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D

[)

RÁDIO. TELEVISÃO .' ELETRONICA GERAl;-

íNDICE

Capa - Receptor Sensível OC - PX - 2


EDITOR
VCR - Sistema Mecânico do VHS 10
Savêrío Fí!tipaldí
Montagem - Super Filtro 15
Tecnologia - DAT - o gravador digital 17
REDAÇÃO
Montagein - Pisca LED Rftmico 22
Maria Sflvía Pires TV - Separado r de Sincronismo e Cancelador de
Ruídos 25
Montagem - Foto Relê Integrado 30
RELAÇÕES PÚBLICAS
Hardware - Interface para Disco Flexfvel 33
Waldomiro Recchi
Montagem - Amplificador de Video 40
Correspondência 44
_-PRODUÇÃO Teoria - Termistores 46
Vicente Fittipaldi Reparação - Reparação em Circuitos Lógicos 50 •
Montagem - Fonte para Pequenos Motores 54
Teoria - Oscilador Schmitt 56
Teoria - Casando Circuitos 60
Montagem - Cronômetro Digital 63
Curso - Técnica Digital - lição 10 67

ELÉCTRON • Rádio, Televisão, Eletrônica Geral é uma publicação da Editora Flttlpaldi Ltda.
Redação, Administração e Publicidade: Rua Major Ângelo Zanchi, 275 a 303 - CEP 03633 - Tel.:
296-7733 - São Paulo - SP. Distribuição: Drnap S/A. - Distribuição em Portugal: Distribuidora
Jardim LDA. Impressão: Gráfica Editora Hamburg. É proibida a reprodução total- ou paroial dos
- -,
textos e ilustrações, sol? pena das sanções estabelecídas em lei. Os artigos publioados são de inteira -
responsabilidade de seus autores. É' proibido a utilização dos circuitos em caráter industrial ou co-
mercial, salvo com expressa autorização por escrito da Editora. A Editora não se responsabiliza pelo
uso indevido dos circuitos publicados. Em virtude de variações de qualidade.dos componentes, os
editores não se responsabilizam pelo não funcionamento ou desempenho deficiente dos circuitos
montados pelos leitores: Números atrasados: Poderão ser fomecidos via reembolso postal ao oreco
•) da última edição em banca. -
J. Martin

A sensibilidade deste receptor não rante sua durabilidade, e a escuta em alto-fa-


tem muito a ver com sua simplicidade. Reu- lante com ótima qualidade de som.
nindo 5 transístores num circuito muito sim-
ples, sem ajustes, o leitor poderá captar desde A cobertura de freqüências vai desde
as mais distantes estações de ondas curtas aproximadamente 15 MHz até 27 MHz, po-
(de países de outros continentes) até as esta- dendo ser expandida com o acréscimo de no-
ções de PX. Para os que pretenden uma vas bobinas (mais um ponto interessante a
aventura diferente no mundo das telecomuni- ser considerado pelos que gostam de pesquí-
cações, este receptor oferece uma oportuni- sar circuitos!).
dade única.
Receptores de diversas faixas de on- As características do receptor são:
da, com alcance mundial, do tipo comercial,
são vendidos a preços que desanimam qual- - Sistema super-regenerativo de grande sen-
quer um, principalmente nos tempos atuais, sibilidade
em que o dinheiro é difícil. Por outro lado, um - Uma faixa com cobertura de 16 a 27 MHz.
receptor de baixo custo não tem o número de .; Possibilidade de expansão
faixas e a sensibilidade necessários à cobertu- - 5 transístores
.ra mundial que desejamos, se queremos ex- - 6 V de tensão de alimentação com consu-
plorar o espectro eletromagnético de ponta a mo de 5 mA (sem sinal)
ponta. , - Não precisa de ajustes
E claro que existe a possibilidade de - Usa apenas componentes comuns
se adquirir velhos receptores de comunica- Pois bem, se o leitor pretende se
ções "recondicionados", mas isso não é fácil e aventurar no mundo das ondas eletromagnéti-
quando acontece, o preço também não é bai- cas, explorando sinais desconhecidos e co-
xo. nhecidos, aqui vai a descrição completa do
Como fazer o montador que deseja projeto.
ter o seu próprio receptor de alcance mundial,
para explorar uma boa faixa do espectro mag- Como Funciona
nético, sem gastar muito dinheiro:
A solução que propomos aqui é sem A etapa super-reqenerativa, também
dúvida muito interessante sob todos os aspec- conhecida como detetor super-regenerativa, é
tos: um receptor fácil de montar, que usa pou- a mais importante de nosso rádio, por onde
cos componentes portanto é de baixo custo, e começamos a anaüsá-lo.
além disso apresenta uma execelente sensi- Na figura 1 temos o circuito básico
bilidade, captando em horários favoráveis es- de um detecto r super-regenerativo que funcio-
tações de Europa e Estados Unidos, usando na do seguinte modo:
como antena apenas, um pedaço de fio de 1 Começamos a análise pelo próprio .-,
metro de comprimento (antena telescópica)! transístor, que é o elemento principal que po-
A alimentação do rádio é feita com 4 de amplificar os sinais e que deve ter uma
pilhas pequenas, com baixo consumo, que ga- freqüência de corte (fT) bem acima do limite

2
que queremos captar. Usamos no circuito o. . Outras bobinas podem ser ligadas ao
BF494, que tem uma freqüência de corte de • circuito com a utilização, por exemplo, de uma
260 MHz ou seu equivalente próximo, o chave rotativa. Uma terceira bobina de 35 es-
BF495, que tem uma freqüência de corte de . piras, por exemplo, permitiria a captação da
200 MHz. faixa de ondas curtas mais baixa, entre 7 e 15
MHz, onde se concentram emissões interna-
cionais de radiodifusão, radioamadores, co-
municações entre navios, serviços públicos,
etc.

C2

Ponto 1 -- •... -----'

Oeeocoplamento

Etapa trpica
auper- regenerativa Chave para troca
de faixa •

.----..--- Á ud ia

R2

FIGURA 1
FIGURA 2

Este valor é a máxima freqüência em


que teoricamente o transístor ainda amplifica O resistor R1 fornece a polarização
o sinal. de base para o transístor, enquanto que o re-
No circuito, a bobina L 1 e o capacitor sistor R2 fornece a polarização de emissor.
Cv é que determinam a freqüência do sinal O choque XRF separa o sinal detec-
captado. tado do sinal de alta freqüência, obtendo-se
No nosso projeto usamos duas bobi- depois deste componente, entre R2 e C4, o
nas, em vista do variável não poder dar uma sinal de áudio correspondente à modulação
cobertura total da faixa desejada. Na verdade, da estação captada.
existem limites para os valores de Cv que C3 é um capacitor que realimenta o
permitem funcionamento estável. Para não transístor de modo a mantê-I o em oscilação,
escapar destes limites, a melhor solução é a enquanto que C2 atua como desacoplamento
troca de bobinas ou de faixas. Para cada bo- para o sinal de alta freqüência presente na
bina teremos então uma faixa, conforme mos- base do transístor.
tra a figura 2. Este circuito funciona oscilando, ou
A chave CH1 permite a troca de espi- seja, ele oscila excitado pelo sinal captado, de
ras de uma mesma bobina, que, deste modo, modo a aumentar sua energia até o ponto em
comporta-se como duas, uma para cada faixa. que ocorre uma regeneração que o amortece.
Numa posição, apenas 5 espiras da bobina fi- Neste ponto crítico o sinal tem a máxima in-
cam ao circuito, quando então temos a cober- tensidade, sendo então detectado.
tura da faixa mais alta. Com a chave na outra O sinal de áudlo é levado a uma eta-
posição, temos a colocação de 21 espiras da pa amplificadora com 4 transístores, sendo
bobina no circuito, quando então temos a co- um pré-amplificador, um excitador e dois de
bertura da faixa mais baixa. sarda, sendo estes complementares (figura 3).

3
--------- - --------------------.....,..,.-----

--.----------------------e-----~----_o+

Par ~Ie.ellt.t

'------,v,----J
Pre' - ampl i fi cador
~
Oriver
-- Sa(da
.•.
colllplelllentar
FIGURA J

e rádio não tem controle de volume dois deles devem ser feitos pelo próprio mon-
em sua versão básica, mas nada impede que tador.
o leitor o acrescente. Este constitui-se num e
primeiro é a bobina l1/L2, que de-
potenciômetro de 1 M ohm que poderá ser li- ve ser enrolada com fio esmaltado grosso (26
gado da forma indicada na figura 4. ou 24), conforme mostra a figura 5.
É importante que os fios de ligação
deste potenciômetro sejam blindados para
que não haja captação de roncos induzidos
pela rede local de alimentação. 14 Voltas Fio 24,
Para a alimentação usamos 4 pilhas ~--''''~-----.. 26,28
pequenas, mas os leitores que quiserem po-
AWG )
dem fazer um eliminador de pilhas, lembrando } 1 em
apenas que o capacitor de filtro deve ter pelo
menos 100}J F para que todo ronco que possa
afetar o funcionamento das etapas mais críti-
cas sejam eliminado.

Raspe as
pôntas
Z--_. •
Continue L2
no mesmo
sentido de
LI
I

~-----'V~------~
2 a 2,5clII

FIGURA 5
Ligações Potenci6metro
certas de 1M ohm
(volume) e
segundo, mostrado na mesma figu-
----~~-~~~--~+ ra, é o reator XRF de rádio-freqüência. Ele
C6 consiste em aproximadamente 180 voltas de
fio esmaltado bem fino (32, por exemplo), en-

~f 3
roladas em um resistor de 1k2 ohms e com os
terminais do resistor aproveitados para fixa-
ção.
e
variável Cv é do tipo usado em
V
,

aparelhos de FM ou AM (de 50 pF a 150 pF),


com uma seção conforme indicam os dese-
FIGIIRA " nhos do aparelho pronto. Este é o único com-
ponente crítico que pode trazer algum proble-
ma de funcionamento ao seu rádio, se for es-
colhido indevidamente.
Montagem A montagem do rádio será feita numa
placa de circuito impresso. e
diagrama deste
Todos os componentes podem ser rádio, juntamente com a placa, são mostrados
adquiridos nas casas especializadas. Apenas nas figuras 6 e 7.

4
------,,-


R4
3k9

CH2
R6 AF
22k

C2
22nF

+
Cl

--
22pF ou
4,7pF
C10 -
22pFou
lOpF

R2
2k2

FIGURA 6

Todos os resistores utilizados são de Até mesmo diodos retificadores de silício de


1/8 W como os valores indicados pela lista de baixo custo, como os 1N4001, 1N4002, etc.,
material. Em princípio, estes resistores não podem ser usados nesta função sem proble-
são críticos, podendo ser de até 20% de tole- mas.
rância e em alguns casos até valores imedia- Na colocação dos transístores é muito
tos, mas não convém fugir muito ao indicado, importante prestar atenção à sua posição.
principalmente nas etapas em torno de Ti. Veja que o BF494 tem uma disposi-
Os capacitores C2, C3 e C4 devem ção de terminais diferente dos demais (coletor
ser preferivelmente cerâmicos, enquanto os no meio) e que T5 é diferente de T2, T3, e T4.
demais, conforme os valores, podem ser ele- Em todos deve ser observada a posição de
trolíticos, cerâmicos ou de poliéster, Será pre- acordo com a placa, orientando-se pelo lado
ciso tomar muito cuidado com a marcação de achatado dos invólucros.
alguns capacitares, cujos códigos podem cau- As ligações dos componentes exter-
sar confusões; é o caso de C2, se 22 nF, que nos à placa deve ser feita com muito cuidado.
pode vir marcado com 223 ou 0,02. Já o ca- O alto-falante não oferece tantos pro-
pacitor C4 pode vir como 47 n,473, 47 nF ou blemas, pois basta usar dois pedaços de fio
0,047. O capacitor C3 é de 100 pF, vindo com comum, o mesmo ocorrendo em relação ao
a marcação 100 seguida de uma letra qual- suporte de pilhas. Para estes devemos ape-
quer maiúscula, que indica sua tolerância. nas observar a polaridade, dada pelas cores
O tipo C5, de 100 nF, se for cerâmico dos fios, já que o pólo positivo normalmente
pode vir com a marcação 104 ou 0,1, enquan- tem o fio vermelho .

• to que C8 pode vir com 220 seguido de uma


letra maiúscula.
Os capacitores eletrolíticos C1 e CiO
Para a ligação de CH1 deve ser usa-
da uma chave HH (veja a sua ligação na fi-
gura 7).
podem ter valores entre 4,7 e 22 }JF e sua
tensão de trabalho deve ser maior que 9 V. Já Entretanto, a ligação do variável Cv,
C9 deve ser de 100 ou 220}JF com tensão de de CH1 e das bobinas precisa ser feita com
trabalho igualou maior que 9 V. muito cuidado. Seus fios devem ser os mais
Na montagem dos capacitores eletro- curtos possíveis, como mostram os desenhos.
líticos, o leitor deve tomar o máximo cuidado Lembramos que fios longos representam im-
com a sua polaridade. pedâncias e capacitâncias parasitas que indu-
Os diodos Di e D2 são de silício de zem o circuito a instabilidades. Essas instabi-
uso geral, podendo ser empregados os lidades podem provocar apitos que prejudicam
1N4148 ou 1N914, que são os mais comuns. o funcionamento do receptor.

5
2

FIGURA 7

A bobina L1 e também L2 ficarão sol- Se você morar em cidades grandes


dadas na chave CH1 com ligação curta para como São Paulo, Rio de Janeiro e proximida-
Cv e para a placa. des, poderá captar estações de PX, sinais de .
A antena deve ser um pedaço de fio radio-chamada (bip) e até mesmo estações de
de até 1 metro de comprimento que ficará es- rádiodifusão, dependendo do horário.
.I
ticado por trás do rádio, ou então uma antena . Se você morar longe de grandes ci-
do tipo telescópica. dades, poderá captar ainda sinais de estações
Na figura 8 damos uma sugestão de distantes, como por exemplo emissões de ra-
caixa que pode ser feita pelo próprio monta- diodifusão internacional.
dor, dando-se preferência a materiais não me- Observamos que, conforme o tipo de
tálicos. montagem realizada, podem ocorrer faixas
Terminando a montagem, deve-se j
mortas na sintonia, em que o aparelho não
conferir tudo para evitar que ocorram danos oscilará, o que será constatado pelo silencia- )
aos componentes em caso de erros. mento do alto-falante. Neste caso a mudança
da bobina permite chegar à faixa que nor- )
malmente não será captada por falta de osci-
Teste Inicial lãçães.
I
Se as freqüências que o leitor preten- J
der ouvir não estiverem sendo sintonizadas,
O teste inicial de funcionamento é experimente novas bobinas.
muito simples, pois basta colocar pilhas novas Se notar istabilidade excessiva na
no suporte e acionar o interruptor geral. captação de estações fracas, inverta as liga-
Se sua versão levar o controle de vo- ções do variável. J
lume, este deve estar na posição de máximo.
O fio de antena deve estar esticado
em seu máximo comprimento (1 m). Usando o Rádio
Acionando o capacitor de sintonia ou-
viremos, além do chiado do alto-falante que O que ouvir com seu receptor?
indica oscilação do circuito, sinais e mesmo As ondas de rádio propagam-se em
estações distantes. linha reta, mas devido a deversos fenômenos

,
M
6
que ocorrem na atmosfera da Terra e 'arnbérn É por este motivo que durante a noite
no espaço, podemos ouvir estações muito dis- temos uma recepção muito mais fácil das es-
tantes que a linha do horizonte, conforme se tações distantes nas faixas que vão de 5 a 6
pode perceber pela figura 9. MHz até 15 ou 17 MHz, enquanto que durante
o dia a recepção se torna mais difícil naquelas
faixas, mas permite que estações da faixa dos
17 aos 25 MHz sejam captadas.
Antena
Já os sinais acima de 30 MHz dificil-
Volume mente se refletem na ionosfera, de modo que
opcionol FTE sua recepção a uma distância acima de 20
Km é fato raro. Por este motivo que, enquanto
podemos captar estações fracas de AM ou ra-
dioamadores distantes milhares, de quilôme-
tros de nossa casa, mesmo com receptores
[J pouco sensíveis, não conseguimos captar as
CHl potentes estações de FM ou TV a mais de
200 qui lômetros de nossa casa sem sensíveis
antenas e receptores e, além disso, muito
Ll
CH2
bem localizados.
Lembramos que as emissões interna-
FIGURA 8 cionais de TV são possíveis porque se utiliza
um satélite colocado em órbita estacionária a
De fato, alguns sinais podem ser con- 36 000 quilômetros de altitude, o qual possui
duzidos pela terra, fazendo uma curva que um retransmissor de sinais. Estes sinais re-
acompanha aTerra por uma centenas de transmitidos pelo satélite, entretanto, são de
quilômetros, enquanto que outros podem ser faixa que os televisores comuns "não pegam",
refletidos pelas camadas altas da atmosfera, sendo por isso necessário um equipamento
que são carregadas eletricamente, e depois especial que os recebe e distribui entre as di-
reflentindo na própria Terra serem levados a versas cidades (figura 10).
enormes distâncias, mesmo do outro lado do
planeta. Já temos em nosso país a fabricação
Esta camada refletora de ondas de de conversores para receber estes sinais de
rádio chama-se ionosfera e se encontra em al- TV, mas seu custo ainda é alto.
turas que variam de 80 a 400 quilômetros,
Com o seu receptor montado você
tendo também um comportamento que de-
pende da presença do Sol. poderá explorar as faixas sintonizadas de um
De fato, durante o dia somente as modo metódico, conforme se segue:
camadas mais altas estão presentes, de modo a) Noite - Este é o melhor período
4 que somente sinais de determinados tipos para se ouvir as estações distantes de ondas
\
podem ser refletidos. Durante a noite as ca- curtas quando a propagação é melhor. As fai-
madas baixas estão presentes e sinais de ou- xas até 25 MHz podem ser exploradas com a
tros tipos também aparecem na reflexão. captação de muitas emissões interessantes.

