Lei Pme Boqueirão

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Av. 30 de Abril, 45 - Centro – Boqueirão – PB


CNPJ: 08.702.573/0001-79

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I. Divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações nos respectivos sítios


institucionais da internet;
II. Analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das
estratégias e o cumprimento das metas;
III. Analisar e propor a ampliação progressiva do investimento público em educação,
Município de Boqueirão podendo ser revista, conforme o caso, para atender às necessidades financeiras do
cumprimento das demais metas do PME.
PREFEITURA MUNICIPAL DE BOQUEIRÃO
Av. 30 de Abril, 45 - Centro – Boqueirão – PB § 2º. A cada 02 (dois) anos, ao longo do período de
vigência deste PME, a Secretaria Municipal de Educação, com o suporte de instituições de
CNPJ: 08.702.573/0001-79 pesquisas, publicará estudos para aferir a evolução no cumprimento das metas estabelecidas
no Anexo desta Lei.

$726'232'(5(;(&87,92 § 3º. A meta progressiva do investimento público em
 educação será avaliada no quarto ano de vigência do PME e poderá ser ampliada por meio de
lei para atender às necessidades financeiras do cumprimento das demais metas.
Art. 6º. O Município promoverá, em colaboração com o
Estado e a União, a realização de, pelo menos, 02 (duas) Conferências Municipais de
Educação até o final da década, com intervalo de até 04 (quatro) anos entre elas, com
MUNICÍPIO DE BOQUEIRÃO objetivo de avaliar e monitorar a execução do PME e subsidiar a elaboração do Plano
PREFEITURA MUNICIPAL DE BOQUEIRÃO Municipal de Educação.
CNPJ: 08.702.573/0001-79 Parágrafo único. As Conferências Municipais de
GABINETE DO PREFEITO Educação e o processo de elaboração do próximo Plano Municipal de Educação serão
realizados com ampla participação de representantes da comunidade educacional e da
LEI N.º 1040/2015, DE 22 DE JUNHO DE 2015. sociedade civil.
APROVA O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – Art. 7º. Fica mantido o regime de colaboração entre o
PME, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Município de Boqueirão, o Estado da Paraíba e a União para a consecução das metas do PME
e a implementação das estratégias a serem realizadas.
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE BOQUEIRÃO, ESTADO DA PARAÍBA,
§ 1º. As estratégias definidas no Anexo Único integrante
“ Faço saber que o Poder Legislativo aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: ” desta Lei não excluem a adoção de medidas visando formalizar a cooperação entre os entes
federados, podendo ser complementadas por mecanismos nacionais e locais de coordenação e
Art. 1º. Fica aprovado o Plano Municipal de Educação – colaboração recíproca.
PME, com vigência de 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo
Único, com vistas ao cumprimento do disposto no inciso I, do artigo 11, da Lei Federal nº § 2º. O Sistema Municipal de Ensino deverá prever
9.394, de 20 de dezembro de 1996, no artigo 8º da Lei Federal nº 13.005, de 25 de junho de mecanismos de acompanhamento para a consecução das metas do PME.
2014, no artigo 129 da Lei Orgânica do Município de Boqueirão. § 3º. O Sistema Municipal de Ensino deverá considerar
Art. 2º. São diretrizes do PME: as necessidades específicas das populações do campo e das diversas comunidades e distritos,
asseguradas a equidade educacional e a diversidade cultural.
I. Erradicação do analfabetismo; Art. 8º. Para garantia da equidade educacional, o
II. Universalização do atendimento escolar; Município deverá considerar o atendimento às necessidades específicas das Educação
III. Superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania Especial, assegurando um sistema inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades de
e na erradicação de todas as formas de discriminação; ensino.
IV. Melhoria da qualidade de ensino;
V. Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e Art. 9º. O Município de Boqueirão deverá aprovar leis
éticos em que se fundamenta a sociedade; específicas disciplinando a gestão democrática da educação em seus respectivos âmbitos de
VI. Promoção da educação em direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade atuação.
sócio ambiental;
VII. Promoção humanística, cultural, científica e tecnológica do Município; Art. 10. O plano Municipal de Educação de Boqueirão
VIII. Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação, abrangerá, prioritariamente, o Sistema Municipal de Ensino, definindo as metas e estratégias
resultantes da receita de impostos, compreendida a proveniente de transferências, que atendam às incumbências que lhe forem destinadas por Lei.
na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental, da educação infantil e
da educação inclusiva; Art. 11. O Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias
IX. Valorização dos profissionais de educação; e os Orçamentos Anuais do Município deverão ser formulados de modo a assegurar a
X. Difusão dos princípios da equidade e do respeito à diversidade; consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias do
XI. Fortalecimento da gestão democrática da educação e dos princípios que a PME, a fim de viabilizar sua plena execução.
fundamentam.
Art. 12. Até o final do primeiro semestre do nono ano de
Art. 3º. As metas previstas no Anexo Único, integrante vigência deste PME, o Poder Executivo, através da Secretaria Municipal de Educação,
desta Lei, deverão ser cumpridas no prazo de vigência do PME, desde que não haja prazo encaminhará à Câmara Municipal de Boqueirão, sem prejuízo das prerrogativas deste Poder,
inferior definido para as metas e estratégias específicas. o projeto de lei referente ao Plano Municipal de Educação a vigorar no período subseqüente,
que incluirá diagnósticos, diretrizes, metas e estratégias para o próximo decênio.
Art. 4º. As metas previstas no Anexo Único integrante
desta lei deverão ter como referência os censos mais atualizados da Educação Básica e Parágrafo único. O processo de elaboração do projeto
Superior, disponíveis na data da publicação desta Lei. de lei disposto no caput deste artigo deverá ser realizado com ampla participação de
representantes da comunidade educacional e da sociedade civil.
Art. 5º. A execução do PME e o cumprimento de suas
metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, a cada 02 (dois) Art.13. Esta Lei entra em vigor na data de sua
anos, realizados pelas seguintes instâncias: publicação.
Art.14. Revogam-se as disposições em contrário.
I. Secretaria Municipal de Educação; Gabinete do Prefeito Municipal de Boqueirão (PB),
II. Comissão de Educação da Câmara Municipal de Educação; em 22 de Junho de 2015.
III. Conselho Municipal de Educação;
IV. Fórum Permanente de Educação;
V. Demais órgãos que venham a ser criados pelo Município para este fim. JOÃO PAULO BARBOSA LEAL SEGUNDO
Prefeito Municipal
§ 1º. Compete, ainda, às instâncias referidas no caput: Boqueirão-PB
BOQUEIRÃO

Plano Municipal de Educação

2015-2025
João Paulo Barbosa Leal Segundo
Prefeito de Boqueirão

José Erivaldo da Silva


Secretário de Educação

Isabel Cristina Barbosa dos Santos


Coordenadora Pedagógica

Comissão Executiva do PME


José Erivaldo da Silva
Eva Maria de Melo
Evangelista de Sales Jovino
Francicleide Ventura da Macedo
Freud da Costa Rego
José Moises Leal
Josinaldo Porto Pereira
Maria Aparecida Moraes
Maria Elieze de Farias Benevides
Maria Inez de Freitas
Valdeildo Gomes da Costa

Correção, Redação e Análise dos Dados


Evangelista de Sales Jovino
Eva Maria de Melo
Colaboração

Conselho Municipal de Educação


Conselho de Acompanhamento e Controle Social da Educação Básica
Conselho Municipal da Criança e do Adolescente
Câmara Municipal
Secretaria Municipal de Educação
Autores dos artigos

Débora Suelle Marcelino de Miranda


Eva Maria de Melo
Evangelista de Sales Jovino
Freud da Costa Rego
Maria Aparecida Moraes
Maria da Glória Sousa Rivânia
Rogério Bezerra
Sandra Fernandes Leite
SUMÁRIO

I - INTRODUÇÃO....................................................................................................... 07
II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO........................................................... 09
2.1. Aspectos históricos................................................................................................. 12
2.2. Perfil geopolítico, socioeconômico e educacional................................................ 13
III - NÍVEIS DE ENSINO........................................................................................... 17
III - EDUCAÇÃO BÁSICA........................................................................................ 17
3.1. Educação Infantil.................................................................................................. 17
3. 2. Ensino Fundamental............................................................................................ 21
3. 3. Ensino Médio........................................................................................................ 26
IV- EDUCAÇÃO SUPERIOR................................................................................... 30
V- MODALIDADES DO ENSINO........................................................................... 31
V.1. Educação de Jovens e Adultos – EJA............................................................... 31
V.2. Educação do Campo............................................................................................ 35
V.3. Educação Especial................................................................................................ 40
VI - FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE
EDUCAÇÃO................................................................................................................ 46
VII- FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO............................................................ 51
VIII- METAS, INDICADORES DEMOGRAFICOS DO PME............................ 54
IX- APÊNDICE.......................................................................................................... 106
APRESENTAÇÃO

O ser humano, por natureza, anseia a realização contínua ou única de um projeto


do qual tenha empreendido, fortemente, todas as suas riquezas materiais e/ou culturais.
A somatória das vitórias e das percas de toda e qualquer empreitada trás consigo um
aprendizado e um amadurecimento que nos qualifica e orienta numa nova jornada.

Sonharmos com um mundo melhor, onde todas as pessoas, especialmente as


crianças e adolescentes, possam se desenvolver dignamente não é utopia. Só será
preciso somar ao sonho a vontade e o desejo pessoal e local de mudança. Pronto,
teremos a receita para a realização de qualquer sonho nesse plano humano.

Aqui, começamos a colocar em prática sonhos e lutas de muitos que sonharam e


lutaram por dias melhores, por uma educação melhor, de qualidade e polida pela
democracia e pela politização. Queremos, assim, também, um Boqueirão sensível e
pujante no desenvolvimento da educação, da economia, da política, da cultura e da
democracia.

O sonho, talvez, tenha sido sonhado por poucos, mas muitos serão os
beneficiados com as conquistas vindouras, de dias melhores para a educação de nosso
país, de nosso estado, de nossa cidade, a “princesa do cariri.”

José Erivaldo da Silva


I- INTRODUÇÃO

“Todos os homens do mundo na


medida em que se unem entre si
em sociedade, trabalham, lutam e
melhoram a si mesmos.”
Antonio Gramsci

O Processo de construção e desenvolvimento de qualquer sociedade, a formação


da identidade cultural de um povo, a consciência social dos indivíduos, o exercício
político da cidadania, intrinsecamente estão relacionados com um aspecto fundamental
de nossa vida social: a educação.

É preciso entendermos a sociedade, a democracia e a educação associadas. Elas


se entrelaçam e se completam, agem em consonância com as necessidades do mundo
atual, preparando seus componentes e dotando-os dos qualitativos essenciais à
continuação da humanidade. Partindo de uma política nacional de educação como prevê
a Lei 13.005, de 25 de junho de 2014, que disciplina o Plano Nacional de Educação no
seu art. 8º, e o art. 9º de Lei nº. 9.394/96 da LDB, esta Secretaria de Educação, em
parceria com o Conselho Municipal de Educação, Instituições de Ensino Públicas e
Particular e os demais segmentos da sociedade civil, elaboraram o Plano Municipal de
Educação, abrangendo o conjunto das ações educativas que se desenvolvem neste
Município e que serão implementadas mediante políticas públicas.

