A Namorada Falsa Do Milionário
A Namorada Falsa Do Milionário
A Namorada Falsa Do Milionário
Nomes, personagens,
lugares e acontecimentos descritos são produtos da
imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes,
datas e acontecimentos reais é mera coincidência. Esta
obra segue as regras da Nova Ortografia da Língua
Portuguesa.
Boa leitura!
Nikole Santos.
Fiz essa playlist com as músicas que ouvi enquanto
escrevia essa história. Se quiserem uma trilha sonora para
embalar os momentos durante a leitura, é só escanear o QR
CODE acima ou clicar no link aqui abaixo:
Impaciente…
Não consegui adiantar a visita para sair no mesmo
horário que Linda. Estou na plataforma, vendo alguns
assuntos. O chefe está ao meu lado, mostrando as partes
que precisam de melhorias. Faz um tempo que não venho
aqui.
— Onde foi que aconteceu o acidente? — pergunto e
ele empalidece olhando para mim. — Não me diga que você
foi um dos funcionários que achou que iria manter isso em
segredo? Uma vida foi ceifada.
— Fizemos o possível e cumprimos as ordens. A
iniciativa partiu de quem tava acima de nós, nos esforçamos
pra que não aconteça esse tipo de coisa. Achamos que a
equipe de segurança do trabalho iria relatar a diretoria.
— Não, eles não falaram, mas já foram demitidos,
então pagaram pela irresponsabilidade. Quero saber o que
aconteceu aqui. Como este homem morreu?
Lembro do que o chefe da equipe contou, mas um
novo relato pode trazer novas informações.
— Vou te mostrar o local. — Ele sai pelo corredor e o
sigo. — Ele era responsável pela manutenção das torres e
mastros. Naquele dia, tava frio e as torres em manutenção.
Por conta da ventania, elas ficaram tortas, alguns fios se
quebraram e alguns parafusos dos mastros se
desprenderam. Foi um caos tentar resolver tudo de uma só
vez. Não imaginávamos que o estrago havia sido tão
grande, senhor. Depois que os fios se quebraram, a
desgraça aconteceu — ele conta, subindo alguns degraus e
sigo atrás dele. — Tudo aconteceu ali. — Aponta para o
lugar. — Agora já consertamos.
É uma versão um pouco diferente da que já ouvi.
― Val era um dos operários mais queridos aqui.
Ninguém jamais faria nada que o prejudicasse, muito menos
acobertar algo assim se não fosse obrigado. ― ele explica
triste.
— E onde ele ficava? Vocês mandaram tudo para a
família?
— Não, senhor. O quarto dele permanece do mesmo
jeito. Não conseguimos fazer isso. Como eu disse, ele era
muito querido por todas as equipes e é muito difícil lidar
com o que aconteceu.
“Ele parece estar sendo sincero.”
— O senhor quer ver?
— Sim, por favor. — Acompanho o homem até os
dormitórios.
— É esse aqui. Ele dividia o quarto com outro operário
que tá em terra. — Abre a porta e eu entro e ligo a luz.
Tem uma cama e algumas coisas em cima da
cabeceira. O que mais me chama atenção é a foto que ele
mantinha ali ao lado de um troféu, uma pequena foto dele
com Linda e os dois estão sorrindo. Ela tem traços dele.
Pego a foto, olho de perto, em seguida olho o verso,
onde está escrito: "Minha querida, Linda".
— Essa era a filha dele. Ele não ficava um dia sem
falar sobre ela, o quanto ela era amável e uma boa filha.
Imagino que ela ainda esteja sofrendo muito com sua perda.
Eles só tinham um ao outro.
Concordo, ainda de olho na foto.
Ela sofre e agora me sinto pior ainda pelo que fiz com
ela naquele dia.
Agora, entendo aquele semblante quando ela me
enfrentou pela primeira vez, um misto de dor e revolta.
— Deseja ver mais alguma coisa, senhor?
— Não, mas quero que mande alguém colocar esses
pertences numa caixa. — Aponto para a cabeceira e guardo
a foto comigo.
— Farei isso.
Dou mais uma olhada na plataforma e assim que me
entregam as coisas, vou embora para casa.
Dispenso o motorista e levo a caixa para o outro
carro, já que vou dirigir para ir à casa da minha mãe hoje à
noite.
Tomo um banho e visto uma calça e uma camisa
verde-clara. Arrumo o cabelo e enrolo as mangas da camisa
até a metade dos antebraços. Estou um pouco atrasado,
mas resolvo ir a um lugar antes de pegar a Linda e ir para a
casa da minha mãe.
Logo Sérgio aparece batendo à porta e o mando
entrar.
— O que vai querer para o jantar, senhor?
— Hoje não precisa se preocupar com isso, irei jantar
na casa da minha mãe.
Através do espelho vejo sua expressão de surpresa.
— Ela quer conhecer melhor a Linda.
— É uma ótima ideia.
— Não sei não. Nem saí e já tô arrependido dessa
ideia. Só vou para fazer o gosto da minha mãe que anda
iludida com as fofocas do povo.
