Sistema Reprodutor Masculino

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

P 2.

1 - A UBS na escola - ABERTURA

Objetivos:
1- Identificar o sistema reprodutor masculino (Histologia, anatomia e fisiologia)
Anatomia
O sistema reprodutor masculino é constituído pelos testículos, vias espermáticas
(epidídimos, canal deferente e uretra), pênis, bolsa escrotal e glândulas anexas
(próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais).
Testículo
É o local onde ocorre a formação dos espermatozóides e hormônios sexuais
masculinos, em especial a testosterona.
Vias espermáticas
 Epidídimo: local onde os espermatozóides passam por um processo de amadurecimento e
armazenamento.
 Ducto deferente: canal que conduz os espermatozóides do epidídimo até a uretra.
 Uretra: canal que transporta a urina e o sêmen para fora do corpo através do pênis.
Pênis
É o órgão sexual masculino responsável por depositar o sêmen no sistema reprodutivo
feminino durante o ato sexual. Também têm a função de eliminar a urina.
Bolsa escrotal
É uma bolsa que tem a função de proteger os testículos de oscilação de temperatura.
Glândulas anexas
 Próstata: glândula produtora de um fluido que irá fazer parte da composição do sêmen em
torno de 30%. Esse líquido é constituído por citrato (fonte de energia), cálcio e enzimas
(para neutralização do pH ácido).
 Vesículas seminais: duas glândulas produtoras de líquido seminal que representa 60% do
sêmen, composto por frutose, citrato, enzima coagulante e prostaglandinas, substâncias
fundamentais para progressão dos espermatozóides no sistema reprodutor feminino.
 Glândulas bulbouretrais: secretam a primeira parte do ejaculado e têm a função de
lubrificar o trato reprodutivo masculino antes da passagem do conteúdo espermático.

2- Descrever a fisiologia do sistema neuro endócrino associado ao sistema


reprodutor masculino (hipotálamo, hipófise e gonadal)
Fisiologia
O funcionamento adequado de cada etapa, desde a produção dos espermatozóides bem como
a maturação dos mesmos e a formação do líquido seminal com todos os seus componentes,
além da efetiva emissão do sêmen, é fundamental para a reprodução e o início de uma nova
vida.
A espermatogênese é um processo complexo e contínuo que inicia-se na puberdade e que
tem como finalidade a produção e desenvolvimento de espermatozóides maduros levando em
torno de 70 dias. Esse processo depende de hormônios secretados pelo sistema nervoso
central, bem como de hormônios produzidos nas gônadas, é o que chamamos de eixo
hipotálamo-hipófise-gonadal.
Neurônios presentes no hipotálamo secretam de forma pulsátil o GnRH (hormônio liberador de
gonadotrofina), que irá controlar a síntese e secreção dos hormônios FSH (hormônio folículo
estimulante) e LH (hormônio luteinizante) produzidos pela hipófise. Esses hormônios irão agir
nos testículos: o FSH se liga a receptores nas células de Sertoli para estimular a produção de
espermatozóides e secreção de inibina B. A inibina B regula a secreção de FSH por um
mecanismo denominado feedback negativo. O LH vai estimular as células de Leydig a produzir
os hormônios sexuais masculinos, principalmente a testosterona, que por sua vez se liga às
células de Sertoli e estimula a produção de espermatozóides, promove a virilização de tecidos
não gonadais e regula a secreção de GnRH.
O sêmen é composto aproximadamente por 10% de esperma e fluido testicular, 30% de
secreções da próstata e 60% de secreções das vesículas seminais.
Espermatozóide
O espermatozóide é a célula reprodutiva masculina. Ele recebe a maturação final quando entra
em contato com o aparelho genital feminino.

3- Descrever e conceituar as fases da puberdade e suas consequências biopsicossociais


