3 Resistência ao rolamento ...................................................................................... 35
2.6.4 Resistência Aerodinâmica ..................................................................................... 36
2.6.5 Escorregamento e tombamento em curva ......................................................... 38
2.7 ANÁLISE POR ELEMENTOS FINITOS ..................................................................... 39
2.8 SELEÇÃO DE MATERIAIS .......................................................................................... 41
2.9 COEFICIENTE DE SEGURANÇA .............................................................................. 43
3 METODOLOGIA......................................................................................................................... 44
3.1 SELEÇÃO DA RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO ........................................................ 44
3.2 SELEÇÃO DE MATERIAIS .......................................................................................... 45
3.3 ANÁLISE ESTÁTICA POR ELEMENTOS FINITOS ................................................ 47
11
3.3.1 Estrutura De Fixação ............................................................................................. 47
3.3.2 Mancal Do Diferencial ............................................................................................ 48
3.3.3 Semieixo .................................................................................................................. 49
3.3.4 Cubo De Roda ........................................................................................................ 49
4 RESULTADOS ............................................................................................................................ 52
4.1 SELEÇÃO DO COEFICIENTE DE SEGURANÇA ................................................... 52
4.2 SELEÇÃO DA RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO ........................................................ 53
4.3 MATERIAIS PARA OS EIXOS ............................................................................... 55
4.4 MATERIAIS PARA OS CUBOS DE RODA .......................................................... 58
4.5 DIMENSIONAMENTO DA CORRENTE DE TRANSMISSÃO .......................... 62
4.5.1 Rodas Dentadas ............................................................................................... 63
4.5.2 Corrente ............................................................................................................. 64
4.6 DIMENSIONAMENTO SEMIEIXO ......................................................................... 65
4.6.1 Tensão nos semieixos ..................................................................................... 65
4.6.2 Avaliação quanto a Fadiga.............................................................................. 66
4.6.3 Concentradores de tensão .............................................................................. 67
4.6.4 Cálculo do diâmetro dos semieixos ............................................................... 68
4.6.5 Cálculo dos Concentradores de tensão com valores corrigidos ............... 68
4.6.6 Cálculo do diâmetro dos semieixos com valores corrigidos ...................... 69
4.7 ANÁLISE ESTÁTICA POR ELEMENTOS FINITOS ........................................... 69
4.7.1 Estrutura de fixação ......................................................................................... 69
4.7.2 Mancal do diferencial ....................................................................................... 71
4.7.3 Semieixo ............................................................................................................ 73
4.7.4 Cubo de roda..................................................................................................... 75
4.7.5 MASSA FINAL ........................................................................................................ 77
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 79
6 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 80
12
1 INTRODUÇÃO
13
1.2 A COMPETIÇÃO FÓRMULA SAE BRASIL
Fonte: http://elbescoladepilotos.com.br/wp-content/uploads/2016/06/SnapCrab_NoName_2016-6-
2_20-30-36_No-00.jpg (2018)
14
O propósito da competição é fazer com que as equipes assumam que
trabalham para uma empresa que deve projetar, fabricar e apresentar um
protótipo de um veículo para o mercado amador (2017-18 Formula SAE Rules
(2018)).
15
Figura 3 - Vista aérea do percurso da prova Skid-pad
Provas Estáticas:
Apresentação 75
Custos e Manufatura 100
Design 150
Provas Dinâmicas:
Aceleração 100
Skid-Pad 75
Autocross 125
Endurance 275
Eficiência 100
Total de pontos: 1000
16
1.3 JUSTIFICATIVA
17
Além disso o CVT não funcionou conforme o esperado, pois, a correia
deslizava na partida fazendo o carro perder tração, isso fazia a correia
superaquecer, reduzindo a vida útil do componente e diminuindo o rendimento e
a confiabilidade de todo o sistema.
