Monografia - Bruno Pinheiro
Monografia - Bruno Pinheiro
Monografia - Bruno Pinheiro
Coimbra
2005
I
Monografia de Licenciatura, realizada no âmbito
do Seminário de Nutrição e Desporto, no ano
lectivo de 2004/2005, sob coordenação do
Professor Doutor Carlos Fontes Ribeiro e sob
orientação do Professor Alain Massart.
AGRADECIMENTOS
II
ÍNDICE
Página
AGRADECIMENTOS II
ÍNDICE DE TABELAS V
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO II – REVISÃO DA LITERATURA 3
1. Recomendações dietéticas para atletas de competição 3
1.1 Necessidades energéticas 3
1.2 Peso e Composição Corporal 3
1.3 Hidratos de carbono 3
1.4. Proteínas 4
1.5 Lípidos 4
1.6 Micronutrientes 4
1.7 Hidratação 4
1.8 Antes, durante e após o exercício 5
1.9 Suplementos 6
1.10 Substancias ergogénicas nutricionais 6
1.11 Atletas vegetarianos 6
2. Faixa etária da Adolescência 7
2.1 Crescimento e Desenvolvimento 7
2.1.1 Altura, peso, composição corporal, alterações hormonais e 7
sexuais e Actividade Física
2.2 Factores Nutricionais – Importância e necessidades para os 9
jovens Atletas
2.2.1 Hábitos e Conhecimentos Nutricionais dos jovens 9
2.2.2 Necessidades energéticas 10
2.2.3 Micronutrientes 11
2.2.3.1 Cálcio 12
2.2.3.2 Ferro 13
2.2.4 Macronutrientes 14
2.2.4.1 Hidratos de Carbono 14
2.2.4.2. Proteínas 15
2.2.4.3. Lípidos 15
III
2.2.5 Hidratação 16
2.2.6 Suplementos 16
2.2.7 Desordens alimentares masculinas 17
3. Avaliação Nutricional 18
3.1 Definição 18
3.2 Finalidade 19
3.3 Componentes 19
3.3.1 Registo da Ingestão dietética 19
3.3.2 Métodos de Abordagem da Ingestão Dietética 20
3.3.2.1 Questionário de 24 horas 20
3.3.2.2 Questionário de frequência de uso de alimentos 20
3.3.2.3 Anamnese alimentar 21
3.3.2.4 Registro alimentar 21
3.3.2.5 Observação da ingestão nutricional 21
3.3.2.6 Consumo doméstico de alimento 21
3.3.2.7 Métodos para avaliação da informação dietética 21
CAPÍTULO III – METODOLOGIA 23
1. Amostra 23
2. Instrumentos e Medidas 24
2.1. Questionário de Conhecimentos, hábitos e preferências 24
alimentares em atletas
2.2. Questionário de Frequência Alimentar (QFA) 24
3. Procedimentos 27
CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 28
CAPÍTULO V – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 45
CAPÍTULO VI – CONCLUSÕES 51
BIBLIOGRÁFIA 53
LISTA BIBLIOGRÀFICA CITADA 55
ANEXOS 64
IV
ÍNDICE DE TABELAS
Página
Tabela III – 1: Alguns dados complementares sobre a caracterização da 23
amostra.
Tabela III – 2: Recomendações dietéticas referentes ao consumo de 26
energia para adolescentes. (Food and Nutrition Board, Commission on Life
Sciences, National Research Council, 1989)
Tabela IV – 1: Resultados referentes ao Peso, Altura e respectivo Índice de 28
Massa Corporal dos atletas.
Tabela IV – 2: Dados utilizados pela Organização Mundial de Saúde 28
(OMS) para o Índice de Massa Corporal.
Tabela IV – 3: Resultados referentes aos hábitos alimentares dos atletas. 29
Tabela IV – 4: Resultados referentes à aplicação do questionário de 30
conhecimentos alimentares aos atletas.
Tabela IV – 5: Resultados do inquérito aplicado aos atletas sobre as suas 31
preferências alimentares.
Tabela IV – 6: Resultados dos valores das calorias e macronutrientes dos 32
atletas e da média da equipa.
Tabela IV – 7: Comparação entre as calorias consumidas e as calorias que 33
deveriam ser consumidas, em função do peso dos atletas.
Tabela IV – 8: Conversão da quantidade dos nutrientes obtidos (g) a 34
valores calóricos (Kcal).
Tabela IV – 9: Resultados referentes à quantidade calórica que deve ser 35
consumida pelos atletas em função das percentagens recomendadas.
Tabela IV – 10: Resultados referentes à quantidade dos nutrientes (g), que 36
deve ser consumida em função do peso dos atletas (Kg).
Tabela IV – 11: Resumo referente aos valores médios da equipa em 37
relação a aportes energéticos.
Tabela IV – 12: Resultados referentes ao consumo de vitaminas do 38
complexo B.
Tabela IV – 13: Resultados referentes ao consumo das vitaminas A, C, D, 39
E, K, Acido Fólico e Ácido Pantoténico.
Tabela IV – 14: Resumo referente aos valores médios da equipa em 40
V
relação ao consumo de Vitaminas.
Tabela IV – 15: Resultados dos valores consumidos em Sais Minerais 41
pelos atletas (Cálcio, Cobre, Ferro, Magnésio, Manganésio, Fósforo).
Tabela IV – 16: Resultados dos valores consumidos em Sais Minerais 42
pelos atletas (Potássio, Selénio, Sódio, Zinco, Cloretos, Iodo).
Tabela IV – 17: Resumo referente aos valores médios da equipa em 43
relação ao consumo de Sais Minerais.
Tabela IV – 18: Resultados dos valores consumidos em água pelos atletas 44
(nos alimentos e bebidas, excluindo o seu consumo isolado).
VI
CAPITULO I
INTRODUÇÃO
1
crescimento, mantimento dos tecidos, performance das sua actividades físicas e
intelectuais. (2).
Posto isto o presente estudo pretendeu efectuar uma avaliação nutricional em
atletas de competição, avaliar o nível de conhecimentos e preferências alimentares.
Deste modo foram propostas algumas questões ou objectivos para o estudo:
Q1 - Como será a alimentação dos atletas diariamente? Possibilitará esta, uma total
disponibilidade para a prática da actividade física? Estará dentro das recomendações
energéticas e nutricionais para os atletas?
Q2 – Quais serão os conhecimentos que os atletas têm sobre nutrição?
Q3 – Quais as preferências dos atletas?
O estudo apresentado está dividido em cinco capítulos. No capítulo I –
Introdução – inicia-se com uma introdução geral do trabalho e de toda a problemática
sobre a qual nos debruçamos, assim como, os objectivos precisos da investigação e
as hipóteses iniciais. Enuncia-se também o plano de exposição a desenvolver no
corpo da monografia.
No capítulo II, efectua-se uma Revisão da Literatura, onde constam os
principais modelos e estudos referentes ao âmbito do trabalho, que incide
essencialmente na Nutrição e Desporto.
Seguidamente no capítulo III – Metodologia – refere-se a metodologia de
investigação empregue na elaboração deste estudo, em três pontos essenciais:
caracterização da amostra, descrição dos instrumentos e medidas e os procedimentos
utilizados para todo o estudo.
Os resultados do tratamento estatístico dos dados recolhidos nas avaliações
efectuadas neste trabalho e a sua comparação com outros estudos, encontram-se no
capítulo IV – Apresentação dos Resultados e no capítulo V – Discussão dos
Resultados, respectivamente.
