Crimes Cibernéticos - Da Ineficácia Da Lei Carolina Dieckmann Na Prática de Crimes Virtuais
Crimes Cibernéticos - Da Ineficácia Da Lei Carolina Dieckmann Na Prática de Crimes Virtuais
Crimes Cibernéticos - Da Ineficácia Da Lei Carolina Dieckmann Na Prática de Crimes Virtuais
doi.org/10.51891/rease.v9i11.12291
RESUMO: Este presente artigo almeja abordar a ineficácia da Lei Carolina Dieckmann
no enfrentamento dos crimes cibernéticos. Busca-se compreender os desafios enfrentados
na aplicação da lei e propor medidas para aprimorar o combate aos crimes virtuais. Nesse
contexto, o problema a ser enfrentado é: Com o avanço da tecnologia será que a legislação
está sendo eficaz para identificar e reprimir os crimes virtuais? Para tanto, o objetivo geral
deste estudo é analisar a eficácia da lei no combate dos crimes cibernéticos além disso, são
objetivos específicos: Investigar a lacuna existente na legislação, analisar a realidade das
ameaças virtuais e compreender os desafios na recolha de provas para processar os
infratores. Esse estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica e documental de cunho
descritivo e explicativo tendo na sua metodologia a abordagem qualitativa, baseada em
uma análise extensiva da literatura acadêmica, ordenamento jurídico, sites, artigos 354
científicos, livros, relatórios de organizações internacionais e documentos legais
relacionados ao tema. Diante de tudo, esta pesquisa aponta para a necessidade premente de
atualização e aprimoramento da legislação existente, bem como para a implementação de
abordagens multidisciplinares e colaborativas no combate aos crimes cibernéticos. A Lei
Carolina Dieckmann, por si só, não é suficiente para enfrentar as ameaças virtuais em
constante evolução. É essencial fortalecer a cooperação entre órgãos de aplicação da lei,
promover a educação cibernética, sensibilizar o público sobre os riscos digitais e investir
em tecnologias de segurança.
1
Artigo apresentado a Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas, como parte dos requisitos para obtenção do
Título de Bacharel em Direito, em 2023.
2
Graduanda em Direito pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA, Itamaraju-BA – Email: m
3
Professor-Orientador. Mestre em Gestão. Social, Educação e Desenvolvimento Regional, no Programa de
Pós-Graduação STRICTO SENSU da Faculdade Vale do Cricaré - UNIVC (2012 -2015). Especialista em
Docência do Ensino Superior Faculdade Vale do Cricaré. Possui graduação em Biblioteconomia E
Documentação pela Universidade Federal da Bahia (2009). Possui graduação em Sociologia pela
Universidade Paulista (2017-2020). Atualmente é coordenador da Biblioteca da Faculdade de Ciências Sociais
Aplicadas da Bahia. Coordenador do NTCC FACISA,Pesquisador Institucional do sistema E-MEC
FACISA, Recenseador do Sistema CENSO MEC FACISA. Coordenador do NTCC FACISA. Avaliador da
Educação Superior no BASis MEC/INEP. ORCID: 0000-0003-1652-8152.
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
ABSTRACT: This article aims to address the ineffectiveness of the Carolina Dieckmann
Law in combating cybercrimes. The aim is to understand the challenges faced in law
enforcement and propose measures to improve the fight against virtual crimes. In this
context, the problem to be faced is: With the advancement of technology, is legislation
being effective in identifying and repressing virtual crimes? To this end, the general
objective of this study is to analyze the effectiveness of the law in combating cyber
crimes, in addition, the following are specific objectives: Investigate the existing gap in
legislation, analyze the reality of virtual threats and understand the challenges in
collecting evidence to prosecute criminals. offenders. This study consists of
bibliographical and documentary research of a descriptive and explanatory nature, using a
qualitative approach in its methodology, based on an extensive analysis of academic
literature, legal system, websites, scientific articles, books, reports from international
organizations and legal documents related to the theme. Overall, this research points to
the pressing need to update and improve existing legislation, as well as to implement
multidisciplinary and collaborative approaches to combating cybercrime. The Carolina
Dieckmann Law alone is not enough to face constantly evolving cyber threats. It is
essential to strengthen cooperation between law enforcement agencies, promote cyber
education, raise public awareness about digital risks and invest in security technologies.
