Apostila NR 01 Integração de SST Unifuncional
Apostila NR 01 Integração de SST Unifuncional
Apostila NR 01 Integração de SST Unifuncional
Formação Inicial e
Continuada
1
Andressa Regina Silva Alves
Pedro Leopoldo
Universidade Corporativa Empresas Funcional – UniFuncional
2020
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SOBRE O MATERIAL
Esta apostila é o material didático que guiará a sua aprendizagem no curso de NR01 Inte-
gração de Segurança e Saúde no Trabalho. Aqui, você terá informações sobre a Política
de Segurança da empresa, riscos associados às nossas atividades e as medidas de prote-
ção, conhecerá as regras e normas da empresa, saberá a importância em utilizar equipa-
mentos de proteção.
Embora este material passe por revisão, somos gratos em receber suas sugestões, a sua
participação é muito importante para a nossa constante melhoria, portanto, você pode dei-
xar sua opinião através do Canal Direto da plataforma digital da UniFuncional.
Esperamos que este material de apoio seja útil para você e que facilite ainda mais o seu
aprendizado. Em complemento, temos o suporte da tutoria através do Chat da Plataforma
sempre à disposição para ajudá-lo com qualquer questão.
O que aprender durante as aulas, aplique em seu dia a dia. Faça as atividades propostas,
dedique-se em querer saber mais, pesquisar além do livro.
Lembre-se que para ter sucesso e ser um bom profissional é necessária dedicação.
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SUMÁRIO
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MÓDULO I – POLÍTICA DE SEGURANÇA E LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE
NO TRABALHO
INTRODUÇÃO
c) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos
trabalhadores;
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c) colaborar com a organização na aplicação das NR;
OBJETIVO
Treinamento Inicial;
Treinamento periódico; e
Treinamento eventual.
Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adota-
das visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger
a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
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No Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de normas regulamentado-
ras, leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacio-
nais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.
Bem, para responder essa pergunta, precisaremos voltar a aproximadamente ao ano 350
a.C. Nesse período, Aristóteles já estudava as doenças ocupacionais que acometiam os
trabalhadores das minas, assim como formas de evitá-las. Esses são os primeiros registros
que demonstram alguma preocupação sobre a saúde dos trabalhadores.
Depois disso Hipócrates, o pai da medicina, faz descrições a respeito do envenenamento
por chumbo e, séculos depois, em Roma, volta-se a falar sobre envenenamento com enxo-
fre, zinco e vapores ácidos.
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O marco da segurança do trabalho em si se deu no ano de 1700 na Itália com a publicação
de Bernardino Ramazzini, De morbis Artificium Diatriba. Esta obra descreve doenças re-
lacionadas a 50 profissões e por seu trabalho ele é considerado o Pai da Medicina do
Trabalho.
Inúmeros outros pensadores estudaram mais condições precárias, contudo, somente em
1802 junto a revolução industrial na Inglaterra que vemos surgir a primeira lei com foco na
proteção do trabalhador. Galpões foram transformados em fábricas e com isso pessoas
foram levadas a um novo tipo de trabalho sem a mínima preparação (dos empregados ou
do ambiente de trabalho).
Neste contexto surgiu a Lei das Fábricas ou Factory Act que estabeleceu a carga horária
de 12 horas, proibia o trabalho noturno e mudava o olhar médico e o estabelecendo para
algo mais político. Essa intervenção se fez necessária porque os avanços trouxeram con-
sigo inúmeras consequências para o trabalhador, incluindo o abuso da carga horária. Daí
em diante, as medidas prevencionistas começam a surgir e tomam um aspecto mais familiar
ao que nós conhecemos nos dias de hoje.
Após a Primeira Guerra Mundial em 1919, foi criada a Organização Internacional do Traba-
lho (OIT), sendo um marco mundial na busca pelo trabalho justo. A organização busca a
paz universal baseada na justiça social, ou seja, justiça para os trabalhadores.
O Brasil começou tarde a cuidar dos seus trabalhadores, em 1930 começou o processo de
industrialização brasileiro – já muito depois do resto do mundo – levando inúmeros indiví-
duos para o ambiente de trabalho “moderno”.