Adrenarca Ativação do eixo HHG Gonadarca, Pubarca
A puberdade é a etapa durante a qual a pessoa alcança sua capacidade reprodutora total e
desenvolve as características adultas próprias daquele sexo. Em meninos, a puberdade
ocorre, geralmente, entre 09 e 16 anos.
Crescimento: aceleração da velocidade de crescimento em altura e peso ou o estirão puberal
(eixo GH e IGF-I). 2. Mudanças das características sexuais secundárias e maturação sexual:
Eixo hipotalâmicogonadotrópico-gonadal. Gonadarca: aumento de mamas, pênis e testículos
nos meninos, devido ao aumento dos esteróides sexuais, e androgênios nos meninos.
Adrenarca: surgimento de pêlos pubianos, pêlos axilares e faciais devido ao aumento dos
androgênios produzidos pelas supra-renais, e em maior quantidade nos meninos. Estes
fenômenos são interdependentes e mantêm uma associação temporal entre si. 3. Mudanças de
composição corporal: aumento massa muscular 4. Outras mudanças corporais: voz, pressão
arterial, maturação óssea, área cardíaca e respiratória, várias enzimas relacionadas às
atividades osteoblásticas e do crescimento, hematócrito, hemoglobina, entre outras. O
surgimento da puberdade em crianças normais é determinado basicamente por fatores
genéticos quando se controlam os fatores socioeconômicos e o meio ambiente. O
desenvolvimento dos caracteres sexuais é mais tardio nas classes de menor nível
socioeconômico. pubarca ou adrenarca (surgimento dos pêlos pubianos).
As principais consequências da puberdade precoce são: transtornos psicológicos e de
comportamento; maior risco de abuso sexual; baixa estatura quando adulto; maior risco de
obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral
e certos tipos de câncer

 preocupação excessiva com a aparência;


 baixa autoestima;
 dúvidas sobre a própria identidade;
 necessidade de comportar-se de forma semelhante aos amigos/colegas, mesmo contra
sua vontade;
 ruptura com a segurança providenciada pela infância;
 pressão para agir de determinada maneira ou para obter excelência escolar;
 desenvolvimento de depressão, ansiedade e fobias. Filhos de pais que já tiveram ou
tem algum transtorno mental são mais suscetíveis a desenvolverem um;
 preocupação com reputação e popularidade;
 sexo ou engajamento em atividades sexuais sem segurança;
 modificação da dinâmica entre amizades feitas na infância;
 isolamento social;
 frustração exagerada ao não atingir objetivos;
 necessidade de mostrar amadurecimento;
 desejo de se manter afastado dos pais e familiares;
 esconder emoções e sentimentos, evitando procurar ajuda quando está com
problemas; e
 bullying.

4. Identificar as alterações físicas associadas à puberdade


Escala de tanner
 Primeiro, o escroto (a pele ao redor dos testículos) e os testículos aumentam de
tamanho
 Logo depois, o pênis fica mais longo; isso geralmente acontece entre os 11 anos e
meio e 13 anos de idade
 As vesículas seminais e a próstata, que participam da produção do sêmen, aumentam
de tamanho
 Ocorre o crescimento de pelos pubianos
 Acontece o estirão, e os músculos do menino ficam maiores e seus ombros ficam mais
largos
 Ocorre o crescimento de pelo no rosto e nas axilas
 A ejaculação (a liberação dos espermatozoides do pênis) geralmente se torna possível
entre os 12 anos e meio a 14 anos de idade
 A fertilidade (a capacidade de ter filhos) surge quando o adolescente está mais velho

As mamas de alguns meninos crescem (ginecomastia) no início da puberdade, mas isso


geralmente desaparece em um ano, no máximo.

5. Descrever a produção dos hormônios esteróidais masculinos


Os hormônios do sistema genital masculino são produzidos nas gônadas masculinas,
muito conhecidas como testículos. São os hormônios que determinam as características
sexuais secundárias, induzem a formação dos gametas masculinos e promovem o impulso
sexual.

É na puberdade, aproximadamente entre os 11 e os 14 anos, que começam a ocorrer as


mudanças psicológicas e também fisiológicas no corpo dos meninos. Nessa fase da vida, dois
hormônios produzidos pela adeno-hipófise agem sobre os testículos, estimulando a produção
de testosterona. Esses hormônios são o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio
luteinizante (LH), também chamados de gonadotrofinas por atuarem sobre as gônadas.

No homem, o hormônio luteinizante também pode ser chamado de hormônio estimulador das
células intersticiais (ICSH), porque age estimulando as células intersticiais, ou de Leydig, a
produzirem testosterona. A testosterona e os hormônios gonadotróficos FSH e LH atuam juntos
na ativação da espermatogênese (produção de espermatozoides).

A testosterona é o principal hormônio masculino. Ela determina o desenvolvimento dos órgãos


genitais, a descida dos testículos para a bolsa escrotal e o aparecimento das características
sexuais secundárias masculinas, como a distribuição de pelos pelo corpo, engrossamento da
voz, desenvolvimento dos músculos e dos ossos, entre outras. Também é a testosterona que
induz o amadurecimento dos órgãos genitais, além de promover o impulso sexual.