INTRODUÇÃO
O Brasil passou por atualizações legislativas significativas no âmbito das leis de
proteção de dados virtuais. Um exemplo disso é a Lei Carolina Dieckmann, também 355
conhecida como lei 12.737/12. O tema falará exatamente sobre essa lei, embora tenha
representado um avanço importante na regulamentação dos crimes cibernéticos no Brasil,
iremos analisar os desafios significativos em sua aplicação prática. Pois a velocidade das
mudanças tecnológicas, a complexidade das ameaças virtuais e a dificuldade de rastrear e
identificar criminosos cibernéticos são alguns dos obstáculos que limitam a eficácia da
legislação.
É importante ter em mente que os esforços para combater os crimes virtuais no
Brasil nem sempre têm sido bem-sucedidos, como exemplificam as deficiências da lei
12.737/12 (também conhecida como Lei Carolina Dieckmann). A problemática está
relacionada com os crimes virtuais que continuam a ocorrer diariamente e com o avanço
tecnológico as agências responsáveis pela aplicação da lei não estão sendo eficiente para
reprimir os infratores. Dado isso, o problema evidenciado será: Com o avanço da
tecnologia será que a legislação está sendo eficaz para identificar e reprimir os crimes
virtuais?
O objetivo geral deste estudo é analisar a eficácia da lei no combate dos crimes
cibernéticos, visando uma compreensão mais elaborada. Além disso, os objetivos
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
1.METODOLOGIA
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
criminosa virtual. Esta análise crítica fornece informações valiosas sobre os desafios
enfrentados na prática.
O surgimento para realização dessa pesquisa começou a partir da curiosidade de
saber como a legislação faz para identificar e punir criminosos que agem por meio virtual e
se as vítimas são resguardadas de forma eficiente. A partir daí, foram utilizados diversos
recursos, incluindo bases de dados acadêmicas e mecanismos de busca online como Google
Scholar, PubMed, Lilacs e Scielo. A seleção criteriosa de palavras-chave específicas, como
“crime cibernético”, “Lei Carolina Dieckmann”, “segurança digital” e outros termos
relacionados, foi de extrema importância para identificar o tema em questão.
O presente capitulo ira retratar a historicidade dos crimes virtuais para isso iremos
voltar na década de 1960 Segundo Jesus: “Para a doutrina internacional, os crimes virtuais
tiveram início na década de 1960, quando foram identificadas as primeiras referências
sobre o tema, cuja maior parte foi de delitos de alteração, cópia e sabotagem de sistemas
computacionais. ” (JESUS, 2016, p. 17. Apud. VIEIRA, 2021, p. 2). Tendo as condições
técnicas ruins na época era até difícil detectar o autor. 358
No ano de 1980, foi quando aconteceu o maior alastramento dos mais diferentes
delitos pertinentes aos crimes cibernéticos. Foi nessa época que identificaram várias ações
criminosa com a utilização de meios virtuais, a pirataria de programas foi uma das ações
cometida na época.
Na década de 70 a figura do Hacker já era citada com o advento de crimes como
invasão de sistema e furto de software, mas foi em 1980 que houve maior
propagação dos diferentes tipos de crimes como a pirataria, pedofilia, invasão de
sistemas, propagação de vírus, surgindo então com isso à necessidade de se
despender maiores preocupações com a segurança virtual que exige uma atenção
especial para identificação e punição dos responsáveis, que a essa altura estão em
todos os lugares do mundo. (CARNEIRO, Adeneele Garcia, 2017. Apud.
VIEIRA, 2021, p. 2).
