Modelo Curricular High Scope

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1. Introduo 1 2.

A Origem do Currculo Pr-Escolar High-Scope High-Scope um currculo que inicialmente foi desenvolvido de forma a combater o insucesso escolar dos bairros mais pobres de Ypsilanti. O Currculo High-Scope foi iniciado, aproximadamente, na dcada de 1960 em Ypsilanti, Michigan, (como j foi referido), por David Weikard. 2

O currculo, ento passou a ser utilizado de forma flexvel com diferentes populaes, mais favorecidas e menos favorecidas. 3 3. Princpios Bsicos do Currculo Pr-Escolar High-Scope

3.1 Aprendizagem pela aco


A aprendizagem pela aco fundamental ao completo desenvolvimento do potencial humano, e a aprendizagem activa ocorre de forma mais eficaz em4 contextos que providenciam oportunidades de aprendizagem adequadas do ponto de vista do desenvolvimento.
3.1.1 Componentes Bsicos da Aprendizagem pela Aco

Tomada de deciso: A criana escolhe o que vai fazer Materiais: h materiais em abundncia que as crianas podem usar de diferentes formas Manipulao: os adultos encorajam as crianas a manipular livremente os objectos Linguagem da criana: a criana descreve aquilo que est a fazer As crianas falam da sua experincia e daquilo que esto a fazer utilizando as suas prprias palavras. 5

Os adultos tambm ouvem, encorajam o pensamento da criana e apelam sua autonomia. 6

3.2 Experincias Chave da High-Scope para crianas em idade pr-escolar


3.2.1 A evoluo das experincias - chave dentro da abordagem HighScopeAs experincias chave sobre o desenvolvimento das crianas em idade

pr-escolar surgiram da observao atenta de crianas feita por psiclogos

educacionais e tcnicos educativos da pr-escolaridade. 7

3.2.2A relevncia das experincias chave

Assim as experincias - chave: Podem fazer convergir as observaes e interpretaes que os adultos fazem das aces das crianas. Podem servir como uma referncia transcultural para observar e interpretar as aces das crianas 8 Podem ajudar os adultos a manter expectativas razoveis em relao s crianas Podem responder a questes sobre a legitimidade das brincadeiras das crianas Podem orientar decises sobre os materiais e a rotina diria Permitem aos adultos reconhecer e apoiar as capacidades emergentes das crianas.
3.2.3 A utilizao das experincias chave para apoiar o ensino e a aprendizagem

As experincias chave so ferramentas teis para os adultos que trabalham com crianas pequenas. As experincias chave devem ser colocadas em lugares em que os Como base para avaliar os materiais acessveis s crianas; Para organizar e interpretar as observaes que faz das crianas; 9 Para o planeamento dos tempos em pequeno e em grande grupos; Para orientar as interaces que tem com as crianas em cada momento.
3.2.4 Experincias chave Exemplos

3.2.4.1 Representao Criativa Reconhecer objectos atravs da imagem, do som, do tacto, do sabor e do cheiro; Imitar aces e sons; Relacionar reprodues, imagens e fotografias com locais e objectos reais; Fazer-de-conta e representar papis; 10 Construir reprodues a partir de barro, blocos e outros materiais; Desenhar e pintar. 3.2.4.2 Linguagem e Literacia Falar com outros sobre experincias com significado pessoal; Descrever objectos, acontecimentos e relaes;

Tirar prazer da linguagem: ouvir histrias e poemas, inventar histrias e versos; Escrever de vrias formas: desenhar, garatujar, fazer as formas das letras, inventar ortografias, formas convencionais; Ler de vrias formas: ler livros de histrias, sinais e smbolos, a sua prpria escrita; Ditar histrias. 3.2.4.3 Iniciativa e relaes Interpessoais As crianas de idade pr-escolar so progressivamente mais capazes de formar relaes com colegas, mostrar considerao pelos outros e resolver 11 problemas de forma cooperativa comportamentos que reflectem as suas crescentes capacidades de iniciativa e relaes sociais. (retirado do livro Ser sensvel aos sentimentos, interesses e necessidades dos 3.2.4.4 Movimento Mover-se de formas no locomotoras (movimentos no mesmo lugar: dobrar-se, torcer-se, balanar-se, balanar os braos); 12

