Trabalho de Campo Da Disciplina de História Das Sociedades I
Trabalho de Campo Da Disciplina de História Das Sociedades I
Trabalho de Campo Da Disciplina de História Das Sociedades I
Curso: Licenciatura em
Administração Pública,
Disciplina: História das Sociedades I
Ano de frequência: 1o Ano
Docente: Luís Taiado Vasco Jone
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de Recomendação para a Melhoria do Trabalho
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Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 5
2.3. Importância que a religião tem tido no contexto das comunidades em Moçambique. ........... 13
3. Conclusão .................................................................................................................................. 16
O presente trabalho da cadeira de História das Sociedades I, tem em vista descrever aspectos
relacionados com as Função Sociocultural da Religião em Moçambique , onde numa primeira
fase serão apresentados diversos conceitos e numa segunda fase serão apresentadas as principais
crenças e práticas religiosas em diferentes culturas em Moçambique, os rituais de cada uma das
religiões na sociedade moçambicana e a importância que a religião tem tido no contexto das
comunidades em Moçambique.
A religião e a religiosidade fazem parte da História do ser humano, existindo na essência humana
desde as mais recuadas idades pré-históricas e nos mais diversos lugares da Terra. O homem
sente a atracção pelo divino como uma forma de completude, de busca de explicações para as
coisas que lhe acontecem no dia-a-dia e também para as grandes comoções da vida.
As religiões propõem um código de normas éticas que deve modelar o comportamento de seus
praticantes, fazendo com que a convivência em sociedade se torne mais harmoniosa,
independente das situações sociais e económicas de cada membro da comunidade. Por isso,
postulam “a favor da paz, do amor e da justiça, mas tem que traduzir esses conceitos em situações
concretas de cada sociedade
Para tal quanto a organização do trabalho podemos dizer que o trabalho encontra-se dividido em
três partes nomeadamente: a introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
A introdução constituíra a parte inicial do trabalho onde serão apresentadas as notas inicias ao
que tange ao tema, aos objectivos do trabalho e a metodologia a ser empregue para o alcance dos
tais objectivos. No desenvolvimento serão apresentados as discussões em torno do tema em
estudo e as abordagens de diferentes autores em torno do tema e sua ênfase, finalmente na
conclusão será dada aquilo que é o fecho do trabalho apresentado as conclusões e os
conhecimentos tidos depois de elaborado o trabalho.
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1.1. Objectivos
1.1.1 Geral
1.1.2 Específicos
1.2. Metodologia
Segundo Lakatos - Marconi (2003, p.83), diz que, " método é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar os objectivos".
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2. A Função Sociocultural da Religião em Moçambique
Nesse sentido, as religiões pregam as melhores atitudes a serem tomadas pelos seus fiéis,
assim como os aconselham e apoiam diante das dificuldades que encontram, estimulando a
sensação de pertencimento do indivíduo a uma comunidade onde é aceito, aprovado e fortalecido.
Considerando esses fatos, falaremos aqui primeiro sobre a função social da religião e como ela
atua no desenvolvimento de um sentido de identidade e pertencimento comunitário para o
indivíduo.
A autora Monte (2009, p.252) cita a definição de religião do filósofo Durkheim como um
conjunto sistemático de crenças e práticas que formam uma mesma comunidade moral entre
todos os seus adeptos. Para ela: A religião tem, assim, a função de agregar os indivíduos à
sociedade, servindo enquanto um instrumento de controle social, de manutenção da ordem,
funcionando como um código moral, um modelo a ser seguido por seus adeptos, dado ênfase,
enquanto valor agregado, à regularidade para a sociedade, possibilitando uma reflexão do homem
para além de si mesmo.
Assim, o homem forma comunidades nas quais existe socialmente, nas quais participa de
uma transcendência que é também colectiva, pois ele observa o contacto com realidades maiores,
um contacto que não acontece apenas com ele, mas também com seus irmãos de crença. Essa
irmandade na crença fortalece também o sentido de moralidade, pois viver em grupo precisa de
uma normatização de comportamentos, e a religião fornece regras de comportamento e
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convivência para que as pessoas estejam mais próximas da transcendência esperada. Todas as
religiões expressam a sua visão de mundo através de símbolos, elas compreendem valores que
dão forma, significado e direcção à realidade (BOURDIEU, 1998).
Mas é sempre importante analisar o contexto em que as religiões atuam, nunca olhar para
elas de modo isolado, pois as religiões são instituições sociais, são definidas pelo seu contexto
tanto quanto ajudam a definilo.
É importante porém perceber que a religião não atua apenas como elemento agregador
dentro de uma comunidade, ela pode também funcionar como factor de distinção, de
diferenciação.
Segundo como diz Setton (2008, p.18), para quem: A religião e suas estratégias de
convencimento, sociabilidade e controle seriam práticas e ou estratégias pelas quais os indivíduos
e os grupos se mantêm coesos ou se dissociam a partir da comunhão ou da diferenciação de
sentidos.
