Hiv Sida

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1

Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância

Tema:
Resume o livro em anexo, tendo em conta os aspectos, que devem ser levados em
consideração quando faz-se um resumo.

Camadias Lourenço Huo – 708201084

Curso: Curso de Licenciatura em Ensino de


Educação Física e Desporto

Disciplina: HVSSRG-HIV-SIDA

Ano de Frequência: 2º Ano

Turma: A

Docente: Gumissai.R.Gumissai

Beira, Julho de 2021


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Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância

Tema:

Resume o livro em anexo, tendo em conta os aspectos, que devem ser levados em
consideração quando faz-se um resumo.

Camadias Lourenço Huo – 708201084

Docente: Gumissai.R.Gumissai

Beira, Julho de 2021


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Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafa, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
4

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Nota introdutória........................................................................................................................6

Objectivos..................................................................................................................................7

Metodologia...............................................................................................................................7

Método bibliográfico..................................................................................................................7

Como se transmite o VIH:..........................................................................................................8

Como NÃO se transmite o HIV:................................................................................................8

A principal forma de transmissão é através da relação sexual sem protecção...........................8

O preservativo............................................................................................................................9

Como dizer não ao sexo...........................................................................................................10

As injecções podem ser perigosas............................................................................................11

Maior vulnerabilidade da mulher ao HIV................................................................................12

Aconselhamento antes e depois do teste do HIV.....................................................................13

Fase assintomática ou com sintomas ligeiros...........................................................................14

Como apoiar uma pessoa vivendo com o HIV.........................................................................15

Comer alimentos nutritivos variados.......................................................................................15

Fazer exercício.........................................................................................................................16

Lesões na boca ou garganta......................................................................................................17

Preparação do doente...............................................................................................................18

HIV nas crianças......................................................................................................................19

Consulta da Criança em Risco.................................................................................................20

Conclusão.................................................................................................................................21

Referências bibliográficas........................................................................................................22
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Nota introdutória

Durante uma relação sexual desprotegida entre um homem e uma mulher, o


risco de apanhar o HIV é maior na mulher do que no homem porque a vagina
tem maior área susceptível do que o pénis, e é mais susceptível a lesões. O sémen
contém mais vírus do que as secreções vaginais. As raparigas mais jovens apresentam um
risco ainda maior, porque os seus órgãos genitais ainda não estão completamente
desenvolvidos e portanto o HIV tem maior facilidade de penetrar. O sexo anal é o mais
perigoso, porque o ânus é mais frágil do que a vagina e pode rasgar e sangrar facilmente.
Sexo seco” aumenta o risco de contrair a infecção pelo HIV. Muitas mulheres introduzem
panos ou substâncias dentro da vagina que a deixam seca. Um dos objectivos é de aumentar a
fricção durante o acto sexual. Estas práticas são perigosas pois causam lesões na vagina que
podem facilitar a entrada do vírus HIV e outros micróbios que causam ITS.
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Objectivos

Geral

 Ter a máxima prevenção do vírus HIV-SIDA, e seu alto perigo nos seres humanos

Específicos

 Evitar praticar relações sexuais sem protecção


 Colocar preservativos sempre que quiser fazer sexo

Capitulo II: Metodologia

Metodologia
Segundo Gil (1999) citado por Medeiros (2003:13), para a realização de uma investigação
científica deve-se levar em conta um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicas, que
permitem que os objectivos sejam alcançados. Este conjunto de procedimentos intelectuais é
chamado de métodos científicos

Método bibliográfico
Através da leitura de matérias do módulo de história para nos informarmos sobre a
globalização no seu todo. As técnicas usadas para melhor desenvolvimento do presente
trabalho foram observação e consultas bibliográficas.
8

Resume o livro em anexo, tendo em conta os aspectos, que devem ser levados em
consideração quando faz-se um resumo.

