Patrimônio

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Patrimônio, Preservação
e Memória

História e Humanidades com Débora Aladim 1


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1- (ENEM 2010) 2- (ENEM 2010)

Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de As ruínas do povoado de Canudos, no sertão norte
vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra da Bahia, além de significativas para a identidade
tropeiro vem de "tropa" que, no passado, se referia cultural, dessa região, são úteis às investigações
ao conjunto de homens que transportava gado e sobre a Guerra de Canudos e o modo de vida dos
mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era antigos revoltosos.
levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O
t ro p e i r i s m o a c a b o u a s s o c i a d o à a t i v i d a d e Essas ruínas foram reconhecidas como patrimônio
mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em cultural material pelo Iphan (Instituto do Patrimônio
Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de Histórico e Artístico Nacional) porque reúnem um
pedras preciosas também atraiu grandes conjunto de
contingentes populacionais para as novas áreas e,
por isso, era cada vez mais necessário dispor de a) objetos arqueológicos e paisagísticos.
alimentos e produtos básicos. A alimentação dos
tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, b) acervos museológicos e bibliográficos.
farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um
c) núcleos urbanos e etnográficos
molho de vinagre com fruto cáustico espremido).
Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem
d) práticas e representações de uma sociedade.
molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que
era servido com farofa e couve picada. O feijão e) expressões e técnicas de uma sociedade extinta.
tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e
recebe esse nome porque era preparado pelos
cozinheiros das tropas que conduziam o gado.

Disponível em http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27


nov. 2008.

A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está


relacionada à

a) atividade comercial exercida pelos homens que


trabalhavam nas minas.

b) atividade culinária exercida pelos moradores


cozinheiros que viviam nas regiões das minas.

c) atividade mercantil exercida pelos homens que


transportavam gado e mercadoria.

d) atividade agropecuária exercida pelos tropeiros


que necessitavam dispor de alimentos.

e) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no


auge da exploração do ouro.

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3- (ENEM 2010 PPL) 4- (ENEM 2010 PPL)

Na antiga Grécia, o teatro tratou de questões como Alexandria começou a ser construída em 332 a.C,
destino, castigo e justiça. Muitos gregos sabiam de por Alexandre, o Grande, e, em poucos anos,
cor inúmeros versos das peças dos seus grandes tornou-se um polo de estudos sobre matemática,
autores. Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, filosofia e ciência gregas. Meio século mais tarde,
Shakespeare produziu peças nas quais temas como o Ptolomeu II ergueu uma enorme biblioteca e um
amor, o poder, o bem e o mal foram tratados. Nessas museu que funcionou como centro de pesquisa. A
peças, os grandes personagens falavam em verso e biblioteca reuniu entre 200 mil e 500 mil papiros e,
os demais em prosa. No Brasil colonial, os índios com o museu, transformou a cidade no maior núcleo
aprenderam com os jesuítas a representar peças de intelectual da época, especialmente entre os anos
caráter religioso. 290 e 88 a.C. A partir de então, sofreu sucessivos
ataques de romanos, cristãos e árabes, o que
Esses fatos são exemplos de que, em diferentes resultou na destruição ou perda de quase todo o seu
tempos e situações, o teatro é uma forma acervo.

a) de manipulação do povo pelo poder, que controla RIBEIRO, F. Filósofa e mártir. Aventuras na história. São Paulo: Abril.
ed. 81, abr. 2010 (adaptado).
o teatro.

b) de diversão e de expressão dos valores e A biblioteca de Alexandria exerceu durante certo


problemas da sociedade. tempo um papel fundamental para a produção do
conhecimento e memória das civilizações antigas,
c) de entretenimento popular, que se esgota na sua porque
função de distrair.
a) eternizou o nome de Alexandre, o Grande, e zelou
d) de manipulação do povo pelos intelectuais que pelas narrativas dos seus grandes feitos.
compõem as peças.
b) funcionou como um centro de pesquisa
d) de entretenimento, que foi superada e hoje é acadêmica e deu origem às universidades modernas.
substituída pela televisão.
c) preservou o legado da cultura grega em diferentes
áreas do conhecimento e permitiu sua transmissão a
outros povos.

d) transformou a cidade de Alexandria no centro


urbano mais importante da Antiguidade.

e) reuniu os principais registros arqueológicos até


então existentes e fez avançar a museologia antiga.

