EduardoGilDaCosta MIEEC 2013 Dis
EduardoGilDaCosta MIEEC 2013 Dis
EduardoGilDaCosta MIEEC 2013 Dis
Desenvolvimento de processos de
negócio em empresas industriais
Quadro de referência orientado à criação de valor
e compatível com a norma ISO 9001
20 de Julho de 2013
c Eduardo Gil da Costa, 2013
Resumo
i
ii
Abstract
The present thesis was conducted under the MIEEC, MSc in Electrical Engineering and Com-
puters at the Faculty of Engineering of the University of Porto.
The work consisted in designing a framework to develop value oriented and ISO 9001 com-
pliant business process management systems.
An initial literature review resulted in a clear definition of relevant terminology and on the
consolidation of process, performance indicators and business process models related concepts.
In a second step a process model framework was developed and applied in the design and
implementation of management systems in two different companies which operating processes
were firstly analyzed.
The companies, both metal sector industries, have different production philosophies. The first
company designs and builds special machines and its operations are essentially ETO (engineering-
to-order). The second is a mass production company, with its own range of MTS (make-to-stock)
products, also operating in the subcontracting business with MTO (make-to-order) products.
Participant adherence levels to the model were high, mainly due to the good readability of the
graphical process models.
The obtained results lead to the conclusion that the framework can be used in the development
of process based management systems in different types of organizations, guaranteeing a value
orientation and, simultaneously, the compliance with ISO 9001.
iii
iv
Agradecimentos
Em primeiro lugar, quero agradecer ao Zé Faria. Colega de curso, amigo e, nestes tempos mais
recentes, orientador, foi um provocador permanente e conseguiu que este trabalho tenha alterado
a minha forma de ver os processos, com consequências positivas na minha atividade profissional
e nos resultados que deixo nas empresas onde atuo.
Em segundo lugar quero agradecer à minha família e aos meus amigos. O apoio e confiança
que me transmitiram foi crucial para o desenvolvimento deste projeto.
v
vi
(www.gettyimages.com)..............
vii
viii
Conteúdo
1 Introdução 1
1.1 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Âmbito e objetivos do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Estrutura da dissertação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Contextualização 3
2.1 Empresa de projetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.1.1 Sistema de Informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1.2 Secção Administrativa e Financeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1.3 Departamento Comercial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1.4 Departamento Técnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1.5 Departamento de Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1.6 Secção de Metrologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.1.7 Gestão da Qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2 Empresa de produção em série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2.1 Sistema de Informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2.2 Área Administrativa e Financeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2.3 Área Comercial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2.4 Área Técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.2.5 Gestão da Qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 Enquadramento teórico 15
3.1 Terminologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1.1 Processo, procedimento e instrução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1.2 Atividade e tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.1.3 Função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1.4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2 Processos de negócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2.1 Evolução histórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2.2 Tipos de processos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.2.3 Caracterização de processos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.2.4 Representação gráfica de processos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.3 Arquiteturas de processos de negócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.4 Indicadores de desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.4.2 Classificação de indicadores de desempenho . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.4.3 Seleção de indicadores de desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.4.4 Caraterização de indicadores de desempenho . . . . . . . . . . . . . . . 34
ix
x CONTEÚDO
4 Quadro de referência 37
4.1 Modelo de quadro de referência para o desenvolvimento de sistemas de gestão
baseados em processos de negócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.2 Casos de aplicação do modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.2.1 Processos operacionais identificados na Empresa de Projetos . . . . . . . 41
4.2.2 Processos operacionais identificados na Empresa de Produção em Série . 47
4.2.3 Análise qualitativa dos processos desenvolvidos . . . . . . . . . . . . . . 53
A Curriculum Vitae 59
A.1 Informação pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
A.2 Formação académica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
A.3 Formação profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
A.4 Experiência profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
A.5 Atividades de Docência, Consultoria e Formação Profissional . . . . . . . . . . . 64
A.5.1 Orientação de Dissertações de Mestrado na Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
A.5.2 Atividades de Consultoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
A.5.3 Consultoria em Programas Formação-Ação . . . . . . . . . . . . . . . . 72
A.5.4 Atividades de Formação Profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
A.5.5 Orientação de Estágios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
B Fluxogramas: Simbologia 83
C Indicadores 85
C.1 Económico-Financeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
C.2 Comercial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
C.3 Compras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
C.4 Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
C.5 Logística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
C.6 Recursos Humanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
C.7 Qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
C.8 Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Referências 125
Lista de Figuras
xi
xii LISTA DE FIGURAS
Abreviaturas e Símbolos
BP Processo de Negócio
(Business Process)
BPM Gestão de Processos de Negócio
(Business Process Management)
BPMN (Business Process Model and Notation)
BPR Re-engenharia de Processos de Negócio
(Business Process Reengineering)
BSC (Balanced Scorecard)
CRM Gestão do Relacionamento com Clientes
(Customer Relationship Management)
ERP Aplicação informática integrada de gestão
(Enterprise Resource Planning)
EVM Enterprise Value Map
IT Tecnologias de informação
(Information technologies)
KPI Indicador de desempenho
(Key Performance Indicator)
TQM Gestão da Qualidade Total
(Total Quality Management)
xiii
Capítulo 1
Introdução
1.1 Motivação
1
2 Introdução
Contextualização
Neste capítulo é feita uma descrição detalhada das empresas que serviram de base à realiza-
ção deste documento, sendo dada especial ênfase às suas formas de organização e aos processos
funcionais e de suporte existentes.
Os modelos de organização existentes nas empresas, assim como processos, procedimentos ou
atividades, são descritos e designados segundo as terminologias utilizadas pelas empresas numa
fase anterior ao início do trabalho. Notar-se-á a utilização ambígua, e sem regras pré-definidas,
de terminologias, nomeadamente confundindo processos com atividades, funções com processos
e processos com procedimentos.
Um objetivo deste capítulo consiste em contextualizar o trabalho, proporcionando uma base
de compreensão para as representações gráficas dos processos, e documentos relacionados, que
serão posteriormente apresentados no capítulo 4. Outro objetivo consiste no levantamento e de-
teção de incongruências na utilização de diferentes terminologias, que serão clarificadas em fases
posteriores.
3
4 Contextualização
Direção
Geral
DG
Gestão
da
Qualidade
GQ
Projeto
PRJ
Apoio
adm./
Armazém
Desenho
Fabrico
Montagem
Metrologia
financeiro
ARM
DES
FAB
MTG
MET
AAF
Consultas de Clientes
Encomendas de Clientes
Reclamações de Clientes
Encomendas a Fornecedores
Secção de Fabrico
operações de fabrico, ou mesmo do fabrico total das peças. O processo de subcontratação é tratado
como um processo de compras sendo a receção dos artigos, como noutras situações relatadas,
assegurada pelo armazém.
Tempos de mão-de-obra, tempos-máquina e quantidades produzidas são imputados às ordens
de fabrico. Uma determinada obra agrega esses valores para todas as ordens de fabrico que a
constituem, sendo-lhe diretamente imputados quantidades e valores de matérias-primas.
