Projeto Juhhrjgfs New (1) Tu RJ HR R
Projeto Juhhrjgfs New (1) Tu RJ HR R
Projeto Juhhrjgfs New (1) Tu RJ HR R
VIGÊNCIA: 2023/2024
1. Capa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2023
2. Identificação
2.1. Título: "JUS NEWS: AS NOVIDADES JURÍDICAS SOBRE DIREITO DA
INFÂNCIA E DE FAMÍLIA"
2.2. Área Temática:
Comunicação.
2.2.1. Linha de Extensão: Direitos Individuais e Coletivos.
2.2.2. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: ODS - 4
2.3. Caracterização da Ação de Extensão:
(X) Projeto
2.4. Data de Início: Abril/2023
2.5 Data de Término: Abril/2024
2.6. Coordenador:
Bernardo Ferreira Damião
de Araújo
2.6.1 Departamento do
docente-coordenador:
Núcleo de Prática Jurídica
Titulação: Especialista Matrícula: 101796-9 CPF: 071.706.604-58
Telefone: (83) 98822- E-mail: [email protected]
7819
Endereço: Rua Cel. Salvino de Figueiredo, 172, Centro, Campina Grande/PB
CEP: 58400-253
2.7. Instituições/Unidades Acadêmicas envolvidas:
● Universidade Estadual da Paraíba.
● Faculdade de Direito.
2.8. Projeto: (X) Novo () Renovação
2.9. Local das Atividades: Escolas de Campina Grande e o Instagram.
3. Resumo
4. Justificativa e Relevância
4.1. Justificativa
A priori, justiça e informação são direitos fundamentais previstos no art. 5° da
Constituição Federal Brasileira, desse modo é necessário que a população os conheça
para que saiba se estão sendo dignamente cumpridos ou não. Como exposto
anteriormente, a fragilidade educacional no tocante aos direitos expostos no
ordenamento jurídico brasileiro é responsável pelo desconhecimento e desinformação
social acerca dos direitos que são dirigidos à sociedade, concorrendo para a grande
problemática que cerca o Brasil. Baseado nessa pauta relevante e contemporânea, o
projeto proposto visa disseminar a informação de conteúdo jurídico a todos, tendo
como público-alvo os jovens e adultos.
Além dessa importante missão, o trabalho beneficiará de forma significativa a
comunidade acadêmica, por fazê-la aprofundar-se nos conhecimentos sobre as Ciências
Jurídicas e na prática da extensão-, cujo objetivo é manter articuladas a sociedade e a
Universidade, por meio de variadas formas e ações- , assim como trará conhecimentos
dirigidos à comunidade exterior que é justamente a parcela populacional mais
destituída deles. Pela mesma perspectiva, o acesso ao conhecimento permitirá que o
público-alvo esteja cada vez mais atento para a observação e cobrança dos direitos que
lhes são destinados.
Nos dias atuais do século XXI, a globalização transforma o mundo dia após dia
e une a todos através de uma cadeia global, uma “rede social”, o que traz prós e contras
para toda a sociedade, entre os contras está a desinformação, a falta de acesso à
documentos ou referenciais verdadeiramente relevantes ou coesos que tratem sobre o
Direito. É por essa perspectiva que, na tentativa de reverter esse problema, a
importância do projeto encontra-se, por primeira parte, no uso de uma rede social tão
popular e muito usada pelo público-alvo (jovens e adultos): o Instagram. É relevante e
eficaz o uso da internet, dado que este é um recurso dinâmico para a propagação de
conhecimentos jurídicos seguros.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Opinion Box - uma empresa que tem
como objetivo avaliar comportamentos e vontades dos consumidores através de
tecnologias inovadoras -, o Brasil é o segundo país com mais usuários do mundo,
contando com cerca de 2 bilhões deles e que, dos jovens com idades entre 16 e 29, o
uso diário ultrapassa 80%. Com isso, revela-se mais uma vez que o Instagram tem
grande percentual de acesso e uso todos os dias e que, da mesma forma que pode ser
usado para a propagação de notícias falsas, pode ser destinado ao estudo jurídico e
propagação do Direito, além de ajudar os acadêmicos a estarem em contato constante
com as normas, ajudando-os na aplicação delas.
