Resolução de Avaliação 02-2024

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ESTADO DE SANTA CATARINA


MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO TÉCNICO PEDAGÓGICO

RESOLUÇÃO N.º 02/2024

Reestabelece diretrizes para a avaliação do processo de ensino e de


aprendizagem no Ensino Fundamental das Unidades Escolares integrantes do
Sistema Municipal de Ensino de Balneário Camboriú – SC.

CONSIDERANDO a perspectiva pedagógica crítica, que coloca em articulação


dialética a relação professor/a, aluno/a, objeto do conhecimento e formas mais
elaboradas de ensinar, sempre concebidos como dimensões inseparáveis e
historicamente posicionadas do trabalho educativo e, como tal, sempre este
orientado e comprometido com um projeto de formação humana, no caso
específico da Rede, uma formação humanizadora/emancipadora;

CONSIDERANDO (i) a relação intrínseca entre aprendizagem e


desenvolvimento na concepção de desenvolvimento humano assumida na
Proposta Curricular da Rede, (ii) a especificidade de cada um desses processos,
(iii) a dependência da aprendizagem para que o desenvolvimento seja
promovido, (iv) a centralidade do/a professor/a na organização, sistematização e
orientação do trabalho educativo à luz da zona de desenvolvimento iminente dos
sujeitos de aprendizagem e (v) a importância do acompanhamento da
aprendizagem, do alcance de novos níveis de desenvolvimento real por esses
sujeitos ao longo do percurso de formação;

CONSIDERANDO a avaliação da aprendizagem como processo contínuo e


formativo, que se coaduna diretamente ao (re)dimensionamento claro dos
objetivos de aprendizagem prospectados pelo/a professor/a, visando à
incidência na zona de desenvolvimento iminente dos sujeitos de aprendizagem,
assim como a busca por aproximá-los pela via do trabalho educativo da
formação de conceitos, o que reposiciona a concepção de avaliação como
procedimento não finalístico e deslocado das ações desenvolvidas em espaços
de aprendizagem, mas relacionado diretamente ao potencial de alcance das
estratégias metodológicas destacadas no planejamento.

Resolve:
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CAPÍTULO I

DA AVALIAÇÃO

Art. 1º A presente Resolução contempla toda a Rede Básica de Ensino Público


Municipal, respeitadas especificações nas seções complementares I e II deste
documento.

Art. 2º Na avaliação do processo de ensino e de aprendizagem, será obedecido


o disposto nesta Resolução, norteada pelo Projeto Político Pedagógico de cada
Unidade Escolar, a cargo dos estabelecimentos de ensino da Rede Municipal de
Balneário Camboriú, compreendendo a avaliação da aprendizagem e a
apuração da assiduidade.

Art. 3º A avaliação do processo de aprendizagem, como parte do currículo, é


redimensionadora da ação pedagógica e deve, em consonância com Resolução
do CNE n.º 7 de 14 de dezembro de 2010, considerar:

I – o caráter processual, formativo, participativo, coletivo, dialógico e inclusivo;

II – ser contínua, cumulativa e diagnóstica, com vistas a:

a) identificar potencialidades e dificuldades de aprendizagem;

b) subsidiar decisões sobre a utilização de estratégias e abordagens de acordo


com as necessidades dos alunos/as;

c) criar condições de intervir de modo imediato e a médio/longo prazo para


sanar dificuldades e redirecionar o trabalho docente;

d) manter o sujeito de aprendizagem e a família, quando crianças e


adolescentes, informados sobre o seu desempenho, reconhecendo o direito do/a
aluno/a e da família de discutir os resultados de avaliação;

e) orientar a família sobre sua responsabilidade no acompanhamento ao longo


do ano letivo da vida escolar do/a estudante.

III – respeitar as características individuais e socioculturais dos sujeitos


envolvidos;

IV – realizar, impreterivelmente, diagnóstico inicial e recolha de informações de


forma contínua, interpretando-as de acordo com critérios e direitos de
aprendizagem previamente definidos, a fim de tomar decisões em benefício das
aprendizagens individuais;
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V – reorientar o processo de apropriação do conhecimento do/a aluno/a;

VI – possibilitar tempos e espaços diversos, tais como a própria sala de aula,


espaços externos a ela, para que os/as alunos/as com dificuldades de
aprendizagem tenham condições de ser devidamente atendidos ao longo do ano
letivo.

Art. 4º A avaliação deverá ser assumida por profissionais do magistério, como


uma tarefa coletiva e cooperativa em favor do percurso formativo dos sujeitos de
aprendizagem, mantendo-se a dimensão pedagógica do processo educativo.