Posteriormente no capítulo VI – Conclusões, são apresentadas as possíveis
respostas às questões, objectivos e hipóteses formuladas no capítulo I e II, indicando
em que sentido se poderão orientar as investigações seguintes, visando novas
hipóteses e orientações. Por último, encontram-se as Referências Bibliográficas e os
Anexos.
2
CAPITULO II
REVISÃO DA LITERATURA
3
1.4. Proteínas
As necessidades em proteínas são ligeiramente aumentadas nas pessoas mais
activas. A sua recomendação para atletas de endurance de 1,2 a 1,4 g/Kg do peso
corporal por dia, no entanto para atletas de força estas devem ser superiores a 1,6 a
1,7 g/Kg de peso corporal por dia. Estes valores proteicos podem ser ingeridos de
forma isolada, sem o uso de quaisquer suplementos proteicos ou de hidratos de
carbono, caso o consumo de energia seja adequado para manter o peso corporal.
1.5 Lípidos
O consumo destes nutrientes não deve ser excluído, visto que, não existe
benefícios na performance se caso se verifiquem aportes inferiores a 15% de energia
proveniente deste nutriente. Os lípidos são importantes nas dietas dos atletas pois
fornecem energia, vitaminas lipossoluveis, ácidos gordos essenciais.
1.6 Micronutrientes
Os atletas que sofrem grande risco de deficiência em micronutrientes são os
que têm uma reduzida ingestão energética, que praticam actividades severas onde se
verifique perda de peso, que eliminam um ou mais grupos de alimentos da sua dieta,
ou que consomem dietas muitos ricas em hidratos de carbono com baixa densidade
de micronutrientes. Os atletas devem consumir dietas que forneçam pelo menos as
RDAs/DRIs para todos os micronutrientes. (anexo 3)
1.7 Hidratação
A água é indispensável para um bom funcionamento do organismo. Mais de
60% do nosso organismo é água. O músculo contém aproximadamente 70 – 75% de
água, enquanto o tecido adiposo contém apenas 10 – 15%. Os atletas ao possuírem
geralmente mais músculo e menos tecido adiposo que os sedentários, têm uma maior
percentagem de água no seu organismo (8).
A actividade física desportiva pode levar a um esgotamento das reservas de
água do nosso corpo, devido às perdas deste líquido pelo suor e pelas vias
respiratórias (8)
A performance do exercício pode estar comprometida por um deficit de água
no corpo, particularmente quando o exercício é desempenhado em climas quentes.
(8)
4
A desidratação diminui a performance, para tal é necessário adequar os
líquidos antes, durante e após o exercício, para uma saudável e óptima performance
os atletas devem beber suficientes líquidos para compensar as suas perdas. Duas
horas antes do exercício devem beber 400 a 600 ml, durante o exercício, devem
consumir 150 a 350 ml de líquidos, em intervalos de 15 a 20 minutos, dependendo da
tolerância. Depois do exercício o atleta deve beber uma quantidade adequada, para
compensar as perdas durante o exercício. Os atletas necessitam de beber pelo menos
450 a 675 ml de líquidos por cada 0,5Kg de peso corporal perdido durante o
exercício.
5
consequentes, até se atingirem 4 ou 6 horas após o término do exercício, será
adequado para restabelecer as reservas de glicogénio.
O consumo de proteínas depois do exercício fornecerá aminoácidos para
construir e reparar os tecidos musculares. Os atletas, após um treino ou uma
energética competição, devem ingerir uma refeição equilibrada fornecendo hidratos
de carbono, proteínas, lípidos.
1.9 Suplementos
Se um atleta consume adequada energia de uma variedade de alimentos,
mantendo o seu peso corporal, não existe a necessidade de ingerir qualquer
suplemento mineral ou vitamínico. As recomendações relativas a suplementos devem
ser seguidas. Se um atleta na sua alimentação, elimina alimentos ou grupos de
alimentos, se está doente ou a recuperar de lesões, ou se sofre da falta um específico
micronutriente, um suplemento multivitaminico/mineral pode ser apropriado. Não
devem ser usados suplementos específicos de um nutriente sem um razão médica ou
nutricional (exemplo: suplementos de ferro para compensar uma anemia
ferropénica).
6
2. Faixa etária da Adolescência
Segundo Cooper (1994), uma das maiores preocupações durante a
adolescência é assegurar a obtenção de um crescimento e desenvolvimento
adequado. O treino físico regular, ou até mesmo a prática moderada em actividades
físicas, juntamente com outras variáveis ambientais influenciam a estabilidade
genética do crescimento. (2)
Este período é caracterizado por uma fase de crescimento muito intensa com
grandes modificações a nível da composição corporal, do rendimento físico e da
maturidade biológica. Essas modificações apresentam características particulares em
relação ao sexo, têm grande variabilidade individual e são influenciadas por
múltiplos factores: genéticos, hormonais, nutricionais, sociais e os relacionados com
o nível de actividade física, entre outros. (3) Por vezes estas, não se fazem de forma
contínua, verifica-se que é necessário mais tempo para se completarem. (4)
Sendo que o presente estudo conta com uma população masculina, será sobre
este sexo que recairá a presente revisão.
7
Os adolescentes apresentam aumento acelerado do peso, causado pelo
aumento da massa magra e da estatura. Nesta fase, em média aumentam o peso em
9kg por ano (Tanner, 1989). (4)
Bar-Or et al. (1995), referem que a prática física regular é importante para
controlar os índices ponderais, estando associada a variações na composição
corporal. No entanto, é difícil de enaltecer os efeitos do treino e o que se espera
destes, no que respeita a um aumento de massa magra causada pelo crescimento e
maturação. (2)
Segundo Tanner (1995) e Comittee on Sports Medicine and Fitness (2000), as
crianças e jovens devem ser medidos regularmente, para desta forma identificar
indivíduos ou grupos de indivíduos que tenham necessidade de ter cuidados
especiais, para identificar doenças que influenciem o crescimento ou para determinar
uma doença em resposta a uma terapia (4,5). Segundo a ADA (1996) e WHO (1995),
estas medições devem ser obtidas e acedidas em termos de Peso/(Altura)^2 através
do Índice de Massa Corporal (IMC). (2)
O IMC para além de reflectir a composição corporal de um indivíduo pode
igualmente reflectir as proporções corporais, pois Garn et al. demonstraram que os
adolescentes e os adultos com pernas curtas em relação à sua estatura tinham valores
de IMC mais elevados. (2,3)
Perante a enunciada referencia bibliográfica (3) e segundo Tanner (1989)
verifica-se que sob acção da testosterona, das hormonas esteróides e da hormona de
crescimento (GH), na adolescência ocorre um aumento progressivo e mais rápido da
massa magra que se deve sobretudo, ao incremento dos valores de massa muscular.
