Resumo Imunogenetica
Resumo Imunogenetica
Resumo Imunogenetica
anti-A anti-
B
A + - - + A anti-B
B - + + - B anti-A
AB + + - - AeB Ausente
O - - + + - anti-A e anti-
B
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Os antígenos do sistema ABO são produtos dos genes ABO, localizados no loco
do cromossomo 9 de humanos e apresentam três alelos : A e B co-dominantes e O
recessivo. O quadro abaixo mostra a relação entre fenótipo e genótipo no sistema ABO.
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FENÓTIPO GENÓTIPO
IA IA
A
IA i
IBIB
B
IBi
AB IA IB
O ii
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Vários estudos apontam que os grupos sanguíneos do sistema ABO parecem
estar associados à suscetibilidade ou à resistência de certas doenças. Estes são alguns
exemplos dessa associação entre os grupos sanguíneos e doenças comuns:
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• Câncer Gástrico
• Doença Cardíaca Isquêmica
• Doenças Reumáticas
• Doenças Tromboembólicas
• Tumores de Glândulas Salivares (malignos)
• Tumores de Glândulas Salivares (não-malignos)
• Úlcera Duodenal
• Úlcera Gástrica
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Sistema RH
É constituído por um fator RH, que é uma proteína encontrada nas hemácias que
pode agir como antígeno se for inserida em indivíduos que não a possuam.
O fator RH foi descoberto em 1940, depois dos estudos de dois pesquisadores.
Nesta pesquisa foi retirado o sangue de um macaco e injetado em cobaias. Após a
pesquisa foi concluído que ao injetar o sangue dos macacos, o organismo das cobaias
reagia produzindo anticorpos, pois aquele sangue era uma substância desconhecida pelo
organismo. Os anticorpos produzidos pelas cobaias formam os chamados anti-RH, pois
no sangue do macaco havia um antígeno denominado fator RH.
Este fator é encontrado nas hemácias, ele cumpre as leis da hereditariedade,
sendo que o fator RH positivo é dominante sobre o fator RH negativo.
Genética do sistema RH
O sistema sanguíneo RH está determinado por genes situados no cromossomo 1.
Existe Ainda controvérsia sobre a exata determinação genética deste sistema e, para
descrevê-la de forma mais complexa, existem duas hipóteses: a de Fisher-Race e a de
Wiener.
Para Fisher-Race, os grupos sanguíneos do sistema são determinados por uma
série de três genes intimamente ligados, na ordem D,C e E e seus alelos respectivamente
d, c e e, permitindo oito combinações haplotípicas (conjunto de genes intimamente
ligados, que não sofrem crossing-over e são transmitidos em blocos), sendo que Dce,
DCe, DcE, DCE (RH positivos) e dce, dCe, dcE, dCE (RH negativos), desta forma
basta um alelo D para um indivíduo ser RH positivo e um alelo d para ser RH negativo.
De acordo com a hipótese de Wiener, o sistema RH seria determinado por um
único loco com várias especificidades antigênicas. Geneticamente, esse loco teria uma
série de oito alelos (alelos múltiplos).
Doença hemolítica do recém-nascido (DHRN) ou eritroblastose fetal
Normalmente a circulação materna e a fetal são completamente separadas pela
placenta, mas, quando ocorrem falhas nesta membrana, pequenas quantidades de sangue
fetal atingem a circulação materna. A grande transferência de eritrócitos fetais para a
circulação materna ocorre durante o trabalho de parto e nascimento, quando a placenta
desprende-se e um grande número de hemácias fetais entra na corrente sanguínea da
mãe.
Geralmente o primeiro filho não sofre a ação de anticorpos maternos, mas, em
uma segunda gestação, o feto poderá ser prejudicado. No entanto, quando a mãe RH
negativa já sofreu uma transfusão prévia incompatível ou teve um aborto RH positivo,
ela poderá ter ficado sensibilizada, acarretando problemas também a partir da primeira
gestação.
Em uma mãe RH negativa, as células fetais RH positivas podem estimular a
formação de anti-RH (ou anti-D), o qual é transferido para a circulação fetal. Quando
isso acontece, suas hemácias são destruídas, tornando-se o feto anêmico e liberando
grande quantidade de eritroblastos (hemácias imaturas e nucleadas) no sangue. A
gravidade da doença hemolítica varia desde ligeira anemia até morte intra-uterina, que
pode ser causada por hidropisia.
Após o nascimento, a rápida destruição das hemácias produz grande quantidade
de bilirrubina, causando icterícia durante as primeiras 24 horas de vida. A bilirrubina vai
se ligando à albumina até a sua total saturação; a fração livre de bilirrubina irá se
depositar nas células nervosas da criança provocando uma lesão cerebral.
As crianças que sobrevivem à DHRN apresentam, geralmente, surdez, retardo
mental e paralisia cerebral. Podem mostrar outros sinais clínicos, ainda, como
hepatoesplenomegalia, ascite, petéquias hemorrágicas, edema generalizado, etc.
Sistema ABO e RH em transfusões sanguíneas
Os sistemas sanguíneos ABO e RH são os mais frequentemente considerados em
casos de transfusão. Os receptores devem receber sangue de grupo idêntico ao seu, mas,
em casos de emergência, indivíduos de outros tipos sanguíneos podem ser doadores,
contanto que haja compatibilidade entre doador e receptor.
Observa-se que quando o doador for do grupo sanguíneo O, não existe reação de
aglutinação, pelo fato de não possuir antígenos A e/ou B nas suas hemácias, é por essa
razão que ele é denominado de doador universal. Por outro lado, quando o receptor for
do grupo sanguíneo AB, pelo fato de não possuir anticorpos anti-A e anti-B em seu
soro, poderá receber sangue de indivíduos de todos os grupos sanguíneos, motivo pelo
qual ele é denominada de receptor universal.
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Sistema Imune
As células do sistema imune originam-se de célula precursora hematopoiética e
multipotente, presente na medula óssea da qual se formam células progenitores, que
constituem a base duas linhagens celulares do sistema hematopoiético: a linhagem
mielóide e a linhagem linfóide.
A linhagem mielóide!diferencia-se nos elementos do sangue e dos tecidos formando:
• Série eritrocitária: células que formam os eritrócitos encarregados do transporte
de O2 e CO2;
• Série trombocítica: origina as plaquetas, envolvidas com o fenômeno de
coagulação e com a resposta inflamatória;
• Série monocítica: onde se formam os monócitos, que dão origem aos
macrófagos;