Foi a partir daí que começaram a surgir as primeiras legislações para regulamentar a
pratica dos crimes ilícitos. “Por mais uma vez, os Estados Unidos da América foram
pioneiros no assunto, quando em 1984 editaram a legislação “Crime Control Act” e logo
em seguida o “Computer Fraud and Abuse Act, em 1986”. (ASSIS 2016, p. 16).
A Alemanha, em 1986, editou a Lei “Computer Kriminalitat”, seguida da Franca
que em 1988 editou a Lei Godfrain. Posteriormente, em 1995 a Espanha incluiu crimes de
informática na reforma do seu Código Penal. (ASSIS 2016, p. 16).
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
que a acessam. Este método não apenas aumenta a probabilidade de contaminação, mas
também explora a confiança estabelecida entre conhecidos que podem compartilhar
involuntariamente um arquivo de phishing.
A prevalência deste tipo de ataque aumentou, resultando num aumento
significativo no número de vítimas em todo o mundo. Essa tática ameaçadora abrange
diversas formas de ameaças, como fraude, chantagem, roubo de identidade, perseguição e
clonagem de cartões. Acredita-se que esta abordagem tenha se tornado a técnica preferida
para a extração de informações, com uma taxa de utilização que aumentou mais de 60%
entre aqueles que a praticam (CORTELA, 2013).
De acordo com uma pesquisa realizada pela Kaspersky, (2018), o Brasil é
classificado como o principal país do mundo em ataques de phishing. Esse ranking foi
consolidado no ano anterior, quando se descobriu que quase 30% dos usuários de internet
no Brasil haviam sido alvo de pelo menos uma tentativa de phishing. Embora o número
deste ano tenha diminuído para 23%, o Brasil manteve sua posição de liderança, sendo o
phishing via WhatsApp o método mais utilizado.
A conduta atente contra o estado natural dos dados e recursos oferecidos por um
sistema de processamento de dados, seja pela compilação, armazenamento ou
transmissão de dados, na sua forma, compreendida pelos elementos que compõem
um sistema de tratamento, transmissão ou armazenagem de dados, ou seja, ainda,
na forma mais rudimentar; 2. O Crime de Informática é todo aquele
procedimento que atenta contra os dados, que faz na forma em que estejam
armazenados, compilados, transmissíveis ou em transmissão; 3. Assim, o Crime
de Informática pressupõe does elementos indissolúveis: contra os dados que
estejam preparados às operações do computador e, também, através do
computador, utilizando-se software e hardware, para perpetrá-los; 4. A expressão
crimes de informática, entendida como tal, é toda a ação típica, antijurídica e
culpável, contra ou pela utilização de processamento automático e/ou eletrônico
de dados ou sua transmissão; 5. Nos 10 crimes de informática, a ação típica se
realiza contra ou pela utilização de processamento automático de dados ou a sua
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
A lei, apesar dos seus efeitos positivos, também teve consequências negativas, como
salientaram alguns especialistas. Eles criticam a lei por suas punições brandas e por só
criminalizar o ato de acessar dados caso uma barreira seja violada. Isso significa que se
alguém acessar dados que estão disponíveis gratuitamente, como um celular desbloqueado,
não é considerado crime. (NASCIMENTO, 2016).
O advogado e ex promotor de justiça Eudes Quitino de são Paulo publicou em um
artigo a seguinte prerrogativa:
Extrai-se do texto legal a finalidade de incriminar a conduta do agente que
invade, driblando os mecanismos de segurança, e obtém, adultera ou destrói a
privacidade digital alheia, bem como a instalação de vulnerabilidades para
obtenção de vantagem ilícita. Observa-se, contudo, a necessidade da existência de
um mecanismo de segurança no sistema do aparelho, uma vez que a lei
condiciona a ocorrência do crime com a violação indevida deste. Assim, a invasão
do dispositivo informático que se der sem a violação do mecanismo de segurança
pela inexistência deste será conduta atípica. Por tal razão torna-se cada vez mais
importante proteger os aparelhos com antivírus, firewall, senhas e outras defesas
digitais. (JUNIOR, 2012)
Ou seja, mesmo com a lei tipificada é importante os usuários se proteger com
antivírus, senhas e outros meios de segurança virtuais para poder evitar esses tipos de
ataques.
