Lutas Na Escola
Lutas Na Escola
Lutas Na Escola
2024
LUTAS NA ESCOLA
REFLEXÕES E POSSIBILIDADES METODOLÓGICAS
2024
Imagem da capa:
sithara – https://pixabay.com/pt/photos/retrato-boxe-crian%C3%A7a-boxer-
5620461/
ISBN 978-65-00-90788-9
2024
~ Vinculação institucional ~
Página
Prefácio 8
Mauro Myskiw
Apresentação 12
Flávio Py Mariante Neto, Daniel Giordani Vasques
Prefácio
8
Lutas na Escola
9
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
10
Lutas na Escola
Mauro Myskiw
Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Docente da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança
11
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Apresentação
12
Lutas na Escola
13
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Boa leitura!
14
Lutas na Escola
Parte I
15
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Capítulo 1
Introdução
1 Uma versão aproximada desse capítulo foi publicada como artigo científico na
revista Ensino em Re-Vista (UFU). Este texto está no prelo.
2 Apesar de serem usados aqui como sinônimos, dado que o objeto de estudo é o seu
16
Lutas na Escola
17
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
18
Lutas na Escola
19
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Metodologia
20
Lutas na Escola
21
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Resultados
22
Lutas na Escola
23
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Fonte: Autoria.
24
Lutas na Escola
[Lobo et al. 2023; Neves et al. 2023]; enquanto os outros quatro artigos
apresentam diferentes tipos de estudos: uma pesquisa bibliométrica
[Andrade et al. 2023], um ensaio teórico [Cardoso e Furtado 2023],
uma pesquisa quantitativa [Vidal 2023] e uma pesquisa documental
[Gonçalves e Abrahão 2023].
Os principais instrumentos utilizados para coleta de dados
foram diários de campos, empregados em seis estudos [Fonseca et al.
2023; Neves et al. 2023; Urbinati et al. 2023; Lima et al. 2023; Farias
2023; Lobo et al. 2023]. Três estudos utilizaram narrativas [Furtado
2023; Velloso et al. 2023], sendo um deles uma revisão narrativa
[Mocarzel et al. 2023]. Outros três estudos utilizaram como
instrumento de coleta questionários, sendo que um deles empregou um
questionário físico durante as entrevistas [Vidal 2023], um estudo
utilizou mais de um instrumento sendo o questionário um deles
[Urbinati et al. 2023], e o outro usou somente questionário [Almeida
e Rodrigues 2023]. Os demais se utilizaram de instrumentos variados,
entre eles instrumentos alternativos [Santos et al. 2023], planilha
digital [Gomes et al. 2023], visita aos cordéis [Gonçalves e Abrahão
2023], fontes bibliográficas [Cardoso e Furtado 2023], principais
periódicos [Andrade et al. 2023 instrumento de avaliação pedagógica
[Silva et al. 2023 e um caso de ensino [Pereira et al. 2023].
O objetivo principal mais citado pelos achados direcionaram
propostas destinadas aos professores, variando na escolha do verbo
que se inicia e relacionando o conteúdo das lutas como uma
possibilidade de ensino para os professores, totalizando seis estudos,
em que se preocupavam com: “caracterizar o conhecimento”,
“apresentar perspectivas didático-pedagógicas”, “possibilitar
reflexões”, “investigar qual a metodologia”, “problematizar recursos”
e “averiguar o ensino” [Almeida e Rodrigues 2023; Santos et al. 2023;
Gomes et al. 2023; Vidal 2023; Gonçalves e Abrahão 2023; Pereira et
al. 2023]. Outros cinco autores tinham como objetivo “apresentar” ou
“relatar uma experiência” [Fonseca et al. 2023; Velloso et al. 2023;
Lima et al. 2023; Farias 2023; Silva et al. 2023]. Dois estudos têm
como objetivos “compreender e discutir os conteúdos de lutas com os
alunos” [Neves et al. 2023; Lobo et al. 2023). E os demais estudos
25
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
26
Lutas na Escola
27
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
28
Lutas na Escola
29
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
30
Lutas na Escola
Discussão
31
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
32
Lutas na Escola
Conclusão
33
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Referências
Almeida, L.M., Costa R.B.F., Venâncio L., Sanches Neto L. (2021),
Desmistificando as práticas de lutas e problematizando questões
relacionadas à violência nas aulas de Educação Física, “Cenas
Educacionais”, v. 4, e12163.
