Aula 8
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Introdução:
- Esta lição traz continuidade ao trimestre com base em assuntos da vida cotidiana do
crente. Certamente o tema de hoje vem sendo negligenciado pela comunidade evangélica
mesmo em meio a dificuldades concernentes ao assunto. O estudo da igreja é algo muito
mais importante do que muitas pessoas possam imaginar, no ramo da teologia
sistemática o estudo da igreja nos revela o quanto esse estudo é abrangente e relevante
para combater distorções a respeito da IGREJA, no seu propósito e função.
- Nesse estudo poderemos analisar o conceito de Igreja com forte aparato bíblico e
histórico, dessa maneira poderemos eliminar grande parte das equivocadas formas de
entendimento a respeito da igreja que com o passar do tempo criamos em nossas
mentes devido o abandono do tema em questão.
- A igreja há muito tempo é alvo de diversos ataques da comunidade não cristã, a respeito
de suas condutas históricas e forma de se organizar. Historicamente, ela é acusada de ser
percussora de sangrentas perseguições, e a sua atual forma de governo, que muitas
vezes nem se quer parece com um grupo religioso e se parecendo cada vez mais com
uma empresa multinacional.
I - A Igreja
1. O que é a igreja.
[Do heb. qahal, assembleia do povo de Deus; do gr. ekklesia, assembleia pública].
Organismo místico composto por todos os que, pela fé, aceitaram o sacrifício vicário
de Cristo, e têm a Palavra de Deus como a sua única regra de fé e conduta ( Ef 5.30-
33).No Novo Testamento, o mesmo termo aplica-se ao ajuntamento dos fiéis, num
determinado lugar, para adorar a Deus, fortalecer a comunhão cristã e desenvolver o
serviço cristão (Fm 2). (Claudionor Correia de Andrade Dicionário Teológico the
World).
- No período da Grécia antiga era se empregado o termo ekklesia (ek “fora de”, e o
verbo kaleõ “chamar”), quando haveria de se reunir o lideres (chama-los para fora) em
praça publica exercendo a inicio da democracia que conhecemos, na época somente
homens dispensados de suas obrigações militares é quem participavam dessa reunião de
liderança. Portanto Igreja “ekklesia” pode significar chamados para fora para se reunir.
Promessa da Igreja 13 E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos,
dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? 14 E eles disseram: Uns, João Batista; outros,
Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas.15 Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?16 E
Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17 E Jesus, respondendo, disse-
lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu
Pai, que está nos céus.18 Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a
minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 E eu te darei as chaves do Reino
dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado
nos céus.20 Então, mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo. (MT
16.13-20)
“Tu és Pedro e sobre esta pedra...” Existe um grave equivoco de interpretação por parte
de alguns grupos. Jesus utiliza de um jogo de palavras fazendo um belo trocadilho.
Pedro no original grego é petros quer dizer pedra, ou pedregulho. Continuando Jesus diz “E
sobre esta petra edificarei a minha igreja”, petra no original representa um rochedo, ou
uma grande formação rochosa. Essa grande formação rochosa é o próprio Jesus, na qual é o
alicerce da igreja.
- Na passagem de Mateus 16, Jesus Cristo revela aos seus discípulos o que ele faria.
Chamaria o povo para fora do pecado e reuniria na praça que é o próprio Cristo
edificaria a sua igreja sobre Ele o Filho do Deus, na qual ele é a cabeça (Ef 5.23),
dando continuidade naquilo que foi proposto com sua vinda. Nesse momento é apenas
anunciado e não criado a igreja. No antigo testamento não havia igreja como conhecemos
hoje, com o povo de Israel era conhecido como congregação, mas podemos entender que
eles eram a igreja do Senhor; eles porem o negou posteriormente e então foram abertas as
portas para podermos estar diretamente ligados ao Senhor, Nisto não há judeu nem grego;
não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo
Jesus. (Gl 3.28). Independente de qual nação região ou cultura, todos os que creem fazem
parte da igreja, a missão do povo de Israel que até então tinha como sua missão proclamar o
nome de Deus e assim não fizeram, foi passada para todos os cristãos.
