Lição 8 Iii

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LIÇÃO 8 - O GRACIOSO PERDÃO DE DEUS (A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPASSIVO) V

QUESTIONÁRIO - Clique Aqui

TEXTO ÁUREO:
“Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até
sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete” (Mt
18.21,22).

VERDADE PRÁTICA:
Assim como somos perdoados por Deus, devemos perdoar os nossos ofensores.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:MATEUS 18.23-35


A parábola do credor incompassivo
23 Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quisfazer
contas com os seus servos;
24 e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dezmil
talentos.
25 E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e suamulher, e
seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívidase lhe
pagasse.
26 Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor,sê
generoso para comigo, e tudo te pagarei.
27 Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão,soltou-o e
perdoou-lhe a dívida.
28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhedevia
cem 20 dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo:Paga-me o que me
deves.
29 Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe,dizendo: Sê
generoso para comigo, e tudo te pagarei.
30 Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão,até que pagasse a dívida.
31 Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e
foramdeclarar ao seu senhor tudo o que se passara.
32 Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe:Servo malvado,
perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
33 Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro,como eu
também tive misericórdia de ti?
34 E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que
pagassetudo o que devia.
35 Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coraçãonão perdoardes, cada
um a seu irmão, as suas ofensas.
18.35 SE... NÃO PERDOARDES. Jesus nesta parábola ensina que o perdãodivino,
embora seja concedido graciosamente ao pecador arrependido, é,também, ao
mesmo tempo condicional, de conformidade com a disposiçãodo indivíduo, de
perdoar ao seu próximo. Por isso, uma pessoa podeficar sem perdão divino por ter
um coração cheio de amargura,que não perdoa ao próximo (ver 6.14,15; Hb
12.15; Tg 3.14; Ef 4.31,32). Estes textos mostram que amargura, ressentimentoe
animosidade contra o próximo são totalmente incompatíveiscom a verdadeira vida
cristã, e que devem ser banidos da vida do crente.

LEITURA DIÁRIA:
Segunda – Mt 5.23,24 O perdão precede a adoração
23 Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de queteu irmão tem alguma coisa
contra ti,
24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro comteu irmão, e depois vem, e
apresenta a tua oferta.
1 Timóteo 2.8 Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantandomãos santas, sem ira nem
contenda
Terça – Is 55.7 O perdão de Deus é grandioso
7 Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao SENHOR,
que se compadecerá
dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.
Zacarias 8.17 e nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu companheiro, nem ame o
juramento falso; porque todas estas coisas eu aborreço, diz o SENHOR.

Quarta – Mt 6.14,15 Somos perdoados conforme perdoamos


14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós.
15 Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as
vossas ofensas.
6.15 SE, PORÉM... PERDOARDES AOS HOMENS. Esta declaração de Jesus salienta o fato de que o
crente deve estar pronto e disposto a perdoar as ofensas sofridas da parte dos outros. Caso ele não
perdoe seu ofensor arrependido, Deus não o perdoará e suas orações não terão resposta. Aqui está um
princípio essencial para obtermos o perdão de Deus (18.35; Mc 11.26; Lc 11.4).

Quinta – Sl 86.5 O Senhor quer perdoar


5 Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te
invocam.

Sexta – Lc 23.34 O perdão de Jesus é gracioso


34 E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes,
lançaram sortes.
23.34 PERDOA-LHES, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM. Provavelmente, esta declaração de Cristo é
a primeira das suas sete últimas palavras na cruz. As sete palavras ou frases foram pronunciadas na
seguinte ordem: (1) Entre 9:00 horas e o meio-dia: (a) A palavra do perdão: Pai, perdoa-lhes (v. 34).
(b) A palavra da salvação: hoje estarás comigo no Paraíso (v. 43). (c) A palavra do amor:
Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe (Jo 19.26,27). (2) As três horas de trevas: do meio-dia às
15:00 horas, nenhuma palavra registrada. (3) Cerca das 15:00 horas: (a) A palavra do sofrimento
espiritual: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mc 15.34). (b) A palavra do sofrimento
físico: Tenho sede (Jo 19.28). (c) A palavra do triunfo: Está consumado (Jo 19.30). (d) A palavra da
entrega: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (v. 46).