A massa gorda, encontra-se com maior percentagem no tronco, diminuindo
nos membros. Aumenta discretamente no decurso da adolescência e contribui com
menor percentagem para o peso corporal. (3,4)
Nos adolescentes a prática de actividades físicas moderadas, associa-se a
benefícios nas alterações da composição corporal, a prática de actividade física
excessiva pode afectar negativamente o desenvolvimento dos adolescentes. (4)
Kemper and col. (1997), num estudo longitudinal com 200 adolescentes,
concluíram que, os indivíduos com maturação sexual tardia tinham melhor
capacidade de obtenção de energia e uma actividade ligeiramente maior do que
aqueles adolescentes que desenvolveram uma maturação mais temperana, o que
resultava num menor conteúdo de massa gorda no primeiro grupo. (2)
8
Segundo Malina (1994) em geral, os rapazes que participam em desportos
têm crescimento normal, encontrando-se em estados de normal ou avançado nível de
maturação esquelética e sexual. (4)
9
aumento de consumo em comidas com elevado teor de gordura e glícidos simples, o
que segundo Lloyd et al (1994) leva a um aumento no tempo de reacção aos
estímulos. (6)
Constatou-se também, que os atletas ultrapassam algumas refeições, como
por exemplo e de forma mais notável o pequeno-almoço. Esta em particular, é
considerada como a mais importante refeição a realizar, durante o dia, devido à sua
influência no desenvolvimento de habilidades cognitivas e assimilação de
conhecimentos nos adolescentes. Pollit (1995), sugere que a omissão do pequeno-
almoço pode alterar significativamente o metabolismo, resultando numa redução da
chegada dos nutrientes ao cérebro, o que pode alterar o comportamento de um
indivíduo. O mesmo autor refere que a omissão do almoço leva ao decréscimo do
estado de alerta e da eficiência da performance. (7)
No que se refere aos “snacks”, geralmente conhecidos como, a refeição a
meio da manha, o lanche e a ceia, estas contribuem para um dieta com maior
qualidade. Kanarek e Swiney (1990) constataram que a ingestão de snacks durante a
tarde traz efeitos positivos na performance cognitiva. (7)
10
maior ou menor quantidade de energia. O último conclui que os atletas de acordo
com as RDAs (Recommended Diettary Allowances) e com a idade em questão,
consomem baixo conteúdo energético de acordo com algumas modalidades
(Ginástica, Dança, Luta, Skate). (2)
Comparativamente com os adolescentes considerados normais, as
necessidades energéticas dos adolescentes moderadamente activos, pode ser de 1,5 a
2 vezes maior (Loosli e Benson, 1990). (6)
As recomendações diárias indicam que, para adolescentes do sexo masculino
com idades compreendidas entre os 15-18 anos o consumo energético deve ser de
45Kcal/Kg. (Food and Nutrition Board, 1989). (tabela III-2) (6)
Uma inadequada ingestão de energia é geralmente acompanhada de
deficientes aportes de macro e micro nutrientes. Através de estudos, como por
exemplo o de Berning (1991), realizado em atletas adolescentes nadadores,
constatou-se que uma adequada ingestão de energia possibilita uma completa
assimilação de macro e micro nutrientes. (6)
2.2.3 Micronutrientes
A Singapore Nutrition & Dietetics Association refere que, as vitaminas e os
minerais são nutrientes essenciais amplamente distribuídos dentro dos alimentos e
que desempenham papéis importantes no metabolismo das proteínas, hidratos de
carbono e gorduras assim como, de uma maneira geral, na função de todo o corpo.
(13)
Os requisitos diários em micronutrientes individuais dependem de um número
de factores, incluindo a idade, o sexo, a altura, o nível de actividade e o metabolismo
individual. (8)
Não existe recomendações nutricionais específicas, para os adolescentes. As
recomendações diárias (RDA 24) estimadas pelo Institute of Medicine na Food and
Nutrition Board (1997, 1998, 2000) são usadas como padrão para se poderem
adequar as necessidades. (2) (anexo 3)
No entanto, constata-se que, a escassa ou inadequada ingestão de energia e
nutrientes prejudica a performance atlética e afecta negativamente a saúde. As
principiais consequências estão patentes na, baixa estatura e atraso na puberdade
(Pugliese, 1983), (Smith, 1995), desidratação e alterações da variação dos electrólitos
(Benardot, 1989), (Esroy, 1991), (Hawley, 1991), aumento da susceptibilidade de
11
lesões atléticas (Marcus, 1985), deficiências menstruais (Baer, 1992) (Meyerson,
1991) (Williams, 1995), diminuição da densidade da massa mineral e aumento do
risco de fracturas e prematura osteoporose. (Bachraach, 1990) (Weaver, 1999). (6)
Tal facto constata-se através de estudos realizados por Loosli e Benson
(1990), onde se verificou a escassez de aportes de cálcio, ferro, zinco, fósforo e
vitamina B6, ou por Ziegler (1998), onde se constatou falta de ferro e cálcio. (6)
Berning (1991), verificando previamente que, a ingestão energética dos
adolescentes nadadores era muito superior à média da ingestão dos adolescentes,
constatou que estes conseguiam aportar as necessidades diárias de vitamina A e C,
tiamina, riboflavina, niacina, cálcio e ferro. (6)
Os atletas que apresentam maior dificuldade em obter as vitaminas e minerais
adequados às suas necessidades, são: os ginastas, os que praticam dança, os que
incluem dietas baixas em calorias, para manterem baixo peso, os atletas que seguem
dietas restritivas, indivíduos vegetarianos, indivíduos com hábitos alimentares
errados ou intolerâncias alimentares e ainda, os que têm pouco tempo para
seleccionarem ou mesmo comerem comida saudável e que por estas razões acabam
por ingerir refeições à base de “fast food”, pobres em frutas e vegetais. (8)
Os nutrientes que podem ser considerados com mais risco de deficiência
incluem o ácido fólico, vitaminas B6, B12 e minerais tais como o cálcio, o ferro e o
zinco. (8)
Loosli e Benson (1990) afirmam que especial atenção deve ser dada ao
consumo de cálcio e ferro nos adolescentes atletas e não atletas. (6)
2.2.3.1 Cálcio
Segundo (Thompson, 1998; Meredith & Dwyer, 1991), no que respeita a
baixos consumo de energia, deve-se controlar a ingestão de cálcio. Uma adequada
ingestão deste nutriente é extremamente importante para os atletas que estão em
crescimento, para desta forma reduzirem o risco de fracturas e riscos de
desenvolverem mais tarde osteoporose. (2)
A sua ingestão abaixo dos 500 mg resulta numa baixa retenção deste nutriente
nos adolescentes, o que é comum neste grupo etário. Para um melhor
desenvolvimento ósseo e redução de risco de fractura, Bernadot (1996) sugere que
sejam ingeridos níveis superiores ao que está diariamente estabelecido pelo Institute
of Medicine (1997). Considerando o dramático incremento de minerais ósseos
12
durante este período, a mesma instituição, sugere uma maior ingestão deste nutriente
pelos adolescentes, no entanto não tem em conta as necessidades em termos de
desporto praticado (2).
Um estudo realizado por Klesges et al. (1996) num colégio de basquetebol,
concluiu que durante a actividade física intensa e duradoura, o aumento da perda de
suor, aumenta as perdas de cálcio, o que faz com que haja necessidade de aumentar a
sua ingestão, para desta forma não ocorrer deficiência. A Academia Nacional de
Ciências (National Academy of Sciences, 1997-2001), refere que os aportes de cálcio
para jovens atletas dos 11 aos 18 anos é de 1300mg/dia (14). O estudo realizado por
Matkovic e Heanney (1992), identificando um valor de 1480 mg/d, permite concluir
que, este valor é aceitável para os atletas conseguirem reter a máxima quantidade
necessária. (6)
Estudos realizados por Chan et al. (1995), Lloyd et al. (1993), Slemeda et al.