Ele assente com um leve sorriso.
— O que é, Sérgio?
— Nada, senhor — disfarça — Precisa de alguma
coisa?
— Não. Já tô de saída.
Passo em outro lugar antes de buscar Linda no
apartamento.
Assim que chego a encontro me esperando de braços
cruzados, num vestido amarelo-claro, apertado na cintura e
solto nas coxas, sandália com salto pequeno, o cabelo está
solto jogado sobre seus ombros e pelo brilho no rosto,
suspeito que esteja maquiada.
“Não é que ficou uma gracinha?”
Assim que paro meu I8, ela se inclina para frente e
olha o celular.
— Tá atrasado — pontua com a marra de sempre.
— Achei que iria elogiar o carro, mas, enfim.
— Eu não sei como abrir. — Ela puxa a maçaneta.
Abro por dentro e ela se afasta, ficando admirada,
finalmente, com o porte do carro.
— Entre, estamos atrasados — apresso e ela entra e
fecha a porta. Seu perfume toma conta do carro. É um bom
perfume. Como só senti nela, me lembra ela.
— Ai, ai, viu… De quem é a culpa, Rômulo?
— Foi por um bom motivo — garanto.
Rômulo tem um carro bonito e até que dirige bem
ou tem muito medo de amassá-lo, porque é uma atenção e
um cuidado no trânsito que até eu, uma pessoa que só anda
de olhos bem atentos, sem confiar no motorista, fico
relaxada no banco durante a viagem.
Não demora para chegar na casa da mãe dele. Casa
não, mansão.
Ela mora num condomínio chiquérrimo com uma casa
mais linda que a outra e ao redor da mansão não tem
muros. Há um jardim bonito na frente, com refletores que
ficam debaixo das plantas e realçam a cor verde, as paredes
têm cores claras e janelas de vidro, uma porta que dá dois
homens um em cima do outro e tem uma estradinha até lá.
Ele para o carro bem na frente desta estradinha, saio
e espero que ele faça o mesmo.
Não deveria me preocupar com isso, mas acho que
estou bem para conhecer a mãe dele. Acredito que ela não
irá reparar no tufo de cabelo que está nascendo no lugar
que o médico cortou para reparar o machucado que ganhei
na casa de seu filho. O vestido que uso destoa da ocasião,
com um estilo romântico, mas foi o único que não era novo
demais, nem velho demais para esse jantar.
— Vamos. — Ele passa ao meu lado, dispara na frente
e o sigo.
Admito que estou ansiosa. E se ela me chamar de
golpista e oportunista?
Ele toca a campainha e esperamos um pouco a porta
se abrir, enquanto isso, observo o desgraçado, que fica
elegante até quando não quer.
“Ele malha?”
E passou um perfume tão cheiroso que daqui detrás
sinto e estou sufocando.
A porta abre e uma mulher com uniforme aparece,
nos dando boa-noite.
— Boa noite. — Rômulo entra na casa e eu vou logo
atrás.
— Boa noite. — Dou um sorriso ao passar ao lado da
senhora de cabelos grisalhos.
“Que casarão!”
Parece um templo, mas com móveis modernos e é tão
iluminado que meus olhos até doem.
— Rômulo, ainda não creio que você veio! — uma
mulher elegante, de cabelo bem preto e rosto fino diz e o
abraça. Ela é alta, já que seu rosto ultrapassa o ombro do
grandão no abraço.
— Se tratar isso como um milagre, vou embora antes
mesmo do jantar.
“Sempre grosso!”
— Você não tem jeito, né? — Ela o solta mantendo o
sorriso e se vira para mim. — Linda, querida, que bom te ver
bem. Fiquei tão preocupada com você quando te vi
desmaiada! — Ela se aproxima, falando como se me
conhecesse há séculos. — Prazer, meu nome é Sandra. —
Ela me dá um abraço.
— Prazer, Linda.
“Essa mulher tá empolgada demais!”
— Como você tá? Já melhorou do machucado? — Ela
segura minhas mãos. É a primeira pessoa que me pergunta
sobre isso.
— Sim, mas a cicatriz ficou.
— Entendo. Rômulo me disse sobre o acidente.
Aqueles degraus nunca me passaram confiança.
— Não é bom confiar.
— Nem andar pra trás. — Rômulo completa.
— Aposto que adorou ver meu tombo.
Ele ri sentado no sofá.
— Não dê atenção ao que ele diz. Rômulo fala as
coisas sem pensar. Mas um dia ele se arrependerá e não
terá mais conserto. — ela praticamente pragueja. — Vamos
sentar aqui para conversar mais. Rodrigo! Venha falar com
seu irmão e sua cunhada!
Viro para Rômulo de olhos arregalados e ele bate a
mão na testa, sentado no outro sofá.
— Pelo amor de Deus, mãe, não alimente isso!
— Não estamos juntos. — completo.
Ela nem se importa com nossos pedidos.
— Rodrigo é totalmente o oposto de Rômulo, você vai
ver.