--------- - _""! lonosfera


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/' I' /.".... VHF,FM,TV
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fi:J o , poro FfII, TV, VHf,
11I01 há HCut.
onda. curt ••
*
Terra

FIGURA 9

7
~SGtélit. Para a faixa de ondas curtas, pode-se
fazer uma antena externa _de maior compri-
mento, conforme mostra a figura 11. :
~ I I \ Esta antena, entretanto, não será li-
/ I \ gada ao aparelho diretamente, mas através de
\
/ I \
uma segunda bobina de umas 3 ou 4 voltas
I I \
! 33000km
I \
\
de fio, conforme mostra a figura, para se evi-
I
tar problemas de instabilidade.
I I \
/ I \
I I \
/ I \
Lista de Material
I I \
I \ TroMftlielõo
Captação I • de TV T1 - BF494 ou BF495 - transístor de RF
T2, T3, T4 - BC548 ou equivalente (BC237,
BC238, etc.)
Terra
T5 - BC558 ou equivalente (BC557, BC307,
etc.)
01, 02 - 1N4148 - diodo de uso geral
C1, C10 - 10 ou 22 J,lF x 12 V - capacitor ele-
~ trolítico
Distribuição do sinol FIGURA 10 C2 - 22 nF (22~) - capacitor cerâmico
C3 - 100 pF - capacitor cerâmico
Na faixa de ondas curtas, além das C4 - 47 nF (473) - capacltor cerâmico
emissoras intemacionais que inclusive- dedi- C5 - 100 nF (104) - capacitor cerâmico
cam programas em Português, com seus po- C6 - 22 nF (223) - capacitor cerârriico I

tentes transmissores voltados para cá, temos C7 - 22 nF (223) - capacitor cerâmico ,I


comunicações de radioamadores, navios, ser- C8 - 220 pF - capacitor cerâmico
viços públicos, etc. C9 - 100 )JF ou 220 )JF - capacitor eletrolítico
b) Tarde - Neste horário a faixa de R1 - 68 K x 1/8 W - resistor (azul, cinza, la-
ondas curtas pode ser explorada. No Brasil, a ranja)
parte çla tarde perrntte que estações da Euro- R2 - 2K2 x 1/8 W - resistor (vermelho, ver-
pa e Africa, além da Asia, sejam ouvidas com melho, vermelho)
certa facilidade. . R3 - 1K x 1/8 W - resistor (marrom, preto,
c) Manhã - Neste período a propra- vermelho)
gação é razoável, sendo ouvidas as estações R4 ~ 3K9 x 1/8 W - resistor (laranja, branco,
da América do Sul em geral, na faixa até os vermelho)
17 MHz. R5 - 1M x 1/8 W - resistor (marrom, preto,
d) Meio-dia - O horário etre 11 e 13 verde)
horas não é muito favorável à escuta da faixa R6 - 22K x 1/8 W - resistor (vermelho, ver-
de ondas curtas, a não ser em tomo de 25 melho, laranja)
MHz, quando emissoras internacionais muito R7 - 4K7 x 1/8 W - resistor ( amarelo, violeta,
potentes podem ser ouvidas em pequeno nú- vermelho)
mero. - R8 - 330 K x 1/8 W - resistor (laranja, laranja,
amarelo)
R9 - 330 R x 1/8 W - resistor (laranja, laranja,
marrom)
CH1, CH2 - chave Comutadora linear 2x2 HH
(Castelo referência 2.(00)
B1 - 6 V - 4 pilhas pequenas
XRF - choque de RF - ver texto
A - antena - ver texto

Diversos: placa de circuito impresso, suporte


de 4 pilhas pequenas, fios, fio esmaitado para
bobinas, resistor de 100 K x 1/4 ou 1/2 W para
enrolar o choque XRF, alto-falante de 8 ohms,
etc.

FIGURA 11
• J
8
Sistema Mecânico do VHS

Sergio R. Antunes'

o vídeocassete é conhecido como o - Mecanismo de carga e descarga da


aparelho eletrônico que trabalha interado com fita ao redor do cilindro. Em VHS (formato
mecanismo de precisão, controlados por um adotado no Brasil) o carregamento é denomi-
circuito servo. nado "carregamento em M", dado ao formato
A unidade eletromecânica de um ví- da letra M que a fita assume, passando por
deocassete pode ser dividida rios seguintes todas as cabeças (apagadora, vídeo, áudio e
segmentos: CTL). O mecanismo de carga e descarga é
denominado também de mecanismo LOA-
- Alojamento ou compartimento do DING.
cassete, incluindo a presença de micro inter-
- Capstan e rolo pressor para efetuar
ruptores para deteção da presença de fita.
o deslocamento da fita.
- Varredura ou exploração da fita, - Carretéis de fornecimento e reco-
com o cilindro (onde estão alojadas as cabe- lhimento da fita (funções REW, FF, PLAY e
ças rotativas de vídeo). REC).

:-~::1
I I
Rec/Play áudio
f-----------i=:~ Cabeça áudio

I I
I I A
I I Cabeça s
de v t'deo
B

Cabeça CTL

M Motor cilindro
M Motor captan

Motor reei

Motor loading
Motor caasete

FIGURA ,

10
o número de motores que incorpora o O motor do capstan é o responsável
sistema mecânico do formato VHS varia do pelo acionamento do volante do capstan, que
modelo e versão do aparelho. Assim sendo, juntamente com o rolo pressor, produz o mo-
encontraremos no mercado de vídeocassete vimento da fita.
modelos com 5, 4, 3 e 2 motores, sendo os de O circuito de controle, dotado de um
2 motores os de tecnologia mais recente. microprocessador, controla todos os modos
Neste artigo descreveremos as partes operacionais do aparelho e aciona 3 outros
principais que compõe a unidade mecânica do motores: REEL, LOADING e CASSETE.
VHS. O assunto no entanto é muito extenso, O motor REEL é o motor dos bobina-
o que dará margem para outros artigos. dores, executando as funções REW e FF (Re-
bobinamento e avanço de fita). .
Configuração Básica O motor LOADING é o motor de car-
ga e descarga da fita sobre o cilindro, reali-
Na figura 1 apresentamos um dia- zando o sistema de carga tipo M.
grama em blocos que mostra a configuração O motor cassete efetua a função eject
básica do VHS. Nesta figura queremos desta- e carregamento frontal do cassete.
car a posição dos motores e das cabeças.
No bloco tuner temos toda etapa de
recepção de sinais, sintonia, FI e detetor, re-
cuperando os sinais de áudio e vídeo.
Já o conversor ou modulador de RF é
necessário para converter os sinais de vídeo e
áudio em sinais de RF, com a freqüência do
canal 3 ou canal 4, conforme norma interna-
cional dos fabricantes de vídeocassete.
O circuto REC / PLAY de áudio é o
responsável pela preparação do sinal de áudio carretel
durante a gravação e recuperação e amplifi- desbobinodor Corretel
bobina dor
cação do áudio na reprodução. CQssete--
O circuito REC / PLAY de vídeo reali-
za todo o processamento do sinal de vídeo
(luminância e crominância) durante a grava-
ção e reprodução. FIGURA 2
O circuito do servo é responsável em
controlar a fase e a velocidade (freqüência) O sistema de controle está ligado a
dos dois motores principais: cilindro e capstan. uma série de dispositivos de segurança e pro-
O motor do cilindro é o responsável teção, além de comandar o Timer, a fonte e o
pelo acionamento da rotação do cilindro. Servo.

Cobeçoi9 à~ vrdeo

FIGURA .1

11
Mecanismo posição ilustrada na figura 3, efetuando uma.
varredura helicoidal (de baixo para cima) no
A figura 2 ilustra o carregamento em cilindro.
M (a fita sai do carretel de fornecimento, pas- O servo deve controlar precisamente
sa pelo cilindro, cabeçote de áudio e controle, o movimento dos dois motores (cilindro e
rolo pressor, eixo do capstan e carretel bobi- capstan) pois é do movimento simétrico deles
nador). que resultará em uma imagem sincronizada
Quando carreqada, a fita assume a corretamente.

Capstam Pinch roller

Tope

_Volante

;
FIGURA 4
O motor capstan (figura 4) através do Modo SP (STANDARD PLA V), 2
volante irá produzir o movimento da fita que horas, a fita se desloca 3,34 em/s.
pode ser em 3 velocidades: - Modo LP (LONG PLA V), 4 horas,
1,67 crn/s,
- Modo SLP (Super LONG PLA V), 6
hs, 1,11 em/s.
Cobeço opogodoro tot0.--q .

.-Flto
, Sistema de tensão da Fita
Mastro de tensão _I .
,9--Mostro gUIo Para que o transporte da fita seja per-
feito, a fita deve adquirir uma tensão mecâni-
ca constante. Para isto, existe um sistema de
tensão de fita que faz com que as cabeças e
a fita permaneçam em contato estável.
Na figura 5 mostramos os dispositi-
vos envolvidos no sistema de tensão.
Quando se aperta a tensâo da fita, o
mastro de tensão se move na direção da seta
Cinto de X puchando a fita para a direita. Contudo, o
tensão
dispositivo no qual é fixado o braço tensor
®l-l-.srP' move a borda da cinta de tensão para a direi-
©--@L. _Me_s_o
._do_c_o_rr~t~ ta.
Como decresce a força de frenagem
na fita, o movimento da cinta de tensão reduz
a força aplicada na fita, assim como a tensão
sobre a fita supridora.
Como a tensão da fita é sempre equi-
librada pela mola de tensão, quando decresce
a tensão da fita, a tensão procedente da mola
puxa a fita na direção da seta Y.
Acompanhando este movimento, o
ponto A move-se para a esquerda aumentan-
FIGURA do a força de frenagem entre o apoio do carre-

12
tel e a cinta de tensão, aumentando também Rolete de impedãncia
(esquerdo) Guio fixo
a tensão da fita do lado supridor (carretel de
fomecimento). Repetindo sucessivamente es-
~
-\81,-
.. -~
te movimento, a tensão da fita se mantém
constante.

Mastro Guia
[ ~~
~--

\
o mastro guia é o dispositivo respon-
sável da requlaqem da altura da fita durante o A fito não
carregamento em M (Loading). deverá estar
rompido hem
FIGURA ? dobrado

Rolete de impedância
Na figura 8 vemos um esboço do
•ao
c
mecanismo superior. Logo a esquerda, na par-
~
11.
te superior temos o rolete de impedância cuja
finalidade é reduzir a agitação de transporte.
O rolete de impedância deve rodar suavemen-
te, apenas apoiando a fita, sem no entanto in-
fluir na tensão mecânica.
-Guide Rollers
Os guide rollers ou postes de carre-
FIGURA 6 g"amento são os elementos que carregam a fi-
A figura 6 ilustra o mastro guia e ta enlaçando-a no cilindro.
a figura 7 ilustra a seqüência em que a fita Na figura 9 podemos ver um esboço
passa por estes dispositivos. mais claro destes elementos.
Cilindro Bloco V

/R ~ olete de '- '(")


impeddnci a direto
,, Cabecate de _
apagamento

Eixo inclinado---

Guide rol ler ---t-~~~4J


-r-;-:-r-o.---.::;::=::::;:t
'"
t-'Base do guide
roller
Base do guide
roller .
Alavanca de-
traciomento Bobinador de
Correia de recolhimento
tração
Cassete

Bobinador de /
fornecimento

FIGURA 8

Observe que ele possui um rolete Ihimento (lado direito).


guia, que é por onde a fita se desliza e possui
um mastro inclinado. Este mastro inclinado irá Rolo Pressor
guiar o transporte da fita e conservar a fita na
altura correta. Observando novamente a figura 8,
Os dois postes levam a fita dos dois encontramos no lado direito o rolo pressor que
lados, retirando a fita do carretel de fomeci- tem uma estrutura na qual um rolamento de
mento (lado esquerdo) e do carretel de reco- esfera está localizado no seu centro.

13

'.
-------------------------------------------------------------------
inclinado Cilindro
Rol.t.
guia

Ba•• d.o
rol.t. guia

FIGIJRA 9

o rolo pressor aplica uma certa pres- 4 - No cilindro, girando a 1800 rota-
são na fita em relação ao eixo do capstan. ções por minuto, estão as cabeças de vídeo
Desta forma a fita adquire movimento nos que varrerão helicoidalmente a fita, formando
modos PLAY ou REC efetuando o transcurso pistas transversais (figura 11).
do carretel de fomecimento ao carretel de re-
colhimento.
A figura 10 mostra em blocos todo o
percurso do carregamento da fita. -r-""T'""-;-~----C--Pista linear de áudio
Os sete passos são:
1 - A fita passa pelo rolete de impe-
Pista tra nsversais
dância para evitar vibrações.
2 - O cabeçote de apagamento apa-
ga todo conteúdo da fita (somente no modo P·ista Iinear de control.
REG) por gravar um sinal senoidal de 60 KHz. ------- /

FIGIJRA I I
3 - O poste do lado esquerdo enlaça
a fita um pouco mais de 1800 no cilindro.

5 - O poste do lado direito apoia a fi-


ta para que a. mesma passe pelo cabeçote
duplo áudio / CTL (o sinal CTL - controle - é
uma informação processada pelo circuito do
servo).

6 - O rolo pressor, após o carrega-


mento ter sido completado, é forçado a pres-
sionar o capstan.

7 - Esta pressão deslocará a fita em


direção ao carretel de recolhimento.

Lembramos ainda que toda esta se-


qüência é comandada pelo sistema de con-
trole, que possui um microprocessador com
·um software (programa) pré estabelecido.
Corret.1
r.colhi •• nto

FIGURA 10

14
~
a,

.)
\

A. Fanzeres

A alimentação ideal de corrente con- Na figura 1 temos um circuito capaci-


tinua é sem dúvida a obtida de baterias ou tivo, projetado para uma tensão de entrada de
pilhas. Com estas não há o risco de ondula- 30 volts e uma corrente máxima de 3 ampe-
ções (zumbido ou hum) nem variações por flu- res. Utiliza dois transístores BD435 NPN de
tuações na rede elétrica. Mas alimentar um silício, ligados em disposição "cascata".
circuito elétrico com pilhas ou baterias é cus-
toso porque estes componentes utilizam ma-
teriais muitas vezes importados e como con-
seqüência só se recorre a alimentação deste
tipo quando não há outra solução.

Resta a alimentação por corrente con-


tínua obtida da retificação da corrente alterna-
da do setor. No Brasil atualmente existem re-
I
des de 110 e 220 volts na alimentação dos I
I
setores residenciais, com freqüência de 60 Hz. I
Se não houver uma filtragem adequada da I
+ I
ondulação produzida por estes 60 Hz, no re- Entrado =
_
ceptor ou amplificador, para não citar outros ICl
I
equipamentos estará presente um zumbido de I
60 e 120 Hz. Uma diferença de 30 dB entre o I
nível do som que se deseja e o nível do zum-
bido é tolerável, mas ideal será que esta dife-
rença seja da ordem de 50 a 60 dB.

A disposição clássica de filtragem


desta ondulação, nas fontes retificadaras é de
capacitores de filtragem, quase sempre ele-
trolíticos (porque permitem valores elevados
em pouco espaço). Porém não é prático colo- FIGURA 1
car capacitares de capacidade muita elevada
(preço e espaço) e por isto há que recorrer
a multiplicação capacitiva.

15
,.
..
-------------------------------------------------------------------------------------
:;
Vejamos como funciona o efeito rnul- prática a melhor condição de filtragem daten- ~ r
.:'..,J

tiplicador de capacidade do circuito. O transls- são pulsante, aplicada à entrada do circuito da


tor TR1 terá, por exemplo, um ganho beta de figura 1 é quando o cursor de R2 está próxi- -
100, enquanto o ganho de TR2 é de 20. Os mo a R3 que resulta na posição de saída mí-
valores de C2 e C3 serão de 1.000 uF cada o nima de tensão (1,1 a 1,5) em relação a ten- ,
um. A capacidade equivalente de C2, desde o são de entrada, dado que a perda pela inser- )
emissor de TR1 é igual a 1.000 x 100 = ção do filtro é da ordem de 1,1 volts.
100.000 uF. Este valor capacitivo, multiplicado Em certos casos o capacitor C 1 pode
pelo ganho de TR2 é levado ao equivalente ser dispensado, em certas disposições em
de 100.000 x 20 =
2.000.000 uF ou seja 2 ta- .que o nível de zumbido pode ser ligeiramente
rads - Só por curiosidade - a capacidade do maior.
globo terrestre é de 1 farad ... TR2 deve possuir um dissipador de
dimensões apropriadas pois a corrente que
O valor capacitivo, no exemplo acima circula é elevada (3 ampéres).
é sem dúvida imenso, ainda mais se levarmos
em consideração, o modesto valor capacitivo
dos eletrohtlcos utilizados. Observe-se que
nos cálculos acima não se levou em conside- Ret. Elletrônica Practica
ração C3 que contribui a um aumento de ca- Ham Rádio
pacitância do circuito da figura 1. Fontes Filtradas - Ed. ouro

A função do potenciômetro R2 é re-


gular a corrente que passa na base de TR1,
para garantir a condução de TR1 e TR2. Na

.'

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16
J
\.
Sergio R. Antunes

Surge no Japão uma nova tecnologia É muito mais fácil corrigir sinais com
de gravadores cassete. Trata-se do ,gravador 2 valores do que com infinitos valores.
digital denominado DAT - DIGITAL Audio Ta- Efetuando o tratamento do sinal de
pe. forma digital e ainda uti lizando duas cabeças
O DAT surgiu a partir de pesquisas (estéreo) rotativas num cilindro, obtem-se ex-
com o videcassete. Talvez o leitor indague: celente qualidade final da fita de áudio.
mas o que tem haver videocassete com o A tabela abaixo mostra as caracterís-
DAT? ticas do DAT.
Em linhas gerais podemos dizer que
Tabela - Características - DA T
DAT é um videocassete projetado para áudio.
Em outras palavras, utiliza os mesmos pro- Canais 2
cessos de gravação e reprodução que o vi- Freqüência Amostragem . . . . . . . . . . . . . . . 48 KHz
deocassete: as cabeças de áudio são rotatl- Código Binário: ............•....... 16 btts
vas, utiliza um sistema servo e o processo de Resposta Freq. . . . . . . . . . . • . . . . . 2 Hz - 22 KHz
Tipo de Fita Metálica
varredura helicoidal. Faixâ dinâmica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 96 dB
Como sabemos, o sistema digital é Distorção . . . . . . . . . . . . • . . . . ". . . . . . 0,005%
muito mais confiável do que qualquer sistema Tempo de gravação (min ) . . . . • . . . . . . . . . .. 120
analógico, já que em digital utiliza-se o código Velocidade da fita. . . . . . . . . . . . . . .. 8,15 mm/seg
Velocidade Relativa " 3,2 m/seg
binário (apenas bits zeros e uns) enquanto Largura da fita 3,81 mm
que no sistema analógico utiliza infinitos valo- Rotação do clíndro (RPM) 2000
res, conforme a figura 1. Ângulo de enlaçamento da fita no cilindro. . . . . . .. 90°
Anológico. Azimute cabeça L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . + 20'°
Azimute cabeça R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . - 20°
Cilindro 30 mm
Dimensões do Cassete DAT (L x P x A) 102 x 4x 63 mm
Wow e flutler . . . . . . . . . . . . . . . . . .. desprezível
Largura das pistas 13,6 pm
Nota: 1 um é 1000 vezes menor que o müfrnetrc.

Comparando as características do
DAT com um cassete comum, podemos ficar
admirados com os resultados.
O cassete comum possui uma respos-
Digital ta de freqüência de 30 Hz a 20 KHz contra a
resposta de freqüência do DA T que vai de 2
Hz a 22 KHz.
A faixa dinâmica, que é aquela sen-
sação de estar no meio dos músicos ou da
LJ banda ou conjunto musical, no cassete analó-
gic não passa de 55 dB enquanto que no DAT
FIGURA' ultrapassa 96 dB (100 dB é o limite máximo).