(1993), evidenciaram que, um aumento no consumo de cálcio aumentava a densidade
óssea. (6)
Ortega (1992) afirma que, este micronutriente pode ser insuficiente,
especialmente em adolescentes que, reduzam a ingestão diária de produtos, como os
lacticínios, ou em adolescentes que apresentam uma maior ingestão de proteínas e
comidas que fornecem grandes quantidades de fósforo (ex: os refrigerantes). (2)
2.2.3.2 Ferro
Especial atenção deve ser dada a ingestão de ferro na adolescência. A sua
deficiência, não só danifica a performance mas pode também interferir com o normal
crescimento e maturação do adolescente e negativamente afectar as funções
gastrointestinais, neurológicas e imunes. O seu baixo armazenamento é comum
durante períodos de rápido crescimento e durante a puberdade. A necessidade do seu
aporte é significativamente aumentada devido a um aumento da massa magra,
volume sanguíneo, e concentração de hemoglobina. Estes parâmetros podem também
aumentar como resultado do exercício, aumentando a necessidade de ferro durante o
crescimento. (Willows et. al, 1993; Raunikar & Sabio, 1992) (6)
As perdas de ferro nos adolescentes atletas, podem ser causadas pelo suor,
perdas de sangue gastrointestinais, hematuria e hemolises intravasculares causadas
pelo batimento dos pés no chão (Rowland, 1989). (6)
13
É ainda controverso, mas estudos realizados, onde existiu a presença de um
grupo não atleta de controle, concluíram que as necessidades em ferro são maiores
em atletas adolescentes, do que em não atletas.
Tanto Rowland et al. (1987) como Nickerson et al. (1989) em estudos
realizados, concluíram que, corredores adolescentes passaram a sofrer de anemia em
ferropénica com o decorrer da época. No entanto, Rowland e Kelleher (1989) num
estudo realizado em nadadores, não verificaram qualquer alteração nos
armazenamentos deste mineral, isto pressupõem que o seu impacto do exercício em
termos de quantidade, possa ser especifica de cada desporto, sendo maior em jovens
atletas praticantes de desportos de alto impacto. (6)
Uma inadequada dieta, juntamente com uma necessidade de aumentar as
necessidades em ferro, são sem dúvida as causas primárias da sua deficiência nos
jovens adolescentes atletas. Este devem consumir 2500 kcal/dia para desta forma
superarem as 6mg contidas em 1000 kcal. (Willows et al., 1993) (6)
A Academia Nacional de Ciências (National Academy of Sciences, 1997-
2001), refere que os aportes para jovens atletas dos 11 aos 18 anos é de 11 mg/d. (14)
Segundo Luís Horta (1996), este aporte em homens desportistas deve ser de 24
mg/dia. (8)
Posto isto, podemos concluir com Thompson (1998), que a insuficiente
ingestão de ferro, pode afectar a capacidade de transporte de oxigénio, reduzindo a
performance e interferindo com o treino, podendo traduzir-se em anemias. (2)
2.2.4 Macronutrientes
14
defendem, por esta mesma razão, que as recomendações devem ser expressas em
gramas (relativamente à massa corporal do atleta) e permitir uma maior flexibilidade
para o atleta conseguir os objectivos dentro do contexto das suas necessidades de
energia e outros objectivos nutricionais. Assim sugere-se uma quantidade de 5 a 7
g/kg/dia para necessidades de treino gerais e de 7 a 10 g/kg/dia para necessidades
aumentadas de resistência e performance dos atletas. (13)
Ortega (1992), ADA (1996) as mesma recomendações citada, aplicam-se a
jovens atletas. (2)
2.2.4.2 Proteínas
A necessidade de consumir proteínas é maior nos adolescentes do que nos
adultos sedentários (Thompson, 1998). Não existem estudos que especifiquem as
necessidades proteicas para os adolescentes atletas, no entanto Ortega (1992) sugere
que a ingestão nos adolescentes que praticam desporto deve ser entre 1,2- 2g/Kg/dia,
o que é o dobro da recomendação para os adolescentes sedentários. Este valor deve
ser suficiente para os atletas adolescentes, se representar cerca de 12 a 15 % do total
de energia consumida. Ortega (1992), ADA (1996).
No geral as proteínas são facilmente adquiridas, não só através da ingestão de
alimentos, mas também através de suplementos (Meredith & Dwyer, 1991). (2) (6)
2.2.4.3 Lípidos
A maior parte dos lípidos encontra-se no nosso organismo sob a forma de
triglicerídeos, sendo que cada molécula é constituída por três ácidos gordos e um
glicerol. São os ácidos gordos que irão ser utilizados directamente como carburantes,
estes por sua vez estão armazenados no tecido adiposo e nos músculos. (8)
Os adolescentes têm os níveis de glicerol sanguíneo demasiado altos, uma
baixa taxa de variação da respiração (Quociente respiratório (R=VCO2/VO2) igual a
0,70) durante os exercícios, pressupõem um aumento do uso de ácidos gordos. (2)
(15)
Não é recomendado que os jovens atletas consumam lípidos numa
percentagem acima dos 30% do total calórico, e os ácidos gordos saturados devem
contribuir com menos de 10% desse valor (Ortega. (1992), ADA (1996)). (1), (2)
Tal como nos adultos o ênfase deve ser colocado na limitação do consumo de
gordura saturada e enfatizar o consumo de gordura poli e monossaturada. (6)
15
Um consumo reduzido de energia, reduzindo a ingestão de gorduras é muito
comum em torno dos atletas adolescentes que seguem dietas restritas. (Jonal et al.,
1998). (2)
2.2.5 Hidratação
Bar-Or et al. (1989) mostrou que perante semelhantes níveis de desidratação,
os adolescentes alcançaram temperaturas corporais mais elevadas, constata-se então
que, os adolescentes têm menor capacidade de resposta à termorregulação do que os
adultos, a capacidade de suor também é menor. (2) (6)
O mesmo autor, juntamente com outros indica, numa pesquisa (1980) que, os
adolescentes atletas, não bebem de forma instintiva líquidos suficientes, para repor e
manter a hidratação durante o exercício prolongado, podendo não reconhecer quando
parar. Estes estudos enfatizam que os adolescentes têm de ter mais cautelas com a
ingestão de líquidos, antes, durante e depois dos exercícios. (6)
A American College of Sports Medicine (1996) diz que a ingestão de líquidos
deve ser de 500ml antes do exercício, deve rondar os 150-300ml entre cada intervalo
de 15 e 20 minutos. Durante a prova e no final a ingestão de líquidos deve ser de
300ml por cada kg de peso perdido. (6)
Verifica-se que nos trabalhos de Horswill (1998) Burke & Hawley (1997),
Davis et al. (1997) que a água é a fonte mais económica de líquidos para exercícios
moderados inferiores a 60 minutos, no entanto em exercício intensos superiores a 60
minutos ou intervalados (como é o caso do basquetebol), deve ocorrer uma reposição
de carbohidratos (6-8% dissolvidos na água) e NaCl (18 mmol/L). (6)
2.2.6 Suplementos
Segundo os estudos dos seguintes autores, os atletas adolescentes não são
excepção ao uso de suplementos, principalmente aqueles que participam em
desportos de contacto, onde o tamanho e a força são essenciais. Por exemplo
Massad et al. (1995) descobriu que a percentagem de uso de suplementos era maior
em jogadores de futebol, wrestlers e boxers. Também Sobal e Marquat (1994),
constataram o mesmo, em wrestelers e jogadores de hockey no gelo. (6)
Estes estudos serviram ainda, para saber quais as razões do uso de
suplementos, verificou-se que, a maioria dos jovens atletas acreditavam que estes
melhoram as suas performances. Outras razões para a toma incluíam, o aumento de
16
energia, a utilização devido a má nutrição, a melhora do sistema imunitário ou o
tratamento de uma doença. Outro dado importante que foi constatado foi o consumo
mais abundante de suplementos tipo, preparações de multivitaminas/minerais,
vitamina C, suplementos proteicos e bebidas ricas em hidratos de carbono e
electrólitos. (6)
Nelson-Steen (1996) refere que, infelizmente, muitos pais e treinadores mal
informados recomendam aos atletas a toma destes suplementos, com a ideia de que
assim, ocorrerá um desenvolvimento atlético precoce, melhoram a performance, ou
previnem um estado de saúde inseguro. (6)
Singh (1992) e Haymes (1991) nos seus estudos referem que, os
suplementos vitamínicos/minerais podem melhorar um estado nutricional, ou
performances de adolescentes que tenham dietas inadequadas ou em doses
deficientes, no entanto, a melhora da performance através da sua toma
indiscriminada não se evidencia em nenhum suporte científico. (6)
Os suplementos quando usados de forma não supervisionada e
indiscriminada, em detrimento do aporte de alimentos, podem ser tóxicos e trazer
graves problemas para a performance e Saúde dos atletas. (6)
Pais, treinadores, profissionais de Saúde que lidam com estes atletas, devem
alertar para os riscos associados ao uso destas substâncias e mostrar-lhes a
importância de uma dieta equilibrada, esta recomendação é fornecida por Massad
(1995) e Johnson (1998). (2)
17
3. Avaliação Nutricional
3.1 Definição
Estado nutricional è o grau pelo qual a necessidade fisiológica de nutrientes
do individuo está sendo atendida através do alimento que ele está ingerindo. É o
estado de equilíbrio no indivíduo, entre a ingestão e o gasto ou necessidade de
nutrientes. Este balanço é afectado por muitos factores abaixo transcritos na figura 1.