— Acho que falei com ele quando tava em cat… Na
casa do Rômulo.
Foi ele quem abriu a porta para eu fugir.
— Sim. Sim. — Ela está com um sorriso enorme para
mim.
— Cheguei! — Ele desce a escada correndo, com uma
camisa na mão e o peito nu, o que rende uma arregalada de
olhos por minha parte.
“Que corpo bonito!
Que abdômen…
E ele é alto!
Loiro. Será que é adotado?
Como será o pai do Rômulo?”
Quando ele abriu a porta para mim, não tive tempo de
encará-lo direito, pois quase o atropelei na tentativa de
fugir. No vídeo não reparei na sua fisionomia. Ele é bem
mais jovem que o Rômulo.
— Vista a droga da camisa, Rodrigo! — Rômulo ordena
nitidamente incomodado.
— Já tá com ciúmes? — Ele veste a camisa, rindo do
Rômulo e se aproxima de mim, então levanto. —
Finalmente, tô conversando com a mulher que tirou meu
irmão da seca.
— Quê? — Fico confusa.
Ele me cumprimenta com um beijo no rosto.
— Prazer, sou Rodrigo. Precisando de qualquer coisa,
sempre tô disponível.
— Não dê atenção ao que ele diz — Rômulo aconselha
mais como uma ordem. — Ele só fala besteiras.
— Aham. Vocês querem enganar a quem? Eu e a
minha mãe? Olha, mamãe? — Ele se senta do lado do
irmão, e com a mãe fica rindo. — Rômulo é um homem das
cavernas mesmo, nunca duvidei disso. O difícil mesmo é
uma mulher gostar dele do jeito que é. O que você viu nele?
— Eu? Nada. — rio disso.
— Ainda tem coragem de se sentar do meu lado
depois de alimentar a imprensa com essa ideia? Eu deveria
arrancar a sua língua, Rodrigo! — o jeito que Rômulo encara
o irmão enquanto fala me dá medo.
― Todo mundo já tava falando e em minha defesa, eu
tava bêbado!
― Você é meu irmão. É claro que as pessoas vão
acreditar no que você diz, independente do estado de
sobriedade!
Concordo com ele.
— Quando a vi correndo pela sua casa, fiquei
preocupado, mas faz três meses e povo fala que vocês
passam o tempo inteiro juntos!
“Que calúnia!”
― Achei mesmo que ela era a sua namorada. Fiquei
com esperança. Antes, achei que você era do vale dos
unicórnios ou aquelas pessoas que não gostam de sexo.
Rômulo balança a cabeça em negação e rio disso.
“Que rapaz sem noção!”
— Ninguém merece você, Rodrigo.
— E você? Digo o quê? ― o irmão retruca.
Sandra mexe comigo, rindo e sorrio também.
— Não se assuste. Toda vez é assim, eles vivem
trocando farpas. Vamos dar um passeio pela casa e
conversar sem a interferência desses dois. — Ela se levanta
e segura minha mão.
Olho para o Rômulo e ele balança a mão como se
fosse para eu acompanhá-la mesmo.
Achei que a visita era para ela ver que estou bem,
mas como ele disse, ela anda acreditando nessas coisas e
como suspeitei, o sonho dela é ver o filho com alguém.
Sinto desapontá-la ― mentira, não sinto não ― mas,
não serei eu a realizar esse sonho.
Vir até aqui foi uma péssima ideia, tanto que já até
me arrependi.
Enquanto as duas se afastam, Rodrigo se estica no
sofá, de olho na Linda. Esfrego uma almofada que tinha ao
meu lado em sua cara.
— Pare de olhar pra ela!
— Caramba, Rômulo! Você não disse que não estão
juntos? Por que tá com ciúme? — Toma a almofada de mim.
“Eu?
Com ciúme dela?
Eu não!”
— Não é ciúme. Você não aguenta ver uma mulher
que já corre pra cima! Você e o Caleb! Eu a trouxe por causa
da nossa mãe, então se contenha e respeite a visita.
— Tenho o maior respeito. Meu respeito é tão grande
quanto o seu ciúme.
— Não tô com ciúme dela! — Essa ideia me estressa.
— Não. Magina. — Ele se levanta. — Só falta me socar.
— Se continuar, eu vou. E é por outros motivos
também.
— Se quiser, posso ajudar a acabar com essa história
que vocês estão namorando. Vou chamá-la pra sair comigo.
Ela faz o meu tipo e faz jus ao nome!
Levanto com outra almofada e esfrego com mais força
na cara dele que cai no sofá.
— Da próxima vez será esse vaso. — Aponto para o
enfeite de mesa.
“Que ideia absurda!
Ela só é alguém que tem problemas comigo.
Se sem sermos nada já temos uma relação
complicada, imagina se ela se envolve com o meu irmão.
Eu não quero a Linda como minha cunhada!”
O deixo e me aproximo de onde elas estão, para saber
sobre o que andam falando. Eu me escondo ― ou tento ―
atrás da parede.
A minha mãe a leva para a sala da vergonha, ou seja,
a sala onde ficam os álbuns.
