Divisao de Israel
Divisao de Israel
Divisao de Israel
Introdução
A divisão dos reinos de Israel e Judá ocorreu após a morte do rei Salomão,
que havia governado todo o território de Israel unificado. Salomão deixou um
legado controverso, com muitas construções grandiosas e projetos
ambiciosos, mas também com altos impostos e trabalho forçado que
descontentaram as tribos do norte, que se sentiam marginalizadas em
relação à Jerusalém, a capital e centro religioso do reino.
Essa resposta levou à rebelião das dez tribos do norte, que proclamaram
Jeroboão como seu rei e fundaram o Reino de Israel, com Samaria como sua
capital (1 Reis 12:16-20). O Reino de Israel incluía as tribos de Efraim,
Manassés, Issacar, Zebulom, Dã, Naftali, Aser, Gade e Simeão.
Por sua vez, a tribo de Judá, que havia apoiado Roboão, permaneceu leal ao
rei e formou o Reino de Judá, com Jerusalém como sua capital (1 Reis 12:21-
24). O Reino de Judá incluía as tribos de Judá e Benjamim.
A divisão dos reinos de Israel e Judá criou uma divisão política e religiosa
duradoura entre as tribos do norte e do sul. Os reis de Israel e Judá se
revezaram em guerras e alianças, e ambos os reinos tiveram períodos de
prosperidade e de declínio.
A divisão dos reinos de Israel e Judá foi resultado de uma série de fatores
políticos, econômicos e religiosos. Como mencionado anteriormente, as
tribos do norte se sentiam marginalizadas em relação a Jerusalém, a capital e
centro religioso do reino, e estavam insatisfeitas com a política centralizadora
e os projetos grandiosos de Salomão, que incluíam a construção do Templo
em Jerusalém.
Além disso, a divisão foi agravada pela falta de liderança efetiva após a morte
de Salomão. Seu filho Roboão mostrou-se um governante incapaz de
conciliar as diferenças entre as tribos, e sua resposta arrogante às demandas
das tribos do norte levou à rebelião e à fundação do Reino de Israel sob
Jeroboão.
Após a divisão dos reinos, o Reino do Norte, também conhecido como Israel,
foi governado por uma série de reis, alguns bons e outros maus, que
enfrentaram desafios internos e externos. O primeiro rei de Israel foi
Jeroboão, que governou por 22 anos (1 Reis 12:20). Ele estabeleceu a
capital em Siquém e construiu um santuário em Betel, com bezerros de ouro
como símbolos de adoração.
Uma exceção notável foi o rei Jeroboão II, que governou por 41 anos e trouxe
um período de prosperidade para Israel (2 Reis 14:23-29). Durante seu
reinado, Israel recuperou grande parte de seu território perdido para a Síria e
se tornou uma potência.
Um dos primeiros reis do Reino do Norte foi Jeroboão, que liderou a revolta
contra Roboão, filho de Salomão, e foi proclamado rei por dez das doze tribos
de Israel. No entanto, ele temeu que o povo viajasse para Jerusalém, no
Reino do Sul, para adorar a Deus no templo, o que poderia levar à sua
própria queda do poder. Por isso, como vimos antes, ele construiu bezerros
de ouro em Betel e em Dã e disse ao povo que eles deveriam adorar ali em
vez de ir a Jerusalém. Esse ato de idolatria se tornou um problema
persistente no Reino do Norte, passando de geração em geração.
Outro rei notório do Reino do Norte foi Acabe, que se casou com Jezabel,
uma princesa fenícia, e introduziu a adoração ao deus Baal em Israel. Acabe
e Jezabel perseguiam os profetas de Deus e promoviam a adoração a Baal.
Mais tarde, Elias, um dos profetas de Deus, confrontou Acabe e os profetas
de Baal em um desafio para determinar qual Deus era o verdadeiro. Deus
mostrou seu poder e se revelou a Elias em um fogo que consumiu o sacrifício
no altar construído pelo profeta. Isso resultou na morte dos profetas de Baal e
na restauração da adoração a Deus em Israel.