16 Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que ponho em Sião como alicerce uma pedra, uma pedra
provada, pedra preciosa de esquina, de firme fundamento; aquele que crer não se apressará. (Is
28.16)
(a) O templo de Deus. (1Ped. 2:5,6.) Um templo é um lugar em que Deus, que habita
em toda parte, se localiza a si mesmo em determinado lugar, onde seu povo o possa
achar "em casa". (1Reis 8:27.) Assim como Deus morou no Tabernáculo e no templo,
assim também vive, por seu Espírito, na igreja. (Ef 2:21,22; 1Cor. 3:16,17.) Neste templo
espiritual os cristãos, como sacerdotes, oferecem sacrifícios espirituais, sacrifícios de
oração, louvor e boas obras.
(b) A noiva de Cristo. Essa é uma ilustração usada tanto no Antigo como no Novo
Testamento para descrever a união e comunhão de Deus com seu povo. (2 Cor. 11:2;
Ef. 5:25-27; Apoc. 19:7; 21:2; 22:17.) Mas devemos lembrar que é somente uma ilustração,
e não se deve forçar sua interpretação. O propósito dum símbolo é apenas iluminar um
determinado lado da verdade e não o de prover o fundamento para uma doutrina. (Myer
Pearlman, Conhecendo as doutrinas da Biblia, Editora Vida, 2006).
II – O Propósito da Igreja
1. A Igreja de Cristo.
- A igreja de Cristo é algo muito além do que a nossa visão pode chegar, pois tendemos
a ter a igreja somente na esfera em que vivemos no máximo enxergando um campo
missionário além-mar. Antes de tudo é de grande importância compreender que a
igreja é única, pode haver confusão das pessoas ao verem tantas denominações, mas é
necessário termos em mente que Deus instituiu a sua Igreja para todos os que
professam a fé nele.
- Podemos dividir a Igreja em duas formas, ele como visível e também a igreja como
invisível.
- A igreja invisível é a igreja como um todo, formado por todos aqueles crentes
legítimos, seja eles vivos, os que já morreram em Cristo, e até mesmo aqueles que
ainda não nascerão. Somente Deus pode ver a sua igreja como um todo, pois o homem é
limitado em tempo e espaço, o homem jamais saberá quem são aqueles que serão
verdadeiramente salvos.
• Universal – A igreja não esta restrita geograficamente / Ela esta no mundo todo / Feita
por pessoas de toda parte do mundo. Mesmo nos países onde é estritamente proibido igrejas
lá mesmo assim existe igreja (Mt 18.20) / A igreja esta além do poder humano. Ex a Igreja
de Jundiaí não pode estar em todo mundo.
• Triunfante – Vitoriosa por Deus / Venceu a batalha contra o pecado através da morte de
Jesus
- A Igreja Visível como o próprio nome diz, é aquela que vemos que posteriormente
pode se subdividir diferente da igreja invisível, que não pode se dividir, e formar assim
as Igrejas locais que na qual se diferenciam devido a correntes de pensamentos e
costumes. A Igreja visível é o ajuntamento dessas pessoas que professam a mesma fé
para adorar a Deus.
Episcopal - assembleia de Deus, uma única pessoa (pastor) é quem toma as decisões.
Embora não se tenha descoberto nenhum templo, isto é, edifício destinado especificamente
para o culto cristão, anterior a meados do terceiro século, é certo que bem antes disso os
cristãos tinham espaços sagrados grandemente reverenciados. Um importante ponto de
transição nesse processo evolutivo foi o impacto causado pelo imperador Constantino,
o primeiro líder do Império Romano a identificar-se com a nova religião. Ele não só
concedeu plena liberdade religiosa aos cristãos, como engrandeceu a igreja e seus
líderes de várias maneiras. Em Roma e outras cidades imperiais, várias basílicas
(edifícios públicos romanos), algumas muito grandes e majestosas, foram
transformadas em templos cristãos, sendo dedicadas aos mais diversos mártires, agora
vistos como santos.
Essa preocupação quase obsessiva com o aspecto material e visível da religião teve as
suas vantagens e desvantagens. No aspecto positivo, foi uma afirmação da beleza e da
bondade da criação divina e da realidade da encarnação de Cristo. Todavia, também
produziu uma espiritualidade mágica e supersticiosa que obscurecia a centralidade do
Deus triúno na devoção cristã. O próprio santuário, suas imagens, suas relíquias e sua
liturgia podiam se tornar mais importantes para o cristão comum do que o
relacionamento pessoal e direto com Deus.