18
Exemplo disso é a avaliação do estado nutricional de um indivíduo através de
medições relativamente simples da altura e peso (em conjugação com o ÍMC). (17)
A medição precisa do peso e altura corporal, em conjugação com o IMC,
pode ser problemática em muitos ambientes devido à falta de equipamento
disponível ou pelo desafio que colocam na avaliação do comprimento do corpo em
certos grupos de pacientes. As medições do IMC têm sido consideradas como sendo
pouco válida em alguns grupos de pacientes, como nas crianças e nos mais idosos,
devido à alteração/diferença na razão da sua massa corporal gorda/magra. (17)
O registo do peso do paciente deve seguir um protocolo específico, onde o
indivíduo é idealmente pesado à mesma hora do dia utilizando a mesma escala com
um intervalo de peso apropriado (até 350 Kg). Antes de se pesar, o indivíduo deve
despir-se e descalçar-se. Se possível, o registo de todas as medições de peso deve ser
efectuado pelo mesmo indivíduo. Para além do peso, o diâmetro abdominal é
também, um marcador fiável da massa adiposa intra-abdominal. A medição do
diâmetro abdominal deve ter lugar numa localização específica, a meio da crista
ilíaca superior e da grelha costal, na linha média axilar. (17)
3.2 Finalidade
As finalidades da avaliação nutricional são: identificar um grupo de pacientes
necessitados de determinações nutricionais adicionadas; estabelecer valores básicos
para avaliar a eficácia de regimes nutricionais; prover um sistema para
reconhecimento precoce da probabilidade de riscos de saúde devido a factores
nutricionais. (16)
3.3 Componentes
19
3.3.2 Métodos de Abordagem da Ingestão Dietética
Segundo Krausse e Mahan (1991) (16), a ingestão dietética pode ser abordada
da seguinte forma:
20
3.3.2.3 Anamnese alimentar
É mais completa do que os anteriores, pois contem informações adicionais,
como actividade física, antecedentes étnicos e culturais, saúde, etc. Os seus
problemas passam pelo facto de o entrevistado não querer participar e pela
necessidade de um entrevistador experiente. A anamnese pode ser colocada dentro de
um questionário modelo. (16)
21
Após determinada, esta pode ser comparada com as RDA (recomendações
diárias) Esta permite avaliar de maneira geral o aporte dietético do indivíduo. A
RDA está colocada num nível acima dos requerimentos de modo a incluir todos os
indivíduos dentro da população que pode ter uma necessidade aumentada de
determinada vitamina ou mineral, acima da necessidade da população.
Uma falha da RDA é que ela não se destina à aplicação em indivíduos
doentes, cujas necessidades podem ser muito diferentes dos indivíduos saudáveis.
(16)
22
CAPITULO III
METODOLOGIA
1. Amostra
23
2. Instrumentos e Medidas
24
da Universidade do Porto, em colaboração com o Departamento de Saúde Pública de
Alicante, e tem por base o modelo de Willett (1990). (18)
No que se refere ao tratamento dos dados obtidos pelos atletas estes foram
tratados pela Professora Doutora Carla Lopes no Serviço de Epidemiologia da
Faculdade de Medicina do Porto, da seguinte forma:
A selecção dos 82 itens de alimentos ou grupos de alimentos que integram o
QFA, baseou-se em resultados de um trabalho anterior daqueles autores (Lopes et al
1994). A associação dos alimentos em grupos contemplou as afinidades de
composição nutricional. (18)
Para estimar a porção média padrão de cada alimento a considerar no QFA
(19), os autores basearam-se em inquéritos semi-quantitativos semelhantes,
administrados a grupos portugueses e de outras nacionalidades (Willet et al, 1985;
Lopes et al, 1994; Barros et al, 1997), e adaptaram as porções médias aos consumos
presumidos para a população portuguesa. Consideraram-se nove possibilidades de
frequência de ingestão, desde nunca ou menos de uma vez por mês a seis ou mais
vezes por dia, assinaladas de acordo com a porção média do alimento previamente
definida. (18)
Para determinar a quantidade alimentar ingerida, transformou-se a frequência
de consumo em valores médios diários, multiplicou-se pela porção consumida e por
um factor de variação sazonal de 0,25 (considerou-se uma sazonalidade média de três
meses) para alimentos consumidos por épocas e segundo indicação do inquirido. (18)
Para a conversão dos alimentos em nutrimentos, utilizou-se o programa
informático Food Processor Plus, versão 5.0 (ESHA Research, USA), que utiliza a
tabela de composição de alimentos do Departamento de Agricultura dos EUA
(United States Department of Agriculture), e inclui alimentos crus e/ou processados.
Os autores do QFA (Lopes et al, 1994; Barros et al, 1997) acrescentaram a esta base
de dados, os conteúdos nutricionais de alimentos ou pratos culinários tipicamente
portugueses, de acordo com informações nacionais da tabela de composição dos
alimentos portugueses (Ferreira, 1985). (19).
Quanto à forma de aplicação do questionário, foi feita sob visionamento
pessoal e com o fornecimento prévio de informações escritas exemplificativas e
informações orais detalhadas sobre o modo de preenchimento, que aliás se encontra
patente no mesmo.
25
Em relação ao tratamento dos dados para averiguação dos resultados, estes
foram fornecidos e tratados em suporte informático Excel.
Os resultados da equipa foram tratados através da realização da média dos
resultados de cada atleta.