O último rei do Reino do Norte foi Oséias, que foi capturado pelo rei assírio
Salmaneser V e levado em cativeiro juntamente com o povo de Israel. Isso
aconteceu em 722 a.C. e marcou o fim do Reino do Norte. A queda do Reino
do Norte foi o resultado de anos de desobediência e rebelião contra Deus,
culminando na perda da proteção divina e na invasão estrangeira.
Esse pecado se espalhou por todo o reino, e nenhum dos reis subsequentes
foi capaz de eliminar completamente a idolatria. Em vez disso, muitos deles
promoveram a adoração a ídolos e se envolveram em práticas imorais, que
eram comuns entre as nações vizinhas. Por exemplo, Acabe, que reinou por
22 anos, casou-se com Jezabel, uma princesa fenícia, e permitiu que ela
trouxesse a adoração de Baal e Aserá para Israel (1 Reis 16:31-33).
Essa apostasia levou à rejeição de Deus e à sua ira. Deus enviou profetas
para advertir o povo e chamá-los ao arrependimento, mas a maioria não
ouviu e continuou em seu caminho de pecado. Como consequência, Deus
permitiu que Israel fosse conquistado pelo Império Assírio em 722 a.C. e
levado em cativeiro para terras distantes.
Outro profeta importante foi Eliseu, que sucedeu Elias após sua ascensão ao
céu. Eliseu realizou muitos milagres, incluindo a multiplicação de pães e a
cura de Naamã, o comandante sírio leproso (2 Reis 4-5).
Além desses dois profetas notáveis, Deus também enviou muitos outros
profetas ao Reino do Norte, incluindo Amós, Oséias, Jonas e Miquéias, para
alertar sobre a necessidade de arrependimento e a iminência do julgamento
divino.
Referências bíblicas:
O Reino do Sul, também conhecido como Judá, teve sua origem a partir da
divisão do Reino Unido de Israel após a morte do Rei Salomão. A tribo de
Judá, liderada por Roboão, filho de Salomão, manteve a soberania sobre a
cidade de Jerusalém e as tribos de Benjamim e Judá, enquanto as demais
tribos formaram o Reino do Norte, liderado por Jeroboão, como já
mencionado anteriormente (1 Reis 12).
Alguns dos reis mais conhecidos do Reino do Sul foram Asa, Josafá,
Ezequias e Josias. Eles são lembrados por suas reformas religiosas e
esforços para restaurar o culto a Yahweh e a justiça social em Judá (2
Crônicas 14-16; 17-20; 29-32; 34-35). No entanto, outros reis, como
Manassés, foram acusados de promover a adoração de ídolos e de praticar a
injustiça (2 Reis 21).
Após a queda do Reino do Norte, Judá tornou-se um vassalo da Assíria. Os
reis de Judá pagavam tributo à Assíria em troca de proteção, mas muitas
vezes isso significava que eles tinham que seguir as políticas e práticas
religiosas da Assíria. Isso levou a conflitos internos e à opressão dos pobres,
que se sentiam abandonados por seus líderes.
O Reino do Sul (Judá) teve uma história mais duradoura do que o Reino do
Norte (Israel), durando cerca de 350 anos. Ao contrário do Reino do Norte,
Judá manteve uma sucessão dinástica relativamente estável, com algumas
exceções.
Entre os reis mais notáveis de Judá estão Asa, que “fez o que era reto aos
olhos do Senhor“, removeu os ídolos e renovou o altar do Senhor (2 Crônicas
14-15). Josafá, filho de Asa, também governou bem e procurou a Deus (2
Crônicas 17-20). Ezequias, que removeu as imagens de ídolos e renovou a
adoração a Deus, e procurou a ajuda do profeta Isaías durante a invasão
assíria (2 Reis 18-19). Josias, que liderou uma reforma religiosa e encontrou
o livro da lei no templo (2 Reis 22-23).
Assim como no Reino do Norte, o Reino do Sul também teve seus profetas
que falaram em nome de Deus para advertir o povo sobre a necessidade de
se arrepender e se voltar para o Senhor.