Art. 5º Na avaliação do processo formativo, serão consideradas as seguintes


definições qualitativas – compreendidas como o alcance dos objetivos de
aprendizagem previstos para o(s) sujeito(s) de aprendizagem – e quantitativas
como reveladoras da avaliação processual e contínua em que a dimensão
pedagógica do processo de apropriação é o foco:

§ 1° As notas trimestrais deverão ser somadas por disciplina, no caso dos Anos
Finais, ou área de conhecimento, no caso dos Anos Iniciais, e divididas por três
(trimestres), o que resultará na média final do/a aluno/a em cada disciplina/área
do conhecimento.

§ 2° Será considerado aprovado o/a aluno/a do 1° ao 9° ano que apresentar


rendimento igual ou superior a 60% (sessenta por cento), ou seja, média final
por componente curricular ou área do conhecimento igual ou superior a 6,0
(seis), em observação ao Art. 20.

§ 3º Será considerado retido/insuficiente para ingresso no ano subsequente o/a


aluno/a que não conseguir atingir média final igual ou superior a 6,0 (seis) em,
no mínimo, duas disciplinas, sendo qualquer uma delas, após terem sido
proporcionadas atividades de recuperação da aprendizagem e avaliação do
Conselho de Classe.

§ 4º No caso de não alcance pelo sujeito de aprendizagem da média final em


uma única disciplina, é necessário ajustes da média final nos documentos
comprobatórios (atas, diário de classe e documentos afins), constando neles as
assinaturas válidas.

§ 5º No processo avaliativo da rede, portanto, não é concebida a possibilidade


de realização da aprovação do sujeito de aprendizagem por meio de exame
final.

Art. 6º Cabe ao/à professor/a realizar registros no diário de classe sobre os


resultados parciais da avaliação da aprendizagem dos/as alunos/as, obtidos por
meio de diversos instrumentos de avaliação durante o processo de
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aprendizagem.

Art. 7º O desempenho dos alunos/as, em todas as atividades escolares,


observando os objetivos próprios de cada componente curricular, será analisado
no Conselho de Classe por todos os profissionais envolvidos no processo de
ensino e de aprendizagem, consistindo, portanto, numa discussão coletiva na
Unidade Escolar.

Art. 8º Para que o/a aluno/a seja considerado aprovado ao final do ano letivo, é
necessário que tenha frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)
sobre o total de horas letivas de efetivo trabalho escolar (conforme LDB
9394/96, art.24, inciso VI) e aproveitamento igual ou superior a 60% (sessenta
por cento) do esperado em cada disciplina, salvaguardadas as exceções
descritas no Art. 20.

Art. 9º A avaliação no Ensino Fundamental deverá proporcionar aos/às


alunos/as:

I – autoavaliação, por meio da reflexão sobre seus avanços e dificuldades,


visando ao seu envolvimento e comprometimento com o processo de produção
histórica singular e coletiva;

II – a obrigatoriedade de estudos de recuperação, paralela ao longo de todo o


percurso formativo do sujeito de aprendizagem, para garantir a apropriação dos
conteúdos/conceitos previstos.

Art. 10 Os instrumentos e os critérios de avaliação serão definidos previamente


no plano de aula.

Art. 11 Os instrumentos utilizados pelo/a professor/a para avaliar a


aprendizagem deverão ser diversificados, como: observação, registro descritivo
e reflexivo, trabalhos individuais e coletivos, portfólios, exercícios, provas orais e
escritas, questionários, relatórios, autoavaliação, produção textual, poética,
pesquisas, dentre outros, tendo em conta a sua adequação à faixa etária e às
especificidades/necessidades de desenvolvimento do sujeito de aprendizagem.

§ 1º Dentre os instrumentos de avaliação utilizados pelo/a professor/a durante o


trimestre, deverá ser feito o registro, no diário de classe, dos resultados de uma
quantidade mínima de avaliações, conforme especificado no artigo 24 desta
Resolução, bem como dos resultados da avaliação realizada para verificar a
recuperação das aprendizagens, quando necessária.

§ 2º No registro dos resultados das avaliações, deverá constar o instrumento


utilizado e a data de sua realização.

Art. 12 Os critérios de avaliação e os elementos/aspectos a avaliar, os valores


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das questões ou dos itens da questão deverão ser informados aos/às alunos/as
por escrito, na apresentação dos instrumentos de avaliação.

Art. 13 Os/As alunos/as terão o direito de conhecer o resultado decorrente de


atividades de avaliação da aprendizagem em um prazo estabelecido no plano de
aula.

Art. 14 O/A professor/a deverá, ao devolver a avaliação, discutir com os/as


alunos/as os seus resultados e colocar em prática o planejamento para a
recuperação das aprendizagens, conforme resultados apresentados.

Art. 15 Na avaliação da aprendizagem, os aspectos qualitativos e quantitativos


deverão ser considerados concomitantemente, pois são indissociáveis, conforme
previsto no Art. 5º desta Resolução.