O controlo dimensional das peças fabricadas é assegurado pelos operadores da secção de fa-
brico com o apoio, sempre que requerido, da secção de metrologia.
Secção de Montagem
A gestão da qualidade, como função autónoma diretamente dependente da direção geral, existe
para dar cumprimento aos requisitos da norma ISO 9001 [6].
O gestor da qualidade é o responsável pelo Sistema de Gestão implementado na empresa, pela
sua manutenção e pela sua revisão.
2.2 Empresa de produção em série 9
A empresa possui uma aplicação informática Sage-Next instalada em rede, que utiliza para:
Gerência
Área
Área
Área
Administra-va
Comercial
Técnica
e
Financeira
Armazém
Compras
Fundição
Prod.
Acabado
Maquinação
Montagem
e
Embalagem
A empresa desenvolveu uma outra aplicação que retira da Sage-Next informação relevante de
artigos e que utiliza para:
de encomendas de clientes é também efetuado nesta área, assim como a emissão de documentos
de transporte e faturas.
Finalmente, esta área da empresa fornece apoio de secretariado.
Produtos Próprios
Nas vendas de produtos próprios a empresa possui um vendedor, responsável pela promoção,
divulgação e vendas, junto de clientes armazenistas e grossistas, no território nacional. A empresa
não desenvolve iniciativas comerciais em mercados externos, pelo que, salvo situações pontuais
sem relevância, os produtos próprios não são exportados.
As encomendas de clientes recolhidas pelo vendedor são entregues na empresa e processadas
com o apoio da área administrativa. Encomendas diretas dos clientes são processadas de forma
idêntica.
Numa primeira fase é efetuada uma consulta ao stock informático dos artigos encomenda-
dos. Sendo superior às quantidades encomendadas, são dadas instruções ao armazém de produto
acabado para separar a encomenda e são emitidos os documentos de transporte. Caso seja ne-
cessário contratar serviços de transporte é efetuada reserva junto de um fornecedor habitual e os
documentos são entregues ao armazém de produto acabado, que tratará da expedição.
Se o stock informático for menor que as quantidades encomendadas é passada informação
à área técnica, que emite uma ordem de fabrico. Situação idêntica acontece na sequência de
verificações periódicas a artigos com níveis de stock abaixo do mínimo. As quantidades a fabricar
são estabelecidas tendo em conta o consumo médio do último ano e a sensibilidade do responsável
da área comercial. Não são calculados lotes económicos.
A área comercial é ainda responsável pela atualização do catálogo de produtos próprios da
empresa, pela correspondente tabela de preços e pela manutenção do sítio que a empresa possui
na internet.
12 Contextualização
Produtos de Subcontratação
A empresa não possui uma estratégia de promoção da atividade de subcontratação, tendo apos-
tado, atá à data, na divulgação via “bons serviços prestados”. Durante o corrente ano é previsível
a participação numa grande feira internacional do setor da subcontratação.
Os negócios de subcontratação surgem na sequência de contactos de clientes que solicitam
propostas de fornecimento de peças fundidas, cujos desenhos enviam. A empresa procede à or-
çamentação da peça e envia, ao potencial cliente, uma proposta de fornecimento. Até esta fase,
existe coincidência de procedimentos com a gestão de consultas da empresa de projetos.
Em face de uma adjudicação, a empresa procede à encomenda de ferramentas – molde, caixa
de machos, ferramentas de mecanização, e estabelece um cronograma para o início da produção,
sendo normal existir, pela parte do cliente, um processo de aprovação de primeiras amostras, a que
se segue uma série piloto. A liderança do processo de produção de primeiras amostras e pré-séries
é da área de engenharia do produto.
Depois de aprovada a peça, o cliente envia planos de fornecimento ou encomendas, a área
comercial solicita ao departamento técnico a produção das peças e os fornecimentos são efetuados.
• gamas operacionais, gamas de controlo e instruções de trabalho para cada operação de fa-
brico;
A engenharia do produto procede ainda à abertura do artigo no Sage-Next definindo, para to-
das as operações, tempos-padrão e quantidades de matéria-prima. Estes dados são aferidos pela
secção de planeamento e controlo depois da entrada em produção da peça.
A partir dos dados provenientes dos últimos lotes produzidos, a secção de planeamento e con-
trolo é responsável, para cada peça, pela atualização dos dossiers do produto e das fichas de artigo
no Sage-Next. Esta atividade conduz à existência de um controlo permanente dos custos industri-
ais de todas as peças.
Enquadramento teórico
Neste capítulo são abordados os temas relacionados com este trabalho, sendo feito o enqua-
dramento teórico de cada um deles.
Os temas abordados são:
• Terminologia;
• Processos de negócio;
• Indicadores de desempenho;
3.1 Terminologia
Uma consulta à bibliografia existente sobre processos de negócio revela diferenças nas defi-
nições dos diversos conceitos. Nesta secção é feito um levantamento dessas definições segundo
diferentes autores, sendo estabelecidas comparações, e definida a terminologia a utilizar neste
trabalho.
15
16 Enquadramento teórico
Em Workflow modeling: tools for process improvement and application development [2] todos
os conceitos referidos são reunidos numa única definição que será adotada neste trabalho:
Tendo em conta todos os conceitos referidos, neste trabalho é adotada a seguinte definição:
Procedimento: Modo, forma ou maneira de atuar ou proceder, para realizar uma atividade ou
um processo.
A norma ISO 9001 [6] faz referência à obrigatoriedade de existirem procedimentos documen-
tados.
Tendo em conta a definição adotada, em que procedimento é um modo, forma ou maneira de
proceder, neste trabalho é considerado que a documentação de procedimentos é efetuada recor-
rendo a instruções escritas, que são definidas da seguinte forma:
Instrução: Documento escrito que explicita o modo, forma ou maneira de atuar ou proceder,
para realizar uma atividade ou um processo.
Citando Alex Sharp em [2], podemos concluir que “uma tarefa pode ser uma função e uma
atividade pode ser um processo ou uma função”, a que pode ser acrescentado o facto de, segundo
o BPMN, uma tarefa ser uma atividade.
Tendo em conta o facto de atividade e tarefa possuírem definições muito semelhantes, por
vezes coincidentes, neste trabalho serão utilizadas as seguintes definições:
3.1 Terminologia 19
3.1.3 Função
O conceito de função, apesar de ter sido utilizado diversas vezes, ainda não foi definido neste
trabalho.
O significado de função segundo diferentes autores e referências bibliográficas é:
Por forma a clarificar o termo função, no presente trabalho é adotada a definição de [2], porque
está em concordância com as definições acima apresentadas e, simultaneamente, garante a não
existência de confusão com outros termos, nomeadamente com atividade:
3.1.4 Conclusão
A análise dos conceitos definidos nas sub-secções anteriores, permite concluir que:
• As atividades e as tarefas, quando são realizadas por pessoas, ou grupos de pessoas, impli-
cam a existência de funções definidas;
Nos anos 80 do século XX foram apresentados os primeiros trabalhos propondo uma análise
transversal das organizações através re-engenharia dos processos (BPR, business process reengi-
neering). O objetivo consistia em identificar, tornar visíveis, repensar e redesenhar processos de
negócio. “As organizações centradas nos processos focavam-se no todo e eliminavam ineficiências
e irracionalidades acumuladas” [2].
