Manual de Apoio - SST No Setor Dos Serviços e de Escritório

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MANUAL DE APOIO

SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO NO SETOR DOS
SERVIÇOS E DE ESCRITÓRIO

Gabinete de Segurança e Saúde no Trabalho


Manual de Apoio

SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO NO SETOR DOS
SERVIÇOS E DE ESCRITÓRIO

O "Manual de Apoio - Segurança e Saúde no Trabalho


no Setor dos Serviços e de Escritório" aborda diversos
requisitos legais de segurança e saúde no trabalho
aplicáveis, entre outros, ao setor dos serviços e de
escritório.

Visa apoiar trabalhadores, empregadores e associações


representativas na salvaguarda de locais de trabalho
seguros e saudáveis.
Destina-se também a todas as pessoas que tenham ou
venham a ter responsabilidades ou interesse nesta temática.

A leitura do Manual não dispensa a consulta dos


diplomas legais aplicáveis ao setor, nem substitui a
documentação técnica desenvolvida pelos serviços
de segurança e saúde no trabalho.
Manual de Apoio

SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO NO SETOR DOS
SERVIÇOS E DE ESCRITÓRIO

ÍNDICE
1. Obrigações do Empregador 4
2. Obrigações do Trabalhador 4
3. Organização dos Serviços de Segurança e
Saúde no Trabalho 5
3.1. Modalidades dos Serviços 5
3.1.1. Serviço Interno 6
3.1.2. Serviço Comum 6
3.1.3. Serviço Externo 7
4. Principais Requisitos Legais Aplicáveis ao
Setor 7
4.1. Espaço unitário do trabalho 7
4.2. Assentos 7
4.3. Conservação e higienização 8
4.4. Limpeza diária e periódica 8
4.5. Atmosfera de trabalho 8
4.6. Temperatura e humidade 8
4.7. Iluminação 9
4.8. Tonalidade das paredes 9
4.9. Superfície das instalações e planos de
trabalho 9
4.10. Instalações sanitárias 9
4.11. Vias de circulação e de emergência 10
Manual de Apoio

SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO NO SETOR DOS
SERVIÇOS E DE ESCRITÓRIO

4.12. Equipamentos de extinção de incêndios 10


4.13. Instrução dos trabalhadores 10
4.14. Primeiros socorros 10
4.15. Saúde no trabalho 11
5. Principais Riscos Profissionais do Setor e
Medidas de Prevenção a Adotar 12
5.1. Riscos Físicos 13
5.1.1. Fatores de Risco 13
5.1.2. Medidas de Prevenção 13
5.2. Riscos Ergonómicos 15
5.2.1. Fatores de Risco 15
5.2.2. Medidas de Prevenção 15
5.3. Riscos Psicossociais 17
5.3.1. Fatores de Risco 17
5.3.2. Medidas de Prevenção 17
5.4. Riscos Mecânicos 18
5.4.1. Fatores de Risco 18
5.4.2. Medidas de Prevenção 18
1. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

Estão legalmente previstas um conjunto de obrigações para o empregador,


entre as quais:

Assegurar condições de segurança e de saúde aos trabalhadores;


Zelar permanentemente pelo exercício da atividade em condições de segurança
e de saúde para os trabalhadores;
Identificar e avaliar os riscos e implementar medidas de prevenção e/ou de
proteção;
Fornecer aos trabalhadores informação e formação adequadas;
Adotar medidas e dar instruções que permitam aos trabalhadores, em caso de
perigo grave e iminente, cessar atividades ou afastarem-se do local de trabalho;
Estabelecer as medidas a adotar em matéria de primeiros socorros, de
combate a incêndios e de evacuação e identificar os trabalhadores
responsáveis pela sua aplicação;
Assegurar a vigilância da saúde dos trabalhadores;
Cumprir as prescrições legais, gerais e específicas, de segurança e saúde;
Suportar os encargos com a organização e funcionamento do serviço de
segurança e saúde no trabalho e demais medidas de prevenção.