Borges L.N., Fernandes M.P.R., Cisne M.D.N., Ferreira H.S. (2021),
Formação de professores para o ensino de lutas na educação física
escolar: o estado da questão. “Revista Ibero-Americana de Estudos
em Educação”, v. 16, n. esp.3, pp. 1547-1561.
Brasil, (1997) Secretaria de Educação Fundamental, “Parâmetros
curriculares nacionais: Educação Física”, Brasília, Df: Mec/Sef.
Brasil, Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino
a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira”, e
dá outras providências.
34
Lutas na Escola
35
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
36
Lutas na Escola
Rufino L.G.B., Darido S.C., (2015), O ensino das lutas nas aulas de
Educação Física: análise da prática pedagógica à luz de especialistas,
“Revista da Educação Física / UEM”, v. 26, n. 4, pp. 505-518.
Santos C.A.F., Gomes I.C.R., Freitas, R.G., (2020), Luta marajoara:
lugar ou não lugar no currículo de uma IES pública do estado do
Pará, "Motrivivencia", v. 32, n. 61, pp. p. 01-24.
Soares C.L., Taffarel C., Varjal E., Castellani Filho L., Escobar
M.O., Bracht V., (1992), Metodologia do ensino da Educação Física,
“Cortez”.
Sousa C.A., Costa T.B., Ehrenberg M.C., (2021), Educação Física
decolonial: análise, desafios e perspectivas em Paulo Freire e Frantz
Fanon, “Educação”, v. 46(1), e. 112 pp. 1–27.
Thomazini S., Moraes C., Almeida F., (2008), Controle de si, dor e
representação feminina entre lutadores(as) de Mixed Martial Arts
(MMA). “Pensar a Prática”, v. 11, n. 3.
Ueno V.L.F., Sousa M.F., (2014), Agressividade, violência e budö:
temas da Educação Física em uma escola estadual de Goiânia.
“Pensar a Prática”, v. 17, n. 4.
Vosgerau D.S.R., Romanowski J.P., (2014), Estudos de revisão:
implicações conceituais e metodológicas, “Revista Diálogo
Educacional”, v. 14, pp. 165–189.
37
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Capítulo 2
Introdução
3 Uma versão aproximada e em língua inglesa desse capítulo foi publicada como
artigo científico na revista Journal of Physical Education (UEM), volume 34,
número 1, ano de 2023. Disponível em
https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/65697 Acesso em:
03 nov. 2023.
4 LDB: Lei de Diretrizes e Bases.
38
Lutas na Escola
39
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
40
Lutas na Escola
41
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Metodologia
42
Lutas na Escola
Resultados e discussão
Análise descritiva
43
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
44
Lutas na Escola
Por fim, no que se refere aos anos escolares, o mais citado foi
o Ensino Fundamental (15), em seguida o Ensino Médio (8) e, ainda,
há um estudo que tratava do Ensino Infantil. Outros nove estudos
aludiam diretamente aos professores/coordenadores, apontando
formas de auxílio para o trato pedagógico das lutas. Ainda, alguns
artigos não se referiam diretamente ao ano escolar ou aos docentes,
tratavam das lutas na escola de forma geral (5). Observa-se que os
estudos estão mais direcionados para um público mais jovem, no
Ensino Fundamental, e com menor frequência no EM, talvez devido à
dificuldade em apresentar conteúdos novos e diferentes dos conteúdos
já vistos no EF.
Categorias
45
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
46
Lutas na Escola
Tecnologias/mídias
47
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
48
Lutas na Escola
49
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Prática pedagógica
50
Lutas na Escola
51
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
52
Lutas na Escola
53
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
54
Lutas na Escola
Considerações finais
55
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
56
Lutas na Escola
Referências
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Brasília, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília: MEC, 2018.
BRASIL. Secretaria de educação fundamental. (1998). Parâmetros
curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF.
Almeida DL. Graduação em Ensino Superior. Revista Carioca de
Educação Física. 2019; 14.
Araújo ED. Agressividade x violência. Fighter Magazine.2005; 5:23.
Fernando A. As tecnologias nas aulas de Educação Física Escolar.
2017.
