O Historicismo e o Materialismo Historico

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ESCOLA SECUNDARIA DE CHIULUGO

TRABALHO EM GRUPO DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Tema: O Historicismo e o Materialismo Histórico

Elementos do Grupo:
Delta Victor Albino
Helisa Hermene Gildo Mussa
Lidia Aide
Joana Adriano Bernardo
Cecilia Serafim
Ancha Saulino Samiel
Celia Gustavo
Fatima Mussa
Latifa Quirssa
Aderito Humberto
Felizarda Tapwale
Sara Salvador
Luis Silva

Lichinga, Abril de 2024


ESCOLA SECUNDARIA DE CHIULUGO

TRABALHO EM GRUPO DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Tema: O Historicismo e o Materialismo Histórico

Elementos do Grupo:

Delta Victor Albino


Helisa Hermene Gildo Mussa
Lidia Aide
Joana Adriano Bernardo
Cecilia Serafim
Ancha Saulino Samiel
Celia Gustavo
Fatima Mussa
Latifa Quirssa
Aderito Humberto
Felizarda Tapwale
Sara Salvador
Luis Silva

Lichinga, Abril de 2024


Índice
Introdução .......................................................................................................................... 3
Objectivo geral: .................................................................................................................. 3
Objectivos específicos: ...................................................................................................... 3
Metodologia: ...................................................................................................................... 3
Historicismo ....................................................................................................................... 4
Conceito ............................................................................................................................. 4
Antecedentes ...................................................................................................................... 5
Historicismo Alemão ......................................................................................................... 6
Desenvolvimento ............................................................................................................... 6
Crise ................................................................................................................................... 6
Ópticas da crise .................................................................................................................. 7
MATERIALISMO HISTÓRICO ...................................................................................... 7
Origem do Materialismo Histórico .................................................................................... 7
Características do Materialismo Histórico ......................................................................... 8
Sociedade segundo o Marxismo ........................................................................................ 8
Críticas ao Materialismo Histórico .................................................................................... 9
Materialismo Dialéctico ..................................................................................................... 9
Conclusão......................................................................................................................... 10
Referência bibliográfica ................................................................................................... 11
Introdução

No concerne ao presente trabalho caber-nos-á falar do historicismo e o materialismo


histórico, Historicismo o historismo é uma forma de abordagem dos fenómenos e
culturas humanas que se centra na importância da história para a compreensão destes.
Constitui a base de uma visão de mundo tipicamente moderna e ocidental fundamentada
na noção de que as configurações do mundo humano ao passo que o materialismo
histórico é uma teoria que faz parte do socialismo marxista. Essa corrente teórica estuda
a história por meio da relação entre a acumulação material e as forças produtivas. Para
os materialistas históricos, a sociedade foi se desenvolvendo através da produção de
bens que satisfazem as necessidades básicas e supérfluas do ser humano.

Objectivo geral:

 Falar do Historicismo e o Materialismo Histórico.

Objectivos específicos:

 Identificar o historicismo e o materialismo histórico;


 Caracterizar o historicismo e o materialismo histórico
 Explicar acerca do historicismo e o materialismo histórico.

Metodologia:

Para a concretização do presente trabalho foi necessário recorrer a material já escrito


acerca do assunto em destaque, possível de ter acesso em portais virtuais.

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Historicismo

Historicismo é uma concepção da filosofia desenvolvida entre o fim do século XIX e


início do século XX pelo filósofo alemão Wilhelm Dilthey (1833 - 1911).

O ideal historicista aponta as diferenças entre o homem e a natureza e entre as ciências


naturais e ciências humanas. Dilthey classifica as ciências humanas como ciências do
espírito e cultura.

Conceito

O filósofo, que também era historiador, afirma que os fatos humanos são históricos.
Como tal, têm valor, sentido, significação e finalidade.

Com as características citadas, o autor defendia que as pesquisas das ciências humanas
não deveriam se utilizar dos métodos das ciências da natureza. Entre os métodos
criticados está o da observação-experimentação.

Dilthey aponta que para conhecer as questões relacionadas às ciências do espírito e


cultura era necessário criar um método para compreender o sentido dos fatos humanos.
Dessa maneira, o pesquisador chega ao que o autor denomina causalidade histórica.

O cuidado específico com a pesquisa das ciências do espírito e cultura ocorre porque o
fato humano é histórico ou temporal.

Na perspectiva do historicismo, os fatos seguem os mesmos valores e precisam ser


compreendidos simultaneamente. Essa compreensão deve considerar as particularidades
históricas como etapas ou fases do desenvolvimento da humanidade de uma maneira
geral. Ou seja, é o progresso.

