Pedagogia Do Trompete Abordagens No Ato de Ensinar
Pedagogia Do Trompete Abordagens No Ato de Ensinar
Pedagogia Do Trompete Abordagens No Ato de Ensinar
Manaus – AM
2017
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Manaus - AM
2017
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Catalogação na fonte
Elaboração: Ana Castelo CRB11ª -314
Aprovada em ____/____/____
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Professor Orientador
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Dedico
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Hermann Hesse
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RESUMO
ABSTRACT
The trumpet player, as any other instrumentalist must have complete control of the
technical, theoretical, musical and cultural knowledge of its instruments. The present
work explored the concepts for technical elements and the different conceptions of
the teachers who wrote about teaching the trumpet. The elements chosen for this
research were breathing, articulation and flexibility. All the information has been
extracted from bibliographic sources, as well as published articles, magazines and
internet. The possible problems were presented and the alternatives proposed by the
researched authors. Therefore, the different ways of teaching provided tools and
recommendations to solve technical problems.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
CAPITULO I .............................................................................................................. 15
CAPÍTULO II ............................................................................................................. 20
2. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 46
3. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 48
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LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
CAPITULO I
1.1. Respiração
Diferente dos demais, Longo (2007, p.37-38) menciona que para um bom
controle da respiração e da coluna de ar é necessário trabalhar constantemente a
velocidade do ar, que na região grave é mais lenta e na região aguda é mais rápida.
Conforme o parágrafo anterior, se o instrumentista utilizar a ideia de
velocidade do ar em conjunto com o posicionamento da língua relaxada na base da
mandíbula, movendo o ar de maneira constante resultará no aumento da extensão
no trompete.
Já Simões (1997, p. 15) descreve que para ter o controle dos registros graves
ou agudos, timbres diferentes, flexibilidade e um belo som harmônico, não basta
desenvolver apenas desenvolver uma boa embocadura, é necessário desenvolver
uma respiração ampla com o controle da coluna de ar, músculos da língua, que
controla elementos envolvidos na produção do som. Isso é explicado por Simões
(1997):
18
1.2 – Articulação
1.3 - Flexibilidade
Batista (2010, p. 34) descreve que a flexibilidade é o ato de mover os lábios e
os músculos da língua livremente por meio de articular ou ligar as notas, para que o
desenvolvimento gradual aconteça é necessário dominar três pontos básicos, são
eles: lábios, língua e músculos.
Lábios: usados para vibração, alterando cada mudança de nota estando flexíveis
para as mudanças dos intervalos, e sobre o aspecto de mudança é
recomendável que o instrumentista faça o uso das sete posições do trompete
capacitando os lábios para o desenvolvimento e habilidade da flexibilidade:
1° Válvulas soltas
2° Segunda válvula
3° Primeira Válvula
4° Primeira e segunda Válvula
5° Segunda e Terceira Válvula
6° Primeira Terceira Válvula
7° Todas as válvulas acionadas
CAPÍTULO II
2.1 Respiração
Jacobs (1996, p.100) afirma que o corpo humano desenvolveu uma série
complexa de rotações que estimular ou inibe a respiração. Alguns são sensores
bioquímicos simples, no pescoço ou cérebro primitivo [a medula oblongada]. Esses
sensores estão ligados diretamente a nossas emoções e não podem ser
anatomicamente localizados.
Em resposta ao baixo nível de oxigênio e à acidez do sangue causada pelo
dióxido de carbono, um sinal é enviado através dos nervos sensoriais para os
músculos respiratórios, para uma respiração rápida e profunda. Em certas
circunstâncias, um sinal pode dominar, mas em músicos saudáveis, tanto o oxigênio
quanto a acidez são igualmente importantes para estimular a sensação de que é
hora de respirar, sobrecarregando o nível de oxigênio do sangue por hiperventilação.
Segundo Jacobs (1996, p.101) a necessidade de respirar é aumentada ao
respirar em repouso, mas ao caminhar duas milhas em meia hora ao nível do mar
em um pavimento nivelado, o teor de oxigênio do sangue rapidamente cairá para um
nível igual ao que seria encontrado em uma pessoa no topo do Monte Everest. Este
é um nível de sangue / oxigênio que não é compatível ao ser humano.