2. OBRIGAÇÕES DO TRABALHADOR

Por seu turno, os trabalhadores estão igualmente sujeitos às seguintes


obrigações:

Cumprir as prescrições de segurança e de saúde, bem como as instruções


determinadas pelo empregador;
Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde de outros;
Utilizar corretamente máquinas, equipamentos, materiais e substâncias de
trabalho;
Utilizar corretamente os meios e equipamentos de proteção coletiva e
individual;
Comparecer aos exames determinados pelo médico do trabalho;

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Comunicar, de imediato, quaisquer avarias e deficiências que possam originar
perigo grave e iminente;
Comunicar, de imediato, quaisquer defeitos verificados nos sistemas de
proteção;
Em caso de perigo grave e iminente, adotar as medidas e instruções
previamente estabelecidas para tais situações.

3. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE


SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

O empregador deve organizar o serviço de segurança e saúde no trabalho,


com o objetivo de:

Assegurar as condições de trabalho que salvaguardem a segurança e a saúde


física e mental dos trabalhadores;
Desenvolver as condições técnicas que assegurem a aplicação das medidas de
prevenção dos riscos profissionais;
Informar e formar os trabalhadores no domínio da segurança e saúde no
trabalho;
Informar e consultar os representantes dos trabalhadores para a segurança e
saúde no trabalho ou, na sua falta, os próprios trabalhadores.

3.1. MODALIDADES DOS SERVIÇOS

A organização do serviço de segurança e saúde no trabalho (SST) pode


adotar diferentes modalidades, de acordo com aquelas descritas nos pontos
seguintes.

Aspetos a considerar na organização do serviço de SST:

O empregador pode adotar diferentes modalidades de organização em cada


estabelecimento;
As atividades de segurança podem ser organizadas separadamente das da
saúde;
A utilização de serviço comum ou de serviço externo não isenta o empregador
da responsabilidade específica em matéria de segurança e de saúde que a lei
lhe atribui.

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3.1.1. Serviço Interno

É instituído pelo empregador e abrange exclusivamente os trabalhadores por


cuja segurança e saúde é responsável.

Sem prejuízo da sua autonomia técnica, os técnicos que asseguram o serviço


interno prestam a sua atividade no âmbito da organização e sob autoridade do
empregador.

A modalidade de serviço interno é obrigatória nas seguintes situações:

Em estabelecimentos que tenham pelo menos 400 trabalhadores;


No conjunto de estabelecimentos distanciados até 50 km daquele que ocupa
maior número de trabalhadores e que, com este, tenham pelo menos 400
trabalhadores;
No estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos que desenvolvam
atividades ou trabalhos de risco elevado, a que estejam expostos pelo menos
30 trabalhadores.

Atividades exercidas pelo Empregador ou por Trabalhador Designado

Na empresa, estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos distanciados até


50 km do de maior dimensão que empregue no máximo nove trabalhadores e
cuja atividade não seja de risco elevado as atividades de segurança no
trabalho podem ser exercidas diretamente pelo próprio empregador se
possuir formação adequada e permanecer habitualmente nos estabelecimentos.

O empregador pode designar um ou mais trabalhadores para se ocuparem de


todas ou algumas das atividades de segurança no trabalho desde que possuam
formação adequada e disponham do tempo e dos meios necessários.

Entende-se por formação adequada a que permita a aquisição de competências


básicas em matéria de segurança, saúde, ergonomia, ambiente e organização do
trabalho.
O exercício das atividades de segurança no trabalho pelo empregador ou por
trabalhador designado depende de autorização da Inspeção Regional do
Trabalho.

3.1.2. Serviço Comum

É instituído por acordo entre várias empresas ou estabelecimentos


pertencentes a sociedades que não se encontrem em relação de grupo nem
estejam obrigadas à organização de serviço interno, contemplando exclusivamente
os trabalhadores por cuja segurança e saúde aqueles são responsáveis.

