Lei Pme Boqueirão
Lei Pme Boqueirão
Lei Pme Boqueirão
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2015-2025
João Paulo Barbosa Leal Segundo
Prefeito de Boqueirão
I - INTRODUÇÃO....................................................................................................... 07
II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO........................................................... 09
2.1. Aspectos históricos................................................................................................. 12
2.2. Perfil geopolítico, socioeconômico e educacional................................................ 13
III - NÍVEIS DE ENSINO........................................................................................... 17
III - EDUCAÇÃO BÁSICA........................................................................................ 17
3.1. Educação Infantil.................................................................................................. 17
3. 2. Ensino Fundamental............................................................................................ 21
3. 3. Ensino Médio........................................................................................................ 26
IV- EDUCAÇÃO SUPERIOR................................................................................... 30
V- MODALIDADES DO ENSINO........................................................................... 31
V.1. Educação de Jovens e Adultos – EJA............................................................... 31
V.2. Educação do Campo............................................................................................ 35
V.3. Educação Especial................................................................................................ 40
VI - FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE
EDUCAÇÃO................................................................................................................ 46
VII- FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO............................................................ 51
VIII- METAS, INDICADORES DEMOGRAFICOS DO PME............................ 54
IX- APÊNDICE.......................................................................................................... 106
APRESENTAÇÃO
O sonho, talvez, tenha sido sonhado por poucos, mas muitos serão os
beneficiados com as conquistas vindouras, de dias melhores para a educação de nosso
país, de nosso estado, de nossa cidade, a “princesa do cariri.”
Na fuga, Antônio e sua namorada se deparam com o rio cheio, havia algumas
pessoas que esperavam as águas do rio baixarem para atravessá-lo. O casal não podia
esperar as águas baixarem devido a perseguição, acenderam um facho 1 para atravessar
o rio, alertaram aos que ali estavam que se o facho não apagasse era porque haviam
chegado ao outro lado do rio, caso contrário, tinham morrido afogados. Enquanto
atravessava o rio, deixaram o facho cair na água, para que pensassem que tinham
morrido. As pessoas que os perseguiam, receberam a notícia e acreditaram no
acontecimento.
1 Feixe de galhos finos ou gravetos amarrados, onde se ateia fogo numa extremidade, para servir de
lanterna na roça.
Vencida a resistência dos nativos e as dificuldades naturais, o povoado começou a
desenvolver-se.
2
A partir do ano de 2013, parte da produção de gêneros alimentícios advindo da agricultura familiar
fazem parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, mais de 17 famílias são beneficiadas
pelo programa;
III- NÍVEIS DE ENSINO
2014 271
2000 666
Rural 2007 465
(Pública) 2010 471
2014 260
2000 182
Urbano 2007 122
(Privado) 2010 91
2014 241
2000 2.090
Total 2007 1.776
2010 1.826
2014 772
Fonte: INEP/Educacenso2010 / SME – Secretaria Municipal de Educação 2014
Observando a tabela percebemos uma significativa queda nas matrículas nos
anos de 2010-2014, em virtude de mudanças que aconteceram nas leis educacionais até
2010. Para tanto, todas as crianças que completaram seis anos de idade antes da data
definida para ingresso no Ensino Fundamental deverão ser matriculadas na Pré-Escola
(Educação Infantil), conforme consta no Parecer CNE/CEB nº 7/2007. Assim, é
perfeitamente possível que os sistemas de ensino estabeleçam normas para que essas
crianças que só vão completar seis anos depois de iniciar o ano letivo possam continuar
frequentando a pré-escola para que não ocorra uma indesejável descontinuidade de
atendimento e desenvolvimento: A pré-escola deve ser um espaço apropriado para
crianças com quatro e cinco anos de idade e também para aquelas que completarão seis
anos posteriormente à idade cronológica fixada para matrícula no Ensino Fundamental.
É preciso observar que uma sociedade, só se concretiza a partir das ações de seus
cidadãos e que estas estão intimamente ligadas à cultura, e ao desenvolvimento do
saber. É dessa forma que a educação básica, da qual o Ensino Fundamental faz parte, se
inseri na sociedade. Permitir a uma criança o conhecimento de sua própria cultura,
fazendo-a sentir-se parte integrante de um meio, é bem mais que ensinar valores e
conteúdos é Fundamental e indispensável para o exercício de uma cidadania.