Como se transmite o VIH:

As secreções da vagina, o sémen (esperma) e o sangue das pessoas infectadas contêm o vírus
HIV. O vírus transmite-se quando estes líquidos passam de pessoa para pessoa. Significa que
HIV pode transmitir-se através de:

 Relações sexuais sem protecção


 Com uma pessoa que tem o vírus.
 Agulhas, seringas e qualquer instrumenta que corta ou perfura a pele (lâmina, bisturi,
etc.), e que não foi esterilizado.
 Uma mãe infectada com o HIV para o seu bebé, durante a gravidez, parto ou
amamentação.
 Transfusão de sangue, se o sangue não foi testado para garantir que não tem o HIV.
 Sangue duma pessoa com o HIV que entra em contacto com um corte ou uma ferida
aberta de outra pessoa
 Como NÃO se transmite o HIV:

O HIV não vive fora do corpo humano por mais do que uns minutos. Não pode viver no ar
nem na água. Não é transmitido pela saliva nem pelo suor. Isto significa que o HIV não se
transmite das seguintes maneiras:

 Tocar, abraçar, ou beijar. Comer do mesmo prato ou beber do mesmo copo.


 Dormir na mesma cama. Usar as mesmas roupas, toalhas, ou mantas.
 Usar a mesma latrina ou casa de banho.
 Cuidar de alguém com o HIV e SIDA.
 Picada de mosquito ou outros insectos.

A principal forma de transmissão é através da relação sexual sem protecção.

Durante as relações sexuais sem protecção, o HIV contido no sémen (esperma), secreções
vaginais ou sangue duma pessoa infectada, pode passar directamente para outra pessoa.
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Qualquer lesão ou ferida aumenta o risco de transmissão, porque facilita a entrada do HIV. É
pior se as lesões resultam duma violação, sexo forçado ou violento.

Uma pessoa com uma infecção de transmissão sexual (ITS) tem maior risco de apanhar o
HIV. Isto porque as ITS podem causar feridas ou inflamação nos órgãos genitais, servindo de
porta de entrada para o HIV.

O sexo anal é o mais perigoso, porque o ânus é mais frágil do que a vagina e pode rasgar e
sangrar facilmente. Sexo seco” aumenta o risco de contrair a infecção pelo HIV. Muitas
mulheres introduzem panos ou substâncias dentro da vagina que a deixam seca. Um dos
objectivos é de aumentar a fricção durante o acto sexual. Estas práticas são perigosas pois
causam lesões na vagina que podem facilitar a entrada do vírus HIV e outros micróbios que
causam ITS.

O álcool e as drogas podem fazer com que a pessoa não pense claramente e levá-la à prática
de sexo não seguro.

O sexo “seguro” inclui:

 Uso de preservativo (masculino ou feminino) durante o acto sexual.


 Escolher actividades sexuais que não permitem a entrada de líquidos no organismo,
por exemplo:
 Abraçar e beijar
 Acariciar com a boca
 Massajar
 Masturbar
 Lamber, chupar
 Esfregar o corpo contra o corpo de outra pessoa

O preservativo

Além de prevenir o HIV e SIDA, o uso de preservativos masculino e feminino protege contra
outras ITS e gravidez.

Como usar o preservativo masculino:

 Verificar a validade,
 Abrir a embalagem cuidadosamente para tirar o preservativo
10

 Ter a certeza que o preservativo está na posição certa para usar, garantindo que a argola
esteja virada para fora
 Apertar a ponta do preservativo e colocar sobre a ponta do pénis já erecto antes do
contacto sexual
 Desenrolar cuidadosamente o preservativo sobre o pénis já erecto até à base do pénis
 Após a relação sexual, retirar o pénis ainda erecto da vagina, segurando o preservativo
firmemente na sua base para que o esperma não escorra. Retirar o preservativo
segurando-o pela base
 Segurar a argola menor com o polegar e o indicador
 Para inserir o preservativo, encontrar uma posição confortável. Pode ser em pé, com um
pé em cima duma cadeira; sentada com os joelhos afastados; agachada ou deitada.
 Apertar a argola e introduzir na vagina
 Meter o dedo indicador dentro do preservativo empurrá-lo o mais adentro possível do
canal vaginal
 Garantir que a argola maior fique fora da vagina, isso aumenta a protecção
 Depois da relação, retirar o preservativo, torcendo a argola de fora para que o esperma
não escorra.
 Deitar fora no lixo. Nunca use a camisinha feminina mais de uma veza

As pessoas com ITS devem:

 Tratá-las logo que apareçam os primeiros sinais ou sintomas


 Trazer todos/os os parceiros/as sexuais para serem tratados
 Abster-se do sexo ou usar o preservativo se tiverem relações sexuais

Como dizer não ao sexo

Pode ser difícil para a pessoa dizer que não quer fazer sexo. Ela pode sentir dificuldade em
dizer que apenas quer beijar, ou que quer acariciar, sem fazer sexo.