1.4 OBJETIVOS
-Projetar os semieixos;
18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Collins (2006, p. 621) diz que a transmissão por correia é mais indicada
quando a distância entre eixos rotativos é grande. Geralmente é mais simples e
mais econômico que as outras formas de transmissão, comumente são mais
silenciosas e de fácil reposição. Porém por conta do escorregamento e da
fluência, a razão da velocidade angular entre os eixos rotativos pode não ser
constante.
19
De acordo com Collins (2006, p. 621) a transmissão por corrente
normalmente é mais compacta que as por correias e menos que as por
engrenagens. Pode-se esperar uma longa vida útil para um sistema lubrificado
corretamente. É necessário apenas um ângulo de abraçamento, que pode ser
observado na figura 6 (ângulo que a correia ou corrente faz enquanto está em
contato com a roda dentada ou polia) mínimo de 120° para seu bom
funcionamento. O custo fica entre a transmissão por engrenagens e a
transmissão por correia.
20
Gráfico 1 - Gráfico para seleção do passo da corrente
21
Tabela 2 - Dimensões e limite de resistência a tração para uma corrente
22
Os diâmetros primitivos 𝑑𝑝 podem ser obtidos através da equação 1:
𝑝. 𝑧 (1)
𝑑𝑝 =
𝜋
2𝑐 𝑧1 + 𝑧2 𝑧2 − 𝑧1 2 𝑝 (3)
𝑥= + +( ) .
𝑝 2 2𝜋 𝑐
(4)
𝑝 𝑧1+ 𝑧2 𝑧1 + 𝑧2 2 𝑧2 − 𝑧1 2
𝑐 = . (𝑥 − + √(𝑥 − ) − 2. ( ) )
4 2 2 𝜋
𝑝 (5.1)
𝐿𝑘 = 𝑥.
103
𝐿𝑘 (5.2)
𝐿𝑘𝑤 = 𝐿𝑘 +
103
23
75𝑛 (7)
𝐹𝑡 =
𝑣𝑡
1⁄
3 (8)
3
2 2
√(𝐾𝑓𝑚 𝑀𝑚 ) + 3 (𝐾𝑓𝑠𝑚 𝑇𝑚 )
2 2
32𝑁𝑓 √(𝐾𝑓 𝑀𝑎 ) + 4 (𝐾𝑓𝑠 𝑇𝑎 ) 4
𝑑= +
𝜋 𝑆𝑓 𝑆𝑢𝑡
{ ⌊ ⌋}
24
respectivamente, 𝑇𝑎 e 𝑇𝑚 são o torque alternado e médio respectivamente, 𝐾𝑓𝑠 e
𝐾𝑓𝑠𝑚 são fatores de concentração de tensão torcional de fadiga para
componentes médias e alternantes e 𝑆𝑓 e 𝑆𝑢𝑡 são limite de resistência a fadiga e
tração respectivamente.
Conforme NORTON (1991, p. 313) qualquer esforço que varie no tempo,
eventualmente, provocará uma falha devido à fadiga. Em máquinas rotativas, as
cargas se repetem com alguma frequência. Normalmente descreve-se a função
como uma senoide ou em forma de dente de serra. As funções de tensão-tempo
de máquinas rotativas podem ser de tensão alternada, na qual o valor médio é
zero, tensão repetida, na qual a onda varia de zero a um valor qualquer e o caso
mais geral, tensão pulsante, na qual todas as componentes têm valor diferente
de zero, conforme mostrado na imagem 7.
25
𝜎𝑚𝑎𝑥 +𝜎𝑚𝑖𝑛 (10)
𝜎𝑚 =
2
26
Como a maioria dos dados de resistência à fadiga são de ensaios de
flexão rotativa, um fator de redução da resistência deve ser aplicado. Definimos
𝐶𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔 , conforme equações 14 e 15:
(14)
(15)
(16)
(17)
(18)
Onde d é o diâmetro.
27
Gráfico 2 - Fatores de superfície para diversos tipos de acabamento
(19)
(20)
(21)
Onde T é a temperatura.