17
Amplificador t-_--I A",o.trage",
IN 4 8 K Hz .----,
áudio

Cabeça. A /8

í
Play

Amp li ficador
OUT áudio
J
FIGURA 2
I
r

o cassete
comum, quando utiliza um Uma amostragem do sinal analógico I
bom mecanismo apresenta um wow e fluter de amplitude igual a 3,5 V pode receber o se- \
(oscilação da rotação devido mecanismo) de guinte código de 16 bits: I
0,02 % com distorção de 0,5 % (O DAT não
tem flutuação e a distorção é menor .que 1110000001110001
0,005 %).

Princípios de Funcionamento v
A figura 2 ilustra o processo de gra-
vação digital.
O sinal analógico proveniente da fon-
te musica (disco, microfone, etc) é amplificado
e em seguida é amostrado em uma freqüên-
cia de 48 KHz.
Na figura 3 podemos ver o processo
da amostragem. Cada sinal analógico é amos-
trado 48 mil vez para depois ser codificado
em 16 bits.
Sinal digital
Sinal anaI6gico-----

48 mil amo.tral
FIGIJRA .,
FIGIJRA s

Assim sendo, as cabeças rotativas es-


O código de 16 bits permite 65.536 téreo receberão um sinal digital de 16 bits.
combinações, o que significa dizer que uma A figura 5 ilustra a forma de onda binária pa-
amostra do sinal analógico de áudio poderá ra o exemplo acima (sinal de 3,5 V de ampli-
assumir uma posição no meio de 65.536. tude).
A figura 4 iIustra este processo. Na reprodução ocorre o processo ln-
Uma forma de onda analógica que verso.
tenha uma amplitude de 1 V, pode assumir As cabeças rotativas farão a leitura da
um código binário igual a: fita e ocorrerá uma conversão D/A (digital -
analógica) usando os mesmos processos de
o O 1 1 1 O O 1 O 1 O 1 1 1 O O (16 bits) amostragem e quantização de 16 bits.

18
2 3 10 11 12

I 4
o
5
o
6
o
7
O
6
O
9
O o
14
O

FIGURA 5
Para evitar que ocorra erros de leitura, Na figura 6 temos detalhes sobre a
foi usado o processo de gravação azimutal. distrubuição de áreas da fita e os sinais ali
Cada cabeça tem um azimute (ângulo de in- gravados.
clinação da cabeça em relação a fita) diferen-
te. Isto obrigará na reprodução a cabeça certa Legenda da figura 6
para rastrear cada trilha da fita.
Segundo os principíos do magnetis- 1 - Banda de guarda que também pode ser
mo, gravação feita num determinado azimute usada como trilha opcional horizontal.
e reproduzido em outro, cancelam-se. 2 - Area marginal
Um sistema de servomecanismo foi 3 - Area do Sub-código
incorporado para justamente corrigir eventuais 4 - Area do AFT
erros de rastreamento. 5 - Área do cdigo 16 bits - informação musi
Também, pelo fato de que as cabeças cal.
são rotativas, o servo deve manter constante 6 - Área do AFT
a velocidade do cilindro. 7 - Area do sub-código
Enquanto que um cassete comum 8 - Area marginal
possui a velocidade de 4,75 cm/seg, no DAT, 9 - Banda de guarda ou trilha opcional supe
a velocidade é de 3,2 metros por segundo, ou rior.
seja, 67 vezes maior.
Outra lei do magnetismo diz que Enquanto que no videocassete é ne-
quanto maior a velocidade, mais intenso será _ cessário uma cabeça de controle denominada
o campo magnético o que proporcionará uma CTL um controle manual denominado TRAC-
melhor qualidade nas altas freqüências. KING, no DA T ambos estão dispensados.
O si nal AFT que está antes e depois
Sinais do DAT da informação musical, é capaz de detectar
qualquer discrepâncias de rastreamento ou
Na fita DAT são gravados 3 sinais di- trilhagem de fita, reduzindo o erro a pratica-
gitais diferentes. mente zero.
Um desses sinais já sabemos, é o si- - O mecanismo do DAT obriga a fita a
nal musical. Os outros dois sinais são deno- se deslocar da direita para a esquerda en-
minados AFT e Sub-Code. quanto que as cabeças rotativas no cilindro
varrem a fita de baixo para cima.
AFT

O nome já diz tudo: Automatic Track


Finding ou posicionamento automático das FITA PADRÃO PARA
ALINHAMENTOS EM VíDEO
trilhas. CASSETEVHS

Conteúdo:
1 - Sinais de barras de cores NTSC
com áudio de 1 KHz.
Aplicações: Verificação dos circuitos
de crominância e do transcoder. Todas

-
as formas de ondas apresentadas nos

·· --
r, esquemários de vrdec cassete são le-

--
-
;;;;; vantadas reproduzindo a fita padrão.

--
2 - Sinal de barras padrão Y (Iumi-
nãncía) com áudio de 3 KHz.
J1__ Aplicações: Verificação dos circuitos
de luminância; verificação das cabeças
de vfdeo ajuste de azimute do cabeçote
duplo áudio I CTl.
3 - Sinal CENTERCROSS
Aplicações: Verificação de toda eta-
pa mecânica; ajustes de altura dos-por-
tes; verificação do mecanismo LOA -
DING, etc.
Preço: NCz$ 27,00

(Bando de guardo)
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FIGURA 6

19
••••
_-- Sentido do fito Isto é bastante fácil, visto que o disco
digital (CD) utiliza uma amostragem de 44,1
KHz, já o DAT é 48 KHz.
O CI com software anti-pirataria, ao
identificar esta amostragem, irá interromper a
/
gravação;
E inegável as vantagens desta tec-
. nologia em matéria de som. Foi sem dúvida o
maior avanço após o disco LASER.
Azimute Azimute
-200 + 200

Conversa com o Leitor


FIGURA 7
A partir deste número, incluímos esta
Cada trilha 'inclinada de fita possui seção "TECNOLOGIA". Ele é de caráter in-
um ângulo de azimute diferente. formativo apenas, fornecendo idéias básicas
O sistema de carregamento é seme- de funcionamento, características e outros da-
lhante ao vídeo formato VHS e pode ser re- dos superficiais.
presentado conforme figura 8. Nosso intuito será, dentro de algum /
tempo, fornecer os lançamentos de aparelhos
I
Cabeça A e tecnologias simultaneamente aos eventos I
Guide Guide do Japão, EUA e demais nações que lideram
roler roler
a eletrônica.
Nos encontraremos em próximos nú-
meros.
Até lá.


r-
I
I P/B E EM CORES
I EM FITA DE
I
I VíDEO CASSETE
I
I
I FITA TVC 1 - BÁSICO
I
I Conheça a estrutura de um Receptor de Te-
I Cassete DAT levisão Preto/Branco e Colorido, assistindo em sua
I
I
própria TV este curso em fita VHS.
I
L ~ Numa abordagem bastante prática, esta fita
trata de todos os princfplos da televisão no sistema
PAL-M, descrevendo as funções por estágio e anali-
FIGURA 8 sando seus circuitos.
Sfntese do conteúdo: TRC, Cinesc6pio, Dia-
grama em blocos, Circuitos especiais de TV, Estudo
Sub-Code básico do TV em cores. Diagrama de Cromaticidade, e
Circuito PAL. NCz$ 27,00
O sinal sub-code (sub código) é um FITA TVC 2 - Reparações
sinal suplementar incluido para proporcionar
Esta fita aborda os defeitos mais comuns de
recursos ao usuário, tais como número de TV em cores, diagnósticos, testes e calibragens.
gravações, tempo de cada música, número da Constitui-se um valioso instrumento durante
faixa musical, etc. Estas informações, após os testes de TV pois ela orienta em que mais prova-
velmente encontra-se o defeito.
decodificadas, seguirão até o DISPLA Y de Sintese do conteúdo: Análise de defeitos por
funções do aparelho. estágio, teste práticos, medições, calibragem e ali-
nhamentos de TV em cores. NCz$ 27,00
Muitos audiófilos japoneses estão
usando o DAT para copiar os Compact Disc E mais: na parte final das fitas, você terá os
(aqueles que são lidos por Laser). principais padrões para ajustes do seu televisor, dis-
pensando os caros geradores de barra.
Os fabricantes, no entanto, já estão
de olho na pirataria e estão desenvolvendo
circuitos integrados com um SOFTWARE anti- Para pedidos via reembolso postal, use o cupom da última
página.
pirataria.

20
,
I

Pisca LED Rítmico


'I
J. Martin I

/
Eis uma montagem diferente para os f = 1/ (R x C)
leitores que gostem de efeitos de luz e som:
um conjunto de leds que pisca numa -freqüên-
cia que varia segundo o ritmo de um som
aplicado a sua entrada. Trata-se de monta- Sinol dente
de serro
gem ideal para decorar equipamentos de som
ou o painel do carro. Simples de montar eins-
talar, o circuito não exige modificações de seu
aparelho de som e até um simples radinho de
pilhas pode excitá-Io.
A idéia básica é um pisca-pisca rápi-
do que alimenta conjuntos de leds. No entan-
to, a velocidade das piscadas pode ser modi-
ficada, aumentando ou diminuindo segundo o FIGURA 1
ritmo da música executada, proporcionando
com isso um efeito visual muito interessante. Observe que os transistores unijunção
O circuito básico é para 4leds, mas são "diferentes" pois possuem duas bases e
até 8 leds podem ser alimentados sem pro- um emissor. Esta configuração faz deles os- ,
blemas, com uma alimentação de 12V. Com ciladores e não amplificadores, servindo para
9Vo circuito também funciona, mas o conjun- produzir pulsos de alta corrente.
to máximo de leds 'está limitado a 6 unidades. No nosso caso, os impulsos produzi-
A entrada térri sensibilidade suficiente dos são levados a um transistor de potência
para operar com sinais de baixa intensidade 80135 que suporta uma corrente de coletor ,>
como os provenientes de um rádio de pilhas de até 1A. Este transístor vai amplificar estes
ou mesmo um walk-man. Um único ajuste é pulsos e alimentar os conjuntos de leds.
necessário para colocar este aparelho em fun- . Os leds são ligados dois a dois com
cionamento e ele pode ser feito com muita fa- resistores limitadores de corrente. Os resisto-
cilidade. res são necessários para que excesso de cor-
São usados três transistores comuns rente não queime nem os leds nem os transís-
e os demais componentes podem até ser ob- tores.
tidos de sua sucata. O que controla a freqüência do uni-
junção entretanto não é simplesmente um re-
Como Funciona sistor, mas um resistor (R3) ligado em série
com um transistor (01).
O coração do aparelho é um oscilador Este transistor funciona então como
.de relaxação com transistor unijunção. No cir- um resistor variável, aumentado ou diminuin-
cuito básico mostrado na figura 1, a freqüên- do a sua resistência entre coletor e emissor
cia é dada pelo produto R x C segundo a fór- conforme os sinais que são aplicados em sua
mula. base.

22
r----------4~------~~--------~------~------~+l2V

led 3

led ••
Cl
lOOnF

OV

FIG'lJRA 2
Pois bem, os sinais que vão à base com os leds pisquem màis lentamente.
do transistor nada mais são do que pulsos re-
O ajuste do ponto ideal de funciona-
tificados da música do aparelho que nele é li-
mento é obtido através de uma prévia polari-
gado.
zação da base do transistor feita em P1. Este·
Nos pulsos mais intensos, quando a .
P1 permite ajustar uma velocidade média das
música aumenta de intensidade, o diodo D1
piscadas em torno da qual as variações vão
conduz a corrente e polariza o transístor de
ocorrer.
modo que sua resistência entre coletor e
emissor diminui. Nestas condições, a freqüên- O capacitor C1 é uma espécie de fil-
cia do oscilador unijunção aumenta e os leds ..- tro para as variações, mas se for desejada
piscam mais rápidos. uma inércia maior a solução mais interessante
Quando os pulsos são fracos, a resis- é ligar do cursor do potenciômetro de ajuste
tência do transistor aumenta e o oscilador ao negativo da alimentação um capacitor cujo
unijunção diminui de freqüência o que faz valor ficará entre 100 nF e 10 lJF.
_----+l2V

E 1

E 2
••••• __ OV

FIGURA S

23
Montagem +12V
""'1Mic:adar
Na figura 2 damos o diagrama com- E1
pleto do aparelho.
@ @
Na figura 3 temos a nossa sugestão @ @
de montagem realizada tendo por base uma
ponte de terminais.
Esta ponte deverá ser instalada numa
caixa plástica apropriada com os leds em lo- --
cal visível. Suportes especiais para leds são
indicados. FIGURA 5
O potenciômetro também deve ficar
,,
do lado de fora da caixa. Uma sugestão pa Com as variações do som os leds de-
esta caixa é mostrada na figura 4. vem mudar de velocidade as piscadas. I
Se algum conjunto de leds não piscar
Caixa ""\
verifique sua polaridade pois se um for inver- "
Patola / "'\
tido, todos do mesmo conjunto deixarão de
piscar.
)
Leds Se as piscadas forem fracas demais
@ @
e
. tente aumentar R5 para 220 ohms ou mesmo
3300hms.
Se quiser mudar a faixa de freqüên-
@ ® cias, por qualquer motivo, altere o capacitor

/ C2. Ele pode ficar na faixa de valores entre


220 nF a 10 j.JF. (
Para aparelhos de som muito poten-
(

\
i

FIGURA ., tes pode ser necessário aumentar o resistor


R1 para 100K ou mesmo para 120K.
I
Com relação aos componentes, os re-
sistores podem ser de 1/8 ou 1/4W com qual- Lista de Material
i
{
quer tolerância. C1 é um capacitor de poliés- r

ter ou cerâmico, enquanto que C2 é eletrolíti- 01 - BC548 ou equivalente - transístor NPN


co para qualquer tensão a partir de 12V. de uso geral
Os leds são vermelhos comuns e o 02 - 2N2646 - transístor unijunção
potenciômetro P1 pode ser tanto log como lin. 03 - BC135 - transístor NPN de média po-
Neste potenciômetro pode estar conjugado tência
o interruptor geral que liga e desliga o apare- Led 1 a Led 4 - leds vermelhos ou de outra
lho. . cor
O transístor 01 é um NPN de uso ge- P1 - 470K - potenciômetro
ral como o BC547, BC548, BC549, BC237, C1 - 100 nF (104) - capacitor cerâmico ou de
BC238 ou BC239. Já 02 deve ser obrigato- poliéster
riamente o 2N2646 e sua posição de monta- C2 - 1 ~F - capacitor eletrolítico para 12V ou
gem deve ser observada rigorosamente. mais
Para 03 podemos usar o B0135, R1 - 47K - resistor (amarelo, violeta, laranja)
B0137 ou B0139 que são equivalentes neste R2 - 100K - resistor (marrom, preto, amarelo)
circuito. R3 - 10K - resistor (marrom, preto, laranja)
R4 - 470 ohms - resistor (amarelo, violeta,
marrom)
R5 - 100 ohms - resistor (marrom, preto, mar-
Prova e Uso rom)
R6 - R7 - 470 ohms a 680 ohms - resistores
A ligação do aparelho na saída do (amarelo, violeta, marrom)
som de qualquer equipamento de som é feita D 1 - 1 N4148 - diodo de uso geral
como mostra a figura 5.
Ligue o aparelho de som a médio de Diversos: caixa para montagem, suporte para
volume depois de ajustar P1 dos leds rítmicos. os leds, ponte de terminais, fios, solda, etc.
para que estes pisquem lentamente.
Aumentando o volume do som, os
leds devem piscar mais rapidamente.

24
Separador de Sincronismo e
Cancelador de Ruídos

~ Sergio R. Antunes

Como já sabemos, os pulsos de sin- de imagem reproduzida na tela do cinescópio


cronismo estão incluídos no sinal composto está na mesma posição que na placa de ima-
de vídeo e são transmitidos para o receptor a gem do tubo da câmera, visto que a explora-
'/ fim de sincronizar a exploração do feixe ele- ção de .arnbos (tubo e cinescópio) estão sin-
trônico. Estes pulsos de sincronização (cha- cronizados pelo mesmo sinal de sincronismo.
mados apenas de sincronismo), são separa- O circuito de separação de sincronis-
dos pelos estágios de sincronização do recep- mo do receptor produz o sincronismo vertical
tor e acoplados ao estágio de deflexão, con- (60 Hz) para sincronizar cada campo vertical e
forme ilustra a figura 1. o sincronismo horizontal (15.750 Hz) para con-
Isto equivale dizer que a informação trolar corretamente as exploraçôes de linhas.

'--'-r-----R
J-----G

\,

!--- __ Ao TRC

FIGURA ,

A figura 2 ilustra o sinal composto de Uma outra forma de distinguir os pul-


vídeo. A distinção dos pulsos é feita pela dife- sos de sincronismo é pela largura do pulso,
renciação das amplitudes. conforme observado na figura 3.

25
Ponto preto Últi_ linho do devem ocorrer durante o apagamento horizon-
campo tal.
Pulso de a~to
wrt ical Em (C) temos o pulso de amplitude
B D-8, maior, de que o anterior, que serve para
o sincronismo vertical.

(AI r
------ Pulsos de sinc. horizontal
ID
I
o Puleo de sine. horizontal
Puleo de apagam.nto ~tioal
Q+---' '----' '--:-::-:-------,-------1- Puleo d•• inc.
vertical
Pulso de
- +einc. vertical
,
ID
o I

o+------------J L .-
(C)

d. apagamento horizontal
J
o ----------------- -----

FIGURA .3

(O)

FIGURA 2

A duração do pulso de apagamento Em (D) vê-se os 3 sinais somados em


vertical é muito maior que o do pulso de apa- um 'só que recebe o nome de sinal composto
gamento horizontal, já que a freqüência de de vídeo.
exploração vertical é muito maior do que a ho- Modulada por este sinal a portadora
rizontal. leva as três informações (vídeo, sincronismo e
Na figura 2, em (8) vemos pulsos de apagamento) de onde podem ser retiradas no
sincronismo horizontal, de amplitude C-8, que receptor, por meio de ceifadores.

5inc. horizontal .'