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Apesar dessa modernização já ter acontecido em outros locais do mundo, a experiência e
as lições adquiridas não foram aplicadas aqui. Isso fez com que diversos trabalhadores
fossem expostos a situações de trabalho extremamente perigosas, causando inúmeros aci-
dentes de trabalho.
A dignidade fundamental ou mesmo a segurança do trabalhador não eram prioridades do
empregador, não haviam medidas de segurança ou mesmo preocupação com a jornada de
trabalho exaustiva, de 14 a 16 horas. Não é para menos que em 1970 éramos campeões
mundiais em acidentes de trabalho (hoje em dia estamos em 4º lugar).
Apesar desse cenário, as ações de segurança do trabalho começaram bem antes. Em 1943
foi aprovada a primeira legislação trabalhista do nosso país, a Consolidação de Leis do
Trabalho (CLT) no governo de Getúlio Vargas. Isso foi o pontapé inicial pela busca pelos
direitos dos trabalhadores.
A criação da FUNDACENTRO (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medi-
cina do Trabalho) em 1966 trouxe uma maior difusão das medidas prevencionistas. Esta
fundação visa a promoção da segurança e saúde dos trabalhadores com foco no de-
senvolvimento sustentável, claro, sem esquecer do desenvolvimento humano.
A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 implementou os planos de benefícios da Previ-
dência Social. Dentre esses benefícios, estão aqueles voltados aos trabalhadores que so-
freram acidentes de trabalho, sendo uma grande mudança no cenário anterior.
No Brasil, inúmeras leis e acontecimentos foram postos em vigor a fim de trazer uma maior
dignidade para os trabalhadores. Segue um resumo dessas:
1919: lei de Acidentes de Trabalho é criada, tornando obrigatória a presença de um
seguro contra riscos profissionais;
1923: criação da caixa de aposentadorias e pensões;
1930: criação do (já extinto) Ministério do Trabalho;
1943: criação da CLT no governo de Getúlio Vargas;
1966: criação da FUNDACENTRO;
1978: criação das famosas Normas Regulamentadoras, que cuidam de inúmeros
aspectos da relação empregador/empregado.
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A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO
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cada um desenvolverá. Todo trabalhador deverá receber treinamentos específicos em
Instruções de Trabalho ou em perigos, riscos e normas aplicáveis ao trabalho a ser
executado.
Ao identificar alguma atividade que coloque em risco a sua integridade física ou a de qual-
quer pessoa, pare-a imediatamente. Todos devem ser responsáveis por propor ações cor-
retivas e medidas de controle dentro do seu alcance, levando sempre as informações ao
conhecimento das lideranças.
As Empresas Funcional empenham-se na busca incessante pela prevenção de incidentes
e acidentes e pelo cumprimento da Legislação vigente. A empresa compromete-se a esta-
belecer, revisar objetivos e metas promovendo a melhoria contínua do desempenho de se-
gurança no ambiente de trabalho e saúde ocupacional.
Para fazer uma boa Análise de Riscos e Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho, é
importante identificar os “perigos” e avaliar os “riscos” aos quais o trabalhador está exposto.
Nem sempre perigo significará risco. Um perigo somente representará um risco quando
houver exposição de alguém a uma fonte geradora de danos ou prejuízos.
Conceito de perigo
De forma geral, o perigo caracteriza-se por ser uma fonte causadora de lesões ou danos
à saúde.
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Por toda parte há materiais, aspectos, condições ou situações potencialmente prejudiciais
que conceituamos como perigos.
produtos e substâncias;
máquinas, equipamentos e objetos;
ambientes de trabalho;
trabalhadores;
sistemas de trabalho.
O perigo, por si só, não representa um risco. No entanto, se o trabalhador ficar exposto a
uma fonte de lesões ou danos (perigo), podemos dizer que aí sim haverá risco.
Conceito de risco
De outra forma, podemos dizer que risco é a chance de uma situação ou evento peri-
goso efetivamente provocar danos ou prejuízos.