“Por que toda mãe tem essa mania?”
— Olha aqui o Rômulo e o Rodrigo quando pequenos.
— Minha mãe mostra um porta-retratos.
— O seu marido deve ser bem bonitão. Juntou a sua
beleza com a dele e fizeram bebês lindos!
“É, ela admitiu que me acha bonito.”
Posso dizer que a genética é ótima em questão de
aparência.
— Sim. Modéstia parte, meu marido é bonitão. —
Minha mãe não perde a chance de se gabar.
Sorrio.
— Olha ele aqui.
— Esse é o seu marido?
— Sim.
— Mas aqui parece uma foto do Rômulo!
— Sim. Eles são idênticos.
“Infelizmente!”
— Caramba, idênticos mesmo! Mas parece que
Rômulo não gosta muito de se encontrar com o pai.
“Não gosto mesmo.”
— Ele e o pai não entram em consenso. O pai cobra
demais dele e na última vez o Rômulo se sentiu bastante
humilhado com as coisas que ouviu num jantar com muitos
convidados. Desde então ele não vem aqui.
Linda fica parada por um tempo, parece pensativa.
— Desde que ele saiu, é a primeira vez que vem
aqui?
— Para um jantar? Sim. Você chegou fazendo milagres
nesta família.
Admito que só vim aqui por causa dela, mas poderia
ter feito tudo na minha casa.
— Acho que não, viu. — Ela não se empolga. — O seu
filho… Eu sei que é seu filho e a senhora não deve gostar de
ouvir ninguém falando mal dele, mas ele é um torrão.
Aprendeu com o pai. Desculpa, foi o que entendi da sua
história.
“Reclamando de mim, para minha mãe…
Era só o que faltava!”
— Ah, querida, pior que você tem razão. Não imaginei
que meu filho seria assim. Acho que a rigidez com que ele
foi criado reflete nas suas atitudes como adulto. O que meu
torrão fez?
“Sim, meu pai fez um belo trabalho comigo.
Só não queria ser igual a ele.”
— Ele falou da minha família como se não fosse nada,
sabe? Que a minha família não se importa, já que não
existe… E ele falou de um jeito tão fútil, de um jeito tão
banal.
“Então foi por isso que ela ficou daquele jeito.”
Não foi uma reação exagerada, mas eu rapidamente
percebi que quando ela saiu do elevador, parecia estar
chateada com alguma coisa. Eu não sabia que doía nela
falar da família.
Admito que, desta vez, fui muito insensível mesmo,
mas não percebi, foi algo automático, foi antes de saber
mais sobre o pai dela. Imagino que o pai dela se importaria
muito em ver o nome da filha ligado a fofocas como essas.
— Olha, querida, o Rômulo foi uma criança que
cresceu sendo muito cobrada pelo pai, tanto que ele se
tornou esse homem exigente. Acho que ele nunca se
permitiu conhecer alguém, se apaixonar, amar, deixar que
as pessoas conheçam o seu lado sensível. Sinto que com
você isso pode acontecer e talvez já esteja acontecendo,
mas ele não quer se abrir e fica fazendo isso. Com o tempo
ele vai mudar, eu te garanto. Não é por acaso que suas
vidas se cruzaram.
“A minha mãe é muito iludida mesmo se acha isso
tudo.”
Eu me afasto para não ouvir mais nada dessa
baboseira. Pode ser que ela tenha mexido na minha ferida,
mas ela só despertou o meu pior lado e a única coisa que
tenho feito é corrigir isso. Não tem nada de se abrir ou se
apaixonar.
Quando era mais jovem, sonhava com essas coisas,
até me permitia vivenciá-las, mas meu pai conseguiu
construir essa casca dura envolta de mim e agora que a
tomei como minha, ela me protege e nunca irei quebrá-la.
A mãe dele é muito iludida mesmo, pois de jeito
nenhum vou querer algo com Rômulo.
Voltamos para a sala depois de um tour deslumbrante
pela mansão de Sandra e encontramos Rômulo parado feito
uma estátua, de braços cruzados, perto da mesa de jantar,
enquanto ouve seu irmão contar alguma coisa.
Ele parece estar ouvindo tudo no automático.
Sandra vai até à mesa e depois de conversar com
uma funcionária, volta animada.
— O jantar tá servido, vamos comer.
Confesso que nem tenho fome para comer junto com
essas pessoas.
Eu me aproximo tímida da mesa do jantar, uma mesa
com um banquete para no mínimo vinte pessoas e ela
sugere os assentos e me coloca para me sentar ao lado de
seu filho. Faço isso por educação e coloco um pouco de cada
coisa que me deu vontade de comer, no enorme prato de
porcelana com pintura de flores. Por fim, a comida ficou tão
linda no prato que despertou a minha fome.
— Sério que você vai comer só isso? — Rômulo
pergunta repentinamente.
— Sim.
— Não precisa fingir que come igual modelo quando
você come igual um boia-fria.
— Rômulo! — repreendo, envergonhada e mãe dele e
o irmão prestam atenção nesta conversa. — Não tô com
tanta fome.