28
2.3.4.5 Confiabilidade
29
Figura 8 - Eixo com concentração de tensão
1 (23)
𝑞=
√𝑎
1+
√𝑟
30
Gráfico 3 - Fatores de concentração de tensão
Fonte:
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/171640/TCC_Rafael_Kiemo_Pfau_Sa
ntos_2016_fnal.pdf?sequence=1&isAllowed=y (2018)
31
Porém o eixo que vem do diferencial não é acoplado diretamente ao
cubo de roda, esta interface é feita através de uma junta, os tipos mais comuns
são trizetas, cruzetas e homocinéticas e elas se diferenciam pelo ângulo de
esterçamento que elas aguentam, e estes três elementos podem ser vistos nas
figuras 10, 11 e 12.
32
Figura 12 - Montagem de um Cruzeta
Fonte: https://www.canaldapeca.com.br/blog/wp-content/uploads/sites/19/2018/09/Cruzeta-
desenho.jpg (2018)
• Resistência mecânica;
• Resistência de aclive;
• Resistência de rolamento;
33
• Resistência aerodinâmica.
𝐹𝑚 = 𝑄𝑠 + 𝑄𝑟 + 𝑄𝑎 (25)
𝑃𝑐 = 𝑃𝑒 η𝑚 (26)
𝑃𝑚 = (1 − η𝑚 )𝑃𝑒 (27)
Onde:
𝑃𝑐 – Potência no Cubo;
𝑄𝑠 = 𝐺. 𝑠𝑒𝑛(𝛼) (28)
𝑄𝑟 = 𝑓. 𝐺. 𝑐𝑜𝑠(𝛼) (29)
Onde:
𝐺 – Peso do veículo;
𝛼 – Inclinação da pista.
35
Tabela 4 - Coeficiente de atrito em diferentes superfícies em contato com os pneus de um
veículo
𝑄𝑎 = 𝑃. 𝑐𝑥 . 𝐴 (30)
𝑃 – Pressão
36
Tabela 5 - Coeficientes de arrasto (ou de resistência aerodinâmica) para diferentes tipos
de veículo
37
A pressão dinâmica 𝑃 é função da velocidade relativa entre o veículo e o
ar, da temperatura do ambiente e da pressão atmosférica, como mostrado na
equação 31:
1 2 (31)
𝑃= 𝜌𝑣
2
Onde:
𝑣 ≤ 3,6√𝜇𝑟𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑔 (33)
Sendo:
𝜇 − Coeficiente de atrito;
38
subdomínios são denominados elementos finitos e a principal característica do
método é utilizar aproximações locais em vez de utilizar aproximações de caráter
global.
Os elementos finitos podem ser divididos quanto as suas características
geométricas (triangular, quadrilateral, cúbico etc.), pelas funções de
aproximação utilizadas e pelos tipos de problemas para os quais foram
desenvolvidos. Os elementos possuem pontos nodais, ou nós, o conjunto de
elementos finitos usualmente se dá o nome de malha de elementos finitos. Com
a definição da malha é possível formar o sistema global de equações e sua
solução fornece os valores das incógnitas do problema nos pontos nodais (Alves.
2007).
40
Para analisar o comportamento da geometria estudada é necessário
determinar a tensão (σ) atuante em cada elemento , portanto, ao supor que a
única força interna atuando nos elementos é uma força axial (Fa), definida pela
equação 34, é possível utilizar a lei da tensão-deformação elástica, conhecida
como lei de Hooke, equação 35, para estabelecer que a tensão é uma função
linear da deformação (ε), a qual pode ser definida pela equação 36 e o
alongamento (δ) pode ser interpretado como a diferença do deslocamento dos
pontos nodais do elemento (u), como é dado na equação número 37.
Combinando as equações apresentadas e considerando condições de equilíbrio
no sistema, é possível chegar a equação 38 e através dela desenvolver uma
matriz de rigidez do elemento (K) que relaciona as matrizes de força interna e de
deslocamento, equação 39. Com essa análise é possível utilizar a equação 40
para relacionar as forças nodais com os deslocamentos nodais de um único
elemento. (Fish. 2009).