Exemplo 1:
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Exemplo 2:
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O QUE SÃO RISCOS OCUPACIONAIS
O risco ocupacional é definido pela frequência com a qual uma pessoa pode sofrer danos
causados por uma fonte de perigo. Quanto maior a frequência de exposição ao fator de
risco, maior a probabilidade de haver consequências negativas.
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ONDE PODEM SER ENCONTRADOS OS RISCOS OCUPACIONAIS NAS NOSSAS ATI-
VIDADES
Veja abaixo alguns exemplos de onde possam originar-se os agentes de riscos em nossas
atividades:
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Vibração – Vibração de Corpo inteiro: operação de equipamentos moveis
Frio – Câmaras frias de cozinha industrial Calor – Trabalhos próximo à alto forno, e/ou
laboratórios caldeiras, cozinhas industriais,
locais confinados
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Umidade – Trabalhos em locais alagados, encharcados ou com umidade excessiva, lavan-
derias, estação de tratamento de água, lavação de pisos, paredes ou mesmo equipamen-
tos.
Poeira – Podem originar –se em locais de trabalho onde há rupturas de materiais sólidos,
tais como minerações, ensacadeiras, moagens, britadores. Também podem originar-se em
atividades onde há ruptura de um material solido, tal como trabalhos com lixadeiras, traba-
lhos de construção civil, trabalhos de limpeza industrial, corte de madeiras e pedras etc.
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Vapores – Podem originar-se em atividades Gases – Podem originar-se em
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GRUPO IV – RISCOS ERGÔNOMICOS
Riscos Ergonômicos – São diversos fatores que interferem na qualidade de vida laboral,
causando desconforto e até mesmo adoecimento. Estão associados ao ambiente de traba-
lho, à estrutura física como mobiliários e equipamentos, rotina e processos de trabalho.
Vamos ver alguns exemplos:
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ou improvisadas atividades sem treinamentos e autorizações
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MÓDULO III – MEIOS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS
Existem várias medidas e ferramentas que são utilizadas na prevenção, as quais devem
ser seguidas por todos a qualquer momento durante o percurso laboral. Seja qual for sua
função, desde uma área administrativa a uma operacional, o mais interessado na sua saúde
e segurança tem que ser você mesmo.
Neste módulo vamos falar sobre as medidas de controles adotadas pela empresa.
PPRA E PGR
A presença de fatores ocupacionais de risco pode causar prejuízos para a saúde dos
trabalhadores e para o meio ambiente. Os danos para a saúde podem ser imediatos ou
podem aparecer após um grande período de latência (até mesmo décadas), podem ser
reversíveis ou irreversíveis. Uma boa gestão de riscos nos locais de trabalho contribui de
maneira significativa para eliminar ou limitar o impacto negativo dos agentes de riscos e
inclui a participação de todos: empresa, empregados, contratantes e orgãos públicos.
Higiene Ocupacional
É importante destacar que a Higiene Ocupacional nada tem a ver com realizar limpeza no
trabalho. A higiene ocupacional é a ciência responsável por antecipar, reconhecer, avaliar
e controlar os agentes ou processos produtivos utilizados que colocam em risco a saúde e
integridade do colaborador em seu ambiente de trabalho.
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O trabalho de Higiene Ocupacional é realizado pelo SESMT (Serviço Especializado em
Segurança e Medicina do Trabalho) Corporativo, com a participação de todos os trabalha-
dores. A equipe do SESMT é composta de profissionais habilitados, sendo técnicos de se-
gurança, engenheiro de segurança, médico do trabalho e auxiliar de enfermagem do traba-
lho.
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Prevenção e Controle: tem por objetivo recomendar, projetar, implementar e verifi-
car medidas de prevenção e controle de riscos. Estas medidas podem ser relativas
ao processo e/ou ambiente de trabalho (por exemplo, substituição ou modificações
de materiais e processos, isolamento, sistemas de ventilação exaustora), relativas
ao trabalhador (por exemplo, melhorias nas práticas de trabalho, ou o uso de equi-
pamentos de proteção individual - EPI) e administrativas (por exemplo, treinamentos,
permissões de trabalho, sinalização, alarmes, procedimentos de trabalho).
