Malan - Notas Prova Econômica
Malan - Notas Prova Econômica
Malan - Notas Prova Econômica
econômico-financeira organizada1
Diogo Malan
Professor Adjunto de Processo Penal da FND/UFRJ.
Doutor em Processo Penal pela USP. Advogado.
[email protected]
Abstract: This study aims to analyze some aspects of the preliminary inves-
tigation and the trial in the field of organized economic and financial crime,
especially in light of the Law 12.850/13. Thus, it will explore the existence of
peculiarities of criminal procedure applied to organized economic and finan-
cial crime, not only in dogmatic, legislative and regulatory scopes, as well as
in the dynamics of the practices and persecutory procedures adopted by the
criminal justice administration system.
Keywords: Criminal procedure; investigation; proof; White-collar crime.
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O autor gostaria de agradecer de público ao Professor Nereu Giacomolli pelo
privilégio da oportunidade de integrar o grupo de pesquisas Processo penal contem-
porâneo: Fundamentos, perspectivas e problemas atuais da PUC-RS, cujos instigantes
debates serviram de inspiração para o presente artigo. Também agradeço ao amigo
Renato Vieira pela gentileza da leitura de versão anterior do presente artigo.
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1. Introdução
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FIGUEIREDO DIAS, Jorge de. O novo código de processo penal, In:
Separata do Boletim do Ministério da Justiça, Lisboa, n. 369, pp. 05-23, 1987.
3
Para uma perspectiva crítica dessa corrente político-criminal, ver: BECK,
Francis Rafael. Perspectivas de controle ao crime organizado e crítica à fle-
xibilização de garantias. São Paulo: IBCCRIM, 2004; GIACOMOLLI,
Nereu José. A garantia do devido processo legal e a criminalidade or-
ganizada, In: Revista de Estudos Criminais, Porto Alegre, n. 14, pp. 113-
121, 2004; GOMES FILHO, Antonio Magalhães. O crime organizado
e as garantias processuais, In: Boletim do Instituto Brasileiro de Ciências
Criminais, São Paulo, n. 21, p. 08, set. 1994; GOMES FILHO, Antonio
Magalhães. Também em matéria processual provoca inquietação a Lei
Anti-Crime Organizado, In: Boletim do Instituto Brasileiro de Ciências
Criminais, São Paulo, n. 13, p. 01, fev. 1994; MALAN, Diogo. Processo
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PASTOR, Daniel. ¿Es conveniente la aplicación del proceso penal “conven-
cional” a los delitos “no convencionales”? In: MAIER, Julio (Org.). Delitos
no convencionales, pp. 269-301. Buenos Aires: Del Puerto, 1994.
7
AROCENA, Gustavo, BALCARCE, Fabián. Derecho penal económico pro-
cesal: Lineamientos para la construcción de una teoría general. Buenos Aires:
Ediar, 2009.
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AROCENA, Gustavo, BALCARCE. Op. cit., pp. 19 e ss.
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AROCENA, Gustavo, BALCARCE. Op. cit., pp. 111 e ss.
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GOMES FILHO, Antonio Magalhães. Notas sobre a terminologia da pro-
va (reflexos sobre o processo penal brasileiro), In: YARSHELL, Flávio Luiz,
MORAES, Maurício Zanoide (Orgs.). Estudos em homenagem à professora
Ada Pellegrini Grinover, pp. 303-318. São Paulo: DPJ Editora, 2005. Sobre
tais medidas, ver: CENTRO DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS. Medidas
de combate à criminalidade organizada e económico-financeira. Coimbra:
Coimbra Editora, 2004; FONSECA-HERRERO, Marta Gómez de
Liaño. Criminalidad organizada y medios extraordinarios de investigación.
Madrid: Colex, 2004.
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ANDRADE, Manuel da Costa. Métodos ocultos de investigação (Plädoyer
para uma teoria geral), In: MONTE, Mário Ferreira e outros (Coords.).
Que futuro para o direito processual penal? Simpósio em homenagem a Jorge de
Figueiredo Dias, por ocasião dos 20 anos do Código de Processo Penal português,
pp. 525-551. Coimbra: Coimbra Editora, 2009.