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5- (ENEM 2012) 6- (ENEM 2012)

O que o projeto governamental tem em vista é O Ofício das Baianas de Acarajé constitui um bem
poupar à Nação o prejuízo irreparável do cultural de natureza imaterial, inscrito no Livro dos
perecimento e da evasão do que há de mais Saberes em 2005, que consiste em uma prática
precioso no seu patrimônio. Grande parte das obras tradicional de produção e venda, em tabuleiro, das
de arte até mais valiosas e dos bens de maior chamadas comidas de baiana, feitas com azeite de
interesse histórico, de que a coletividade brasileira dendê e ligadas ao culto dos orixás, amplamente
era depositária, têm desaparecido ou se arruinado disseminadas na cidade de Salvador, Bahia.
irremediavelmente. As obras de arte típicas e as
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 29 fev. 2012
relíquias da história de cada país não constituem o
(adaptado).
seu patrimônio privado, e sim um patrimônio comum
de todos os povos. O texto contém a descrição de um bem cultural que
foi reconhecido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio
ANDRADE, R. M. F. Defesa do patrimônio artístico e histórico. O
Jornal, 30 out. 1936. In: ALVES FILHO, I. Brasil, 500 anos em Histórico Artístico Nacional) como patrimônio
documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado). imaterial, pois representa

A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio a) uma técnica culinária com valor comercial e
Histórico Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, foi atratividade turística.
orientada por ideias como as descritas no texto, que
visavam b) um símbolo da vitalidade dessas mulheres e de
suas comunidades.
a) submeter a memória e o patrimônio nacional ao
controle dos órgãos públicos, de acordo com a c) uma manifestação artística antiga e de
tendência autoritária do Estado Novo. abrangência nacional.

b) transferir para a iniciativa privada a d) um modo de fazer e viver ligado a uma identidade
responsabilidade de preservação do patrimônio étnica e regional.
nacional, por meio de leis de incentivo fiscal.
e) uma fusão de ritos das diferentes heranças e
c) definir os fatos e personagens históricos a serem tradições religiosas do país
cultuados pela sociedade brasileira, de acordo com o
interesse público.

d) resguardar da destruição as obras representativas


da cultura nacional, por meio de políticas públicas
preservacionistas.

e) determinar as responsabilidades pela destruição


do patrimônio nacional, de acordo com a legislação
brasileira.

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7- (ENEM 2013) 8- (ENEM 2013)

No dia 1º de julho de 2012, a cidade do Rio de Quando ninguém duvida da existência de um outro
Janeiro tornou-se a primeira do mundo a receber o mundo, a morte é uma passagem que deve ser
título da Unesco de Patrimônio Mundial como celebrada entre parentes e vizinhos. O homem da
Paisagem Cultural. A candidatura, apresentada pelo Idade Média tem a convicção de não desaparecer
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional completamente, esperando a ressurreição. Pois nada
(Iphan), foi aprovada durante a 36.ª Sessão do se detém e tudo continua na eternidade. A perda
Comitê do Patrimônio Mundial. O presidente do contemporânea do sentimento religioso fez da morte
Iphan explicou que “a paisagem carioca é a imagem uma provação aterrorizante, um trampolim para as
mais explícita do que podemos chamar de civilização trevas e o desconhecido.
brasileira, com sua originalidade, desafios,
DUBY, G. Ano 2000 na pista do nossos medos. São Paulo: Unesp,
contradições e possibilidades”. A partir de agora, os
1998 (adaptado).
locais da cidade valorizados com o título da Unesco
serão alvo de ações integradas visando à Ao comparar as maneiras com que as sociedades
preservação da sua paisagem cultural. têm lidado com a morte, o autor considera que
houve um processo de
Disponível em: www.cultura.gov.br. Acesso em: 7 mar. 2013
(adaptado).
a) mercantilização das crenças religiosas.
O reconhecimento da paisagem em questão como
patrimônio mundial deriva da b) transformação das representações sociais.

a) presença do corpo artístico local. c) disseminação do ateísmo nos países de maioria


cristã.
b) imagem internacional da metrópole.
d) diminuição da distância entre saber científico e
c) herança de prédios da ex-capital do país. eclesiástico.

d) diversidade de culturas presente na cidade. e) amadurecimento da consciência ligada à


civilização moderna.
e) relação sociedade-natureza de caráter singular.