A abordagem dos processos pela re-engenharia introduziu o termo “processo de negócio” mas,
como forma isolada de melhorar e resolver problemas, foi rapidamente abandonada. Entre as suas
principais desvantagens devem ser referidas a dificuldade de implementação, os elevados custos
associados, quer pelas competências necessárias dos intervenientes, quer pelas necessidades de
investimento em tecnologia, e também o foco único e permanente na mudança. Um processo de
mudança possui ineficiências associadas e é uma fonte indutora de stress nos intervenientes.
A partir da década de 90 do século passado assistiu-se a uma generalização e massificação da
qualidade. Termos como melhoria contínua e qualidade total (TQM, total quality management)
entraram no léxico das organizações e, a partir de 2000, uma revisão da norma ISO 9001 introduziu
a orientação por processos como requisito dos sistemas de gestão da qualidade.
A gestão de processos de negócio (BPM, business process management), consiste na união
dos conceitos de re-engenharia dos processos (BPR) e da qualidade total (TQM) [2].
As evoluções que existiram nas IT, tecnologias de informação, tornaram possível que muitas
aplicações informáticas integradas de gestão (ERP, enterprise resource planning) tenham passado
a dispor de módulos de workflow (e.g. SAP, Microsoft Dynamics, ou as portuguesas PHC e Pri-
mavera) que simplificam a implementação e automatização de processos, ultrapassando um dos
obstáculos à re-engenharia dos processos nos anos 80.
A gestão de processos de negócio é então composta pelos três pilares referidos, BPR, TQM e
IT, que estão representados na Figura 3.1.
22 Enquadramento teórico
BPR
BPM
TQM IT
• Processos de gestão;
• Processos-chave ou operacionais;
• Processos de suporte.
Processos de gestão são processos através dos quais são definidas a política e a estratégia da
empresa e são garantidos os seus valores. Estes processos definem as regras para as funções de
planeamento, organização, comunicação e monitorização do sistema de gestão dentro da organi-
zação.
Processos-chave (core processes) geram produtos ou serviços e criam valor para as partes inte-
ressadas (stakeholders) da organização. Estes processos são, normalmente, transversais às diversas
funções e as suas ineficiências residem, habitualmente, nos interfaces ou fronteiras (boundaries)
entre unidades funcionais. Normalmente os processos das áreas comercial, concepção e desenvol-
vimento, e produção enquadram-se neste tipo de processos. Exemplos de processos-chave podem
ser conceber novos produtos, tratar consultas de clientes, elaborar orçamentos ou processar enco-
mendas de clientes.
Processos de suporte (support processes) não adicionam valor, mas são necessários para garan-
tir que os processos-chave funcionem. Recrutar novos colaboradores ou realizar ações de manu-
tenção preventiva em equipamentos constituem exemplos deste tipo de processos.
3.2 Processos de negócio 23
• Processos externos;
• Processos internos.
De um modo geral, verifica-se que os processos que servem clientes externos são processos-
chave, e os processos que servem clientes internos são processos de suporte.
A forma como os processos são agregados revela-se de grande importância na concepção de
um sistema de gestão. Segundo Sharp (2009) [2] a tendência, natural, de considerar processos de
pequena dimensão deve ser contrariada. Para atingir este objetivo, alguns autores referem macro-
processos, como elementos agregadores de processos pequena dimensão. Outros autores são fiéis
ao termo processos, considerado-os constituídos por sub-processos. Neste trabalho é utilizada a
segunda alternativa.
• Designação do processo;
• Objetivo;
• Atores ou intervenientes;
A designação deve, sempre que possível, ser um verbo acompanhado de um objeto [2]. Por
exemplo, satisfazer encomenda, adquirir um bem, ou contratar colaborador, são designações cor-
retas de processos.
A designação pode constituir um elemento de apoio para verificar se um conjunto de atividades
é um processo. Se estiver implícita a ideia de resultado contável, nesse caso estaremos em presença
24 Enquadramento teórico
de um processo. Nos exemplos anteriores podemos saber quantas encomendas foram satisfeitas,
quantos bens foram adquiridos, ou quantos colaboradores foram contratados.
Sharp (2009) [2] menciona a possibilidade de confundir áreas funcionais com processos. Um
exemplo deste erro pode ser “gerir recursos humanos” que, não sendo contável, não constitui um
processo.
Os objetivos devem ser claramente definidos, especificando o que se pretende atingir ou ga-
rantir através do processo. O seu desempenho deve ser avaliado medindo o grau de cumprimento
do objetivo, o que implica a definição e monitorização de indicadores de desempenho (KPI, key
performance indicator). A forma de adequadamente selecionar KPI é abordada na secção 3.4.
A descrição de um processo deve conter todos os sub-processos e atividades que o constituem
e quem os(as) executa – atores e intervenientes, a forma como estão relacionados e ainda como
é feita a transição de um sub-processo ou atividade para o sub-processo ou atividade seguinte.
Esta descrição é normalmente feita sob a forma de diagramas e, pela sua importância, é tratada
separamente na sub-secção 3.2.4.
• Diagramas swimlane,
• Fluxogramas,
• Matrizes de responsabilidade,
sendo descritas as suas vantagens e limitações e traçadas orientações relativamente à sua utilização.
A designação dos passos do processo deve ser estabelecida por forma a facilitar a compreensão
do diagrama [2]. Se, por exemplo, a atividade consistir na recepção de encomendas de cliente, e
assumindo que que está descrita numa instrução de trabalho IT001, a designação do passo deverá
ser “receber encomenda” e nunca, simplesmente, o código da instrução de trabalho. Contudo, se
a designação for “receber encomenda (IT001)”, a informação é mais completa pois, para além de
fornecer indicação sobre a atividade, indica onde podem ser encontradas informações detalhadas
sobre a forma de a desempenhar.
Os diagramas swimlane podem ser apresentados com níveis de detalhe diferentes [2], a que
correspondem diferentes designações: swimlane handoff e swimlane de fluxo.
Os diagramas swimlane handoff centram-se na transferência de responsabilidade entre ato-
res, pelo que são mais simples, mais intuitivos e adequados quando o objetivo for documentar o
processo para explicar o seu funcionamento.
Se o objetivo for aperfeiçoar o processo, deve ser considerada a utilização de diagramas swim-
lane de fluxo, que possuem um nível de detalhe das atividades superior, conduzindo a diagramas
mais complicados e menos intuitivos.
A representação gráfica dos fluxos pode ser feita segundo vários formatos que, não raras ve-
zes, estão associados a aplicações informáticas (e.g. Microsoft Visio, Omnigraffe, Bonita Open
Solution, entre muitos outros). Algumas destas aplicações estão em concordância com o BPMN,
Business Process Model and Notation [3], que constitui um standard no que refere a modelização
e representação de processos. A simbologia proposta por este standard é muito completa e, por
essa razão, muitos autores adotam modelos de simbologia mais simples.
No Anexo B são apresentados os símbolos utilizados neste trabalho.