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O acordo que institua o serviço comum deve ser celebrado por escrito e
comunicado à Inspeção Regional do Trabalho, para o domínio da segurança no
trabalho, e/ou à Direção Regional da Saúde, para o domínio da saúde no trabalho,
no prazo máximo de 10 dias após a sua celebração.

3.1.3. Serviço Externo

Considera-se serviço externo aquele que é desenvolvido por entidade que,


mediante contrato com o empregador, realiza atividades de segurança e/ou
de saúde no trabalho, desde que não seja serviço comum.

A prestação de serviço externo está sujeita a autorização, a conceder pela


Inspeção Regional do Trabalho para o domínio da segurança no trabalho e pela
Direção Regional da Saúde para o domínio da saúde no trabalho.

A lista das entidades prestadoras de serviço externo de segurança no trabalho


autorizadas na Região Autónoma dos Açores pela Inspeção Regional do Trabalho
está disponível aqui.

4. PRINCIPAIS REQUISITOS LEGAIS


APLICÁVEIS AO SETOR

4.1. ESPAÇO UNITÁRIO DO TRABALHO

Todo o trabalhador deve dispor de um espaço suficiente e livre de qualquer


obstáculo para poder realizar o trabalho sem risco para a sua saúde e segurança,
satisfazendo os seguintes requisitos:

A área útil por trabalhador, excluindo a ocupada pelo posto de trabalho fixo,
não deve ser inferior a 1,80 m2;
O espaço entre postos de trabalho não deve ser inferior a 80 cm;
O pé direito dos locais de trabalho não deve ser inferior a 3 m.

4.2. ASSENTOS

Devem ser postos à disposição dos trabalhadores assentos apropriados, de


modo a que possam, sempre que seja compatível com a natureza do trabalho,
realizá-lo na posição de sentado.

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Os assentos devem ser facilmente higienizáveis, confortáveis, funcionais,
anatomicamente adaptados aos requisitos do posto de trabalho e à duração do
mesmo.

4.3. CONSERVAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO

Todos os locais de trabalho e os seus equipamentos devem estar conveniente e


permanentemente conservados e higienizados.

4.4. LIMPEZA DIÁRIA E PERIÓDICA

Devem ser limpos diariamente:

Os pavimentos;
Os planos de trabalho e seus utensílios;
Os utensílios ou equipamentos de uso diário;
As instalações sanitárias, como vestiários, lavabos, balneários, retretes e
urinóis.

Devem ser limpos periodicamente:

Paredes e tetos;
Fontes de luz natural e artificial;
Os utensílios ou equipamentos de uso não diário.

4.5. ATMOSFERA DE TRABALHO

A atmosfera de trabalho deve garantir a saúde e o bem-estar dos


trabalhadores.

Os diversos locais de trabalho devem conter meios que permitam a renovação


natural e permanente do ar sem provocar correntes incómodas ou prejudiciais
aos trabalhadores.

Nos compartimentos cegos ou interiores, ou quando a ventilação natural não for


suficiente, devem ser instalados meios que assegurem a renovação forçada do
ar.

4.6. TEMPERATURA E HUMIDADE

Os locais de trabalho devem oferecer boas condições de temperatura e


humidade, de modo a proporcionar bem-estar e defender a saúde dos
trabalhadores.

A temperatura dos locais de trabalho deve, na medida do possível, oscilar entre


18ºC e 22ºC, salvo em determinadas condições climatéricas, em que poderá atingir
os 25ºC.

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A humidade da atmosfera de trabalho deve oscilar entre 50% e 70%.

Sempre que da ventilação natural não resulte uma atmosfera de trabalho


adequada, deve-se adotar sistemas artificiais de ventilação e de aquecimento ou
arrefecimento, conforme os casos.

4.7. ILUMINAÇÃO

Os locais de trabalho devem ser providos de iluminação natural ou


complementar artificial, quando a natural for insuficiente.