As conversões elaboradas cingiram-se à transformação das calorias totais a
calorias por peso através das recomendações dietéticas referentes ao consumo de
energia para adolescentes (Food and Nutrition Board, 1989) (6).
A tabela III-2 apresenta as recomendações dietéticas referentes ao consumo
de energia para adolescentes. (Food and Nutrition Board, Commission on Life
Sciences, National Research Council, 1989)
Tabela III-2
26
3. Procedimentos
Para a realização deste estudo, mais precisamente para a obtenção da
bibliografia e dos instrumentos ideias, entrei em contacto com pessoas formadas e
experts na área da Nutrição. Fui inicialmente orientado pelo Professor Doutor Luís
Horta que me forneceu um Manual de Apoio à Linha de Investigação sobre
Nutrição no Desporto e me deu alguns conselhos de realização.
De seguida entrei em contacto com o Professor Doutor Pedro Moreira, que
para além de me ter ajudado na maior parte da obtenção de material bibliográfico,
me indicou que o QFA utilizado neste estudo, é o único validado em Portugal. Para
obtenção do mesmo, deu indicações para me deslocar ao Serviço de Higiene
Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e em seu nome,
entrar em contacto com a Professora Doutora Carla Lopes e requisitar o
instrumento. Após escutar alguns conselhos para utilização do questionário, iniciei a
aplicação dos testes.
Estabeleci contacto com os responsáveis do Centro Nacional de Treino –
Paulo Pinto, para assim retirar algumas informações iniciais sobre a minha futura
amostra.
Os questionários foram preenchidos, sob a minha presença. de forma
autónoma pelos atletas em clima relaxado e de descontracção.
Os dados foram enviados para o Serviço de Epidemiologia e transformados a
calorias, sendo depois retribuídos em formato Excel.
O tratamento dos mesmos foi realizado de acordo com o que está
mencionado nos instrumentos e medidas.
27
CAPITULO IV
28
Obeso Acima de 30
Tabela IV-2
1.2. Alimentação
A tabela IV-3 apresenta os resultados referentes aos hábitos alimentares dos
atletas.
29
1.2. Conhecimentos alimentares
A tabela IV-4 apresenta os resultados referentes à aplicação do questionário
de conhecimentos alimentares aos atletas.
Não
Verdadeiro Falso
sabe
Os farináceos (pão, arroz…) fazem engordar 64% 36% 0%
Certos óleos têm mais gordura que outros 100% 0% 0%
A margarina tem menos gordura que a manteiga 29% 50% 21%
Os produtos congelados têm menos vitaminas que os
57% 7% 36%
produtos frescos
As carnes vermelhas têm mais ferro que as carnes
7% 14% 79%
brancas
O peixe tem menos proteína que a carne 36% 50% 14%
Beber água faz emagrecer 14% 57% 29%
Os legumes secos (feijão, lentilha...) são alimentos
7% 43% 50%
pouco nutritivos
As fibras só se encontram nas frutas e nos legumes 14% 57% 29%
Os produtos lácteos são os alimentos mais ricos em
93% 7% 0%
cálcio
Para criar músculo, é preciso comer muitas proteínas 50% 0% 50%
As vitaminas fazem emagrecer 0% 57% 43%
As vitaminas aumentam a inteligência 36% 36% 29%
As vitaminas podem ser consumidas em grande
43% 36% 21%
quantidade pois não são tóxicas
A vitamina C cura a gripe 86% 0% 14%
Tabela IV-4
Legenda: As percentagens que se encontram a verde correspondem às respostas
correctas.
30
1.3. Preferências alimentares
A tabela IV-5 apresenta os resultados do inquérito aplicado aos atletas sobre
as suas preferências alimentares.
Gosto muito Gosto Não gosto Não gosto nada
Carne 79% 21% 0% 0%
Peixe 0% 79% 21% 0%
Ovos 43% 57% 0% 0%
Leite simples 50% 29% 14% 7%
Iogurtes 71% 29% 0% 0%
Queijo 21% 57% 14% 7%
Refrigerantes 57% 43% 0% 0%
Sumo de fruta 64% 36% 0% 0%
Saladas 21% 71% 0% 7%
Cenouras 29% 36% 21% 14%
Couve 0% 50% 36% 14%
Feijão 7% 71% 7% 14%
Lentilhas 0% 29% 57% 14%
Nabos 7% 14% 43% 36%
Beterraba 0% 21% 43% 36%
Maionese 29% 29% 43% 0%
Ketchup 14% 86% 0% 0%
Batata cozida 14% 64% 21% 0%
Pão 36% 64% 0% 0%
Massa 36% 50% 14% 0%
Arroz 29% 71% 0% 0%
Batata frita 71% 29% 0% 0%
Azeite 0% 71% 29% 0%
Óleo vegetal 0% 50% 50% 0%
Banana 71% 21% 7% 0%
Maçã 79% 21% 0% 0%
Laranja 64% 36% 0% 0%
Kiwi 64% 21% 14% 0%
Ananás 71% 29% 0% 0%
31
Doces 79% 21% 0% 0%
Tabela IV-5:
Legenda: As percentagens que se encontram a verde correspondem às respostas com
maior percentagem.
2. Questionário 2
Foram retirados três atletas (3, 7, 11) no tratamento dos dados referentes ao
questionário de frequência alimentar, pelo facto de os dados constatados
apresentarem indícios de um errado preenchimento do mesmo, daí que
influenciariam os restantes resultados.
Cal. Prot. HCT GT AGS AGMI AGPI Col. Fib. HCC Açu.
Atletas
(Kcal) (g) (g) (g) (g) (g) (g) (mg) (g) (g) (g)
1 3428 121 478 120 46 45 20 557 25 97 339
2 3616 117 521 127 45 52 20 534 33 135 320
4 3429 122 440 140 50 58 21 457 30 99 271
5 2493 102 331 89 32 37 13 382 19 96 182
6 4792 176 650 180 69 72 24 638 40 130 414
8 3824 207 381 169 62 71 22 930 31 122 188
9 2696 114 350 98 30 36 23 353 33 127 142
10 5179 154 752 187 68 76 28 403 48 250 276
12 5109 141 756 179 60 74 31 531 37 168 440
14 4004 206 412 174 72 65 24 806 22 102 236
Média 3857 146 507 146 53 59 23 559 32 132 281
Tabela IV-6
Legenda:
Calorias (Cal.); Proteínas (Prot.); Hidratos de Carbono Totais (HCT); Gorduras
Totais (GT); Ácidos Gordos Saturados (AGS); Ácidos Gordos Monoinsaturados
(AGMI); Ácidos Gordos Polinsaturados (AGPI); Colesterol (Col.); Fibras (Fib.);
32
Hidratos de Carbono Complexos (HCC); Açucares (Açu.); Kilocalorias (Kcal);
Gramas (g); Miligramas (mg).
33
A tabela IV-8 apresenta a conversão da quantidade dos nutrientes obtidos (g)
a valores calóricos (Kcal)
Quantidade ingeridas pelos
atletas através dos diferentes Conversão dos nutrientes a Calorias
nutrientes (Kcal)
Atleta (g)
Proteínas H.C. Lípidos
Proteínas H.C. Lípidos (1g = 4 (1g = 4 (1g = 9
Kcal) Kcal) Kcal)
1 121 478 120 483 1913 1084
2 117 521 127 467 2084 1143
4 122 440 140 487 1761 1263
5 102 331 89 408 1324 804
6 176 650 180 703 2599 1620
8 207 381 169 826 1523 1520
9 114 350 98 454 1401 882
10 154 752 187 616 3006 1679
12 141 756 179 563 3025 1608
14 206 412 174 822 1649 1567
Média 146 507 146 583 2029 1317
Tabela IV-8
34
A tabela IV-9 apresenta a quantidade calórica que deve ser consumida pelos
atletas em função das percentagens recomendadas.