Eis alguns exemplos de como se pode dizer não ao sexo.

Dizer não:

 Usar as palavras “Eu disse que não”.


 Usar uma voz firme.
 Manter o corpo numa posição que diz não (que não facilita).
11

 Se, mesmo assim, continuar a ser pressionada para fazer sexo:


 Dizer “não” outra vez.
 Sugerir fazer qualquer outra coisa.
 Retirar-se.

Outras maneiras de dizer não:

 Fazer humor em torno da questão.


 Dizer que precisa pensar melhor sobre o assunto.
 Perguntar a si própria: estou a ser pressionada?
 Preciso mais informação antes de tomar uma decisão.
 Haverá maneira de eu poder evitar isto no futuro?

Transmissão mãe-filho

A transmissão do VIH de uma mãe infectada para o seu bebé pode ocorrer durante a
gravidez, o parto, ou a amamentação. A maior parte dos casos ocorre durante o parto. Para
conselhos sobre como prevenir a transmissão mãe-filho.

Agulhas, seringas, lâminas transmissão: O HIV pode ser transmitido pelo uso de agulhas,
seringas e objectos perfurantes ou cortantes que não estejam esterilizados.

As injecções podem ser perigosas.

Os instrumentos utilizados para furar as orelhas, fazer tatuagens, ou circuncisão tradicional


podem transmitir o HIV. Nos ritos tradicionais, às vezes o curandeiro utiliza a mesma lâmina
para “vacinar” toda a família que está com algum mal; esta prática pode também transmitir o
HIV.

Os riscos no barbeiro e no cabeleireiro são mínimos, se os aparelhos que envolvem contacto


com o sangue forem desinfectados. Injectar drogas e usar a mesma agulha ou seringa em mais
duma pessoa também transmite o HIV.

Prevenção:

 As injecções devem ser usadas apenas quando absolutamente necessárias.


 Devem ser aplicadas apenas por pessoas treinadas.
12

 Utilizar uma seringa e agulha nova de cada vez, ou uma seringa e agulha esterilizadas.
NUNCA se deve utilizar agulhas ou seringas mais de uma vez, sem as esterilizar
previamente.
 Para instruções sobre injecções seguras e como evitar a transmissão do HIV nas
unidades sanitárias, ver capítulos 8 e 9.

Transfusões de sangue

Se uma pessoa receber sangue contaminado pelo HIV, ela se infectará. Normalmente, usam-
se transfusões de sangue para tratar anemias graves, especialmente em crianças, ou durante o
parto, ou em casos de acidente ou tratamento cirúrgico que impliquem grandes perdas de
sangue. Pode-se minimizar o risco de hemorragia pós-parto tomando as medidas descritas.

O sangue para a transfusão é habitualmente testado para o HIV. Apesar disso,


existe um pequeno risco de o dador estar no “período janela”. Este é um período
de 1-3 meses em que o teste do HIV ainda é negativo, apesar de a pessoa estar
infectada, isto é, já ter o vírus no sangue.

Maior vulnerabilidade da mulher ao HIV

Durante uma relação sexual desprotegida entre um homem e uma mulher, o


risco de apanhar o HIV é maior na mulher do que no homem porque a vagina
tem maior área susceptível do que o pénis, e é mais susceptível a lesões. O sémen
contém mais vírus do que as secreções vaginais.
As raparigas mais jovens apresentam um risco ainda maior, porque os seus
órgãos genitais ainda não estão completamente desenvolvidos e portanto o HIV
tem maior facilidade de penetrar.

Ao dar sangue, a pessoa não corre qualquer risco de infecção pelo HIV ou
outras doenças.

O teste do HIV

Para saber se uma pessoa está ou não infectada pelo HIV, é preciso fazer o teste
do HIV. Este teste detecta a presença de anticorpos contra o HIV. Anticorpos são
substâncias que o corpo produz contra agentes infecciosos.
13

O teste mais comum é o teste rápido. Basta colher uma gota de sangue. Pouco tempo depois,
obtém-se o resultado do teste.

São possíveis três resultados:

Positivo: a pessoa está infectada pelo HIV, ou seja, apresenta anticorpos anti-HIV;

Significa que essa pessoa é seropositiva para o HIV;

Negativo: ou a pessoa não está infectada pelo HIV, ou ainda não tem anticorpos contra o HIV
detectáveis, porque apanhou a infecção há pouco tempo; Indeterminado: o teste não é
positivo nem negativo.