26 Enquadramento teórico
3.2.4.2 Fluxogramas
Os diagramas swimlane, devido às pistas, tornam-se difíceis de criar quando os fluxos são mais
complexos. Nesses casos os resultados são confusos e de leitura complicada e os fluxogramas são
uma opção viável.
Os fluxogramas podem ser desenvolvidos na horizontal ou na vertical. Como não existe a
restrição das pistas, o seu desenho possui mais graus de liberdade. As considerações sobre repre-
sentação gráfica de fluxos feitas na secção anterior são também aplicáveis aos fluxogramas.
Um exemplo de fluxograma segundo o standard BPMN é apresentado na Figura 3.3
Nos fluxogramas torna-se menos claro evidenciar os atores envolvidos nas diferentes ativida-
des. Uma forma de contornar este problema é associar a cada ator uma cor e colorir o interior das
caixas das atividades.
Tal como nos diagramas swimlane, para os fluxogramas será adotada, neste trabalho, a simbo-
logia apresentada no Anexo B.
3.2 Processos de negócio 27
Ator A
Ator A
Ator A
Ator A
Ator A
Figura 3.5: Exemplo de matriz de responsabilidades com identificação dos papéis desempenhados
pelos atores
3.2.4.4 Resumo
Nesta secção foram apresentadas três formas de representar processos ou conjuntos de proces-
sos, através de diagramas swimlane, fluxogramas e matrizes de responsabilidades.
As vantagens associadas a cada forma de representação são
MATRIZ SWIMLANE FLUXOGRAMA
Adequado a representações Adequado a modelos deta- Adequado para fluxos com-
de alto nível lhados com um ator por ati- plexos
vidade
Leitura simples Leitura simples Liberdade na disposição dos
elementos gráficos
Agrega vários atores a cada Ênfase nas transferências
atividade (handoff ) entre atores ou no
fluxo
Permite especificar responsa-
bilidades dos atores
Por outro lado, as desvantagens associadas a cada forma de representação são
3.3 Arquiteturas de processos de negócio 29
Diagramas swimlane são preferíveis quando os fluxos forem simples e for importante uma lei-
tura simples, não exista excesso de atividades com múltiplos atores e houver um número limitado
de decisões ou retornos no fluxo;
A adequabilidade das representações gráficas aos 3 pilares do BPM pode ser vista da seguinte
forma:
BPR: Diagramas swimlane, pela facilidade de leitura, capacidade de representar fluxos e por
proporcionar uma leitura simples aos intervenientes;
IT: Fluxos de IT nunca são lineares, pelo que, dependendo da sua complexidade, a opção deve
ser tomada entre diagramas swimlane e fluxogramas.
Nesta secção são abordadas formas de medir os processos, pela utilização de indicadores (KPI)
que efetivamente permitam avaliar o desempenho, tanto ao nível processual, como ao nível global
das organizações.
Serão inicialmente introduzidos os conceitos de visão, objetivos e inciativas estratégicas que
conduzem à necessidade de utilizar indicadores, sendo de seguida abordadas formas de classificar
indicadores e metodologias para os selecionar.
3.4.1 Introdução
Segundo Harmon (2010) [4] os indicadores de desempenho podem ser classificados como:
A classificação de um indicador como externo, não significa que esteja relacionado com si-
tuações externas à empresa. Realmente, se considerarmos toda a cadeia de valor, a quantidade
de produtos entregues a clientes é um indicador externo, mas um indicador que mede a saida
de um determinado sub-processo dentro da cadeia de valor é também um indicador externo ao
sub-processo subsequente.
Ainda segundo harmon (2010) [4, p. 143], as organizações ou os gestores de sub-processos
tendem a focar-se nos indicadores internos. No entanto, para efetivamente medir o desempenho da
organização ou de cada sub-processo, deve haver uma focagem inicial nos indicadores externos.
Depois desses indicadores estarem garantidos pode-se passar o foco para os indicadores internos,
pois todas as melhorias e aumentos de eficiência se refletirão nos resultados da organização ou
sub-processo.
Indicadores indutores (leading indicators) medem variáveis controláveis que estão indireta-
mente ligadas a indicadores de resultado, sendo possível tomar ações conducentes à melhoria do
desempenho destes.
Sempre que possível constitui boa prática selecionar e monitorizar indicadores indutores, pois
proporcionam aos gestores dos processos a possibilidade de desenvolver medidas corretivas.
Indicadores de eficiência estão relacionados com a qualidade dos produtos ou serviços presta-
dos e com a satisfação dos clientes;
34 Enquadramento teórico
Indicadores de eficácia estão relacionados com produtividade, com custos e com o grau de
utilização dos recursos disponíveis.
As três formas de classificar indicadores apresentadas possuem semelhanças entre elas, con-
forme é sugerido por Harmon (2010) [4]. Indicadores internos são frequentemente também de
resultado, e de eficiência, enquanto que indicadores externos são muitas vezes indutores, e de efi-
cácia. Independentemente da forma de classificação, as empresas devem dispor de indicadores de
ambos os tipos, como forma de monitorizar o desempenho dos seus negócios e o valor criado para
as diversas partes interessadas.
• Os indicadores não devem ser ambíguos e devem ser definidos uniformemente dentro da
organização;
• Os indicadores devem ser úteis para a definição de objetivos, os quais devem ser considera-
dos realistas por quem vai ser responsável por os atingir;
CARACTERÍSTICA DEFINIÇÃO
Designação Nome atribuído
Exemplo: Variação do volume de negócios
Abreviatura Código atribuído dentro da organização
Exemplo: VNvar
Descrição Texto explicativo do significado do indicador
Exemplo: Variação do volume de negócios relativamente ao pe-
ríodo homólogo anterior
Objetivo estratégico Indicar o objetivo estratégico quando houver uma relação causa-
efeito
Exemplo: Aumentar quota de mercado
Tipo Externo/interno, de resultado/indutor, de eficiência/de eficácia
Fonte dos dados Local ou forma de obtenção dos dados conducentes ao apura-
mento do indicador
Fórmula de cálculo Fórmula matemática que permite apurar o valor do indicador
Unidade Unidade de medida
Exemplos: e, h, %
Polaridade + quando o objetivo é ser o mais elevado possível,
− quando o objetivo é ser o mais reduzido possível
Frequência da monitori- Periodicidade do apuramento de valores.
zação Exemplos: diária, mensal, anual
Valor em períodos anteri- Valor obtido para o indicador em períodos anteriores. Pode ser
ores apresentado como valor ou em gráfico
Alvo para o período atual Valor efetivamente estabelecido para ser atingido durante o pe-
ríodo atual
Valor no período atual Valor efetivamente obtido durante o período atual
Pode ser apresentado em gráfico, mostrando dados de períodos
anteriores, e frequentemente conjugado com o valor-alvo
Desvio Desvio, normalmente em percentagem, entre o valor no período
atual e o valor-alvo
No Anexo C é apresentada uma lista de indicadores, que resultou da conjugação entre a enorme
quantidade de indicadores propostos na literatura e as experiências recolhidas em empresas, no-
meadamente quanto à aplicabilidade e facilidade de utilização.