Pereira MPVZ, Cirino C, Corrêa AO, Farias GO. Lutas nas escolas:
sistematização do conteúdo por meio da rede dos jogos de lutas.
Conexões: Educ. Fís., Esporte e Saúde. 2017; 15(3):338-348.
SILVA EG. Manifestação de comportamentos agressivos em
praticantes de artes marciais. EFDeportes. 2000; 25.
Cazetto FF. Jiu-Jitsu brasileiro e vale-tudo: o uso de novas
tecnologias no ensino de Lutas e Artes Marciais. Motrivivência.
2010; 34:223-230.
Lima Junior HC, Chaves Junior SR. Possibilidades das lutas como
conteúdo na Educação Física escolas: o confrontamento de uma
abordagem pedagógica com alunos de 6a série em um colégio
estadual do município de Guarapuava-PR. Cadernos de Formação
RBCE. 2011; 69-80.
Leite FF, Borges RS, Dias TL. A utilização das lutas enquanto
conteúdo da Educação Física escolar nas escolas estaduais de
Araguaína-TO. Revista Científica do ITPAC. 2012; 5(3).
Camargo JL, Marcondes F, Guralecka JD. Metodologia do ensino do
conteúdo de lutas de 5a a 8a séries em escolas estaduais de
57
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
58
Lutas na Escola
Lopes RGB, Kerr TO. O ensino das lutas na Educação Física escolar:
uma experiência no ensino fundamental. Motrivivência. 2015;
27(45):262-279.
Maduro LA. Considerações e sugestões para o ensino das lutas no
ambiente escolar. Cadernos de Formação RBCE. 2015; 101-112.
Matos JAB, Hirama LK, Galatti LR, Montagner PC. A
presença/ausência do conteúdo lutas na Educação Física escolar:
identifica desafios e propondo sugestões. Conexões. 2015;
13(2):117-135.
Moreira LR, Maroun K. Práticas educativas desenvolvidas pelo
discente de Educação Física: o conteúdo lutas na escola. R. Est.
Pesq. Educ. 2014; 16(2).
Rufino LGB, Darido SC. O ensino das lutas nas aulas de Educação
Física: Análise da prática pedagógica à luz de especialistas. Rev.
Educ. Fís/UEM. 2015; 26(4):505-518.
Silva CNO, Nascimento TE, Ferreira RCB. Sistematização do
conteúdo luta nas aulas de Educação Física: o judô como
possibilidade na prática pedagógica. Rev Cadernos de estudos e
pesquisas na educação básica. 2015; 120-134.
Lage V, Silvestre AJ, Silva DR, Progiante FA, Silva JVI, Monteiro
L. As lutas na Educação Física escolar: perspectivas discentes de
Catanduva e região. Corpo e Movimento Educação Física. 2016;
7:09-16.
Neto JBA, Nápolis PMM. O ensino de lutas nas escolas de Ensino
Fundamental no estado do Piauí. Revista do Plano Nacional de
Formação de Professores da Educação Básica. 2016; 4(2):85-96.
Souza FP. Karate como prática pedagógica. Revista Eventos
Pedagógicos. 2016; 7(3):1099-1116.
Da Silva ES, Alves DP, Dos Santos LR, Santos MAP, Soares SB,
Miarka. O wushu como uma ferramenta para o desenvolvimento
59
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
60
Lutas na Escola
Araújo LP, Benites LC, Ananias EV, Duek VP. Artes marciais na
Educação Infantil: desafios e possibilidades. Revista Retratos da
Escola. 2019; 13(26):555-565.
Lopes JC, Bueno CAM, Fiorini MLS, Martínez-Ávila D. Lutas na
Educação Física escolar: metodologia através dos parâmetros
curriculares nacionais - PCNs. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2019;
33(3):401-412.
Rodrigues AIC, Antunes MM. Ensinando lutas na escola: percepção
e expectativas de dirigentes do Ensino Fundamental. Revista Valore.
2019; 4 (1):885–899.
Santos GO. Relato de experiência com o ensino de artes marciais na
formação em Educação Física em Diamantina-MG. Horizontes -
Revista Educação. 2019; 229-245.
Dias DH, Alencar DL, Filho LUN. A percepção dos professores de
Educação Física sobre o conteúdo lutas em suas aulas. Lecturas:
Educación Física y Deportes. 2020; 25(265):17-28.