PCMSO
Dentre as iniciativas que a empresa mantem para preservar a saúde e a integridade física
e mental dos trabalhadores, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional,
mais conhecido como PCMSO, é uma das principais. Previsto pela Norma Regulamenta-
dora 7 (NR 7), ele determina série de exames médicos os quais os empregados devem
realizar ao longo do contrato, de modo a avaliar possíveis impactos da atividade na saúde
do funcionário. Os exames são:
1. Admissional;
2. Periódico;
3. De retorno ao trabalho;
4. De mudança de função;
5. Demissional.
Para cada exame realizado, o médico do trabalho deverá emitir o Atestado de Saúde Ocu-
pacional (ASO). O documento deve ser expedido em duas vias, sendo que a primeira ficará
arquivada na empresa e a segunda deverá ser entregue ao trabalhador.
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Além disso, o programa faz parte de um conjunto mais amplo de iniciativas, que englobam
também o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA), dentre eles podemos citar as Campanhas de Saúde como
de vacinações, antitabagismo e alcoolismo ou mesmo sobre as Doenças Sexualmente
Transmissíveis.
ORDEM DE SERVIÇOS
A Ordem de Serviço é feita por função, porém, respeitando suas individualidades, o que
quer dizer que, se dois colaboradores possuírem a mesma função mas com atividades di-
ferentes, são elaboradas Ordens de Serviços diferentes, específicas para cada um, mesmo
sendo a mesma função. A Ordem de Serviço também deve ser atualizada caso haja alte-
ração no processo de trabalho.
A OS é para orientar o trabalhador com relação às suas atividades, deixá-lo ciente dos
riscos aos quais estará exposto, informá-lo sobre os EPIs e EPC’s adequados, os procedi-
mentos e normas da empresa e outras medidas relacionadas à segurança do trabalho nas
atividades. As OSs ainda estabelecem, para o conhecimento do funcionário, as possíveis
medidas disciplinares que serão adotadas pelo descumprimento da ordem de serviço.
A Análise Preliminar de Risco é uma técnica de avaliação prévia dos riscos presentes na
realização de uma determinada atividade. Consiste no estudo inicial de uma determinada
tarefa, com a finalidade de identificar previamente os riscos presentes na mesma e avaliar
as medidas de controle e/ou mitigação a serem adotadas em sua fase de execução, através
da utilização de um formulário específico.
A APR surgiu na área militar, para análise de riscos na produção de sistemas de mísseis
nucleares, a fim de evitar acidentes.
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A análise preliminar de riscos, como o próprio nome já sugere, deve ser elaborada antes
da execução da atividade, devendo inclusive, realizado uma visita ao local de execução da
tarefa, quando possível, com intuito de melhor compreensão das características físicas do
local e identificação de perigos e riscos potenciais. Também pode se utilizar como base
para descobrir os riscos o PPRA e PGR.
A APR deve ser elaborada com a participação de um grupo multidisciplinar, que inclui um
responsável pela área de execução das tarefas, que conheça os processos e ambiente,
segurança do trabalho e os trabalhadores executantes.
A APR não possui validade, mas ela deve ser mutável assim como o ambiente do trabalho
é mutável. Sempre que forem observados novos riscos ou situações perigosas no ambi-
ente, elas devem ser inclusas na APR.
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Modelo de APR em anexo
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Ao listar e classificar as ações de controle e
mitigação a serem tomadas deve ser utilizado
a regra da hierarquia de riscos.
Vamos ao exemplo de aplicação da Hierar-
quia de Controle de Riscos: duas pessoas
precisam atravessar uma rua, o Perigo neste
caso é o fluxo de veículos, o veículo que pode
causar o dano, o Risco é que elas possam ser
atropeladas. Ao atravessarem a rua tem as
seguintes condições:
Permissão para Trabalho – PT, permite o trabalho em áreas de risco por determinado tempo
e tem como objetivo se certificar da observância dos requisitos mínimos de segurança e da
saúde dos trabalhadores envolvidos, bem como das pessoas próximas. É um documento
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redigido em três vias (uma a ser entregue no local de trabalho aos trabalhadores executan-
tes, outra arquivada pela área de Segurança do Trabalho e outra entregue à chefia imedi-
ata), que contém uma autorização para determinado trabalhador, a realizar uma atividade.