Com a aprovação da lei, muitas crianças que até então, não tinham acesso à
escola devido à falta de recursos para frequentar uma escola privada de educação
infantil, têm garantida sua vaga na escola.Mediante a obrigatoriedade, as crianças têm
mais tempo de convívio escolar e, consequentemente, mais chance de aprender.
Além das metas, o PNE apresenta um conjunto de estratégias que devem ser
seguidas por municípios e estados com o objetivo de erradicar o analfabetismo e
melhorar a qualidade da educação. É necessário que toda comunidade escolar esteja
consciente de sua função diante dos desafios propostos para que conhecimentos e ações
sejam articulados de forma satisfatória.
0A3 1.096
4 276
5 311
URBANA E RURAL
6 288
7A9 855
10 A 14 1.559
Fonte: INEP/2010
Fonte: INEP/2010
Quadro 06 – Distorção Idade-Série
2007 69.4
2009 75.5
Estadual
2011 88.5
2013 73.9
2007 74.1
2009 79.0
Municipal
2011 81.6
2013 82.9
Fonte: INEP/2010
2011 42 154
2012 40 180
Fonte: INEP/2010
Referencias bibliografia
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com
certificado
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/15572/politicas-publicas-para-a-
educacao-de-jovens-e-adultos-no-periodo-2000-2010#!3#ixzz3dL5hAy6W
3.2. EDUCAÇÃO DO CAMPO
Rogério Bezerra
Colocada sob a ótica dos direitos, tais demandas passam a estabelecer uma nova
agenda para as políticas públicas, inscrevendo a diversidade e as especificidades do
campo no processo de construção da igualdade e da justiça social. No bojo dessa reação,
diferentes iniciativas situadas na área da educação popular, inclusive, da educação do
campo, começam a ser pensadas dentro de uma análise crítica de sua relação com a
educação escolar e da formação para o trabalho. Essa mobilização se consolida em torno
do processo Constituinte, fazendo com que a Constituição de 1988 se tornasse
expressão dessa demanda.
Constituição Federal de 1988 – artigo 205; Plano Decenal de Educação para
todos –1993; Plano Nacional de Educação 2001; LDB nº 9.394/96 – no artigo 28 e seus
respectivos incisos; Resolução CEB nº 3, de 10 de novembro de 1999 (diretrizes
nacionais para o funcionamento das escolas indígenas); Resolução nº 1/2002, do
Conselho Nacional de Educação; Criação da SECADI (Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) –2004; Resolução nº 2, de 28 de
abril de 2008 (Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação).
3º EJA EJA
N° Instituição EI 1º 2º 5º 6º 7º 8º 9º MÉD. AEE ∑
4º I II
1 Adauta Cordeiro 3 4 3 3 3 2 18
2 Antonino Ramos 3 3 2 4 3 2 17 34
3 Caetano Cavalcante 3 1 2 1 2 1 10
4 Carcará 5 5 4 0 1 2 17
5 Domicio Gonçalves 5 4 5 14
6 Euflaudizia Rodrigues 15 27 29 31 31 95 33 34 16 37 348
7 Guiné - - - - - - - - - - - - - - 0
8 Henrique Cavalcante 4 4 2 3 1 2 16
9 João Agripino Filho 23 26 34 46 33 23 19 204
10 João Bernardino Neto 5 0 2 5 3 2 17
11 João Ernesto do Rego 18 13 12 10 9 19 26 107
12 João Francisco Barbosa 7 6 1 2 20 36
13 José Adelino Leal 6 1 1 9 1 2 25 45
14 José Andrade Filho 2 4 2 2 3 4 17
15 José Augusto Lira 40 22 21 16 42* 141
16 José de Sousa Barbosa 4 4 2 7 2 2 23 44
17 Creche . Camelo Leal 107 107
18 J Fernandes de Oliveira 14 2 8 7 2 7 23 22 20 9 17 17 148
19 Josefina Heraclito 1 2 8 3 21 35
20 José Nascimento 21 6 12 13 8 5 0 0 0 0 18 83
21 Manoel Araujo Costa 25 24 24 24 23 30 150
22 Manoel Francisco 6 9 1 4 3 7 30
23 Manoel Pereira 14 17 15 14 17 13 20 110
24 Creche Maria Eduarda 115 115
25 N. Senhora do Carmo 5 7 4 4 3 4 27
26 Osias Francisco 14 4 5 10 14 15 62
Padre Inácio 15 28 30 38 60 160 96 63 46 36 36 200 808
28 P. Herminio Bezerra 5 4 6 2 2 12 31
29 Virginius da G. e Melo 26 21 29 35 31 22 21 185
% 0
Geral 416 198 237 271 236 248 318 173 138 87 53 200 2575
Escolas localizadas na Zona Rural
Nesse sentido, a LDB em seu artigo 26, menciona a concepção de uma base
nacional comum e de uma formação básica do cidadão que contemple as especificidades
regionais locais.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
É notório que o meio social atribui às pessoas com deficiência uma condição de
inferioridade em decorrência de sua alteração comportamental, vista como não
adequada ao contexto social, sendo a deficiência de acordo com Omote (2001) um
fenômeno construído socialmente é possível se observar as mais diversas percepções
acerca do mesmo, sendo muitas vezes o indivíduo deficiente diferenciado das demais
pessoas da sociedade pelas suas incapacidades, desconsiderando suas potencialidades
(ARANHA, 2001).