Art. 16 O/A professor/a deverá solicitar ao gestor/a, ao supervisor/a ou ao


orientador/a escolar a presença dos pais dos/as alunos/as ou responsáveis, na
Unidade Escolar, para resolver problemas relacionados à aprendizagem do/a
aluno/a, em horário compatível com as atividades de ambas as partes e
acompanhado por profissional da equipe pedagógica.

Art. 17 Caberá à Gestão da Unidade Escolar autorizar, preferencialmente num


período de quinze dias após a devolução do instrumento avaliativo, a revisão de
avaliações realizadas pelos sujeitos de aprendizagem, por solicitação dos pais
ou responsáveis.

Art. 18 Caberá à Unidade Escolar assegurar tempos e espaços de reposição


dos conceitos/conteúdos curriculares, ao longo do ano letivo, aos/às alunos/as
com frequência insuficiente e legalmente comprovada, possibilitando a
aprendizagem do/a aluno/a e devendo ser assumida pelo professor responsável
pela área ou pelo componente curricular atinente ao(s) conceito(s)/ conteúdo(s)
curricular(es) a ser(em) aprendido(s)/apropriado(s).

Art. 19 Caberá à Unidade Escolar garantir, a todos/as os/as alunos/as, as


oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas
imprescindíveis para a formação humana, nos termos definidos pela Proposta
Curricular da Rede Municipal de Ensino.

Art. 20 No Ensino Fundamental de nove anos, não haverá retenção do 1º para o


2º ano, exceto nos casos que excederem a 25% de faltas, de acordo com as
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de 9 anos (2013).

Art. 21 O resultado das avaliações será expresso por notas de zero a dez.

Parágrafo único. Poderá acompanhar/complementar as notas do 1° ao 3°


trimestre ou do semestre, no caso da Educação de Jovens e Adultos na rede,
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um parecer descritivo acerca da apropriação/do desenvolvimento dos sujeitos de


aprendizagem, a critério dos professores, quando identificada a relevância dele
à avaliação do(s) aluno(s).

Art. 22 O resultado da avaliação trimestral obedecerá aos seguintes critérios:

I – ao final de cada trimestre, o/a professor/a atribuirá a média dos resultados


obtidos através do uso dos diversos instrumentos previstos e estabelecidos no
seu plano de aula, respeitando o Projeto Político Pedagógico da Unidade
Escolar e as definições desta Resolução;

II – a média trimestral de um a dez será calculada pela média aritmética


conforme o sistema administrativo escolar, obedecendo às regras internacionais
de arredondamento.

Art. 23 Na avaliação de cada componente curricular/área de conhecimento, o/a


aluno/a será considerado aprovado se, no final do ano letivo, obtiver média
anual igual ou superior a 6,0 (seis), em cada uma delas, tendo frequência
mínima de 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total de horas letivas de
efetivo trabalho escolar.

Art. 24 Dentre os diversos instrumentos de avaliação utilizados durante o


trimestre, conforme disposto no Art. 11 desta Resolução, o/a professor/a deverá
planejar o registro, em seu diário de classe, dos resultados de uma quantidade
mínima de avaliações, de acordo com o quadro que segue.

REGISTRO DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES (1º AO 5º ANO)


Disciplina/Área do Quantidade mínima de Mínimo de instrumentos
conhecimento avaliações individuais e sem
consulta
Língua Portuguesa 5 avaliações (sendo 1 de 2
responsabilidade do/a
professor/a de Leitura)
Matemática 5 avaliações 2
Ciências Humanas 3 avaliações 1
Ciências da Natureza 3 avaliações 1
Arte 2 avaliações 1
Música 2 avaliação 1
Educação Física 3 avaliações 1

REGISTRO DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES (6º AO 9º ANO)


Aulas semanais Quantidade mínima de Mínimo de instrumentos
avaliações individuais e sem
consulta
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1 aula 2 avaliações 1
2 aulas 2 avaliações 1
3 aulas 3 avaliações 2
4 aulas 4 avaliações 2
5 aulas 5 avaliações 2

§ 1º Recomenda-se que seja acrescida, à quantidade de avaliações previstas no


quadro supra, uma avaliação interdisciplinar envolvendo áreas, no caso dos
Anos Iniciais, e componentes curriculares, no caso do Anos Finais, a qual
deverá ser definida em consonância com a(s) Atividade(s) Orientadora(s) de
Ensino desenvolvida(s) no período avaliado.

§ 2º Fica assegurada, a cada unidade escolar, a possibilidade de acréscimos em


relação tanto à quantidade mínima de instrumentos avaliativos quanto às
estratégias alternativas e/ou coletivas de avaliação, desde que discutida e
registrada no Projeto Político-Pedagógico das instituições da rede.