Sábado – 1 Pe 4.8 Perdoar é uma expressão do amor divino em nós


8 Mas, sobretudo, tende ardente 6caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a
multidão de pecados,
Provérbios 10.12 O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.

Figuras Ilustrativas:

Rei movido de
Rei que quis tomar Servo Prostrado
compaixão,
contas a seus Clamava por
perdoou-lhe a
servos misericórdia
dívida
Para a prisão, até
Servo, prostrando- Conservo - Tem
que pagasse a
se, o reverenciava paciência comigo
dívida

Seu senhor o Preso até que


Revelando tudo
entregou aos pagasse tudo o
isso ao seu senhor
verdugos que lhe devia
Figuras do filme - Perdoa nossas dívidas - Entertenment -
Desenhos Bíblicos - Novo Testamento

OBJETIVOS:

Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:


1- Analisar a parábola dentro de seu contexto.
2- Valorizar o bom relacionamento entre todos, especialmente, entre os irmãos.
3- Praticar o perdão gracioso de Deus.

PONTO DE CONTATO:
Professor, estaremos falando a respeito do perdão na aula de hoje. Inicie a aula
discorrendo sobre relacionamento inter-pessoal e a dificuldade de manter a
comunhão com nossos irmãos. É importante mencionar que se tratando de
pessoas, sempre haverá falhas, erros, decepções, mágoas e até mesmo traições.
Como irmãos em Cristo, devemos estar sempre dispostos a relevar as falhas de
nossos semelhantes, a fim de que todo o Corpo de Cristo permaneça unido.
Incentive seus alunos a se reconciliarem com aqueles que os ofenderam ou que,
porventura, tenham ofendido.

SÍNTESE TEXTUAL:
Esta parábola nos ensina que a abundância da misericórdia é que deve formar a
base da moral cristã. Aqui vemos que o rei pôde compreender e perdoar a
ignorância, a desonestidade, os erros e as falhas humanas, mas não a injustiça, a
desumanidade, a crueldade e a ingratidão. Aquele servo foi maldoso, egoísta e
imoral. Não compreendeu o perdão, a misericórdia e a generosidade do rei. Fora-
lhe perdoada uma dívida tão grande, que muitos atos de bondade de sua parte não
seriam suficientes para expressar gratidão ao seu credor. Entretanto, não teve
compaixão de quem lhe devia; pelo contrário, agiu de modo exatamente oposto,
lançando seu humilde servo no cárcere.
A bondade do rei fora tão grande que ninguém seria capaz de explicar a razão de
sua atitude. Todos nós encontramo-nos na situação daquele homem cruel. Fomos
alvos da compaixão divina e recebemos o perdão de Deus por intermédio de Jesus
Cristo. Jamais pagaríamos nossa dívida! Se ela era tão grande, e fomos perdoados,
como não perdoarmos as ínfimas dívidas dos nossos devedores (Mt 6.12)?

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:
Leve folhas de papel e lápis para a sala de aula. Separe a turma em duplas. Cada
dupla deve elaborar um acróstico baseado na palavra PERDÃO, sintetizando em
uma frase curta as principais lições aprendidas na aula. Em um acróstico, a
primeira letra de cada linha compõe a palavra-chave.
Ex:
Perdoar para ser perdoado
Ensinar o perdão
Reconciliar-se com o ofendido
Desejar o perdão
Amar a quem nos tem ofendido
Orar por aqueles que nos maltratam

COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO
Quem pergunta quantas vezes deve perdoar, já está com a intenção de se vingar.
Hoje a grande maioria dos filmes, novelas, seriados e até mesmo desenhos
animados direcionados a crianças, têem como tema central a vingança, na maioria
de um mal ou de alguma ofensa a algum parente próximo; é a mensagem satânica
que despercebidamente é infiltrada na mente dos telespectadores desavisados.
Nesta parábola que, na maioria das vezes denominamos “Parábola do credor
incompassivo”, nada mais quer nos dizer senão que devemos perdoar para sermos
perdoados, é plantando que se colhe e colhe-se de acordo com o plantado, esta é a
lei espiritual.
O REINO DE DEUS OU DOS CÉUS é diferente e na maioria das vezes oposto ao
reino material ou humano-racional:
Reino Material: Inspirado por Satanás e seus demônios, aqui se aprende a usar
olho por olho e dente por dente, ou seja, a vingança, quando muito se exige do
ofensor que peça perdão e o ofendido deve perdoar por 3 vezes e no máximo 7
vezes.
Reino Espiritual: Inspirado por DEUS e seus anjos, aqui se aprende que o ofendido
vai ao ofensor e pede perdão e reconciliação. Aqui o perdão é concedido setenta
vezes sete, ou seja, quantas vezes se é ofendido, tantas vezes se perdoa, pois o
nosso perdão é baseado no perdão do PAI para conosco que começou no dia em
que aceitamos a CRISTO como Senhor e Salvador até o dia em que vamos ser
arrebatados, pois continuamos pecando todos os dias, mesmo que inconscientes às
vezes.
A situação ou o contexto aqui é diferente de outras parábolas que já estudamos:
Aqui a Igreja formada pelos salvos e tendo como cabeça CRISTO, entra em cena
como mediadora nas situações de inimizades entre os irmãos, que surgiriam daí
para frente.
JESUS nos revela a disposição sempre clara de uma criança em perdoar e amar,
depois vem nos ensinando como reconciliar ofendidos e ofensores sem prejuízo
para o reino de DEUS, ou seja, sem que alguma alma se perca.
Pedro que maioria das vezes é mais curioso do que os outros, pois sabia de sua
posição de liderança entre os demais e de sua proximidade com seu mestre,
querendo confirmar talvez os ensinos rabínicos (Am 1.11,13; 2:1,6; Pv 24.16) a
respeito do perdão (3 vezes e no máximo e excepcionalmente 7), pergunta a
JESUS sobre quantas vezes deve perdoar a seu irmão que o ofendeu, note que já
dá a resposta esperando ter apenas uma confirmação de JESUS, que ao contrário
do que pensava Pedro, lhe responde exatamente ao contrário do que ensinavam os
religiosos de sua época.

Entraremos agora no estudo de nossa Parábola do Credor Incompassivo que JESUS


usou para explicar melhor a Pedro e demais discípulos o significado do Perdão.

I. O PONTO DE PARTIDA PARA O PERDÃO (MT 18.1-20)

1. O contexto da parábola (Mt 18.1-6).


Credor incompassivo
“O reino dos céus é comparado a um rei, que resolveu ajustar contas com os seus
servos.
Ao fazê-lo, apresentou-se-lhe um que lhe devia dez mil talentos; mas como não
tivesse como pagar, ordenou o seu senhor que vendesse a ele, a sua mulher, a
seus filhos, e tudo o que tinha, para ficar quite com a dívida.
O servo, porém, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: Tem paciência comigo, que
tudo te pagarei!
Então o Senhor, compadecido daquele servo, deixou-o livre, e perdoou-lhe a
dívida. Tendo saindo o tal servo, encontrou um de seus companheiros, que lhe
devia cem denários, e, agarrando-o, sufocava-o, dizendo: Paga o que me deves.
O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, implorou:
Tem paciência comigo, que tudo te pagarei. Ele, porém, não o atendeu. Retirou-se
e fez que o metessem na cadeia, até pagar a dívida. Vendo, pois, os outros servos,
o que se tinha passado, ficaram muito triste e foram contar ao senhor tudo o que
havia acontecido.
Então, o senhor chamou-o à sua presença e disse-lhe: Servo malvado, eu te
perdoei toda aquela dívida, porque me vieste rogar para isso: não devias tu
também ter compaixão de teu companheiro, como eu tive de ti?
E, indignado-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo
quanto lhe devia.
Assim também meu Pai celestial vos fará, se cada um de vós, do íntimo do
coração, não perdoar a seu irmão.” (Mat; 18:23-35)
Esta parábola é uma ilustração admirável daquela frase contida na oração
dominical, em que Ele nos ensina a rogar ao Pai celestial:
“...perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores...”