Rômulo discorda com a cabeça e come a comida dele,
que chega a ser a mesma quantidade que tem no meu
prato. Ele deve tomar alguma proteína para manter os
músculos.
— Linda, querida, fique à vontade.
Comemos em silêncio por uns dois minutos e quando
esse silêncio começa a se tornar constrangedor, a mãe dele
o quebra.
— Linda, no meio dessa história toda, você tem um
namorado de verdade? Fiquei me perguntando. — Sandra
questiona.
“E continua o constrangimento mesmo assim...”
— Não. Eu não tenho — respondo com uma leve
risada e não tiro os olhos do prato.
— Sorte do Rômulo. Já pensou inventar que namora
alguém que já tem um namorado?
— Quem tem o mínimo de sensatez, não acredita
nessa história ― Rômulo fala algo que concordo.
— Não tem nada a ver comigo ― Rodrigo se defende.
― Quando me perguntaram já fazia dias dessa história e só
achei um milagre.
— Cala a boca, Rodrigo! — o irmão ordena,
grosseiramente.
— Mas essa história não tá atrapalhando a sua vida
não, não é, Linda? — a mãe dele pergunta.
“Pergunta complicada essa.”
— Sinceramente, sim. Fui perseguida por mais de
duas semanas por causa dessa história e nem sequer pude
trabalhar direito. A única coisa boa nisso foi que acabei
aceitando o emprego, agora posso me sustentar sozinha e o
apartamento me afasta dos inconvenientes. De quase
todos.
— Tá falando de mim? — Rômulo questiona.
― Claro. Você apareceu sem avisar e eu tava saindo
do banho. A sorte foi que eu tava de roupão.
― Deve ter sido a visão do paraíso, hein,
Rômulozinho? Pra você, que raramente tem esse tipo de
experiência — o irmão dele fala.
― Calado, Rodrigo! Foi um acidente, Linda.
— E é por isso que te proibi de entrar lá sem ser
convidado. Queria proibir de outras coisas também, mas tá
difícil.
Sua família fica rindo da minha sinceridade.
— Você acha que eu queria estar nessa situação? E
sobre dificuldade, eu sofro mais tendo que lidar com a sua
teimosia… — ele rebate me fazendo ri.
— Lida me chamando pra jantar…
— Olha só, mãe! — Rodrigo ri enquanto eu e seu
irmão nos olhamos torto.
— Posso me sentar longe dele? — pergunto a sua
mãe.
— Fique à vontade, querida.
— Obrigada. — Levanto e pulo uma cadeira, com meu
prato na mão. Depois pego o copo. — Olha, dona Sandra, já
que estamos sendo sinceros, não aguento o seu filho.
Ele ri.
— Eu que não te aguento! Você me dá mais trabalho
do que meus funcionários.
— O que fiz para te dar trabalho? Você quer decidir a
minha vida. Hoje queria que eu ficasse plantada no seu
escritório te esperando para sei lá que horas chegar! Você
me colocou para trabalhar na empresa do Gustavo e fica
mandando a sua assistente me vigiar. Ainda implica com os
sócios que nem são seus!
— Você deve trabalhar e não ficar paquerando ou
caindo de amores pelos corredores do prédio. Estou te
poupando de andar de ônibus e depois um bocado a pé,
quando peço para me esperar!
“Um anjo na minha vida.”
— Paquerando? Que horas eu tava paquerando ou
caindo de amores por alguém? Eu e Laisa só ficamos felizes
com os bons modos, como fomos tratadas. Você não
entende por que é um mal-educado, grosso, arrogante e
acha que todo mundo tem que te engolir sorrindo. Fica
mandando me vigiar como se eu fosse fazer alguma
desgraça.
― Não confio, por isso mando vigiar mesmo.
— É, vou ficar com o sócio do Gustavo, pedir que ele
me resgate de você, depois vou matar aquela RP de nariz
empinado e ser feliz para sempre. É disso que você tem
medo? — Encaro Rômulo com a dúvida.
— Iiiii… — Rodrigo faz cara de espanto. — DR,
ciúmes… Já são um casal de verdade.
— Cala a boca, Rodrigo! — Rômulo exclama. — Vai
saber se você não vai esquecer do nosso acordo?
— Tudo bem, posso até sair no tapa com a sua RP
desgraçada que fica me chamando de golpista, aliás, ela é
muito interessada em você. Mas eu lá tenho cara de gente
que fica com alguém e fala o que não deve só porque tô
com ela? Ainda mais do seu meio? Me poupe, Rômulo.
— Linda, acredite, só ele pensa essas coisas de você
— Rodrigo fala enquanto a mãe dele observa tudo calada.
— Espero mesmo que você cumpra o combinado e
aproveite a chance que te dei. Não é todo mundo que
consegue um emprego desses.
— E como sempre, joga na minha cara o que fez de
bom, como se eu tivesse sendo mal-agradecida, quando, na
verdade, é você o paranoico. É isso que acontece com quem
faz mal aos outros, fica perturbado. — Volto a comer.