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9- (ENEM 2013) 10- (ENEM 2013 PPL)

Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e TEXTO I


montados em soberbos cavalos; depois destes,
marchava o Embaixador do Rei do Congo O Heliocentrismo não é o “meu sistema”, mas a
magnificamente ornado de seda azul para anunciar Ordem de Deus.
ao Senado que a vinda do Rei estava destinada para
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes celestes [1543]. Lisboa:
o dia dezesseis. Em resposta obteve repetidas vivas
Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.
do povo que concorreu alegre e admirado de tanta
grandeza. TEXTO II

Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro, Bahia apud DEL


Não vejo nenhum motivo para que as ideias expostas
PRIORE, M. Festas e utopias no Brasil colonial. In: CATELLI JR, R. Um
olhar sobre as festas populares brasileiras. São Paulo: Brasiliense, neste livro (A origem das espécies) se choquem com
1994 (adaptado). as ideias religiosas.

Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. São Paulo: Escala, 2009.
do Rei do Congo evidencia um processo de
Os textos expressam a visão de dois pensadores —
a) exclusão social. Copérnico e Darwin — sobre a questão religiosa e
suas relações com a ciência, no contexto histórico de
b) imposição religiosa. construção e consolidação da Modernidade. A
c o m p a r a ç ã o e n t re e s s a s v i s õ e s e x p re s s a ,
c) acomodação política. respectivamente:

d) supressão simbólica. a) Articulação entre ciência e fé – pensamento


científico independente.
e) ressignificação cultural.
b) Poder secular acima do poder religioso – defesa
dos dogmas católicos.

c) Ciência como área autônoma do saber – razão


humana submetida à fé.

d) Moral católica acima da protestante –


subordinação da ciência à religião.

e) Autonomia do pensamento religioso – fomento à


fé por meio da ciência.

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11- (ENEM 2013 PPL) 12- (ENEM 2013 PPL)

O antropólogo americano Marius Barbeau escreveu o O Baile Charme, uma das mais conhecidas
seguinte: sempre que se cante a uma criança uma manifestações culturais do povo carioca, fica
cantiga de ninar; sempre que se use uma canção, cadastrado como bem cultural de natureza imaterial
uma adivinha, uma parlenda, uma rima de contar, no da cidade. O decreto considera o Baile Charme uma
quarto das crianças ou na escola; sempre que ditos e genuína invenção carioca, e destaca a riqueza de sua
provérbios, fábulas, histórias bobas e contos origem na musicalidade africana, que abriga ritmos
populares sejam representados; aí veremos o folclore como o soul, o funk e o rhythm'n blues, da fonte
em seu próprio domínio, sempre em ação, vivo e norte-americana, e o choro, o samba e a bossa-nova,
mutável, sempre pronto a agarrar e assimilar novos criações nascidas no Rio. O Baile Charme é cultuado,
elementos em seu caminho. principalmente na Zona Norte da cidade, seja em
clubes, agremiações recreativas e espaços públicos
UTLEY, F. L. Uma definição de folclore. In: BRANDÃO, C. R. O que é como a área do Viaduto de Madureira.
folclore. São Paulo: Brasiliense, 1984 (adaptado).

Disponível em: www.jb.com.br. Acesso em: 2 mar. 2013 (adaptado).


O texto tem como objeto a construção da identidade
cultural, reconhecendo que o folclore, mesmo sendo Segundo o texto, o cadastramento do Baile Charme
uma manifestação associada à preservação das raízes como bem imaterial da cidade do Rio de Janeiro
e da memória dos grupos sociais, ocorreu porque essa manifestação cultural

a) está sujeito a mudanças e reinterpretações. a) possui um grande apelo de público.

b) deve ser apresentado de forma escrita. b) simboliza uma região de relevância social.

c) segue os padrões de produção da moderna c) contém uma pluralidade de gêneros musicais.


indústria cultural.
d) reflete um gosto fonográfico de camadas pobres.
d) tende a ser materializado em peças e obras de
arte eruditas. e) representa uma diversidade de costumes
populares
e) expressa as vivências contemporâneas e os
anseios futuros desses grupos

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13- (ENEM 2014)

Queijo de Minas vira patrimônio cultural brasileiro

O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais foi registrado nesta quinta-feira (15) como
patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan). O veredicto foi dado em reunião do conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo
Horizonte. O presidente do Iphan e do conselho ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está
“inserida na cultura do que é ser mineiro”.