Pórtico posterior Sinc. vertical


Pórtico onter' Pórtico anterior P6rtico ponr~
r----."
(AI

1~ Campo _0--- 13.90H_ 830·1330- •••5


------.:..:::..:.=..:..:..:::...:::.::.=...-=::.::..~:---- a 2'" Campo

(81

~ Call1po--....----- ApagaMento wrtical


----~~.!=:=:.=......::::.:...:..:..:::::.:..----_ir_-- •. -l· Campo
FIGURA .,

26

- ----------
Na figura 4· vemos os pulsos de sin- Uma vez que todo o sinal composto
cronismo e apagamento para o padrão de vídeo é apl icado à grade do cinescópio; é
PAL-M. Nele podemos ver a relação de ordem de se esperar que os pulsos de apagamento e
de cada um dos sinais que compõe uma ima- sincronismo produzam alguma imagem na
gem deTV. tela.
Ambos os pulsos produzirão imagens
I pretas, se o televisor estiver com o controle do
• contraste bem ajustado. Diminuindo o contras-
te, o nível de 75% dos pulsos de apagamento
traçarão pontos cinzentos possibilitando dessa
maneira distinguir esses pulsos pelas sua
gradações tonais.
A figura S mostra estas relações. Em
(a) temos a dessincronização vertical. Em (b)
falta o sincronismo horizontal e vertical (total
CA) falta de sincronismo), e em (c) temos o efeito
de diminuição de altura e largura. Na base da
tela aparece a primeira porção do pulso de
apagamento vertical, com os eqüalizadores de
" I

entrada e cerca de metade do pulso serrilhado


do sincronismo vertical.
No lado direito da tela (figura S-e)
aparece o pórtico anterior do pulso horizontal
e parte do pulso de sincronismo. O' instante
Pulso de sincr. horizontol do pulso de sincronismo e parte do pórtico
Pórtico anterior Pórtico posterior posterior ocorre durante o retraço horizontal,

P/+85
(8)

'-y-J

Puieos de apagamento
horizontal
Para
coletar do
pré de
Porção da tela nõo vi"deo
vorr ida pelo texto

ce)
Pul_
de apog.
ertica I
Para "'dI/ia horizontal

--
FIGURA 6

FIGURA 5

27
de forma que no lado direito da tela aparece do pré amplificador de vídeo via C603 e C602.
apenas a porção do pórtico posterior. . A presença dos resistores R604
Vamos analisar isto no receptor de e R603 fazem com que T602 só conduza
TV. acima do pedestal, sendo que o sinal de vídeo (
\
é insuficiente para faze-Io conduzir, eliminan-
J
Circuito Separador de Sincronismo do deste modo o sinal de vídeo. .I
A tensão existente acima do pedestal,
Na figura 6 temos o circuito separa- ou seja, os pulsos de sincronismo, fazem com (
dor de sincronismo. que T601 passe a conduzir, obtendo no cole-
O transístor T 601 atua como separa- tor de T601 somente os pulsos de sincronis-
dor de sincronismo e T 602 como cancelador mo.
de ruídos. Em T602 (cancelador de ruídos) te- )
Na base do separador de sincronismo mos o mesmo sinal aplicado na base de T601
é aplicado um sinal de vídeo positivo retirado porém com fase oposta.
I

'J

'01"",,, RC A )

Oscil<ldor
vertlc<ll

H v

y-----,
Separador
sincronismo

CA F Oscilador
~It-"'--I horizontal I---------t horizontal

FIGURA 7

T602 está sempre polarizado na satu- rados do coletor de T601 .


ração, isto é, como uma chave fechada, ligan-
do diretamente o emissor de T601 à terra. Separado r
Quando é percebida alguma invasão
de ruído, o que causaria funcionamento incor- Na figura 7 podemos ver as diferen-
reto do oscilador vertical, o transístor T602 en- ças das formas de ondas entre os pulsos de
tra em corte, impedindo que T601 conduza. sincronismo horizontal e vertical.
O trim-pot P601 ajusta a polarização O pulso de sincronismo horizontal
de T602 no ponto mais adequado para o per- (15.750 Hz) representa uma alta freqüência
feito cancelamento. enquanto que o sincronismo vertical (60 Hz) é
T603 tem como finalidade inverter e uma baixa freqüência. Portanto podem ser
reforçar os pulsos de sincronismo vertical reti- separados por filtros.

28
R406 C407
P/la(da de v(deo ~r--",,-------'----.

\ FIGURA 8

Um filtro passa-baixa com constante No transístor amplificador de vídeo é


de tempo grande serve para desacoplar os aplicado um pulso vertical o qual corta a am-
pulsos de sincronismo horizontal, deixando plicação de vídeo no instante de retorno do
passar pelo integrador somente o pulso largo, feixe no sentindo vertical.'
vertical.
Assim sendo, nota-se que a separa- Oscilador
ção de sincronismo ocorre por meio de sepa- Vertical 60 Hz
ração de freqüência.
Na figura 8 vemos o circuito do sepa-
rador vertical.
Conforme esta figura, os pulsos posi-
tivos de sincronismo vertical retirados do cole- Oscilador
Horizontal
tor de T603, são aplicados a base do T701 1!5.7!50Hz
através de R701, C701, C702 e R702 (inte-
grador) e separam os pulsos verticais dos ho-
rizontais.
+
________
t
T701 em conjunto com T703, formam
um multivibrador, sendo o transístor T702 um
excitador intermediário na saída de T701, que
" fornece uma tensão dente de serra para base
de T703.
P702 é o potenciômetro de fixação
vertical.
P701 é o ajuste de altura e P703 o
ajuste de linearidade.
O transformador TR701 tem a finali- FIGURA 9
dade de obter um casamento de impedância
correto entre o transístor de saída vertical e a
bobina defletora vertical. É retirado do secun- Tanto o pulso vertical como o pulso
dário de TR701 um sinal de realimentação pa- horizontal passarão pelos osciladores que
ra a base de T701 via C70S, R711 e R703. produzirão uma corrente dente de serra para
No coletor de T703 encontra-se um as bobinas defletoras. Trata-se de uma onda
circuito formado por R410, C407 e R406 que CA, diferenciadas' pelas freqüências.
elimina as linhas de retraço da deflexão verti-
cal por intermédio do transístor amplificador
de vídeo.

29
/

.i

J. Marlin

Os circuitos acionados pela luz po- A alimentação do circuito poderá ser


dem ser empregados na indústria, no lar e re- feita com tensão de 6 ou 12V vinda de pilhas
creativamente de diversas forma. Podemos ou fonte. As duas tensões fixam apenas o tipo
usá-lo na detecção de falhas de processos in- de relé usado que deve ser de 6 ou de 12 vol-
)
dustriais, como alarme ou ainda como relé de ts conforme o caso.
falta de luz. O projeto que apresentamos é
muito simples e sensível já que emprega
Lente
componentes comuns bastante acessíveis. O
relé empregado permite que se controle cor- Passagem
rentes de até 2 ampêre por contacto na rede I

de 110V ou 220V ou mesmo com cargas de


baixa tensão.
Um foto-relé é um dispositivo que é
-- >-/~{) @l
ativado pela incidência ou corte de luz num I t
elemento sensível. No nosso projeto, o ele-
LDR
mento sensível é um LDR (light depedent resl- 5 à lOOW
tor) que diminui sua resistência acentuada- FIGURA ,
mente na presença de luz. Com a ajuda de
um sensível amplificador operacional do tipo
741 (LM 741, pA 741 ou outro) aumentamos
sua sensibilidade a ponto de podermos dispa- Na condição de espera o consumo de
rar um relé mesma com a iluminação de um corrente é muito baixo, o que significa uma
simples fósforo e isso a uma boa distância. boa duração para as pilhas.
Temos duas possibilidades de aplica-
ção para o circuito: o fechamento do relé Como Funciona
quando a luz incide no LDR e o acionamento
quando a luz é cortada. As duas aplicações Um amplificador operacional tem
são úteis, conforme o leitor poderá verificar duas entradas: uma inversora em que os si-
por conta própria. nais aplicados saem com a fase invertida na
Como se trata de circuito sensível, um saída, e uma não inversora em que os sinais
controle de sensibilidade é previsto no sentido aplicados saem com a mesma fase na saída.
de evitar o disparo errático pela ação da luz Se fixarmos uma tensão numa das
ambiente. entradas, por exemplo a inversora, através de
Na figura 1 temos uma sugestão de dois resistores, R2 e R3 no caso, a tensão de
aplicação como alarme de passagem. A pas- saída vai depender da tensão na entrada não
sagem de uma pessoa interrompe o feixe de inversora.
luz de uma pequena lâmpada causando o Se a tensão na entrada não inversora
disparo de um alarme. for menor que na entrada inversora, a tensão .

30
de sarda será praticamente nula. Se a tensão aumentar, ou seja, com o corte de luz. Por ou--
na entrada não inversora for maior que na en- tro lado, se o LDR estiver acima do potenciâ-
trada inversora, a tensão de saída será prati- metro, a saída se manterá em nível baixo com
r
"- camente a mesma de alimentação. a a iluminação mínima e aumentará com a in-
I

Colocando um segundo divisor na en- cidência de luz.


trada não inversora, formado pelo LDR e o po- O resultado final é que o relé ativado
tenciômetro de ajuste, podemos ajustar o sis- pelo transístor poderá controlar a carga de
tema de tal forma que ele fique próximo desta duas formas: pelo corte de luz ou pela inci-
transição que é a tensão de referência na en- dência de luz.
trada Inversora. O ganho do operacional é muito alto, '
da ordem de 100 000 vezes o que garante
uma transição muito rápida com a variação de
luz. Se isso causar instabilidade na sua apli-
VCC
cação, o ganho pode ser reduzido pela ligação
vs de um resistor de 100 K à 1M entre o pino 6 e
a entrada inversora que é o pino 2.
, +Vcc
+Vcc
• Vin
Rx
o
f,---"in --I

Vcc/2
Ry >--+-- Sarda
F/GURA 2

F/GURA 3

Se o LDR estiver abaixo de P1, com a A finalidade do diodo em paralelo


luz sua resistência diminui e ele mantém a com o relé é evitar que as altas tensões gera-
saída em nível zero. A saída se elevará ao das na bobina na comutação ponham em ris-
valor de alimentação se a resistência do LDR co a integridade do transístor.

+6 ou 12V

Pl
100K
c:
c.,
R2 01 K1
10K lN4148
MC2 RCl
2
Rl C1
lOK 100JlF
Ql
BC 547

R3
LOR 10K

OV

F/GURA "

31
Montagem o comprimento máximo recomendado é de 10
metros. Eventualmente deve ser usado cabo
blindado se houver tendência ao disparo errá- )

A partir do diagrama mostrado na fi- tico pela captação de ruídos. . /

gura 4, o leitor deve elaborar uma placa de Para captação da luz de forma dire-
circuito impresso. cional, o LDR dever ser montado num tubo .I

O desenho em tamanho natural para opaco, contando eventualmente com uma len-
esta placa é mostrada na figura 5. te convergente. ...
O transístor 01 admite muitos eqin-
valentes. Na verdade qualquer NPN de uso
geral pode ser utilizado.

Utilização

Para disparo na segunda possibilida-


de basta trocar P1 pelo LDR, ou seja, inverter
a posição relativa desses componentes.
Para testar basta ligar a unidade e
ajustar P1 para se obter o fechamento do .rel~
nas condições previstas: corte de luz ?U moi-
dência de luz. O ajuste final, uma vez instala-
do depende da intensidade da fonte.
Observamos ainda que existe a pos-
sibilidade de utilização dos contactos NF do
relé que vão desativar alguma carga externa
quando a bobina do relé for energizada. Esta
configuração pode ser interessante em termos
de consumo para algumas aplicações que en-
volvam grandes períodos de espera.
Comprovado o funcionamento pode
ser feita a instalação definitiva do aparelho,
recomendando-se que o sistema seja encer-
rado em caixa plástica de dimensões apro-
priadas.

Lista de Material

CI-1 - 741 (LM741,.uA 741) - circuito integra-


do
01 - BC547 ou equivalente - transístor NPN
LDR - LDR redondo comum
K1 - MC2RC1 (6V) ou MC2RC2 (12V) - Mi-
FIGURA 5 cro-relé Metaltex
01 - 1N4148 - diodo de uso geral
P1 - 100K - potenciômetro lin
R1, R2, R3 - 10K x 1/8W - resistores (mar-
rom, preto, laranja)
O integrado deve ser montado obser-
R4 - 1K x 1/8W - resistor (marrom, preto,
vando-se sua posição, preferivelmente utili-
vermelho)
zando-se um suporte para que sejam evitados
C1 - 100 uF x 6V (ou 12V) - capacitor eletro-
problemas de superaquecimento na solda-
lítico
gemo Os resistores são de 1/8W e é usado um
micro-relé Metaltex da série MC. Podemos
Diversos: placa de circuito impresso, caixa pa-
usar o MC2RC1 para 6V ou então o MC2RC2
ra montagens, botão para P1. fios, suporte de
para 12V, dependendo da tensão de alimen-
pilhas ou fonte de alimentação, etc.
tação. .•
Para ligação do LDR e do potencíô-
metro podemos usar fios longos. Para oLOR

32
Interface para Disco Flexível

Sergio R. Antunes

Introdução A interface de um sistema pode vir


acompanhada de um circuito controlador de
I dispositivos, incluindo processadores, memó-
As memórias auxiliares, tais como fi- rias, portas lógicas, buffers e outros compo-
~ tas cassetes, disquetes e discos magnéticos, nentes eletrônicos digitais e analógicos.
são tidos como dispositivos periféricos de En- Atualmente, algumas interfaces utili-

) trada/Saída, uma vez que podem ser fonte ou


destino de informação.
Sem dúvida, o disco flexível ou dis-
quete é o principal dispositivo de memória au-
zam circuitos integrados específicos LSI (Lar-
ga escala de integração) ou microcontrolado-
res que, na realidade, nada mais são do que
pequenos microcomputadores com hardware
xiliar, chegando ao ponto hoje de ser o princi- e software internos.
pal veículo de Software. Consideraremos agora a interface pa-
O tema disquete já foi descrito em ra os discos flexíveis.
um artigo desta seção. Neste artigo, porém,
analisaremos a interface que efetua a grava- Descrição
ção e a leitura do disquete.
O disquete (ou disco flexível) foi in- Na figura 2 temos um diagrama em
troduzido pela IBM como um meio para a en- blocos bastante resumido que nos posiciona
trada de dados teclada. Sendo os discos flexí- quanto a atuação d,a interface para o disquete
veis planos e finos, tornam-se conveniente pa- ou disk drive (nome do aparelho que efetua a
ra o transporte, o envio e o armazenamento. gravação e a leitura dos disquetes).

Interface B----!rntertoce HOiSk Orive I


Genericamente, podemos dizer que
interface é todo dispositivo capaz de interme-
diar (ou conciliar) sinais de duas diferentes
origens. A interface é a união física e lógica FIGURA 2
entre dois sistemas que não podem ser co-
nectados diretamente. A figura 1 ilustra este
conceito.
Na figura 3 podemos ver um esboço
"

I H H I do mecanismo do disk drive. Em (A) da figura


'.'

emo vemos os parafusos de fixação. Em (8) um


si'i rnterfo.e Sis~emo
braço mecânico de sustentação e em (C) o 10-
caldo índice onde o disquete tem o orifício.
Em (O) temos o compartimento onde será
FIGURA 1 colocado o disquete e através de um motor de

33
)
t
giro ele se movimentará a uma .rotação de Circuito
300 RPM (5 1/4) ou 360 RPM (8 polegadas). (
Mas deixemos de lado a parte mecâ- Na figura 4 temos o circuito 'completo
nica e vamos analisar a parte eletrônica. da interface para disck drive.

FIGURA .J

Esta interface é utilizada para conec- Além da alimentação, a interface pos-


tar até 2 unidades de disck driver de 5 1/4 sui os seguintes sinais vitais:
AO - A7: 8 vias de endereçamento 1.
polegada. I
Todo o controle desta interface é feita para poder fazer a setorização e localizar os (
por software, ou seja, a setorização está no dados nas trilhas do disquete.
próprio disco, no programa que foi gravado
nele.
DO - 08: 8 vias de dados que contém
as informações do programa.
)
Através dos conectores CN 1 e CN 2 RESET: Sinal para resetar (voltar a
poderão ser ligados dois disk drivers. O pa- zero) todo endereçamento.
drão define 20 pinos para este tipo de conec- DNA: Acesso direto a memória. Este
tor. sistema permite maior velocidade nas transfe-
Também há um padrão para determi- rências de dados, não envolvendo o micropro-
nar as tensões. São elas: +12V, -12V, +5Ve cessado r nesta operação.
terra. INT: Sinal de interrupção. A necessi-
Na figura 5 temos um diagrama em dade de interrupção advém geralmente da /

blocos ilustrando os terminais do SLOT (S- ocorrência de eventos de maior prioridade que
LOT é o conector da placa que é conectada a exijam a atenção imediata da CPU. A inter-
placa principal da CPU, interligando a interfa- rupção é também necessária em ocasiões em
ce à CPU. que o software está sobrecarregado através
Observe que grande parte dos pinos da verificação de eventos de pequena impor-
deste conector não estão conectados (NC). Is- tância. Sempre que surge um pedido de inter-
to se deve ao fato de que os SLOTS do rnl- rupção, o microprocessador conclui a instru-
crocomputador são padronizados com 50 pi- ção que estava executando, permitindo depois
nos para todas as interfaces, seja ela de im- a inclusão desta instrução adicional. Esta ins-
pressora, monitor de vídeo, disk drive, etc. trução vai chamar uma sub-rotina na memória.
Como não houve a necessidade de utilizar to- . Nesta sub-rotina já está previamente definido
dos os pinos, muitos ficaram desconectados. tudo o que o microprocessador deve fazer.
j

1\
34 I
i
----------------------------------------------------------------_J
510t sinal ficará controlando todo o processo e
interfoce
quando o registrador-contador chegar a zero, a
I Seletor EIS Terra 26 memória presente nesse ciclo será desativa-
2 AO- Endcr~o . Entrada OMA 27
3 AI 11
da.
Entrada interru~ 28
4 A2 11 NC 29 DEV SEL: Sinal de seleção de acesso
s A3 •• NC 30 a endereçamento. Trata-se de um código que
6 A4 •• Re,et 31 será descrito mais adiante.
7 Ats
8 A6
"11 NC 32
-12 V 33
9 A7 11
NC 34 Descrição do circuito:
10 NC NC 35
11 NC NC 36
12 folC Saído Q3 37 Quando ligamos o aparelho, o capaci-
13 NC NC 38 tor C3 da figura 4 está descarregado. Após
14 NC NC 39 certo tempo, o capacitor atinge 1/3 de VCC
115 NC NC 40 fazendo com que a saída (pino 5) do IC4 vá
18 NC Seletor 41 para nível alto, resetando o 2º timer.
17 NC Oados-07 42
Quando C3 atinge 2/3 da alimentação
18 Seleçõo Le/ilScreve 06 43
19 NC
de VCC, o pino 5 do temporizador IC4 vai pa-
D5 44
ra o nível baixo, ativando o 2º timer (no pró-
20 EIS Strobe 04 45
prio IC4).
21 NC 03 46
22 NC O 2º timer é controlado pelo iC5 do
02 47
23 Saído interrupção
pino 9. Quando este pino está em nível alto, o
01 48
24 Saído OMA 0·0 49 IC4 pino 9 também vai para alto, liberando as
25 +5V +12V 50 portas do IC2 e IC6.
Ao retirar o sinal do pino 9 do IC5, C1
FIGURA 5 e R3 formam uma constante de tempo, man-
tendo o pino 9 do IC4 em nível alto.
j O IC5 é um LATCH (memória dispo-
• ção,
STROBE: este é o sinal de desativa-
Quando o sistema estiver realizando um
nível) de 8 bits enderecáveis. No pino 14 do
IC5 é gerado o sinal DEV SEL. Na figura 6
ciclo de DMA
.
(acesso
.
direto a memória), este vemos este CI em destaque.