A iluminação nos locais de trabalho deve ser adequada aos requisitos de


iluminação das tarefas a executar e obedecer aos valores padrão.

As fontes de iluminação devem satisfazer os seguintes requisitos:

Serem de intensidade uniforme e estarem distribuídas de modo a evitar


contrastes muito acentuados e reflexos prejudiciais;
Não provocarem encandeamento;
Não provocarem excessivo aquecimento;
Não serem suscetíveis de variações grandes de intensidade.

4.8. TONALIDADE DAS PAREDES

A tonalidade das paredes e tetos deve ser de modo a não absorver demasiada
luz.

4.9. SUPERFÍCIE DAS INSTALAÇÕES E PLANOS DE TRABALHO

As superfícies das instalações e dos planos de trabalho não devem provocar


reflexos prejudiciais ou encandeamento.

4.10. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

As instalações sanitárias devem satisfazer os seguintes requisitos:

Sempre que possível, ser separadas por sexos;


Ser iluminadas e ventiladas, de preferência naturalmente;
Ter pavimentos revestidos de material resistente, liso e impermeável;
Ter paredes de cor clara e revestidas de azulejo ou outro material impermeável
até, pelo menos, 1,5 m de altura;
Os lavatórios devem estar providos de sabão não irritante e de dispositivos
automáticos de secagem de mãos ou toalhas individuais de papel.

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4.11. VIAS DE CIRCULAÇÃO E DE EMERGÊNCIA

As vias de circulação e de emergência, incluindo escadarias e escadas fixas, devem


permitir a circulação fácil e segura das pessoas e por forma que os
trabalhadores na sua proximidade não corram qualquer risco.

A largura mínima das vias de circulação e de emergência é de 1,20 m.

As vias de circulação destinadas a veículos devem estar distanciadas das portas,


dos portões, das passagens para peões, dos corredores e das escadas, de modo a
não constituírem risco para os seus utilizadores. Destinando-se as vias de
circulação, simultaneamente, ao trânsito de pessoas e veículos, a sua largura
deve ser suficiente para garantir a segurança de uns e de outros.

As vias de circulação destinadas a pessoas devem ter iluminação adequada e


piso não escorregadio ou antiderrapante.

As vias de emergência devem permitir um trajeto fácil, rápido e seguro para o


exterior.

As vias de emergência devem estar devidamente equipadas com iluminação de


emergência e sinalização de segurança, de modo a identificar os caminhos de
evacuação.

4.12. EQUIPAMENTOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS

Todos os locais de trabalho devem estar providos de equipamentos adequados


para a extinção de incêndios, em perfeito estado de funcionamento, situados
em locais acessíveis e convenientemente assinalados.

O estado de funcionamento dos equipamentos de extinção de incêndios deve ser


verificado em intervalos regulares.

4.13. INSTRUÇÃO DOS TRABALHADORES

Em todos os locais de trabalho deve existir pessoal em número suficiente e


devidamente instruído no uso dos equipamentos de combate a incêndios.

Todos os trabalhadores devem estar suficientemente instruídos sobre os planos


de evacuação dos locais de trabalho.

4.14. PRIMEIROS SOCORROS

Todos os locais de trabalho devem possuir um posto de primeiros socorros ou


armários, caixas ou bolsas com conteúdo mínimo destinado a primeiros
socorros, adequadamente distribuídos pelos vários sectores de trabalho.

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A título exemplificativo, considera-se conteúdo mínimo destinado a primeiros
socorros o seguinte:

Máscaras de proteção facial;


Luvas descartáveis;
Tesoura de pontas redondas;
Compressas esterilizadas (de diferentes dimensões incluindo próprias para
queimaduras);
Pensos rápidos de diferentes dimensões;
Rolo adesivo;
Ligaduras (elástica e não elástica);
Solução antissética de povidona iodada a 10%;
Álcool etílico a 70%;
Soro fisiológico (em quantidades de acordo com potenciais necessidades);
Termómetro digital.