Em países como o Brasil, a posição da Igreja Católica como religião oficial, e ao mesmo
tempo o desejo de atrair imigrantes europeus, fez com que os legisladores autorizassem os
protestantes a construir os seus santuários, contanto que não tivessem forma exterior de
igrejas. Isso contribuiu para o empobrecimento arquitetônico e artístico dos templos
evangélicos, em grande parte monótona e pouco atraente.
Em conclusão, as atitudes dos cristãos em relação aos seus locais de culto têm variado
grandemente ao longo da história, indo desde o “templocentrismo”, que considera o
santuário como um lugar dotado de virtudes especiais, até o desinteresse pelos espaços
religiosos em si mesmos, valorizando-se apenas as atividades neles realizadas. Não há
como negar a importância psicológica e espiritual dos lugares em que as pessoas têm uma
experiência especialmente profunda do sagrado. À luz das Escrituras, importa que a
atitude em relação a esses locais seja equilibrada, valorizando-se o belo, o estético e o
simbólico, mas evitando-se transformá-lo num fim em si mesmo. Desde uma perspectiva
protestante, o templo pode ser considerado “santo” no sentido bíblico de “separado do
uso comum” e destinado para o Senhor. Deve ser funcional e prático, visando o que
(Alderi Souza de Matos Os átrios de Senhor: o significado dos templos cristãos na história
http://www.mackenzie.br/7103.98.html).
- Muitas coisas com relação aos templos foram sendo agregados com o tempo,
precisamos estar atentos para não cairmos no conceito errado de que precisamos dos
templos para estar buscando a Deus, sendo que a reunião esta voltada à comunhão
com os irmãos. A ideia de altar e templo vem da tradição judaica. Hoje onde quer que
estejamos podemos estar conectados com Deus.
- Como podemos ver na aula passada a respeito do criacionismo Deus não cria nada
por acaso, isso não é diferente com respeito a sua igreja. Primeiramente é para essa
união dos salvos em Cristo; porém Deus deixou algumas missões para sua igreja
realizar até que se de a sua volta, vamos esmiuçar essas ordenanças que o Senhor nos
deixou como missão.
19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; 20 ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. (Mt 28.19-20)
• Proclamar o Evangelho.
- Um dos principais papeis da igreja é a proclamação do evangelho [Do hb. besorah; do
gr. evangelion,boas novas]. Essa ordem não é de agora, e sempre foi e deve continuar
sendo um dos principais princípios Cristão, não apenas algo que é meramente
lembrado em tempos e tempos, mas sim, no cotidiano da Igreja enviando pessoas para
o campo mundial, e também não se esquecendo do “quintal de casa”. Cristo ensina nos
evangelhos como fazer, e ainda nos capacita através do Espírito Santo para podermos
realizar tão maravilhosa obra. Missão tem que estar na cabeça da igreja, que na qual
deve ansiar por almas.
- É preciso refinar a abordagem para jovens, atualizar o nosso modo de agir, e também zelar
pelo nossa maior forma de evangelismo que é o nosso próprio testemunho que damos
no trabalho na escola, na comunidade em que vivemos, e assim daremos continuidade
a esse oficio tão importante que foi posto nas mãos da igreja.
Governado pela máquina política do Império Romano, em que o indivíduo era praticamente
ignorado, os homens anelavam uma comunhão onde pudessem livrar-se do sentimento de
solidão e desamparo. Em tal mundo, uma das características mais atraentes da igreja era o
calor e a solidariedade da comunhão — comunhão em que todas as distinções terrenas eram
eliminadas e os homens e mulheres tomavam-se irmãos e irmãs em Cristo. (Myer Pearlman
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia Editora Vida, 2006).
• Pobres e necessitados.
- Igreja também tem o seu compromisso em zelar pelos necessitados, não somente os de
dentro da igreja, mas todos aqueles que podermos ajudar.
27 A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas
nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo. (Tg 1.27)
17 Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado. (Tg 4.17)
• Batismo (ordenança).
- O Batismo em águas é a forma de entrada do crente na igreja, simbolizando a morte para a
velha vida de pecado, e o novo nascimento para Cristo. É a confissão publica de fé para o
crente. A pessoa não é batizada para ser salva, mas ela é batizada porque ela é salva.