Construir e consolidar um projeto moderno e próprio, comprometido com a


transformação social e educacional do nosso Município, buscou-se, com a elaboração
do Plano Municipal de Educação, mobilizar a comunidade escolar em geral,
propiciando desencadeamento de uma significativa série de debates sobre seus mais
importantes problemas educacionais, bem como as alternativas e estratégias para
enfrentá-los.

A participação da sociedade na apresentação das propostas, na expressão dos


desejos, no debate e na aprovação das proposições foi de fundamental importância na
elaboração e na construção deste Plano Municipal de Educação de Boqueirão. Com uma
investigação reflexiva e crítica a construção deste trabalho foi significativo, assegurando
oportunidades de experiências de aprendizagens que desafiem o potencial criativo,
incorporem avanços científicos e tecnológicos
As ideias formuladas retratam, de forma atualizada, criativa, provocativa,
corajosa e esperançosa, questões que no dia a dia, na sala de aula e na escola, continuam
a instigar o conflito e o debate entre os educadores e a sociedade organizada. Com a
conclusão deste trabalho podemos relacionar os desafios da rede de ensino, na
expectativa e no desejo de uma nova escola que assegure a inclusão social, a
permanência do educando, oferecendo um ensino de qualidade, na vivência plena de
uma gestão democrática e na valorização do educador.

Sabemos que o Plano Decenal de Educação do Município de Triunfo expressa os


compromissos que os educadores e o governo municipal devem promover e garantir no
Município, pois representa a preocupação e a necessidade de se fazer projetos modernos
e desenvolvimento auto sustentável, comprometido com a transformação social, além de
assegurar a cidadania para todos e progresso para o Município, como também de atingir
os objetivos e metas previstas constituindo-se como uma das prioridades do Governo
Municipal.

O presente documento, assim idealizado e executado pela comunidade


boqueirãoense, encaminhará as políticas públicas educacionais através da Secretaria de
Educação para o próximo decênio 2015 a 2025.
II - CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO
2.1 - Aspectos históricos

Em meados do século XVIII, a região onde hoje se localiza Boqueirão era


marcada pela marcha de ocupação do interior, através das Entradas e Bandeiras (as
quais tinham como objetivo a posse de terra e o combate aos índios da região), tendo
como pioneiro, o baiano Antônio de Oliveira Ledo, fundador da vila de Boqueirão,
tornando-se o primeiro núcleo de casa de brancos da região que a comuna possuía.

A instalação da família de Antônio Oliveira Ledo na região de Boqueirão,


segundo relatos, se deu a partir de uma fuga realizada por Antônio de Oliveira Ledo,
devido a não aceitação de seu casamento por seu pai (grande latifundiário baiano) com
uma moça, a qual desconhecera as origens da família. Todavia, Antônio não desistiu,
fugiu com a amada na garupa de seu cavalo, em direção ao estado da Paraíba. O casal
foi perseguido pela família de Antônio e repeliam com repulsa a atitude de Antônio.

Na fuga, Antônio e sua namorada se deparam com o rio cheio, havia algumas
pessoas que esperavam as águas do rio baixarem para atravessá-lo. O casal não podia
esperar as águas baixarem devido a perseguição, acenderam um facho 1 para atravessar
o rio, alertaram aos que ali estavam que se o facho não apagasse era porque haviam
chegado ao outro lado do rio, caso contrário, tinham morrido afogados. Enquanto
atravessava o rio, deixaram o facho cair na água, para que pensassem que tinham
morrido. As pessoas que os perseguiam, receberam a notícia e acreditaram no
acontecimento.

Antônio e sua namorada, partindo em direção ao estado paraibano, acharam as


terras ao redor do Rio Paraíba, próximo a Serra de Carnoió a Boqueirão (rasgo na serra
onde passa o rio), local apropriado para as instalações de gado bovino. Destaca que a
instalação mais antiga do antigo curral de gado por Antônio de Oliveira Ledo ocorreu
em Boqueirão, ao se fixarem nas terras boqueirãoenses, trataram de aldear os índios que
ali existiam. Os índios faziam parte da nação Cariri identificada também como Tapuias.
Desta vez, os nativos não foram passivos diante da ocupação de seus espaços pelos
criadores, respectivamente, resistiram à ocupação, mas, a luta foi desigual e adversa.

1 Feixe de galhos finos ou gravetos amarrados, onde se ateia fogo numa extremidade, para servir de
lanterna na roça.
Vencida a resistência dos nativos e as dificuldades naturais, o povoado começou a
desenvolver-se.

Um dos hábitos preservado até os dias atuais, herdado do nascente povoado é a


confecção de redes de dormir, atividade que passa de geração a geração, este processo
de produção continua quase intacto, ocorreu algumas transformações no fio que se
transformou em produto manufaturado com a implantação da indústria têxtil.

A economia boqueirãoense perpassa os séculos XVII, XIX e metade do século


XX com atividade criatória associada às culturas de subsistência e do algodão. O baixo
nível de tecnologia das forças produtivas impediu que Boqueirão se desenvolvesse,
permanecendo como vila por muitos anos.

Em 1940, na pequena Vila de Boqueirão, existia apenas uma rua principal à


margem do rio, outras ruas menores em torno da igreja e um comércio insipiente de
gêneros de primeira necessidade.

No inicio da década de 1950, começou o processo de transformação da vila a


partir da construção do açude de Boqueirão, as margens do rio Paraíba na Serra de
Carnoió, consequentemente, esse processo desencadeou mudanças socioeconômicas na
região, sobretudo, nas atividades agropecuárias.

No ano de 1951, teve inicio a construção do açude Epitácio Pessoa, a construção


do açude já havia sido sinalizada pelo então historiador Irineu Jóffily as autoridades
estaduais, visando aproveitar as potencialidades oferecidas pelo Rio Paraíba que em seu
curso normal rompia o obstáculo da Serra de Carnoió proporcionando o represamento
das águas.

No inicio da década de 50, inicia-se a construção do açude Epitácio Pessoa,


através da articulação dos setores dominantes da Paraíba, mas precisamente de Campina
Grande (cento populacional de maior desenvolvimento no compartimento da
Borborema), que vivenciava problemas com o abastecimento d’água. Tendo em vista
que a cidade não contava com infraestrutura necessária para atender a população que
crescia significativamente.

Com o inicio da construção do açude, em 1951, a Vila de Boqueirão, se


transformou em uma arena de trabalho para muitos operários e técnicos vindos de
diversas partes do país, lugares, os trabalhos da construção do açude foi coordenado e
executado pelo Departamento de Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS).

Daí em diante a vila boqueirãoense passa a ter maior visibilidade e, sobretudo


em seu desenvolvimento com a conclusão da construção do açude, e posteriormente a
sua emancipação do município de Cabaceiras. Em 1957, o açude de Boqueirão foi
inaugurado pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

A população reivindicava aos órgãos competentes do Estado emancipação da


Vila do município de Cabaceiras, devido a evolução pela construção do açude e sua
projeção em nível local e estadual.

No dia 30 de abril de 1959, pela Lei Estadual nº 2078, se deu o processo


político-administrativo, a Vila foi emancipada, o nome Boqueirão originou-se da
existência de um grande corte que o Rio Paraíba faz na Serra de Carnoió.
Posteriormente, no ano de 1960 o açude sangrou pela primeira vez, ocupando uma
grande extensão de terras cobertas pelas águas de Boqueirão a Cabaceiras.

2.2 - Perfil geopolítico, socioeconômico e educacional

A circunscrição administrativa citada se configura hoje como um dos municípios


que mais cresce entre os municípios da mesorregião da Borborema, é um dos treze
municípios da microrregião do Cariri Oriental. Possui uma área territorial de 390k², fica
a 146 quilômetros da capital João Pessoa, e limita-se ao Norte com municípios de Boa
Vista e Cabaceiras; ao Sul com Riacho de Santo Antônio e Barra de São Miguel; ao
Oeste com Barra de São Miguel; e ao Leste com Caturité e Barra de Santana.

O clima característico é o semiárido, ou seja, quente e seco com máximas de 37°


C e mínimas de 16°, apresentando baixas durante o ano, concentrando o volume de
chuvas em média de 3 a 4 meses do ano.

A contagem populacional no ano de 2010 era de 16.888 habitantes, a maioria


dos residentes se encontra acima dos 35 anos e são predominantes os da zona urbana.
Os residentes de 0 a 14 representam a menor parte da população. Estima-se que a
população em 2014, seria 17.530.
Possui a barragem Epitácio Pessoa, segunda maior do Estado que abastece
diversos municípios entre os quais Campina Grande, segundo município mais populoso
do estado. Os recursos hídricos são essenciais para a produção e geração de atividades
agrícolas no meio rural, e atendimento das demandas populacionais.

Com o PIB de 87.166 (IBGE, 2008), as principais atividades econômicas do


município são comércio de bens de consumo, a construção de moradias, a produção
têxtil, a produção artesanal de redes, cobertores e tapetes, produção e comercialização
destes produtos, a agricultura familiar2, como também a pecuária. O Açude Epitácio
Pessoa é a principal atração turística do município, com vários restaurantes em suas
margens.

Em 2000, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento


(PNUD), o índice de desenvolvimento humano (IDH) do município foi de 0,61. O
município ocupava uma média superior ao estado que é de 0,59, e inferior a média
nacional que é de 0, 69. O Índice de Desenvolvimento da Infância (UNICEF, 2004)
corresponde a 0,48, representa um percentual abaixo da media estadual que é 0, 65, e da
média nacional de 0,67.

2
A partir do ano de 2013, parte da produção de gêneros alimentícios advindo da agricultura familiar
fazem parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, mais de 17 famílias são beneficiadas
pelo programa;
III- NÍVEIS DE ENSINO

3.1- EDUCAÇÃO BÁSICA

3.2- EDUCAÇÃO INFANTIL

Maria Aparecida Bezerra Moraes

O atendimento institucional dispensado à criança de zero a cinco anos, onze


meses e vinte e nove dias, compreendendo, pois, o período que antecede a escolarização
formal, propende fundamentalmente ao cuidado físico e moral requerido à formação do
indivíduo em seus anos iniciais de vida. Sem distinções de gênero, etnia, nacionalidade,
deficiência física ou intelectual, nível social e econômico, com matrícula e atendimento
gratuito independente de todas essas questões citadas anteriormente.
A Constituição Federal de 1988, O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA,
1990), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9. 394/96 com destaque
para o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1998),
definem a Educação Infantil como primeira etapa da educação básica, oferecidas em
creches e pré-escolas conquistaram vínculos formais com as Secretarias Municipais de
Educação, a quem passa a competir à implantação, administração e supervisão das
instituições destinadas ao atendimento educacional das crianças pequenas e em idade
pré-escolar, no período diurno em jornada parcial ou integral.
Essa lei tem por finalidade promover Educação Infantil comtemplando o
desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físico, afetivo, psicológico,
intelectual, social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL,
1996). Na organização político administrativa, estabelecida na Constituição Federal de
1988, compete aos municípios atuar e manter prioritariamente o Ensino Fundamental e
a Educação Infantil, em regime de colaboração com o Estado, o Distrito Federal e a
União, através da elaboração de políticas, implementação de ações e garantia de
recursos.
Baseando-se no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil –
RCNEI, a criança é um sujeito histórico e de direitos que pensa o mundo de um jeito
muito próprio, e é através de suas interações sociais que procura compreendê-lo.
Dessas impressões que tem das vivencias cotidianas com outras pessoas vai construindo
seu conhecimento através de um processo de criação, significação e ressignificações da
realidade.
No município de Boqueirão em âmbito municipal a modalidade Educação
Infantil atende crianças com idade de creche, 3 anos e pré-escola, 4 e 5 anos onze meses
e vinte e nove dias de idade em tempo integral nas creches, e parcial nas demais
instituições que a oferecem, totalizando 2 (duas) creches e 25 (vinte e cinco)
instituições, sendo três dessas instituições particulares, conforme dados do Educacenso
2014, e as outras 20 (vinte) oferecem a educação infantil em salas multisseriadas na
zona rural do município. Algumas das instituições municipais vêm passando por um
processo de reestruturação arquitetônica, obedecendo aos requisitos de acessibilidade,
como também, visando o bem estar e o conforto de alunos, professores e equipe de
apoio, porém ainda costumam ser restritivas quanto aos espaços para brincadeiras e
atividades autônomas por parte das crianças.
A tabela abaixo mostra a quantidade de matrículas realizadas nas instituições
que oferecem essa modalidade de ensino nos últimos 14 (quatorze anos):