A PT deve ser emitida por empregados do SESMT ou por pessoa autorizadas por escrito
pela empresa, que possua conhecimento sobre os riscos, conforme a natureza da ativi-
dade.
A Permissão de Trabalho deverá ser emitida e preenchida sempre quando houver a rea-
lização de serviços:
A Permissão para Trabalho só tem vigência durante o período que o trabalhador estiver no
ambiente de trabalho, sendo necessário revalidar aprovar uma nova PT em caso de a ati-
vidade precisar estender-se para outro turno ou se o trabalhador se ausentar do local da
atividade.
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Modelo de PT em anexo
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estão executando algum serviço em determinado local. Observando em volta poderá iden-
tificar alguns. Guarda – corpo e corrimão de uma escada, por exemplo, placas de sinaliza-
ção, fitas, telas, cones de sinalização, proteções de máquinas de forma geral (proteção de
partes moveis ou rotativas, proteção de parte elétrica, etc), isolamentos acústicos e de vi-
brações, sistemas de exaustão e ventilação entre muitos outros.
Todo EPI composto por vários dispositivos, ainda segundo a NR 06, é um equipamento
conjugado de proteção individual. O fabricante associa mais de um sistema com o objetivo
de proteger o trabalhador contra um ou mais riscos que possam existir ao mesmo tempo,
expondo a segurança e a saúde do indivíduo.
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Equipamento conjugado composto de capacete,
Protetor auricular e protetor facial
Responsabilidades
Conforme estabelece a NR 6:
6.6 Responsabilidades do empregador.
6.6.1. Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sis-
tema eletrônico.
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a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) não evitam acidentes, como os EPCs. Por de-
penderem da atitude dos funcionários, os EPIs apenas diminuem ou evitam lesões que
podem decorrer de acidentes e não oferecem proteção completa contra os riscos. Portanto,
o uso e instalação de EPCs deve ser prioridade sobre o uso de EPIs, visto que irá oferecer
maior proteção contra dos acidentes do trabalho.
Conheça um pouco mais sobre os principais equipamentos que protegem a saúde e inte-
gridade do trabalhador e podem até salvar vidas utilizados na empresa.
Capacetes
EPI para proteção da
cabeça
Capuz ou balaclavas
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EPI para proteção da Protetores facial e más-
face caras de solda
Respiradores Descartá-
veis,
Respirador de adução
de ar
Vestimentas diversas
tais como coletes, aven-
tais e jalecos para prote-
EPI para proteção do ção de umidade, agen-
tronco tes químicos, calor, frio,
radiação etc.
Colete Balístico
Vestimentas de corpo
inteiro e macacões para
EPI para proteção do
proteção de umidade,
corpo inteiro
agentes químicos, calor,
frio, radiação etc
Calçados de segurança
diversos para proteção
de umidade, agentes
EPI proteção de mem- químicos, calor, frio etc
bros inferiores
Perneiras diversos para
proteção de umidade,
agentes químicos, ani-
mais peçonhentos etc
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Luvas diversos para
proteção de umidade,
agentes químicos, quei-
maduras, frio, cortes,
perfurações etc
Utilize o calçado de segurança com meias de algodão limpas, com as botas impermeáveis
utilize meias de cano longo, isso evitará atrito com tornozelos e canela.
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Durante as atividades os calçados são os mais atingidos por pro-
dutos e sujeitos a contato com sujidade, portanto é ideal que sejam
retiradas ainda com o uso das luvas, em local limpo onde o traba-
lhador não suje os pés.
Luvas
As luvas devem ser usadas de forma a evitar o contato das mãos com
produtos químicos, materiais abrasivos, cortantes, aquecidos etc.
Utilize luvas de acordo com o tamanho das suas mãos, não podendo ser
muito justas, para facilitar a colocação e a retirada, e nem muito grandes,
para não atrapalhar o tato e causar acidentes.