Farias US, Maldonado DT, Nogueira VA, Rodrigues GM. Luta pelas
lutas como prática pedagógica crítica na Educação Física escolar:
sem rounds. Rev. Ed. Popular. 2020; 19(3):256-273.
Pereira MPVC, Folle A, Marinho A, Mota ID, Farias GO. Jogo como
estratégia de ensino: tematizando a prática de lutas na escola. Revista
Retratos da Escola. 2020; 14(28):207-221.
Chiés PV. “Eis quem surge no estádio: é Atalante!” A história das
mulheres nos Jogos Gregos. Movimento. 2006; 12(3):99-121.
61
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Parte II
62
Lutas na Escola
Capítulo 3
Introdução
5Uma versão aproximada desse texto foi publicada como artigo científico na
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação (UNESP). Este texto está no
prelo.
63
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
64
Lutas na Escola
65
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Procedimentos metodológicos
66
Lutas na Escola
67
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Saberes iniciais
68
Lutas na Escola
69
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
70
Lutas na Escola
71
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
72
Lutas na Escola
73
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Avaliar a percepção
dos estudantes sobre
lutas
Fonte: Elaboração da autoria.
74
Lutas na Escola
Avaliação
75
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
uma sobre a opinião em relação às lutas e outra sobre ter esse conteúdo
nas aulas de Educação Física.
Responderam-no 101 estudantes (57 meninos, 39 meninas e 5
com gênero não identificado). Ao perguntar exemplos de modalidades
de lutas de curta distância, a maioria indicou respostas adequadas –
por exemplo, judô (n=43), sumô (n=36) e jiu jitsu (n=25) –, apesar de
aproximadamente 20% das respostas7 (n=52) indicarem modalidades
que não são de curta distância ou não terem sido preenchidas. Tal
percentual ocorreu de modo similar nas lutas de média distância –
foram citados principalmente o boxe (n=42), o caratê (n=25) e a
capoeira (n=16) – e nas de longa distância – na qual a esgrima (n=68)
foi destacadamente a mais citada. Ao pedir que os alunos
descrevessem elementos trabalhados nas aulas – jab, direto, guarda,
base, desequilíbrio e contragolpe –, pôde-se verificar que cerca de
60% dos estudantes souberam descrevê-los.
As faltas recorrentes de alguns estudantes nessas aulas, a
novidade das lutas no currículo da escola e a pouca experiência de
alguns estudantes em lutas, bem como as dificuldades de transposição
dos saberes corporais para uma estratégia de avaliação conceitual
podem ser elementos que justifiquem que apenas uma parcela dos
estudantes soube responder corretamente à avaliação conceitual. Cabe
destacar, nessa perspectiva, que tal avaliação se deu de modo anônimo
e não visava a avaliar individualmente os estudantes, mas entender
possibilidades e limitações da intervenção. A partir desses elementos,
entendemos que os processos avaliativos poderiam ser qualificados ao
observar os saberes corporais a partir das suas características.
Ao questionar a relação com a violência após a intervenção,
verificou-se que a maioria dos estudantes apresentou nas suas
respostas uma compreensão adequada do distanciamento entre lutas e
violência, ressaltando termos como: “saúde”, “cultura”, “defesa”,
“expressão”, “controle”, “lazer” e “esporte”. Questionamos também
sobre a importância dos cumprimentos e saudações entre os lutadores,
em um entendimento que tais rituais concretizam na luta o
7
O estudante poderia indicar mais de uma modalidade, portanto o percentual é
representativo de um somatório de modalidades e não de indivíduos.
76
Lutas na Escola
Considerações finais
77
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Referências
ALMEIDA, Laiza Maria; COSTA, Rafaella Bôto Ferreira;
VENÂNCIO, Luciana; SANCHES NETO, Luiz. Desmistificando as
práticas de lutas e problematizando questões relacionadas à violência
nas aulas de Educação Física. Cenas Educacionais, v. 4, e12163,
2021.
BETTI, Mauro. Educação Física escolar: ensino e pesquisa-ação.
Ijuí, RS: Ed. Unijuí, 2009.