No caso de ser negativo ou indeterminado, o teste deve ser repetido 3-4 semanas depois. Em
caso de dúvida, o teste deve ser repetido 3 meses depois da última exposição suspeita.

Por que é bom fazer o teste?

Confirmar se se está infectado ou não. No caso de ser positivo, começar a tomar medidas para
prevenir e tratar as infecções oportunistas, e receber tratamento com anti-retrovirais quando
indicado. Evitar que o parceiro fique infectado. Planificar melhor o futuro. Querer iniciar um
novo relacionamento. Decidir ter filhos ou não. Procurar o apoio moral e social necessário

Onde fazer o teste?

Procure saber onde o teste está disponível na sua comunidade, por exemplo: Unidades
sanitárias. Serviços especiais, por exemplo, param adolescentes e jovens. O teste é sempre
voluntário, isto é, ninguém pode ser obrigado a fazer o teste.

Aconselhamento antes e depois do teste do HIV

As pessoas que decidem fazer o teste do HIV recebem aconselhamento, antes


(aconselhamento pré-teste) e depois (aconselhamento pós-teste) do teste.

Fases da infecção pelo HIV Infecção primária por HIV

No início da infecção, a pessoa que se infecta com o HIV pode ter sintomas parecidos com
uma gripe. Normalmente, o doente não se sente muito mal. Pode até
não sentir nada. Os sintomas podem ser diversos e inespecíficos, como: Febre Dores de
garganta Borbulhas Gânglios linfáticos aumentados Dores nos músculos
14

Esta fase dura 1-2 semanas. Nesta fase, o teste do HIV é negativo. No entanto, a pessoa está
infectada e pode transmitir o vírus a outras pessoas. Esta é a fase em que a transmissão do
vírus é mais provável, pois o HIV está presente no sangue em grandes quantidades.

Fase assintomática ou com sintomas ligeiros

Depois, segue-se uma fase sem sintomas ou com sintomas ligeiros:


Gânglios linfáticos aumentados em diferentes partes do corpo Perda de peso Doenças da pele
(comichões e infecções da pele) Úlceras na boca Zona (herpes zoster) Infecções respiratórias
superiores repetidas

Esta fase pode durar em média, 7 a 10 anos. Fase avançada Depois, a pessoa com o HIV
começa a ficar doente, a perder peso, e pode ter infecções oportunistas.

Infecções oportunistas

são aquelas que ocorrem frequentemente, e/ou com mais gravidade, na pessoa com o HIV,
cujo sistema imunitário está deficiente. Para além das infecções oportunistas, os doentes que
têm o sistema imunitário enfraquecido podem também desenvolver tumores malignos
(cancro). Na fase final da infecção pelo HIV, à medida que a infecção vai progredindo, a
pessoa apresenta mais doenças e a perda de peso é mais acentuada.

Doenças que levam à suspeita de infecção pelo HIV

Deve-se suspeitar que um doente tem o HIV se apresenta infecções repetidas. Por
vezes, os doentes com o HIV apresentam mais duma doença ao mesmo tempo.
Sempre que aparecem pessoas portadoras das doenças e condições abaixo
mencionadas deve-se pensar sempre na possibilidade de estarem infectadas pelo
HIV:
Tuberculose

Infecções do tracto respiratório superior, repetitivas Diarreia persistente de mais de um mês


de duração Candidíase vaginal que não responde ao tratamento correcto em duas consultas
consecutivas Pneumonia grave Úlceras na boca com mais de um mês de duração O sarcoma
de Kaposi e a candidíase esofágica são doenças que apontam definitivamente para o
diagnóstico de SIDA. Os doentes com estas manifestações devem fazer o teste do HIV e ser
avaliados pelo clínico.
15

Os doentes graves devem ser transferidos com urgência para uma unidade sanitária com mais
recursos. Os sinais de perigo num doente com SIDA, indicativos da necessidade de
transferência, são os mesmos que para as outras doenças. Para uma descrição dos sinais de
perigo no adulto e na criança,

Como apoiar uma pessoa vivendo com o HIV

Dar apoio moral, psicológico e social Não rejeitar ou isolar Considerar a pessoa com o HIV
como uma pessoa normal Encorajá-la a usar os serviços de saúde Promover um ambiente
acolhedor no local de trabalho e no seio da família.