Um exercício suave, é claro, exige maior respiração. O reflexo normal é
encurtar a expiração, sem alterar o tempo de inalação. O aumento do consumo de
oxigênio aumentará a frequência, respirar para tocar um instrumento é claramente
diferente de respirar para viver.
. Jacobs (1996, p.101) descreve que a respiração usada para produzir o som
no instrumento de sopro, é diferente de respirar para as trocas químicas e gasosas,
necessário para produzir homeostase (a capacidade de o organismo apresentar uma
situação físico-química dentro do limite do organismo), mesmo diante de alterações
impostas pelo meio ambientes.
Hickman (2006, p.183-184) em concordância com Jacobs descreve que a
inalação natural e completa exige que os músculos intercostais se contraiam,
levantando a caixa torácica e expandindo seu diâmetro. Ao mesmo tempo, o
21
Inalação Exalação
Esterno
Costela
s
Pulmões
Diafragma Relaxado
Diafragma
Diafragma Contraído
Figura 04. Costelas, tórax e diafragma ao respirar/ fonte: Hikman (2010pg. 183)
.
22
Tendão
Músculo Intercostal Interno
Vértebra
Esterno
Osso da Costela
Cartilagem Costal
Ligamento
Tendão
Músculo Intercostal Interno
Vértebra Esterno
Osso da Costela
Cartilagem Costal
Sacos de Ar
Hickman (2010, p.191) conforme a figura abaixo, sacos de ar de vários tamanhos
podem ser usados para determinar a capacidade pulmonar aproximada de um
indivíduo e também servem como auxílio visual na repetição de exercícios de
inalação como o mesmo ar que está sendo transferido, evitando á hiperventilação.
Figura 05 Exercícios com repetição de Inalação e Exalação/ fonte: Hickman (2010 pg.188)
Powerlung
Construtor de Respiração
Hickman (2010, p.192) usado para controle da respiração, este dispositivo
requer pressão de ar constante ao inalar e expirar para manter a bola de ping-pong
na parte superior do tubo de plástico, podendo a resistência do ar ser ajustada. Este
dispositivo foi desenvolvido pela primeira vez pelo falecido (Bassoonist Harold
Hansen de Las Vegas e introduziu no ensino dos metais por Arnold Jacobs em
1982).
Inspiron
Hickman (2010, p. 192) inspiron é um tipo de espirômetro que fornece uma
demonstração visual de quanto o ar pode ser inalado ou expirado, podendo a
resistência ser ajustada.
Triflow
Hickman (2010, p.193) o Triflow é um tipo de espetrômetro com três câmaras, cada
uma contendo uma bola que deve ser levantada da pressão de inalação. Quando
virado para cima, o dispositivo pode ser usado para exalação, o dispositivo cria um
exemplo visual da relação entre o fluxo de ar e a pressão do ar.
Voldyne
Hickman (2010, p. 193) usado para medir a quantidade de ar inalado (até
cinco litros). Existem duas câmaras: a maior (direita) mede o volume de ar e a menor
pressão (menor) do ar.
2.2 Articulação
Asper (1999, p. 25) descreve que ao articular os lábios precisam vibrar dentro
da taça do bocal. A língua articular-se tocando a parte de trás dos dentes frontais
superiores, onde localizar-se o céu da boca. Asper usa exemplos de alunos que
tinham um som distorcido no início da nota, isso significava que a língua estar entre
os dentes impedindo a passagem do ar, deixando a articulação mais pesada
gerando tensão e problemas musculares no pescoço, prejudicando o
desenvolvimento da velocidade e clareza da articulação.
Segundo o autor, a maneira de eliminar a articulação pesada é manter a língua
entre os dentes e articular com a ponta da língua atrás dos dentes superiores,
abaixando a língua para a liberação do ar, reduzindo a tensão muscular nos
músculos do pescoço. Esta forma de articular atrás dos dentes, desenvolve o reflexo
da língua para o movimento correto, o lábio superior é enrolado contra os dentes
superiores, tornando o domínio da técnica da articulação simples e fácil.