36 Enquadramento teórico
Capítulo 4
Quadro de referência
Neste capítulo é inicialmente efetuada uma descrição do quadro de referência para o desenvol-
vimento de sistemas de gestão adotado. Posteriormente são apresentados os casos de aplicação do
modelo às duas empresas descritas no capítulo 2: a empresa de projetos e a empresa de produção
em série.
Finalmente, é efetuada uma breve análise qualitativa dos processos desenvolvidos.
37
38 Quadro de referência
Gestão do sistema
• processos relacionados com a avaliação do desempenho do negócio, dos processos e das
pessoas, e com a avaliação da satisfação dos clientes,
Operações
• todos os processos que contribuem para a cadeia de valor, relacionados com as áreas de
vendas, engenharia do produto, compras, produção e prestação de serviços, distribuição e
assistência pós-venda.
Suporte
• todos os processos de apoio e suporte ao sistema, relacionados com as áreas de gestão
de recursos (pessoas, equipamentos, infra-estruturas, ambiente de trabalho, ambientais e
energéticos) e gestão de documentos e dados.
Gestão do Sistema
Avaliação Planeamento
Avaliação
Avaliação
Planeamento
Planeamento
Inovação
&
de
da
saBsfação
Melhoria
estratégico
dos
recursos
markeBng
desempenho
dos
clientes
Partes
interessadas
Partes
interessadas
Operações | Cadeia de valor
Engenharia
Assistência
Vendas
do
produto
Compras
Produção
Distribuição
pós-‐venda
Suporte
Primeiro algarismo:
Segundo algarismo:
Terceiro algarismo
As instruções possuem também codificações semelhantes nas duas empresas, do tipo Ix-yaaa,
em que:
x:
• T — Instruções de trabalho;
• Q — Instruções de metrologia;
• M — Instruções de manutenção;
y:
• 0 — Instruções não relacionada com uma área específica ou transversais a diversas áreas;
aaa:
Como exemplo, a IT-C001 é uma instrução de trabalho relacionada com a área comercial.
4.2 Casos de aplicação do modelo 41
CÓDIGO DESIGNAÇÃO
P200 Vender produtos e serviços
P201 Produzir equipamentos
P202 Produzir dispositivos
Definir oper.
Encomenda Projetar Produzir Reunir
a
de cliente equip./disp. componentes componentes
subcontratar
+ +
Equipament
Colocar
Montar Aprovar Expedir o
equipamento
equip./disp. equipamento equipamento validado
em marcha
pelo cliente
+
P202 – Produzir dispositivos
Definir oper.
Encomenda Projetar Produzir Reunir
a
de cliente equip./disp. componentes componentes
subcontratar
+ +
Informa
cliente
Tempo S
?
S
Fecha
Rever
processo Peq. ?
S ?
comercial
Fecha
processo Fim
comercial
Figura 4.3: Empresa de Projetos – Fluxograma do sub-processo P210 - Gerir consultas de clien-
tes
CÓDIGO DESIGNAÇÃO
P210 Gerir consultas de clientes
P220 Projetar equipamentos e dispositivos
P221 Produzir componentes
P222 Montar equipamentos e dispositivos
Envia
S desenhos Acompanha Acompanha
Abre Atualiza Nomeia Estudo
Ok ? Projeto para fabrico fabrico e teste e Ok ?
projeto plano projetista preliminar
montagem ensaios
Comprar S
Especifica
materiais
materiais
+
Contrata S
Elabora Coloca em Valida
transporte e Ok ? Fim
manuais marcha produto
envia
CÓDIGO DESIGNAÇÃO
P223 Comprar materiais e serviços
• Compras reclamadas;
Encomenda
interna
S S
Consul Consultar Selecionar Qualiif Encomendar
ta ? mercado fornecedor ? a fornecedor
Artigos com
existência
<min Qualificar
fornecedor
Reclamar a
fornecedor
S S S
Acompanha Prazo Rececionar
Rec? Ok? Fim
mento Ok? material
S Obra
Definir
em
ações
risco?
Recupera
Comprar S
Abre Avalia Mecaniza
ficha de necessidade materiais componente Inspeciona Ok ?
fabrico s de MP + s
A instrução de trabalho IT-C004, Comprar materiais e serviços, contém a descrição das ati-
vidades que integram este sub-processo, sendo algumas delas descritas em instruções de trabalho
independentes: IT-C005, Consultar e encomendar a fornecedores, IT-C006, Qualificar e avaliar
fornecedores, IT-Q004, Inspeção a materiais comprados e IT-Q005, Ações corretivas, preventivas
e de melhoria.
• Atrasos ao cronograma;
• Taxa de defeitos.
• Atrasos ao cronograma;
• Taxa de defeitos.
4.2 Casos de aplicação do modelo 47
Recupera
S
Abre Monta
Requisita Reúne
ficha de equip. ou Inspeciona Ok ?
materiais materiais
fabrico dispositivos
CÓDIGO DESIGNAÇÃO
P200 Vender produtos próprios
P201 Vender produtos de subcontratação
P202 Produzir peças
Expedir Peças
Faturar
produtos vendidas
produtos
próprios
Inspeção
Montar Inspeção final Embalar Peças em APA
intermédia
Figura 4.8: Empresa de Produção em Série – Representação simplificada dos processos operacio-
nais
4.2 Casos de aplicação do modelo 49
Calcula S
Existe
necessidade
?
s
S Peças S
Acompanha Prazo
em
prazos ok ?
stock?
Informa Renegoceia
produção prazos
Produção
Emite
OF
+
Processa
Fim
encmenda
Figura 4.9: Empresa de Produção em Série – Fluxograma do sub-processo P210 - Gerir armazém
de produto acabado
CÓDIGO DESIGNAÇÃO
P210 Gerir armazém de produto acabado
P211 Gerir consultas de subcontratação
P220 Desenvolver produtos
P221 Comprar materiais
Envia
informação
a cliente
S
Recebe
Acompanha Adjud. Encomenda
resposta do
cliente ? de cliente
cliente
S
Rever
?
Fecha
processo Fim
comercial
Figura 4.10: Empresa de Produção em Série – Fluxograma do sub-processo P211 - Gerir consul-
tas de peças de subcontratação
Comprar
Abre Recebe
Ferramentas Ensaio
projeto ferramentas
+
S S S
Aprova
Ok ? Ok ? 1ª série Ok ?
amostras
Corrige
ferramentas
ou processo
Elabora
Liberta para
dossier do Fim
produção
produto
• Atrasos ao cronograma;
A instrução de trabalho IT-P010, Desenvolver novos produtos, contém a descrição das ati-
vidades que integram este sub-processo. A cada novo produto está associado um conjunto de
documentos – Ficha Técnica, Instruções de Produção por equipamento, Planos de Inspeção por
operação e Desenhos Técnicos – que constituem o Dossier do Produto, cujas regras se encontram
especificadas na IT-P001, Constituição do dossier do produto.
O sub-processo Comprar materiais e serviços na fase inicial de aquisição de ferramentas –
moldes, caixas de machos, dispositivos de apoio à mecanização, gabaritos de controlo.