Envolvimento em actividades comunitárias

As pessoas com o HIV podem ajudar outras pessoas infectadas, principalmente


dando apoio na gestão do stress e prestando apoio moral e emocional. Podem
conduzir actividades de educação e aconselhamento sobre o HIV e SIDA na comunidade, na
família ou para indivíduos. Existem muitas organizações de pessoas com o HIV que podem
ajudar outras pessoas nas mesmas condições.

Comer alimentos nutritivos variados.

É necessário comer diariamente uma combinação de alimentos diversificados. O


capítulo 10 aconselha sobre o que se deve comer para se obter uma dieta saudável e
equilibrada. É especialmente importante comer muitas frutas e vegetais. As frutas e os
vegetais fornecem vitaminas e minerais que protegem o organismo contra as infecções
oportunistas, garantindo a manutenção da saúde da pele, dos pulmões e intestinos e o
funcionamento do sistema imunitário. Encontra os alimentos que contêm vitaminas e
minerais

Beber muita água e outros líquidos

A diarreia e os vómitos causam perda de líquidos. A transpiração também causa perda de


grandes quantidades de água. Esta água perdida deve ser substituída e por isso,
recomendam-se 8 copos de líquidos por dia, no adulto. A quantidade deve ser maior quando a
pessoa tem diarreia ou vómitos. É aconselhável, sempre que possível, ferver a água.
16

Fazer exercício

O exercício melhora o apetite, desenvolve os músculos, reduz o stress (ansiedade), aumenta a


energia e ajuda a manter a saúde física e emocional. Actividades diárias, como caminhar,
trabalhar na machamba, apanhar lenha ou carregar água, representam exercício. Se o trabalho
duma pessoa não envolve muito exercí- cio, pode arranjar-se um exercício, que não seja
cansativo, por exemplo, andar 2 quilómetros por dia. A pessoa com o HIV deve ser
encorajada a fazer exercício e a manter-se activa e continuar com as suas actividades diárias,
desde que se sinta capaz de as fazer.

Evitar bebidas alcoólicas

A pessoa com o HIV deve evitar as bebidas alcoólicas. Os doentes em tratamento


anti-retroviral (TARV) não devem consumir bebidas alcoólicas porque o álcool
pode agravar os efeitos adversos dos medicamentos. Além disso, sob a influência
do álcool, há mais tendência para praticar sexo sem protecção.
Deixar de fumar O tabaco prejudica a saúde. Por isso, uma pessoa com o HIV que deixa de
fumar, vai viver mais tempo, e com melhor qualidade de vida.

Repousar convenientemente

O corpo precisa de descanso extra: dormir 8 horas por noite; descansar sempre que se sentir
cansado

Tosse ou respiração difícil

A tosse é um sintoma frequente nas pessoas com o HIV.Pode ser devida a uma simples
constipação ou bronquite. Também pode ser um sintoma de doença grave como tuberculose
ou pneumonia. Perguntar a todos os doentes com o HIV se têm
tosse ou dificuldade respiratória. Caso sim, perguntar sobre a duração da tosse e
as suas características, e a presença de dor torácica. Se estiver com tosse há mais de 2
semanas, suspeitar de tuberculose pulmonar. O doente precisa de despiste da tuberculose.
O tratamento depende dos resultados da baciloscopia.

Lesões da pele

Muitas pessoas com infecção pelo HIV desenvolvem lesões da pele. À medida
que a infecção pelo HIV progride, maior é a probabilidade de aparecerem estas
17

lesões. Podem ser de origem infecciosa (do próprio HIV ou infecções oportunistas) e
tumoral (principalmente sarcoma de Kaposi), ou ser devidas a reacções cutâneas
aos medicamentos. As lesões da pele variam: pápulas, pústulas, celulites, abcessos,
ulcerações, eczema, etc. Zona (ver pág. 519) é uma lesão da pele causada pelo vírus Herpes
zoster que é mais frequente e grave nas pessoas infectadas pelo HIV.
O sarcoma de Kaposi é um tipo de cancro que aparece frequentemente na pessoa com o HIV.
Em geral, aparecem manchas ou nódulos escuros na pele ou na boca.

A doença pode disseminar-se para outros órgãos, incluindo os pulmões.


É frequente que as lesões da pele se infectem, especialmente quando se prolongam por muito
tempo. Deve-se procurar sinais de infecção, ou seja, se a lesão é dolorosa, está
quente, inchada, a pele fica mais escura, com pus ou crostas.