Quadro 1. Informações sobre educação infantil no Município de Boqueirão – PB


População (Localização / Faixa
Etária) Ano 0 a 5 anos
2000 1.242
Urbana 2007 1.189
(Pública) 2010 1.264

2014 271

2000 666
Rural 2007 465
(Pública) 2010 471
2014 260
2000 182
Urbano 2007 122
(Privado) 2010 91
2014 241
2000 2.090
Total 2007 1.776
2010 1.826
2014 772
Fonte: INEP/Educacenso2010 / SME – Secretaria Municipal de Educação 2014
Observando a tabela percebemos uma significativa queda nas matrículas nos
anos de 2010-2014, em virtude de mudanças que aconteceram nas leis educacionais até
2010. Para tanto, todas as crianças que completaram seis anos de idade antes da data
definida para ingresso no Ensino Fundamental deverão ser matriculadas na Pré-Escola
(Educação Infantil), conforme consta no Parecer CNE/CEB nº 7/2007. Assim, é
perfeitamente possível que os sistemas de ensino estabeleçam normas para que essas
crianças que só vão completar seis anos depois de iniciar o ano letivo possam continuar
frequentando a pré-escola para que não ocorra uma indesejável descontinuidade de
atendimento e desenvolvimento: A pré-escola deve ser um espaço apropriado para
crianças com quatro e cinco anos de idade e também para aquelas que completarão seis
anos posteriormente à idade cronológica fixada para matrícula no Ensino Fundamental.

Considerando a necessidade de ampliar o acesso a educação infantil o Governo


Federal através Resolução Nº 15, de 16 de maio de 2013, estabelece critérios e
procedimentos para a transferência automática de recursos financeiros a municípios e ao
Distrito Federal para a manutenção de novos estabelecimentos públicos de educação
infantil. E Boqueirão foi um dos municípios comtemplados com uma creche que
atenderá nos próximos dois anos, 250 (duzentos e cinquenta crianças) em idade de
creche e pré-escola.

As instituições de ensino que oferecem Educação Infantil devem esboçar


práticas pedagógicas junto aos seus professores, essas práticas precisam assegurar o
desenvolvimento das habilidades, a interação e brincadeiras do faz de conta no ambiente
escolar, visando à autonomia da criança. E tudo isso deve estar previsto no currículo das
instituições para que essas práticas ocorram de fato, sob a orientação da Secretaria
Municipal de Educação – SME via supervisão de educação Infantil.
Os quadros de profissionais da educação municipal que atuam nessa modalidade
em sua maioria trabalham em regime estatutário, embora muito poucos possuam
especialidade na área, pois na ocasião de seu ingresso no serviço público não era
obrigatória à titulação específica para atuar nessa modalidade de ensino. Mas existem
esforços contabilizados da SME que marcam a preocupação de oferecer suporte
pedagógico e de realizar nas instituições acompanhamento e planejamentos de ações
que venham atender as necessidades particulares conforme cada contexto escolar.
De acordo com todas as informações expostas nesse breve diagnóstico,
percebemos que houve avanços e melhoramentos na oferta da educação infantil no
nosso município, embora saibamos dos inúmeros desafios que ainda estão por vir no
sentido de implantar políticas públicas de financiamento para assegurar um
melhoramento significativo na oferta de serviços e na qualidade da educação pública,
bem como expansão do número de atendimentos de crianças em faixa etária de creche e
pré-escola.
3.2. ENSINO FUNDAMENTAL

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9(NOVE) ANOS - REFLEXÕES E DESAFIOS

Maria da Glória Rivânia de Sousa

Pensar no Ensino Fundamental é pensar não somente no presente, mas no futuro


de crianças e jovens, pois é nessa fase em que o ensino fundamental se aplica, daí a
necessidade de uma reflexão, de uma análise e consequentemente de busca de
estratégias. Mesmo assim, observa-se que por mais fundamentada que seja, essa
reflexão não será suficiente, já que o assunto em questão é amplo e que os desafios são
diversificados e se configuram de região para região. Nesse sentido, o presente artigo
tenta nortear reflexões pertinentes que permitam ao leitor entender como se configura
essa etapa da aprendizagem, além de sugerir a inegável presença de desafios que fazem
desta etapa,indispensável para o desenvolvimento de todo cidadão.

É preciso observar que uma sociedade, só se concretiza a partir das ações de seus
cidadãos e que estas estão intimamente ligadas à cultura, e ao desenvolvimento do
saber. É dessa forma que a educação básica, da qual o Ensino Fundamental faz parte, se
inseri na sociedade. Permitir a uma criança o conhecimento de sua própria cultura,
fazendo-a sentir-se parte integrante de um meio, é bem mais que ensinar valores e
conteúdos é Fundamental e indispensável para o exercício de uma cidadania.

Entendendo o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos

A educação básica, de acordo com o Art. 22 da LDB 9.394/96, é responsável


pelo desenvolvimento educativo das crianças, permitindo que elas se tornem adultos
participativos na sociedade, garantindo assim um exercício da cidadania e a progressão
no trabalho e nos estudos posteriores.

O Ensino Fundamental, segunda etapa da educação básica, estar organizado em


9(nove) anos. Com o objetivo de permitir que mais crianças tenham acesso a escola
gratuita, a Lei nº11.114 torna obrigatória a matrícula de crianças a partir dos 6 anos de
idade, alfabetizar deixa de ser ação única da educação infantil e passa a constituir o 1º
ano do Ensino Fundamental, seguindo a nomenclatura, esta etapa é finalizada no 9º ano
quando a criança completa 14(quatorze) anos de idade.

Com a aprovação da lei, muitas crianças que até então, não tinham acesso à
escola devido à falta de recursos para frequentar uma escola privada de educação
infantil, têm garantida sua vaga na escola.Mediante a obrigatoriedade, as crianças têm
mais tempo de convívio escolar e, consequentemente, mais chance de aprender.

O Ensino Fundamental que tem como objetivo a formação básica do cidadão


amplia o currículo a ser trabalhado durante todo o período, é preciso que a criança além
de ser alfabetizada tenha acesso a conteúdos que venham a fortalecer o seu
conhecimento de mundo e o seu convívio na sociedade a qual estar inserida.Destaca-se
o Art. 32:

O Ensino Fundamental obrigatório, com duração de 9(nove)


anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6(seis) anos de
idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão,
mediante: I – o desenvolvimento da capacidade de aprender,
tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita
e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social,
do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em
que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da
capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se
assenta a vida social.

Os direitos da criança e do adolescente são incluídos no currículo como


obrigatoriedade, para que sejam trabalhados em sala de aula, tendo como diretrizes a
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do
Adolescente, desde que seja ofertado todo o material didático necessário para o
trabalho. A fim de que todos estes direitos sejam garantidos a lei prevê uma “jornada
escolar de pelo menos 4 (quatro) horas de trabalho efetivo em sala de aula” LDB
nº9.394/96.

O PNE – Plano Nacional de Educação (2014-2024) prevê algumas metas e


estratégias para a Educação Fundamental subsidiando municípios e estados para que a
educação seja prioridade e de qualidade. Destaca-se algumas:
Meta 2: universalizar o ensino fundamental de nove anos para
toda a população de seis a quatorze anos e garantir que pelo
menos noventa e cinco por cento dos alunos concluam essa
etapa na idade recomendada; Meta 5: alfabetizar todas as
crianças, no máximo, até o final do terceiro ano do ensino
fundamental; Meta 6: oferecer educação em tempo integral em,
no mínimo, cinquenta por cento das escolas públicas.

Além das metas, o PNE apresenta um conjunto de estratégias que devem ser
seguidas por municípios e estados com o objetivo de erradicar o analfabetismo e
melhorar a qualidade da educação. É necessário que toda comunidade escolar esteja
consciente de sua função diante dos desafios propostos para que conhecimentos e ações
sejam articulados de forma satisfatória.

O resultado de todo trabalho será analisado a partir do Sistema Nacional de


Avaliação da Educação Básica que apresentará ao final de cada período, na maioria
composto por 02 (dois) anos, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica –
IDEB, que como mostra a meta 7 do PNE deve estar de acordo com a tabela abaixo:

IDEB 2015 2017 2019 2021


Anos Iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0
Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5

O Ensino Fundamental e seus desafios

De acordo com a Constituição Federal Brasileira de 1988 em seu artigo 208, o


Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito abrangendo a população de 06 a 14 anos de
idade, constitui-se em direito público e dever do estado e da família.

O Ensino Fundamental tem como objetivo primordial a formação básica do


cidadão, o desenvolvimento da capacidade de aprender a partir do domínio da leitura, da
escrita e do cálculo. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB
Nº 9394/96 em seu artigo 32, constituem-se também como importantes conhecimentos,
a iniciação a ciências, a conscientização da necessidade da vivência ética e da cidadania,
pela compreensão da importância da participação social e o domínio dos conhecimentos
culturais, sendo estes elementos imprescindíveis nessa etapa da educação básica.
Em Boqueirão, o Ensino Fundamental com duração de 9 anos foi implantado,
atendendo a Lei Federal nº 11.274 de 06 de fevereiro de 2006, que instituiu o Ensino
Fundamental de nove anos de duração com a inclusão das crianças com seis anos de
idade e é ofertado em 30 escolas, sendo 26 municipais, 02 estaduais e 02 privadas.

Sendo uma das grandes responsabilidades do Sistema Municipal de Educação, a oferta


de matrícula vem aumentando a cada dia, de forma que não haja nenhuma criança em
faixa etária fora da escola, para evitar e/ou diminuir a distorção idade série, nas escolas
do âmbito municipal não há retenção do 1º para o 2º ano e do 2º para o 3º ano, já que
estas séries caracterizam a etapa de alfabetização e compreendem um período de
acompanhamento de desenvolvimento cognitivo do aluno respeitando o seu jeito e o seu
tempo de aprender.