Folha de S. Paulo, 15 maio 2008

Entre os bens que compõem o patrimônio nacional, o que pertence à mesma categoria citada no texto está
representado em:

a) b)

c) d)

e)

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14- (ENEM 2014) 15- (ENEM 2014 PPL)

A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a maior Desde 2002, o Instituto do Patrimônio Histórico e
praça pública de Paris. Inaugurada em 1763, tinha Artístico Nacional (lphan) tem registrado certos bens
em seu centro uma estátua do rei. Situada ao longo imateriais como patrimônio cultural do país. Entre as
do Sena, ela é a intersecção de dois eixos manifestações que já ganharam esse status está o
monumentais. Bem nesse cruzamento está o ofício das baianas do acarajé. Enfatize-se: o ofício
Obelisco de Luxor, decorado com hieróglifos que das baianas, não a receita do acarajé. Quando uma
contam os reinados dos faraós Ramsés II e Ramsés baiana prepara o acarajé, há uma série de códigos
111. Em 1829, foi oferecido pelo vice-rei do Egito ao imperceptíveis para quem olha de fora. A cor da
povo francês e, em 1836, instalado na praça diante roupa, a amarra dos panos e os adereços mudam de
de mais de 200 mil espectadores e da família real. acordo com o santo e com a hierarquia dela no
candomblé. O lphan conta que, registrando o ofício,
NOBLAT, R. Disponível em: www.oglobo.com. Acesso em: 12 dez. "esse e outros mundos ligados ao preparo do acarajé
2012.
podem ser descortinados".
A constituição do espaço público da Praça da
KAZ, R. A diferença entre o acarajé e o sanduíche de Bauru. Revista
Concórdia ao longo dos anos manifesta o(a) de História da Biblioteca Nacional, n . 13, out. 2006 (adaptado).

a) lugar da memória na história nacional. De acordo com o autor, o Iphan evidencia a


necessidade de se protegerem certas manifestações
b) caráter espontâneo das festas populares. históricas para que continuem existindo, destacando-
se nesse caso a
c) lembrança da antiguidade da cultura local.
a) mistura de tradições africanas, indígenas e
d) triunfo da nação sobre os países africanos. portugueses no preparo portuguesas no preparo do
alimento por parte das cozinheiras baianas.
e) declínio do regime de monarquia absolutista.
b) relação com o sagrado no ato de preparar o
alimento, sobressaindo-se o uso de símbolos e
insígnias pelas cozinheiras.

c) utilização de certos ingredientes que se mostram


cada vez mais raros de encontrar, com as mudanças
nos hábitos alimentares.

d) necessidade de preservação dos locais


tradicionais de preparo do acarajé, ameaçados com
as transformações urbanas no país.

e) importância de se treinarem as cozinheiras baianas


a fim de resgatar o modo tradicional de preparo do
acarajé, que remonta à escravidão.

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16- (ENEM 2015 PPL) 17- (ENEM 2015)

A Unesco condenou a destruição da antiga capital


assíria de Nimrod, no Iraque, pelo Estado Islâmico,
com a agência da ONU considerando o ato como um
crime de guerra. O grupo iniciou um processo de
demolição em vários sítios arqueológicos em uma
área reconhecida como um dos berços da civilização.

Unesco e especialistas condenam destruição de cidade assíria pelo


Estado Islâmico. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso
em: 30 mar. 2015 (adaptado).

O tipo de atentado descrito no texto tem como


consequência para as populações de países como o
Iraque a desestruturação do(a)

a) homogeneidade cultural.

b) patrimônio histórico.

A Estátua do Laçador, tombada como patrimônio em c) controle ocidental.


2001, é um monumento de Porto Alegre/RS, que
d) unidade étnica.
representa o gaúcho (em trajes típicos).