Lesões na boca ou garganta

Quase todas as pessoas com o HIV têm pelo menos alguma lesão na boca durante a doença.
Os problemas na boca mais frequentes são a candidíase orofaríngea, aftas,
doença periodontal (gengivite) e sarcoma de Kaposi. A candidíase (sapinhos) é provocada
por fungos. As lesões têm o aspecto duma placa branca colada à
língua, boca ou garganta. Normalmente, quando se limpam estas placas brancas, há
hemorragia (sangramento). Numa fase mais avançada, há dor ou dificuldade em engolir
porque o fungo se espalhou para o esófago.

Aftas são pequenos pontos brancos dolorosos que aparecem na parte interior dos lábios e
boca. Numa pessoa com o HIV, as aftas podem ser maiores, mais dolorosas e espalhar-se
para a garganta. A cura é mais difícil e prolongada. As aftas também podem ser devidas aos
medicamentos, especialmente se o doente tiver comichão.

Inflamação da gengiva (gengivite, doença periodontal): a doença pode variar desde uma
leve vermelhidão das gengivas à volta dos dentes, até ulceração grave e destruição do tecido
da gengiva.

Tratamento com anti-retrovirais (TARV) Existem actualmente medicamentos capazes de


controlar a infecção pelo HIV e permitir uma vida mais longa. Esses medicamentos são
chamados anti-retrovirais (ARV), uma vez que os vírus que causam o SIDA pertencem à
família de um tipo de vírus chamados retrovírus. Os anti-retrovirais diminuem a quantidade
do vírus no corpo, mas não o eliminam por completo. Em geral, os doentes que recebem
18

tratamento com ARV conseguem ter um sistema imunitário que funciona bem e, por isso,
correm um menor risco de apanhar infecções oportunistas. A saúde melhora e a vida fica
muito prolongada.

Preparação do doente

A pessoa deve ser preparada para tomar os medicamentos ARV de acordo com o que foi
receitado. Isto é, a pessoa tem que estar perfeitamente consciente da necessidade do
seguir rigorosamente o tratamento. Chama-se a isto aderência do doente ao tratamento.
Uma vez iniciado, o TARV tem que ser feito por toda a vida.
Isto significa tomar os comprimidos todos os dias à mesma hora.
O acompanhamento do doente em TARV envolve a procura de complicações
da infecção ou dos medicamentos, uma avaliação da situação psicológica e a
aderência ao tratamento. O sucesso do TARV pode ser constatado clinicamente, através do
aumento de peso do doente e do seu estado geral e de bem-estar. A contagem de células
CD4 complementa este acompanhamento da resposta ao tratamento.
Outros exames laboratoriais devem ser feitos com regularidade para detectar
efeitos adversos dos medicamentos e complicações da própria doença. A periodicidade destes
depende dos medicamentos usados, mas deve ser mais apertada,
Nos primeiros 6 meses. Factores que influenciam a aderência
DO DOENTE: Há muitos factores do doente que podem criar
obstáculos à boa aderência:

Os doentes podem não compreender bem o esquema de tratamento, como tomar os


medicamentos, ou a longa duração do TARV. Quando a pessoa começa a sentir-se melhor,
vai sentir menos necessidade de tomar os comprimidos. É difícil lembrar de tomar os
medicamentos regularmente. A ansiedade, a depressão e a falta de apoio social, e a confusão
mental devida ao HIV influenciam negativamente a toma dos medicamentos.

A depressão elimina a motivação em muitas pessoas, fazendo-as perder a


esperança e a vontade de viver. As crenças sobre o SIDA e as dúvidas sobre o tratamento.
Estigma e discriminação: o doente receia tomar os medicamentos à frente
de outras pessoas. Falta de comida, Uso de drogas e de álcool.
O horário de trabalho, deslocações, falta de apoio para tomar conta das
crianças. Não ter lugar seguro para guardar os medicamentos.
DA MEDICAÇÃO: Alguns doentes têm dificuldade para engolir os medicamentos.
19

Frequentemente, é necessário explicar e demonstrar como tomar os


medicamentos.
Efeitos adversos: se a pessoa não sabe reconhecer nem como actuar perante
os efeitos adversos, pode perder a motivação para continuar a tomar os ARV.
A presença de outras infecções que requerem a tomada de outros
medicamentos pode confundir os doentes.