§ 3º A autoavaliação – que deve ser utilizada durante todo o processo,


possibilitando ao/à professor/a tomadas de decisão sobre o seu trabalho
pedagógico e aos/às alunos/as a tomada de consciência dos próprios percursos
da aprendizagem, com o objetivo de tomar decisões na busca de ajustes de
conduta – pode, ao ter seus critérios relacionados a pontos, resultar numa nota a
ser registrada no diário de classe, fazendo parte da média trimestral.

Art. 25 Os procedimentos de avaliação adotados pelos/as professores/as e pela


Unidade Escolar serão articulados às avaliações realizadas em nível nacional,
estadual, regional e do município, criadas com o objetivo de subsidiar os
sistemas de ensino e as Unidades Escolares nos esforços de melhoria da
qualidade da educação e da aprendizagem dos/as alunos/as.

Parágrafo Único. A análise do rendimento dos/as alunos/as com base nos


indicadores produzidos por essas avaliações deve auxiliar os sistemas de ensino
e a comunidade escolar com vistas à aprendizagem dos/as alunos/as.

SEÇÃO I – DA AVALIAÇÃO DOS/AS ALUNOS/AS PÚBLICO-ALVO DA


EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 26 Serão considerados/as alunos/as público-alvo da Educação Especial


aqueles educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento/transtornos do neurodesenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, concebendo a transversalidade da Educação
Especial, desde a Educação Infantil ao Ensino Superior, uma vez que “o acesso
à educação tem início na educação infantil, na qual se desenvolvem as bases
necessárias para a construção do conhecimento e do desenvolvimento global do
aluno.” (PNEE, 2008, p. 10).
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§ 1º Alunos/as com deficiência visual: a avaliação deve ser realizada na


modalidade oral e/ou escrita em BRAILE com um profissional habilitado na área.
Recomenda-se, quando da adaptação dos instrumentos avaliativos, que se
utilize materiais com diferentes texturas, adaptação do tamanho das fontes e
letras, traçados das linhas conforme o grau de percepção e estimulação de
todos os sentidos do aluno.

§ 2º Alunos/as com deficiência auditiva: a avaliação deve ser realizada na


modalidade escrita da língua portuguesa e/ou pelos sinais de LIBRAS com
profissional intérprete. Faz-se saber que se considera deficiência auditiva a
perda bilateral, parcial ou total da audição. Recomenda-se, quando da
adaptação dos instrumentos avaliativos, (i) corrigir a produção escrita de
maneira diferenciada, levando em consideração o proposto na Portaria n.º
3284/2003, do MEC, a saber: “flexibilidade na correção das provas escritas [e
demais atividades avaliativas], valorizando o conteúdo semântico”; (ii) indicar a
necessidade da presença do intérprete de LIBRAS, no caso de avaliações em
que o/a aluno/a precisaria comunicar-se oralmente com o grupo – docentes e
discentes; (iii) avaliar continuamente, considerando os diagnósticos iniciais e a
apropriação gradual do conhecimento por parte do/a aluno/a em questão; (iv)
propor avaliações mais objetivas ou realizar avaliações orais com a
interpretação em LIBRAS. Essas avaliações, caso o/a professor/a julgue
necessário, podem ser filmadas ou gravadas em áudio para ficarem registradas.
As avaliações devem ser realizadas com imagens paradas ou em movimento,
textos curtos tendo questões objetivas ou dissertativas com respostas simples.
O professor deve ter conhecimento da estrutura gramatical da Libras.

§ 3º Alunos/as com deficiência intelectual: a avaliação deve ser realizada com o


uso de ilustrações, objetos concretos e/ou recursos tecnológicos. Recomenda-
se, ainda, (i) estabelecimento de articulação com os/as professores/as do/a
aluno/a, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade e das estratégias que promovam a participação desses/as
alunos/as nas atividades escolares e (ii) realização de atividades em conjunto
para avaliar o/a aluno/a.

§ 4º Alunos/as com transtornos globais do desenvolvimento: a avaliação deve


ser realizada utilizando-se de estratégias de comunicação, interação e
comportamento. Recomenda-se flexibilizações avaliativas propostas a partir da
singularidade de cada indivíduo, em consonância com as definições de
avaliação processual e progressiva que são base desta Resolução.

§ 5º Alunos/as com altas habilidades/superdotação: a avaliação deve ser


realizada com atenção às especificidades que caracterizam a(s) alta(s)
habilidade(s)/superdotação do/a aluno/a em avaliação.

§ 6º É importante considerar que as flexibilizações avaliativas devem responder


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a uma construção do trabalho pedagógico do/a professor/a especialista em


Educação Especial em constante diálogo (trabalho colaborativo, em conjunto)
com o coletivo de professores/as da escola e demais profissionais que compõem
a equipe pedagógica. Cabe, nesse sentido, que tais profissionais trabalhem
coletivamente em todos os momentos do trabalho educativo: do planejamento à
avaliação da apropriação/desenvolvimento pelos/dos alunos.