í·-·-·-·-·-·-·-·-·~
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I
11

L~ I
__ __ .__ __ ._-_.-.
Q1 ;~
8Cl~/11
•• v
ce 'U

~ -~. . . ._-_.

FIGURA .,

35
END. A3 A2 A1 AO Função
WRITE REa
DEV.SEL 14 E Ct-7-4
COEO O O O O 00 desligado
COE1 O O O 1 00 ligado
CI 7- 3 00 desligado
1._ 13M~IN C0E2 O O 1 O
DRIVE I/DRIVE 2 fases do

.,}
COE3 O O '1 1 01 ligado
A I IA Q4 HABILITA SELEçÃo ~ ORIVE COE4 O 1 O O 02 desligado Step Motor
a3 8 COE5 O 1 O 1 02 ligado
2
1.2 8 a2 6 COE6 1 1 O 03 desligado
~2 FASES DO O
3 ai 5 ~1 STEP MOTOR COE7 O 1 1 1 03 ligado
1.3 c
4 ;0 COE8 1 O O O não acessa drive
CLEAR 00
COE9 1 O O 1 acessa driv e
COEA 1 O 1 O drive 1
COEB 1 O 1 1 drive 2
AESET
COE C 1 1 O O (06) strobe data latch
COED 1 1 O 1 (06) load data latch
FIGURA 6 COEE 1 1 1 O (07) write req. inibido (ler)
COEF 1 1 1 1 (07) write req. ativo (gravar)

O pino 14 (DEV SEL) é ativo em nível


baixo pois está barrado. No sistema hexade- .(
cimal, este pino endereça de COEO a COEF. As fases do step motor mencionado
A tabela' a seguir explica como este na tabela correspondem a posição da cabeça
CI faz todo o endereçamento e o desativa- magnética sobre a fenda do disco conforme
mento. ilustra a figura 7 Tudo é controlado por soft-
ware.

hardware
Cursos em fita de vídeo VHS ~f-- __ -+--_OriVcio do
índice
Eis aqui a maneira mais fácil, rápida e barata de Zona de
""""1------11-- traciona~
você entrar na era da informática.
Tudo explicado e mostrado de forma acessível,sem do disco
mistério.em uma fita de vídeo VHS que você poderá ver no
conforto de sua casa. Fendo(zona
em que age
a cabeça I
Fita 1 - MICROPROCESSADORES

Arquitetura dos microprocessadores de 8 a 16 bits.


Memórias RAM, ROM, PROM e EPROM.
Estudo completo do hardware dos principais mi-
croprocessadores.
Outros tópicos abordados: intertaces, registrado-
res, mapeamento de memórias e etc.

Fita 2 - MICROCOMPUTADOR DE 8 BITS

Descrição detalhada do micro de 8 bits da linha


APPLE. FIGURA 7
Descrição do 6502
Filmagens práticas mostrando todo o funciona-
mento de um microcomputador de 8 bits.

Fita 3 - MICROCOMPUTADORDE 16 BITS

Descrição detalhada do micro de 16 bits da linha Descrição dos Cls:


IBM-PC.
Descrição do 8086 e 8088. IC4 (NE 556): Temporizador
IC5 (74259): Latch - memória de 8
Preço de cada fita: NCz$ 27,00 bits
IC~ (74132): Portas NAND do tipo
Para pedidos vla reembolso postal use o cupom da última página. Schmitt trigger, usado para interface TIL (in-
tegrados da lógica transístor transístor) para

36
sinais de entrada lentos. IC8. Isto se deve porque para acessar a
. IC6 (74LS174): Flip-Flop tipo D com EPROM devemos dispor de 11 bits. Porém,
entrada de clear, possibilitando resetar o sis- apenas 8 bits da via de endereço estão livres,
tema. pois os 3 bits que sobram são usados para
IC7 (MM I 6309): via de endereços determinar o SLOT em que a interface se en-
IC9 (74LS323): Registrador de deslo- contra dentro da CPU principal.
camento de 8 bits, que compõe a via de da- Quando R/W é alto, a EPROM é sele-
dos. cionada e fica habilitada para leitura. O ende-
IC10 (2716): EPROM. Esta EPROM reço hexadecimal para guardar os bits de da-
contém o programa utilitário para acessar dis- dos no LATCH IC8 é C600 - C6FF. Para ler
cos 5 1/4 polegadas. Quando o seletor EIS os dados na EPROM os endereços são os
(pino 18 do IC10) for baixo e R/W passar alto mesmos mudando apenas a função R/W.
(pino 4 do IC3), os 3 bits menos significativos Os endereços da memória é mostrado
da via de dados são armazenados no LATCH na tabela abaixo.

Tabela da EPROM

-
EI'«>EREÇO 11 LER
11
WRITE PROTECT Ii GRAVAR 11 CARREGAR LATCH

00 18 08 18 08 OA OA OA OA 18 39 18 39 18 3B 18 3B
10 18 38 18 28 OA OA OA OA 18 39 18 39 18 3B 18 3B
20 20 08 38 48 OA OA OA OA 28 48 28 48 28 48 28 48
30 20 48 38 48 OA OA OA OA 28 48 28 48 28 48 28 48
40 08 08 08 08 OA OA OA OA 58 78 58 78 58 78 58 78
50 58 78 58 78 OA OA OA OA 58 78 58 78 5E 78 58 78
60 08 08 08 08 OA OA OA OA 68 08 68 88 68 08 68 88
70 68 88 68 88 OA OA OA OA 68 08 68 88 68 08 68 88
80 08 CO 08 08 OA OA OA OA 98 B9 98 B9 98 BB 98 BB
90 98 BO 98 B? OA OA OA OA 98 B9 98 B9 98 BB 98 BB
AO 08 09 08 08 OA OA OA OA As C8 A8 C8 AB C8 A8 C8
BO 29 59 AR, C8 OA OA OA OA A8 C8 A8 C8 A8 C8 A8 C8
CO 09 FO 08 F8 OA OA OA OA 08 F8 08 F8 08 F8 08 F8
DO 09 FD AO F8 OA OA OA OA 08 F8 08 F8 08 F8 08 F8
EO 08 DO E8 EO OA OA OA OA E8 88 E8 08 E8 88 E8 08
FO 08 40 E8 EO OA OA OA OA E8 88 E8 08 E8 88 E8 08
,

IC8 (74LS17S): Flip-Flop tipo D usado C1, C3, R2 e R3: constante de tempo
como via de dados. RC do temporizador IC4.
IC3 (7400): portas NAND (esta porta C2: filtro da tensão de +5V em cima
é o inverso da porta E). do transístor Q1.
IC1 (7406): buffer do tipo inversor (en- R4, RS: Resistores de polarização.
tra nível alto, sai nível baixo e vice-versa). R1: Limitador de tensão para as por-
Além da inversão, este CI amplifica a corrente tas NAND do Shmitt trigger (IC2).
do nível lógico da entrada. Esta placa é encaixada em um dos
Q 1: transístor. PNP cuja função é re- slots do microcomputador através de um cabo
setar o flip-flop do IC6. flexível de 50 pinos, interfaceando a CPU com
C4, CS, C6: capacitares de filtragem o DISK DRIVER.
da fonte de alimentação.

37
= _ ~e-RI-a-eem
( 1 )
(
,

Sergio R. Antune~
I
I
(
É do conhecimento dos usuários de rá estar no modo PLAY.
I
videocassete que ao efetuar uma copiagem A sarda do amplificador será ligada na I

de fita, usando dois videocassetes, ocorre entrada "vídeo IN" do videocassete 8 que fun-
uma perda considerável de ganho e-qualidade cionará em REC.
do sinal.
Esta fita que foi copiada é chamada
de 2ª geração e a partjr dela sairão as fitas de
3ª, 4ª, etc gerações. E óbvio que cada vez a
qualidade vai piorando até chegar no ponto de
apresentar somente crosstalk (ruídos de ima-
gem) na tela do TV. VCR B
Há no mercado de equipamentos de (REC)):
vídeo uma quantidade razoável de aparelhos
que tem por função melhorar a qualidade das FIGURA I
cópias de fita para fita e também melhorar a
definição do sinal do videocassete pa o televi-
sor.
Estes aparelhos recebem vários no- Para os que tiverem vários vídeos,
mes, tais como amplificador de vídeo, vídeo poderão usar a configuração da figura 2, bas-
detalhes (DET AILER), super duper, etc. tando para isto montar 3 circuitos iguais, co-
Todos eles tem a função de purificar muns apenas a entrada.
o sinal para qravações domésticas. Eles va-
riam na quantidade de recursos disponíveis de r---.----tAmpl ificador 1 VCR B (REC)
um modelo para outro.
Neste artigo, apresentamos um circui-
to simples, usando apenas transístores para VCR C (REC)
Amplificador2
atuar como amlificador de vídeo para video-
cassetes. Não estamos com isso incentivando
a pirataria. Olhe lá!
Amplificador 3 VCR O (REC)
Antes, estamos apresentando uma al- ou TV
ternativa econômica para você duplicar aque- FIGURA 2
las fitas de comemorações que tanto lhe é
solicitada pelos seus amigos. Ou simplesmente usar este circuito
Ou ainda, melhorar a qualidade da diretamente conectado ao TV conforme confi-
imagem daquelas fitas de 2ª, 3ª, ... gerações. guração da figura 3.
A figura 1 ilustra a colocação deste Neste caso, é necessário que o tele-
circuito em série com dois videocassetes. A visor possua a entrada "vídeo IN" pois o sinal
entrada do nosso amplificador está ligada na que sai deste amplificador é vídeo composto,
saída "vídeo out" do videocassete A que deve- sem portadora de RF.

40

\
I
I
L__ processo, observe o diagrama em blocos da

~
-::VCR A
!:Playl Y
~AIIIPlificador
I . I
TV(entrada
v(deo in TV) figura 5.
Os sinais envolvidos nos 3 aparelhos
\
i FIGURA .J são:
A: Video composto - contém toda informação
~ Caso o seu TV não tenha este recur- de luminância, crominância e sinais de sin-
I
so de entrada "vídeo IN", utilize a configura- cronismo. É um sinal de AM (Amplitude
\
ção da figura 4. A saída do amplificador será Modulada), sem portadora de RF.
ligado a um conversor de RFque por sua vez B: Vídeo composto com uma amplificação re-
produzirá a portadora de RF para o canal 3 ou forçada e com filtros para purificar o sinal.
4, permitindo o uso diretamente na antena do C: Portadora de RF cujo conteúdo é o vídeo
composto. Esta portadora tem o valor de
TV.
60 a 66 MHz para o canal 3 ou 66 a 72
MHz para o canal 4. A figura 6 ilustra a
VCR A
~ AmPlificadorH Conversor RF r--Ao TV
curva de freqüência que sai do conversor
de RF.
!
( O: Portadora de RF porém com o valor in-
-: FIGURA"· termediário (FI) de 45,75 MHz.
I E: Sinal AM de vídeo composto. O mesmo ní-
\ Para que o leitor possa se situar me- vel que sai do detetor, entra pelo "vídeo
!
lhor nos sinais e estágios envolvidos neste IN".

VCR -Montagem TV

J
1
1
1
1-

F IGUR A

,
"
Circuito

Na figura 7 apresentamos o circuito


elétrico do amplificador de vídeo. Na figura 8
temos uma sugestão para a fonte de alimen-
tação. Optamos por um CI regulador de ten-
são pois quanto mais estável ela for, melhor é
o rendimento do circuito.

1.25Mliz HZ

100
Faixa lateral superior
"Ir 150KHz

80 Aprox. 4.0 MHz


Sarda
por cenJo6()
Portadora de 10m
(FMt25KHz)
40

Faixa
I---~I--'Iateteral residual

61 62 63 64 65 66
FreqUlncla (MHz)

FIGURA 6

41
~
r---------------~------~~------._--~L__I-e 12V J
Rll

C7

RIO

V(deo OUT :r:


-
FIGURA r

Basicamente o circuito pode ser divi- ohms e T1 permite uma sensibilidade de en-
dido em 4 partes, conforme ilustra a figura 9. trada de sinal de no mínimo 1 Vpp.
O pré amplificador é formado pelo - O controle picture é o controle da
capacitor de acoplamento C1, transístor T1 e imagem. Ele é feito pelo potenciômetro VR1.
resistores de pclarlzação. Neste estágio é fei- Este ajuste deverá ser feito de acordo com
to um casamento de impedância. a imagem na tela do TV (maior ou menor con-
A trnpedáncla de entrada é. de 75 traste) ..

03
AC r-~~--~~-012V

O.5A

-.
,
FIGURA 8 (

42
1M Montagem

A montagem pode ser feita em uma


placa de circuito impresso.
12V
'----.1_2 V---j Fonte Utilize conectores RCA para a (s) en-
trada e saída (s),
r te us s 9 Faça um bom terra tanto na placa
como nos conectores.
A etapa de amplificação é formada Os profissionais de vídeo utilizam ca- .
por T2 e T3 (PNP e NPN, respectivamente). bos com contactos banhados a ouro. Caso
Os transistores foram polarizados para obter
não queira gastar tanto assim, utilize pelo
uma etapa de slnal/ruído de 62 dB, portanto,
menos cabos de boa qualidade, pois tudo isso
acima das respostas S/R dos videocassetes.
interfere na qualidade da cópia ou da reprodu-
A resposta de freqüência vai de 6 Hz
ção da fita de video.
até 6 MHz, igual a largura do canal de TV.
Quanto ao conversor de RF sugeri-
mos a aquisição de um pronto, fornecido pe- .
Relação de componentes: los fabricantes de videocassete (SHARP,
CCE, PHILCO, etc).
Ti - 2SC 1923 ou BF 255 ou BF 495 transis- Hoje em dia, utiliza-se microcírcuitos
tor NPN na fabricação de conversares e TUNER. Além
T2 - 2SA 733 ou 2SA 941 ou 2SA 992 tran- de confiáveis, são relativamente baratos.
sístor PNP

1

• T3 - 2SC 1360 ou BF 311 ou BF 597 transís-


tor NPN
Li - 47 j.JHbobina
~ Ri - 82 ohms resistor (cinza, vermelho, mar-
I rom)
R2 - 10 K resistor (marrom, preto, laranja)
R3 - 18 K resistor (marrom, cinza, laranja)
R4, R5 - 680 ohms resistor (azul, cinza, mar-
rom)
PROJETOS
R6 - 180 ohms resisto (marrom, cinza, mar-
rom) ELETRÔNICOS
R7 - 270 ohms resistor (vermelho, violeta, "FORA DE SÉRIE"
marrom) .
R8 - 390 ohms resistor (laranja, branco, mar-
rom) MICRO TRANSMISSORES
RiO - 220 ohms resistor (vermelho, vermelho, ANTENA PARABÓLICA
marrom)
R11 - 10 ohms resistor (marrom, preto, preto) DE SATÉLITE

j C1 - 47 j.JF/16 V éapacitor eletrolítico


C2, C3, C6 - 0,022 J.!Fcapacitor cerâmico
C4 - 180 pF capacitor cerâmico
LASER
E MAIS 200 PROJETOS

I C5, C7 - 1000 ~F 1 16 V capacitor eletrolíti~o


VR1 _. potenciômetro Linear 2 K (com deriva-
ção) , TECNOLOOIA
DOS EUA
PROIBIDA

Fonte de Alimentação
! \1 INFORMAÇóES GRATUITAS

Transformador - Primário: 110/220 V


~ I! I
I ESCREVA PARA:

Secundário: 24V, iA
Di A 04 - diodos retificadores 1 N4001
I
05 - diodo Led vermelho
ICi - Regulador 7812 iU~lDlsc~vERy
-,,~I!-...'"
C1 - 1000 IJF 1 35V capacitor eletrolítico
"....,-.. SUPERAPRENDIZAGEM s/c LTDA
C2 - 220 J,JF1 16V capacitor eletrolítico
--. Cx. Postal 724
R 1 - 1 K2 114 W resistor (marrom, vermelho, .-. 37700 - Poços de Caldas - MG ~
vermelho)

43
J

suas placas de circuito impresso. O artigo dá


J
todas as instruções necessárias. l

Antena para Autos


-
Nesta seção, procuramos responder as Na revista nQ 28, publicamos o artigo
dúvidas e consultas dos leitores.
sobre uma antena para autos no desembaça-
Faça as consultas exclusivamente por car-
ta e de modo objetivo, com o maior número poss{vel dor do vidro traseiro. Entretanto, embora o tex-
de informações a respeito da dúvida, para que pos- to diga que nenhuma das conexões do siste-
samos dar uma resposta eficiente. ma elétrico deva encostar ao chassis do au-
E não se acanhe, nos escreva, pois esta é a
'sua seção! tomóvel (a não ser o terra), os leitores deverão
certificar-se de que o fio ligado à bobina L 1,
como mostra a figura 3 do circuito impresso, (

seja o fio do sistema elétrico a ser ligado ao


negativo e ao chassis. As 'ligações não devem
ser trocadas pois o cabo da antena também é
Transmissor telefônico autônomo ligado ao chassis pela malha externa e poderá
curtocircuitar a fiação se as ligações do im-
Os leitores Roberto Coty Wanderley presso forem invertidas.
(Patos-Pô) e Jonailson Moura Meira (São Vi-
cente-SP), montaram o circuito da revista nQ UHF
27 o obtiveram o sinal de linha ocupada. O leitor Lídio Alves de Lima (São
Caros amigos, o texto deste artido, na Carlos-SP), pergunta se poderá usar o trans-
página 57 e na figura 2 da página 58, expli- ceptor de UHF como controle remoto.
cam que o atual circuito está conectado em Caro Lídio, a resposta de maneira
série com o par telefônico, recebendo deste a simplificada, para a sua pergunta é sim.
corrente de alimentação toda vez que o apa- Sabemos que qualquer sistema de
relho telefônico estiver em uso. transmissão e recepção pode, teoricamente,
O que mais provavelmente deve ter ser usado como controle remoto. No caso do
ocorrido é que vocês ligaram o circuito em pa- transceptor de UHF publicado, a sua finalida-
ralelo com o par telefônico, quando o certo é de é de fonia (voz), mas poderá ser adaptado
em série. para controlar remotamente outros dispositi-
Ao colocarem em paralelo o circuito, vos. Talvez o artigo sobre Rádio Chamada,
passará corrente e a linha telefônica estará publicada na revista nQ 24 possa ser de valia
permanentemente ocupada. a você, pois trata de um sistema codificado
Tratem de ligar em série o circuito e o por tons, mais semelhante ao sistema de con- (
aparelho telefônico ao par telefônico e certa- trole remoto do que o transceptor de tonia.
mente irá funcionar, pois vocês devem ter Com um pouco de análise os dois ar-
,I
usados bons componentes e feito soldas fir- tigos podem ser combinados e você terá, com
mes e conferido as demais ligações. mais algumas adaptações, um bom sistema {
Escrevam depois de corrigidas as li- de controle remoto.
gações para contar dos sucessos.
Boas transmissões. Correspondência
Transceptor de UHF Recebemos de João S. Sampaio (A-
varé-SP), diretor técnico do Clube de Pesqui-
Eugênio Alvaro Bonh (Três Passos- sa Eletrônica, uma simpática carta sobre as
RS), quer saber aonde obter os componentes atividades dos associados.
para o tranceptor de UHF da revista nQ 27. Sentimos não estarmos autorizados a
Caro Eugênio, o projeto não está em fomecer o endereço particular de nossos cola-
forma de kit comercial, devendo os leitores boradores, qualquer correspondência endere-
procurarem no con .ércio especializado os çada a estes serão encaminhadas e respondi-
componentes, que são comuns, e' fabricarem das nesta seção.