No modelo de análise, são enquadrados os fatos:

 Políticos
 Sociais
 Religiosos
 Económicos
 Psíquicos
 Artísticos

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 Técnicos

Antecedentes

Em geral, o historicismo foi uma visão de mundo que surgiu no final do século XVIII e
início do século XIX no Ocidente. A origem do historicismo está directamente ligada às
ideias forjadas, principalmente, pelos pensadores do Iluminismo alemão. De acordo
com Friedrich Meinecke, foi na transição do século XVII para o século XVIII, frente ao
iluminismo inglês que, na Alemanha e na Itália, surgem os primeiros resquícios do
pensamento historicista de superação do Iluminismo, do empirismo inglês e do
racionalismo francês, sendo Giambatista Vico, Shaftesbury e Gottfried Leibniz
precursores desse pensamento. A partir do Iluminismo, o correto entendimento dos
eventos históricos pressupunha a compreensão alargada das circunstâncias históricas
nas quais ele estava relacionado e que poderiam revelar certas regularidades no
desenvolvimento social humano. Dentro do contexto francês e britânico, em especial,
existia a crença de que a esfera social era, assim como a natural, regida por leis, que
poderiam ser descobertas por meio da observação panorâmica das diferentes sociedades.
A lei natural é entendida enquanto a racionalidade da própria história, aquilo que
impulsiona o homem a construir uma sociedade melhor, e garante a existência de uma
história universal comum a toda a humanidade. Cabia, portanto, ao ser humano
descobrir a lógica do progresso da sociedade através da observação das múltiplas
formas de viver em sociedade a fim de montar a história do progresso da civilização.

Ao estudar as diversas nações, os iluministas chegaram à conclusão de que


independentemente de suas diferenças temporais, geográficas ou culturais a natureza
humana, seus vícios e suas virtudes, permaneciam os mesmos. Aliado a isso, ao olharem
para as regularidades sociais, fascinaram-se pela diversidade cultural trazida pelo estudo
da história do progresso da sociedade. Ao mesmo tempo que existia a compreensão de
uma natureza humana universal, percebia-se que ela mostrava-se de diferentes formas
no decorrer do tempo. O historicismo possui uma visão diferenciada do progresso
iluminista, adoptando um desenvolvimento historicista, que vê cada sociedade com uma
importância significativa em sua própria essência e que, através do contato humano,
criará novas formas culturais

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Historicismo Alemão

Os elementos que baseiam o historicismo são herdados do idealismo alemão. A


concepção é baseada nas ideias de Immanuel Kant (1724 - 1804), Johann Gottlieb
Fichte (1762 - 1814), Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775 - 1854) e Georg
Wilhelm Friedrich Hegel (1770 - 1831).

Desenvolvimento

O historicismo alcançou seu auge no século XIX na Alemanha a partir da ideia de


evolução histórica indissociável da individualidade do homem e dos povos.[76] Para
Friedrich Meinecke, a contribuição do historicismo para o Ocidente seria a forma de se
relacionar com o passado, o presente e o futuro, consistindo na substituição da
concepção naturalista e na crença na natureza imutável do homem por uma nova razão
que se individualiza constantemente. Uma evolução baseada no amadurecimento de
características individuais junto à universalidade histórica.

Crise do Historicismo

Intelectuais alemães, nas primeiras décadas do século XX, começaram a escrever sobre
aquilo que denominaram como crise do historicismo. Existem muitos relatos sobre a
crise do historicismo, que longe de terem alguma coerência entre si, mostram-se
bastante diferentes. O historicismo na Alemanha se tornou um problema durante e após
a Primeira Guerra Mundial, quando surgiram dúvidas sobre a possibilidade de um
conhecimento verdadeiro e objectivo em relação à história, questionando sua
cientificidade e os valores iluministas, tais como a objectividade e a universalidade. De
acordo com alguns autores, a visão de mundo historicista teria contribuído para os
perjúrios alemães do século XX e, portanto, a pluralidade de posicionamentos que
cercava o historicismo antes da Primeira Guerra Mundial se converteu em provocantes
críticas ao seu significado. A partir da crítica ao historicismo constituiu-se na Alemanha
a génese da história entendida enquanto ciência social, que impulsionava uma
historiografia de superação aos valores historicistas.

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Ópticas da crise do historicismo

Talvez a mais popular interpretação sobre a crise do historicismo tenha sido dada pelo
teólogo alemão Ernst Troeltsch ao afirmar que a crise do historicismo estava ligada ao
relativismo da abordagem historicista. Ao proclamar que todos os valores devem ser
entendidos enquanto produto de um contexto social e histórico específico, o
historicismo deixa transparecer que não existem valores humanos universais. O
contexto imediato ao fenómeno torna-se seu único referencial já que os contextos são
únicos, individuais e incomensuráveis. O relativismo implícito ao historicismo foi
considerado uma fonte importante para o desenvolvimento do niilismo.

De outro modo, pesquisadores, como o historiador alemão Georg Iggers, enxergam a


crise do historicismo como derivada do conflito entre o ideal de conhecimento objectivo
e a crença nas forças condicionantes da história. Alguns historicistas acreditavam estar
acima da história ao propor que o conhecimento histórico era objectivo, livre de todos
os valores e preconceitos. No entanto, se todo o conhecimento humano é condicionado à
sua época, como postulava o historicismo, torna-se impossível pensar em uma história
escrita de forma imparcial. O próprio ponto de vista do historiador está sujeito ao seu
contexto.