Art. 27 Será realizado estudo de caso e elaboração imprescindivelmente do


Plano de Desenvolvimento Individual – PDI e do Plano Pedagógico
Especializado/Plano Educacional Individual – PPE/PEI no início do ano letivo ou
imediatamente após a matrícula, no prazo de trinta dias.

§ 1º O estudo de caso será realizado por equipe multidisciplinar formada pelos


seguintes profissionais: professores/as regentes do 1° ao 5° ano e
professores/as dos componentes curriculares do 6° ao 9° ano (conforme
disponibilidade de horário), gestor/a, supervisor/a, orientador/a, professor/a de
atendimento educacional especializado, fonoaudiólogo/a e psicólogo/a (os dois
últimos, quando da disposição da Unidade Escolar).

§ 2º Serão consideradas as especificidades de cada aluno/a, a fim de direcionar


a flexibilização de conteúdos e atividades avaliativas a serem realizadas durante
os trimestres pelo/a professor/a regente.

§ 3º As decisões deverão ser registradas em ata, que deverá permanecer na


Unidade Escolar.

§ 4° No caso dos/as alunos/as da Educação de Jovens e Adultos – EJA, mesmo


não tendo laudo, a critério da avaliação da equipe escolar, esta poderá solicitar
um estudo de caso para a equipe formada, de acordo com o Art. 29 § 2° e ao
Departamento de Educação Especial, o que possibilitará atendimento
educacional especializado a esse/a aluno/a.

Art. 28 A divulgação dos resultados da avaliação da aprendizagem dos


alunos/as, matriculados do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, seguirá as
mesmas orientações para os/as demais alunos/as, conforme artigos 18, 22 e 23,
sendo respeitadas as decisões de flexibilização curricular e sendo acrescida de
uma avaliação descritiva, quando necessário.

SEÇÃO II – DA AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS –


EJA

Art. 29 A EJA, na Rede Municipal de Ensino de Balneário Camboriú, organiza-


se em dois segmentos: o 1º segmento, que compreende os Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, e o 2º segmento, que compreende os Anos Finais do
Ensino Fundamental.
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Parágrafo único. O 1º segmento está organizado em cinco etapas semestrais,


com duração de dois anos e meio. 1ª, 2ª e 3ª etapas correspondem à
alfabetização e ao 1°, 2° e 3° anos do ensino regular; a 4ª e 5ª etapas
correspondem ao 4° e 5° anos do ensino regular.

O 2º segmento, que compreende os Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao


9º ano), está organizado em quatro etapas semestrais, que correspondem,
respectivamente: 6ª etapa - 6° ano, 7ª etapa - 7° ano, 8ª etapa - 8°ano e 9ª
etapa - 9° ano, tendo o curso a duração de dois anos. Se o/a aluno/a estiver
apto e dentro das suas capacidades, concluirá o Ensino Fundamental em 4 anos
e meio, asseguradas as três funções da EJA: Função Reparadora, Função
Equalizadora e Função Qualificadora (Parecer CEB n.º 11/2000, p. 9-10).

Quadro de Equivalência abaixo:

ESCOLA ORGANIZAÇÃ CEJA – BALNEÁRIO CAMBORIÚ


REGULAR O DA EJA (2020 em diante)
(até 2020)

1° Ano XXX I SEGMENTO 1° ETAPA (Alfabetização)

2° Ano 1ª etapa 2° ETAPA (Alfabetização)


ETAPAS

3° Ano 2ª etapa INICIAIS 3° ETAPA (Alfabetização)

4° Ano 3ª etapa 4° ETAPA

5° Ano 4ª etapa 5° ETAPA

6° Ano 5ª etapa II SEGMENTO 6° ETAPA

7° Ano 6ª etapa 7° ETAPA


ETAPAS

8° Ano 7ª etapa FINAIS 8° ETAPA

9° Ano 8ª etapa 9° ETAPA


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Art. 30 A avaliação do processo de ensino e de aprendizagem na Educação de


Jovens e Adultos, como parte do currículo, é redimensionadora da ação
pedagógica e seguirá as orientações do Parecer CEB n.º 11/2000.

[...] [a] combinação da faixa etária e nível de conhecimento


exigem professores com carga horária conveniente e turmas
adequadas para se aquilatar o processo obtido, proporcionar a
avaliação contínua, identificar insuficiências, carências,
aproveitar outras formas de superação dos problemas. O perfil
do aluno da EJA e suas situações reais devem se constituir em
princípio da organização do projeto pedagógico dos
estabelecimentos, de acordo com o art.25 da LDB (Parecer CEB
n.º 11/2000, p.).