σ=FaAe (34)
σ=E ε (35)
ε= δl (36)
δ= u1− u2 (37)
F= Ae E δl (38)
K= ∣∣∣k−k−kk∣∣∣= AeEl ∣∣∣1−1−11∣∣∣ (39)
∣∣∣F1F2∣∣∣= ∣∣∣k−k−kk∣∣∣ ∣∣∣u1u2∣∣∣ (40)
42
propriedades dos materiais, para selecionar o mais adequando dentre os
estudados.
43
3 METODOLOGIA
Para este protótipo foi utilizado um motor WEG não comercial com 8 HP
de potência, rotação nominal de 4400 RPM, torque máximo de 42 Nm e torque
nominal de 12Nm, os demais dados que serão utilizados a seguir e não dizem
respeito ao sistema de transmissão (como os dados de suspensão e
aerodinâmica por exemplo) são de propriedade da equipe UTForce e-Racing e
não cabem ser explicados nesse presente trabalho.
Fonte: http://www.fsae.com/forums/showthread.php?3319-OptimumLap-%96-Vehicle-
Dynamics-Simulation-Simplified (2018)
44
A abordagem utilizada foi fixar os demais parâmetros (dados fornecidos
pelos outros setores do projeto) e modificando apenas a relação de transmissão,
simulando estes protótipos na pista principal do evento onde é realizado o
autocross até chegar na solução ideal (situação de menor tempo de volta).
Por conta do conhecimento adquirido pela equipe nos anos anteriores o
valor de referência para o ponto de partida das simulações foi de relação de
transmissão igual a 10.
Devido as necessidades de acomodação do sistema de transmissão no
interior do protótipo, foi estabelecido que seria utilizada uma transmissão de 2
estágios, sendo o primeiro estágio (a relação ligada ao motor) o menor possível.
45
Tabela 7 - Tabela de Índices de mérito
46
3.3 ANÁLISE ESTÁTICA POR ELEMENTOS FINITOS
47
As setas em verde são os pontos de fixação, a seta vermelha indica a
direção da gravidade, e as setas em roxo a direção da força de tração que os
pares de roda dentada aplicam na estrutura. Essa simulação teve por objetivo
analisar se as espessuras escolhidas para os elementos são capazes de
suportar as forças atuantes.
48
As setas em verde são os pontos de fixação, a seta vermelha indica a
direção da gravidade, e as setas em roxo a direção da força peso (para baixo) e
a força de tração exercida pela transmissão por corrente.
3.3.3 Semieixo
O Cubo de roda foi projetado em duas partes, uma que fica em contato
com a roda e é bem similar ao cubo de roda tradicional e a parte interna que
funciona como um encaixe, com o formato de uma trizeta. Isso possibilita o
49
acesso ao disco de freio sem que seja necessário a remoção do rolamento e das
peças da suspensão, além de dispensar o uso de homocinéticas. Na figura 21 a
montagem e a vista explodida do conjunto com o disco de freio e a roda é
mostrada.
50
Figura 22 - Indicação das forças atuantes na parte interna dos cubos de roda traseiros
51
4 RESULTADOS
52
4.2 SELEÇÃO DA RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO
53
Figura 25 - Percurso da etapa de Autocross
54
4.3 MATERIAIS PARA OS EIXOS
55
Figura 27 - Diagrama de Ashby para eixos
56
selecionar o material mais adequado com base em suas
características.
57
Utilizando as tabelas de priorização e de dados dos materiais foi gerado
a tabela 11 que compara os materiais entre si, em cada umas das propriedades.
Gerando assim um valor total adimensional, que representa o quão adequado
para a utilização é o material em comparação aos outros.
58
um projeto de massa mínima, onde foi possível verificar quais
materiais se enquadram nas necessidades, com isso foram
selecionados 4 materiais metálicos, sendo eles o Aço AISI 1020
pela sua versatilidade e ampla utilização, uma Liga de Titânio Ti-
6Al-4V pelas suas excelentes propriedades mecânicas e duas ligas
de Alumínio Naval sendo a ASTM 6061-T6 e ASTM 6053-T6 pelas
suas ótimas propriedades alinhadas com a baixa densidade.