Mover-se repetindo sequncias de gestos ao som do mesmo ritmo. 3.2.4.5 Msica Ouvir msica, mover-se ao seu som e fazer msica so experincias vitais que permitem s crianas expressar-se e participar nos rituais das suas 3.2.4.6 Classificao 13

Explorar e descrever semelhanas, diferenas e atributos de objectos; Descrever as caractersticas que uma coisa no possui, ou a classe a que no pertence. 3.2.4.7 Seriao No decurso das suas brincadeiras as crianas dispem os materiais em Ligar um conjunto de objectos ordenados a outro conjunto, atravs de tentativa e erro (chvena pequena - pires 14 pequeno/chvena mdia pires mdio/chvena grande pires grande). 3.2.4.8 Nmero Comparar o nmero de objectos em dois conjuntos para 3.2.4.9 Espao Encher e despejar;

Encaixar objectos e separ-los; 15 Modificar a forma e disposio de objectos (embrulhar, torcer, esticar, empilhar, pr dentro de); Observar pessoas, locais e objectos a partir de diferentes pontos de vista espaciais; Experimentar e descrever posies, direces e distncias no espao de brincadeira, no edifcio e na vizinhana; Interpretar relaes espaciais em desenhos, imagens e fotografias. 3.2.4.10 Tempo acontecimentos. 16

3.3 Interaco Adulto - Criana


Na contextualizao do currculo High-Scope pelo Projecto Infncia trabalha-se o dia-a-dia da criana e do grupo. Ou seja, o dia-a-dia da 17 aprendizagem da criana considerada no contexto organizacional particularque o centro educativo pr-escolar que est inserido num determinadocontexto comunitrio. O dia-a-dia anterior relaciona-se com o dia-a-dia dofuturo. Um clima de apoio interpessoal essencial para a aprendizagem activa,porque esta basicamente um processo social interactivo. Portanto, um dosprincipais objectivos do programa High-Scope consiste em apoiar os adultos demodo a que estes possam criar e manter ambientes em que a interaco comas crianas seja positiva e de forma a que estas possam trabalhar e brincarcom pessoas e objectos libertas de medos, ansiedades ou de aborrecimento enegligncia. O papel do adulto visto como um incentivador de actividades para aresoluo de problemas. O adulto tem de ter presente a importncia de dar scrianas um clima psicologicamente protegido e saudvel. vital a existncia de um equilbrio entre a iniciativa do adulto e o da criana. O adulto ter ento de:

Ajudar a criana a dar incio aos planos no tempo de trabalho. Ajudar a criana a desenvolver os seus planos e ideias. Estes utilizam as estratgias de observar, perguntar, repetir e expandir-se na sua comunicao. Participar activamente no jogo das crianas. Manter um equilbrio entre a fala de adulto e a de criana. O tom de voz natural e ouvem atentamente as crianas. 18 Encorajar as crianas a jogar com a linguagem falada e escrita. Encorajar as crianas a resolverem os problemas e a agir independentemente. Encorajar as crianas para a interaco e cooperao entre elas. Com a ajuda do adulto a criana renova o seu empenhamento activo e individual, ajudando construo do conhecimento.
3.3.1 Como podem os adultos apoiar as crianas durante o tempo de trabalho?