Deste modo, comumente ver-se casos de segregação dos indivíduos deficientes,
justificados pela incapacidade produtiva desta parcela da população que é, na concepção
de muitos, incapaz de atuar em um sistema econômico competitivo.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948, p. 1), estabeleceu, no seu
artigo 1o, que “[...] todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos
[...]” e, no artigo 7o, afirma que “[...] todos são iguais perante a lei e têm direito, sem
qualquer distinção, a igual proteção da lei [...]” (1948, p. 2), isto é, os referidos artigos
consideram o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da sociedade,
de forma igual e ineliminável, devendo ter seus direitos protegidos pelo Estado,
independentemente de sua condição física e/ou psíquica (ALVES, 2014).
A noção de Inclusão de pessoas com deficiência passou a ser debatida por
diversos países, por meio da aprovação de Declarações internacionais, Leis, Decretos e
Políticas Públicas e ganhou forte impulso a partir das conferências organizadas pela
ONU sobre o tema Deficiência, sendo o ano de 1981 considerado o Ano Internacional
da Pessoa Deficiente.
Atualmente, assume grande relevância a existência de políticas públicas
direcionadas para as pessoas com deficiência, seja na área de saúde, educação,
mobilidade urbana, mercado de trabalho, entre outras, proporcionando-os o usufruto de
direitos, e, consequentemente uma melhor qualidade de vida, bem como, uma
participação mais igualitária na sociedade, no entanto, colocar as políticas em prática
ainda é uma questão relativamente distante da realidade, o que impede que a inclusão da
pessoa com deficiência possa ocorrer de forma efetiva nos diversos espaços sociais
(ALVES, 2014).
No Brasil a Educação Especial organizou-se tendo como base o Atendimento
Educacional Especializado (AEE), buscado pôr fim a exclusão sofrida pelos deficientes
por vezes segregados nas instituições, mas é a partir da década de 1990, com o
movimento pela Escola Inclusiva, que mudanças graduais serão inseridas no sistema
educacional brasileiro.
Os impactos da ideia de educação Inclusiva podem ser percebidos nos princípios
constantes nos textos que regem a política nacional de educação, a exemplo da LDBEN
9394/96 e das Diretrizes da Educação Especial na Educação Básica (CNE/CEB 2001) e,
mais recentemente, da Política Nacional de Educação Especial, da Perspectiva da
Educação Inclusiva (SEESP/MEC, 2007), do Decreto nº 6.571/2008, que dispõe sobre o
atendimento educacional especializado e da Resolução 4/2009, que institui Diretrizes
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica na
modalidade Educação Especial.
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva, criada pelo Ministério da Educação em 2008, os estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
segmentos que compõem o público alvo da Educação Especial, têm o direito a
frequentar a sala de aula comum e, quando necessário, receber atendimento educacional
especializado no período inverso ao da escolarização. Historicamente, essas pessoas
foram excluídas do sistema educacional ou encaminhadas para escolas e classes
especiais.
Como resultado da implantação da referida política, entre 2007 e 2013, as
matrículas desses estudantes em escolas regulares subiram de 306.136 para 648.921
(aumento de 112%). Em 2013, 76,9% desses estudantes matriculados na Educação
Básica estavam estudando em salas comuns, sinalizando um rompimento com o
histórico de exclusão.
