1 Staphylococos
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1 Staphylococos
Cultura
Staphylococcus aureus
- Aureus mais virulenta que a S. epidermidis. Diferença entre as duas: S. aureus fermenta manitol
e hemolisa glóbulos vermelhos.
- Normalmente, infecções pele.
- É encontrada nas narinas e trato respiratório superior em 60% da população;
- Segundo maior causa de infecção em seres humanos e animais;
- Principais causas de morbidade e mortalidade em todo mundo.
- Disposta em cacho de uvas.
- Aureus ➝ dourado na cultura. Causado pelo pigmento carotenóide(staphyloxanthin). Esse
pigmento aumenta a patogenicidade do organismo inativando o efeito microbicida de
superóxidos e outras espécies reativas de oxigênio dentro do neutrófilos.
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- Não flagelados, não produzem esporos, crescem bem em ágar-sangue, imóveis, aeróbios e
anaeróbio facultativo.
- Catalase é um fator importante para a virulência.
- Ferro ➝ hemólise das hemácias (hemolisina); Ferro é usado pelas bactérias por meio das
enzimas do citocromo para produzir energia;
- Produz 5 toxinas citolíticas ➝ Toxina Alfa, Toxina Beta, Toxina Delta, Toxina Gama e
Leucocidina Panton-Valentine)
- Superantígenos ➝ Toxina esfoliativa, enterotoxinas e TSST-1
Componentes importantes
- S. aureus pode colonizar as células da mucosa nasal, pele, glândulas mamárias, TGI, trato
urinário, respiratório, aderir à pele lesada e a corpos estranhos.
- Contato direto ou a própria pessoa (ao ter um corte).
- O estafilococo acumula-se rapidamente na roupa de cama, no mobiliário e nos equipamentos
ao redor
- Encontrado no solo, água, derivados de animaids.
- Temperatura ótima ➝ 30-37 ˚C
- Sensíveis a clorexidina, fenóis sintéticos e calor 60 ˚C (30 min).
Resistente a meticilina (MRSA) ou resistente à nafcilina (NRSA)
Teste da coagulase
S. epidermidis
- Patogênica oportunistas
- Produz enterotoxina C ou TSS-1 (toxina do choque tóxico) ➝ mulheres jovens que usam
tampão;
- Produz metaloprotease com atividade de elastase, que degrada IgA, IgM, albumina,
fibrinogênio e fibronectina;
- Produz antibiótico (bacteriocina) contra bactérias gram +, o que aumenta sua colonização;
Epidemiologia
Fatores de risco
• Foliculite ➝ Infecção simples dos folículos pilosos. Pápulas eritematosas ao redor do pelo.
Tratamento: antissépticos locais.
• Hidradenite supurativa ➝ glândulas sudoríparas apócrinas, localizadas nas axilas, nos genitais,
no períneo.
Tratamento
O tratamento dessas patologias cutâneas baseia-se em terapias não
medicamentosas e em antibioticoterapia a qual possui esquemas empíricos e
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• Septicemia: a maioria dos casos, a bactéria atinge a corrente sanguínea por meio de uma lesão.
O exame físico pode demonstrar petéquias nas extremidades, taquicardia e ritmo de galope.
• Sepse Estafilocócica
- Um dos mais frequentes;
- Bacteremia com foco primário e infecções metastáticas;
- Sepse comunitária ➝ maior em crianças e adolescentes com foco primário em lesões na pele;
- Sepse via venosa ➝ predomina em infecção cateter, feridas cirúrgicas, drenos, escaras,
sondas e usuários de drogas
- Início ➝ súbito, febre elevada, calafrios, taquicardia, taquipneia, pode evoluir para choque
séptico, leucograma com leucocitose ou leucopenia;
- Pode causar: IRA, SARA, choque e coagulação intravascular disseminada (CID).
subcutâneos dolorosos, usualmente nas pontas dos dedos); lesões de Janeway (máculas
não dolorosas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés); hemorragias retinianas
(manchas de Roth); hemorragia subconjuntival.
- A presença de bactérias e anticorpos levam a formação de complexos imunes causando
artrite, glomerulonefrite ou vasculite cutânea;
Diagnóstico de EI
- 2 critérios maiores
ou 1 critério maior
e 3 menores ou 5
critérios menores;
- Hemocultura
persistente: duas
hemoculturas
positivas;
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Achados
• Meningite
• Abscesso cerebral
• Infecção do trato urinário rabsorvente. Com a retirada do mercado desse tipo de
tampão, observou-se redução importante da incidência da com
síndrome. É rara em mulheres fora do período menstrual. cien
Nos anos subsequentes, foram observados casos em crianças rio,
* Bacteremia (bactérias viáveis no sangue) x Septicemia (quando a bacteremia
e homens, ligados comprovada)
a infecções estafilocócicas de feridas cirúr- ses
gicas e traumáticas, abscessos, osteomielites, pneumonias,
entre outras. cien
Doenças toxigênicas: não dependem da bacteremia ou invasão A doença tecidual direta.