HIV nas crianças

A progressão da infecção pelo HIV nas crianças é muito mais acelerada que nos
adultos. O período sem sintomas vai geralmente até aos 2 anos, mas alguns recém-nascidos
começam logo a adoecer nas primeiras semanas de vida.

Em média, após o terceiro ano de vida, a criança tem sintomas, vindo a morrer num período
de um ano. Noventa por cento das crianças infectadas morrem antes dos 5 anos de idade se
não receberem TARV. As intervenções de prevenção da transmissão vertical (PTV) reduzem,
mas não eliminam o risco da transmissão vertical. O seguimento das crianças de mães
com o HIV é crucial, uma vez que a exposição ao HIV coloca estas crianças sob o
risco de doença.

Teste da criança exposta ao HIV

A mãe HIV-positiva está ansiosa por saber se transmitiu ou não o HIV ao seu
bebé. Infelizmente, os testes disponíveis nos países em desenvolvimento só permitem tirar
esta conclusão com segurança depois dos 18 meses de idade. Embora existam testes mais
sofisticados que permitem detectar a infecção mais cedo, eles não estão habitualmente
disponíveis por serem muito caros.

O teste habitual de HIV não detecta o próprio vírus, mas sim os anticorpos
contra o HIV presentes no sangue. Mesmo que a criança não tenha o HIV, ela
pode ter os anticorpos que recebeu da mãe durante a gravidez ou aleitamento,
e ter o teste positivo. Os anticorpos da mãe permanecem no corpo da criança,
mas vão desaparecendo gradualmente até aos 18 meses.
20

Consulta da Criança em Risco

Todas as crianças nascidas de mães seropositivas devem ser seguidas na Consulta


da Criança em Risco (ver pág. 289). A criança exposta ao HIV deve ser levada
mensalmente à consulta até aos 18 meses de idade.

TARV na criança

Os medicamentos ARV também existem em forma de suspensões ou xaropes


para crianças, que podem ser administrados quando disponíveis nas unidades
sanitárias.

Aderência nas crianças

A aderência nas crianças requer o compromisso do adulto responsável pela


criança e o envolvimento da criança.

As estratégias para a aderência ao TARV nas crianças incluem:

 Educação: Ensinar todos os que cuidam da criança; Ensinar também a criança sobre a
doença; É um processo contínuo e cada família terá necessidades e perguntas a fazer.
 Apoio contínuo: Apoio psicossocial à aderência; Explorar as questões de revelação
da doença; Participar nos grupos de pessoas em circunstâncias idênticas.
 Preparação diária das doses: Comprimidos: colocar as quantidades de comprimidos
diárias dentro duma caixa; Líquidos: usar as medidas que acompanham os frascos na
hora de administrá-los; Guardar os medicamentos em local fresco e seco.
 Administração das doses: Os sabores dos medicamentos líquidos podem ser
disfarçados com sumos ou leite em pequena quantidade; Os comprimidos podem ser
esmagados até ficarem em pó fino e as cápsulas podem ser abertas; e misturados com
banana ou outra fruta esmagada.
21

Conclusão

Chegado ao fim de resumo, quando uma pessoa receber sangue contaminado pelo HIV, ela se
infectará. Normalmente, usam-se transfusões de sangue para tratar anemias graves,
especialmente em crianças, ou durante o parto, ou em casos de acidente ou tratamento
cirúrgico que impliquem grandes perdas de sangue. Pode-se minimizar o risco de hemorragia
pós-parto tomando as medidas descritas. O sangue para a transfusão é habitualmente testado
para o HIV. Apesar disso, Existe um pequeno risco de o dador estar no “período janela”. Este
é um período de 1-3 meses em que o teste do HIV ainda é negativo, apesar de a pessoa estar
infectada, isto é, já ter o vírus no sangue. Durante uma relação sexual desprotegida entre um
homem e uma mulher, o risco de apanhar o HIV é maior na mulher do que no homem porque
a vagina tem maior área susceptível do que o pénis, e é mais susceptível a lesões. O sémen
contém mais vírus do que as secreções vaginais. As raparigas mais jovens apresentam um
risco ainda maior, porque os seus órgãos genitais ainda não estão completamente
desenvolvidos e portanto o HIV tem maior facilidade de penetrar.
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Referências bibliográficas

Resumo de anexo

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