Como comenta Prandi (2008, p.158): A cultura global é marcada por diferenças de
religião. Antes, a diferença religiosa era entre nações, agora é entre indivíduos. E o que define a
cultura global é a pressuposição da existência de relações sociais entre indivíduos de diferentes
nações, países, regiões do mundo, rompendo com o isolamento das culturas locais. A religião,
nesses termos, limita, restringe, particulariza. É por isso que homens em diversas partes do
mundo se sentem irmanados, identificados enquanto pertencentes a uma mesma fé. Assim, a
religião também expande a sua função social, para além dos limites de uma comunidade de
próximos, mas também agregando aqueles que estão distantes, mas que compartilham da mesma
crença.
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As religiões se colocam como elementos culturais, elas são uma cultura e também se
posicionam, às vezes, contra ou a favor de uma cultura pré-existente, dando um norte aos seus
fiéis sobre o que aceitar, esperar ou tentar mudar nessa cultura.
Para Prandi (2008, p.170): A cultura muda. A religião muda. No mundo contemporâneo,
em seu lado ocidental, se a religião não acompanha a cultura, fica para trás. Ainda tem fôlego
para interferir na cultura e na sociedade, sobretudo na normatização de aspectos da intimidade do
indivíduo – especialmente pelo fato de ser religião –, mas seu sucesso depende de sua capacidade
de mostrar ao fiel potencial o que ela pode fazer por ele.
Dotando-o, sobretudo, dos meios simbólicos para que a vida possa fazer algum sentido e
se tornar, subjectivou objectivamente, mais fácil de ser vivida, sem que se tenha de abandonar o
que de bom este mundo oferece. Assim, o homem procura na religião o suporte não apenas para
viver uma vida regrada, mas também para alcançar sucesso nessa vida, para ter seus
empreendimentos abençoados e seus desejos de progresso legitimados. Igualmente, diante dos
problemas que aparecem no caminho, ele procura a religião para apoio e solução dos mesmos,
podendo-se dizer que essa é uma parte da função social da religião.
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As diferentes comunidades religiosas estão distribuídas por todo o país. As província do
norte são predominantemente muçulmanas, mas algumas áreas do interior do norte têm uma forte
concentração de comunidades católicas e protestantes. Protestantes e católicos são geralmente
mais numerosos no Sul e nas regiões centrais, mas a minoria muçulmana também está presente
nessas regiões.
O governo informa que nenhum subgrupo islâmico está registrado; no entanto, a grande
maioria dos muçulmanos é sunita, com a pequena minoria xiita principalmente originária da Ásia
Meridional.
Estão também registrados grupos de judeus, hindus e bahá'í, mas estes e constituem uma
porcentagem muito pequena.
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As principais mesquitas do país e a Igreja Católica tentam eliminar práticas tradicionais
indígenas nos locais de culto, instituindo práticas que reflectem uma interpretação mais estrita
dos textos sagrados; no entanto, alguns adeptos cristãos e muçulmanos continuam a incorporar
práticas e rituais tradicionais, e as autoridades religiosas geralmente são permissivas.
No sentido figurado ritual é uma rotina, aquilo que habitualmente se pratica, é uma
etiqueta, uma regra, um estilo usado no trato entre as pessoas.
Para a Igreja Cristã dois rituais, ou sacramentos, foram instituídos pelo próprio Jesus: o
baptismo e a eucaristia. O baptismo consiste em borrifar com água benta a cabeça da pessoa que
será iniciada na religião. Esse sacramento lembra o baptismo de Jesus por João Batista. Em outras
tradições, o ritual do baptismo é feito por imersão total.
A eucaristia (ou Sagrada Comunhão) é um dos principais ritos de devoção, na qual o pão
e o vinho são consagrados e oferecidos aos fiéis, representando o gesto de Jesus na Última Ceia.
Outros rituais, celebrados em períodos de graça ou bênção, incluem a crisma, o casamento, a
ordenação para o sacerdócio, a confissão e a extrema unção.
"O islamismo, como muitas religiões, possui diferentes vertentes, as quais interpretam os
textos sagrados e os preceitos da religião de formas diferentes. Entre os diferentes grupos, os
mais conhecidos são os sunitas e os xiitas, que correspondem quase à totalidade dos muçulmanos
atualmente. A origem desses grupos remonta ao período de surgimento do islamismo, o século
VII.
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"O islamismo é uma religião que possui cinco pilares que todo muçulmano deve seguir no
exercício de sua fé. Estes são os pilares:
Recitar o credo “não existe nenhum deus além de Allah, e Muhammad é seu profeta”.
Orar cinco vezes ao dia na direcção de Meca.
Observar o jejum durante o mês sagrado chamado Ramadã.
Realizar o zakat, a doação de 2,5% de seus lucros para os mais pobres.