Disponível em: www.portoalegre.tur.br. Acesso em: 3 ago. 2012 e) religião oficial.


(adaptado).

O monumento identifica um(a)

a) exemplo de bem imaterial.

b) forma de exposição da individualidade.

c) modo de enaltecer os ideais de liberdade.

d) manifestação histórico-cultural de uma população.

e) maneira de propor mudanças nos costumes.

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18- (ENEM 2015 PPL) 19- (ENEM 2016)

Confidência do itabirano TEXTO I

De Itabira trouxe prendas diversas que ora te


ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Durval;
este couro de anta, estendido no sofá de visitas; este
orgulho, esta cabeça baixa. Tive ouro, tive gado, tive
fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é
apenas uma fotografia na parede. Mas como dói.

ANDRADE, C. D. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia. das Letras,


2012 (fragmento).

O poeta pensa a região como lugar, pleno de afetos.


A longa história da ocupação de Minas Gerais,
iniciada com a mineração, deixou marcas que se TEXTO II
atualizam em Itabira, pequena cidade onde nasceu o
poeta. Nesse sentido, a evocação poética indica o(a) A eleição dos novos bens, ou melhor, de novas
formas de se conceber a condição do patrimônio
a) pujança da natureza resistindo à ação humana. cultural nacional, também permite que diferentes
grupos sociais, utilizando as leis do Estado e o apoio
b) sentido de continuidade do progresso. de especialistas, revejam as imagens e alegorias do
seu passado, do que querem guardar e definir como
c) cidade como imagem positiva da identidade próprio e identitário.
mineira.
ABREU, M.; SOIHET, R.; GONTIJO, R. (Org.). Cultura política e
leituras do passado: historiografia e ensino de história, Rio de Janeiro
d) percepção da cidade como paisagem da
Civilização Brasileira, 2007
memória.
O texto chama a atenção para a importância da
e) valorização do processo de ocupação da região.
proteção de bens que, como aquele apresentado na
imagem, se identificam como:

a) Artefatos sagrados.

b) Heranças materiais.

c) Objetos arqueológicos.

d) Peças comercializáveis.

e) Conhecimentos tradicionais.

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20- (ENEM 2016 PPL) 21- (ENEM 2016 PPL)

Ações de educação patrimonial são realizadas em Simples, saborosa e, acima de tudo, exótica. Se a
diferentes contextos e localidades e têm mostrado culinária brasileira tem o tempero do estranhamento,
resultados surpreendentes ao trazer à tona a esta verdade decorre de dois elementos: a dimensão
autoestima das comunidades. Em alguns casos, do território e a infinidade de ingredientes. Percebe-
promovem o desenvolvimento local e indicam se que o segredo da cozinha brasileira é a mistura
soluções inovadoras de reconhecimento e com ingredientes e técnicas indígenas. É esse o
salvaguarda do patrimônio cultural para muitas elemento que a torna autêntica.
populações.
POMBO, N. Cardápio Brasil. Nossa História, n.29, mar. 2006
PELEGRINI, S. C.A.; PINHEIRO, A.P.(Orgs.). Tempo, memória e (adaptado).
patrimônio cultural. Piauí: Edupi, 2010.
O processo de formação identitária descrito no texto
A valorização dos bens mencionados encontra-se está associado à
correlacionada a ações educativas que promovem
a(s) a) imposição de rituais sagrados.

a) evolução de atividades artesanais herdadas do b) assimilação de tradições culturais.


passado.
c) tipificação de hábitos comunitários.
b) representações sociais formadoras de identidades
coletivas. d) hierarquização de conhecimentos tribais.

c) mobilizações políticas criadoras de tradições e) superação de diferenças etnicorraciais.


culturais urbanas.

d) hierarquização de festas folclóricas praticadas por


grupos locais.

e) formação escolar dos jovens para o trabalho


realizado nas comunidades.

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22- (ENEM 2016 3ª aplicação) 23- (ENEM 2017 PPL)

As primeiras ações acerca do patrimônio histórico no


Brasil datam da década de 1930, com a criação do
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(SPHAN), em 1937. Nesse período, o conceito que
norteou a política de patrimônio limitou-se aos
monumentos arquitetônicos relacionados ao passado
brasileiro e vinculava-se aos ideais modernistas de
conhecer, compreender e recriar o Brasil por meio da
valorização da tradição.