362
INEFICACIA DA LEI CAROLINA DIECKMANN
Verificando a lei, e possível identificar uma grande lacuna existente nela seja na
punição ou na produção de provas, apesar da lei acrescentar e modificar artigos do Código
Penal. O advogado criminalista Luiz Augusto Sartori de Castro diz: "ausência de definição
de diversos termos técnicos inseridos na lei, o que também inviabiliza a aplicação do tipo
penal comentado". Como exemplo cita o artigo 154-A do Código Penal, no qual se faz a
abordagem da invasão de sistemas informáticos, "vê-se que faltou suporte técnico-jurídico
aos legisladores na redação dos dispositivos", "Quando a discussão chegar ao Poder
Judiciário, deixará de ser punida a grande parcela daqueles que acessam indevidamente
sistemas de informática. Isso porque não o fazem à força, como exige o tipo penal ao se
valer do verbo invadir"(CASTRO apud, SÁ, 2021, p. 11).
Com tudo, para fazer valer o crime precisa ser violado o mecanismo de segurança
primeiro. Vale salientar que até hoje não há uma definição de quais mecanismo de
segurança são esses. E caso o dispositivo não tiver esses mecanismos a vítima vai ser
violada e não haverá punição? Vários doutrinadores se questionam sobre essa questão.
Diante de tantas lacunas, a lei apesar da sua importância, não consegue amparar
boa parte da sociedade, pois umas parcelas de indivíduos são leigas em relação a
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
A lei geral de proteção de dados pessoais (LGPD), é uma legislação que trata sobre
a proteção dos dados pessoais, nesse mundo cada vez mais virtuais que vivemos muitas
empresas e organizações governamentais precisam de nossos dados para nos prestar algum
tipo de serviço. Com isso será que nossos dados fornecidos estão protegidos? Será que essas
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
informações serão passadas para outras instituições? Então, são essas e outras questões que
a lgpd visa regular no âmbito das informações que tramitam no território brasileiro,
incluindo as empresas que mesmo não estando localizada fisicamente, oferecem serviços
em nosso território brasileiro.
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
acesso a fragmentos das nossas informações pessoais, criando uma rede complexa de dados
fragmentados (FREITAS, 2020).
O conceito de proteção de dados centra-se na salvaguarda da personalidade do
indivíduo, e não nos seus bens. É um direito pessoal e de segurança que é parte
integrante da experiência humana, pois é uma expressão tangível da liberdade e
da dignidade de um indivíduo (FREITAS, 2020).
Sem dúvida, a internet ampliou a disponibilidade de informações e facilitou o
compartilhamento de dados. No entanto, a estrutura das redes dentro das organizações,
bem como das instituições públicas, tem levado a uma invasão da privacidade tanto de
clientes como de cidadãos em busca de informações pessoais.
Como tal, a Internet representa uma ameaça significativa à privacidade dos
indivíduos, pois permite aos prestadores de serviços trocar informações e monitorizar o
comportamento virtual dos utilizadores na rede.
Os termos “dados” e “informações” são vastos e suas definições variam nas
diferentes legislações dependendo do ponto de vista de cada país, conforme afirma
(FREITAS, 2020).
1.DIREITO A PRIVACIDADE
365
Nesse tópico iremos discorrer sobre o direito à privacidade. É um direito
fundamental para a sociedade, pois existem um conjunto de dados contido na vida pessoal
ou profissional do ser humano que de certa forma não podem fugir do seu controle.
Sabemos que com a evolução do mundo digital, muitas pessoas acabam fornecendo dados
sem ao menos pensar no dando que aquilo pode lhe trazer.
O mundo digital proporciona aos indivíduos acesso a uma infinidade de
informações, desde básicas até altamente confidenciais. Muitas vezes, os usuários não têm
consciência de que estão fornecendo essas informações e não consideram até que ponto
estão se expondo à comunidade em geral (MARINELI, 2019).