Calorias que devem ser consumidas
em função das percentagens
Atleta recomendadas (Kcal)
Proteínas H.C. Lipidos
(12%) (55%) (30%)
1 411 1885 1028
2 434 1989 1085
4 411 1886 1029
5 299 1371 748
6 575 2635 1437
8 459 2103 1147
9 323 1483 809
10 622 2849 1554
12 613 2810 1533
14 480 2202 1201
Média 463 2121 1157
Tabela IV-9
Legenda: Os valores a vermelho indicam um consumo calórico insuficiente de
acordo com as percentagens recomendadas.
35
A tabela IV-10 apresenta os resultados referentes à quantidade dos nutrientes
(g), que deve ser consumida em função do peso dos atletas (Kg).
Quantidades dos nutrientes (g) que
devem ser consumidos em função do
Atleta Peso peso dos atletas (Kg)
Proteínas Proteínas H.C. H.C.
(1,2g/Kg) (2g/Kg) (5g/Kg) (7g/Kg)
1 75 90 150 375 525
2 70 84 140 350 490
4 95 114 190 475 665
5 93 112 186 465 651
6 80 96 160 400 560
8 79 95 158 395 553
9 80 96 160 400 560
10 67 80 134 335 469
12 75,3 90 151 377 527
14 85 102 170 425 595
Média 79,93 96 160 400 560
Tabela IV-10
Legenda: Os valores a vermelho indicam um consumo calórico insuficiente de
acordo com o peso dos atletas (Kg).
36
A tabela IV-11 apresenta um resumo referente aos valores médios da equipa em
relação a aportes energéticos
Aportes Aportes necessários
Aportes ingeridos necessários em em função das
Aportes energéticos
pelos atletas função do peso percentagens
(Kg) recomendadas
Hidratos de
507 (g) 2029 (Kcal) 400-560 (g) 2121 (Kcal)
Carbono
Tabela IV-11
37
2.3. Micronutrientes – Vitaminas
38
2.3.2. Vitaminas lipossoluveis (A, D, E, K), Ácido Fólico, Ácido Pantoténico e
Vitamina C
A tabela IV-13 apresenta os resultados referentes ao consumo de vitaminas
das vitaminas A, C, D, E, K, Acido Fólico e Ácido Pantoténico.
Vit. A Vit. D Vit. E Vit. K Acido Fólico Acido Pantoténico Vit. C
Atleta
(ug) (ug) (mg) (ug) (ug) (mg) (mg)
1 668 4 11 22 353 6 235
2 1613 4 13 21 544 6 185
4 1422 4 14 22 513 6 182
5 762 3 8 15 323 4 98
6 1784 8 15 36 551 9 301
8 5434 7 11 15 880 9 191
9 1192 7 14 14 563 6 267
10 1692 6 16 5 669 6 130
12 1001 6 18 11 598 7 163
14 2674 6 13 51 540 10 119
Média 1824 6 13 21 554 7 187
RDAs 900 5 15 75 400 5 75
Tabela IV-13
Legenda:
Vitaminas (Vit.); Miligramas (mg); Microgramas (ug).
Os valores a vermelho indicam um consumo vitamínico insuficiente de acordo com
as RDAs.
39
A tabela IV-14 apresenta-se como um resumo referente aos valores médios
da equipa em relação ao consumo de Vitaminas.
Quantidades ingeridas Dose diária
Vitaminas
pelos atletas Recomendada
Vitamina B1 3 1,2
Vitamina B2 4 1,3
Vitamina B3 36 16
Vitamina B6 4 1,3
Vitamina B12 18 2,4
Vitamina A 1824 900
Vitamina C 187 75
Vitamina D 6 5
Vitamina E 13 15
Vitamina K 21 75
Ácido Fólico 554 400
Ácido Pantoténico 7 5
Tabela IV-14
Legenda: Os valores a vermelho indicam um consumo insuficiente.
40
2.4. Micronutrientes - Sais Minerais
41
2.4.4. Potássio, Selénio, Sódio, Zinco, Cloretos, Iodo
A tabela IV-16 apresenta os resultados dos valores consumidos em Sais
Minerais pelos atletas (Potássio, Selénio, Sódio, Zinco, Cloretos, Iodo).
42
A tabela IV-17 apresenta-se como um resumo referente aos valores médios
da equipa em relação ao consumo de Sais Minerais.
Quantidades ingeridas Dose diária
Sais Minerais
pelos atletas Recomendada
Cálcio (mg) 1680 1300
Cobre (mg) 3 2
Ferro (mg) 26 24
Magnésio (mg) 522 400
Manganésio (mg) 6 5
Fósforo (mg) 2391 1200
Potássio (mg) 5234 2000
Selénio (ug) 131 55-70
Sódio (mg) 3831 5000
Zinco (mg) 21 15
Iodo (ug) 169 150
Tabela IV-17
Legenda: Os valores a vermelho indicam um consumo insuficiente.
43
2.5. Água
A tabela IV-18 apresenta os resultados dos valores consumidos em água
pelos atletas (nos alimentos e bebidas, excluindo o seu consumo isolado).
Água
Atleta
(ml)
1 1822
2 1796
4 1442
5 1044
6 2112
8 1623
9 1770
10 1486
12 2051
14 1784
Média 1693
RDAs >1500
Tabela IV-18
Legenda: Mililitros (ml)
Os valores a vermelho indicam um consumo insuficiente.
44
CAPITULO V
45
bom grado dos mesmos. De destacar o gosto pelas frutas, ricas em vitaminas e sais
minerais.
Os resultados alcançados permitem entrar em concordância com alguns
estudos já realizados, como por exemplo o que foi realizado por Rankinen et al.
(1995) e Southnon et al. (1992), onde se constatou à semelhança do presente estudo,
que os adolescentes atletas têm rudimentar conhecimento dos princípios gerais
nutricionais e um pobre conhecimento de conceitos desportivos nutricionais. O
aumento do conhecimento nutricional raramente se traduz em melhoras nas práticas
dietéticas. (6)
Nos estudos sobre conhecimentos e práticas nutricionais realizados por Peron
e Endres (1985), por Schmaltz (1993) e por Chapman (1997), foi concluído que os
atletas adolescentes geralmente, não estão informados sobre as correctas práticas
dietéticas a realizar, de acordo com as suas necessidades. (6)
Mesmo sabendo destas informações, os atletas não as colocam em prática,
fazendo as escolhas dietéticas completamente desadequadas. Isto leva a querer que a
maioria dos atletas é responsável pela selecção e preparação das suas refeições,
verificando-se um aumento de consumo em comidas com elevado teor de gordura e
glícidos simples, o que segundo Lloyd et al (1994) leva a um aumento no tempo de
reacção aos estímulos. (6) Este facto também é evidente neste estudo, nomeadamente
através das preferências que os atletas tomam na sua alimentação.