MATERIALISMO HISTÓRICO

O materialismo histórico é uma teoria que faz parte do socialismo marxista. Essa
corrente teórica estuda a história por meio da relação entre a acumulação material e as
forças produtivas. Para os materialistas históricos, a sociedade foi se desenvolvendo
através da produção de bens que satisfazem as necessidades básicas e supérfluas do ser
humano.

Origem do Materialismo Histórico

O materialismo histórico foi criado pelos filósofos alemães Karl Marx (1818-1883) e
Friedrich Engels (1820-1895).

Durante a Revolução Industrial houve crescimento dos centros urbanos nos países
europeus. A desigualdade entre as classes sociais se tornou notória e isso teve forte
impacto na vida social, política e espiritual desse período.

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Desta maneira, surgiram várias correntes de pensamento que buscavam explicar a
origem das diferenças sociais. Uma dessas teorias era o materialismo histórico.

Características do Materialismo Histórico

O materialismo histórico buscou compreender as relações entre o trabalho e a produção


de bens ao longo da história.

Essa concepção materialista da história percebeu que os meios de produção são


determinantes para caracterizar as sociedades.

Para Marx e Engels, as mudanças sociais que ocorrem na sociedade são fruto dessa
conquista material, que por sua vez, determina a situação económica dos indivíduos.

Segundo o materialismo histórico, as relações de produção são fundamentais para


delinear as relações entre as classes sociais que formam a sociedade. Para Marx, é o
capitalismo produz a luta de classes entre a burguesia (dominantes) e o proletariado
(dominados).

Em sua obra “O Capital”, Karl Marx avalia a sociedade capitalista e as diversas


realidades sociais que nela estão inseridas e faz uma análise crítica sobre o sistema
capitalista.

Sociedade segundo o Marxismo

Para entender o conceito é preciso recordar como Marx e Engels caracterizaram a


sociedade. A classe burguesa é formada pelos detentores dos meios de produção. Já a
classe proletária, recebe um salário por sua força de trabalho.

Por isso, o proletariado tem que vender a sua mão-de-obra para os burgueses. Estes,
segundo o marxismo histórico, sempre vão querer conservar o poder e obter mais lucro.
Por isso vão explorar o máximo possível os empregados, seja pagando baixos salários
ou oferecendo péssimas condições de trabalho.

Insatisfeitos, o proletariado se revoltam e luta contra os burgueses. Somente após


muitos conflitos, a classe dominante aceita introduzir mudanças que possam melhorar a
vida da classe trabalhadora. Por isso, de acordo com os estudos de Marx e Friedrich
Engels, o que move a história de uma sociedade é a luta entre as classes sociais.

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Críticas ao Materialismo Histórico

Como toda teoria sociológica e histórica, o materialismo histórico sofreu críticas por
outros pensadores. Destacaremos apenas três delas.

A primeira delas diz respeito à validade atemporal a que se pretende esta teoria. Será
que podemos entender as relações de produção do Egipto Antigo com os mesmos
critérios usados para compreender uma sociedade industrial.

A segunda reprovação afirma que as classes sociais não são homogéneas e também
lutam entre si. Nem sempre a política económica de um governo beneficia um
latifundiário e um grande industrial. Há leis trabalhistas que são aplicadas somente para
operários urbanos e não para os camponeses.

Finalmente, o materialismo histórico só leva em conta a economia e não as motivações


religiosas, ideológicas e militares para o desenvolvimento da sociedade, como fará o
sociólogo Max Weber, por exemplo.

Materialismo Dialéctico

O materialismo dialéctico é outra vertente apresentada por Marx, onde ele usa a
dialéctica para explicar as mudanças sociais.

A partir desse viés, as mudanças surgem pelo embate entre as forças sociais. Elas são
um reflexo da matéria em sua relação dialéctica com as dimensões psicológica e social,
as quais, por sua vez, constituem as forças produtivas e as relações de produção.

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Conclusão

Após término do trabalho entende-se que o historismo é uma forma de abordagem dos
fenómenos e culturas humanas que se centra na importância da história para a
compreensão destes. Constitui a base de uma visão de mundo tipicamente moderna e
ocidental fundamentada na noção de que as configurações do mundo humano ao passo
que o materialismo histórico é uma teoria que faz parte do socialismo marxista. Essa
corrente teórica estuda a história por meio da relação entre a acumulação material e as
forças produtivas. Para os materialistas históricos, a sociedade foi se desenvolvendo
através da produção de bens que satisfazem as necessidades básicas e supérfluas do ser
humano.

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Referência bibliográfica

Rodrigues, Renato Paes (2017). «O conceito de historicismo e seus problemas.». Hegel


e o historicismo frente ao desafio da contingência. (Dissertação). Expediente:
Universidade Federal de Ouro Preto. Consultado em 1 de Dezembro de 2018

Sammer, Renata (2012). A Ética Historista de Johann Gustav Droysen (PDF)


(Dissertação). Expediente: PUC-Rio. Consultado em 14 de janeiro de 2019

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