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Para tanto, basta atentar para o procedimento técnico-operacional de
interceptação de comunicações telefônicas via o sistema informatizado
Guardião, o qual é protagonizado por pelo menos duas empresas priva-
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DENCKER, Friedrich. Op. cit., pp. 486-490. Em sentido semelhan-
te: HASSEMER, Winfried. Processo penal e direitos fundamentais, In:
PALMA, Maria Fernanda (Coord.). Jornadas de direito processual penal
e direitos fundamentais, pp. 15-25. Coimbra: Almedina, 2004; PRADO,
Geraldo. Da lei de controle do crime organizado: Crítica às técnicas de infil-
tração e escuta ambiental, In: WUNDERLICH, Alexandre (Org.). Escritos
de direito e processo penal em homenagem ao professor Paulo Cláudio Tovo, pp.
125-137. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
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PRADO, Geraldo. Prova penal e sistema de controles epistêmicos: A que-
bra da cadeia de custódia das provas obtidas por métodos ocultos. São Paulo:
Marcial Pons, 2014.
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suale, In: Rivista Italiana di Diritto e Procedura Penale, Milano, v. 51, pp.
1.496-1.506, ott./dic. 2008.
20
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processuale, In: MOCCIA, Sergio (Org.). Criminalità organizzata e risposte
ordinamentali, pp. 223-241. Napoli: Edizioni Scientifiche Italiane, 1999.
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Os acordos de delação premiada violam os princípios constitucionais da
legalidade e moralidade da Administração Pública, além do conteúdo éti-
co mínimo do Estado, pois este cai em contradição normativa e compro-
mete a legitimidade ético-jurídica do poder punitivo caso, a pretexto de
aplicar este último, assegure a imunidade penal de criminosos confessos,
em troca de informações (COUTINHO, Jacinto Nelson de Coutinho,
CARVALHO, Edward Rocha de. Acordos de delação premiada e con-
teúdo ético mínimo do Estado, In: Revista de Estudos Criminais, Porto
Alegre, n. 22, pp. 75-84, abr./jun. 2006).
22
MALAN, Diogo. Prisão temporária, In: MALAN, Diogo, MIRZA, Flávio
(Coords.). Setenta anos do Código de Processo Penal brasileiro: Balanço e pers-
pectivas de reforma, pp. 73-109. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
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23
AMODIO, Ennio. Op. cit., p. 1.500.
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AMODIO, Ennio. Op. cit., pp. 1.499-1.501.
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SILVA SÁNCHEZ, Jesús-María. La expansión del Derecho penal: Aspectos
de la política criminal en las sociedades postindustriales, pp. 131 e ss. 2. ed.
Montevideo: Editorial B de f, 2008.
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MALAN, Diogo. Bem jurídico tutelado pela Lei 7.492/86, In: Revista
Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, n. 91, p. 367-391, jul./ago. 2011.
27
Nesse sentido: VOLK, Klaus, Criminalità economica: Problemi criminolo-
gici, politico-criminali e dommatici, In: Sistema penale e criminalità econo-
mica: I rapporti tra dommatica, politica criminale e processo, pp. 29-59. Napoli:
Edizione Scientifiche Italiane, 1998.
28
D’ASCOLA, Vincenzo Nico. Impoverimento della fattispecie e responsabilità
penale “senza prova”: Strutture in transformazione del diritto e del processo pe-
nale, passim. Reggio Calabria, Iiriti Editore, 2008.
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UBERTIS, Giulio. Principi di procedura penale europea: Le regole del giusto
processo, p. 57. Milano: Raffaello Cortina Editore, 2000.
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AMODIO, Ennio. Op. cit., pp. 1.501-1.503.
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Nesse sentido: AROCENA, Gustavo, BALCARCE. Op. cit., p. 83.
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TARUFFO, Michele. Considerazioni sulle massime d’esperienza, In:
Rivista Trimestrale di Diritto e Procedura Civile, Milano, n. 02, pp. 551-569,
giu. 2009.
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33
Nesse sentido: AROCENA, Gustavo, BALCARCE. Op. cit., pp. 29 e ss.
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FESTINGER, Leon. A theory of cognitive dissonance. Stanford: Stanford
University Press, 1957.
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4. Conclusão
35
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cesso penal? In: Estudos de direito penal, direito processual penal e filosofia do
direito, pp. 205-221. São Paulo: Marcial Pons, 2013.
36
TARUFFO, Michele. Op. cit., pp. 557 e ss.
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5. Bibliografia
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Ciências Criminais, São Paulo, n. 91, p. 367-391, jul./ago. 2011.
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en la razón. Valencia: Tirant Lo Blanch: 1997.
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