O conteúdo dos postos, armários, caixas e bolsas de primeiros socorros deve ser
mantido em condições de assepsia, convenientemente conservado,
etiquetado e imediatamente substituído após a sua utilização.

Junto dos armários, caixas ou bolsas de primeiros socorros devem existir


instruções claras e simples para os primeiros cuidados a pôr em prática em
cada caso de urgência.

O empregador deve garantir a existência de pessoal devidamente formado em


primeiros socorros e/ou suporte básico de vida.

4.15. SAÚDE NO TRABALHO

O empregador deve assegurar a vigilância da saúde do trabalhador em função


dos riscos a que estiver potencialmente exposto no local de trabalho, promovendo
a realização dos seguintes exames de saúde, de modo a comprovar e avaliar a
aptidão física e psíquica do trabalhador para o exercício da atividade:

Exames de admissão: realizados antes do início da prestação de trabalho ou,


se a urgência da admissão o justificar, nos 15 dias seguintes;

Exames periódicos: realizados anualmente, para trabalhadores menores e


para trabalhadores com idade superior a 50 anos, e de 2 em 2 anos, para os
restantes trabalhadores;

Exames ocasionais: realizados sempre que haja alterações substanciais nos


componentes materiais do trabalho que possam ter repercussão nociva na
saúde do trabalhador, bem como no caso de regresso ao trabalho depois de
uma ausência superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente.

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5. PRINCIPAIS RISCOS
PROFISSIONAIS DO SETOR E
MEDIDAS DE PREVENÇÃO A ADOTAR

Os riscos profissionais verificados habitualmente no setor dos serviços e de


escritório são os seguintes:

RISCOS RISCOS
FÍSICOS ERGONÓMICOS

RISCOS RISCOS
PSICOSSOCIAIS MECÂNICOS

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5.1. RISCOS FÍSICOS

5.1.1. Fatores de Risco

Fator de Risco Risco

Fadiga ocular: irritação, redução da capacidade visual,


menor rapidez percetiva;
Fadiga visual: menor velocidade de reação, sensação
Iluminação deficiente
de mal-estar, cefaleia e insónias;
Posturas incorretas de trabalho;
Acidentes de trabalho.

Desconforto e mal-estar psicológico;


Temperatura e Redução da produtividade;
humidade Aumento da frequência dos acidentes;
inadequadas Efeitos fisiológicos;
Absentismo elevado.

Eletrocussão;
Eletrização;
Instalações elétricas
Queimaduras;
deficientes Incêndios;
Explosões.

5.1.2. Medidas de Prevenção

Fator de Risco Medidas de Prevenção

Medir e avaliar os níveis de iluminação;


Selecionar lâmpadas incandescentes e fluorescentes
mais adequadas;
Garantir uma boa distribuição das fontes de luz e dos
postos de trabalho;
Escolher tampos pouco brilhantes para os planos de
Iluminação deficiente
trabalho;
Escolher cores claras para parede, chão e tetos;
Garantir a manutenção regular das instalações de
iluminação;
Eliminar reflexos nos postos de trabalho com
equipamentos dotados de visor.

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Realizar medições e avaliar o ambiente térmico;
Identificar e controlar eventuais fontes de emissão de
calor ou frio (e.g. caixilharia de janelas);
Garantir ventilação natural ou artificial adequada;
Assegurar a qualidade da conceção e manutenção
Temperatura e dos sistemas de ventilação e climatização;
humidade Proteger as superfícies vidradas (e.g. vidros das
inadequadas janelas);
Limitar o tempo de exposição;
Sensibilizar os trabalhadores para a necessidade de
uma hidratação adequada, em situações de calor, e
para a necessidade de ingestão de bebidas quentes,
em situações de frio.