As luvas devem ser colocadas normalmente, colocando o cano para den-
tro das mangas de jalecos e uniformes. Em caso de utilização de luvas
impermeáveis é ideal que dobre a barra da luva ou utilize para dentro de jaleco impermeá-
vel, com objetivo é evitar que o produto utilizado escorra para dentro das luvas e atinja as
mãos.
Antes de começar a retirar luvas imper-
meáveis, recomenda-se que lave as luvas
vestidas. Isto ajudará a reduzir os riscos
de contaminação acidental.
Deve-se puxar a ponta dos dedos das
duas luvas aos poucos, de forma que elas
possam ir se desprendendo simultanea-
mente. Não devem ser viradas ao avesso, o que dificultaria o próximo uso e contaminaria
a parte interna.
Respirador Descartável
Deve ser colocado de forma que os dois elásticos fiquem fixados corretamente e sem do-
bras, um fixado na parte inferior, na altura do pescoço, sem apertar as orelhas. O respirador
deve encaixar perfeitamente na face do trabalhador, não permitindo que haja abertura para
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a entrada de partículas, névoas ou vapores. Para usar o respirador, o trabalhador deve
estar sempre bem barbeado.
Protetores auditivos
Com as mãos limpas, segure o protetor auditivo com os dedos polegar e indicador. Passe
a outra mão ao redor da cabeça e puxe o topo de sua orelha para facilitar a inserção. Insira
o protetor no canal auditivo, com cuidado, empurrando o protetor para se obter a melhor
colocação, de modo a permitir sua remoção.
Alinhe a altura das conchas de acordo com a posição de suas orelhas. Retire o excesso
de cabelo que fica entre o abafador e a orelha. Encaixe as conchas em suas orelhas de
forma que elas estejam totalmente inseridas no círculo interno da almofada. As conchas
devem ficar alinhadas verticalmente para proporcionar melhor vedação. Nunca use com
as conchas viradas para trás. Certifique-se de que a vedação esteja satisfatória, sem a in-
terferência de objetos como elásticos de respiradores ou armações de óculos.
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Lavagem e Manutenção dos EPIs
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Verificação de EPIs e EPCs para garantia de condições de funcionamento e eficácia,
através de programas de Inspeções Periódicas e Inspeção pré uso (check list);
Trocas periódicas de EPI’s, de acordo com estudos de depreciação e orientações de
fabricantes;
Realização de Cômites e reuniões com empresas contratantes para tratativas de
ações que envolvam aplicações de EPIs e EPCs;
Auditorias do sistema de gestão e aplicabilidades dos EPIs e EPCs.
Disponibilidade de Canal de Comunicação Direta para que o trabalhador possa rela-
tar qualquer alteração ou condições inseguras observadas;
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É obrigatório o uso dos EPIs fornecidos pela empresa.
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Para realizar trabalhos em espaço confi-
nado e trabalho em altura realizado acima
de 1 metro e 80 centímetros do solo são
necessários treinamentos específicos, au-
torização da empresa e permissão de tra-
balho.
Para condução de veículos da empresa, locados ou mesmo do cliente, fora ou dentro das
unidades de trabalho é obrigatório ter CNH compatível com a categoria do veículo. O con-
dutor deverá ter ciência do PUV – Política de Utilização
de Veículos, e o termo de responsabilidade deverá es-
tar devidamente assinado.
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Não adentre em áreas restritas, áreas de
movimentação de máquinas ou isoladas.
Nenhuma proteção coletiva poderá ser desabilitada ou removida para execução das ativi-
dades.
Para qualquer intervenção em máquinas, equipamentos ou conjun-
tos de sistemas, sejam para inspeções, manutenções ou limpeza os
devidos bloqueios deverão ser realizados previamente (bloqueios de
energias perigosas – elétrica, cinética, hidráulica,
pneumática ou vapor), incluindo remoção de equipamentos da tomada.
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Mantenha seu ambiente de trabalho organi-
zado, isso diminui os riscos de acidentes.