Obs.: Essa lista corresponde de modo geral os afazeres da Igreja, já que o Batismo nas
águas, e a Santa ceia assim como Michael L. Dusing diz, são símbolos e formas de
proclamação daquilo que Cristo já levou a efeito espiritualmente nas suas vidas.
- Deus nos deu pessoas para que pudesse nos ajudar e nos orientar pessoas que cuidasse e
organizasse a sua igreja que são os pastores, presbíteros diáconos. Todas essas pessoas e
também nos temos a responsabilidade de cumprir todas aquelas missões já citadas
anteriormente.
15 Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores. (Mt 7.15)
- Precisamos continuamente louvar a Deus por nossa liderança que ainda tem compromisso
com a palavra, tem transparência em sua administração, e esta nos ajudando para uma
caminhada para o céu.
2. Os “desigrejados”.
- Esse movimento está em ascensão, são pessoas que justificam não encontrarem uma igreja
que se adequada para que eles possam frequentar, julgam não aceitarem a problemas
eclesiásticos, a corrupção de algumas igrejas e a institucionalização de algumas
denominações. Na verdade grande parte dessas pessoas abandona a suas congregações
muitas vezes por terem para si certo grau de superidade, e até mesmo de infalibilidade não
aceitando as falhas de seus irmãos, se prendendo nas torres de seus castelos.
- O assunto está tomando proporções tão grandes que ah algum tempo já existem igreja que
dão suporte para esse tipo de pessoa que podem até mesmo participarem da santa ceia de
forma em suas casas, sendo que a própria ceia representa a união da igreja com Cristo, e a
união entre os irmãos. (1Co 11.33 Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer,
esperai uns pelos outros.).
24 e consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, 25 não
abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e
tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. (Hb 10.24,25)
Ex: Eles saem de suas denominações com o objetivo de cultuar em suas casas, com sua
família, pouco tempo depois seus amigos poderão estar La junto dele para cultuar também,
pois seus amigos também não concordavam com a congregação anterior. Já se tem um
numero considerável de pessoas; Eles precisarão de alguém responsável pela condução do
culto e pelo ensino da palavra, esses provavelmente serão os lideres do local, após entrarem
em divergências no ensino deveram procurar um credo para seguir, com o passar do tempo
já não terá como fazer o culto na varanda da casa e esses deveram procurar um lugar
adequado, posteriormente vão precisar de um nome, de dinheiro para se mantiver, e em
pouco tempo formarão uma igreja. Todo aglomerado humano necessita de uma
organização. (Ilustração de Algustos Nicodemus).
A situação e bem diferente de onde as pessoas não podem se reunir para cultuar, como é o
caso da coreina do norte. Lá a situação é totalmente inversa; as pessoas tem vontade de se
reunirem, mas não podem e não deixaram de ser igreja de Cristo por isso. Já no nosso
contexto as pessoas podem, mas por capricho não querem.
- A igreja de Cristo é apenas uma, as igrejas locais são varias. As divisões e diferenças
foram surgindo com o passar do tempo devido a diferentes linhas teológicas de
interpretação e até mesmo de costumes.
- A maior divisão que se tem conhecido foi a reforma protestante teve seu estopim no
séc. XVI com a publicação das 95 teses que combatiam com base bíblica os
ensinamentos errôneos da igreja romana.
- É plenamente aceitável esse tipo de divisão desde que ele não infrinja as ideias os
princípios fundamentais do cristianismo como: O sacrifício de Cristo, a Sua divindade,
Seu nascimento virginal, a inspiração das escrituras, entre outros pontos que são
inquestionáveis. Já questões secundárias como costumes, liturgia, a forma correta de
liderança levaram a igreja para varias fragmentações.
Conclusão.
- Entendemos o que é a Igreja, somo o povo chamado para fora para proclamar o evangelho
a toda criatura, e temos isso como a maior missão, melhorar e desenvolver novas técnicas
de evangelismo para poder alcançar o maior numero de pessoas possíveis. Nosso
compromisso além de evangelizar e batizar, ensinar, termos comunhão, ajudar os
necessitados, e principalmente adorar a Deus.