JESUS está aqui ilustrando o que já havia ensinado sobre o perdão da Igreja e
sobre a criança em sua altíssima capacidade em perdoar.

2. A iniciativa para o perdão (Mt 18.15-17).


Em Mt 5.23,24 JESUS já havia dado uma idéia sobre a condição para o perdão,
sendo o ofensor o mais indicado para fazer a reconciliação entre ele e seu ofensor
devido à sua capacidade de enxergar melhor a situação com olhos espirituais e de
misericórdia.
Esta é a primeira iniciativa para reconciliação, caso não seja bem interpretada
então haverá outras tentativas, com testemunhas e depois, se for o caso, com a
Igreja.
2Co 2.10 E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu
também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de
Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás;

II. O PERDÃO PROCEDE DA COMPAIXÃO (MT 18.23-35)


2Co 5. 14 Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se
um morreu por todos, logo todos morreram.
O amor de DEUS derramado em nossos corações pelo ESPÍRITO SANTO, nos
impulsiona ao perdão pela misericórdia de DEUS em nós instalada pela presença
amorosa do ESPÍRITO.

1. Um ajuste de contas (Mt 18.23). DEUS tem o direito de chamar a qualquer


um, a qualquer momento para um ajuste de contas. 1 Pe 4.5 Os quais hão de dar
conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos.

O rei é DEUS PAI pois JESUS mesmo disse. (Assim vos fará também meu Pai
celestial, se do coração não perdoardes), não há no mundo alguém maior do que
este rei, Ele governa sobre tudo sobre todos.
O servo aqui deve ser interpretado como sendo eu (no caso de quem lê – você) -
Pelo que se entende este servo era alguém próximo do rei, pois tinha poder para
prender e era muito conhecido dos outros servos próximos do rei que logo foram
contar para ele (o rei) o tratamento deste servo contra o seu conservo.
O conservo aqui deve ser interpretado como sendo aquele que ofende ao irmão.
Observe os valores que aparecem. Um "denário" era o salário de um trabalhador
por um dia de trabalho (quanto seria hoje, em sua região?). Um "talento"
correspondia a 6.000 denários. Agora, procure transformar em valores de hoje as
duas dívidas:
Considerando 1 talento igual a 60.000 dólares, vejamos as dívidas comparadas
entre si:
- 10.000 talentos = R$ 16.500.000,00 (Dívida do servo com o rei)
- 100 denários = R$ 2.750,00 (Dívida do conservo com o servo que foi perdoado)

O que Jesus quer nos transmitir, no que se refere à nossa dívida com Deus e a
partir de valores tão diferentes? (Depois de responder, confira: Mq 7.18,19; Rm
5.20b; Mt 6.12).
Somos perdoados depois de tantos anos ofendendo a quem só nos amou, a quem
só desejava nosso bem, a quem sempre nos amou e cheio de misericórdia enviou
seu próprio filho para dar a vida por nós, nos reconciliando Nele, JESUS CRISTO.
Agora DEUS nos convida a perdoar aqueles que nos ofendem da mesma maneira
que Ele nos demonstrou seu amor.
Mt 22. 39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo.
2. A imensa dívida contraída (vv.23,24).

Sabemos que está próximo o primeiro acerto de contas, quando acontecer o


Arrebatamento, porém aqueles que não forem encontrados fiéis ainda terão
chances como durante a grande tribulação e no final da mesma e no milênio.

2. Qual o valor real de nossa dívida com DEUS?


Para custar o sangue de DEUS (em CRISTO) a dívida com certeza era a maior
dívida já contraída.
1 Tm 1. 15 Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus
veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
Quando olhamos para este versículo devemos reconhecer que não há maior dívida
do que a minha (individualmente)

3. A dívida é impagável (Mt 18.25).


Diante de uma dívida impagável não há como escapar do carrasco, a não ser
apelando para a misericórdia, ou seja, apelar para a bondade e o amor escondidos
no coração do rei, mas que nesta hora puxamos ou arrancamos lá de dentro pela
necessidade e pelo desespero da morte que se aproxima.

Rm 6.23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a


vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.