Visitar Meca uma vez na vida, desde que se tenha condições para isso."
Prática religiosa do islamismo: leitura das escrituras e oração
Ritos rituais e a pratica expressão a relação dos fies e como segredo são considerados
manifestações religiosas. Muitas vezes, rito e ritual são usados como sinônimos. Mas podemos
pensar da seguinte maneira: o ritual é uma cerimónia especial (como a missa ou o culto) formada
por um conjunto de ritos, gestos e palavras próprios de cada religião.
Normalmente, as mulheres mantêm seus trajes tradicionais. Nas áreas rurais, elas usam
longas tiras de tecido enroladas no corpo, debaixo dos braços e sobre um ombro, com um lenço
de cabeça tradicional. E os homens do norte usam mantos brancos e cobertas, indicando que são
muçulmanos.
2.3. Importância que a religião tem tido no contexto das comunidades em Moçambique.
Segundo SETTON, M.G. (2008). A religião permite conhecer o local onde as pessoas
vivem seus valores em uma cultura. Ela é influenciada pela cultura, mas ela também influencia a
cultura daqueles que vivem em seu entorno. A religião permite um conhecimento maior dos
valores que envolvem uma dada sociedade, principalmente seus valores ético.
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A sua importância está mais baseada em nossa essência como seres humanos, que, por
natureza, somos seres relacionais e precisamos de interacções sociais tanto em nossa vida pessoal
como na profissional, e nos beneficiamos muito da troca com outras pessoas.
O islamismo é uma religião surgida na Península Arábica, no começo do século VII, por
meio de Muhammad (conhecido em português como Maomé). Essa crença religiosa atualmente é
a segunda maior do mundo, possuindo cerca de 1,8 bilhão de fiéis, a maioria deles localizada no
continente asiático e africano."
De acordo com esses líderes, isso ocorre porque uma parcela significativa da população
adere a crenças religiosas indígenas sincréticas, caracterizadas por uma combinação de práticas
tradicionais africanas e aspectos do islamismo – uma categoria não incluída nas estimativas do
governo. Para os líderes muçulmanos, então, a comunidade islâmica é responsável por 25% a
30% da população total de Moçambique. Esta é uma estatística relatada frequentemente na
imprensa.
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Juntas, as religiões cristãs são dominantes na população (católicos, 27%, cristãos
sionistas, 16%, e evangélicos, 15%). O islamismo é praticado por 19% dos habitante
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3. Conclusão
Contudo, feito o trabalho, concluiu-se que as religiões pregam as melhores atitudes a serem
tomadas pelos seus fiéis, assim como os aconselham e apoiam diante das dificuldades que
encontram, estimulando a sensação de pertencimento do indivíduo a uma comunidade onde é
aceito, aprovado e fortalecido. Considerando esses fatos, falaremos aqui primeiro sobre a função
social da religião e como ela atua no desenvolvimento de um sentido de identidade e
pertencimento comunitário para o indivíduo. A situação actual da religião em Moçambique está
mal documentada. O censo de 2007 revelou que os cristãos formam 56,1% da população,
os muçulmanos compunham 17,9% da população de Moçambique, enquanto 7,3% das pessoas
afirmaram praticar outras crenças, principalmente o animismo, e 18,7% não tinham crenças
religiosas. Ritual é o conjunto de práticas consagradas por tradições, costumes ou normas, que
devem ser observadas de forma invariável em determinadas cerimónias. Ritual é uma cerimônia
através da qual se atribuem virtudes ou poderes inerentes à maneira de agir, aos gestos, às
fórmulas e aos símbolos usados, susceptíveis de produzirem determinados efeitos ou resultados.
A religião permite conhecer o local onde as pessoas vivem seus valores em uma cultura. Ela é
influenciada pela cultura, mas ela também influencia a cultura daqueles que vivem em seu
entorno. A religião permite um conhecimento maior dos valores que envolvem uma dada
sociedade, principalmente seus valores ético.
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4. Referências bibliográficas
GIL, A. Como elaborar projectos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2017 LIBERAL, M.M. Religião,
identidade e sentido de pertencimento.VIII Congresso Luso-Brasileiro de Ciências Sociais.
Coimbra.2004.
MONTE, T.M. 2020. A religiosidade e sua função social. Revista Inter-Legere. n.05 PRANDI, R.
Converter indivíduos, mudar culturas. Tempo Social – revista de sociologia da USP. 2008.
Disponível em: , Acesso em: 07.dez.
RANGEL, M.P.; CASTELLA, J.S. 2020. Redes sociais na investigação psicossocial. Revista
Aletheia. n.21. jan/jun.2005. ULBRA. Disponível em: , Acesso em: 07.dez.
SETTON, M.G. 2008.As religiões como agentes de socialização. CADERNOS CERU, série 2,
v. 19, n. 2, dezembro de
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