Quadro 02- População de 0 a 14 anos

POPULAÇÃO DE 0 A 14 ANOS - 2010

BOQUEIRÃO IDADE POPULAÇÃO

0A3 1.096
4 276
5 311
URBANA E RURAL
6 288
7A9 855
10 A 14 1.559
Fonte: INEP/2010

Quadro 03 – Número de Alunos Matriculados

Número de alunos matriculados

Ano Ensino Ensino


População (matrícula/
Fundamental 1º ao Fundamental 6º ao
etapa escolar
5º ano 9º ano

2000 820 963


2007 384 662
Estadual
2010 337 529
2014 176 354
2000 1751 461
Municipal 2007 1305 677
2010 1152 728
2014 1141 701
2000 187 111
2007 277 40
Privada
2010 275 47
2014 339 120
Fonte: INEP/2010

Quadro 04 – Resultados da prova Brasil e IDEP do município de Boqueirão –


séries iniciais

IDEB E PROJEÇÃO DAS SÉRIES INICIAS

Ano Ensino Fundamental 1º Ano Ensino Fundamental


ao 5º ano 1º ao 5º ano

2007 2.8 2015 4.0


2009 3.5 2017 4.3
Estadual
2011 4.1 2019 4.6
2013 3.1 2021 4.9
2007 3.6 2015 3.9
2009 3.7 2017 4.2
Municipal
2011 3.7 2019 4.5
2013 3.9 2021 4.9
Fonte: INEP/2010

Quadro 05 – IDEB observado e metas projetadas

IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS

IDEB Ensino Ensino Ensino Ensino


OBSERVADO/METAS Fundamental Fundamental Ano Fundamental Fundamental
Ano
PROJETADAS 1º ao 5º ano 6º ao 9º ano 1º ao 5º ano 6º ao 9º ano

2007 2.8 2.5 2007 2.5 2.2

2009 3.5 2.9 2009 2.9 2.4


Estadual
2011 4.1 2.2 2011 3.4 2.6

2013 3.1 3.1 2013 3.7 3.0

2007 2.8 3.2 2007 2.5 3.0

2009 3.5 3.7 2009 2.9 3.2


Municipal
2011 4.1 3.4 2011 3.4 3.4

2013 3.1 2.9 2013 3.7 3.8

Fonte: INEP/2010
Quadro 06 – Distorção Idade-Série

DISTORÇÃO IDADE SÉRIE - 2014

Ensino Fundamental 1º ao Ensino Fundamental 6º ao


5º ano 9º ano

Estadual - urbana 45.6 45.3


Municipal – rural 19,5 41.9
Municipal - urbana 30.1 48.3
Fonte: INEP/2010

Quadro 07- Taxa de aprovação

APROVAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS

Ano Ensino Fundamental 1º


ao 5º ano

2007 69.4
2009 75.5
Estadual
2011 88.5
2013 73.9
2007 74.1
2009 79.0
Municipal
2011 81.6
2013 82.9
Fonte: INEP/2010

Com o intuito de diminuir a taxa de evasão e reprovação o município aderiu a


programas como o Mais Educação e o PNAIC – Pacto Nacional Pela Alfabetização na
Idade Certa. O Mais Educação tem uma proposta social de acompanhamento escolar
que busca incluir atividades como letramento, matemática e oficinas que permeiam os
interesses das crianças de acordo com a localização da escola, como música, dança,
canteiro sustentável, etc, enquanto o PNAIC constitui-se numa formação continuada
que auxilia o professor no trabalho com as diferentes fases de aprendizagens numa
mesma série.
3.3 - ENSINO MÉDIO

Freud Costa Rego

Na última etapa da educação básica, o ensino médio número de matrículas no


país manteve-se praticamente estável no Período de 2007 a 2013, apresentando queda
de 0,8% (64.037 matrículas) no último ano Número de concluintes do ensino
fundamental entre 2007 e 2013 (Gráfico 9). Embora a Relação entre o número de
concluintes do fundamental e o total de matrículas no ensino Médio não seja direta, já
que a melhoria do fluxo no ensino médio implicaria na redução do estoque de
matrículas desta etapa, o dado pode indicar que o ensino médio não está captando de
forma eficaz os concluintes do fundamental. Observando o tamanho da coorte
populacional adequada ao ensino médio (Tabela10),
Existe espaço para expansão dessa etapa de ensino. Entretanto, a visão geral dos
principais resultados será alcançado com a melhoria do fluxo escolar no ensino
fundamental, etapa que gera demanda para o ensino médio, e com a implementação de
políticas que estimulem o jovem concluinte do ensino fundamental a progredir em seus
estudos. Estratégias como a ampliação da educação profissional integrada ao ensino
médio – com a apropriada flexibilização e diversificação curricular, considerando as
aptidões e expectativas de formação profissional e educacional dos estudantes e em
sincronia com os arranjos produtivos locais – podem tornar o ensino médio mais
atrativo, permitindo que o aluno vislumbre nessa etapa não apenas o caminho para a
educação superior, mas também uma possibilidade concreta de qualificação para o
trabalho.
Quadro 8 – Ensino Regular – Numero de Matriculas no Ensino Médio e População
Residente de 15 a 17 anos de Idade – Brasil – 2007-2013

ANO POPULAÇÃO POR IDADE POPULAÇÃO POR IDADE – 15 A 17


2007 8.369.369 10.262.468
2008 8.3666.100 10.289.624
2009 8.337.160 10.399.385
2010 8.357.675 10.357.874
2011 8.400.689 10.580.060
2012 8.376.852 10.444.705
2013 8.312.815 10.455.720
Fonte: INEP/2010
No município de Boqueirão podemos verificar que, com base nos dados
localizados , é possível verificar que a faixa etária de 15 a 17 anos, corresponde a idade
/série adequada ao ensino médio, cresceu lentamente ao longo dos anos, mas representa
ainda uma parcela inferior a 50% dos alunos matriculados. A faixa etária maior de 17
anos atinge patamares maiores de matricula indicando problemas estruturais deste nível
de ensino, sobretudo a reprovação e o abandono.

Quadro: 9 Boqueirão – Ensino Médio Regular.


Matricula por dependência administrativa do ensino Médio regular

ANO ESTADUAL FEDERAL MUNICIPAL PRIVADA


2006 ---------------- ---------------- ----------------- -----------------
2007 ---------------- ---------------- ----------------- -----------------
2008 ---------------- ---------------- ----------------- -----------------
2009 ---------------- ---------------- ----------------- -----------------
2010 645 ---------------- ---------------- -----------------
2011 701 ---------------- ---------------- -----------------
2012 645 ---------------- ---------------- -----------------
2013 557 ---------------- ---------------- -----------------
2014 502 ---------------- ---------------- -----------------
Fonte : Censo Escolar /INEP/MEC
Analisando os dados acerca desses dois problemas fundamentais: a reprovação e
o abandono são bem maiores do que a reprovação, o que exige uma atenção especial dos
órgãos competentes para a questão ,no sentido de viabilizar não só o acesso, mas
também a permanência dos alunos até a conclusão do ensino médio, com vista a
continuidade de sua preparação tanto pessoal como profissional.
II EDUCAÇÃO SUPERIOR

BREVE PANORAMA DAS POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR NO


BRASIL, NO PERÍODO 2001-2010.

Conselho Nacional de Educação-CNE

Ao longo do período 2001-2010, manteve-se a tendência, iniciada na década anterior, de


crescimento da ES no setor privado. No entanto, apenas ao final do período observou-se
aumento também no setor público. Conforme dados do Censo 2008, do total de IES no
Brasil (2.252), apenas 236 (11%) eram públicas; as demais (89%) eram privadas. Da
mesma forma, o percentual de matrículas no setor privado também se mostrou muito
mais elevado: esse setor corresponde a 75%, e o setor público, a apenas 25%. Essas IES
estavam divididas em 183 universidades, 52,4% públicas federais, estaduais e
municipais; 124 centros universitários, 1.945 faculdades, escolas e institutos, todos
majoritariamente privados.

Mesmo considerando a aumento significativo de IES e de matrículas, a partir da


LDB/1996, a taxa de escolarização líquida da população de 18 a 24 anos continua muito
baixa (13,6%), especialmente ao considerarmos a meta do PNE 2001-2010 de, pelo
menos, 30% dessa faixa etária, até o final da década – a média do país subiu de 8,8 para
13,6%. Além disso, a discrepância regional se manteve ao longo da década, com
algumas regiões com menos de 10% com acesso à ES – Norte (9,9%) e Nordeste (8,2%)
– e outras com acesso próximo a 20% – a região Sul tem taxa de 18,6%. Dessa forma,
apesar de ter havido um crescimento significativo do acesso à ES, o Brasil não cumprirá
essa meta até o final da década, nem mesmo nas regiões mais desenvolvidas e que
apresentam o maior número de IES e de matrículas.

A partir de 2004, foram implementadas diversas políticas que podem ser


interpretadas como medidas para reverter o quadro de ampliação do setor privado e de
redução de desigualdades regionais. Estas, de certa forma, representam as novas
tendências da política de educação superior no Brasil, dentre as quais destacamos: •
ampliação de vagas públicas – entre 2002 e 2010, foram criadas 14 universidades
federais em diversos estados, e foi criado, em 2006, o Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Com isso, de 113 mil
vagas presenciais oferecidas em 2003 por universidades federais de todo o Brasil, em
2009 estas passaram para 227 mil vagas.

Em 2003, havia 68 municípios atendidos pela rede federal de ES. Com a


expansão promovida por meio da interiorização, espera-se que até 2010 sejam
alcançados 185 municípios, além daqueles que foram atingidos por programas de
educação a distância; fortalecimento da educação tecnológica – foram reestruturados 33
Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), os quais mudaram o foco do ensino
médio para o superior, tornando-se Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia (Ifets).

Os Ifets, na elaboração do seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),


devem se aproximar de entidades de trabalhadores e de empresários locais, de modo a
contribuir com as cooperativas e as empresas para os arranjos produtivos locais; •
ampliação do financiamento aos estudantes via novas políticas de financiamento – foi
criado o Programa Universidade para Todos (Prouni) e reeditado o Fundo de
Financiamento ao Estudante de Ensino Superior (Fies); estímulo à modalidade a
distância – houve enorme crescimento da oferta de cursos a distância,
predominantemente no setor privado.

No entanto, a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), por meio de


parceria entre instituições formadoras (Ifets, Cefets e IES estaduais) e sistemas de
ensino (estaduais e municipais), tem gerado a expansão da ES pública por meio do
ensino a distância, em diferentes regiões e municípios do país; fomento às políticas e
aos programas de inclusão e de ações afirmativas – o tema da inclusão entrou na agenda
da política de ES, tendo sido elaboradas diversas iniciativas concretas para que
estudantes de baixa renda possam frequentar e avançar nos estudos em nível superior.