59
c) Com os materiais pré selecionados, foi construído a tabela 12 com
propriedades importantes para o correto desempenho das peças.
Sendo essas propiedas as descritas a seguir:
• Tensão de escoamento – Caracteristica relacionada a
resistência mecânica da peça.
• Dureza Brinell – Principal propriedade para determinar o
desgaste superficial da peça.
• Custo – Valor de compra do material.
• Facilidade de fabricação – Métrica relacionada a dificuldade
de usinar o material.
• Densidade – Propriedade relacionada a massa pelo volume.
Estas propriedades foram comparadas entre si para gerar uma
matriz de priorização, que estabelece em cada caso as
propriedades prioritárias dos materiais, para que se possa
selecionar o material mais adequado com base em suas
características.
60
Projeto Mecânico de Ashby (2012), onde o apêndice A trata de dados para
materiais de engenharia e obtidas no site MATWEB.
61
4.5 DIMENSIONAMENTO DA CORRENTE DE TRANSMISSÃO
62
Tabela 15 - Dados de correntes de transmissão
• Primeiro estágio:
Roda dentada 1 – 16 dentes; Diâmetro Primitivo – 48,5mm
Roda dentada 2 – 36 dentes; Diâmetro Primitivo – 109,1mm
• Segundo estágio:
Roda dentada 1 – 15 dentes; Diâmetro Primitivo – 45,5mm
Roda dentada 2 – 60 dentes; Diâmetro Primitivo – 181,8mm
63
4.5.2 Corrente
30𝑝 ≤ 𝑐 ≤ 50𝑝
• Primeiro estágio:
• Segundo estágio:
E com isso foi definido a distância entre centros corrigida para ambos os
estágios, utilizando a equação 04:
• Primeiro estágio:
• Segundo estágio:
Distância entre centros real – 289,5 mm
64
Com estes dados foi possível calcular o comprimento real das
correntes a serem utilizadas, utilizando as equações 5.1 e 5.2:
• Primeiro estágio:
• Segundo estágio:
• Primeiro estágio:
• Segundo estágio:
65
Utilizando os torques máximo e mínimo calculados, foi possível definir a
tensão alternado (𝜎𝑎 ) e a tensão média (𝜎𝑚 ) do sistema:
Portanto,
66
• 𝐶𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔 = 1 Pois sofre esforço de torção
• 𝐶𝑡𝑎𝑚𝑎𝑛ℎ𝑜 = 1,189 ∗ 𝑑 −0,097 = 0,8786 Utilizando um valor de diâmetro
aproximado
• 𝐶𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓 = 0,8 De acordo com o gráfico 2
• 𝐶𝑡𝑒𝑚𝑝 = 1 Pois a temperatura de trabalho não é elevada
• 𝐶𝑐𝑜𝑛𝑓 = 1 De acordo com a tabela 3
∴ 𝑆𝑒 = 219,67 𝑀𝑝𝑎
67
Gráfico 5 - Fatores de concentração de tensão
1 1
𝑞= = = 0,1847
√𝑎 0,3481033
1+ 1 + 0,07886814
√𝑟
1⁄
3
32 2
√(𝐾𝑓𝑚 𝑀𝑚 ) + 3 (𝐾𝑓𝑠𝑚 𝑇𝑚 )
2 2
32𝑁𝑓 √(𝐾𝑓 𝑀𝑎 ) + 4 (𝐾𝑓𝑠 𝑇𝑎 ) 4
𝑑= + = 22,46𝑚𝑚
𝜋 𝑆𝑓 𝑆𝑢𝑡
{ ⌊ ⌋}
68
Agora utilizando os valores encontrados tem-se D/d=1,008, a relação
r/d=0,3 é mantida e aplicando essas informações ao gráfico 3 o valor de Kt é
selecionado como aproximadamente 1,1, e dando sequência aos cálculos:
1 1
𝑞= = = 0,1908
√𝑎 0,3481033
1+ 1 + 0,08210
√𝑟
1⁄
3
2 3 2
√(𝐾𝑓𝑚 𝑀𝑚 ) + 3 (𝐾𝑓𝑠𝑚 𝑇𝑚 )
2 2
32𝑁𝑓 √(𝐾𝑓 𝑀𝑎 ) + 4 (𝐾𝑓𝑠 𝑇𝑎 ) 4
𝑑= + = 22,47𝑚𝑚
𝜋 𝑆𝑓 𝑆𝑢𝑡
{ ⌊ ⌋}
O material utilizado na estrutura foi aço AISI 1020 nas chapas e tubos e