O ordenamento jurídico defende o valor da privacidade, conforme delineado no
item 5 de seus fundamentos: o respeito à privacidade das pessoas. Isso é estabelecido pela
proteção da privacidade do indivíduo pelo sistema jurídico nacional, conforme estabelecido
na Lei 13.709 de agosto de 2018 no Brasil.
A capacidade de manter a privacidade é um aspecto essencial do desenvolvimento
pessoal, pois permite que os indivíduos afirmem a sua identidade única na
sociedade sem serem condenados ao ostracismo. Este direito à privacidade
também implica o direito de regular as informações que lhe dizem respeito
(FERNANDES, 2017)
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
CONCLUSÃO
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
É crucial reconhecer que a eficácia da Lei Carolina Dieckmann depende não apenas
das suas disposições legais, mas também da boa execução de tais disposições, reforçando as
competências investigativas e estabelecendo a cooperação internacional entre as agências
de aplicação da lei. Além disso, é imperativo tomar medidas para aumentar a compreensão
e a educação relativamente à segurança digital para reduzir a suscetibilidade da sociedade
ao crime cibernético.
A presente pesquisa buscou mostrar a complexidade dos crimes cibernéticos,
representa um obstáculo significativo para as agências responsáveis pela aplicação da lei
em todo o mundo. Um dos maiores obstáculos é a natureza global e em constante mudança
destes crimes, muitas vezes envolvendo múltiplos perpetradores localizados em diferentes
jurisdições. Isto representa um desafio em termos de identificação, investigação e
repressão de criminosos cibernéticos. Além disso, o ritmo acelerado dos avanços
tecnológicos no ciberespaço torna difícil para os regulamentos acompanharem as novas
ameaças e técnicas, complicando ainda mais a tarefa das agências responsáveis pela
aplicação da lei.
Apelidada de “Lei Carolina Dieckmann”, a Lei no 12.737, de 30 de novembro de 2012,
A lei proíbe o acesso não autorizado a informações ou dados pessoais de pessoas físicas ou 367
jurídicas por meio de dispositivos eletrônicos. A lei é fruto de projeto apresentado pelo
Deputado Federal, cujo trâmite foi acelerado depois da invasão, subtração e exposição na
internet de fotografias íntimas da atriz Carolina dieckemann, motivo pelo qual a lei
ganhou essa nomenclatura.
A Lei Carolina Dieckmann foi um marco importante para esfera digital no país
Entretanto a Lei tem algumas deficiências em seu texto legal, que são muito questionadas
pelos juristas, apontando como o maior defeito á aplicação da pena branda, com isso
concluímos que a legislação brasileira está bem longe de dar a devida proteção e alcançar a
justiça para os usuários.
Com o desenvolvimento da tecnologia, as pessoas passaram a exercer mais funções
on-line. Isso mostra como a privacidade na internet se tornou ainda mais importante para
a sociedade. A Lei Geral de Proteção de Dados (13.709/2018) no Brasil tem papel
importante estabelece uma estrutura legal de direitos dos (as) titulares de dados pessoais.
Esses direitos devem ser garantidos durante toda a existência do tratamento dos dados
pessoais realizado pelo órgão ou entidade.
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
REFERÊNCIAS
BARROS, Bruno Mello Correa de; BARROS, Clarissa Teresinha Lovatto; OLIVEIRA,
Rafael Santos de. O direito à privacidade: uma reflexão acerca do anteprojeto de
proteção de dados pessoais. 2017. Acesso em: 13 de agosto de 2023.
MARINELI, Marcelo Romão. Privacidade e redes sociais virtuais: sob a égide da Lei
12.965/2014 – Marco Civil da Internet e da Lei 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais. 2019. Acesso em: 20 de setembro de 2023.
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE
VIANA, Igor Bonfim. A proteção de dados pessoais na internet à luz do direito pátrio.
2018. Acesso em: 12 de outubro de 2023.
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.11. nov. 2023.
ISSN - 2675 – 3375