Nesse sentido, destacam-se a política de cotas, adotada por 54 universidades


públicas em todo o país, e a legislação referente à adequação da infraestrutura física das
IES para a inclusão de pessoas com deficiência; compromisso com a formação de
professores de educação básica – em 2009, por meio do Decreto nº 6.755, de janeiro de
2009, o Ministério da Educação (MEC) instituiu o Plano Nacional de Formação de
Professores da Educação Básica (PARFOR), com a finalidade de organizar os planos
estratégicos da formação inicial e continuada, com base em arranjos educacionais
acordados nos Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docente
(FORPROFS). O PARFOR2 objetiva ampliar a oferta de vagas em cursos de
licenciatura, sobretudo nas áreas de maior demanda (física, química, biologia,
sociologia, filosofia, espanhol e inglês).
III- MODALIDADES DO ENSINO

3.1. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA

Políticas Públicas para a Educação de Jovens e Adultos no período 2000-2010

Sandra Fernandes Leite

A educação de adultos começou a ganhar espaço no Brasil por volta da década


de 1930, período da consolidação de um sistema público de educação elementar no país.
Ocorriam transformações na sociedade brasileira, um crescente processo de
industrialização e o aumento da população nos centros urbanos. Naquele contexto, o
Governo Federal ampliou a educação elementar no nível nacional, estendendo o ensino
elementar aos adultos nos anos 1940.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a educação de adultos ganhou destaque


e definiu sua identidade no Brasil em 1947 na Campanha de Educação de Adolescentes
e Adultos (CEAA). Esta campanha propôs a discussão sobre o analfabetismo e a
educação de adultos no Brasil. O analfabetismo era concebido como a causa da situação
econômica, social e cultural do país. No decorrer da campanha, a visão preconceituosa
do analfabeto modificou-se, passando-se a reconhecer o adulto analfabeto como uma
pessoa produtiva, com capacidade de raciocinar e resolver problemas. No fim da década
de 1950 as críticas à CEAA advertiam tanto para as deficiências administrativas e
financeiras quanto para sua orientação pedagógica. Fávero (2009) comenta “que a
CEAA era basicamente assistencialista e suas ações meramente compensatórias. ” (p.
11).

Em 1964, os programas de alfabetização e educação popular passaram a ser


vistos como uma grave ameaça à ordem nacional. Os responsáveis por tais programas
foram reprimidos pelo regime militar. Em 1967 foi lançando o Movimento Brasileiro de
Alfabetização de Adultos (Mobral), uma organização autônoma em relação ao
Ministério da Educação. Fávero (2009) esclarece que inicialmente a missão do
Movimento era a de coordenar as atividades de alfabetização de adultos que se
encontravam em curso e também as experiências de alfabetização funcional (p.18-19).

Na década de 1970 o programa foi reformulado e passou a ter estrutura de


fundação, convertendo-se no maior movimento de alfabetização do país. Ele também
desenvolveu o Programa de Educação Integrada, equivalente às quatro primeiras séries
do ensino fundamental. Ao final da década de 1970, tentou-se implementar o Mobral
Infanto-Juvenil, para crianças e adolescentes menores de 15 anos (FÁVERO, 2009, p.
18-19).

Na década de 1980 as propostas desenvolvidas no âmbito da educação popular


ampliaram-se. Em 1985 foi extinto o Mobral e substituído pela Fundação Educar. A
Fundação apoiou financeira e tecnicamente as propostas apresentadas pelas entidades e
instituições do seguimento da educação.

A questão da escola pública acirrou as discussões dos trabalhos da Constituinte


de 1987 a 1988. A Constituição Federal de 1988 estendeu o direito do ensino
fundamental aos cidadãos de todas as faixas etárias, o que implicou na necessidade de
ampliar as oportunidades educacionais para os que ultrapassavam a idade de
escolarização regular. Dessa forma, a qualificação pedagógica de programas de
educação de jovens e adultos tornou-se uma exigência e uma necessidade de justiça
social. A extinção da Fundação Educar criou um enorme vazio em termos de políticas
para o setor. Alguns Estados e Municípios passaram a assumir a responsabilidade de
oferecer programas nessa área, assim como algumas organizações da sociedade civil. A
Educação de Adultos chegou à década de 1990 reclamando a consolidação de
reformulações pedagógicas.

Nos anos de 1990 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB


9394/1996) reiterou os direitos educativos dos jovens e adultos ao ensino adequado às
suas necessidades e condições de aprendizagem, estabelecendo as responsabilidades dos
poderes públicos na identificação e mobilização da demanda e provisão de ensino
fundamental gratuito e apropriado. A EJA passou a ser uma modalidade da Educação
Básica e foi garantido por lei o atendimento aos jovens e aos adultos que não tiveram
acesso ou que não deram continuidade aos estudos na idade apropriada no sistema
regular.

A diminuição da idade para se prestar os exames supletivos propostos pela LDB


causou uma dinâmica diferenciada para a EJA. Isto possibilitou a entrada de jovens em
salas destinadas ao atendimento de um público composto, em sua maioria, por adultos.
A prioridade permaneceu o combate ao analfabetismo, incluindo o analfabetismo
funcional com atenção ao atendimento de jovens com mais de 15 anos que não
concluíram o ensino fundamental.

Em 2003 o Governo Federal se propôs a trabalhar com a perspectiva da


universalização da Educação Básica, reconhecendo para tanto a implementação de
políticas integradas para os diversos níveis e modalidades, consolidando a concepção de
Educação Básica presente na LDB 9394/96. Para a EJA foi proposta a ampliação da
atuação para proporcionar a formação educacional básica e o combate ao analfabetismo.

No município de Boqueirão, a Educação de Jovens e Adultos como se pode observar


um crescimento na matricula nos anos de 2011 a 2013.

Quadro: Quantitativo de matriculas na EJA, Boqueirão-PB.

Anos EJA Fundamental EJA Médio

2011 42 154

2012 40 180

2013 155 160

Fonte: INEP/2010

O crescimento no número de matricula durante os anos apresentados teve um


crescimento significativo de um segmento para outro, e em 2014, de acordo com os
dados do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais – INEP as matriculas nas redes
publicas de ensino ficou assim distribuída: rede estadual 265 matriculas no segundo
segmento e 146 no ensino médio. Na rede municipal, 537 matriculas.

Referencias bibliografia

BRASIL. Presidente Dilma Rousseff. Mensagem ao Congresso Nacional 2011: 2º


Sessão Legislativa Ordinária da 54º legislatura. Brasília: Presidência da República,
2012.

BRASIL. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mensagem ao Congresso Nacional


2009: 3ª Sessão Legislativa Ordinária da 53ª legislatura. Brasília: Presidência da
República, Secretaria-Geral da Presidência da República, 2009.

DI PIERRO, Maria Clara. A Educação de Jovens e Adultos no Plano Nacional de


Educação: Avaliação, Desafios e Perspectivas. In: Educação & Sociedade: Revista de
Ciência da Educação / Centro de Estudos Educação e Sociedade – V.31, n. 112. São
Paulo: Cortez, Campinas, CEDES, 2010.

FÁVERO, Osmar. Lições da história: os avanços de 60 anos e a relação com as políticas


de negação do direito que alimentam as condições do analfabetismo no Brasil. In:
PAIVA, Jane; OLIVEIRA, Inês Barbosa de. (Orgs.). Educação de jovens e adultos.
Petrópolis, RJ: RJ: DP et Alii, 2009.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com
certificado
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/15572/politicas-publicas-para-a-
educacao-de-jovens-e-adultos-no-periodo-2000-2010#!3#ixzz3dL5hAy6W
3.2. EDUCAÇÃO DO CAMPO

Rogério Bezerra

1-Educação e educação do campo

Os princípios da Constituição Federal 1988 estabelece a educação, dever da


família e do estado inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O direito à educação não é apenas estar matriculado e frequentar a escola, más,
na medida do possível, atender aos princípios de democratização para o acesso e
permanência na escola, da diversidade de ideias e concepções pedagógicas e da
capacidade de absorver, interpretar e questionar, construindo um conhecimento
democrático e sistematizado, a partir das realidades dos alunos e dos saberes
transmitidos pela escola. Entretanto, essa educação deve estar relacionada com o mundo
do trabalho e com as formas de vivências práticas dos educandos.

2- As Bases legais da Educação do Campo.

Colocada sob a ótica dos direitos, tais demandas passam a estabelecer uma nova
agenda para as políticas públicas, inscrevendo a diversidade e as especificidades do
campo no processo de construção da igualdade e da justiça social. No bojo dessa reação,
diferentes iniciativas situadas na área da educação popular, inclusive, da educação do
campo, começam a ser pensadas dentro de uma análise crítica de sua relação com a
educação escolar e da formação para o trabalho. Essa mobilização se consolida em torno
do processo Constituinte, fazendo com que a Constituição de 1988 se tornasse
expressão dessa demanda.
Constituição Federal de 1988 – artigo 205; Plano Decenal de Educação para
todos –1993; Plano Nacional de Educação 2001; LDB nº 9.394/96 – no artigo 28 e seus
respectivos incisos; Resolução CEB nº 3, de 10 de novembro de 1999 (diretrizes
nacionais para o funcionamento das escolas indígenas); Resolução nº 1/2002, do
Conselho Nacional de Educação; Criação da SECADI (Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) –2004; Resolução nº 2, de 28 de
abril de 2008 (Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação).

Além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e das Diretrizes


Operacionais para as Escolas do Campo, o Decreto nº 7.352 de 04 de novembro de 2010
dispõe sobre a política de Educação do Campo e o Programa Nacional de Educação na
Reforma Agrária – PRONERA. Diante do exposto, o artigo primeiro do Decreto nº
7.352, expresso em Brasil (2010).

No estudo das Diretrizes Curriculares para as Escolas do Campo é preciso


entender que as mesmas estão vinculadas às diretrizes curriculares nacionais. Nesse
sentido, o currículo é a expressão, o ponto de partida e de chegada ou o elemento
norteador do Projeto Político Pedagógico que significa que a nova visão de currículo
sugere a articulação dos conhecimentos sistematizados com o contexto dos alunos,
através dos novos modelos educativos representados pela interdisciplinaridade,
contextualização e da unidade entre a teoria e a prática, entre outros.

Diante do exposto, a LDB de 1996 (1996, p.20), expressa que os povos do


campo têm uma raiz cultural própria, um jeito de viver trabalhar distinto do mundo
urbano, o que inclui diferentemente maneira de ver o tempo, espaço, e meio a
ambiente, de se relacionar com eles, são diferentes seus modos de viver e de organizar a
família, comunidades, trabalho e a educação cabe aos segmentos da sociedade construir
proposta que avance e melhore qualidade de educação no campo. Neste processo, em
que produzem sua existência, vão se produzindo também seres humanos capazes de
transformar sua realidade.

Segundo os dados do próprio censo habitantes do campo em relação a cidades há


decréscimo da população rural entre 2000 a 2010, em termos relativos, há tendência,
nós últimos anos é de uma retomada de crescimento absoluto dos residentes do campo.

No entanto, sobre a distribuição da população e suas atividades no Município de


Boqueirão, o IBGE ( 2010) fornece dados populacionais por amostra. Segundo, esses
dados, um total de 16.888 habitantes do Município reside no meio rural, 2, 538 homens
e 2.234 mulheres. Sabemos que de acordo com as estatísticas em áreas rurais o fluxo de
mulheres em escolas é maior do que homens. De qualquer forma, mesmo sem dados
exatos acerca desta questão nos Municípios envolvidos Caturite, Riacho de santo
Antônio, Barra de São Miguel, Barra de Santana, pode-se constatar que ocorra fato
idêntico por características da própria região.
Em Boqueirão ainda temos a existência de 2,756 analfabetos dados não oficiais,
entre a população de 15 anos acima. Boqueirão possui grande área rural, ou seja
aproximadamente 60% da área total do Município, que é de 396km². Esta área rural,
com uma produção importante e grande potencial a ser explorado, está distribuída entre
pequenas e ou agricultores (as) familiares e pescadores, médias propriedades, algumas
sã utilizadas apenas como chácaras, de descanso, e outras para o plantio de verduras. As
pequenas propriedades, na sua maioria, são produtivas, sobretudo se consideras as
dificuldades encontradas pelos produtores em razão da falta de organização para
implementação politicas publicas no setor primário agricultura e pecuária apesar dos
avanços da última década.