aço AISI 1045 no eixo onde as forças são aplicadas, e conforme mostrado na
sessão 3.3.1 as forças são 553,8N e 1329N respectivamente para o primeiro e
segundo estágio da transmissão por corrente, porém levando-se em
consideração um coeficiente de segurança 2 como definido na sessão 4.2, para
efeitos de simulação os valores utilizados são respectivamente 1107,6N e 2658N
e a tensão limite de escoamento para os aços AISI 1020 e 1045 são
respectivamente 3,5x108 N/m2 e 5,3x108 N/m2 e conforme vemos nas imagens
29, 30 e 31 os elementos estão em um regime seguro de atuação.
69
Figura 29 - Resultado da simulação da estrutura de fixação
70
Figura 31 - Resultado da simulação da estrutura de fixação 3
Para o mancal foi utilizado chapas e tubos de aço AISI 1020 onde a
estrutura precisa aguentar a força peso do conjunto diferencial, onde deve ser
levado em conta o peso dos rolamentos, das trizetas dos semieixos e de uma
das rodas dentada e esse conjunto tem aproximadamente 12Kg, ou seja a força
peso é equivalente a 117,72N (considerando gravidade igual a 9,81 m/s²), mas
como esse conjunto é suportado por dois mancais essa força é dividida por dois
ou seja 58,86N. Além da força peso é aplicada a força de tração do segundo
estágio da transmissão por corrente, como calculado anteriormente e levando
em consideração o coeficiente de segurança esse valor é de 1993,5N. Como a
tensão limite de escoamento do material é 3,5x108 N/m2 e conforme as imagens
32, 33 e 34 os elementos estão em um regime seguro de atuação.
71
Figura 32 - Resultado da simulação do mancal do diferencial
72
Figura 34 - Resultado da simulação do mancal do diferencial 3
4.7.3 Semieixo
Para o semieixo conforme selecionado na sessão 4.3 foi utilizado aço AISI
1045 e foi simulado um torque de 378Nm (42Nm de torque máxima do motor
multiplicado por 9 da relação de transmissão) aplicado em suas estrias enquanto
a outra extremidade permanece fixa. Como a tensão limite de escoamento do
material é 5,3x108 N/m2 , conforme mostrado nas imagens 35 e 36 a operação
ocorre em um regime seguro de atuação.
73
Figura 35 - Resultado da simulação do semieixo
74
Como o objetivo nesta simulação foi observar a distribuição de tensão ao
longo da peça não foi ampliada a escala de distorção na deformação, sendo a
deformação observada condizente com a real.
Segundo o software Solidworks os dois semieixos juntos têm uma massa
de 3,49 Kg.
75
Figura 38 - Resultado da simulação da parte interior do cubo de roda traseiro 2
76
Figura 40 - Resultado da simulação da parte externa do cubo de roda traseiro 2
77
Figura 41 - Massa da montagem final do sistema de transmissão
78
5 CONCLUSÃO
79
6 REFERÊNCIAS
80
MONTAGEM CUBO DE RODA-SUSPENSÃO-FREIOS. Disponível em:
<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/171640/TCC_Rafael_Kiemo_Pfau_S
antos_2016_fnal.pdf?sequence=1&isAllowed=y > Acesso em outubro de 2020
81