Farkas (? pg. 55) em concordância com Asper descreve como se deve articular
de maneira uniforme, o instrumentista deve ter a consciência se a vibração dos
lábios no bocal e fora do bocal está correta dentro da altura (afinação) correta de
cada nota. Diante disso, Farkas recomendar como solução para essa ineficiência
dos lábios, a prática regular de vibração dos lábios no bocal e sem o bocal
(Buzzing). O objetivo principal desse exercício é a busca por uma vibração rica
afinada e cheia de harmônicos. Se o instrumentista não consegue tocar no bocal,
não poderá tocar no instrumento.
A vibração no bocal está totalmente relacionada à articulação bem-sucedida da
língua. O ataque firme e preciso é a base para toda a articulação. Farkas defende
que a palavra “ataque” é enganosa por induzir o trompetista, uma propulsão da
língua para frente, o que ocasionar á projeção da língua para frente antes do ataque,
bloqueando o fluxo do ar. Existem duas formas de articular uma nota: a primeira
nota articula-se com a ponta da língua e a segunda nota reiterar o mesmo
movimento em notas subsequentes. Uma articulação precisa é resultante de uma
vibração labial eficiente. Já uma nota distorcida é o reflexo da vibração labial
ineficiente. A vibração correta dos lábios produz uma sonoridade limpa, clara e
centralizada mantendo a linearidade do fluxo do ar.
32
Direção do ar
Fluxo de Ar Lábios
Língua
Garganta Boca
Figura 15 Gráfico do tubo de Bernoulli/ fonte: Jacobs (1996 pg.127)
Jacobs (1996 pg. 126) descreve que o (uso de silabas) através da fala é
possível resolver os problemas da movimentação da língua, com o uso de sílabas
com consoante e vogal como, por exemplo, usando as sílabas “ooh- e “kee-hoe
(para movimento de ida e volta)”. Os exercícios de vogais na fala se tornava
ineficiente para instrumentistas de sopro que tinham problema de respiração,
ocasionado pelo tamanho grande da língua que ocupava toda a cavidade bucal
bloqueando o fluxo de ar.
Diante da problemática da língua grande ocupar toda a cavidade bucal,
Jacobs recomendava como alternativa para a solução desse problema, o uso do
movimento do queixo projetando-se para frente liberando a faringe e, com isso
liberava as vias aéreas. Isso estimula um sinal adequado que é enviado do cérebro
para a musculatura da língua. Os nervos sensoriais da língua fornecem pouca
informação ao cérebro, mas para a movimentação da língua é o início da vibração
da nota.
Mas os instrumentistas de sopro que usam a consoante “D” usada para
produzir passagens em legato, “K” é suada em articulação dupla ou tripla,
ocasionalmente usa-se a consoante “H” eliminando o movimento da língua, o uso
mais comum é a consoante “T” no (marcato) que resulta na pressão estática do ar
por trás da língua.
Se o ar for comprimido antes que a nota seja iniciada, bloqueado pela a
língua, fechando a passagem do ar pela garganta, a língua pode causar atrasos no
ataque e prejudicar a qualidade sonora com esforço excessivo ao tocar, e
desencadear a manobra de Valsava, pelo qual a garganta se fecha bloqueando a
passagem do ar gerando pressão do ar nos pulmões empurrando para baixo o
diafragma. Portanto, a formação de uma nota é produzida no instrumento de sopro
com o uso da vogal e não consoante no ataque.
O “T” do ataque deve ser minimizado, enfatizando a pronuncia, o ataque
“Tha” ou “Too”. Recomenda-se usar formas de vogais inferiores, “ah, “o”, “ooh” e “u”,
com isso, a cor da nota podem ser alteradas usando as vogais para um pianíssimo,
as formas de vogais superiores, “e” e “i” são usadas na articulação Dupla e tripla.
Entretanto a fonética assim, como acontece com todas as articulações, é necessário
abordar várias articulações usando padrões de fala, como por exemplo, no ataque
duplo o uso do “T”, e a consoante “K” no ataque seguinte move o lábio com língua
no movimento para cima e para baixo, esse movimento é excelente para
38
Figura 19 Articulação com a ponta da língua/ fonte: Hikman (2010 pg. 135)
Figura 20 Articulação com o Dorso da Língua/ fonte: Hikman (2010 pg. 135)
40
Figura 21 Exercício com articulação simples e o uso do flurato/ fonte: Arban (1982 pg. 27)
.