Em resumo, ele se incomoda se posso gostar de
alguém ou até mesmo me envolver com alguma pessoa do
meio dele!
Se isso acontecesse, não quebraria o contrato de
silêncio, mas eu nunca namorei e não seria agora, com um
cara como o Caleb, que isso iria acontecer.
Péssima ideia!
O jantar foi um caos.
Linda e eu trocamos farpas o tempo inteiro e quando
terminamos de comer decidi que deveríamos ir embora.
— Mas já? Tão cedo? — minha mãe se desaponta.
— Sim, esse jantar já deu. — Nem me sento mais no
sofá.
Linda se acha a dona da razão.
— Tchau, mãe. A comida tava deliciosa. — Eu me
aproximo para me despedir dela.
— Mas o que tá acontecendo aqui?
Ouço a voz do meu pai e olho para a porta de
entrada.
“Só pode ser brincadeira!
Ele tá aqui mesmo?”
— Robert! — Minha mãe se afasta e o recebe com um
abraço.
— Rômulo? Por que ninguém me avisou que teria um
jantar aqui? — Ele olha para minha mãe.
O ranço ferve dentro de mim, afinal ele fala como se
fosse a pessoa mais adorável do mundo numa família onde
todos são felizes.
— Foi de última hora.
Eu me recuso a cumprimentá-lo quando se aproxima e
ele sabe o motivo.
— E quem é essa garota? — Olha para a Linda.
— É uma conhecida — falo.
Ele avança para tocar nela em um cumprimento mais
íntimo, mas me adianto e a arrasto para perto de mim.
Travo.
Não consigo me mover e se fizer isso, talvez perca o
equilíbrio.
Ele sabe jogar baixo.
“Meu Pai do céu!
O que ele tá tentando fazer comigo?”
Depois de colocar a flor em minha orelha direita, ele
me encara com as mãos nos bolsos da calça e nem sequer
consigo falar algo ou parecer indiferente a isso.
Ele se aproxima lentamente e tenho certeza do seu
próximo passo. Meu coração bate forte e nem lembro como
é respirar por alguns segundos.
O pior é que eu quero.
— Senhor, tem paparazzis do outro lado do muro ―
um segurança fala me fazendo saltar para trás.
― Vamos entrar e caso se aproximem, mande ir
embora. — ele avisa e o segurança se afasta. ― Vamos,
Linda. ― Rômulo toca minha lombar.
Meu corpo todo fica em alerta com seu toque e me
apresso para entrar na casa. Nem espero mais conversa,
subo para o quarto e atrás da porta fechada acredito que
estou protegida.
Dos paparazzi? Não, do Rômulo.
Tiro a flor da orelha e a encaro, encostada na porta.
Ele consegue ser muito persuasivo e também
hipnotizante.
Ele consegue ser irresistível.
Fiquei como uma boba na frente dele por coisas tão
tolas...
Quando o assunto chega em namoro e esse tipo de
intimidade, regrido dos vinte e dois para os quatorze.
Tenho direito de ser ingênua ou parecer boba por
pouca coisa, porque o que as meninas de quatorze já
viveram, estou vivendo aos vinte e dois e,
independentemente da idade, acho que a sensação de
descoberta deve ser a mesma.
Eu só queria saber fingir que não sou tão boba assim.
“Larga de ser assim, Linda!
Não é como se você gostasse das coisas que ele faz.”
Sento na cama, me enrolo no cobertor e coloco uma
série na TV. Poucos segundos depois da série começar, já
tem um casal se beijando, por isso, fecho os olhos
apertando.
“Eu não quero pensar nele...
Eu não vou pensar nele.”
Abro os olhos e o casal está numa cena mais
avançada ainda. O rapaz está tirando a roupa da garota e
ela está soltando suspiros.
“Ele disse que gostou de dormir comigo!
Colocou uma flor na minha orelha!”
Será que... parece que sim.
Ele sempre tá encarando a minha boca!
Eu não tenho nenhum problema na boca.
Ele quer me deixar louca.”
Ele tem feito de tudo para ficarmos perto um do outro
e isso todo mundo já deve ter percebido. Até o meu vizinho
nos vê como namorados!
Agora ele sabe que foi o primeiro a me beijar, deve
estar fazendo isso para zoar com a minha cara. Uma hora
dessas deve estar rindo de mim. Rindo da minha cara após
suas atitudes.
Ele está fazendo tudo o que um homem poderia fazer
com uma mulher para depois rir da minha cara e não duvido
que quando isso tudo acabar, ele vai passar na minha cara
que só tive as experiências graças a ele, que ele teve pena
de mim e resolveu fazer isso, ou que ele estava entediado e
resolveu brincar comigo.
Salto da cama.
Agora ele vai ouvir!
Tiro a roupa para tomar um banho e aliviar a
vontade que sinto, mas o telefone toca no escritório e vou
até lá atender.
— Bom dia, Rômulo. Desculpa por ligar no domingo. —
É Kettelyn na linha.
— Alguma coisa importante, sugiro. ― Eu me sento.