Com relação a outra parte de atuação, a Universidade Estadual da Paraíba, cujo
campus I encontra-se localizado na cidade de Campina Grande - PB, possui o Centro
de Ciências Jurídica (CCJ), que valoriza de forma considerável os três aspectos que
compõem a instituição, que são o ensino, a pesquisa e a extensão. A comunidade que
cerca a UEPB e o CCJ - UEPB, por terem um polo acadêmico tão próximo a si, tem a
oportunidade de entrar em contato direto com as atividades propostas para o
entrelaçamento inexorável entre a Universidade e si. Portanto, visto que o público-alvo
estende-se por jovens e adultos, além do Instagram, serão propostas atividades de
contato direto com escolas da comunidade, as quais deverão ser visitadas pelo grupo de
estudantes e pelo servidor responsável pelo projeto, no intuito de apresentar ações com
pautas de direitos importantes, principalmente referindo-se a direitos da infância e da
família. Essas ações de contato direto com os jovens são necessárias pela inexistência
na Base Nacional Comum Curricular do Brasil de alguma disciplina que se refira
especificamente aos Direitos Fundamentais, coletivos e difusos e do próprio aparato
legal abordado pelo Estatuto da Criança e do adolescente.
Com isso, ao longo de todas as ações que cercam o projeto, a democracia será
beneficiada, visto que o conhecimento jurídico forma uma mentalidade voltada para a
realidade, por parte da população, pois a educação constitui a cidadania.
5. Objetivos e Metas
5.1. Objetivo Geral
Transmitir notícias de casos jurídicos infantis e familiares com comentários
jurídicos através de uma linguagem simples, para que os leitores possam usufruir de
uma fonte segura.
6. Público-alvo
● Jovens e adultos interessados em obter notícias com comentários jurídicos sobre
casos infantis e familiares, além de estudantes de Direito em prol de estimular a
comunicação acessível à comunidade.
8. Fundamentação Teórica
É sabido que o homem é um ser social, desde seus primeiros passos, tendo no
seio familiar as primeiras impressões da organização social com as quais deverá
conviver cotidianamente, numa relação de reciprocidade, com direitos e deveres que
devem ser assegurados para se estabelecer um convívio harmônico entre a sociedade.
Diante disso, a relação entre o saber e o Direito é indissociável, haja vista que à
medida que as relações interpessoais se tornam complexas, o entendimento social de
quais regras devem ser atendidas para se alcançar um desenvolvimento social salutar
deve ser disseminado para toda a comunidade.
No entanto, embora seja pontuado, no art.6º da Carta Magna, o
comprometimento do Estado brasileiro em ofertar um sistema educacional voltado para
o desenvolvimento científico e cidadão do indivíduo, é observado que há a persistência
da desinformação e, até mesmo, o cerceamento de direitos fundamentais em razão do
pouco conhecimento de parte da sociedade quanto a suas garantias constitucionais.
Esse cenário é explicado pela conjuntura histórica do país, uma vez que é visível a
exclusão das camadas populares de processos políticos marcantes, a exemplo da
Proclamação da Independência, em 1822, que fora orquestrada pela elite econômica e
política, excluindo o grupo popular desprivilegiado. Assim, como ressalta o historiador
Victor Leonardi, professor aposentado da UnB e autor do livro Os Historiadores e os
Rios — natureza e ruína na Amazônia brasileira (Editora UnB),: “A história é contada
através da lente da elite brasileira e exclui os grupos populares, embora tenham estado
presentes o tempo todo. A elite aceita esses grupos no máximo como mão de obra,
nunca como agentes do seu próprio destino”.
Em decorrência disso, a desigualdade social ilustrada na oferta desarmônica das
garantias previstas na Lei Maior, como saúde, educação, saneamento básico, entre
outras, possui como uma de suas origens a ausência da formação da perspectiva de
cidadania para toda a população. Dessa forma, embora o homem seja um animal
político, a noção cidadã se encontra debilitada, de modo que ele não exerce
devidamente o pleito pelos seus direitos civis e, infelizmente, é vítima dessas
assimetrias.
Sob esse viés, tal realidade é perceptível em dados da agência Amazônia Real e
a Ponte Jornalismo que expõem, por exemplo, a sonegação de direitos imprescindíveis,
sendo eles: saneamento básico, com 37,6% excluídos dele, seguido da educação
(28,2%), comunicação (25,2%), proteção social (15%) e moradia adequada (13%).
Conforme explica a psicóloga e doutora em educação pela USP, Maria da Glória
Calado: “A falta de acesso à educação conduz à reprodução de um ciclo de
desigualdade social. As pessoas que mais precisam são as que estão mais abandonadas
à própria sorte”.