Garantir a adequada instalação, inspeção e


manutenção das instalações elétricas;
Proteger os aparelhos e instalações elétricas contra
contactos diretos ou indiretos;
Proteger os invólucros dos aparelhos contra a
corrosão, ações mecânicas e infiltrações;
Instalações elétricas Verificar o estado de conservação dos isolamentos de
deficientes cabos e instalações elétricas;
Organizar os cabos elétricos existentes nos postos de
trabalho;
Identificar e sinalizar a existência de quadros
elétricos;
Equipar os locais de trabalho com equipamentos
adequados de extinção de incêndios em eletricidade.

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5.2. RISCOS ERGONÓMICOS

5.2.1. Fatores de Risco

Fator de Risco Risco

Instalação deficiente do posto de trabalho

Utilização de equipamentos dotados de visor Aparecimento ou agravamento


de lesões musculoesqueléticas
relacionadas com o trabalho
Posturas de trabalho incorretas (LMERT).

Movimentação manual de cargas

5.2.2. Medidas de Prevenção

Fator de Risco Medidas de Prevenção

Escolher um posto e/ou planos de trabalho


adequados às tarefas a realizar e às características
físicas do trabalhador;
Disponibilizar assentos adequados, reguláveis e
adaptáveis às características do trabalhador, quando
Instalação deficiente as tarefas são realizadas na posição de sentado;
do posto de trabalho Utilizar auxílios ergonómicos (e.g. apoio para pés,
tapete ergonómico para o rato, entre outros);
Organizar os objetos e instrumentos de trabalho no
posto e/ou no plano de trabalho de forma a que
sejam alcançáveis sem movimentos ou esforço físico
excessivos.

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O ecrã a utilizar deve ter uma imagem estável, sem
fenómenos de cintilação ou outras formas de
instabilidade;
O ecrã deve ser instalado à altura dos olhos do
utilizador e a uma distância média de um braço
Utilização de esticado;
O ecrã e o teclado devem poder posicionar-se
equipamentos
livremente, de modo a adaptar-se às necessidades
dotados de visor dos utilizadores;
A mesa ou superfície de trabalho deve ter dimensões
suficientes para permitir uma disposição flexível do
ecrã, teclado, rato, documentos e material de apoio;
Realizar pausas no trabalho com equipamentos
dotados de visor.

Colocar a coluna lombar numa posição ereta e


encostada ao apoio da cadeira;
Garantir que os braços permaneçam numa posição
naturalmente próxima do tronco;
Evitar arquear a coluna lombar e evitar apoiar os
cotovelos sobre a superfície de trabalho;
Evitar arquear excessivamente o pescoço para a
frente ou para trás;
Posturas de trabalho
Apoiar os antebraços sobre os apoios da cadeira;
incorretas Dispor o teclado próximo do corpo, de modo a que,
aquando da sua utilização, o braço tenha um ângulo
de 90º com o antebraço;
Aproximar o rato do teclado e evitar estender os
braços;
Instalar o ecrã à altura natural dos nossos olhos;
Realizar exercícios de ginástica laboral;
Realizar pausas ao longo da jornada de trabalho.

Evitar levantar e/ou transportar cargas com pesos


superiores a 20 kg ou demasiado volumosas ou
instáveis;
Transportar a carga de modo a que a mesma fique
sempre junta ao tronco;
Evitar movimentos de torção ou flexão do tronco e
Movimentação manual
dos membros superiores e inferiores;
de cargas No levantamento de cargas, manter o dorso direito e
usar a forças das pernas;
Recorrer a equipamentos auxiliares ou mecânicos
para movimentar a carga;
Executar o trabalho em equipa;
Evitar obstruir a visão ao transportar a carga.