BORGES, Leandro Nascimento; FERNANDES, Maria Petrília
Rocha; CISNE, Mabel Dantas Noronha; FERREIRA, Heraldo
Simões. Formação de professores para o ensino de lutas na educação
78
Lutas na Escola
79
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
80
Lutas na Escola
Capítulo 4
Introdução
8
Uma versão aproximada desse capítulo foi publicada como artigo científico na
Revista Imagens da Educação (UEM). Este texto encontra-se no prelo.
81
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
82
Lutas na Escola
83
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
84
Lutas na Escola
85
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
86
Lutas na Escola
87
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
88
Lutas na Escola
89
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
90
Lutas na Escola
91
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Um conteúdo inclusivo
92
Lutas na Escola
93
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
94
Lutas na Escola
95
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Considerações finais
13 Sobre as dimensões dos conteúdos da Educação Física escolar, ver a obra Para
Ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola, de Suraya Cristina
Darido e Osmar Moreira de Souza Júnior (2013).
96
Lutas na Escola
Referências
Almeida, L. M., Costa, R. B. F., Venâncio, L., & Sanches Neto, L.
(2021). Desmistificando as práticas de lutas e problematizando
questões relacionadas à violência nas aulas de educação física. Cenas
Educacionais, 4, e12163.
Borges, L. N., Fernandes, M. P. R., Cisne, M. D. N., & Ferreira, H.
S. (2021). Formação de professores para o ensino de lutas na
educação física escolar: o estado da questão. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, 16 (3): 1547–1561.
Brasil. (2017). Base Nacional Comum Curricular. 4ª versão.
97
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
98
Lutas na Escola
99
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Capítulo 5
Introdução
14
Uma versão aproximada desse capítulo foi publicada como artigo científico na
revista Cadernos de Formação RBCE. Este texto está no prelo.
100
Lutas na Escola
101
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Procedimentos metodológicos
102
Lutas na Escola
Resultados e discussão
103
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
104
Lutas na Escola
105
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Comportamento em grupo
106
Lutas na Escola
107
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
108
Lutas na Escola
Considerações finais
Referências
BETTI, Mauro. Educação Física escolar: ensino e pesquisa-ação.
Ijuí, RS: Ed. Unijuí, 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica.
Diretoria de Currículos e Educação Integral. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília, DF: MEC, 2017.
109
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
110
Lutas na Escola
Capítulo 6
Introdução
111
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
112
Lutas na Escola
113
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
114
Lutas na Escola
115
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
contato direto um com o outro; (ii) lutas de contato, onde sempre que
acontece um contato, logo em seguida há um afastamento entre os
adversários e (iii) lutas armadas, se caracterizando pela utilização de
implementos como espadas, sabres etc.
A partir desse entendimento, o professor pode selecionar
quais atividades desenvolver a partir de cada tipo de contato corporal.
É importante que essa compreensão e aplicação das lutas esteja
interligada as três dimensões de conteúdo. Procedimental, quando há
o desenvolvimento e a vivência prática dos jogos de lutas ou
movimentos específicos da arte marcial. Atitudinal, quando trata de
valores como respeito e ética e cordialidade. Conceitual, quando se
tratam dos fatos históricos, regras, fundamentos e transformações
sobre a luta (LIMA; FABIANI, 2023).
Gomes et al. (2010) apresentam que as lutas possuem
princípios condicionais que se configuram como elementos que ao
serem compreendidos, facilitam os processos de ensino e
aprendizagem das lutas na escola. Os princípios condicionais são: (i)
contato proposital, (ii) fusão ataque/defesa, (iii) oponente/alvo, (iv)
imprevisibilidade e (v) regras. Com base nestes elementos, as lutas
podem ser divididas em grupos situacionais como lutas de curta,
média e longa distância. Nesse sentido, o professor pode desenvolver
uma luta específica a partir das especificidades da prática selecionada.
Ferreira et al. (2023) defendem que o ensino das lutas nas
aulas de educação física escolar deve estar pautado em processos que
envolvem a adaptação das práticas corporais ao contexto sociocultural
dos alunos e ao ambiente ao qual estão inseridos e a utilização de
estratégias que envolvem a inovação das aulas, motivando
positivamente os alunos a se apropriarem do conteúdo abordado.