Art. 31 Os critérios avaliativos deverão obedecer ao definido no Art. 11 desta


Resolução.

Art. 32 A recuperação da avaliação na Educação de Jovens e Adultos na Rede


obedecerá às definições presentes no Capítulo II desta Resolução.

Art. 33 Dentre os diversos instrumentos de avaliação utilizados durante o


processo, o/a professor/a deverá planejar o registro, em seu diário de classe,
dos resultados de uma quantidade mínima de avaliações, de acordo com o
seguinte quadro:

REGISTRO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO


Anos Iniciais (1ª a 5ª etapas)
Resultados Semestrais
Quantidade mínima de Mínimo de instrumentos
Disciplinas/áreas
registros de avaliação individuais e sem consulta
Linguagens 4 avaliações 2
Matemática 4 avaliações 2
Ciências Humanas 4 avaliações 1
Ciências da Natureza 3 avaliações 1
Anos Finais (6ª a 9ª etapas)
Resultados Semestrais
Quantidade mínima de Mínimo de instrumentos
Carga horária semanal
registros de avaliação individuais e sem consulta
4 aulas/Português 4 avaliações 2
4 aulas/Matemática 4 avaliações 2
2 aulas/Ciências 3 avaliações 2
2 aulas/Arte 3 avaliações 2
2 aulas/História 3 avaliações 2
2 aulas/Geografia 3 avaliações 2
2 aulas/Ed. Física 3 avaliações 2
2 aulas/Inglês 3 avaliações 2
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Parágrafo único – será acrescida, à quantidade de avaliações previstas no


quadro supra, uma avaliação interdisciplinar envolvendo as áreas, no caso do
Segmento I, e os componentes curriculares, no caso do Segmento II, a qual
deverá ser definida em consonância com a(s) Atividade(s) Orientadora(s) de
Ensino desenvolvidas no período avaliado, podendo ser composta por uma
avaliação descritiva produzida pelo pedagogo responsável nos dois segmentos.

Art. 34 Com relação à devolutiva da avaliação aos/às alunos/as, emprega-se o


definido no Art. 13 do (parágrafo) 2 desta Resolução, ainda que os resultados da
avaliação do 1º Segmento devam ser divulgados semestralmente, por meio de
notas de um a dez pelo bloco de disciplinas que compreende Ciências da
Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Matemática. Os resultados do 2º
segmento deverão ser divulgados também semestralmente, por meio de notas
de um a dez, em cada componente curricular (Português, Matemática, Ciências,
Arte, História, Geografia, Inglês e Educação Física).

Art. 35 As datas do Conselho de Classe para os dois segmentos seguem o


previsto no calendário escolar, sendo que, para o 1º e 2º segmentos, também
será destinada uma data específica para a realização do pré-conselho e do
Conselho de Classe Final.

Art. 36 Será considerado aprovado o/a aluno/a do 1º e do 2º Segmento que


apresentar média final igual ou superior a 6,0 (seis) em cada área do
conhecimento no caso I Segmento e em cada componente curricular no caso do
II Segmento e cuja frequência seja igual ou superior a 75% (setenta e cinco por
cento), conforme LDB 9394/96, art.24, inciso VI.

Art. 37 Haverá aproveitamento de áreas do conhecimento/componentes


curriculares caso o/a aluno/a (i) comprove por meio do histórico escolar as
disciplinas cursadas em outras instituições de ensino e/ou (ii) a proficiência
parcial ou total das disciplinas pelo Exame Nacional para Certificação de
Competências de Jovens e Adultos – ENCCEJA.

Art. 38 O/A aluno/a regularmente matriculado poderá realizar prova de


reclassificação desde que indicado pelo/a professor/a e autorizado pelo gestor e
por especialistas, acessando a etapa adequada aos resultados obtidos,
mediante parecer da equipe pedagógica da unidade de ensino. Caso o/a aluno/a
não possua documentação comprobatória de escolaridade, a equipe pedagógica
poderá aplicar teste de ingresso (nivelamento), adequando os/as alunos/as às
etapas correspondentes.

CAPÍTULO ll

DA RECUPERAÇÃO PARALELA
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Art. 39 Entende-se recuperação paralela da aprendizagem como um mecanismo


que visa garantir a superação de dificuldades específicas encontradas pelo/a
aluno/a ao longo do processo de aprendizagem dos conteúdos/conceitos. Cabe
ação coletiva e contínua por parte dos/as professores/as e da equipe
pedagógica no sentido de garantir o direito do/a aluno/a à recuperação efetiva
da aprendizagem durante todo o ano letivo.

Art. 40 O/A professor/a deverá utilizar um instrumento específico (Cf. Art. 11),
definido no plano de ensino, para avaliar a aprendizagem do/a aluno/a após os
estudos de recuperação. Tal instrumento deverá recair sobre o(s) aluno(s) que
não alcançou(aram) de modo esperado os objetivos de aprendizagem definidos
no plano de ensino.