Partindo dessa perspectiva, é inegável que o conhecimento acerca de noções do
Direito Civil deve ser, assim como as demais matérias que compõem a Base Nacional
Curricular (BNCC), prioridade para o progresso democrático. Logo, tais informações
jurídicas devem ser oferecidas tanto pela forma tradicional, a partir de eventos
educacionais em escolas públicas e particulares, quanto pelo modelo tecnológico que
permeia a hodiernidade, por intermédio dos veículos de comunicação.
Assim, a proposição do Jus News, enquanto projeto de pesquisa vinculado à
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), consiste na oferta democrática e gratuita do
discernimento acerca do Direito Civil entre a comunidade acadêmica e jovem que cursa
o Ensino Médio. Nesse prisma, a metodologia utilizada consistirá na divulgação de
fatos jurídicos ao público, mediante postagens no Instagram do próprio projeto, além
do alcance do público escolar através de palestras que integrem os alunos ao universo
do Direito.
Destarte, a difusão de direitos e garantias enunciadas pelo Código Civil
possibilitará a formação do raciocínio jurídico que é de suma importância para o
exercício pleno da cidadania, além de garantir a justiça. visto a importância da
democracia, e diminuir a desigualdade social por meio do maior acesso ao
conhecimento a todas as classes sociais.
9. Metodologia
O projeto Jus News será realizado semanalmente na rede social Instagram através
da produção de conteúdo jurídico. A princípio, os extensionistas devem buscar casos
recentes de repercussão nacional sobre o tema da família, após a pesquisa de casos
jurídicos com problemáticas presentes no dia a dia dos brasileiros, será escolhido o
caso para discussão naquela semana.
Em sequência, com o auxílio do coordenador do projeto deve ser elaborado o
comentário jurídico sobre aquele caso, vale destacar que os comentários devem utilizar
uma linguagem simples para facilitar a compreensão dos jovens e adultos. Através
desse conteúdo compartilhado na rede social, será possível alcançar o público
interessado em obter informações sobre os direitos da família. Tal produção será
proveitosa para toda a comunidade visto que todos possuem relações familiares, logo,
saber sobre quais são os regime de bens e como estes funcionam; quais são os direitos
dos ex-cônjuges no divórcio; dentre outros temas abrangidos pelo Direito de Família
são essenciais para a preservação da dignidade da pessoa humana.
Para mais, semestralmente devem ser realizadas palestras nas escolas com
estudantes do ensino médio para conscientizá-los de seus direitos e deveres para com as
suas famílias.
Transmissão de
notícias com
comentários
jurídicos através
de postagens no
Instagram do
projeto.
Produção e
distribuição de
cartilhas sobre os
direitos de
família mais
reivindicados
pela comunidade.
Planejamento das
atividades
mensais e
semanais.
Visita a escolas
da cidade de
Campina Grande,
para apresentar
aos jovens do
último ano do
Ensino Médio
temas como:
Conheça os seus
direitos durante a
união estável,
casamento e
regime de bens:
do
relacionamento à
dissolução.
Preparação de
palestras.
Mesa redonda
para
compartilhar os
resultados
obtidos e
fomentar a
discussão sobre o
acesso ao direito
através de uma
linguagem
simples.
Realização de
aulas/palestras.
Elaboração do
Relatório Final.
em ambientes além da faculdade, visto que o projeto irá engajar tanto a sociedade
acadêmica quanto a civil a possuir discernimento acerca de suas prerrogativas
ensino jurídico para além da faculdade, visto que, além de engajar tanto a sociedade
parte, por fim, vale ressaltar a contribuição do projeto para com a consolidação da
15. Referências
AZEVEDO, Claudia Regina de; FISBERG, Yuri. O direito ao conhecimento dos
direitos: promoção da cidadania e aumento da qualidade da democracia. Revista
jurídica da Escola Superior do Ministério Público de São Paulo, v. 18, 2020: 90-
106. Disponível
em:<https://es.mpsp.mp.br/revista_esmp/index.php/RJESMPSP/article/view/
422/340340452>.Acesso em: 17 de fev. de 2023.
BARSOTI, Adriana; MOURA, Carolina. Sem direitos: 65% dos brasileiros não têm ao
menos um garantido. Amazônia Real. 25, mar. 2019. Disponível em:
<https://amazoniareal.com.br/os-brasileiros-sem-direitos/#:~:text=Entre%20os
%20cinco%20direitos%20que,e%20moradia%20adequada%20(13%25)>. Acesso em:
19 de fev. de 2023.