A aplicação da lei determinava uma só coisa: a execução da dívida. Naquela época,


a execução da dívida se dava, primeiramente, sobre o patrimônio do devedor. Caso
o devedor não tivesse com que pagar, a dívida era executada sobre as pessoas, ou
seja, as pessoas eram vendidas como escravas a fim de saldar a dívida. Em se
tratando do pai de família, todos os seus filhos e sua mulher também eram
vendidos (Ex.22:3; II Rs.4:1).
A lei de então ainda colocava na escravidão a família do devedor, porém vemos
que não era desejo do rei escravisar a família de seu servo.
DEUS não quer ver nossa família sofrendo por causa de nossos erros, portanto
devemos clamar sempre pela misericórdia de DEUS e sermos também
misericordiosos com os que nos ofendem.
O ano do jubileu é uma boa alegoria disto, pois neste ano todos os escravos
ficavam livres e suas terras passavam a lhes pertencerem novamente. (Lv 25)

4. A compaixão graciosa perdoa toda a dívida (Mt 18.26,27).


O servo, diz o texto sagrado, “reverenciava” o rei, ou seja, caiu aos seus pés,
prostrou-se, adorou-o, suplicando pela sua misericórdia. Não há outro lugar em
que possamos obter a bênção de Deus, a misericórdia de Deus senão a Seus pés.
Como servos do rei, temos livre acesso a Ele.
É nesta hora que lembramos da Palavra de DEUS em:
1Co 13.4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata
com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não
suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Jo 1.7-9
7 Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
8 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há
verdade em nós.
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados, e nos purificar de toda a injustiça.

É através do sacrifício de CRISTO em nosso lugar que somos reconciliados com


DEUS pelo infinito amor com que ELE nos amou, provendo ELE próprio a nossa
salvação.

DEUS sentiu a nossa miséria e a nossa incapacidade ao se tornar em tudo


semelhante a nós atravéz de CRISTO.

III. A INCLEMÊNCIA DO SERVO PERDOADO (MT 18.28-35)

1. A crueldade do servo do rei (vv.28-30).


0 que faltou ao servo perdoado, que o levou a não perdoar? Alguma falha no rei?
Ou nele próprio? O que falta a alguém que não quer perdoar o próximo? Será
correto então, uma pessoa dizer: "Isso eu não posso perdoar em você, é demais!"?
Este servo em nada se parecia com seu rei, embora o esperado fosse ao contrário.
Parece que não passou nem um dia para que este servo incompassivo e cruel
tratasse seu conservo (ou seu companheiro de reino) com dureza e falta de
misericórdia (Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.).
Este servo colheu uma colheita de amor, porém plantou uma de ódio e rancor.
Desejava o bem para si e o mal para os outros.
Quando o rei soube o que havia acontecido ficou irado com este servo desumano e
cruel; enviou logo soldados para prenderem aquele servo violento e rancoroso para
que sua dívida fosse novamente reconhecida, agora acrescida desta arrogância e
ofensa a todas a s normas do bem viver e conviver.

2. O perdão revogado (Mt 18.34).


A doutrina da predestinação incondicional cai por terra diante desta afirmativa de
JESUS de que o perdão foi revogado devido ao mal procedimento daquele servo.
(Para estudo melhor: http://www.imwja.hpg.ig.com.br/seitas/predestinacao.htm )
Hb 3.12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e
infiel, para se apartar do Deus vivo.
1Co 10.12 Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.
Rm 8.9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de
Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é
dele.

O servo não soube conservar a bênção do perdão quando o negou ao seu próximo.
Quando um pecador se converte ao Senhor, toda a dívida de seus pecados é
perdoada graciosamente por Deus em virtude do sacrifício redentor que Cristo
ofereceu ao Pai no Calvário (Hb 10.12-14). A redenção do pecador só Deus pode
efetuar, bem como perdoar todos os seus pecados (Sl 49.7,8; Mc 2.10).

3. Aplicação da parábola (Mt 18.35).


O texto diz que: “Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não
perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”. Ao perdoar alguém, devemos
fazê-lo com amor, de coração, pois o perdão nos assemelha ao caráter de Deus (Ef
4.32). Aprendemos nesta parábola que “o juízo será sem misericórdia sobre aquele
que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tg 2.13).