Destarte, Pereira et al. (2017) salientam que o conteúdo das
lutas pode apresentar dois contextos equivocados de ensino. O
primeiro quando se enfatiza especificamente o gesto motor, na busca
pela execução perfeita de movimentos. O segundo quando o conteúdo
não é trabalhado na escola. Esse fato ocorre pela falsa crença que para
aplicar o conteúdo das lutas é preciso ter uma formação específica em
alguma arte marcial. O autor defende que a sistematização pedagógica
116
Lutas na Escola
117
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
PROCEDIMENTAL
ATITUDINAL
CONCEITUAL
COMPREENSÃO DAS
LUTAS
Fonte: Elaboração dos autores (2023)
118
Lutas na Escola
119
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Considerações finais
120
Lutas na Escola
Referências
ALENCAR, Y. O et al. As lutas no ambiente escolar: uma proposta
pedagógica. R. bras. Ci. e Mov, v. 23, n. 3, p. 53-63, 2015
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular.
Brasília: MEC, 2017.
CIRINO, C; PEREIRA, M. P. V. C.; SCAGLIA, A. J. Sistematização
dos Conteúdos das Lutas para o Ensino Fundamental: uma proposta
de ensino pautada nos jogos. Rev Min Educ Fís, v. 9, p. 221-227,
2013.
EVARISTO, André de Paulo. Lutar para vencer: a inserção de Lucas
como conteúdo em aulas de educação física escolar. Brazilian Journal
of Development, v. 6, n.12, p.95003-95015, 2020.
FERREIRA, H. S. As lutas na educação física escolar. Revista de
Educação Física/Journal of Physical Education, v. 75, n. 135, 2006.
FERREIRA, C. S et al. O ensino das lutas na educação física escolar:
um estado do conhecimento de estudos brasileiros. Journal of Physical
Education, v. 34, p. e3417, 2023.
FONSECA, J. M. C. FRANCHINI, E. VECCHIO, F. B. D.
Conhecimento declarativo de docentes sobre a prática de lutas, artes
marciais e modalidades esportivas de combate nas aulas de educação
física escolar em pelotas, Rio Grande do Sul. Pensar a prática, v. 16,
n. 2, p. 416-434, 2013.
GOMES, M. S. P et al. Ensino das lutas: dos princípios condicionais
aos grupos situacionais. Movimento, v. 16, n. 2, p. 207-227, 2010.
121
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
122
Lutas na Escola
123
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Parte III
1. Desequilíbrio.
124
Lutas na Escola
2. Pode sentar.
3. Pernas ao ar.
4. Jacaré.
125
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
5. Saída!
6. Gangorra.
7. Pega Garrafa.
126
Lutas na Escola
8. Mini Judô.
9. Sumô.
127
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
1. Prendedores.
3. Upper.
128
Lutas na Escola
4. Circuito de socos.
5. Esquivas.
6. Bolinhas de Sabão.
129
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
7. Socos e Joelhadas.
8. Chute Frontal.
9. Comandos.
130
Lutas na Escola
10. Capoeira-Queimada.
131
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
2. Esgrima: Pontaria.
3. Esgrima: Argolas.
4. Esgrima: Balões.
132
Lutas na Escola
5. Esgrima: combate.
133
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
134
Lutas na Escola
Lutas Mistas
1. Derruba Garrafa.
Para esta atividade, a turma deve ser dividida em duplas. Será
necessário delimitar uma área no tatame e posicionar uma garrafa
vazia no centro.
135
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
2. Meia Projeção.
Este jogo tem como objetivo a entrada para a projeção. Para realiza-
lo, é necessário dividir a turma em duplas e posicionar os
participantes frente a frente.
Um dos oponentes terá preso em seu calcanhar um balão (não muito
cheio). O objetivo é pisar no objeto, mas para isso, o aluno terá de
realizar a entrada para a projeção. Isto é, segurar o colega e passar
o quadril pela lateral, alavancando o adversário.
Não é necessário realizar a projeção completa e derrubar o
oponente, apenas pisar sobre o balão.
3. Desequilíbrio: ombros.
4. Jacaré imobilizado.
136
Lutas na Escola
5. Meia rasteira.
6. Cotovelada e desequilíbrio.
137
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
7. Defesa de chutes.
9. Rasteira frontal.
138
Lutas na Escola
139
Flávio Py Mariante Neto | Daniel Giordani Vasques
Sobre os organizadores
140
LUTAS NA ESCOLA
REFLEXÕES E POSSIBILIDADES METODOLÓGICAS