§ 1º Não configuram como instrumentos específicos nos termos definidos no Art.


40 estratégias como: (i) aplicação da mesma prova, (ii) refacção/reescrita dela,
(iii) trabalho individual contemplando apenas superficialmente o assunto tratado
e não os conteúdos/conceitos envolvidos no trabalho educativo recuperado, sem
especificação de roteiros e indicações diretas para elaboração e reflexão pelo
aluno, dentre outras estratégias afins.

§ 2º Por estudos de recuperação, compreende-se necessariamente a retomada


pontual dos conteúdos/conceitos trabalhados no decorrer do período avaliado,
com vistas à apropriação e ao aprofundamento da reflexão, envolvendo, sempre
que possível, a turma inteira.

Art. 41 O resultado obtido após estudos de recuperação, em que o/a aluno/a


tenha superado as dificuldades, substituirá a nota anterior referente aos mesmos
objetivos, prevalecendo a maior nota entre os instrumentos utilizados.

Parágrafo Único. Todas as atividades desenvolvidas, visando à recuperação da


aprendizagem dos/das alunos/as, deverão ser devidamente registradas no diário
de classe, sendo considerada a nota dez como nota máxima.

CAPÍTULO lII

DA RECLASSIFICAÇÃO

Art. 42 A reclassificação terá o objetivo de situar o/a aluno/a no ano compatível


com o nível de aprendizagem e com sua idade. Com relação ao processo
reclassificatório, a ênfase recai sobre o nível de aprendizagem apresentado
pelo/a aluno/a, não sendo seu objetivo prioritário a equiparação idade/ano.

Art. 43 A reclassificação realizar-se-á em qualquer ano, exceto no 1° ano dos


Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e dar-se-á:
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I – por transferência, para alunos/as procedentes de outras Unidades Escolares


que não apresentem documentos que comprovem sua escolaridade devido ao
insucesso na busca de documentação ou quando transferidos sem equivalência;

II – quando se constatar apropriação dos conhecimentos que superem os


objetivos de aprendizagem elencados para o/a ano letivo/etapa frequentado/a
pelo/a aluno/a nas áreas (no caso dos Anos Iniciais/Segmento I) ou nos
componentes curriculares (no caso dos Anos Finais/Segmento II), obedecendo-
se o definido no Parágrafo 3º do Art. 5º desta Resolução.

Art. 44 A reclassificação se dará mediante a avaliação realizada pela Unidade


Escolar, independentemente de escolarização anterior, para situar o/a aluno/a
no ano de estudo, observando-se os seguintes critérios:

I – comunicar, via e-mail, o setor Técnico-pedagógico da Secretaria Municipal de


Educação, com 15 (quinze) dias de antecedência, sobre a realização da prova
de reclassificação;

II – avaliação envolvendo a todas/os áreas ou componentes curriculares e os


objetivos de aprendizagem previstos para o período sobre o qual incide a
reclassificação;

III – recomenda-se que o instrumento avaliativo inclua especificamente cada


uma das áreas ou dos componentes curriculares;

IV – no caso dos Anos Iniciais/Segmento I, as áreas de Linguagens (incluindo-se


Arte e Educação Física) e Matemática comporiam 50% do valor total da
avaliação e as demais áreas os outros 50%, distribuídos igualmente, sendo que
a quantidade de questões de cada área deverá ser o dobro das avaliações
aplicadas por trimestre/semestre, conforme Art. 24;

V – fica a critério das Unidades Escolares incluir na avaliação para


reclassificação as contribuições de Leitura e Música, respeitando-se as
especificações do item IV sobre a quantidade de questões e sendo computada a
nota à área de Linguagens;

VI – em relação aos Anos Finais/Segmento II, a quantidade das questões deverá


ser o dobro das aulas/horas letivas semanais previstas para os componentes
curriculares;

VII – no caso específico da área de Linguagens ou do componente curricular


Língua Portuguesa, o instrumento elaborado para reclassificação deverá incluir
uma forma de produção textual escrita, compatível com o período de
desenvolvimento do sujeito de aprendizagem a ser reclassificado, a qual terá
peso de 1/3 do valor total da prova de Linguagens ou de Língua Portuguesa;
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VIII – constituição de uma banca de avaliação, designada pelo/a Gestor/a da


Unidade Escolar, formada, no mínimo, por três professores/as, sob a
coordenação do/a supervisor/a ou orientador/a escolar, responsável pela
reclassificação dos/das alunos/as;

IX – a reclassificação só poderá ser realizada: (i) no caso de aluno da Unidade


Escolar, logo após o período de sondagem/avaliação diagnóstica realizado nos
primeiros 30 (trinta) dias do ano/semestre letivo ou (ii) no caso de alunos recém-
ingressantes na Unidade Escolar, em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da
data da matrícula;

X – a ata de reclassificação (Anexo 1) será assinada pela comissão designada,


administrador/a da Unidade Escolar e Gestor/a.