Os estudos referidos anteriormente, apoiam o que se constatou nos dados,
mostrando que, não existe apoio nutricional especializado nos atletas e que a grande
maioria destes, não tem conhecimentos alimentares adequados, o que se traduz em
hábitos alimentares desadequados, como se constata no baixo número de refeições
que fazem, nos alimentos que preferem e seleccionam e ainda a escolha de
suplementos/vitaminas, sem saberem muito bem o porquê de os tomarem. Tudo isto
é preocupante, tendo em conta que, na maioria das vezes, a alimentação destes atletas
é orientada pelos próprios atletas ou pelos seus treinadores.
46
consumo total de energia. Em três atletas (4,5,9) verifica-se um consumo abaixo do
adequado, o que não deixa de ser preocupante. Estes atletas podem correr o risco de
sofrer sérios danos na saúde, como perda de peso, atraso no período pubertário,
deficiência nutricional, desidratação, alteração óssea, maior incidência de lesões e
maior risco de desenvolver desordens nutricionais. (5)
47
Em relação ao consumo de hidratos de carbono verifica-se que, em termos de
doses recomendadas, que devem corresponder a valores superiores a 55% do
consumo energético total, a equipa na sua globalidade não aporta os valores médios
de 2121 Kcal que deveria consumir, ficando-se pelas 2029 Kcal. Observe-se que em
relação ao peso, se verifica o contrário, ou seja, os valores consumidos (507 g),
enquadram-se no intervalo calculado em função do consumo energético dos atletas
(400-560 g).
Outro dado importante que se pode retirar dos resultados obtidos passa pelo
consumo superior de hidratos de carbono simples em detrimento aos complexos, que
deveriam ser a maior fonte de consumo dos atletas. (8)
48
de ácidos nucleicos, a sua deficiência pode provocar anemia, diminuição dos
constituintes do sangue. (8)
No que concerne aos Minerais, verifica-se que a equipa apresenta deficit geral
significativo no consumo dos elementos sódio e iodo. Assim como se constatou para
as vitaminas, também os restantes minerais são aportados em quantidades superiores
ao que é recomendado.
O sódio é um elemento de extrema importância na manutenção do equilíbrio
acido-basico e da pressão osmótica do líquido extra celular. O suor é rico em cloreto
de sódio e assim uma sudação excessiva e repetida pode levar a deficit destes sais
minerais no organismo. (8) Este facto torna os dados constatados ainda mais
alarmantes, posto que falamos de atletas, que devido à actividade física transpiram
muito, perdendo assim muito sódio.
O iodo apresenta-se como um elemento importante na formação de hormonas
tiroideias, e no funcionamento equilibrado do organismo. (8)
Sendo que, uma boa fonte destes minerais está presente em produtos como o
sal de cozinha, produtos marinhos, vegetais proveniente de solos ricos em iodo, os
atletas poderão incutir nas suas dietas um maior consumo destes alimentos, por
forma a evitar danos no estado de saúde. (8)
Três atletas apresentam deficit de ferro, segundo Rowland, (1989) este
deficit, pode ser causado pelo suor, perdas de sangue gastrointestinais, hematuria e
hemolises intravasculares causadas pelo batimento dos pés no chão Segundo
Willows et. al (1993) e Raunikar & Sabio, (1992) estes atletas podem ver a sua
performance prejudicada, bem como o seu normal crescimento e maturação,
afectando negativamente as funções gastrointestinais, neurológicas e imunes. (6)
49
Destacam-se os atletas número assinalados com o número 1 e 5 pelo baixo
consumo vitamínico total. Ambos mencionaram tomar suplementos vitamínicos
(Magnesona). A razão para os deficientes aportes de micronutrientes pose segundo
Berning (1991), dever-se a uma inadequada ingestão de energia, o que de facto se
constata nestes atleta. Posto isto e remetendo-me ao que concluem e enunciam, tanto
o Committee on Sports Medicine and Fitness (2000) como o estudo realizado por
Thompson (1998), pode afirmar-se que estes atletas, ao manter estes valores por um
longo período, podem ver a sua saúde afectada através da, perda de peso, atraso no
período pubertário, deficiência nutricional, desidratação, alteração óssea, maior
incidência de lesões e maior risco de desenvolver desordens nutricionais. (5)
Uma das soluções, pode ser o recurso a uma dieta equilibrada, rica em
vitaminas, que segundo Massad (1995) e Jonhson (1998) deve ser favorecida em
detrimento ao uso de suplementos. No entanto a toma de suplementos vitamínicos
segundo Singh (1992) e Haymes (1991) pode melhorar um estado nutricional (6),
assim esta pode ser outra solução para o melhoramento nutricional dos atletas
referidos.
De qualquer forma, e de acordo com a bibliografia, para enfatizar os valores
destas vitaminas, estes atletas podem recorrer ao consumo de alimentos como, as
vísceras animais, cereais integrais, frutos secos, frutas e vegetais. (8)
Os restantes atletas aportam a quantidade suficiente de energia e
consequentemente de micronutrientes para suportar o treino, a velocidade de
recuperação ao esforço, prevenir lesões e manter um crescimento adequado. (5)
50
CAPITULO VI
CONCLUSÃO
51
Portugal, que permitam avaliar com total eficácia e certidão as praticas dietéticas dos
indivíduos.
52
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63
ANEXOS
64
Anexo 1
Questionário de Conhecimentos, hábitos e preferências alimentares em atletas
65
CONHECIMENTOS, HÁBITOS E PREFERÊNCIAS ALIMENTARES EM
ATLETAS
Nome:__________________________________________________________________________________
Sexo: masculino__ feminino__ Idade: ______ anos Modalidade: __________________
Horas de treino por dia: ______ Dias de treino por semana: _____ Pratica desde os ________ anos
Peso ____, __ Kg Altura ________ cm
Alimentação
Quantas refeições (incluindo pequeno-almoço, ceia…) comeu ontem: ____ refeições
Quem cuida da sua alimentação?
o próprio __ o treinador__ o dietista/nutricionista__ o médico__
outro: _____________________________________ (indica quem)
Modifica a sua alimentação durante as competições? sim__ não__
Toma vitaminas ou suplementos alimentares? sim__ não__
Se toma, indique qual ou quais:_______________________________________________________
Se toma, desde quando o faz: ____ meses ____ anos
Se toma, quantos por dia: ____
Nesta folha encontram-se várias frases. Responda escrevendo uma cruz na resposta VERDADEIRO,
FALSO ou NÃO SABE a cada uma. Não demore muito tempo entre uma resposta e a seguinte e dê
todas as respostas por ordem.
Verdadeiro Falso Não
sabe
Os farináceos (pão, arroz…) fazem engordar
Certos óleos têm mais gordura que outros
A margarina tem menos gordura que a manteiga
Os produtos congelados têm menos vitaminas que os produtos frescos
As carnes vermelhas têm mais ferro que as carnes brancas
O peixe tem menos proteína que a carne
Beber água faz emagrecer
Os legumes secos (feijão, lentilha...) são alimentos pouco nutritivos
As fibras só se encontram nas frutas e nos legumes
Os produtos lácteos são os alimentos mais ricos em cálcio
Para criar músculo, é preciso comer muitas proteínas
As vitaminas fazem emagrecer
As vitaminas aumentam a inteligência
As vitaminas podem ser consumidas em grande quantidade pois não são
tóxicas
A vitamina C cura a gripe
66
INDIQUE AS SUAS PREFERÊNCIAS ALIMENTARES
67
Anexo 2
Questionário de Frequência Alimentar (QFA)
68
Anexo 3
Recomendações dos aportes dietéticos (Recommended Diettary Allowances)
69