— Sim. Abriram as inscrições para a premiação dos
empresários do estado, quer participar?
— Sim. Quero.
— Certo. Só restam vinte e quatro horas para a
inscrição, então vou fazer agora.
— Ótimo. Era só isso?
— Sim. Ótimo domingo.
— Pra você também. — Devolvo o telefone ao gancho.
A porta do meu escritório é aberta sem aviso e Linda
entra furiosa.
— Eu só vim aqui avisar uma coisa! Sei o que você tá
fazendo comigo. Sei que você só tá fazendo isso para ficar
rindo da minha cara! Não ouse repetir, porque não sou
palhaça!
— Eu não sei do que você tá falando. — Levanto da
poltrona contrariado.
Ela arregala os olhos, depois os cobre, se virando para
o outro lado, afinal tô só de cueca.
— Por que anda por aí desse jeito?!
— Porque é a minha casa, o meu escritório e ando do
jeito que eu quiser.
Mas admito que ter levantado do jeito que estou
vestido não foi uma boa ideia, pois é pegar pesado com a
virgem brava.
Sorte que a ligação da Kettelyn me vez esquecer o
que iria fazer no banheiro.
— Mas tem mais gente na casa! Como eu!
— Você já é de casa e para os de fora é até a minha
namorada! ― brinco.
— Não sou não!
Passo pela porta que liga meu quarto ao escritório e
pego um roupão.
— Olha, eu ia tomar um banho e precisei atender uma
ligação. Que história é essa que você veio reclamando?
Aliás, ninguém entra no meu escritório sem bater e avisar.
— Posso entrar em qualquer canto que eu quiser, já
que você diz que sou de casa. — Ela continua de costas. ―
E as pessoas de fora me apoiariam.
Visto o roupão rindo.
— Ah é? Então quer se aproveitar da opinião pública.
Se tivesse demorado mais um pouco, iria entrar no meu
banheiro e me pegar nu!
— Eu não! Tá repreendido!
E ela ainda solta isso para me fazer rir mais.
— Já coloquei um roupão. Pode se virar e fazer suas
reclamações, mas seja mais direta, porque não entendi o
motivo para brigar comigo.
Ela se vira, toda cheia de marra.
— Tô aqui para falar que você fica me beijando,
colocando flor no meu cabelo, teimando em dividir a cama
comigo e me encarando até me deixar toda encabulada pra
depois ficar rindo da minha cara.
“É por isso?”
— De onde você tirou isso? É efeito colateral dos
remédios?
— Vai negar?
— Quem ficou rindo de quê, Linda?! Eu não fiz isso
para me divertir não. Eu tava com o pensamento longe nas
vezes que te encarei.
― Engraçado que você sempre pensa longe olhando
para a minha boca.
“Agora ela me pegou.”
— Não tenho culpa se sua boca chama tanto a
atenção dos meus olhos.
Sua garganta se mexe quando ela engole.
— Eu não vou cair nessa, Rômulo. Você não vai me
usar.
“Só fui sincero.”
― Pense o que quiser, mas confie em seus olhos.
Ela não me encara nos olhos.
— Já falei o que queria, então, com licença. Pode ir
tomar seu banho.
— Não pede licença para entrar, mas ao menos pede
para sair, não é? Vamos melhorar isso. Mulher mal-educada
não combina comigo — aviso indo para meu quarto e dou
risada.
A verdade é que ela já me deixou louco de novo.
SINOPSE
Arthur Molina é um homem poderoso, muito rico e
respeitado que teve seu coração quebrado quando a mulher
que amava, Petra Brandão, o deixou para ficar com seu
irmão, Roger Molina. Desde então ficou estritamente
proibida a entrada de mulheres em sua casa.
A verdade é que ele passou a odiar todas as
mulheres.
Porém, sete anos depois, ele descobre que seu irmão
e sua ex-amada morreram em um acidente, deixando a filha
deles, Antonella Molina, de cinco anos, para ele cuidar.
De todas as torturas que Arthur poderia sofrer, sem
dúvida, para ele essa será a pior.
A filha dos traidores e ainda uma mulher?
Ele se revolta com a nova realidade e vai praticar seu
hobby preferido, caçar na floresta.
Quando vê uma presa grande, ele atira e logo em
seguida descobre que machucou uma jovem e bela mulher
que remete a alguém conhecido por ele.
Lutando contra seus instintos e passando por cima de
sua maior regra, ele permite que a levem para a casinha
onde ele cresceu na floresta e que cuidem dela.
Mas o que ele não imagina é que a mulher de rosto
tão recordativo, na verdade, é a irmã mais nova de
Petra, Daphne Brandão, que se perdeu enquanto
procurava o lugar onde sua sobrinha irá viver.
Ela pretende cuidar da criança como última coisa que
fará por sua irmã, não a deixando nas mãos do gângster de
péssima fama de quem ela ouviu falar.
Agora, Arthur Molina terá que aprender a lidar com
duas mulheres sob seu teto e Daphne terá que ensiná-lo a
ser o tio que sua sobrinha precisa enquanto espera a
chance de levar a criança embora.