Art. 45 Os instrumentos de avaliação aplicados nos procedimentos de


reclassificação deverão ser arquivados na pasta individual do/a aluno/a,
constituindo-se documento legal comprobatório da sua matrícula.

CAPÍTULO IV

DO CONSELHO DE CLASSE

Art. 46 O Conselho de Classe, órgão colegiado de natureza deliberativa em


assuntos educacionais, tem por objetivo avaliar, de forma coletiva, a
aprendizagem dos/as alunos/as, bem como a participação dos envolvidos no
processo, cabendo-lhe definir encaminhamentos e alternativas para aprimorar o
processo de ensino e de aprendizagem.

Art. 47 Pela responsabilidade do Conselho de Classe, determina-se que, para


que sejam ratificadas as suas decisões, será necessária a presença de 50%
(cinquenta por cento) + 1 (um) dos integrantes, que são os/as professores/as e a
equipe pedagógica da Unidade Escolar.

Art. 48 A critério da Unidade Escolar, o representante da turma poderá ser


convocado a compor o conselho de classe pontualmente ou sistematicamente,
sendo para isso necessário trabalho de conscientização sobre a natureza e a
função social dessa instância e tal organização deverá estar registrada no
Projeto-Político Pedagógico da Unidade.

Art. 49 São atribuições do Conselho de Classe:

I – a avaliação global do/a aluno/a em relação à sua apropriação de


conceitos/conhecimentos e às suas dificuldades de aprendizagem;
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II – a avaliação/autoavaliação dos envolvidos no trabalho educativo e o


estabelecimento de ações para superar as possíveis dificuldades de
aprendizagem e/ou apropriação de conceitos;

III – a análise do rendimento de cada turma e de cada aluno/a, visando à


melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem e dos encaminhamentos
metodológicos da prática pedagógica;

IV – buscar alternativas, em conjunto, para atender às necessidades imediatas


da classe e de alunos/as que não se apropriaram dos conteúdos/conceitos
previstos.

Art. 49 O planejamento, a execução, a avaliação e a forma de participação do


Conselho de Classe estarão sob responsabilidade dos/as professores/as e da
equipe pedagógica.

Art. 50 O Conselho de Classe reunir-se-á em períodos que possibilitem a


discussão sobre os processos de ensino e de aprendizagem, devendo o Órgão
Central (SEDUC) organizar o calendário escolar, garantindo dois dias
específicos, sendo (i) um pré-conselho de classe, com características
diagnósticas e de intervenções, na metade do trimestre/semestre, e (ii) outro
momento, caracterizado pelo Conselho de Classe em si (comunicação de
resultados, deliberações, socialização de informação, encaminhamentos e ações
pedagógicas) no final do trimestre/semestre.

Art. 51 Caberá à unidade educacional organizar como acontecerão esses dois


momentos, já definidos pelo Órgão Central.

Art. 52 O Conselho de Classe poderá reunir-se extraordinariamente sempre que


um fato relevante assim o exigir, convocado pela Direção da Unidade Escolar ou
por 1/3 (um terço) dos seus integrantes.

Art. 53 O Conselho de Classe será organizado e conduzido pelos especialistas


da equipe pedagógica e pelo/a gestor/a escolar da Unidade Escolar.

Art. 54 As reuniões do Conselho de Classe deverão ser lavradas em ata,


elaboradas preferencialmente pelo/a administrador/a escolar.

Art. 55 As Unidades Escolares deverão encaminhar à Secretaria Municipal de


Educação o Relatório do Conselho Classe no prazo máximo de cinco dias úteis
após a sua realização.

Art. 56 O Conselho de Classe é soberano nas suas decisões, salvaguardada a


definição legal a respeito da frequência escolar, conforme LDB 9394/96, art. 24,
inciso VI.
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Art. 57 O Conselho de Classe é soberano em relação à aprovação do aluno, a


qual será sempre tomada por maioria de votos dos professores presentes,
cabendo a decisão final, em caso de empate, ao/s professor/res da/as
disciplina/as em questão. Em caso de permanência de empate, a decisão fica a
cargo da maioria dos profissionais do magistério presentes no Conselho.

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 58 Casos omissos nesta Resolução serão resolvidos com a orientação da


Secretaria Municipal de Educação.

Art. 59 Revogadas as disposições em contrário, esta Resolução entrará em


vigor à data de sua assinatura.

Balneário Camboriú, 02 de abril de 2024.


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ANEXO 1 (ATA DE RECLASSIFICAÇÃO)

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