CONCLUSÃO
Não vivemos em um "mar de rosas". A fé cristã não nos garante uma vida sem
problemas. Isto inclui mágoas e tristezas que temos quando somos ofendidos ou
desprezados por pessoas que estão perto de nós. Mesmo dentro da igreja muitas
vezes há problemas deste tipo. O pecado ainda está dentro de cada um de nós e
se manifesta de muitas maneiras. Ao sermos ofendidos, nosso velho homem
manifesta a tendência de revidar. O Salvador Jesus, porém, nos leva em outra
direção. Pelo poder do Espírito Santo, que veio a nós em nosso batismo e vem pela
Palavra, somos movidos a viver sob o perdão de Deus e agindo em perdão para
com o nosso próximo. No texto de hoje, queremos aprender com o Senhor a
importância de exercitar abundantemente o perdão na nossa convivência, muito
especialmente entre os irmãos na fé.

"DISCIPLINAR não é, como crêem alguns, entregar uma alma ao diabo e privá-la
da intercessão e de todas as boas obras da cristandade,... quem é DISCIPLINADO
deve estar privado da comunhão (Santa Ceia) e da associação com as pessoas (o
pertencer à congregação), mas não está, por esta razão, excluído do amor, da
intercessão e das boas obras delas. ... Onde é aplicada correta e merecidamente, a
DISCIPLINA é um sinal, uma advertência e uma punição em que o DISCIPLINADO
deve reconhecer que ele próprio entregou sua alma ao diabo através de
transgressão e pecado. ... A igreja quer, por meio do castigo da DISCIPLINA, fazê-
lo deixar o diabo e voltar novamente para Deus." "("Um sermão sobre a
excomunhão". Martinho Lutero - Obras Selecionadas, vol. 2, páginas 242,243). O
objetivo ainda é salvarl

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES Subsídio Devocional


“Somos pródigos em apresentar razões bem argumentadas para mostrar que
estamos certos e assim endurecemos o jogo, esperando que a outra parte – esta
sim, errado sob todos os aspectos – se ajoelhe aos nossos pés e implore perdão.
Isto é soberba espiritual! O Senhor foi direto e incisivo: ‘Se te lembrares que teu
irmão tem alguma coisa contra ti, deixa no altar a tua oferta e reconcilia-te
primeiro com o teu irmão’.
O senhor não está querendo dizer, com isso, que essa reconciliação é unilateral.
Segundo Ralph Earle, a palavra grega para reconciliar-se, aqui, é diallasso, sendo
esta a única vez em que aparece no Novo Testamento. Ela significa ‘concessão
mútua após mútua hostilidade’, diferindo de katallasso, termo empregado por
Paulo para denotar a reconciliação do homem com Deus, na qual a falha está
apenas de um lado. Ou seja, quando alguém tocado pelo Senhor toma a iniciativa
de procurar a outra pessoa com quem as relações estão estremecidas, com o
propósito de acertar os ponteiros, o perdão é mútuo, pois o outro lado acaba
também reconhecendo os seus erros por estarem em posição de igualdade diante
de Deus.
Por sua vez, quando Cristo alude ao fato de irmos ao encontro da pessoa magoada
apenas se nos lembrarmos de alguma coisa, pode parecer, numa leitura
apressada, tratar-se de uma opção à nossa escolha. Todavia, o altar é o lugar
perfeito para o Espírito Santo trazer à nossa memória todos os pecados cometidos,
inclusive contra o próximo. E Ele sempre o faz quando somos sensíveis à sua
presença. A partir daí, queremos ser sinceros com Deus, não aquietaremos
enquanto não buscarmos fazer as pazes com a pessoa a quem ferimos.” (COUTO,
Geremias do . A transparência da vida cristã: Comentário devocional do Sermão do
Monte.RJ:CPAD, 2001, p.89.)
Leia mais Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 22, pág. 40.

Colaboração para o Portal EscolaDominical: Prof. Luiz Henrique de Almeida


Silva.

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