44
-----,---------=-----;c--------

- . Contem com a nossa colaboração e de "aumento", o sinal elétrico chega ao recep-


continuem escrevendo. tor com uma qualidade melhor ao que tería-
f mos com uma antena mais simples.
(- Livros Como é normal, quanto maior a di-
I mensão da antena maior será a sua sensibili-
Edison Dantas (Recife-PE), quer refe-
rências bibliográficas e literatura a respeito de dade, para uma dada freqüência de projeto.
projetos. O uso das antenas parabólicas au-
Caro Edison, nas páginas da revista mentou consideravelmente recentemente com
você encontra anúncios de livros e literatura a difusão dos receptores de televisão via sa-
de interesse geral para os seus projetos. Até a télite para uso doméstico, podendo receber as
próxima. transmissões nacionais (antenas menores) e
também transmissões intemacionais (antenas
Interferência em televisão maiores).

o leitor Lucas C. Lopes (Juazeiro-BA),


escreveu-nos sobre o filtro de interferências Transceptor de UHF
de rede para televisão, publicado no livro "Rá-
dio e Eletrônica" nº 4, à página 87. Roberto dos Santos (São Paulo - SP),
Caro Lucas, o filtro mencionado é . interessou-se pelo artigo da revista Nº 27 e
l bastante eficaz para eliminar as interferências quer ajuda dos componentes em forma de kit.
provenientes da rede de energia elétrica. Prezado Roberto, nós não pretende-
Entretanto, lembre-se de que apare- mos lançar um kit completo do transceptor de
lhos eletro-mecânicos do tipo com motores UHF da revista Nº 27 porque as peças são de
com escovas podem produzir interferências fácil obtenção no comércio de componentes
não apenas nos fios da rede de energia elétri- eletrônicos e a própria placa de circuito im-
ca, mas, se muito próximos, também interfe- presso está bem detalhada no texto, podendo
rências em freqüências altas no espectro das os leitores duplicarem sem muita dificuldade.
radiofreqüências, e, evidentemente, nesta si- Tente você mesmo montar o conjunto
tuação o filtro de rede não bastará, pois a in- e com atenção e cuidado, seguindos as ins-
terferência ocorre por radiofreqüência que é ir- truções, terá o conjunto funcionando. Bom su-
radiada e captada pelos sensíveis circuitos de cesso e escreva.
recepção dos televisores.
Nestes casos o melhor é eliminar a
interferência no ponto em que é gerada, ou
seja, no aparelho (Iiquidificador, por exemplo), Amplificador de UHF
evitando que chegue ao receptor de televisão.
Leandro Z. Rios (Cafelândia - SP),
pergunta qual a potência do amplificador de
Antenas Parabólicas RF para UHF publicado na revista Nº 27.
O amplificador de RF para UHF da
o leitor Pedro A. P. Milhomem (Rio revista Nº 27 dará uma potência de cerca de 3
Watts na saída com uma alimentação de 13,6
de Janeiro - RJ), escreveu perguntando sobre
antenas parabólicas. volts. Este amplificador pode ser usado com
Caro Pedro, as antenas parabólicas qualquer excitador na faixa de UHF de ra-
são um tipo especializado de antenas com o dioamadorismo, mas é obrigatório a habilita-
formato de uma parábola que gira em torno ção do usuário. Com uma antena externa, que
do seu eixo de simetria, resultando numa su- é bastante curta para estas freqüências, o al-
perfícíe tridimensional, como se fosse um tipo cance será muito aumentado,
de prato. A finalidade do projeto é para trans-
As dimensões da parábola são ma- missão e se você quiser usar na recepção, um
tematicamente calculadas em função da fre- outro tipo de amplificador de RF deverá ser
qüência. de trabalho, que é normalmente na usado, com ganho alto, baixo ruído e pouca
região das micro-ondas, do ganho desejado, potência. .
da diretividade e de outros parâmetros impor-
tantes.
Em vista da .concentração da energia
recebida no ponto focal, à semelhança do que
acontece com a luz em espelhos côncavos ou

45
=--i
I

,/

Termistores
A. Fanzeres
!

Os termistores não são novidades O comportamento de um termistor é controla-


pois surgiram no mercado lá por volta de 1945 do na fabricação e deste modo sabe-se a por-
porém apostamos que grande número de "pro- centagem da resistência de variação em fun- .
fissionais" não sabe muita coisa a respeito ção de temperatura. Se bem que o termistor
deles e os que principiam ainda menos, mes- pareça um resistor, possuindo dois terminais e
mo porque pouco se escreve e pouco se ex- agindo na base de variação de resistência,
plica sobre os mesmos. Afinal o que se pode cessa af toda a semelhança. Os termistores
definir como "terrnlstor"? são fabricados de uma mistura especial, qua-
se sempre semicondutora (urânio, nfquel, óxi-
Termistor é um componente, da famí- do de cobalto, magnésio, manganês etc),
lia dos "resistores" ou talvez melhor dizendo,
da famflia dos semicondutores. Foi descoberto Ao se medir um termistor, quando não
há mais de 100 anos, por Faraday o princípio instalado em um circuito, verifica-se que sua
de coeficiente negativo de temperatura, em resistência ohmica tem um certo vaio. Este
que se baseia o efeito dos termistores de efei- valor é denominado de "resistência fria" sendo
to negativo (NTC = Negative Temperature medida em um ambiente em que a tempera-
Coefficiente). tura seja de 25°C (graus centígrados). A pro-
A corrente elétrica que passa através pósito, a temperatura de 25°C é considerada
de um condutor é afetada de certo modo pela como "temperatura ambiente padrão". Assim
quando de diz que a resistência fria do termis-
temperatura deste mesmo condutor. Aumen-
tor é de tantos ohms a temperatura ambiente,
tando a temperatura aumenta a resistência
- isto é, nos casos comuns de condutores.
é 25°C. Isto se aplica em qualquer assunto de
temperaturas.
Existem porém certos materiais que
possuem uma caracterfstica inversa a resis- • O oposto a "resistência fria" é a "re-
tência diminui quando o calor aumenta. Estes sistência quente" ou seja o valor que adqüire
componentes são denominados de resistores quando aquecido. Em um termistor os fatores
com coeficiente negativo de temperatura. Os ambientais podem contribuir para a resistên-
termistores tem a característlca de variação cia quente. Por exemplo, se o termistor está
com temperatura, propositadamente ampla, localizado em um ambiente de 35°C a tempe-
ao contrário dos resistores comuns onde se ratura vai influenciar no valor ohmico do com-
busca aplicar materiais que sejam o mais indi- ponente. Nos termistores de coeficiente nega- I
ferentes possfvel a variação de temperatura. tivo de temperatura (NTC) a resistência quen- I
O nome termistor vem da junção de duas pa- te é menor que a resistência fria, é dizer,
lavras em inglês: THERMally sensitive reslS- quanto mais aquece o componente, menor re-
TOR = Thermister. Em português - termistôr. sistência oferece.

46
--):--- .~

- Por outro lado, os termistores deno- tentes aqui, fabricados pela ICOTRON pare-
minados de coeficiente· positivo de temperatu- cem no aspecto pequenos capacitores de ce-
ra~{PTC) tem a resitência quente mais eleva- râmica, porém s6 na aparência pois o funcio-
da que a resistência fria. namento é completamente diverso. Na figura
1 temos vários tipos de configurações de ter-
Ambos tipos de terrnlstores, tem mui- mistores PTC e NTC.
ta aplicação em eletrônica.
Na figura 2 temos vários circuitos de
Os termistores podem ser utilizados aplicação dos termistores.
para estabilizar a polarização de válvulas e
transfstores, em função da temperatura exis- Havfamos dito linhas atrãs que os
tente, como elemento sensível para termosta- termistores tipo NTC poderiam ser classifica-
tos, termômetros eletrônicos, sistemas de se- dos como "semicondutores" • Talvez seja inte-
gurança ou alarme para proteger contra fogo ressante para o leitor tomar conhecimento, ra-
ou frio extremado e muitos outros usos como pidamente, como são produzidos estes termis-
desmagnetização de cinescópios de TV a cô- tores. Aqui cabe um registro. Desejamos
res, elemento de retardo para operação de agradecer a cooperação da ICOTRON que
relés, medições de alta precisão etc. nos forneceu o material básico e uma boa
quantidade de componentes para podermos
Os termistores mais comuns, já exls- executar os circuitos descritos.

Face de
contato
-L-l-
Terminais coaxias

Ff
Tipo radia I
(A) ROO. (8) DISCO - (C) ARRUELA

t ~
CD
-,
®
Lentilha
C
t- I
(E) ENVÓUJ'CRO
(O) LENTILHA DE VIDRO (F)ENVÓLUCRO DE EPOXI

(6) AQUECIMENTO INDIRETO (H) PELíCULA

FIGURA I

47
I,
I
\.

(AI (81 t c: ./

r t
Entrado RF
1
Fonte Rele'

81

(
j

J
FIGUR A 2

Os termistores NTC resultam da pul- O formato final do termistores como


verização e posterior compressão, de óxidos se pode apreciar na figura 1 é quase sempre
metálicos tais como manganês, nfquel, cobal- cilíndrica ou de discos.
to, cobre etc.
A resistência fria e quente do termis-
tor é dete-rminada durante a fabricação. Assim
Da mesma maneira que outros sernl-
na aquisição deve-se procurar saber pelo me-
condutores estes óxidos metálicos possuem
nos qual a resitência fria do termistor, seja ele
alta resistência a passagem da corrente elétri-
PTC ou NTC. Sabendo-se que os termistores
ca quando em estado puro, porém basta
PTC tem a resistência quente mais elevada
acrescentar, no produto puro, uma pequenis- que a resistência fria, naturalmente este com-
sfma quantidade de impurezas e o material se
ponente deverá ser utilizado em circuitos onde
transforma em semicondutor, isto é, alta resis-
se deseja que, ao aumentar a temperatura a
tência em um sentido e baixa resistência no resistência ôhrnica também aumente. Já com
sentido oposto.
os NTC a resistência quente é menor que a
resistência fria. Isto indica seu uso em circui-
Todos os semicondutores possuem tos onde se deseja que ao aumentar a tempe-
coeficiente de temperatura, porém como a fa- ratura a resistência ôhmica diminua.
bricação de diodos e translstores de destinam
a outra aplicação este coeficiente não é de Não é possível obter do componente,
valor estável ou controlável. Já nos termisto- seja ele PTC ou NTC que tenha a resistência
res o fator principal é o coeficiente de tempe- fria, modificada. A 25°C onforme seja indica-
ratura e este é controlável e estável. do pelo fabricante, a resistência ôhm~c8: s~rá
sempre a mesma, Aumentará ou diminuirá
A fabricação de um termistor é es- deste valor, caso seja PTC ou NTC_ Mas vol-
sencialmente o óxido puro, mais uma quanti- tando a temperatura a 25°C o valor ohmico
dade muito pequena de impurezas (uma das será o nominal indicado pelo fabricante.
impurezas é óxido de Titânio mas também se
utiliza óxido de Iftio) e um produto plástico Os leitores interessados em obter
aglutinante. . uma lista completa de termistores PTC ou

48
NTC, com os valores de resistência fria etc (RFC 1) juntamente com o capacitor C2 é evi-
devem escrever para a ICOTRON (divisão da tar que a RF passe através do medidor (M1).
Phillips Components). Normalmente os fabri- A função do RFC 2 evita que esta corrente
cantes fornecem tabelas muito completas, passe através dos braços da ponte, compos-
salvo um detalhe. Este detalhe é a "velocida- tos de R2, R3 e RS.
de de indicação" se podemos nos expressar
assim. Há bem pouco tempo, na Universidade Para operar esta ponte procede-se da
de S. Carlos, havia um grupo de pesquisado- seguinte forma. Sem nenhum sinal na entrada
res desejando construir um termômetro ele- de radiofreqüência (RF) ajusta-se R4 para que
trônico, utilizando como sensor um termistor. o medidor M2 indique um valor padrão, que
Dados técnicos sobre resistência fria, curva será utilizado como referência.
mostrando a variação de graus versus resis-
tência tudo isto tem nas tabelas. Porém che- Ajusta-se RS para que não exista ne-
gou ao ponto - em quantos segundos o sen- nhuma deflexão no medidor M1 (indicação
sor termistor indica a variação de temperatura nula). Se for preciso reajusta-se R4 para man-
a coisa ficou na "área de silêncio". ter o valor original em M2.

Assim os leitores quando forem utili- Quando isto é obtido, a ponte está
zar termistores, para usos gerais, a velocidade ajustada ao valor da temperatura ambiente do
de indicação não tem quase importância, po- termistor R1,ou seja,à resistência fria. Agora
rém quando se trata por exemplo de construir aplica-se um sinal de RF.
um termômetro clínico é importante que a
temperatura seja inclcada com rapidez isto é, A corrente de radiofreqüência pas-
entre 3 e S segundos. E um detalhe, mas mui- sando através do termistor (R1) aquece-o e
to importante ... e quase sempre omisso nas portanto altera sua resistência original e isto
literaturas técnicas dos fabricantes. por sua vez tirará de equilfbrio a ponte fazen-
do com que o medidor M1 deflexione. Como a
resistência do termistor (R1) depende da
energia de RF e como a deflexão de M1 de-
Circuitos Práticos pende desta resistência, a escala do medidor
poderá se calibrada diretamente em watts ou
Como já dissemos, na figura 2 temos miliwatts. O potenciômetro RS funciona como
alguns circuitos práticos. Em (A) temos um ajustador zero do medidor M1.
termômetro bem simples. Se na posição R1
for utilizado um termistor NTC, quando a tem. Em (C) da figura 2 temos um disposi-
peratura aumentar o medidor dará maior de- tivo de retardo de ação de relé.
flexão. Se ao contrário for utilizado um termis-
tor PTC, a deflexão diminuirá a proporção que Ao se ligar a chave S 1 a corrente da
a temperatura aumentar. A função de R2 é bateria ou da fonte elétrica, circula por R1
ajustar, de inTcio, a deflexão do medidor, colo- (termistor), R2 (ajuste fino de R1) e a bobina
cando por exemplo .ern mfnimo ou máximo do relé. Se a resistência do termistor é de tal
conforme seja o caso. ordem que no valor "frio" não fornece bastante
energia para que o relé tenha condições de
Na posição (8) da figura 2 temos um funcionar, passado um certo tempo esta con-
circuito muito útil e de relativo baixo custo: dição se modifica (termistor NTC naturalmen-
medidor de potência em radiofreqüência (RF). te) a resistência do termistor diminui e a cor-
A parte principal do circuito é a disposição em rente que circula é. suficiente para fazer acio-
"ponte" dos componentes R1, R2, R3 e RS. nar o relé.
R1 é um termistor. O medidor M1 é indicador
de zero ou nulo. A voltagem para esta ponte é
O tempo de retardo é dado por R 1 e
fornecida pela bateria 81 e o ajuste é efetua- ajuste fino por R2.
do pelo reostado R4 sendo a indicação no
medidor M2.

A energia de RF a ser medida é apli-


cada ao termistor através do capacitar C1.

A função do potenciômetro RS é ba-


lancear a ponte. O choque de radiofreqüência

49
,)

Seção de
Reparação
Sergio R. Antunes

Reparação em Circuitos Lógicos Em fim, são muitos aparelhos que in-


corporam circuitos integrados digitais ou lógi-
cos (são chamados de "Lógicos" em razão de
Não raro em aparelhos eletrônicos aritmética lógica em que são baseados).
modernos, encontramos circuitos lógicos que
complementam funções analógicas.
Para sermos mais claros, vamos dar Elementos Lógicos
alguns exemplos. Reparando um TV colorido,
na seção do oscilador local, poderá encontrar Vamos iniciar traçando as diferenças
um circuito PLL digital. Ou talvez ao analisar entre um sinal lógico e um sinal analógico. ,
o circuito do servo de um vídeocassete encon- A figura 1 ilustra esta diferença.
tre várias portas lógicas, flip-flops e contado- Dizemos que o sinal é analógico
res binários. quando o mesmo varia de forma contínua em
função do tempo. A senóide de 60 Hz da rede
CA é um sinal analógico.

+5V +5V +5V

v
Anal6gico
Chove
Q
~
.i.
J .1 ~
ç
.i.
~
(O Voltl 8it 1- -
Bit O

FIGURA 2

Lógico

Já O sinal lógico ou digital só pode


assumir duas posições: Sit O ou bit 1. E como
FIGURA I
se ele estivesse ligado a um circuito ilustrado
na figura 2.

50
r
c
,,
ç:

c:
ç
A chave só pode assumir uma das Percebe-se que o esquema elétrico é
duas posições por vez: ou ela está ligada ao insuficiente para fornecer todas essas infor-
potencial de + 5V (tensão padrão em digital) mações. Elas devem ser coletadas dos ma- =
ou em OV (nível de terra). nuais técnicos conhecidos por Databooks
Ora, qualquer que seja o dispositivo (compêndios que descrevem o funcionamento
ou circuito digital, ele só poderá adquirir estes interno e externo dos circuitos integrados).
dois valores quer nas entradas, quer nas saí-
das.
Método Passo a Passo
Isto vem até simplificar a reparação
de circuitos digitais. Deveremos o tempo todo
Apresentaremos um método bastante
analisar se os níveis estão corretos e coinci-
útil e simples na reparação de circuitos lógi-
dem com a lógica digital, formado por tabelas
cos.
e códigos.
Ele consiste em pesquisar o sinal
Qualquer que seja o aparelho e qual-
desde a entrada até a saída. Para isto, deverá
quer que seja a técnica de reparação empre-
ter em mãos a pinagem e a tabela lógica
gada será preciso conhecer estas tabelas e
(chamada de "Tabela Verdade") deste Cl..
códigos lógicos, conhecer a pinagem dos in-
Os instrumentos que poderão ser uti-
tegrados e conhecer a distribuição de "ende-
lizados são:
reços" ou seja, posição lógica no circuito,
- Multitester, na escala de tensão De
normalmente apresentado por diagrama em
- Osciloscópio
blocos.
- Ponta de Prova Lógica
O multitester é o instrumento mais
versátil e portanto indispensável em qualquer
tipo de reparação.
A figura 3 ilustra uma escala de um
multitester convencional.
A chave seletora foi colocada na po-
sição DeV, 12 V. A leitura deverá ser feita di-
retamente na escala de 12 (indicada no lado
direito do painel do multitester).
Em lógica TTL (Lógica Transístor-
Transístor), convencionou-se operar com ten-
sões de O a 0,7 volt para nível zero e de 2,4 a
,>'-------- 5 volts para nível um.
Na figura 4 vemos a escala de ten-
são para TIL. Na região de 0,7 até 2,4 não
temos nível lógico definido, razão pela qual
nenhum circuito lógico deverá operar nesta
faixa.