é de instalação aguda, com febre, vômitos, dor talid
abdominal, diarreia e mialgias difusas. Surge exantema es- cia a
1) Toxi-infecção alimentar por enterotoxinas. carlatiniforme em 2 a 3 dias. Há enantema das mucosas da
faringe, congestão conjuntival e língua em framboesa; os pa-
DO
cientes podem estar toxemiados, confusos ou apáticos. Hipo-
- Tem origem, principalmente nos alimentos com altos teores de carboidratos,adocicados.
tensão arterial ou choque hipovolêmico ocorre rapidamente.
CO
- Cozimento, ácido estomocal e enzimas não mata. Após 1 a 2 semanas, há descamação lamelar da pele, em espe-
- Ocorre em 1-2 horas após a ingesta. cial da região palmoplantar. Há comprometimento da função a es
- Vômitos proeminentes [ causada por citrinas que atuamrenal,
no caracterizado
sistema nervoso entérico
pela elevação que
da ureia ativa
e da creatinina; iden
o centro do vômito no cérebro] e diarréia aquosa e não-sanguinolenta;
lesão hepatocelular, com elevação das enzimas hepáticas AST ças
- Atua como superantígeno no TGI por liberar grandes quantidade de IL-1
e ALT; diminuição IL-2;
de cálcio e fósforo; anormalidades hema- con
tológicas, com destaque para trombocitopenia e linfocitope- sob
nia. As hemoculturas, via de regra, são negativas. Admite-se sido
que o choque e as múltiplas disfunções orgânicas sejam me- cror
2) Síndrome da pele escaldada: toxina espoliativa ou epidermolisina. de p
diados por toxinas disseminadas hematogenicamente. A in-
intr
fecção focal mais comum
- Ocorre de maneira abrupta, com febre e eritema, com característica é a colonizaçãoque
escarlatiniforme, sepor S. au-
vaginal
cas,
reus em mulheres durante o período menstrual e em uso de
espalha rapidamente. São
tampões vaginais.
- Epidermolisina atua como protease que cliva desmogleina em desossamos levando a
Os estafilococos isolados em pacientes com a síndrome
rúrg
separação da epiderme na camada de células granulares;do choque tóxico são resistentes à penicilina, e a maioria per-
mia
men
tence ao fago grupo I produtores de enterotoxina F, a respon-
rela
sável pela patogenia da síndrome.
3) Síndrome do choque tóxico: enterotoxina de b
Os critérios para o diagnóstico adotados pelo CDC são bac
estafilocócica F. TSST-1 (Superantígeno) os que seguem: co c
■ Temperatura maior que 38,9°C.
• Necessário que tenha 3 ou mais critérios maiores na ■ Pressão arterial sistólica menor que 90 mm/Hg. tere
presença de descamação e mais de cinco na sua esta
■ Exantema com descamação subsequente e descama-
ausência; ção palmoplantar. O fa
• Mulheres jovens que usam tampão por muito ■ Comprometimento de, pelo menos, três dos seguin- esse
tempo; tes sistemas orgânicos: cula
• Febre alta, hipotensão, exantema eritematoso difuso ■ gastrointestinal (vômitos e diarreia);
rant
e envolvimento de vários órgãos; vés
■ muscular (mialgia grave ou elevação de creatino-
fosfoquinase de cinco vezes);
blem
■ membranas mucosas (vagina, conjuntiva e farin- esta
ge) com enantema; ou c
■ insuficiência renal (ureia e creatinina, no mínimo, agen
duas vezes acima do normal); sign
■ sangue (trombocitopenia – menos que 100.000 lado
plaquetas/mm3); este
■ SNC (desorientação, sem sinais neurológicos nifi
focais); loco
■ resultados negativos dos testes sorológicos para oco
febre maculosa, leptospirose e sarampo. pred
O diagnóstico da síndrome do choque tóxico é provável
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Diagnóstico
- Principalmente, clínico.
- Radiografia: úteis para suspeita de abscessos e osteomielite.
- Etiológico: só a partir de culturas.
- Hemocultura, aspirado e biópsia são úteis em casos leves e em pacientes com comorbidades,
esplenectomia, história de celulite.
Tratamento
Hospitalização
Quadro severo de erisipela e celulite, comorbidades importantes ou
limitações para um adequado manejo ambulatorial.