SANTOS, G. Poder e patrimônio histórico: possibilidades de diálogo


entre educação histórica e educação patrimonial no ensino médio.
EntreVer, n. 2, jan.-jun. 2012.

Considerando o contexto mencionado, a criação


dessa política patrimonial objetivou a

a) consolidação da historiografia oficial.

b) definição do mercado cultural.

c) afirmação da identidade nacional.

Inspirada em fantasias de Carnaval, a arte d) divulgação de sítios arqueológicos.


apresentada se opunha à concepção de patrimônio
e) universalização de saberes museológicos.
vigente nas décadas de 1960 e 1970 na medida em
que

a) se apropriava das expressões da cultura popular


para produzir uma arte efêmera destinada ao
protesto.

b) resgatava símbolos ameríndios e africanos para se


adaptar a exposições em espaços públicos.

c) absorvia elementos gráficos da propaganda para


criar objetos comercializáveis pelas galerias.

d) valorizava elementos da arte popular para


construir representações da identidade brasileira.

e) incorporava elementos da cultura de massa para


atender às exigências dos museus.

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24- (ENEM 2017 PPL) 26- (ENEM 2017 PPL)

O rapaz que pretende se casar não nasceu com esse Penso, pois, que o Carnaval põe o Brasil de ponta-
imperativo. Ele foi insuflado pela sociedade, cabeça. Num país onde a liberdade é privilégio de
reforçado pelas incontáveis pressões de histórias de uns poucos e é sempre lida por seu lado legal e
família, educação, moral, religião, dos meios de cívico, a festa abre nossa vida a uma liberdade
comunicação e da publicidade. Em outras palavras, o sensual, nisso que o mundo burguês chama de
casamento não é um instinto, e sim uma instituição. libertinagem. Dando livre passagem ao corpo, o
Carnaval destitui posicionamentos sociais fixos e
B E R G E R , P. P e r s p e c t i v a s s o c i o l ó g i c a s : u m a v i s ã o rígidos, permitindo a "fantasia", que inventa novas
humanística.Petrópolis: Vozes, 1986 (adaptado).
identidades e dá uma enorme elasticidade a todos
O casamento, conforme é tratado no texto, possui os papéis sociais reguladores.
como característica o(a)
DAMATTA, R.O que o Carnaval diz do Brasil. Disponível em: http://
revistaepoca.globo.com.Acesso em: 29 fev. 2012.
a) consolidação da igualdade sexual.
Ressaltando os seus aspectos simbólicos, a
b) ordenamento das relações sociais. abordagem apresentada associa o Carnaval ao(à)

c) conservação dos direitos naturais. a) inversão de regras e rotinas estabelecidas.

d) superação das tradições culturais. b) reprodução das hierarquias de poder existentes.

e) questionamento dos valores cristãos. c) submissão das classes populares ao poder das
elites.

d) proibição da expressão coletiva dos anseios de


25- (ENEM 2017 PPL) cada grupo.

O garfo muito grande, com dois dentes, que era e) consagração dos aspectos autoritários da
usado para servir as carnes aos convidados, é antigo, sociedade brasileira.
mas não o garfo individual. Este data mais ou menos
do século XVI e difundiu-se a partir de Veneza e da
Itália em geral, mas com lentidão. O uso só se
generalizaria por volta de 1750.

BRAUDEL, F. Civilização material, economia e capitalismo: séculos


XV-XVIII; as estruturas do cotidiano. São Paulo: Martins Fontes, 1977
(adaptado).

No processo de transição para a modernidade, o uso


do objeto descrito relaciona-se à

a) construção de hábitos sociais.

b) introdução de medidas sanitárias.

c) ampliação das refeições familiares.

d) valorização da cultura renascentista.

e) incorporação do comportamento laico.

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Gabarito

1- C 14- A

2- A 15- B

3- B 16- D

4- C 17- B

5- D 18- B

6- D 19- E

7- E 20- B

8- B 21- B

9- E 22- A

10- A 23- C

11- A 24- B

12- E 25- A

13- C 26- A

História e Humanidades com Débora Aladim 15

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