Contudo, tratando-se da educação inclusiva nas redes comuns de ensino, a
perspectiva deve ser, acima de tudo, de combater atitudes discriminatórias, a fim de
inverter a lógica atual recriando uma sociedade que respeite as diferenças e a
diversidade humana, promovendo a eliminação de barreiras no acesso à educação e
contribuindo efetivamente para o processo de aprendizagem, pois as modificações no
sistema educacional para promover um processo de inclusão pode obter duas direções: a
de uma escola ideal, de qualidade, capaz de lidar com as diferenças e necessidades de
seus alunos; e a de uma escola que adota apenas a palavra Inclusão detendo-se a parte
burocrática, adotando ainda atitudes que apontam para exclusão (OMOTE, 2006).
Assim, muitos desafios se colocam para os profissionais da educação na cena
contemporânea, indo além da garantia da presença desses alunos na sala de aula o
cenário atual nos obriga a repensar e efetivar práticas que levem em consideração um
currículo flexível, já previsto nas políticas públicas, afim de adequar a educação ao
contexto local, sendo de suma importância ao educador rever a metodologia de ensino, a
avaliação pedagógica, a oferta de objetivos e conteúdo de ensinos específicos, entre
outros aspectos. Consideramos que adotar a ideia de educação inclusiva significa
romper com uma expectativa de aprendizagem única e cristalizada, contrariando o
processo de empobrecimento e simplificação do currículo escolar
Concluindo, enfatizamos que os desafios impostos a ampliação desses
expressivos avanços, envolvem a continuidade de investimentos na formação de
educadores, no aprimoramento das práticas pedagógicas, na acessibilidade arquitetônica
e tecnológica, na construção de redes de aprendizagem, no estabelecimento de parcerias
entre os atores da comunidade escolar e na intersetorialidade da gestão pública.
Enfim, A concretização da Educação Inclusiva vai além da elaboração e
implementação de medidas político-administrativas, configurando-se em um processo
de grande amplitude e deve ser um compromisso assumido por todos os profissionais
que compõem não só a educação, mas a rede de assistência a vida dos indivíduos nos
mais diversos municípios do Brasil.
REFERÊNCIAS
Funções Docentes
Modalidade
/etapa C/G S/E
Ano C/Lic C/EM C/NM Total
r M
2007 4 4 - 1 - 5
Creche 2008 7 7 1 12 - 20
2009 9 9 1 11 - 21
2010 8 8 1 9 - 18
2007 3 4 - 8 - 12
Pré- Escola
2008 1 1 1 10 - 12
2009 3 3 2 11 - 16
2010 2 2 3 9 - 14
Fonte: INEP/2010
No ensino fundamental nos anos iniciais, mostra que nos anos 2007 28
professores possuíam formação em licenciatura e 14 possuíam formação em normal
nível médio, nos anos seguintes o numero de professores que possuíam formação em
graduação ou licenciatura era igual ou inferior aos que possuíam formação em normal
nível médio. Quanto aos anos finais do ensino fundamental a maioria dos professores
que atuam no ensino são habilitados em cursos de licenciatura ou graduação.
Funções Docentes
Modalidade/
etapa Ano C/Lic C/Gr C/EM C/NM S/EM Total
2007 28 31 1 14 1 47
Fonte: INEP/2010
Neste sentido, o Plano Estadual de Educação, a Lei Nº 13.005 de junho de 2014 – PNE
e demais leis nacionais que tratam a educação propõe que os programas e politicas
especificas do Ministério da Educação, responsabiliza as Instituições Publicas de
Educação Superior – IPES, a responsabilidade pela formação inicial e continuada dos
professores em exercício, na rede publica de educação básica.
Referencias:
A segunda metade dos anos de 1990 foi marcada com a criação do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF. Este mecanismo
de financiamento destinava recursos apenas para o ensino fundamental. No entanto,
com a extinção deste mecanismo em 2006, implanta-se o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB. Com a implantação desse fundo,
todos os níveis e modalidades de ensino da educação básica passaram a receber
recursos, mesmo com o custo aluno ponderado com proporção diferente.
Referencias:
______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos. Lei N°
11.494 de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação –
FUNDEB. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Ato2007-
2010/2007/Lei/L11494.htm>. Acesso em: jul. 2007.