Renda Fixa e Variável

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

Campus Cajazeiras
Paraíba
Curso Bacharelado em Engenharia Civil
Disciplina: Engenharia Econômica e Análise de Investimentos

Equipe: Maria Ariele dos Santos Dantas

Tatianny Souza da Silva

Aplicações Financeiras ou Investimentos em Renda Fixa e Renda


Variável

Cajazeiras-PB
23/11/2022
1. INTRODUÇÃO

A aplicação financeira pode ser descrita como a compra de um ativo financeiro, seja
ele um título, uma ação empresarial, um fundo de investimento, com o objetivo de retorno
financeiro. Portanto, é um investimento.
No aspecto do investidor, existem diversas formas de investir. Onde pontos como
rentabilidade, liquidez e principalmente o risco, são primordiais para a escolha de como
se investir, levando em consideração, o perfil do investidor em questão.
Existem dois principais tipos de aplicação financeira, sendo elas a de renda fixa e a de
renda variável. Com características diferentes e essenciais para a tomar a decisão de: em
qual e quanto investir.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 CONCEITOS

Renda fixa é todo tipo de investimento que tem regras de rendimento definidas
antes. Na hora de aplicar, o investidor já fica sabendo o prazo e a taxa de rendimento ou
o índice que será usado para valorizar o dinheiro investido. Por exemplo, ele sabe que
vai receber 2% ao ano ou o quanto variar a inflação. É um negócio com rendimento
mais previsível que a renda variável.
Já a Renda Variável, é o tipo de investimento onde seria praticamente impossível
saber, com antecedência, quanto será a rentabilidade ou mesmo se terá. Trata-se de um
investimento incerto, com maior nível de risco, variando com o valor do próprio ativo,
seja ele uma ação, fundos imobiliários ou câmbio, por exemplo. Sendo mais comum
entre perfis de investidores mais moderados ou ousados.

2.2 PRINCIPAIS TIPOS DE INVESTIMENTOS

Os principais tipos de investimento de Renda Fixa, são: Poupança: é a aplicação


mais popular do país. É fácil de aplicar, sacar e não paga Imposto de Renda; Tesouro
Direto: Nessa aplicação o emissor é o governo federal. Há títulos prefixados, como o
Tesouro Prefixado, e títulos pós-fixados, como o Tesouro Selic ou o Tesouro IPCA+;
CDBs e RDBs: São exemplos de aplicações de renda fixa em títulos de bancos;
Debêntures e Notas Promissórias: são exemplos de aplicações em títulos de renda fixa
de empresas; LCIs e LCAs: Também é como emprestar dinheiro para o banco em troca
de uma taxa de juros; Fundos de investimento: É aplicar em renda fixa por meio de
fundos de investimento Também há fundos de renda fixa que investem apenas em
títulos do governo e fundos de renda fixa que investem em títulos privados, os
chamados renda fixa crédito livre.
Quando se trata de investimentos de renda variável, existe um grau de risco maior,
logo o seu retorno também tende a ser elevado. Podendo lucrar com a valorização da
cotação do ativo ou com os proventos recebidos. Os principais investimentos desse modo,
são: Ações livres, que se trata de frações do capital de uma empresa; Fundos imobiliários,
quando for sobre uma fração do patrimônio de um fundo de imóveis ou recebíveis
imobiliários; BDR’s, que nada mais são do que ações negociadas no Brasil, pertencentes
a empresas estrangeiras; ETF’s, é um fundo de investimento negociado na Bolsa de
Valores como se fosse uma ação e seguem um índice do mercado. Fundos Imobiliário de
ações, a fração do patrimônio de um fundo de ações que segue ou não um índice; Fundos
Multimercados, é a compra de frações do patrimônio de um fundo que investe tanto em
renda fixa, quanto em renda variável, visando uma melhor rentabilidade; Câmbio e ouro,
é a compra de moedas de outros países ou metais preciosos; Criptomoedas, é a compra
de moeda digital com intuito que a mesma se valorize e tenha retornos financeiros. Todos
esses investimentos citados possuem um grau alto de risco, e um prazo de retorno que
pode variar de curto, médio ou longo, além disso, nenhum deles possuem Fundo
Garantidor de Crédito (FGC).

2.3 OS PRINCIPAIS INDEXADORES DE RENDA FIXA

Os indexadores financeiros são índices econômicos usados como referências para ou


corrigir contratos na economia ou atualizar o valor de um ativo, afetando assim a
rentabilidade final destes. Os principais indexadores utilizados hoje são o IPCA, o IGP-
M, a taxa Selic e a taxa DI – ou "taxa do CDI".