E fácil verificar que pela facilidade de transporte, há um grande contingente de


criança, adolescentes e jovens e adultos dos Municípios vizinhos estudando em escolas
de Boqueirão. Na área de educação de acordo com dados fornecidos pelo MEC\ INEP
possuem 20 escolas Municipais, e 05 estaduais no meio rural, conforme o quadro a
seguir.
Quadro ? Relação das Escolas localizadas na zona rural do município de e matricula de
alunos no ano de 2014 -Boqueirão- PB

3º EJA EJA
N° Instituição EI 1º 2º 5º 6º 7º 8º 9º MÉD. AEE ∑
4º I II
1 Adauta Cordeiro 3 4 3 3 3 2 18
2 Antonino Ramos 3 3 2 4 3 2 17 34
3 Caetano Cavalcante 3 1 2 1 2 1 10
4 Carcará 5 5 4 0 1 2 17
5 Domicio Gonçalves 5 4 5 14
6 Euflaudizia Rodrigues 15 27 29 31 31 95 33 34 16 37 348
7 Guiné - - - - - - - - - - - - - - 0
8 Henrique Cavalcante 4 4 2 3 1 2 16
9 João Agripino Filho 23 26 34 46 33 23 19 204
10 João Bernardino Neto 5 0 2 5 3 2 17
11 João Ernesto do Rego 18 13 12 10 9 19 26 107
12 João Francisco Barbosa 7 6 1 2 20 36
13 José Adelino Leal 6 1 1 9 1 2 25 45
14 José Andrade Filho 2 4 2 2 3 4 17
15 José Augusto Lira 40 22 21 16 42* 141
16 José de Sousa Barbosa 4 4 2 7 2 2 23 44
17 Creche . Camelo Leal 107 107
18 J Fernandes de Oliveira 14 2 8 7 2 7 23 22 20 9 17 17 148
19 Josefina Heraclito 1 2 8 3 21 35
20 José Nascimento 21 6 12 13 8 5 0 0 0 0 18 83
21 Manoel Araujo Costa 25 24 24 24 23 30 150
22 Manoel Francisco 6 9 1 4 3 7 30
23 Manoel Pereira 14 17 15 14 17 13 20 110
24 Creche Maria Eduarda 115 115
25 N. Senhora do Carmo 5 7 4 4 3 4 27
26 Osias Francisco 14 4 5 10 14 15 62
Padre Inácio 15 28 30 38 60 160 96 63 46 36 36 200 808
28 P. Herminio Bezerra 5 4 6 2 2 12 31
29 Virginius da G. e Melo 26 21 29 35 31 22 21 185
% 0
Geral 416 198 237 271 236 248 318 173 138 87 53 200 2575
Escolas localizadas na Zona Rural

Fonte: INEP/Educacenso2010 / SME – Secretaria Municipal de Educação 2014

Outra questão importante e a politica de transporte adotada na última década em


parcerias, pelos governos Federais, Estaduais e Municipais, amplia o acesso o acesso a
escola e permite outras v reinvindicações por especialistas da área u48ma estratégia, da
educação básica, em todos os níveis e mobilidades nas escolas do campo, assegurando
ainda mais condições e a qualidade de transporte escolar para comunidade de
educandos, para as escolas do campo.
Implementar de maneira sistemática politico pedagógico que atenda as
especificidades do meio rural. No caso, de Boqueirão a secretaria municipal de
educação desde o ano de 2014, vem discutindo uma proposta pedagógica que aborda os
conteúdos referentes ao desenvolvimento local, esta proposta foi implantada no inicio
deste ano, uma vez dar ênfase a educação do campo. E necessário, portanto, estabelecer
uma articulação com os Municípios que fazem parte do Cariri Oriental para formulação
de um projeto compartilhado, uma vez que os Municípios têm interesses comuns e há
certa interdependência entre ambos no sentido da melhoria do acesso e da qualidade da
educação no campo.

Nesse sentido, a LDB em seu artigo 26, menciona a concepção de uma base
nacional comum e de uma formação básica do cidadão que contemple as especificidades
regionais locais.

Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma


base nacional comum, a ser complementada em cada sistema de
ensino e estabelecimento escolar; por uma parte diversificada,
exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e da clientela.

Deve-se também manter um processo de formação continuada em pascerias com


instituições de ensino superior para formação nas licenciaturas da área especificas de
educação do campo e ou complementação na área de educação do campo.
3.3. EDUCAÇÃO ESPECIAL

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Débora Suelle Marcelino Miranda

Mas que uma educação direcionada a atender pessoas com necessidades


especiais todo município brasileiro deve prever uma educação inclusiva, tendo em vista
que, esta vai além de inserir o aluno em sala de aula promovendo sua real integração a
vida social e comunitária, pondo fim ao preconceito e a exclusão. De acordo com
Noronha & Pinto (sd, p.03),

A Educação Especial ocupa-se do atendimento e da educação de


pessoas com deficiência e transtornos globais de desenvolvimento em
instituições especializadas. É organizada para atender específica e
exclusivamente alunos com determinadas necessidades especiais.
Onde profissionais especializados como educador físico, professor,
psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional
trabalham e atuam para garantir tal atendimento.

Já, a educação inclusiva é compreendida pelas mesmas autoras como:

...um processo em que se amplia à participação de todos os estudantes


nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma
reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas
escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma
abordagem humanística, democrática que percebe o sujeito e suas
singularidades tendo como objetivos o crescimento, a satisfação
pessoal e a inserção social de todos (p.03).

É notório que o meio social atribui às pessoas com deficiência uma condição de
inferioridade em decorrência de sua alteração comportamental, vista como não
adequada ao contexto social, sendo a deficiência de acordo com Omote (2001) um
fenômeno construído socialmente é possível se observar as mais diversas percepções
acerca do mesmo, sendo muitas vezes o indivíduo deficiente diferenciado das demais
pessoas da sociedade pelas suas incapacidades, desconsiderando suas potencialidades
(ARANHA, 2001).
Deste modo, comumente ver-se casos de segregação dos indivíduos deficientes,
justificados pela incapacidade produtiva desta parcela da população que é, na concepção
de muitos, incapaz de atuar em um sistema econômico competitivo.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948, p. 1), estabeleceu, no seu
artigo 1o, que “[...] todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos
[...]” e, no artigo 7o, afirma que “[...] todos são iguais perante a lei e têm direito, sem
qualquer distinção, a igual proteção da lei [...]” (1948, p. 2), isto é, os referidos artigos
consideram o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da sociedade,
de forma igual e ineliminável, devendo ter seus direitos protegidos pelo Estado,
independentemente de sua condição física e/ou psíquica (ALVES, 2014).
A noção de Inclusão de pessoas com deficiência passou a ser debatida por
diversos países, por meio da aprovação de Declarações internacionais, Leis, Decretos e
Políticas Públicas e ganhou forte impulso a partir das conferências organizadas pela
ONU sobre o tema Deficiência, sendo o ano de 1981 considerado o Ano Internacional
da Pessoa Deficiente.
Atualmente, assume grande relevância a existência de políticas públicas
direcionadas para as pessoas com deficiência, seja na área de saúde, educação,
mobilidade urbana, mercado de trabalho, entre outras, proporcionando-os o usufruto de
direitos, e, consequentemente uma melhor qualidade de vida, bem como, uma
participação mais igualitária na sociedade, no entanto, colocar as políticas em prática
ainda é uma questão relativamente distante da realidade, o que impede que a inclusão da
pessoa com deficiência possa ocorrer de forma efetiva nos diversos espaços sociais
(ALVES, 2014).
No Brasil a Educação Especial organizou-se tendo como base o Atendimento
Educacional Especializado (AEE), buscado pôr fim a exclusão sofrida pelos deficientes
por vezes segregados nas instituições, mas é a partir da década de 1990, com o
movimento pela Escola Inclusiva, que mudanças graduais serão inseridas no sistema
educacional brasileiro.
Os impactos da ideia de educação Inclusiva podem ser percebidos nos princípios
constantes nos textos que regem a política nacional de educação, a exemplo da LDBEN
9394/96 e das Diretrizes da Educação Especial na Educação Básica (CNE/CEB 2001) e,
mais recentemente, da Política Nacional de Educação Especial, da Perspectiva da
Educação Inclusiva (SEESP/MEC, 2007), do Decreto nº 6.571/2008, que dispõe sobre o
atendimento educacional especializado e da Resolução 4/2009, que institui Diretrizes
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica na
modalidade Educação Especial.
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva, criada pelo Ministério da Educação em 2008, os estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
segmentos que compõem o público alvo da Educação Especial, têm o direito a
frequentar a sala de aula comum e, quando necessário, receber atendimento educacional
especializado no período inverso ao da escolarização. Historicamente, essas pessoas
foram excluídas do sistema educacional ou encaminhadas para escolas e classes
especiais.
Como resultado da implantação da referida política, entre 2007 e 2013, as
matrículas desses estudantes em escolas regulares subiram de 306.136 para 648.921
(aumento de 112%). Em 2013, 76,9% desses estudantes matriculados na Educação
Básica estavam estudando em salas comuns, sinalizando um rompimento com o
histórico de exclusão.
Contudo, tratando-se da educação inclusiva nas redes comuns de ensino, a
perspectiva deve ser, acima de tudo, de combater atitudes discriminatórias, a fim de
inverter a lógica atual recriando uma sociedade que respeite as diferenças e a
diversidade humana, promovendo a eliminação de barreiras no acesso à educação e
contribuindo efetivamente para o processo de aprendizagem, pois as modificações no
sistema educacional para promover um processo de inclusão pode obter duas direções: a
de uma escola ideal, de qualidade, capaz de lidar com as diferenças e necessidades de
seus alunos; e a de uma escola que adota apenas a palavra Inclusão detendo-se a parte
burocrática, adotando ainda atitudes que apontam para exclusão (OMOTE, 2006).
Assim, muitos desafios se colocam para os profissionais da educação na cena
contemporânea, indo além da garantia da presença desses alunos na sala de aula o
cenário atual nos obriga a repensar e efetivar práticas que levem em consideração um
currículo flexível, já previsto nas políticas públicas, afim de adequar a educação ao
contexto local, sendo de suma importância ao educador rever a metodologia de ensino, a
avaliação pedagógica, a oferta de objetivos e conteúdo de ensinos específicos, entre
outros aspectos. Consideramos que adotar a ideia de educação inclusiva significa
romper com uma expectativa de aprendizagem única e cristalizada, contrariando o
processo de empobrecimento e simplificação do currículo escolar
Concluindo, enfatizamos que os desafios impostos a ampliação desses
expressivos avanços, envolvem a continuidade de investimentos na formação de
educadores, no aprimoramento das práticas pedagógicas, na acessibilidade arquitetônica
e tecnológica, na construção de redes de aprendizagem, no estabelecimento de parcerias
entre os atores da comunidade escolar e na intersetorialidade da gestão pública.
Enfim, A concretização da Educação Inclusiva vai além da elaboração e
implementação de medidas político-administrativas, configurando-se em um processo
de grande amplitude e deve ser um compromisso assumido por todos os profissionais
que compõem não só a educação, mas a rede de assistência a vida dos indivíduos nos
mais diversos municípios do Brasil.