Ao término da jornada de trabalho coloque to-
das as ferramentas e materiais em seus devi-
dos lugares, limpos e organizados
ACIDENTES DE TRABALHO
Conceito Legal
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se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I e também os aci-
dentes que ocorram no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para a casa do
trabalhador.
Conceito Prevencionista
Consequências do acidente
Se a incapacidade for temporária por até 15 dias, o empregado continua a receber da em-
presa o mesmo salário que seria pago caso estivesse trabalhando. Todavia, se superior a
15 dias, é necessário ser submetido a perícia médica para comprovar a necessidade do
auxílio-doença acidentário. Isso porque o empregado deixa de receber o salário pago pelo
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empregador para fazer jus ao benefício previdenciário. Durante a percepção do auxílio-
doença acidentário, o benefício previdenciário corresponde a apenas 91% do salário de
contribuição do trabalhador. Logo, durante este período há uma diminuição da renda para
sustento da família.
Além disso, em muitos casos é preciso que um membro da família se dedique aos cuidados
com o enfermo, impedindo que mais uma pessoa exerça suas atividades laborativas e,
consequentemente, reduzindo ainda mais a renda familiar.
Podem causar paralisação das atividades e processos produtivos, além disso, o acidente
pode, além de machucar o trabalhador, causar estragos às máquinas que estavam sendo
operadas naquele momento.
Além disso, caso seja necessário o afastamento temporário de até 15 dias, caberá ao em-
pregador arcar com o salário do funcionário deste período. Por outro lado, caso o afasta-
mento seja superior, além de precisar contratar um novo funcionário, continua sendo obri-
gatório o recolhimento do FGTS do empregado afastado.
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Consequências para o governo
Como dito anteriormente, caberá ao governo arcar com o benefício previdenciário do em-
pregado que precisar se afastar por mais de 15 dias em razão do acidente de trabalho.
Além de ter que arcar com esse custo, ele precisa garantir a presença de médicos nos
postos do INSS para fazer constantes perícias nos acidentados
Dessa forma, são muitas e são graves as consequências do acidente de trabalho para todos
os envolvidos, razão pela qual o ideal é buscar medidas preventivas para evitar a ocorrên-
cia.
Os acidentes resultam de uma cadeia de eventos sequenciais e alguns desses eventos são
denominados Atos Inseguro e Condições Insegura, que antecedem a ocorrência do aci-
dente.
Condição Insegura
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Falta de treinamento e de informações dos funcionários;
Instalações elétricas defeituosas, fios e cabos desencapados;
Falta do Equipamento de Proteção Individual (EPI);
Ausência de sinalizações de riscos;
Iluminação e organização precárias;
Gambiarras e improvisações em equipamentos, máquinas e ferramentas;
Alto nível de ruído;
Passagens perigosas.
Atos Inseguros
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Uma vez eliminados e controlados os atos inseguros e as condições inseguras, eliminamos
os eventos que o antecedem a ocorrência de indesejada e que resultariam no acidente.
DIREITO DE RECUSA
O direito de recusa ao trabalho é o direito que o trabalhador tem de recusar a exercer suas
atividades quando exposto a situação de risco grave e iminente à sua segurança e saúde
Considera-se RISCO GRAVE E IMINENTE toda condição de trabalho que pode causar
acidente do trabalho ou doença profissional e lesões graves à integridade do trabalhador
no trabalho, bem como a terceiros.
“1.4.3 O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar uma situação de
trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua vida e saúde, infor-
mando imediatamente ao seu superior hierárquico.”
“1.4.3.1 Comprovada pelo empregador a situação de grave e iminente risco, não poderá
ser exigida a volta dos trabalhadores à atividade enquanto não sejam tomadas as medidas
corretivas.”
O direito de recusa ao trabalho é uma importante ferramenta à disposição do trabalhador,
pois os direitos a ele conexos referem-se à segurança do trabalhador, à dignidade da pes-
soa humana e à vida.
É importante ter em mente que o exercício desse direito requer determinados cuidados,
pois a recusa injustificada ao trabalho pode ser enquadrada em medidas disciplinares e até
em uma das modalidades de rescisão de contrato de trabalho por justa causa.
