Aula 9 Hemorragias Da Primeira Metade Da Gravidez
Aula 9 Hemorragias Da Primeira Metade Da Gravidez
Aula 9 Hemorragias Da Primeira Metade Da Gravidez
gravidez
Curso: Medicina
7º período
Profa.: Dra. Gabriela Chaves
Definição
Causas:
Descolamento córioamniótico
Abortamento
Prenhez ectópica
Doença trofoblástica gestacional
Descolamento Córioamniótico
Discussões!
Abortamento
Conceito :
▪ Interrupção da gestação antes de
20 semanas com feto pesando
menos de 500g (OMS)
- Classificação:
Quanto a idade gestacional:
Precoce (80%): Antes de 12 semanas (principalmente alterações cromossômicas)
Tardio: entre 12-20/22 semanas (principalmente incompetência istmo-cervical)
Fatores de risco:
✓ Número de gravidezes (multíparas)
✓ Idade materna (> 35 anos; principalmente devido ao maior número de cromossomopatias
associadas)
✓ Aborto prévio - o risco aumenta em 10% para cada perda gestacional (cada novo aborto)
✓ Alterações cromossômicas (mais comum) – Trissomia do 16 (maior causa de aborto)
Quanto ao fator causal
✓ Alterações maternas: miomas (submucoso; compete em espaço físico
hipo/hipertireoidismo, HAS
e abortamento)
Complicações
o Risco de vida materno
o Lesão de vísceras abdominais
o Perfuração uterina
o Sinéquias (esterilidade)
o Esterilidade
o Infecção (a mulher retarda a procura de auxilio médico)
o Morte
o Ocitocina e Misoprostol nos casos permitidos:
o Sindrome de Moebius: (Misoprostol) - contrações podem decepar por trauma as partes
do corpo do feto, mas a gestação progride
Formas clínicas
❑ Ameaça de abortamento:
Gravidez que foi ameaçada, mas o abortamento não se concluiu
- Diagnóstico:
o Sangramento discreto; Ausência de contração
o Ausência de modificações no colo (não há dilatação ou encurtamento do colo)
- Tratamento:
o Beta‐hCG: a cada 48h – fenômeno apical 9-10 semanas
o USG transvaginal: mostra saco gestacional, BCF+, descolamento córioamniótico
o Repouso (evitar atividades intensas e atividade sexual)
o Progesterona: produzida pelo corpo lúteo e que tem a função de manter a gravidez.
Utrogestan 200mcg - reposição via vaginal ou oral
Formas clínicas
- Diagnóstico:
o Sangramento moderado (discreto no momento do exame)
o Dor diminuída (forte no inicio)
- Tratamento:
o Acompanhamento clínico (colo semiaberto)
o Beta‐hCG (títulos decrescentes)
o USG (Eliminação total da gestação)
Formas clínicas
❑ Abortamento incompleto e inevitável
- Diagnóstico: Sangramento moderado a intenso e colo aberto
Exames laboratoriais:
HC (para quantificar o sangramento)
Tipagem sanguínea (pode ser necessário fazer uma transfusão e
Imunoglobulina)
VDRL (necessário pela recomendação do MS para erradicação da sífilis)
- Tratamento:
o Curetagem e AMIU
o Tamanho uterino (diferença entre estas modalidades)
o Uso de ocitócitos
Formas clínicas
❑ Aborto Séptico
provocado)
Tratamento:
o Uso de ocitócitos
o Esvaziamento do útero
Formas clínicas
❑ Aborto retido
Morte do concepto sem expulsão do feto e sem sintoma prévio
- Diagnóstico:
o Beta‐hCG decrescente
o USG
- Tratamento:
o Misoprostol/curetagem
o Descartar Mola Hidatiforme
Formas clínicas
Causas:
o Fatores genéticos
o Incompetência istmocervical:
A cirurgia deve ser feita após 12 semanas, para esperar a realização da TN (cromossomopatia)
Cerclagem - técnica de Mac Donald
Gravidez ectópica
- Causas:
o Cirurgias de reanastomose (LTB): pode haver uma recanalização, porém o zigoto não
- Classificação
Tubária: 97 a 98,5%
Paramétrios: 1,4%
Abdominal: 1,2%
Ovariana: 0,2%
Cervical: 0,2% (gravidez heterotópica)
Gravidez ectópica
- Manifestações clínicas:
Dor abdominal
Atraso menstrual (beta-hCG positivo)
Sangramento genital
Alterações uterinas (útero pequeno para a idade gestacional)
Massa abdominal palpável
Sinais de choque/abdome agudo
Sinal de Laffont (dor infraescapular por irritação do nervo frênico pelo sangramento
acumulado na região diafragmática)
Gravidez ectópica
- Exames complementares:
• Beta-hCG , Hemograma, tipagem sanguínea e VDRL
• USG transvaginal (cavidade uterina vazia, massa
heterogênea, conteúdo e limites imprecisos, vascularização,
sugerindo diagnóstico de gravidez ectópica)
• Culdocentese (diferencia gravidez ectópica íntegra de
gravidez ectópica rota)
Gravidez ectópica
- Tratamento:
Clínico: Ectópica íntegra
o Saco gestacional < 3,5cm, BCF negativo, hCG < 10.000 mIU/mL - 1mg/kg IM dias
alternados
trofoblasto intermediário)
Classificação:
❖ Mola Hidatiforme
- Tipos:
a. Mola Completa: Não há desenvolvimento de embrião, membrana e cordão umbilical
Aspecto de cachos de uva
Histologicamente – hiperplasia difusa + hidropsia difusa
Origem paterna, 23,X -> 46 X,X; 20% evolui para formas malignas
Doença trofoblástica gestacional
Abortamentos prévios
A e zinco)
Fatores genéticos
Tabagismo
Doença trofoblástica gestacional
Incidência:
EUA e Europa: 1:1000/2000 gestações
Na América do Sul: 1: 600 gestações
Mulheres muito jovens ou com mais de 40 anos
Doença trofoblástica gestacional
- Sinais e sintomas:
Sangramento vaginal
Hipertireoidismo
Emissão de vesículas
Dor/pressão pélvica
Doença trofoblástica gestacional
- Diagnóstico:
Palpação (útero muito maior do que o esperado)
Toque (aumento do volume uterino)
Ultrassonografia - emaranho de imagens sugestivas em
“cachos de uva” ou “flocos de neve”
Dosagem do hCG (quantidade muito acima do esperado
para a idade gestacional)
Tratamento
❖ Mola Invasora:
- Sequela da Mola hidatiforme e caracteriza-se por apresentar
vilosidades molares invadindo profundamente o miométrio
- Pode emitir metástase para pulmão e estruturas pélvicas
- Tratamento:
- Quimioterapia
- Cirurgia (Histerectomia): perfuração uterina e
resistência a quimioterapia
Doença trofoblástica gestacional
❖ Coriocarcinoma gestacional:
- Forma extremamente agressiva de neoplasia trofoblástica gestacional
- Invade profundamente o miométrio e vasos sanguíneos
- Causa Hemorragia e Necrose
- Disseminação hematogênica
- Metástases: pulmão, vagina, fígado e SNC (baço, rins e intestino – menos
comum)
- Tratamento: Alta sensibilidade à quimioterapia
Alta taxa de cura
Bibliografia