2.4 TIPOS DE INVESTIDORES

Antes de começar a investir, deve-se determinar qual é seu perfil. Será preciso
realizar uma avaliação a fim de descobrir o quanto você suporta o risco de perda diante
da possibilidade do ganho. Existem três tipos, sendo eles: Conservador: É aquele que
tem forte repulsa ao risco e prefere aplicações seguras. Ou seja, não está disposto a
perder mesmo diante da forte possibilidade de altos ganhos. Assim, esse investidor opta
por retornos certos. Os mesmos normalmente optam por investimentos com renda fixa.
Moderado: É um meio termo entre os extremos. Trata-se do investidor que opta por
arriscar mais que o conservador em busca de mais rentabilidade. Porém, ele ainda não
está disposto a assumir grandes riscos que resultem em uma perda significativa na
carteira. Dessa maneira, esse perfil prefere a segurança patrimonial, mas aceita arriscar
em algumas situações. Nesse perfil observa-se a mistura de seus recursos tanto na renda
fixa como na variável, mas ainda há a preferência da previsibilidade do rendimento.
Agressivo: O perfil agressivo está em busca de rendimentos maiores e disposta a correr
riscos para que isso aconteça. Conta-se, portanto, com a imprevisibilidade e as perdas
em curto prazo para que se tenha altos ganhos em um tempo maior. Nesse caso, o
investidor preferirá a renda variável, com risco alto e possível rentabilidade maior.

2.5 PERFIL DO INVESTIDOR BRASILEIRO

Após mais de um ano do início da pandemia de covid-19, o perfil do investidor


brasileiro segue concentrado nas classes A (70%) e B (47%). Além disso, os que
investem no país são predominantemente do sexo masculino e têm entre 16 e 24 anos,
segundo a 4ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, levantamento desenvolvido pela
Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais e com apoio
do Datafolha. Na outra ponta, os não investidores seguem concentrados na classe C,
faixa de renda que responde por 74% do conjunto da população brasileira que encerrou
2020 sem nenhum dinheiro investido.
O levantamento, feito em novembro e dezembro do ano passado, entrevistou
3.408 pessoas das classes A, B e C. Ao todo, 27% dos brasileiros relataram que montar
a reserva de emergência era uma prioridade. Em 2019, o montante estava em 17%.
O conhecimento dos produtos de investimento que existem no mercado segue tendo a
poupança como o principal exemplo. Em 2020, o índice se manteve estável ao ano
anterior em 89%. Em contrapartida, houve um aumento significativo nas citações
espontâneas de outros produtos. No ano passado, o conhecimento quanto a ações (21%)
subiu nove pontos percentuais, enquanto títulos privados aumentou seis pontos para
14% e títulos públicos (14%) e fundos de investimentos (12%) ganharam quatro pontos
na comparação ao ano anterior.

2.6 FUNDOS GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC)

Na prática, ela permite recuperar créditos em instituições financeiras em caso de


falência, intervenção ou liquidação, dentro dos limites definidos. Para o investidor, o
FGC representa a segurança de que suas aplicações estão seguras mesmo em eventos
extremos, como a falência de uma instituição financeira. No entanto, embora seja uma
instituição privada, ela não possui fins lucrativos. O FGC funciona em caso de falência
ou intervenção em uma instituição financeira, esse montante é usado para quitar o valor
devido a correntistas e investidores. Embora não cubra todos os tipos de investimentos
fixos, isso não significa que seja menos confiável, como o exemplo do tesouro direto, já
entre os investimentos de renda variável, nenhum possui o FGC.

2.7 VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS TIPOS DE INVESTIMENTO

Para a Renda Fixa, teremos como vantagens:


Segurança e previsibilidade: A renda fixa é uma categoria de investimento que tem
um cálculo pré-definido.
Variedade de produtos: São muitos os produtos disponíveis para o investidor que quer
colocar parte do seu dinheiro na renda fixa.
Isenção de impostos: Alguns produtos são isentos de impostos, o que pode proporcionar
maiores rendimentos.
Acessibilidade: Existem papéis da renda fixa cujos aportes iniciais costumam ser
baixos, com menos de R$ 100. Mas, claro, também existem papéis que demandam altos
valores de entrada.
Facilidade: É muito fácil comprar títulos de renda fixa, a negociação ocorre pela
internet. Além disso, não é preciso fazer um acompanhamento da evolução dos papéis
prefixados, o investidor só precisa esperar o prazo de vencimento.
Já as desvantagens, serão:
Prazo: Em alguns casos não é permitido fazer o resgate antecipado, o período de
investimento precisa ser cumprido, por isso, se o investidor quiser retirar a aplicação
antes da hora, irá acabar perdendo parte dos rendimentos obtidos.
Taxas: Existem alguns valores que podem ser pagos nesta categoria de investimento,
como o IR, IOF, taxa de custódia e taxa de administração.
Riscos de resgate: Existem algumas aplicações que não têm garantia, como debêntures,
CRI e CRA. Então, em alguns casos, é possível ter perdas totais.
Para os investimentos de Renda Variável, teremos como vantagens:
Possibilidade de maior rentabilidade: proporcionam uma possibilidade muito maior
de retorno financeiro e até mesmo em menor tempo.
Facilidade: É muito fácil comprar títulos de renda variável, a negociação ocorre pela
internet.
Baixo custo inicial: Existem possibilidades valendo até menos de R$ 10,00 por cota, se
tornando bem acessível para o público com menos recursos financeiros.
Diversidade: Possui grande variedade de ações, Fundos e outros ativos para se
escolher.
Já entre os riscos da Renda Variável estão:
Alta volatilidade: Tornando suas aplicações de risco alto, por variar de forma brusca e
normalmente imprevisível.
Taxas cobradas por alguns Fundos: Podem superar até mesmo a rentabilidade, caso
possua
Falta de cobertura do Fundo Garantidor de Créditos: Para perfis de investidores
mais conservadores e moderados, a existência de um FGC é essencial.

2.8 COMPARAÇÃO ENTRE AS FORMAS DE INVESTIMENTO

Na renda fixa, o investidor sabe qual será a rentabilidade do ativo antes mesmo de
realizar o investimento. Ou seja, ele tem previsibilidade sobre quanto o dinheiro irá
render. Já na renda variável não há previsibilidade, o preço dos ativos pode sofrer
variações o tempo todo.
Como exemplo da renda fixa, temos a poupança com rendimento atual de 6,16% ao
ano. Portanto, se você possui R$ 100,00 em conta, no final do ano, terá R$ 106,16.
Já quando se trata de renda variável, o exemplo de um fundo imobiliário com cota de
R$ 8,00, que rende R$ 0,17 por cota ao mês, se você investir, os mesmos R$ 100,00
poderia render R$ 25,50 ao final do ano, porém existe o risco dessa situação mudar e ser
favorável ou não.
3.0 CONCLUSÃO

Portanto, pode-se concluir que não existe um tipo de investimento melhor que outro.
Apenas um investimento mais adequado ao seu próprio perfil de investidor e seu objetivo.
Pontos como o risco de investimento, rentabilidade, liquidez, prazos, taxas e impostos,
são essenciais para decidir em qual tipo de investimento fazer suas aplicações financeiras.
Sempre visando a diversificação de investimentos, pois como vimos, todo tipo existe
vantagens e desvantagens. Sendo assim, é indicado diversificar seus investimentos.
4.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Renda Fixa ou Variável: quais são os melhores tipos de investimentos. Toro Blog,
2022. Disponível em: <https://blog.toroinvestimentos.com.br/investimentos/tipos-de-
investimentos>. Acesso em: 19, de novembro de 2022.

Aplicações financeiras: o que são, exemplos, e melhores para 2022. Vangardi, 2022.
Disponível em:<https://vangardi.com.br/aplicacoes-financeiras-o-que-
sao/#O_que_sao_aplicacoes_financeiras>. Acesso em: 19, de novembro de 2022.

Tipos de aplicações financeiras: guia básico para iniciantes. Onze, 2022. Disponível em:
<https://www.onze.com.br/blog/tipos-de-aplicacoes-financeiras/>. Acesso em: 20, de
novembro de 2022.

Perfil do investidor brasileiro segue concentrado nas classes A e B, mostra ANBIMA.


Vert, 2022. Disponível em:<https://www.vert-capital.com/noticia/perfil-do-investidor-
brasileiro-segue-concentrado-nas-classes-a-e-b-mostra-anbima>. Acesso em: 22, de
novembro de 2022.

Vantagens e desvantagens de investir em renda fixa. Mobills, 2022. Disponível


em:<https://www.mobills.com.br/colunistas/tiago-reis/vantagens-e-desvantagens-de-
investir-em-renda-fixa/>. Acesso em: 22, de novembro de 2022.

Tipos de investidores: conheça os diferentes perfis para investir. Urbe.lab, 2022.


Disponível em:<https://urbe.me/lab/tipos-de-investidores-conheca-os-diferentes-perfis-
para-investir/>. Acesso em: 23, de novembro de 2022.

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