Na início do sub-processo Desenvolver novos produtos é necessário adquirir ferramentas –
moldes, caixas de machos, dispositivos de apoio à mecanização, gabaritos de controlo. Por essa
razão, o segundo passo é constituído pelo sub-processo:
CÓDIGO DESIGNAÇÃO
P221 Comprar materiais e serviços
Encomenda
interna
S S
Consul Consultar Selecionar Qualiif Encomendar
ta ? mercado fornecedor ? a fornecedor
Artigos com
existência
<min Qualificar
fornecedor
Reclamar a
fornecedor
S S S
Acompanha Prazo Rececionar
Rec? Ok? Fim
mento Ok? material
S
Definir
Risco?
ações
• Compras reclamadas;
A instrução de trabalho IT-C010, Comprar materiais e serviços, contém a descrição das ati-
vidades que integram este sub-processo. Algumas destas atividades são descritas em instruções
de trabalho independentes: IT-C011, Consultar e encomendar a fornecedores, IT-C012, Qualificar
e avaliar fornecedores, IT-Q001, Inspeção a materiais comprados e IT-Q002, Ações corretivas,
preventivas e de melhoria.
4.2 Casos de aplicação do modelo 53
Produzir
Equipamentos
equipamentos
Encomenda
Encomenda
Uma análise aos modelos dos processos, para as duas empresas, permite concluir que o mo-
delo adotado se adequa a qualquer das organizações, apesar das diferenças nos seus modos de
funcionamento.
Vender
Obje5vos
Produtos
estratégicos
produtos
próprios
próprios
• Gerir
consultas
• Gerir
armazém
prod.
acabado
• Produzir
peças
• Desenvolver
produtos
• Comprar
materiais
e
serviços
Vender
Obje5vos
Produtos
de
estratégicos
produtos
de
subcontratação
subcontratação
No caso dos produtos próprios, a equipa de vendas contacta os clientes, ou os clientes contac-
tam a empresa, sendo recolhidas encomendas para os produtos de catálogo que a empresa possui.
No caso dos produtos de subcontratação, uma encomenda (na realidade, um contrato de for-
necimento) angariada na sequência de um processo de consulta, desencadeia o sub-processo de
desenvolvimento de uma nova peça. Após aprovação pelo cliente, a sua produção é feita por
encomenda, de acordo com os pedidos do cliente.
Na Empresa de Produção em Série, após ser recebida uma encomenda de produtos próprios
ou um pedido de fornecimento de peças de subcontratação, o armazém de produto acabado é
notificado para proceder ao envio respetivo. O armazém de produto acabado, que em termos
funcionais integra a área comercial, é responsável por avaliar as necessidades e encomendar as
peças à produção, emitindo uma ordem de fabrico.
No caso da produção MTO o armazém apenas procede a pequenos ajustes das quantidades
pedidas, pois as existências são normalmente nulas. No caso da produção MTS o armazém tem
em conta quantidades mínimas de produção, relacionadas com dimensão de lotes económicos.
Nesta empresa, a produção de peças é, na realidade, um sub-processo da gestão do armazém
de produto acabado que, por sua vez, é um sub-processo dos processos de vendas.
As compras são planeadas e concretizadas na sequência da atividade de planeamento, dentro
do processo “Produzir peças”. Numa instrução de trabalho específica estão definidas responsa-
bilidades na seleção e qualificação de fornecedores, consulta, estabelecimento de contratos de
fornecimento, encomenda e receção dos artigos ou serviços comprados.
informáticos, os ERP de ambas as empresas estão a ser dotados de workflows alinhados com os
processos identificados e descritos neste trabalho.
56 Quadro de referência
Capítulo 5
57
58 Conclusões e Trabalho Futuro
Curriculum Vitae
59
60 Curriculum Vitae
de 2002 ao presente
SETOR Consultoria
• Departamento de Manutenção;
• Área de Certificação de Edifícios e Energias Renováveis.
de 1997 a 2002
de 1990 a 1997
de 1988 a 1990
de 1987 a 1988
SETOR Máquinas-ferramenta.
de 1986 a 1987
em 2013
em 2011/12
em 2010
em 2009
em 2007
em 2006/07
em 2006
em 2005/06
em 2005
EMPRESA/ENTIDADE SETOR PROJETO
Lusofoto, Freixieiro Distribuidor de ma- Diagnóstico estratégico.
terial fotográfico
Electro-Magalhães, Empreiteiro de Concepção e implementação de Sistema de
Paços de Ferreira electricidade Gestão da Qualidade segundo o referencial
normativo ISO 9001.
72 Curriculum Vitae
em 2013
PROGRAMA: Academia PME;
ORGANISMO INTERMÉDIO: IAPMEI; ENTIDADE BENEFICIÁRIA: AIMMAP.
em 2012
PROGRAMA: Academia PME;
ORGANISMO INTERMÉDIO: IAPMEI; ENTIDADE BENEFICIÁRIA: AIMMAP.
em 2011
PROGRAMA: Formação de Empresários;
ORGANISMO INTERMÉDIO: AEP; ENTIDADE BENEFICIÁRIA: AEBA.
em 2010
PROGRAMA: Academia PME;
ORGANISMO INTERMÉDIO: IAPMEI; ENTIDADE BENEFICIÁRIA: AIMMAP.
em 2009
PROGRAMA: Formação PME;
ORGANISMO INTERMÉDIO: AEP; ENTIDADE BENEFICIÁRIA: AEBA.
em 2006
PROGRAMA: Formação PME;
ORGANISMO INTERMÉDIO: AEP; ENTIDADE BENEFICIÁRIA: AEBA.
em 2005
em 2004
em 2003
PROGRAMA: Formação PME;
ORGANISMO INTERMÉDIO: AEP; ENTIDADE BENEFICIÁRIA: AEBA.
em 2002
PROGRAMA: Formação PME;
ORGANISMO INTERMÉDIO: AEP; ENTIDADE BENEFICIÁRIA: AIDA.
em 2013
em 2012
em 2011
em 2010
em 2006
em 2005
em 2004
em 1992/93
em 2010
em 2007
em 2006
Fluxogramas: Simbologia
Sub-processo Documentos
+
Ligador
Grupo
Fim
83
84 Fluxogramas: Simbologia
Anexo C
Indicadores
Económico-Financeira
Comercial
Compras
Produção
Logística
Recursos Humanos
Qualidade
Ambiente
De entre os parâmetros de caracterização de indicadores de desempenho listados na sec-
ção 3.4.4 optou-se por apresentar apenas:
ABREV Abreviatura
DESIGNAÇÃO Designação
UN Unidades de medida
A maioria dos indicadores apresentados vem sendo usada pelo autor na sua atividade de con-
sultoria. Esses indicadores de base foram no entanto completados recorrendo a vários trabalhos
publicados de que se destaca, [15], [14], [16] e [17].