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5.3. RISCOS PSICOSSOCIAIS

5.3.1. Fatores de Risco

Fator de Risco Consequências

Ambiente de trabalho tóxico


Problemas gerais: stresse, fadiga,
insatisfação;
Condições de trabalho precárias Problemas relacionados com a
esfera da perceção, a atenção e
Capacidades, necessidades e expectativas comprometimento;
do trabalhador, de colegas e superiores Problemas fisiológicos: alterações
cardiovasculares, respiratórias;
Organização, conteúdo e ritmo do Problemas psíquicos: ansiedade,
trabalho depressão;
Problemas sociais e relacionais:
Situações de assédio moral ou sexual no inadaptação, falta de
trabalho participação, excesso de consumo
de álcool;
Consequências laborais:
Violência no trabalho
absentismo, sinistralidade,
conflitualidade.
Condições pessoais fora do trabalho

5.3.2. Medidas de Prevenção

Medidas de Prevenção

Assegurar a clareza e a simplicidade das tarefas a realizar e impedir


sobrecargas mentais desnecessárias;
Disponibilizar aos trabalhadores toda a informação necessária à execução das
tarefas propostas;
Melhorar a distribuição da carga de trabalho e definir responsabilidades;
Reduzir o trabalho monótono e repetitivo;
Desenhar os postos de trabalho de modo a melhorar a adequação entre
trabalhador, posto e tarefas a desempenhar;
Implementar horários de trabalho flexíveis, valorizando o controlo, a
responsabilidade e margem de manobra dos trabalhadores;
Contribuir para o desenvolvimento profissional e pessoal dos trabalhadores;
Reconhecer e comunicar os resultados obtidos pelos trabalhadores;

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Envolver os trabalhadores nas decisões da empresa e nas decisões
relacionadas com os mesmos;
Promover um ambiente social que proporcione boas relações pessoais na
empresa;
Vigiar os fatores de risco e os distúrbios psicológicos associados às situações
de trabalho;
Alargar o âmbito dos serviços de saúde no trabalho, garantindo uma valência
de saúde mental.

5.4. RISCOS MECÂNICOS

5.4.1. Fatores de Risco

Fator de Risco Risco

Quedas ao mesmo nível;


Vias de circulação obstruídas ou Escorregadelas;
com pavimentos irregulares Dificuldade de evacuação em caso de
emergência.

Utilização de componentes
cortantes, como tesouras, x-atos Cortes/feridas.
ou folhas de papel ou cartão

Quedas a diferentes níveis;


Utilização de escadas
Escorregadelas/deslizes.

5.4.2. Medidas de Prevenção

Fator de Risco Medidas de Prevenção

Manter as vias de circulação e de emergência


Vias de circulação permanentemente desobstruídas e livres de
obstruídas ou com qualquer material;
pavimentos irregulares Corrigir imperfeições e irregularidades no
pavimento.

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Pensar na tarefa a realizar antes de a executar;
Planear a execução da tarefa da forma mais
Utilização de segura possível;
Executar a tarefa com cautela e concentração;
componentes cortantes,
Disponibilizar no local de trabalho material de
como tesouras, x-atos ou primeiros socorros;
folhas de papel ou cartão Garantir que haja na empresa pelo menos um
trabalhador formado na prestação de primeiros
socorros.

Recorrer ao apoio do corrimão aquando do uso


da escada;
Ter atenção ao usar a escada e olhar para os
Utilização de escadas fixas degraus seguintes;
Sinalizar a escada sempre que se encontre
molhada;
Usar a escada calma e ordeiramente.

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ENQUADRAMENTO LEGAL

Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, na sua redação atual;


Decreto-Lei n.º 243/86, de 20 de agosto;
Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de outubro;
Portaria n.º 987/93, de 6 de outubro;
Decreto-Lei n.º 349/93, de 1 de outubro;
Portaria n.º 989/93, de 6 de outubro.

BIBLIOGRAFIA

FREITAS, L. C. (2019). Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. 4.ª Edição.


Edições Sílabo, Lda. ISBN 978-989-561-026-6.
Direção-Geral da Saúde (2010). Informação Técnica n.º 01/2010 - Primeiros
socorros no local de trabalho - Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros
socorros. Atualizada a 26/11/2021. Programa Nacional de Saúde Ocupacional.

Manual de Apoio

SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO NO SETOR DOS
SERVIÇOS E DE ESCRITÓRIO

Gabinete de Segurança e Saúde no Trabalho

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