REFERÊNCIAS

.ARANHA, M.S.F. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com


deficiência. Revista do Ministério Público do Trabalho, Ano XI, n.º 21, março, 2001, p.
160-173.

ALVES, O. E. A. Experiência de estágio no Serviço Municipal de Fisioterapia e


CRANESP de Campina Grande –PB: Uma intervenção junto ao grupo de
amputados. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Estadual da Paraíba, 2014.

BAURU, Plano Municipal de Educação, 2012-2021.

OMOTE, S. Inclusão e a questão das diferenças na educação. Perspectiva


(Florianópolis), v. 24, p. 251-272, 2006.

OMOTE, S. A concepção de deficiência e a formação do profissional em educação


especial. In: Marquezini, M.C.; Almeida, M.A.; Tanaka, E.D.O. (Org.) Perspectivas
Multidisciplinares em Educação Especial II. Londrina: Ed. UEL, 2001, p. 45 – 52

NORONHA, E.G.; PINTO, C.L. Educação especial e Educação inclusiva:


Aproximações e Convergências. Disponível em
http://www.catolicaonline.com.br/semanapedagogia/trabalhos_completos/EDU.
HISTÓRICO E DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA/ESPECIAL

Nos últimos anos o cenário da educação especial vem passando por


transformações significativas, que demandam mudanças nas escolas a fim de torna-las
um ambiente educacional inclusivo e que respeite as diferenças dos alunos, o que tem
sido um desafio para aqueles envolvidos com a educação.
As mudanças necessárias para que haja de fato uma educação inclusiva ocorrem
de forma lenta, exigindo esforços de todos os profissionais que nela atuam, haja vista
que o processo de Inclusão Social advém de uma luta constante de diferentes minorias
em prol de seus direitos humanos.
As Constituições Federal e Estadual respectivamente em seus artigos 208. III e
239,$ 2º, estabelecem o direito a educação para todas as pessoas assegurando aquelas
com necessidades educacionais especiais o atendimento especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, o que representa um grande desafio,
considerando a própria história da relação da sociedade com a pessoa com deficiência,
marcada por um processo classificatório, fundamentado na ideia errônea de que o
indivíduo deficiente é apenas distinguido dos demais pelos seus impedimentos ou
incapacidades individuais, deixando-o assim à margem do convívio social. Desfazer
esta ideia e trabalhar com este público na perspectiva de fortalecer suas habilidades
colocando-os no cenário social como cidadãos de direito não e tarefa fácil e exige
esforços de todas as esferas do governo, a fim de consolidar de fato uma educação
inclusiva.
De acordo com estudos divulgados pela Organização Mundial da Saúde (2011)
estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo apresentem algum tipo de
deficiência. Dados do IBGE (2010) revelam que no Brasil existem cerca de 45,6
milhões de pessoas com deficiência o que corresponde a 23,9% da população, sendo a
deficiência visual a mais apontada atingindo 18,8% dos brasileiros, O município de
Boqueirão-PB, não se distancia desta realidade, contando com uma população de
16.888 habitantes, vem buscando implementar políticas de atendimento a portadores de
deficiência que residem no município.
O movimento educacional que deu início a luta para que as escolas atendessem a
todo e qualquer aluno, teve seu início na década de 1990, visando fortalecer a ideia da
Educação Inclusiva e buscando criar propostas educacionais acolhedoras, em busca de
subsídios capazes de valorizar uma sociedade que respeite as diferenças e a diversidade
humana. Apesar disso, ao analisarmos os dados referentes ao município de Boqueirão-
PB, constantes no atual Plano Municipal de Educação, verifica-se que do ano de 1999
ao ano de 2005, não foi realizado nenhum tipo de atendimento a pessoas com
deficiência na rede pública de ensino, sendo este atendimento oferecido apenas pela
APAE do município, totalizando uma média de 90 pessoas atendidas pela instituição.
Gradativamente nos anos posteriores alunos com deficiência foram inseridos no
ensino regular nas escolas públicas, porém as mudanças mais significativas passaram a
ocorrer a partir do ano de 2012, quando foram inauguradas no município duas (02)
Salas de Recursos, obedecendo, além da LDBEN 9394/96 ao Decreto nº 6.571/2008,
que dispõe sobre o atendimento educacional especializado e a Resolução 4/2009, que
institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na
Educação Básica, modalidade Educação Especial.
Dados do EDUCACENSO 2014, apontam para o atendimento de mais de setenta
(70) alunos com deficiência na rede pública de ensino e de noventa e dois (92) na rede
particular o que revela um avanço significativo na Educação Especial municipal,
conforme nos mostra o quadro abaixo.

Quadro10: Boqueirão – Educação Especial 2014 Total de Matriculas nas


Escolas.
ESCOLA MATRICULADOS
Estadual 18
Federal -
Municipal 55
Privada 92
TOTAL 183
Fonte: Censo Escolar- INEP-MEC 2014

As deficiências destes alunos variam entre cegueira, baixa visão, deficiência


intelectual, autismo infantil, Transtorno Desintegrativo da Infância, deficiência física,
deficiência múltipla e deficiência auditiva, há também casos de alunos com altas
habilidades/superdotação
O município de Boqueirão-PB, conta ainda com três (03) salas de recursos que
funcionam na rede municipal de ensino, contando cada sala com um (01) profissional
qualificado para oferecer Atendimento Educacional Especializado a cerca de trinta (30)
alunos.
A Educação Especial no Brasil se pauta na ideia da acessibilidade, na esfera
educacional, proporcionando à eliminação de barreiras no acesso à educação para que
todos os alunos participem efetivamente do processo de aprendizagem, com base nesta
proposta nos anos de 2013 e 2014, ocorreram reformas em cerca de dez (10) escolas
municipais, considerando o princípio da acessibilidade.
Desta forma, consideramos que a Educação Inclusiva apresentou, nos últimos
anos um grande avanço em relação aos momentos anteriores. Porém, ainda hoje, as
escolas públicas encontram dificuldades, sobretudo, pedagógicas e administrativas para
promover um ensino de qualidade aos alunos com deficiência, o que demanda revisão
das diretrizes, objetivos e metas para a Educação Especial no município.
FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
DENTRO DO CONTEXTO DAS POLITICAS EDUCACIONAIS

Eva Maria de Melo

A Constituição Federal assegura que a valorização dos profissionais da educação


é uma prerrogativa para a melhoria da educação brasileira. Esse princípio estabelecido,
no entanto, ainda está distante de se tornar realidade, embora sejam notórios os avanços
já ocorridos. A ênfase dada à qualidade educação pública brasileira a partir dos anos de
1900 contrapõe a uma questão bastante discutida no cenário educacional, a
desvalorização dos profissionais da educação, e situar as dimensões estruturais que
contornam a atuação destes profissionais e sua formação é o objetivo deste texto.

As mudanças ocorridas a partir da reforma educacional no final da década de


1990 trouxeram novas atribuições para a escola e aos profissionais da educação,
principalmente aos professores, que são forçados a se adaptarem às constantes
mudanças que ocorrem no mundo globalizado.

As cobranças tanto do Estado como da sociedade, que vê na educação uma


possibilidade de uma melhoria na qualidade de vida, tem contribuindo para o processo
de flexibilização e precarização do trabalho docente, haja vista que a situação
vivenciada pelos professores nos diversos níveis e modalidades de ensino passa por
processos de modificação do seu trabalho, pois os professores desempenham um papel
central no cumprimento das metas prevista. (SILVA, 2010)

Neste sentido, a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96, estabelece que um dos


requisitos indispensáveis à atuação docente na educação básica é a formação inicial em
nível superior, sendo esta a formação mínima para atuação neste nível de ensino. Mas
de acordo com os resultados de algumas pesquisas, a formação inicial dos profissionais
da educação não tem sido suficiente para garantir a qualidade do ensino. Implementar
políticas de formação continuada tem sido uma dimensão central para alcançar este
patamar, embora a qualificação destes profissionais tenha sido um dos gargalos
encontrados pelos sistemas de ensino no Brasil.

A preocupação com a formação de professores vem obtendo destaque a partir


das discussões apresentadas na Conferencia Mundial de Educação para Todos, em
Jontien (Taylandia), e posteriormente essas diretrizes foram reafirmadas em uma
reunião, em Nova Delhi (Índia). Esses eventos serviram de arcabouço para a
implantação das políticas educacionais no Brasil e às orientações para a criação do
Plano Decenal de Educação para Todos. No que se refere à educação, a principal
medida foi elaborada a partir do compromisso internacional na perspectiva de assegurar
o direito de todos à educação. Com isso, a formação continuada, a partir da implantação
dos programas do Plano Nacional de Educação-PDE, têm causado mudanças na
organização do trabalho escolar e na organização escolar.

Por se constituir em uma ação que adquiriu novas características, principalmente


com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN - nº
9394/96, a formação continuada se constitui como principal ação para a intervenção e
qualificação do trabalho dos professores. Desse modo, intervir na ação docente
mediante a oferta de programas de formação continuada é uma das estratégias utilizadas
pelo governo federal. E uma tradução mais recente de tal ação tem se configurado a
partir do Plano de Desenvolvimento da Educação.

Neste sentido, Dourado (2013) esclarece, para que os avanços na formação


profissional aconteçam, faz-se necessário que as propostas e projetos estabeleçam
marcos para a melhoria do processo, como também a materialização de marcos
normativos, regulatórios e de políticas articuladas entre os fundamentos e diretrizes, e
que este processo seja atrelado à formação e à condição salarial de trabalho.

Desta forma, é imprescindível a criação e efetivação de uma politica para a


formação e valorização dos profissionais da educação, de modo que se tenha uma
articulação entre a formação inicial e continuada. Logo, acredita-se que as discussões
apresentadas identificam a necessidade de um fortalecimento da politica de formação e
valorização dos profissionais da educação brasileira.

DIAGNOSTICO DOS DOCENTES E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS


DA EDUCAÇÃO

De acordo como Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais – INEP, os


docentes da educação básica, os dados demonstram que o município nos anos de 2007
possuía 17 professores atuando na educação infantil (creche e pré-escola), nos de 2008,
2009 e 2010 ouve um acrescimento nas funções docente neste nível. No ensino
fundamental nos anos iniciais no ano de 2007 havia 47 professores e nos anos de 2008 e
2009 aumentou significativamente, já em 2010, teve um decréscimo de 32 em relação a
2009. Nos anos finais do ensino fundamental, observa-se que em 2008 e 2009, o
numero de professores atuando teve um aumento em relação aos anos anteriores.