O que os adultos fazem durante o tempo de trabalho determinado peloque as crianas fazem, pela compreenso das aces das crianas e pelasquestes que aquelas aces colocam. Os adultos: Examinam as suas crenas acerca de como as crianas aprendem no tempo de trabalho; Proporcionam s crianas locais para trabalharem; Examinam cuidadosamente as reas de interesse para perceber aquilo que as crianas esto a fazer; Escolhem crianas para observar, pem-se na perspectiva das crianas e elaboram de imediato planos de interaco; 19 Oferecem s crianas contacto e conforto.
3.3.2 O desenvolvimento da identidade pessoal da criana atravs da interaco

Desde o incio da sua vida as experincias da criana com as pessoassignificativas que a rodeiam influenciam a maneira como a criana se v a siprpria e consequentemente, a maneira como interage com as pessoas emdiferentes situaes. Esta progresso atravs de estgios tem sido descrita pordiferentes orientaes tericas: Erikson, Stanley e Nancy

Greenspan (1985),Bowlby (1969). O apoio constante e atento dos adultos decisivo no florescimento dasvrias potencialidades da criana: crescer, aprender e construir umconhecimento prtico do mundo fsico e social.
3.3.3 Os alicerces das relaes

O sentido da identidade prpria torna-se mais claro quando consideradono contexto de 5 capacidades identificadas na literatura infantil comoconstituintes fundamentais do bem-estar social e emocional da criana. O desenvolvimento da confiana nos outros, autonomia,

iniciativa,empatia e auto-confiana proporciona a base para a socializao pela qual acriana passa na transio para a vida adulta. 20 O desenvolvimento destas capacidades encontra-se particularmente facilitado num contexto de relaes sociais positivas.
3.3.4 Contraste entre vrios tipos de climas interpessoais

3.3.4.1 Climas de permissividade Um clima permissivo, laisser-faire, essencialmente controlado pelasprprias crianas. A rotina diria e o espao fsico so pouco estruturados,dando completa liberdade para a brincadeira das crianas. Os adultos deixam propositadamente as crianas sozinhas para que possam brincar umas com as outras e com os materiais que lhes so dados. Este tipo de clima funciona bem com as crianas de

espritoindependente que assumem papis de liderana junto dos colegas e que socapazes de procurar o obter a assistncia dos adultos quando precisam. 3.3.4.2 Climas directivos A abordagem directiva utilizada para aprender e para

ensinarcaracteriza-se por actividades controladas pelos adultos. A rotina diria e ocontexto fsico so controlados de forma apertada pelos educadores. De formaresumida, os adultos falam e as crianas ouvem e seguem as ordens. Num clima ideal, as crianas ficam dominadas e atentas enquanto os

adultos, seguindo os objectivos apoiados nas competncias, lhes mostram e 21

dizem o que devem saber. As crianas que no so capazes de ficar quietas eatentas durante as sesses de ensino/aprendizagem so corrigidas ou punidaspublicamente, ou separadas momentaneamente dos seus colegas. 3.3.4.3 Climas de apoio Os climas de apoio defendidos e praticados pela abordagem HighScopeesto presentes nos contextos de educao pr-escolar em que os adultos eas crianas partilham o controlo sobre o processo de aprendizagem e ensino.Neste clima os adultos oferecem um balano eficaz entre a liberdade que ascrianas necessitam ter para explorar o ambiente enquanto aprendizes activos,e os limites necessrios para lhes permitir sentirem-se seguras na sala de aulaou em qualquer instituio educativa. Cr-se que um clima de apoio serve bem as caractersticas enecessidades das crianas pequenas. Estas florescem em contextos deaprendizagem pela aco, precisamente por causa do clima de apoio, estepermite que elas se centrem nos seus interesses e nas suas iniciativas,experimentem as suas ideias, falem das suas aces e resolvam problemasprprios sua idade de formas adaptadas a essa idade. Um clima de apoioestimula e fortalece o desenvolvimento da crena nos outros, da autonomia, dainiciativa, da empatia e da auto-confiana. Os efeitos de um clima de apoio 22 As crianas e os adultos so livres para aprender As crianas ganham experincia ao formar relaes positivas Os adultos percepcionam os comportamentos das crianas em termos de desenvolvimento Estratgias para a criao de climas de apoio: Cinco elementos centrais 23

scribd. scribd. scribd. scribd. scribd. < div style="display: none;"><img src="//pixel.quantserve.com/pixel/p13DPpb-yg8ofc.gif" height="1" width="1" alt="Quantcast"/></div> <img src="http://b.scorecardresearch.com/p?c1=2&c2=9304646&cv=2.0&cj=1" />

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