2.3 Flexibilidade
Segundo Dissenha (2008, p.16) para praticar a flexibilidade é necessário
primeiro executar no bocal para verificar se o ar e a vibração dos lábios funcionam
corretamente, sendo fundamental manter a fluência do ar e mudança nos intervalos
sem mover a embocadura de forma mais precisa. O uso do metrônomo é essencial,
e transpor para todas as tonalidades, conforme o exemplo abaixo o referido autor
dar um padrão para fazer uso da transposição usando as sete posições do trompete.
Figura 24 Apoio pivô para registro médio e agudo/ fonte: Asper 1999 pg. 20.
Figura 25 Apoio pivô para registro pedal/ fonte: Asper 1999 pg. 20
44
Ackley (2012, p.04) explica que os estudos de flexibilidade são uma atividade
gradual do desenvolvimento no trompete. O autor enfatiza que é preciso manter a
embocadura firme e focada independe de a flexibilidade ser ascendente ou
descendente, é necessário que o trompetista tenha a concepção de mover a
embocadura o mínimo possível para obter a flexibilidade, pois à medida que o
trompetista sobe para o registro das notas agudas, não pode ajustar a embocadura
com grandes movimentos musculares ou adicionar suporte muscular (força física) se
não for necessário, otimizando o fluxo do ar.
A ideia de mover o mínimo possível a embocadura serve para aproximar a
conexão das notas graves, médias e agudas de forma natural, mantendo a abertura
labial pequena controlando de não fechá-la em posição de “assobio”, sempre
tocando e descansando o mesmo tempo que tocou, mantendo os lábios sempre
frescos, evitando assim a formação de maus hábitos, para tonificar a musculatura e
não fadigar a embocadura.
Para Ackley (2012, p.06), uma maneira de solucionar as dificuldades na
flexibilidade é utilizar o flurato (vibração da língua). Com este recurso, o trompetista
tende a soprar mais ar, o que corresponde a uma mudança na forma de soprar no
instrumento. Entretanto, a ideia é que quanto maior a quantidade de ar de forma
controlada, maior será o equilíbrio da flexibilidade assimilando a maneira correta de
conduzir a coluna de ar. Com isso, o flurato deve ser trabalhado de forma suave
para obter um som ressonante e o fluxo o mais natural possível sem força-lo. As
figuras abaixo são exemplos de exercícios com uso de flurato e a indicação da seta
representa que o ar deve ser conduzido de forma linear, com intervalos de quintas
ascendente e descendente.
Figura 26 Uso do flurato mantendo a coluna de ar uniforme e fluente/ fonte: Ackley 2012 ´g.06
Figura 27 Exercício de flurato com intervalo de quinta / fonte: Ackley 2012 pg. 06
Figura 28 .Exercício de flurato com intervalo de quinta descendente /fonte: Ackely 2012 pg.06
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Figura 29 Exercícios de flexibilidade com uso de flurato/ fonte: Ackley 2012 pg.09
46
2. CONCLUSÃO
3. REFERÊNCIAS
ASPER Lin A Physical Approach To Playing The Trumpet Editors Wave Song
Press Hudsonville Michigan.
CLARKE, H. Characteristic Studies for the Cornet. New York: Carl Fischer. 1929.
DOUGLAS Carlos Roberto Tratado de Fisiologia 2002 pg. 437 Editora Robe São
Paulo.
Dissenha Fernando Caderno de Trumpete Yamaha Editora Irmãos Vitalli 2008 São
Paul.
FARKAS, Philip. The Art of Brass Playing. 1. ed. Rochester: Wind Music, 1962.
LIN Bai Lip Flexibilities for All Brass Instruments Editors Balquhidder Music 1996
California.
MAGGIO Louis Original Louis Maggio For Brass Editora Maggio Music.
PLOG Anthony Method for Trumpet Book 1, 2, 3,4,5,6,7 Edtitora Carl Fischer 2009.
SACHS, M. Daily Fundamentals for the Trumpet .New York:. International Music
Company, 2000.
SACHS, M. Daily Fundamentals for the Trumpet .New York:. International Music
Company, 2000.
THIBAUD Pierre Method for the Advanced Trumpeter Editora Carl Fischer
VACHIANO Wiliiam The Arte of Double, Triple Tongue Editora C.F Corporatiom