85
C.1 Económico-Financeira 86
VAB Valor Acrescentado Bruto e VT + Proveitos suplementares + Trabalhos para a própria empresa - CMVMC - FSE -
Outros custos e perdas operacionais
Situação Líquida
SOLV Solvabilidade % Passivo
Situação Líquida
AF Autonomia Financeira % Ativo = SOLV × ENDIV
Disponibilidades
LI Liquidez Imediata % Passivo de Curto Prazo
Capitais Permanentes
FM Fundo de Maneio % Ativo não corrente
VT Vendas totais e
continua . . .
ABREV DESIGNAÇÃO UN FÓRMULA DE CÁLCULO
Resultados Operacionais
ROV Rentabilidade Operacional das Vendas VT
RO Resultado operacional
Resultado líquido
continua . . .
87
88
ABREV DESIGNAÇÃO UN FÓRMULA DE CÁLCULO
Custos produção
% Custos produção % Custos totais dos produtos
Indicadores
C.2 Comercial
VT Vendas totais e
VT no período
Variação das vendas % VT no período anterior
VT - vendas planeadas
Variação das vendas face ao planeado % VT
continua . . .
90
ABREV DESIGNAÇÃO UN FÓRMULA DE CÁLCULO
Número de propostas
Taxa de resposta a consultas % Número de consultas
Número de adjudicaçõe
Taxa de adjudicação % Número de propostas
P Rendimento (Performance) %
continua . . .
Indicadores
ABREV DESIGNAÇÃO UN FÓRMULA DE CÁLCULO
novo produto
Custos subcontratação
% Custos subcontratação % Custos totais de produção
93
C.5 Logística 94
Custos de transportes
Custos de transportes % VT
Número de trabalhadores Un
C.6 Recursos Humanos
continua . . .
95
96
ABREV DESIGNAÇÃO UN FÓRMULA DE CÁLCULO
Número de reclamações Un
Neste anexo são apresentados os modelos desenvolvidos para a representação gráfica dos pro-
cessos e das instruções.
Os modelos têm por base documentos em MS-Powerpoint. A escolha desta aplicação deveu-se
ao facto de ser corrente nas empresas, relativamente a outras aplicações específicas de modelação
de processos.
Para cada modo de representação são apresentadas duas figuras: a primeira com o modelo
propriamente dito, correspondente ao Master Slide, e a segunda o documento de trabalho com os
campos a preencher realçados a cor verde.
99
D.1 Matriz de responsabilidades 100
+&
Cliente:&
Dados&
Registos&e&
Documentos&
Documentos&externos:& Indicadores:& Legenda:&
Executante&
Consultor&
Informado&
Evento&que& Resultado&ou&
despoleta&ou& Nome&do& Nome&da& Nome&da& Nome&da& Nome&do& Nome&da& Nome&da& Nome&da& nº&da&pág.&
nº&pág&ant& SubVprocesso& A$vidade& A$vidade& A$vidade& SubVprocesso& A$vidade& A$vidade& A$vidade& seguinte&
+& +& +&
Ator&A&
Ator&A&
Cliente:&
D.1 Matriz de responsabilidades
Iden$ficação&do&
Ator&A& cliente&do&
processo&
Ator&A&
Ator&A&
Ator&A&
Ator&A&
Dados&
Nome&do&documento& ID&dos®istos& ID&da&BD& Nome&do&documento&
Registos&e&
ID&dos®istos& ID&dos®istos& ID&dos®istos&
Documentos&
Documentos&externos:& Indicadores:& Legenda:&
Nome&do&documento& Informado&
Nome&do&documento& Código& Abrev& Designação&do&indicador& Unidade&
Documentos&
Registos&e&Dados&
Documentos&externos:& Indicadores:& Cliente:&
Ator&
D.2 Diagrama swimlane
Sub- Sub-
processo processo
Ator&
+& +&
Nome do grupo
Ator&
Op Fim
Ator&
Atividade
Ator&
IT1 R1 R2 R3 IT2 R4
BD1
Documentos&
ID&dos®istos& ID&dos®istos& ID&dos®istos&
Registos&e&Dados&
Documentos&externos:& Indicadores:& Cliente:&
Processo:( Código:( P( .(
LogoLpo( Página:( de(
Âmbito:(
da(empresa( Data:( .( .(
Resp:(
Cliente:(
Dados(
Registos(e(
Documentos(
Documentos(externos:( Indicadores:( Observações:(
Op
Sub- Sub-
Atividade Atividade processo processo Atividade Atividade 2
+( +(
Op
Cliente:(
R1 IT1 R2 BD1
Dados(
Registos(e(
ID(dos(registos( Nome(do(documento( ID(dos(registos( ID(da(BD(
Documentos(
Documentos(externos:( Indicadores:( Observações:(
D.4 Instrução
Título:&
Âmbito:&
Descrição& Responsável&
Este&documento&após&impressão&não&é&sujeito&a&controlo&documental&
Elaborado&por:&
Mod.&XXX.A& ©&EMPRESA& Aprovado&por:&
D.4 Instrução 107
Título:& Título&da&instrução&
Âmbito:& Descrição&sucinta&do&âmbito&–&1ª&linha&
Descrição&sucinta&do&âmbito&–&2ª&linha&
Descrição&sucinta&do&âmbito&–&3ª&linha&
Descrição& Responsável&
Texto&da&instrução& Nome&
Este&documento&após&impressão&não&é&sujeito&a&controlo&documental&
Elaborado&por:& Nome&
Mod.&XXX.A& ©&EMPRESA& Aprovado&por:& Nome&
108 Modelos de representação gráfica de processos
Anexo E
109
E.1 Empresa de projetos 110
DT Cliente:
Dep. Técnico
DP Dep. Produção
DG
IT- IT-
P210
C001 C001
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Legenda:
Objetivos estratégicos Encomendas de clientes Volume de vendas por segmento e total € Executante
Mod. 006.A
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Modelos de processos desenvolvidos
Processo: Produzir equipamentos Código: P201. A
Empresa
de
Página: 01 de 01
Âmbito: Todos os equipamentos produzidos pela empresa
Projetos
Data: 13 . 06 . 01
Resp: DG
Equipament
Definir oper. Colocar
Encomenda Projetar Produzir Reunir Montar Aprovar Expedir o
a equipamento
de cliente equip./disp. componentes componentes equip./disp. equipamento equipamento validado
subcontratar em marcha
pelo cliente
+ + +
E.1 Empresa de projetos
PRJ
Cliente:
DP
Cliente final
FAB
MTG
ARM
MET
DG/DC
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Legenda:
Mod. 006.A
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111
Código: P202. A
112
Processo: Produzir dispositivos
Empresa
de
Página: 01 de 01
Âmbito: Todos os dispositivos produzidos pela empresa
Projetos
Data: 13 . 06 . 01
Resp: DG
Cliente:
DP
Cliente final
FAB
MTG
ARM
MET
DG/DC
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Legenda:
Mod. 006.A
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Modelos de processos desenvolvidos
Processo: Gerir consultas de clientes Código: P210. A
Empresa
de
Página: 01 de 01
Âmbito: Todas as consultas de clientes e todos os produtos e serviços
Projetos
Data: 13 . 06 . 01
Resp: DC
Informa
cliente
Tempo S
?
E.1 Empresa de projetos
S
Fecha
Rever
processo Peq. ?