Ezequiel, um sacerdote que foi levado para o exílio na Babilônia junto com
outros judeus, também profetizou sobre o julgamento que viria sobre Judá e
Jerusalém, mas também falou sobre a restauração do templo e do povo de
Deus (Ezequiel 37:1-14). Por fim, o profeta Malaquias exortou o povo a se
arrepender de sua falta de fidelidade a Deus e a esperar pela vinda do
Messias, que purificaria o povo e restauraria a adoração verdadeira a Deus
(Malaquias 3:1-4).
O Reino do Norte (Israel) caiu em 722 a.C. quando foi conquistado pelos
assírios liderados pelo rei Tiglate-Pileser III. A queda de Israel foi um evento
trágico, resultado da desobediência do povo em relação a Deus e do
afastamento de seus líderes dos ensinamentos bíblicos.
Em 722 a.C., a capital do Reino do Norte, Samaria, foi cercada pelos assírios
e, após um longo cerco, foi conquistada e o reino foi destruído. Isso foi visto
como uma punição de Deus pela infidelidade de Israel e a sua confiança em
outras nações e deuses.
A queda de Israel serviu como um aviso para o Reino do Sul, Judá, que ainda
permanecia. Por isso, como vimos, muitos profetas, como Isaías e Jeremias,
advertiram Judá sobre a sua desobediência e infidelidade, lembrando-os do
que havia acontecido com o Reino do Norte. Infelizmente, Judá também
acabou caindo em desobediência e foi conquistada pelos babilônios em 586
a.C.
Referências bíblicas:
2 Reis 17:7-23 – descreve a infidelidade de Israel e suas
consequências
2 Reis 15-17 – descreve os reis de Israel e suas ações
Oséias 4:1-3 – repreensão do profeta Oséias pela infidelidade de
Israel
Isaías 1:1-20 – profecia de Isaías sobre a infidelidade de Judá e suas
consequências
A queda de Israel culminou com o exílio do povo israelita para a Assíria. O rei
assírio Salmaneser V cercou Samaria por três anos, até que a cidade
finalmente caiu em 722 a.C. (2 Reis 17:5-6). A população foi então deportada
para outras partes do império assírio (2 Reis 17:6).
“Porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os tinha
tirado da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; porque
adoraram outros deuses, e andaram nos costumes dos povos que o Senhor
tinha expulsado de diante deles, e nos costumes que introduziram os reis de
Israel. E os filhos de Israel fizeram secretamente coisas que não eram
direitas, contra o Senhor, seu Deus; e edificaram lugares altos em todas as
suas cidades, desde a torre dos atalaias até às cidades fortes. E levantaram
estátuas e imagens do bosque em todos os altos outeiros e debaixo de todas
as árvores frondosas. E queimaram incenso em todos os altos, como os
pagãos que o Senhor tinha expulsado de diante deles; e fizeram coisas más,
provocando à ira o Senhor.” (2 Reis 17:7-11)
O exílio dos israelitas para a Assíria foi um evento trágico e doloroso para o
povo de Deus. No entanto, a Bíblia também registra a promessa de Deus de
restaurar o seu povo e trazer um remanescente de volta para a terra
prometida. Essa promessa foi cumprida quando Ciro, rei da Pérsia, permitiu
que os judeus voltassem do exílio babilônico e reconstruíssem o templo em
Jerusalém (Esdras 1:1-4).
V. O destino de Judá
O REINADO DE EZEQUIAS E JOSIAS
Vimos acima que Ezequias, filho de Acaz, foi um dos reis mais fiéis a Deus
em Judá. Ele iniciou seu reinado removendo os altares de ídolos que seu pai
havia colocado em Judá e restaurando o templo do Senhor em Jerusalém (2
Reis 18:4). Ele também reconstruiu a muralha de Jerusalém, fortalecendo a
cidade contra inimigos (2 Crônicas 32:5).