(j)
/OCn
.oc
1200 1200

o ~
o 0,7
x__ ~
2,4
_
5 Volts
12

~De

XIDO
:DK
XI, l~
+6'
FIGURA 4

H~OM
30m

~(j)pI
Já a técnica MOS (metal óxido de si-
lício), o nível um pode variar de 2,4 a 15 V,
sendo, contudo, comum usar também o valor
5 V.
FIGVRA .3 Retornando ao exemplo da figura 3, o
multitester está acusando uma leitura de 6 V,
indicando portanto nível lógico um.

51
-,
\,

Quando em contacto com o circuito a


ponta de prova indica qual é o nível lógico na-
quele ponto, geralmente pelo brilho de Led. ~
Na figura 6 temos um circuito prático
de uma ponta de prova lógica tanto para TIL
como C MOS.
Valores dos componentes:
C1: Capacitar Cerâmico 0,01 )JF x 50V
01 a 04: Oiodos 1N914
(O) (b) IC1: Circuito integrado Timer 555
Leds: Vermelho para indicar nível 1 e
verde para indicar nível zero.
FIGURA 5 R1: Resistor 3.900 ohms
R2, R3: Resistor 390 ohms

Usando o osciloscópio também po- Conexões


demos analisar o comportamento do circuito
lógico. Quando medimos um nível alto, o feixe A: Alimentação (pode variar de 5 a 15 V)
eletrônico do osciloscópio deverá se deslocar, B: Ponta de Prova
como pode ser observado na figura 5. Na par- C: Ligar ao terra se for medir TIL
te A da figura, vemos o feixe na posição de O: Terra
repouso (O V). Ao aplicar nível lógico o feixe r,
se desloca para cima. No exemplo, a escala Funcionamento
do osciloscópio deve estar em 2 V por quadro.
Portanto, deslocam-se o feixe 2 quadros e Se a tensão é alta (nível 1) o Led
meio para cima (2 V x 2,5 =5 V). vermelho acende; contudo se é nível baixo, o
Led verde acende. Se a ponta de prova não
está conectada, ambos os Leds acendem.
O elemento principal deste circuito é
o temporizador 555 na forma de um biestável.
Ao---~~----'-----~----~ Há no mercado pontas de provas ló-
gicas importadas, de fabricação da HEWLETT
PACI{ARO (modelo HP 10525 Te HP 10526
R2 T).
Agora que temos noção dos equipa-
1C 1 3
B mentos necessários, vamos fazer um exemplo
555 de pesquisa de sinais usando o circuito da fi-
R3 . gura 7.

!
c 0---., E
~
Verde(L!
Do------i~--~~--~~----~

FIGURA 6 o
1
o1---7f

Ponta de Prova Lógica

Outro instrumento bastante útil é a


ponta de prova lógica.
Esta ponta de prova se destina a indi- FIGURA 7
car o estado de um terminal, tocado pela pon-
ta.

52

I
--------------------------------------------------------------------------~
A análise deve ser feita unitariamente Nota: X =estado indeterminado
em cada porta. Os níveis de entradas foram Oo =
estado anterior
pré-determinados pelo esquema elétrico.
'1 A primeira providência é conhecer a Por eliminâção, analisamos as portas
taôela verdade de cada porta. de A até G, a fim de saber qual o nível na
saída Q do flip-tlpop, que irá resetar outro dis-
A: porta E de 3 entradas. positivo lógico. O reset, por estar barrado, será
ativo somente em nível zero.
A B C S
o o o o A porta E (A) terá na saída nível O. A
o o 1 o porta OU (8) terá na saída nível 1.
o 1 o o A porta C apresenta na saída nível lá-
o 1 1 o
1 o o o gico 1.
1 o 1 o Logo a porta D (OU Exclusiva) terá na
1 1 o o
1 1 1 1 saída nível O. A figura 8 ilustra isso.

8: Porta OU E
G
A B S CK Q
o o o
o 1 1
1 o 1
o
1 1 1
1 o Q NC
o1-----7
• C: Porta inversora

t-tt
o
1
1
o
I
Nota: O Ã (lê-se A barrado) indica que

,
~ a saída é sempre inversa da entrada. FIGURA 8

O: Porta ou Exclusiva
_A B s
o o o A porta E (NAND) terá o nível O na
o 1 1
1 o 1 saída.
1 1 o A porta F (Não OU) terá nível 1 na
E: Porta NAND (as duas entradas foram curto- saída acionando o clok do flip-flop. Ao fazer
circuitadas). isto, o tlip-flop transfere o sinal de entrada D
A B s para a saída Q. Conclusão: não haverá reset
o o 1 pois o reset só é ativo em nível zero.
o 1 1 E necessário pesquisar pino a pino
1 o 1
1 1 o para poder conhecer o nível lógico e através
das tabelas verdades, saber se ele está corre-
to.
F: Porta NOR Quando se trata de circuitos integra-
A B s dos lógicos mais complexos, esta técnica se
o o 1 torna pouco eficaz, sendo necessário usar ou-
o 1 o tros métodos.
1 o o
1 1 o Num dos próximos artigos desta se-
ção vamos considerar estes metódos.

G: Flíp Flop tipo O


s R CK o Q e
o
o
o
o
o x
o
00
o
00

o o o

53
7
"

W@rru~& (9)@[j'@
(9)&~(W&rru©~ úITU©1s©[f&~
. J. Martin

Pequenos motores de corrente contí- Montagem I


,
nua, aproveitados de brinquedos, gravadores
ou toca-discos fora de uso servem para mui- Na figura 1 temos o diagrama com-
tas experiências e montagens interessantes. pleto desta simples fonte.
No entanto, em lugar de aflmentá-los com pi-
lhas que gastam logo e custam caro, porque
não usar uma fonte especial que lhe fornece
energia permanente?
A fonte que propomos serve para ali-
mentar não só motores de corrente contínua
/
51 I 220V
como também outros dispositivos de baixa
tensão como eletro-imãs, solenóides, lâmpa-
I
I
6+6V RI C_I
+v
j
das etc, desde que a tensão fique entre 1,5 e f_ \

IlO
6V e a corrente exigida não supere 1A.
A idéia básica é, entretanto a alimen- IIOV
ou
tação de motores, já que prevemos um resis- 220V
tor R1 de acordo com o tipo de motor e a ten- '---+--- -OOV
são exigi da, e também uma filtragem menos C. )Ver texto
forte, que seria necessária com dispositivos
eletrônicos, por exemplo.

o Circuito FIGURA 1
a circuito
é o fradicional de fontes de
alimentação constando de um transformador
que abaixa os 110 ou 220V de sua rede para
6V ainda alternada, em seguida um par de
diodos que fazem a retificação e o sistema de
filtraqem e redução de tensão de acordo com Na figura 2 temos a realização de
a corrente desejada no motor. sua montagem tendo por base uma ponte de
a
resistor R 1 deve ter valores entre terminais.
Esta ponte de terminais pode ser fi-
10 e 100 ohms, conforme a seguinte tabela:
xada numa base de madeira ou então caixa.
CORRENTE MOTOR Para a saída de tensão (+ e -) podem ser
usados bornes de cores diferente (vermelho e
l,5V 3.0V 4,5V 6,OV
alê 100 mA 1200hms 560hms 470hms 22 ohms
preto) ou então fios com garras para ligação
100-200 mA -too orms 470hms as obms 180hms no motor.
200-300 mA sz chms 390hms aa ohms ts obms Lembramos que o sentido de rotação
300-400 mA 68 ohms 270hms 270hms 100hms dos motores é determinado pela polaridade da
400·500 mA 56 ohms 220hms 18 ohms 8,2ohms alimentação. Invertendo a alimentação o mo-
acima de 500 mA 33 ohms f s orms tü ohms 4,7ohms tor gira em sentido contrário.

54
-1i===~~Vermelho (220VI
- Morrom 1110Vl

+ C2

Preto

r FI r;.UR A 2
~
I

Os capacitores eletrolíticos devem ter T1 - Transformador com primário de acordo


tensão de trabalho de pelo menos 12V e o re- com a rede local e secundário de 6+6V x 1A
sistor R1 deve ser de pelo menos 2W. pois 81 - Interruptor simples
tende a se aquecer nos motores de maior cor- R1 - Resistor de 2W - valor - ver texto
rente. C1, C2 - 470 J.,IF x 12V - capacitores eletrolí-
O transformador tem enrolamento se- ticos
cundário de 6V com corrente de 1A. Trans-
formadores de menos corrente podem ser Diversos: caixa para montagem, base de mon-
usados, mas não poderão alimentar motores tagem, bornes ou garras de saída, cabo de
que exijam mais do que ele fomece. alimentação, ponte de terminais, fios, solda,
etc.
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55
Oscilador "Schmitt"
A. Fanzeres

Para se obter um circuito oscilador, (AI


normalmente se necessita um amplificador Entrada nõa
inversora
instável ou melhor que tenha uma retro-all-
mentação desde a sarda, para a entrada. Uma
certa forma de filtro seletivo de freqüência é
inserido no trajeto da retro-alimentação e isto
controla a freqüência em que a oscilação
ocorrerá.
Na figura 1 (a) temos um exemplo tr-
pico onde um circuito paralelo, sintonizado é
ligado entre terra a entrada não-invertida do
amplificador. Um capacitor de retroalimenta-
ção (CF) de baixo valor, acopla a sarda do
Um oscilador convencional incorpora um amplificador com re-
amplificador a entrada não invertida e, se o troalimentação positiva desde a salda até a entrada. No clr-
culto de retroallmentação é Inserido um filtro. No circuito aci-
amplificador, no seu ganho de tensão e capa- ma a retroallmentação é aplicada a entrada não Invertida e
citância de retro-alimentação possuem valores a freqOêncla é controlada pelo circuito UC paralelo.

práticos razoáveis, todo o circuito oscilará fa-


cilmente à freqüência de ressonância do cir-
cuito sintonizado.
(81
Entrada
inversora
.----=::::j
Retroalimentação Positiva

As oscilações ocorrem devido a retro-


alimentação positiva fornecida por CF. Quan-
do a entrada não-invertida do amplificador se
Entrad a
/ So{das
torna positiva, o mesmo sucede, em maior do filtro do filtro
amplitude, a sarda do amplificador. Deste mo-
do qualquer perda no circuito será superada
pelo ganho de tensão do amplificador e deste
modo o amplificador entra em oscilação.
No oscilador de desvio da figura 1 (b)
Neste circuito oscllador de desvio de fase a retroallmentaçAo
há retro-alimentação positiva, se bem que a é aplicada a entrada Invertida. A retroallmentaçlio oontlnua
sarda do amplificador é acoplada a uma en- positiva devido aos três capacltores e resisto r do filtro que
produzem um desvio de fase de 180 graus, na freqOêncla de
trada invertida. Quando esta entrada invertida operaçlio do oscllador.

se torna positiva a sarda do amplificador se


toma negativa, por elevada porcentagem.
O leitor poderá indagar como o circuito oscila
neste caso. . FIGURA I

56
A oscilação ocorre porque existe uma
freqüência em que, devido ao desvio de fase
n-o filtro de retro-alimentação, a
sarda do filtro .4vcc+
está 180 graus fora de fase com-a entrada do
f,.
filtro. Em outra palavras: a sarda do filtro está
exatamente fora de fase com sua própria en-
trada. Deste modo na freqüência de oscilação
há uma inversão de fase no amplificador e
uma nova reversão de fase compensatória no
filtro. .
\ Vejamos o que ocorre em um oscila-
dor como da figura 2.

I
GND-
Um amplificador com um simples resistor acoplamento de volta 7 8
a entrada invertida. Um amplificador linear não oscilará neste
~i~!t~~. porém um amplificador com caracterfstlcas do Schmitt
7412
Os quatro portais NAND em um circuito integrado 741321TL
FIGURA 2
FIGURA 3
Se acionarmos lentamente o cursor
Temos a saída de um amplificador li- do potenciômetro chegaremos a uma tensão
gada de volta a entrada invertida, através de de entrada, com relação ao lado negativo, em
um simples resistor e um só capacitor de aco- que a sarda invertida subitamente se torna
plamento acoplando esta entrada a terra. Este negativa ou baixa. Esta tensão é tipicamente
J oscilador não poderia funcionar se o amplifi-
> de 1,7 volts. Se agora giramos o potenciôme-
cador fosse do tipo comum porque a retroali- tro, vagarosamente, em sentido oposto, para o
mentação seria negativa. Por outro lado, o os- lado negativo, verificamos que é necessário ir
cilador operaria bem se o amplificador pos- além do pontooriginal do nfvel de 1,7 volts,
suisse uma característica de entrada designa- antes que a sarda se torne alta novamente.
da de Schmitt.
,, Na figura 3 temos um componente
Esta segunda tensão será tipicamente de 0.9
volts.
denominado de TIL tipo 74132 que possui
quatro portas Schmitt NAND. Se tomarmos
r-----------------------------+5V
uma das portas Schmitt ANO, ligamos suas
duas entradas, para torná-Ias invertidas e li-
gamos estas duas entradas ao cursor de um
potenciômetro ligado nos extremos de uma
fonte de alimentação, podemos examinar as
funções características, como se vê no circuito
da figura 4.
Para estar teoricamente correto, a cor-
rente nopotenciômetro deve -ser maior que a
demanda de corrente da porta.
Examinando as caracterlstícas de entrada-sarda de um
Começamos a experimentar com o CI74132 com os portais ligados como Inversor. Os dois voltl-
cursor do potenciômetro próximo ao lado ne- metros monitoram as tensões de entrada e sarda.

gativo da fonte. A saída invertida será alta, is-


to é, positiva. FIGURA 4

57
Circuito Prático de Oscilador Schmitt apreciar na figura 5 e a faixa de freqüência de
operação situa-se entre 0,1 Hz até 10 MHz.
E com respeito ao valor de "C"? Ar
entra um póuco de experimentação devido a
,
I
ampla tolerância das caracterfsticas de entra-
Um circuito prático de oscilador Sch-
da de qualquer portal AND TIL, que torna im-
mitt utilizando o 74132 NAND, ligados aos
terminais 1, 2 e 3 pode ser apreciado na fi- possrvel calcular o valor exato de qualquer
gura 5. Ao ser ligado o circuito C é descarre- capacitância para uma dada freqüência .
gado e assim a entrada do inversor é baixa e Verifica-se na prática que a freqüên-
a sarda do inversor é alta. O capacitor C inicia cia em Hertz é muito próxima a 2.000 divido
o processo de carga através de R até que a pela capacitância em microfarads. Assim, se I

tensão na entrada do inversor seja suficien- "C" é um eletrolítico com um valor de 2.000
temente positiva para a sarda do inversor se uF (e não há nenhuma objeção para se usar
tornar baixa. Em seguida C começa a descar- um eletrolítico no circuito ... ) pode-se esperar
regar através de R e a tensão nos extremos que a freqüência de oscilação será na região
da mesma cai. Devido a ação da Schmitt a de 1 Hz. Um capacitor de 200 uF correspon-
tensão nos extremos de C tem que ser consi- derá a 10Hz, se o capacitor for de 20 uF a
deravelmente menor que a tensão prévia de freqüência será de 100 Hz, um capacitor de 2
direção positiva para a sarda do inversor se uF (pode ser não eletrolítico neste caso) cor-
)
tornar novamente alta. E também a oscilação responderá a 1 KHz e um capacitor de 0,2 uF
permanece, com C carregando com a tensão corres ponderá a 10KHz.
de disparo em direção positiva e descarregan- Para se conseguir que o oscilador
~o para a tensão de disparo em dlreção nega- opere em uma determinada freqüência, inicia-
tiva. A segunda saída invertida vai para a se- se com um capacitor cujo valor seja aproxi-
gunda porta NAND Schimtt que atua como mado ao valor calculado.
amplificador de separação. A saída da segun- Isto fará com que o oscilador funcione
da porta pode ser a qualquer circuito TIL sem próximo a freqüência desejada. .
afetar o estágio oscilador. Se a freqüência for acima do valor
desejado, experimenta-se aumentar o valor de
"C", se ao contrário, o valor da freqüência for
abaixo do desejado, diminue-se o valor de
"C".
,~------ +5V Uma caracterfstica deste circuito é
que se o capacitor for inserido no circuito de-
1'4
pois deste ser ligado, o circuito pode não os-
1/274132 cilar. Do mesmo modo, quando o oscilador es-
3
p----Output
tá funcionando e o capacitor é temporaria-
mente desligado e depois religado, pode su-
R ceder que o oscilador se recuse a funcionar,
até que a fonte de alimentação tenha sido
(330nl desligada e depois religada Porém este é um

-I_C --1.....----- aspecto do assunto que não cabe discutir aqui


neste artigo essencialmente prático, destinado
a abrir caminhos para nossos leitores experi-
mentadores e estudiosos.
Desejamos deixar consignado aqui o
excelente trabalho de R.J. Carbon, (Oscillation
Circuito prãtíco do oscllador Schmltt. O segundo portal fun- with negative feedback) publicado na revista
ciona com amplificador separador.
RADIO AND ELECTRONICS CONSTRUC-
TOR, inglesa, que infelizmente, como tantas
outras revistas, no mundo inteiro, estão desa-
FIGURA 5 parecendo.

O oscilador da figura 5 é prático e


tem inclusive a aprovação dos fabricantes do \
74132. Os fabricantes especificam que R de- 1
ve ter um valor de 330 ohms como se pode

58
\

)
~--------------~-----------------------------------------~
Josir Cavalcanti

)
Segundo a tradição, Santo Antônio de Na figura 1 ilustramos o sistema
Lisboa (meu parente, segundo a palavra de mais simples de se casarem circuitos de RF,
minha venerável tetravó) promove os casa- que é o transformador de RF com primário
mentos, ajudando as moças casadolras a en- sintonizado. Neste caso a impedância do pri-
contrar seus príncipes encantados. mário é feita igual à impedância de saída da
Bem, em circuitos eletrônicos, há uma ª
1 etapa e a impedância do secundário, ob-
dificuldade semelhante à de certas moças, viamente e, igual à de entrada da etapa se-
quando desejamos ligar um circuito com im- guinte.
pedância de saída alta à entrada de outro, Para freqüências relativamente bai-
com impedância de entrada baixa e vice-ver- xas, este circuito dá excelentes resultados, po-
sa. rém, para altas freqüências, fica difícil manter
O acoplamento direto, puro e simples uma relação de espiras satisfatória, especial-
provoca perdas fabulosas de energia e, em mente porque os indutores em freqüências
RF, o aparecimento das ondas estacionárias elevadas têm muito poucas espiras, assim,
ao longo das linhas de conexão. para a faixa de VHF, por exemplo, teríamos e
Uma maneira de minimizar esse efei- espiras em um primário e 1/10 de espira no
to e "casar" satisfatoriamente os circuitos secundário, por exemplo, o que é inviável.
consiste em fazer com que tanto a impedân- Para a mesma freqüência, no entanto,
cia de entrada como a de saída de cada um poderíamos utilizar um circuito LC em L, que
deles seja igual a um valor padronizado, ge- ilustramos na figura 2, desde que a impedân-
ralmente 50 ou 300 ohms, o que permite a in- ª
cia de saída da 1 etapa seja superior à de
terligação por meio de cabos coaxiais ou linha entrada da 2ª etapa.
balanceada, conforme o caso.
Nem sempre, no entanto, é possível
se interligar os circuitos dessa maneira de
modo que o remédio é apelar para o "net-
work", o "Santo Antonio da RF", que realiza os
casamentos impossíveis (ou quase).

