Texto Do Artigou
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Resumo: A adoção do uso de fontes de energia renováveis é um tema comumente debatido, visto os
problemas ambientais vivenciados pela sociedade em todo o mundo. No entanto, apesar do potencial
brasileiro de geração de energia solar, a sua participação na matriz energética nacional ainda é
incipiente, correspondendo a apenas 1% do total. Além disso, a maioria do seu uso se concentra em
edificações residenciais e comerciais, havendo pouco incentivo para a implementação em prédios
públicos. Neste contexto, o objetivo deste artigo é, através de uma metodologia estruturada de
dimensionamento de um sistema fotovoltaico (SFV), analisar a demanda contratada vigente e verificar
a viabilidade econômica de implementação desse sistema na Universidade Federal Rural da Amazônia
– Campus Parauapebas, localizada no sudeste do Pará. Os resultados indicam que a potência de
geração fotovoltaica total necessária para atender o Campus é de 240 kW; no entanto, a demanda
contratada é de apenas 130 kW. Desta forma, o cálculo de viabilidade econômica da implementação
de um SFV com uma demanda inferior indica que, apesar do elevado investimento inicial e dado uma
economia mensal média de R$ 9.674,04, obteve-se um VPL satisfatório, payback de 44 meses e uma
TMA de 1,6074% a.m.
Abstract: The use of renewable energy sources is a commonly debated topic, given the environmental
problems experienced by society. In addition, most of its use is concentrated in residential and
commercial buildings, with little incentive for implementation in public buildings. In this context, the
objective of this article is, through a structured methodology for sizing an PVS, to analyze the current
contracted demand and verify the economic feasibility of implementing this system at UFRA - Campus
Parauapebas. The results indicate that the total photovoltaic generation power required to serve the
Campus is 240 kW, higher than the contracted demand of 130 kW. Thus, the economic feasibility
calculation for the implementation of an PVS below 130 kW indicates that, despite the high initial
investment and given an average monthly savings of R $ 9,674.04, a satisfactory NPV was obtained, a
payback of 44 months and a TMA of 1.6074% per month.
(a) (b)
Fonte: EPE (2020).
Figura 5 - Demanda mensal, em kW, da UFRA Parauapebas nos anos de 2017 a 2019
Figura 6 – Consumo mensal faturado, em kWh, da UFRA Parauapebas nos anos de 2017 a 2019
4.2 Caso 1
Onde,
• 𝐸 é o consumo diário médio anual da edificação;
• 𝐸𝐹𝑃 é o consumo médio fora ponta (média anual);
• 𝐸𝑃 é o consumo médio de ponta (média anual);
• FC é o fator de correção;
Para o cálculo do fator de correção, realiza-se a razão apresentada equação
(2), sendo necessária para equalizar o consumo no horário de ponta. A potência
gerada neste período pode ser usada para abater o valor do consumo no horário de
ponta, assim, um fator de ajuste é aplicado. O cálculo da potência necessária para o
atendimento do consumo total apresenta-se na equação (3).
𝐸 (3)
PFV =
I x TD
Onde,
• TEP : Tarifa de Energia de ponta.
• TEFP : Tarifa de Energia fora de ponta.
• PFV: Potência do SFV na entrada dos inversores (kW), em corrente contínua
(CC) produzida pelo gerador fotovoltaico.
• TD: é a relação entre o desempenho real do sistema sobre o desempenho
máximo teórico possível. Leva em consideração as perdas, como perdas
no cabeamento, perdas de sombreamento ou por sujeira nos painéis,
perdas de temperatura, perdas de conversão (efeito fotovoltaico), entre
outras (MOREIRA; OLIVEIRA, 2018). Normalmente varia entre 70 e 80%
(PINHO; GALDINO, 2014).
• Irradiância (I): é a densidade de energia solar que incide em uma superfície,
por unidade de tempo, dada em Wh/m² ou kWh/m².
Após obter a potência do sistema fotovoltaico (PFV ), pode-se calcular a potência
de saída do inversor, denominada como Potência nominal em corrente alternada
(PNca ), que é a potência total nas saídas dos inversores utilizados no sistema. Calcula-
se utilizando-se um Fator de Dimensionamento de Inversores (FDI), o qual situa-se
na faixa de 0,75 a 0,85 na equação 4 (PINHO; GALDINO, 2014).
PFV
PNca = (4)
(1 − FDI) + 1
4.3 Caso 2
A linha total refere-se ao custo total do sistema fotovoltaico que inclui kit do
gerador fotovoltaico, o valor do projeto, instalação e outros materiais elétricos, de
acordo com a Figura 9 (SOLENERG, 2012; SEBRAE, 2019). E nos kits da Fronius e
SMA adicionou-se R$ 24.593,70, referente ao valor do transformador presente nos
kits da ABB, para fins de equalização. Todos os kits respeitam o limite de geração
fotovoltaica imposto pela demanda contratada da UFRA de 130 kW.
7% Módulos Fotovoltaicos
Estruturas de fixação
13%
Engenharia, Instalação,
material elétrico
20%
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
PEREIRA, E. B. et al. Atlas brasileiro de energia solar. São José dos Campos: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais, 2017.