Pensando Além Do Mapa Integrando Maquetes Na Pedagogia Geográfica
Pensando Além Do Mapa Integrando Maquetes Na Pedagogia Geográfica
Pensando Além Do Mapa Integrando Maquetes Na Pedagogia Geográfica
Resumo
O relatório apresenta uma reflexão abrangente sobre o curso "Ensino e Pesquisa na
Ciência Geográfica", destacando pontos fortes e áreas de melhoria. Explora-se a
abordagem teórica sólida do curso, fornecendo uma compreensão profunda dos
fundamentos da Geografia e práticas pedagógicas. A ênfase na integração entre
pesquisa e prática é evidenciada pela condução de uma pesquisa sobre o uso de
maquetes e atividades práticas no ensino de Geografia. A elaboração do relatório
reflete as aprendizagens nas quatro ações propostas: estudo, pesquisa, prática e
produção escrita. Entre os pontos positivos, destaca-se a aplicação prática do
conhecimento adquirido, especialmente na criação de maquetes, como estratégia
eficaz de ensino. No entanto, são discutidas áreas para melhoria, como a interação
online e a necessidade de um aprofundamento em tecnologias educacionais. O
relatório finaliza reforçando o comprometimento em aprimorar práticas pedagógicas,
aplicando abordagens inovadoras para capacitar os alunos a compreender e
transformar o espaço geográfico. O texto enfatiza a importância da prática
pedagógica integrada à pesquisa, sustentando o desenvolvimento crítico e prático
dos estudantes em Geografia.
1. INTRODUÇÃO
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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Lefebvre (2006) considera o espaço como um registro do tempo no mundo,
onde os movimentos urbanos conectados a população definem seu dia a dia,
produzindo uma nova sociedade com novos movimentos com tempo e duração nos
espaços. Mas o autor diz que para tanto é necessário que seja removido a condição
atual de marginalização e uniformização do cotidiano. Todos os cidadãos tem total
direito de compor e usar o espaço social podendo cada um exibir suas diferenças e
ocupar-se do espaço de modo coletivo ou individual.
Conforme mencionado por Lefebvre (2006), sua concepção de espaço é que
ele é um produto/resultado da sociedade, que não apenas isso, mas que é
influenciado pela sociedade, assim como também influência na mesma. Podemos
encontrar semelhanças nessa afirmação com a que Milton Santos fez sobre o
espaço em seu livro "Por Uma Geografia Nova", onde ele diz que:
Para Milton Santos a Geografia é Geografia pela posse do objeto, este sendo
o espaço geográfico, não o único, mas para ele o principal objeto de estudo da
Geografia. Por outro lado, para Paulo Cesar da Costa Gomes, a identidade da
Geografia nasce das perguntas de caráter geográfico, sendo estas perguntas de
caráter espacial, buscar compreender a lógica de dispersão espacial dos
fenômenos, a trama locacional dos fenômenos, entendendo que a localização não é
mera localização, mas elemento constitutivo do fenômeno.
Perceber que há uma ordem espacial da vida social, por exemplo, é
perceber que nossas práticas são modificadas pela modulação da
localização, que essa modulação modifica também nossa compreensão dos
conteúdos, que essa modulação classifica, hierarquiza, regula, qualifica
nossas atitudes, tanto as mais claramente expressivas quanto aquelas mais
cotidianas (GOMES, 2009, p. 28).
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Figura 1 – Maquete demonstrando a segregação socioespacial
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Além disso, as atividades práticas estimulam o pensamento crítico. Como
observado por Brookfield (1987), "Pensar criticamente envolve ver as coisas de
diferentes perspectivas, considerar alternativas, questionar suposições e examinar
as implicações de nossas crenças e ações". A resolução de problemas práticos
apresentados por meio de maquetes desafia os alunos a aplicar seu pensamento
crítico na busca de soluções.
Figura 2 – Maquete da representação de uma cidade
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Figura 3 – Maquete da representação de um bairro
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Em resposta aos objetivos propostos na introdução, o curso proporcionou
uma investigação aprofundada sobre a utilização de maquetes e outras atividades
práticas no ensino de Geografia. Aprendi que a prática pedagógica se beneficia
enormemente da integração de elementos práticos, como maquetes, para melhorar
o entendimento dos alunos sobre o espaço geográfico.
As limitações, como a necessidade de uma interação online mais dinâmica e
o aprofundamento em tecnologias educacionais, destacam áreas para melhorias
futuras. No entanto, os pontos fortes do curso, como a abordagem teórica
abrangente e a ênfase na pesquisa e prática, superaram amplamente essas
limitações.
O curso "Ensino e Pesquisa na Ciência Geográfica" consolidou meu
comprometimento com aprimorar constantemente minhas práticas pedagógicas,
aplicando abordagens inovadoras que visam não apenas transmitir conhecimento,
mas também desenvolver habilidades críticas e práticas nos alunos, capacitando-os
a compreender e transformar o espaço geográfico em que vivem.
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