FIGURA 2

Assumindo-se que a entrada e saída


do circuito sejam ligadas a resistências puras,
o Q do circuito será igual à razão entre essas
resistências ou a XURo ou Rin/XC. Como o Q
FIGURA , determina a banda passante, esse valor deve-
rá ser escolhido com cautela.

60
Na figura 3 ilustramos a fórmula que o circuito da figura 2, como capaci-
permite calcular os valores de XL e de XC pa- tor na entrada, casa uma lrnpedância alta com
ra que consigamos o casamento ideal. Supo- outra baixa, porém,' e quando Rin for maior
nhamos que temos um circuito amplificador que Ro? Neste caso, bastará inverter a posi-
com impedância de saída de 300 ohms e o ção do capacitor, como vemos na figura 6,
circuito seguinte tenha 30 ohms d,e i~Redâ~- todavia, a inversão implica, também, em alte-
cia de entrada. Neste caso, a reatãncía Indutl- rações das fórmulas de cálculo, que ilustra-
va (XL) deverá ser igual à raiz quadrada de mos na figura 7.
300 x 30 - 302 ou seja, a raiz de 8100 que
é igual a 90, equanto XC será igual a 300 x
30/90 o que dá para XC o valor de 100 ohms.

XL= VRin. Rout-Rout2 R out

Rout. R i n
Xc=-..:...~_-
XL
FIGURA 6
FIGURA 3
\
) 1
Com esses valores, o Q será relati-
Suponhamos, portanto, que Rin seja
vamente baixo, igual a 3, assim, para fo = igual a 30 ohms e Ro seja igual a 300 ohms.
100 MHz, a banda passante será de 33,3
MHz. - Neste caso, teremos para XC 99,9 ohms e pa-
ra XL 90 ohms, o que nos leva a praticamente
Naturalmente, esses números assus-
o mesmo resultado anterior, ou seja, os valo-
tam um pouco, porém, pode-se conseguir uma
res anteriormente encontrados satisfazem, da
melhor seletividade graças a filtros em circui-
mesma forma.
tos anteriores ou subsqüentes e assim com-
pensar as perdas introduzidas pelo net-work.
Nesta altura, temos valores de XL e
de XC; para determinarmos os valores de L e
C necessários, necessitaremos, apenas, de
Xc = Rout
j Rin
Rout - Rin
conhecer a freqüência de operação. Assumin-
do-se que fo =
100 MHz, podemos calcular L XL= Rout.Rin
e C a partir das fórmulas de cálculo de XL e Xc
deXC que damos nas figuras 4 e 5.
FIGURA r
XL = 2f( f' L
XL= n
f = M HZ
I L =)JH Na figura 8 ilustramos um outro cir-
cuito de acoplamento muito usado que é o
" FIGURA 4 circuito em Pi. Em essência, é um filtro passa-
baixas, contudo, pode, perfeitamente, ser utili-
No exemplo dado, teremos 0,14 }JH zado na conexão entre uma etapa de potência
para L e C será igual a 16 pF aproximada- e a antena de um transmissor.
mente.

1
Xc= f=Hz
2fftC
C= F()JFI Rin Rout
159.235 Xc= n
Xc = fC

FIGURA FIGURA 8

61
. __.. "7
j

- -,
Suponhamos que a etapa de saída Com esses valores de reatância, obte-
tenha uma impedância de saída de 600 ohms remos os valores de indutância e de capaci- 7
,
e a antena 75 ohms. A freqüência de opera- tância, a partir de fo =
100 MHz. ~
ção será, ainda, 100 MHz.

Q. Rin + (R in. Rout)


Xc2
XL=----~~----~
Q>
j Rin
Rout-1
Q2+ 1

FIGURA 12
FIGURA 9

Para L teremos 0,054 jJH para C1 te-


remos 53 pF e para C2 teremos 159 pF.
Existem muitos outros circuitos de
o primeiro passo será determinar o casamento de impedâncias, porém, os acima
fator Q do circuito, que deverá ser superior à descritos são mais utilizados em RF, espe-
relação ilustrada na figura 9, sendo que XC1 cialmente em transmissão, mormente quando
é determinada pela fórmula da figura 10. As- se opera com freqüência fixa.
sumindo-se um fator Q de 20, teremos para Em alguns transmissores, mediante
XC1 600/20 = 300hms. chaves seletoras, se faz a substituição do in-
dutor do circuito em Pi para mudança de fre-
qüência de operação.
Sento o fator Q bastante baixo, como
nesse caso, a banda passante é relativamente
Rin alta, permitindo ao circuito operar em uma fai-
XC! = ---
Q
xa relativamente larga de freqüências.
Um ponto de grande importância deve
ser considerado quando do dimensionamento
FIGURA 10
de circuitos de saída, que é a tensão de RF
que pode se desenvolver nesses pontos. Se,
no caso do circuito em Pi, o circuito for dire-
tamente ligado à placa de uma válvula de
saída de um transmissor de AM, poderão apa-
recer tensões de pico iguais ao quádruplo da
Na figura 11 ilustramos a fórmula de tensão nominal de placa, pelo que a isolação
cálculo de XC2. Com os valores propostos no dos capacitores deverá ser suficientemente
exemplo (Rin = 600 ohms, Ro = 75 ohms e Q elevada.
= 20) teremos para XC2 o valor de 10,7 ohms Outra consideração deve ser feita
quanto ao fato de que os circuitos acoplados
,;

e, finalmente, 'para XL teremos o valor deter-


minado pela fórmula da figura 12, que nos dá pelo "net-work" dificilmente serão apenas re-
34,40hms. sistivos, mas, inevitavelmente, encontraremos
alguma reatância, que deverá ser compensa-
da.
De uma forma geral, os elementos do

j Rio
Rout
net-work devem ser ajustáveis, permitindo,
dessa maneira, que se obtenha o _melhor ca-
samento de impedâncias possível, ou seja, a
Xc2=
máxima transferência de energia de um circui-
to a outro.

FIGURA I I


62
Cronômetro Digital
Josir Cavalcanti
\
Muito embora, atualmente, sejam do feita uma divisão por 10 e outra por 6 para
produzidos circuitos integrados que contém obter o clock de 1 Hz.
toda a lógica necessária para um relógio digi- Em nosso caso, como nos interessa
tal, inclusive a excitação de display LGD, não um circuito relativamente simples, optamos
deixa de ser interessante ao estudioso a mon- por um gerador de clock mais convencional,
tagem "explodida" de um cronômetro, permi- utilizando o popular circuito integrado LM555
tindo-Ihe acompanhar passo-a-passo o que na configuração de multivibrador astável, com
sucede nos circuitos mais complexos. freqüência de Hertz, como vemos na figura 1.
Os relógios digitais, tal como os rel6- a circuito contador é constituído pelo
gios mecânicos convencionais, são dispositi- CI CD45t9, e os decodificadores/excitadores
vos contadores; nos relógios mecânicos, é fei- são dois 4511, sendo utilizados displays de
ta a contagem de dentes de engrenagem de sete segmentos de catodo comum.
tal modo que o ponteiro das horas dê uma Para uma melhor compreensão do
volta a cada doze horas e o ponteiro dos mi- funcionamento global do circuito, será interes-
nutos dê uma volta a cada hora, ou sessenta sante .anatlsarmos os circuitos integrados que
minutos, assim, temos dois contadores sin- o compõem, exceto o 555, sobre o qual há
cronizados entre sf, um contando de zero a abundante literatura e, descreve-Io no momen-
sessenta (minutos) e outro contando de zero a to seria "chover no molhado".
doze, sendo que o segundo contador é incre- Na figura 2 ilustramos a pinagem do
mentado a cada vez que o primeiro retorna a CI CD4518, que contém duas décadas conta-
zero. doras independentes entre sl dispondo de 16-
Na prática, os dois ponteiros se mo- gica interna para o retorno a zero cada vez
vimentam juntos, apenas, um com maior velo- que a contagem chegar a 9.
cidade sendo que alguns relógios dispõem de Trata-se de um circuito integrado
um terceiro ponteiro, para indicação do tempo CMaS com 16 pinos, sendo o pino 8 ligado
em segundos. , ao negativo da fonte e o 16 ao positivo
No relógio digital, temos um contador, (+VDD), podendo operar com tensões de 3 a
ou década contadora, que conta pulsos de 18 V, sendo o valor mais recomendado de
clock, que deverão ter a freqüência de um operação os 12 V.
pulso por segundo, ou um Hertz.
a pino 1 corresponde à entrada de
Em circuitos bem elaborados, o gera-
clock do contador A e o pino 2 ao clock ena-
dor de clock é um oscllador controlado a cris-
ble desse mesmo contador. as pinos 3, 4, 5 e
tal, operando em uma freqüência relativamen-
6 correspondem às saídas BCD do contador A
te alta, sendo que através de circuitos conta-
e o pino 7 é o "resef' desse mesmo contador.
dores que operam com divisores de freqüên-
cia, se obtém o clock de 1 Hz. a pino 9 é a entrada de clock do con-
Circuitos mais simples, alimentados tador B, o pino 10 seu clock enable e os pinos
exclusivamente pela rede utilizam a freqüên- 11, 12, 13 e 14 suas sardas BCD. a pino 15 é
cia da rede, que é de, 60 Hz, como clock, sen- seu reset.

63
100K

4 8
16 7

555
:3
CKA 8
3
4 5 1 e
l-
5
3 4 5 6 12 11 12 13 14
-
I-. I-. -. -. -.
7 1 2 6 3 4 7 1 2 6 3 4 16
A B C o e
451 1 5 451 1 5

abcdefg abcdefg
13 12 11 10 9 15 14 13 12 11 10 9 1514

7 6 4 2 1 9 10 7 6 4 2 1 9 10

PO 198K

3
B 5

3
B PO
196K

FIGURA I

Na figura 3 ilustramos, sob forma de É interessante observarmos que este


tabela, os estados de 01 a 04, para as con- contador é incrementado quando o clock ena-
tagens de zero a nove, no sistema binário. ble está em nfvel alto (1) e o clock passa do
Como podemos observar, 01 é o dfgito me- zero para o 1, ou seja, é ativado pelo bordo
nos significativo e 04 é o dlqito mais signifi- ascendente do pulso de clock, ao contrário de
cativo. ' vários contadores TIL que são sensfveis à
passagem do estado ou nfvel alto para baixo.
Clak A VOO I
~
Reset

Q4 B
04 03 02 01
Q2 A Q38 ~ 0 0 0 '/J
Q28
1 0 '/J 0 1
Q3A 2 0 0 1 0
QIB 3 0 0 1 1
4 0 1 0 ri ~
Rsta EnableB 5 '/J 1 0 1

Clack 8
6 '/J 1 1 0
7 \il 1 1 1
8 1 0 '/J '/J
FIGURA 2 9 1 0 '/J 1

opino clock enable =


habilitador de
clock, permite que a contagem seja congela-
da, bastando para ·tanto ser levado a nfvel
baixo (zero). FIGURA 3

64
------~

Curiosamente, se a entrada de clock se acendam, seja lá qual for o estado das en-
for mantida em nfvel baixo, o contador será tradas BCO, permitindo, desta forma, uma rá-
incrementado toda vez que clock enable pas- pida verificação do estado do display,
sar do nfvel 1 para o zero, ou seja, é possfvel D c. B A a b c d e f 9
aplicarmos pulsos de clock tanto na entrada ~ ~ ~ ri ri 1 1 1 1 1 1 ~
"oficial" de clock como no clock enable, sendo 1 ~ r,t 0 1 f3 1 1 ~ f3 f3 Jl
~ ~ 1 1 11 1 1 ~ 1
"
que no primeiro caso, o clock enable deverá 2 1
3 ~ 1 1 1 ~ ~ 1
"
1 1 1
perm-anecer em nfvel 1 e o contador será in- Jl
4 fi 1 fJ ~ 1 1 fi fi 1 1
crementado pelo bordo ascendente do pulso. 5 % 1 ~ 1 1 fi 1 1 Jl 1 1
No segundo caso, o clock deverá ser mantido 6 J1 1 1 ~ fi Jl 1 1 1 1 1
em nfvel zero e o contador será incrementado 7 J1 1 1 1 1 1 1 % Jl fi Jl
pelo bordo descendente. 8 1 ~ fi fi 1 1 1 1 1 1 1
9 1 J1 ~ 1 1 1 1 jf fK 1 1
O resetdeve ser mantido em nfvel
baixo. Quando é levado ao nTvel alto (1) todas FIGURA 5
as saldas vão para o nfvel baixo, o que cor-
responde a um retomo a zero. Estando a entrada LT em nfvel 1, e a
Mediante u~a lógica auxiliar, pode- entrada B1 em rifvel O (baixo), o display se
mos fazer com um dos contadores seja in- apaga totalmente.
crementado toda vez que o outro chegar a 9 e A entrada LE permite que o CI opere
retornar a zero, de maneira que com apenas corno um "data latch" congelando o que tiver
um único CI poderemos fazer contagens, pelo no display, para tanto, deverá passar do esta-
sistema BCO, de zero a 99, sendo um conta- do baixo para o alto.
dor para as unidades (dfgito mais significati- Esse dispositivo é útil em diversos
vo). aparelhos, pois permite que o display fique
O CI C0451l é um decodificador/ex- congelado durante o período em que é feita
citador de displays de sete segmentos com uma contagem rápida ao fim da qual seu re-
catodo comum, cuja configuração ilustramos sultado será transferido para o display que
na figura 4. congelará essa nova imagem até o fim da
próxima contagem, sem o que, veríamos no
B VDO
display uma louca sucessão de algarismos
C sem que pudéssemos fazer leitura alguma.
LT Visto isso, poderemos discutir, agora,
o funcionamento do nosso cronômetro digital,
BL a
retomando ao diagrama da figura 1, que re-
LE b produzimos novamente na figura 6, para
o c maior comodidade do leitor.
A d
Como podemos observar aqui, o ge-
rador de clock, CI 555, opera como um multi-
GNO vibrador astável, sendo que a base de tempo
FIGUR A 4 é dada pelo resistores R1 e R2 e o trlrr-pot Tp
1, de ajuste. . .
As entradas, pelo sistema BCO rece- Os pulsos de clock, no entanto, não
bem as denominações A,- B, C e O, sendo que são levados diretamente à entrada do conta-
a entrada A corresponde ao dfgito menos sig- dor, mas sim, através de uma porta ANO cor-
t nificativo· e a entrada O, ao dfgito mais signifi- respondendo aos terminais 1, 2 e 3 de um

I• cativo, sendo que na tabela ilustrada na fi-


gura 5 mostramos o que aparece no display
de acordo com os estados das entradas A, B,
CeO.
C04081, circuito integrado CMOS que contém
quatro portas ANO de duas entradas, cujo pi-
no 7 corresponde ao negativo e o pino 14 ao
VOO (positivo da fonte).
As saídas, denominadas a, b, c, d, e, Graças à chave do tipo push-boton
f e g correspondem aos segmentos a serem normalmente aberto, a contagem s6 tem infcio
excitados, assim, para formação do algarismo quando a chave é apertada, levando o pino 1
1, por exemplo, serão excitados os segmentos ao nfvel 1. No momento em que a chave for
b eco solta, abrindo o circuito, a contagem será en-
Além das entradas BCO, este decodi- cerrada. O circuito RC formado por R3 e C2
ficador dispõe das entradas Lamp- Test (LT), tem por finalidade evitar que o centelhamento
Blanking (B1) e Lamp Enable ou Strobe. e trepidação dos contatos da chave sejam in-
A entrada LT sendo levada a nfvel ze- terpretados pelo circuito como um trem de
ro faz com que todos os segmentos do display . pulsos.

65
J
~

~
.l.

r:::I~-----1---- +'100

)I
J
(

+1/00

T'IOO'&CI 121/

PO IGII(
OEZENAS
J
I

a ac n

Os pulsos de clock são levados ao pi- tecla de reset para que o contador volte a ze-
no 1 do 4518, a entrada de clock do contador ro, condição na qual ambos os displays deve-
A, cujas sardas 01, 02, 03 e 04 são ligadas, rão exibir o algarismo zero.
respectivamente às entradas A, B, C e O do Em seguida, pressionamos o botão de
primeiro 4511. Os pinos 3 e 4 deste último "conta" e deverá ser iniciada a contagem dos
são ligados ao VDD, mantendo assim o LT e pulsos de clock,sendo que o display irá apre-
o BL em nível 1 e o LE é ligado à massa, sentando a contagem, que será interrompida
sendo mantido em nlvelbaixo, assim que o botão de conta for liberado.
Os terminais 5 e 6 do CI CD4081 são _ Para nova contagem bastará resetar o
ligados às sardas 01 e 04 do contador A que contador e apertar novamente o botão de con-
irão para nlvel 1 quando a contagem chegar a tagem.
9. Ao ser incrementada a contagem, o conta- A calibração não oferece dificuldades,
dor voltará a zero e, nesse-momento a sarda devendo ser feita com auxflio de um relógio
da porta ANO (pino 4 do CD4081) voltará a que tenha o ponteiro dos segundos. Inicia-se a
zero, estando ligada ao pino 9 do 4518, ou contagem quando o ponteiro estiver em um
seja, a entrada de clock do contador B, que ponto determinado e encerra-se dez segundos
é incrementado toda vez que passa do estado depois. Se a contagem for maior ou menor
alto para o baixo. que dez, acerta-se o trlm-pot, até que os pul-
As sardas do contador B são ligadas sos de clock tenham exatamente um segundo
às entradas de um segundo 4511, que opera de duração.
exatamente como o primeiro. A utilidade prática do aparelho de-
As sardas dos excitadores são ligadas pende da imaginação do montador, permitin-
aos pinos correspondentes dos displays, sen- do-Ihe cronornetrar perfodos de um a 99 se-
do que os terminais correspondentes ao cato- gundos, o que pode ser usado no controle de
do comum de cada display deverão ser ater- processos, etc •••
radas através de resistores de 330 ohms, des- Contudo, a montagem deste circuito
tinados a limitação da corrente. proporcionará horas agradáveis e um conside-
Os dois terminais de Reset dos con- rável incremento em seus conhecimentos de
tadores do 4518 são ligados ao VDD através Eletrônica Digital, o que, sem dúvida alguma,
de uma segunda chave push-boton, esta do dificilmente poderá ser avaliado devido à sua
tipo normalmente fechada. extensão.
A operação do circuito é simples;
Uma vez ligada a alimentação, aciona-se a

66

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