Dessa forma, para se recusar a trabalhar, deve-se observar e seguir as seguintes orienta-
ções:
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Após avaliar a situação e constatado a existência da condição de risco grave e imi-
nente, a supervisão manterá a suspensão das atividades;
Registre o fato, seja por meio de fotografias, vídeos e/ou relatório, ao SESMT da
empresa através dos números de telefones constantes na cartilha de Direito de Re-
cusa;
O trabalhador deve retornar ao trabalho tão logo sejam cessados os fatores de risco.
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MÓDULO VII – PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
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Como proceder em caso de uma situação de Emergência
50
8. Em caso de evacuação de área dirija-se para o ponto de encontro mais
próximo e aguarde orientações. Não retorne para buscar nenhum per-
tence.
9. Não realizar procedimentos de combate a incêndio se não tiver o co-
nhecimento.
Incêndios
Incêndio tipo A - São incêndios causados pela queima de materiais orgânicos, principal-
mente, como madeiras, papeis, tecidos, borrachas e etc.
Incêndio tipo B - São incêndios causados por componentes químicos, como combustíveis,
gases ou produtos inflamáveis.
Incêndio tipo C - São incêndios causados por equipamentos elétricos energizados, o que
traz um grande risco, já que além do perigo do fogo, é preciso estar atento a possibilidade
de choque elétrico.
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Incêndio tipo D - Esse tipo de incêndio é causado pela reação química de componentes
como potássio, magnésio, zircônio, titânio ou pó de alumínio.
Incêndio tipo K - São incêndios causados pela queima de óleo ou gordura de cozinha.
Para incêndios tipo D e K existem agentes extintores específicos, porém, nesta apostila
vamos nos ater aos tipos de extintores mais comumente disponíveis nos locais de trabalho:
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Cuidados durante o uso:
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Mais importante que atuar em combate à princípios de incêndios e correr riscos, é seguir
algumas dicas de prevenção a incêndio, a seguir listamos algumas formas de prevenir:
Nas cozinhas: certifique-se de que a mangueira de gás do fogão não está em contato
com a parede do forno; não instale cortina próximo ao fogão; inspecione periodica-
mente a válvula reguladora e a mangueira de gás. Caso esses materiais apresentem
vazamento ou estejam com suas validades vencidas, substitua-os imediatamente;
ao sentir cheiro de gás, não risque fósforos nem acione interruptores de luz. Abra
portas e janelas para ventilar o ambiente;
Não sobrecarregue as instalações elétricas: antes de ligar qualquer equipamento,
verifique a compatibilidade da tensão em volts do aparelho com a tomada em uso;
observe a quantidade de equipamentos conectados, adaptadores do tipo benjamim
devem ser evitados, pois podem sobrecarregar as tomadas e causar danos elétricos;
retire da tomada os aparelhos e carregadores quando fora de uso; verifique o estado
da instalação elétrica e solicite a troca ou manutenção de componentes envelhecidos
ou danificados.
Nos locais de trabalho: mantenha o ambiente limpo e organizado; somente fume em
locais permitidos, produtos inflamáveis devem ser transportados em embalagens
certificados e adequados ao tipo de produto, inspecione sempre o ambiente onde
serão executadas as tarefas que envolvam produtos inflamáveis ou que gerem cen-
telhas, antes, durante e após a atividade, certificando-se das condições de segu-
rança.
Atividades de trabalho à quente somente devem ser realizados por profissional ca-
pacitado e autorizado e uma Permissão de Trabalho emitida.
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FONTE / REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Economia. SIT Inspeção do Trabalho. NR 01 – Disposições Gerais.
Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019, texto vigente. Disponível em https://sit.traba-
lho.gov.br/portal/images/SST/SST_normas_regulamentadoras/NR-01.pdf. Acesso em
15/01/2021.
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Acervo das Empresas Funcional (2021). Programas de Gerenciamento de Riscos e Pro-
gramas de Prevenção de Riscos Ambientais
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NR 01 – Introdutório de Segurança e Saúde no Trabalho
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