Josias, outro rei justo de Judá, subiu ao trono quando tinha apenas 8 anos de
idade. Durante seu reinado, ele ordenou a restauração do templo e a
remoção dos altares de ídolos que haviam sido erguidos em Judá. Ele
também ordenou a leitura da Lei do Senhor para o povo, que levou a uma
grande reforma religiosa em Judá (2 Reis 22-23).
Como vimos também, apesar dos esforços de alguns reis piedosos, o Reino
do Sul de Judá não conseguiu evitar o mesmo destino que o Reino do Norte
de Israel. Em 586 a.C., Jerusalém foi cercada e conquistada pelos babilônios
liderados por Nabucodonosor II. O Templo de Salomão foi destruído e a
maior parte da população de Judá foi levada para o exílio na Babilônia.
A queda de Jerusalém para a Babilônia é um evento central na história de
Judá, que é descrito em 2 Reis 25, 2 Crônicas 36 e Jeremias 52. O cerco de
Jerusalém durou cerca de um ano antes da cidade ser invadida e destruída
pelos babilônios. A descrição bíblica da destruição de Jerusalém é bastante
detalhada, incluindo a morte do rei Zedequias, a destruição do Templo e a
captura da população para o exílio.
VI. Conclusão
O QUE PODEMOS APRENDER COM A
HISTÓRIA DOS REINOS DE ISRAEL E JUDÁ
Há várias lições que podemos aprender com a história dos Reinos de Israel e
Judá. Primeiramente, podemos ver como o pecado e a desobediência a Deus
levaram à destruição e ao exílio dos dois reinos. Tanto o Reino do Norte
quanto o do Sul foram punidos por causa da idolatria e da injustiça,
mostrando que Deus leva a sério a obediência de seu povo.
Referências Bíblicas
2 Reis 17:7-23
2 Reis 18-19
2 Crônicas 29-32
Jeremias 25:1-14
Jeremias 29:10-14
Daniel 9:1-19
Referências Bíblicas
1 Reis 12-2 Reis 17, especialmente as histórias dos reis Jeroboão e
Manassés.
A ESPERANÇA DA RESTAURAÇÃO E
REDENÇÃO EM DEUS
De fato, a história do povo de Deus não termina com a queda dos reinos de
Israel e Judá. O Novo Testamento conta como Jesus Cristo veio ao mundo
como o Salvador prometido, e através dele todas as pessoas podem
encontrar a restauração e a redenção em Deus. Como está escrito em João
3:16, “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
REFERÊNCIAS BÍBLICAS:
1. 1 Reis 12
2. 2 Reis 17
3. 2 Crônicas 36
4. Jeremias 25:11-12
5. Jeremias 29:10
6. Jeremias 31:31-34
7. Ezequiel 37:1-14
8. Esdras 1:1-4
9. Neemias 1:3-4
10. Neemias 2:1-8
11. Zacarias 1:16
12. Zacarias 8:1-8
CARO ESTUDANTE,
Que a paz de Deus esteja sempre com você. Espero que nossa conversa
sobre a história dos Reinos de Israel e Judá tenha sido edificante e
inspiradora para você. Através desses relatos bíblicos, podemos aprender
muito sobre a importância da fidelidade a Deus, as consequências do pecado
e a esperança da restauração e redenção em Deus.
Lembre-se de que, assim como Deus restaurou seu povo após o exílio
babilônico, Ele também pode restaurar as áreas de sua vida que precisam de
cura e renovação. Tenha fé e confie que Deus está no controle de todas as
coisas e que Ele tem um plano para a sua vida.
Atenciosamente,
ORAÇÃO
Querido Deus,
Que eu possa aplicar tudo o que aprendi em minha vida diária e ser um
exemplo vivo do amor e da fidelidade que o Senhor espera de mim. Ajude-me
a ser perseverante em meus estudos e a sempre buscar o seu conhecimento
e sabedoria.
Obrigado por ouvir a minha oração e por ser um Deus fiel e amoroso.
QUESTIONÁRIO
Respostas
1. d
2. a
3. a
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5. c
6. a,c
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Oração
Questionário
Caro Estudante,
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