6. Descrever a formação dos gametas masculinos (gametogenese)


Multiplicação, Crescimento, Maturação, Espermiogenese:
A formação dos gametas, células responsáveis pela reprodução, é um processo denominado
genericamente de gametogênese. Quando o processo ocorre para a formação do gameta
masculino, podemos denominá-lo de espermatogênese.

→ Etapas da espermatogênese

A espermatogênese, processo de formação dos espermatozoides, ocorre nos testículos são


denominados gametas masculinos em três etapas principais: o período de multiplicação, o
período de crescimento e o período de maturação.

→ Período de multiplicação: As células precursoras denominadas de espermatogônias


(2n) multiplicam-se por mitose. A multiplicação, que acontece na parede dos túbulos
seminíferos, é relativamente lenta até a puberdade e, após esse período, torna-se intensa.
Essa fase da espermatogênese pode ocorrer por toda a vida do homem.

→ Período de crescimento: As espermatogônias aumentam de tamanho e passam a ser


chamadas de espermatócitos primários ou espermatócitos I (2n).

→ Período de maturação: No período de maturação, ocorre o processo de meiose.


Primeiramente os espermatócitos primários passam pela primeira divisão meiótica e dão
origem a dois espermatócitos secundários ou espermatócitos II (n). Inicia-se, então, a
segunda divisão meiótica, que origina duas espermátides (n).
Após o fim do processo de divisão celular, as espermátides iniciam um processo denominado
de espermiogênese, em que ocorre a transformação dessas células em espermatozoides.
Nessa importante etapa, a espermátide alonga-se, seu núcleo migra para a região mais
extrema da célula e formam-se o acrossomo e a cauda. O acrossomo tem papel primordial
na fecundação, uma vez que libera substâncias necessárias à penetração no ovócito
secundário. A cauda, por sua vez, é fundamental para a locomoção desse gameta.

Espermiogênese: Na espermiogênese, fase final do processo, as espermátides sofrem


mudanças e formam os espermatozoides. Dentre as principais modificações ocorridas,
podemos destacar:
Formação do acrossoma: Essa estrutura forma-se a partir do complexo golgiense e
destaca-se pela presença de várias enzimas que ajudarão o espermatozoide a penetrar
no ovócito (gameta feminino).
O núcleo condensa-se e alonga-se.
Perde-se parte do citoplasma. Forma-se o flagelo, responsável pela mobilidade do
espermatozoide.

Ao final desse processo, temos um espermatozoide com características típicas (cabeça, colo e

cauda) que será liberado no interior dos túbulos seminíferos. Os gametas masculinos agora

estão prontos para realizar o importante processo de fecundação.

7. Identificar a regulação neuro endócrina sobre a ereção e a ejaculação

Ereção: Ereção é uma resposta neurovascular a certos estímulos psicológicos e/ou tácteis. O
influxo cortical mais alto e o arco de reflexo parassimpático sacral são mediadores da
resposta erétil. O impulso neural atravessa os nervos cavernosos, que cruzam a porção
posterolateral transversa da próstata. Terminando na vasculatura peniana, esses nervos não
colinérgicos e não adrenérgicos liberam óxido nítrico, um gás. O óxido nítrico se difunde nas
células musculares arteriais lisas do pênis, causando aumento da produção do monofosfato
de guanosina cíclico (GMPc), o que relaxa as artérias e permite que mais sangue flua ao
longo delas até os corpos cavernosos. À medida que o corpos são preenchidos com sangue,
a pressão intracavernosa aumenta, o que comprime as vênulas circundantes, causando
veno-oclusão e fluxo venoso diminuído. O aumento e a diminuição da saída do fluxo
sanguíneo aumentam ainda mais a pressão intracavernosa, contribuindo para a ereção.

Ejaculação: A ejaculação é controlada pelo sistema nervoso simpático. A estimulação


neural dos receptores alfa-adrenérgicos no anexos masculinos (p. ex., pênis, testículos,
períneo, próstata e vesículas seminais) provoca contrações do epidídimo, do canal deferente,
das vesículas seminais e da próstata que transportam o sêmen para a parte posterior da
uretra. Então, contrações rítmicas dos músculos do assoalho pélvico resultam em ejaculação
pulsátil do líquido seminal acumulado. Ao mesmo tempo, o colo vesical se fecha, evitando a
ejaculação retrógrada de sêmen para a bexiga. Inibidores seletivos de recaptação de
serotonina e alfabloqueadores podem retardar ou inibir a ejaculação pela inibição do receptor
nesses locais.

Você também pode gostar