S ?
comercial
Fecha
processo Fim
comercial
Cliente:
IT-
C003
Dep. Técnico
Dados
Dep. Produção
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Observações:
Mod. 006.A
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113
Código: P220. A
114
Processo: Projetar equipamentos e dispositivos
Empresa
de
Página: 01 de 01
Âmbito: Todos os equipamentos e dispositivos, mesmo quando tenham projeto do cliente
Projetos
Data: 13 . 06 . 01
Resp: DT
Envia
S desenhos Acompanha Acompanha S Contrata
Abre Atualiza Nomeia Estudo
Ok ? Projeto para fabrico fabrico e teste e Ok ? transporte e
projeto plano projetista preliminar
montagem ensaios envia
Comprar
Especifica
materiais
materiais
+
S
Elabora Coloca em Valida
Ok ? Fim
manuais marcha produto
Dados
Cliente final
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Observações:
Mod. 006.A
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Modelos de processos desenvolvidos
Processo: Produzir componentes Código: P221. A
Empresa
de
Página: 01 de 01
Âmbito: Todos os componentes fabricados destinados a produtos vendidos pela empresa
Projetos
Data: 13 . 06 . 01
Resp: DP
Recupera
Comprar S
Abre Avalia Mecaniza
Envia para Fecha ficha
E.1 Empresa de projetos
Cliente:
IT- IT- IT-
P223
P006 Q003 P003
Dep. Produção
Dados
Cliente final
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Observações:
Mod. 006.A
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115
Código: P222. A
116
Processo: Montagem de equipamentos e dispositivos
Empresa
de
Página: 01 de 01
Âmbito: Todos os equipamentos e dispositivos fabricados na empresa
Projetos
Data: 13 . 06 . 01
Resp: DP
Recupera
S
Abre Monta
Requisita Reúne Envia para Fecha ficha
ficha de equip. ou Inspeciona Ok ? Fim
materiais materiais aprovação de fabrico
fabrico dispositivos
Cliente:
IT- IT- IT- IT-
P007 P003 Q001 Q002
Cliente final
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Observações:
Mod. 006.A
Este documento após impressão não é sujeito a controlo documental © EMPRESA Elaborado por: GQ Aprovado por: DG
Modelos de processos desenvolvidos
Processo: Comprar materiais e serviços Código: P223. A
Empresa
de
Página: 01 de 01
Âmbito: Todos os materiais e serviços comprados para stock ou diretamente para obras ou
Projetos
ordens de fabrico Data: 13 . 06 . 01
Resp: DC
Reclamar a
fornecedor
Encomenda
E.1 Empresa de projetos
interna
S S S S S
Consul Consultar Selecionar Qualiif Encomendar Acompanha Prazo Rececionar
Rec? Ok?
ta ? mercado fornecedor ? a fornecedor mento Ok? material
Artigos com
existência
<min Qualificar
fornecedor S Obra
Definir
em
ações Fim
risco?
Cliente:
IT- IT- IT- IT- IT-
C004 C-005 C006 Q005 Q004
Dep. Produção
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Observações:
Mod. 006.A
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117
E.2 Empresa de produção em série 118
Gerência Cliente:
Cliente final
Comercial
Vendas Subcontr.
Apoio
administrativo
Armazém de
prod. acabado
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Legenda:
Objetivos estratégicos Faturas a cliente Volume de vendas por segmento e total € Executante
Mod. xxx.A
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Modelos de processos desenvolvidos
Processo: Vender produtos de subcontratação Código: P201. A
Empresa
de
Página: 01 de 01
Produção
em
Data: 13 . 06 . 01
Série
Âmbito: Todas as peças de subcontratação vendidas pela empresa Comercia
Resp:
l
Objetivos Definir Implementar Gerir Desenvolver Processar Gerir Produtos de
estratégicos estratégia estratégia consultas produtos pedidos Arm. Prod. Expedir Faturar subcontratação
(vendas comercial comercial (subcontr.) (subcontr.) (subcontr.) Acabado produtos produtos vendidos
subcontr)
+
+
+
Gerência Cliente:
Cliente final
Comercial
Vendas Subcontr.
E.2 Empresa de produção em série
Engª Produto
Apoio
administrativo
Armazém de
prod. acabado
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Legenda:
Objetivos estratégicos Faturas a cliente Volume de vendas por segmento e total € Executante
Mod. xxx.A
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119
Código: P202. A
120
Empresa
de
Processo: Produzir peças
Página: 01 de 01
Produção
em
Data: 13 . 06 . 01
Série
Âmbito: Todas as peças produzidas na empresa
Resp: Técnica
Planeam e Contr.
Fundição
Maquinação
Mont. e Emb.
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Legenda:
Ordem de fabrico Entrada de peças em APA OEE por posto, por secção, global % Executante
Calcula S
Existe Processa
necessidade Fim
? encmenda
s
S Peças S
Acompanha Prazo
em
prazos ok ?
stock?
Informa Renegoceia
E.2 Empresa de produção em série
produção prazos
Produção
Emite
OF
+
Cliente:
IT- IT-
C013 C014 P202
APA
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Observações:
Mod. xxx.A
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121
Código: P211. A
122
Empresa
de
Processo: Gerir consultas (peças de subcontratação)
Página: 01 de 01
Produção
em
Âmbito: Todas as consultas de clientes relativas a peças de subcontratação
Data: 13 . 06 . 01
Série
Comercia
Resp:
l
Envia
informação
a cliente
S
Abre S Elabora Aprova Envia Recebe Fecha
Recebe Viável Elabora Acompanha Adjud. Encomenda
processo. proposta proposta proposta resposta do processo Fim
consulta ? orçamento cliente ? de cliente
comercial comercial comercial comercial cliente comercial
S
Rever
?
Cliente:
IT- IT-
C007 C008
Engenharia do produto
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Observações:
Mod. xxx.A S
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Modelos de processos desenvolvidos
Processo: Desenvolver produtos Código: P220. A
Empresa
de
Página: 01 de 01
Produção
em
Âmbito: Todos os novos produtos
Data: 13 . 06 . 01
Série
Eng.
Resp:
Produto
Comprar S S Elabora
Abre Recebe Aprova S Liberta para
Ferramentas Ensaio Ok ? Ok ? 1ª série Ok ? dossier do Fim
projeto ferramentas amostras produção
+ produto
Corrige
ferramentas
ou processo
E.2 Empresa de produção em série
Cliente:
IT-
P010 P221 IT-
P001 Comercial
Dados
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Observações:
Reclamar a
fornecedor
Encomenda
interna
S S S S S
Consul Consultar Selecionar Qualiif Encomendar Acompanha Prazo Rececionar
Rec? Ok?
ta ? mercado fornecedor ? a fornecedor mento Ok? material
Artigos com
existência
<min Qualificar
fornecedor S
Definir
Rsco?
ações Fim
Cliente:
IT- IT- IT- IT- IT-
C010 C-011 C012 Q002 Q001
Comercial
Dados
Técnica
Registos e
Documentos
Documentos externos: Indicadores: Observações:
Mod. xxx.A S
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Modelos de processos desenvolvidos
Referências
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