Mas como eles irão lidar com tudo isso?
Será que Arthur mudará de ideia em relação às
mulheres?
E Daphne, será que mudará a ideia que criou do irmão
de seu cunhado quando o conhecê-lo melhor?
2. SANTIAGO: uma segunda chance para o viúvo
amargurado
SINOPSE
Amargurado e controlador, Santiago Molina dedica
seu tempo a muitos investimentos, mas nenhum com tanta
estima quanto a financeira SM Solutions, sua primeira
empresa, a qual divide com seu irmão, Enzo.
Aos vinte e cinco anos, ele perdeu sua esposa, Alice,
após o parto do primeiro filho do casal.
João Miguel nasceu saudável, mas Santiago nunca
deixou de culpá-lo pela morte de sua amada.
Três anos depois, uma jovem desastrada aparece em
sua vida como secretária. Em muitos momentos, ela tira a
sua paciência, já em outro faz o viúvo duvidar das suas
próprias promessas.
Com quarenta cursos no currículo e uma péssima
concentração no que precisa ser feito, Laura Bianchi foi
chutada do seu emprego por uma enorme lista de motivos,
mas, no mesmo dia, conseguiu o que julga ser o melhor
emprego de todos. Contudo, ela não contava que por vezes
passaria vinte e quatro horas ao lado de um homem
estressado, que mal a deixa falar e que a faz se sentir uma
imprestável. Todavia, ela não desiste fácil e trabalhará de
todas as formas para conquistar o seu chefe.
Ela só não imaginava que poderia conseguir mais do
que permanecer no emprego.
3. VINCENZO: Domando o coração do mulherengo
SINOPSE
Vincenzo Molina é um jovem empresário muito bem-
sucedido no ramo de laticínios, fora isso é um mulherengo
de primeira.
Não há uma mulher que escape da sua lábia e
também não são raras as vezes em que elas acabam com
seus sentimentos machucados pelo rapaz que rejeita
qualquer uma que lhe peça mais do que noites de prazer.
Quando coloca os olhos em Isabella Fernandes,
melhor amiga da namorada do seu primo, Arthur Molina,
seu interesse é instantâneo e fará de tudo para tê-la, a fim
de saciar seu desejo.
Isabella está prestes a terminar a faculdade e só
precisa de um estágio enquanto Vincenzo tem o local
perfeito para oferecer essa oportunidade, que vem
carregada de segundas intenções.
O histórico da garota carrega uma lista de caras
babacas e mulherengos, como Vincenzo, mas ele é
irresistível demais e ela não costuma perder oportunidades.
Ela foi alertada sobre o perigo de ficar com mais um
cafajeste.
Ele foi alertado sobre o perigo de machucar o coração
de alguém que trabalharia tão próximo a ele.
E eles ignoraram todos os alertas.
CONTO: ARRAIÁ DA FAMÍLIA MOLINA
SINOPSE
Na festa de São João, Arthur, Daphne, Santiago, Laura,
Vincenzo, Álvaro e as crianças se juntam em mais uma festa
da família Molina, na casa da Tia Chica, para comemorar a
data e matar a saudade.
Mas Daphne anda desconfiada que Arthur esconde
algo dela e Laura está prestes a surtar com as paranoias de
Santiago.
O CASAMENTO DO ANO
LIVROS ÚNICOS
UM CONTRATO PERFEITO DE CASAMENTO
SINOPSE
Depois de um casamento por conveniência,
Danielle Brown se tornou uma Jones, mas isso não a
impediu de ingressar na faculdade, perder sua aliança
de casamento e se jogar nas aventuras que as garotas
da sua idade tanto querem experimentar.
No casamento, ela só tinha um dever: assinar
documentos da grande empresa do seu pai e seu sogro
quando necessário.
Quando mais jovem, ela foi apaixonada por
Mason, mas antes mesmo de se casarem, se deu conta
que aquele homem nunca olharia para ela como uma
mulher.
Mason Jones se tornou diretor da construtora
Diamont Company após um casamento por contrato
com a filha do sócio do seu pai.
Mesmo o casamento tendo propósito comercial,
ele sabe que se separar de Danielle um dia significa
deixar de ser o preferido para comandar a empresa
que tanto estima. Por isso, na sua cama nenhuma
mulher se deitou desde o casamento, nenhuma mulher
andou ao seu lado e ele nunca se apaixonou por outra,
direito esse da sua esposa, Danielle Jones, mesmo não
havendo interesse dos dois lados em tornar real o que
eles têm no papel.
Mas isso não significa que se manteve casto por
esses anos e não se distraiu com outras.
Um dia, Danielle aparece totalmente diferente do
que Mason está acostumado a ver e se oferece para
ajudá-la.
Danielle cometeu um grande erro e isso enfurece
Mason, o levando a tomar uma decisão que se
arrepende de não ter tomado no passado: Danielle
tomará seu lugar de esposa, usando a aliança,
andando ao seu lado e dormindo na mesma cama que
ele.