Quadro:11 Funções docentes por modalidade e etapa de ensino da rede municipal


Modalidade/etapa Funções docentes por ano
2007 2008 2009 2010
Regular- Educação Infantil 17 32 37 32
Regular - Anos Iniciais do Ensino 47 107 109 75
Fundamental
Regular - Anos finais do Ensino 26 89 96 60
Fundamental
Fonte:Tabela gerada a parir de dados do INEP (Educacenso2010)

Em relação ao nível de formação docente, de acordo com os anos observados, os


números apontam que não ouve crescimento no numero quanto de profissionais da
creche com licenciatura, a maioria destes, possuíam normal em nível médio, e os que
possuíam graduação ou licenciatura teve um pequeno aumento. Quanto aos professores
da pré-escola, observa-se que a maioria possuía formação em normal nível médio.

Quadro 12: Funções Docentes por Modalidade e Etapa de Ensino – Educação


Infantil

Funções Docentes
Modalidade
/etapa C/G S/E
Ano C/Lic C/EM C/NM Total
r M

2007 4 4 - 1 - 5

Creche 2008 7 7 1 12 - 20

2009 9 9 1 11 - 21

2010 8 8 1 9 - 18

2007 3 4 - 8 - 12
Pré- Escola
2008 1 1 1 10 - 12
2009 3 3 2 11 - 16

2010 2 2 3 9 - 14

Fonte: INEP/2010
No ensino fundamental nos anos iniciais, mostra que nos anos 2007 28
professores possuíam formação em licenciatura e 14 possuíam formação em normal
nível médio, nos anos seguintes o numero de professores que possuíam formação em
graduação ou licenciatura era igual ou inferior aos que possuíam formação em normal
nível médio. Quanto aos anos finais do ensino fundamental a maioria dos professores
que atuam no ensino são habilitados em cursos de licenciatura ou graduação.

Quadro 13: Funções Docentes por Modalidade e Etapa de Ensino – Ensino


Fundamental Anos iniciais e finais

Funções Docentes
Modalidade/
etapa Ano C/Lic C/Gr C/EM C/NM S/EM Total

2007 28 31 1 14 1 47

Regular - 2008 51 52 2 53 - 107


Anos
Iniciais do 2009 51 51 6 51 1 109
Ensino
Fundamenta 2010 27 27 5 42 1 75
l
2007 23 25 - 1 - 26
Regular –
Anos Finais 2008 60 61 3 25 - 89
do Ensino
Fundamenta 2009 68 68 5 23 - 96
l 2010 36 37 4 19 - 60

Fonte: INEP/2010

Durante os anos observados, os professores que atuam no ensino médio, em


2007 apenas 7 e com licenciatura, em 2008 dos 37 professores 30 possuíam graduação
e 7 formação em nível médio e normal e em 2009 dos 32 , 27 possuíam graduação
especifica.
Durante os anos observados percebe-se a existência de um numero significativo
de professores em que a formação profissional não atende as exigências mínimas
estabelecidas pelos documentos oficiais.

De acordo com o censo educacional de 2014 os docentes da Educação Básica em


Boqueirão, nas redes municipal, estadual e privada totalizam 308, sendo 175 da rede
municipal, 83 rede estadual e 50 na rede privada. Na rede municipal de ensino 123
professores possuem licenciatura, 45 formação em normal nível médio e 7 formação em
ensino médio.

Neste sentido, o Plano Estadual de Educação, a Lei Nº 13.005 de junho de 2014 – PNE
e demais leis nacionais que tratam a educação propõe que os programas e politicas
especificas do Ministério da Educação, responsabiliza as Instituições Publicas de
Educação Superior – IPES, a responsabilidade pela formação inicial e continuada dos
professores em exercício, na rede publica de educação básica.

Quanto à valorização destes profissionais, deverá ser orientada Planos de Cargos


de Carreira para o magistério público, com Piso Salarial Profissional e ingresso na
carreira via concurso público. É o princípio de valorização docente, conforme
estabelecido no art. 70 da LDB nº 9.394/96, e também os artigos 2º, 7º da Lei nº
9.424/96. (MELO, 2011)

A valorização do magistério, conforme a resolução nº 03, de 08/10/97, e as


diretrizes nacionais para elaboração dos Planos, foram fixadas pela Câmara de
Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CEB/CNE). Com base nessas
diretrizes são profissionais de educação os que exercem atividades docentes. Já o
pessoal de apoio pedagógico ocupa cargos de direção ou exercendo funções
administrativas escolares, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional.
Além destes profissionais, a Lei nº 9.394/96, refere-se também aos que exercem
atividades técnico-administrativas ou de apoio no campo educacional.

Com base nas diretrizes que regulamentam a valorização dos profissionais do


magistério ficou determinado que estados e municípios elaborassem um Plano de
Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério. Isto significa que se os prefeitos e os
governadores não cumprirem esta determinação, a comunidade escolar deverá se
organizar e exigir, junto ao Poder Público, que seja cumprida a determinação legal.
No que se refere ao município de Boqueirão, o Plano de Cargos e Carreira e
Remuneração do Magistério Público Municipal, foi criado conforme ao disposto nas
Leis 9.94/96 e 9.424/96. Implantado em março de 2008, o documento tem como
finalidade melhorar o padrão do ensino público, baseado nos aspectos propostos. O
documento visa estabelecer condições materiais da unidade escolar, segundo os
parâmetros definidos às vistas condições disponíveis e das peculiaridades do município
(PCCR, 2008).
Sendo assim, as metas apresentadas neste Plano Municipal de Educação, no que
se refere à formação e valorização dos profissionais de educação devem se pautar pelo
que diz os documentos oficiais: a) formação inicial mínima; b) formação continuada; c)
condições de trabalho; d) atualização periódica do Plano de Cargos e Carreiras e
Salários; e) politica salarial equitativa e compatível com o desempenho e titulação
(formação inicial e continuada).

Referencias:

BOQUEIRÃO. Secretaria Municipal de Educação. Plano Municipal de Educação –


PME (2008/2018). BOQUEIRÃO/PB, 2008 [mimeo].

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em


<HTTP://www.presidencia.gov.br /legislacao/>. Acesso em: 05 de jun. 2014.

______. Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –


LDB. Lei n° 9.394/1996. Brasília,DF, 1996.

DOURADO, L.F,. A formação de professores e a base comum nacional: questões e


proposições para o debate. Revista Brasileira de Administração da Educação, v.29,p.
367-388,2013.

MELO, E. M. Financiamento da Educação Básica: Encaminhamentos Assumidos pela


Aplicação dos Recursos do FUNDEB no Município de Boqueirão-PB. 2012.

SILVA, Andréia Ferreira,. Plano de Desenvolvimento da Educação: Avaliação da


educação básica e desempenho docente. INTER-AÇÃO, Goiânia v.35,n.2p.415-435,
jul./dez. 2010. Disponível em: < http://www.revista.ufg/index.php/interacao/sear
ch/authors/view?firstName=And%C3%A9i&middleName=Ferreira%20da&lastName=
Silva&affiliation=Universidade%20Federal%20de%20Campina%20Grande&country=
BR>.Acesso em:03 jun.
FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO COMO PRERROGATIVA BASILAR
PARA AEDUCAÇÃO DE QUALIDADE

Eva Maria de Melo

As políticas de financiamento da educação básica no Brasil, implantadas a partir


dos anos de 1990, apresentam como finalidade a serem alcançadas os princípios da
concretização dos padrões mínimos de uma educação de qualidade através da
distribuição de recursos. Mas, infelizmente, na prática, esse princípio está ainda distante
de ser alcançado.

A segunda metade dos anos de 1990 foi marcada com a criação do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF. Este mecanismo
de financiamento destinava recursos apenas para o ensino fundamental. No entanto,
com a extinção deste mecanismo em 2006, implanta-se o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB. Com a implantação desse fundo,
todos os níveis e modalidades de ensino da educação básica passaram a receber
recursos, mesmo com o custo aluno ponderado com proporção diferente.

No Brasil, a implantação dessa ideologia, surgiu após a vitória de Fernando


Collor de Mello e a consolidação ocorreu no primeiro mandato do governo de Fernando
Henrique Cardoso. Como consequência surgiram às políticas de privatização,
focalização, descentralização, terceirização e de estabilidade fiscal via implantação do
Plano Real. Esses feitos acarretaram mudanças significativas em diversos setores da
sociedade, e, sobretudo na educação. Nos desdobramentos que antecedem das reformas
percebem-se várias mudanças, entre estas o processo de municipalização que, conforme
a Carta Magna de 1988, estados e municípios passaram a ter a mesma posição de ente
federado, como também dividir as responsabilidades em regime de colaboração. O
regime de colaboração foi o principal instrumento de propulsão para o desenvolvimento
das políticas educacionais na lógica neoliberal, e, sobretudo, do financiamento
educacional descentralizado no Brasil.

Neste sentido, percebe-se que as políticas educacionais defendem como


lineamentos norteadores, percebido através dos regimentos legais do Estado, os
princípios básicos de valorização dos profissionais da educação (financiamento
descentralizado, plano de carreira e piso salarial nacional) e de autonomia
(administrativa, pedagógica e financeira) da escola pública, mesmo que sejam princípios
fundados numa lógica de qualificação da força de trabalho na lógica da Teoria do
Capital Humano e de organização da administração pública numa visão gerencial, e não
mais burocrática.

Neste contexto, é notório que o Fundeb apresenta muitas fragilidades e


equívocos, principalmente no em relação às garantias de apenas 60% do arrecadado
para o pagamento dos professores. Desse modo, a lei do Fundeb diz que o mínimo a ser
aplicado para a remuneração dos educadores é 60%. Porém este mínimo acaba se
transformando em máximo. A Constituição Federal de 1988 trata a valorização dos
profissionais da educação escolar (Art.206, inciso V) como um dos princípios
fundamentais, inclusive, garantindo a criação dos Planos de Cargos e Carreiras para o
magistério público. É em função dessa prioridade capital atribuída, inclusive pelo
Fundeb, para valorização docente, que resolvemos, no próximo item, apresentar
algumas diretrizes legais do Estado brasileiro que estimulam a implantação desse
processo de valorização dos profissionais da educação.

No entanto, para superar essa precariedade se considera necessário a instituição


de políticas de financiamento mais efetivas no que se referem à determinação das ações
prioritárias, para o desenvolvimento da educação; melhores condições de trabalho para
os profissionais da educação e um salário condigno, como também a concretização de
uma fiscalização no acompanhamento e controle da gestão dos recursos, com inserção
da comunidade civil nesse processo e, consequentemente a transparência da aplicação
dos recursos, no sentido de alcançar os padrões mínimos de uma educação de qualidade.

. Nesse sentido, acredita-se que as fontes de financiamento destinadas à


educação básica é fundamental para a efetivação do desenvolvimento do processo
educativo e a condição basilar para alcançar a melhoria da educação conforme
estabelece s documentos oficiais.

Referencias:

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em


<HTTP://www.presidencia.gov.br /legislacao/>. Acesso em: 05 de fev. 2010.
______. Ministério da Educação. FUNDEF: manual de orientação. 2. ed. Brasília,DF:
MEC, 2000.

______. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Manual de Orientação do


FUNDEB. Brasília,DF: MEC, 2008.

______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos. Lei N°
11.494 de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação –
FUNDEB. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Ato2007-
2010/2007/Lei/L11494.htm>. Acesso em: jul. 2007.

______. Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –


LDB. Lei n° 9.394/1996. Brasília,DF, 1996.

______. Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado. Presidência da


República. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. Câmara da
Reforma do Estado. Brasília, DF, 1995.

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