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LITÚRGICA
Seminarista Patrick G. Hiller
Siglas e abreviações
CIgC – Catecismo da Igreja Católica
IGMR – Instrução Geral sobre o Missal Romano
NALC – Normas Universais do Ano Litúrgico e Calendário Romano
Geral
SC – Sacrosanctum Concilium (Constituição sobre a Sagrada Liturgia do
Concílio Vaticano II)
O que é a Liturgia?
“A Liturgia é tida como o exercício do múnus sacerdotal de Jesus
Cristo, no qual, mediante sinais sensíveis, é significada e, de modo
peculiar a cada sinal realizada a santificação do homem; e é
exercido o culto público integral pelo Corpo Místico de Cristo,
Cabeça e membros” (SC, n. 7).
O que é a Liturgia?
Em resumo, é a ação pela qual Deus vem ao encontro do
homem, o homem se santifica e pode dar glória a Deus. Em toda
a Liturgia, esta ação, está sempre em movimento.
O que é a Liturgia?
Na Liturgia é Deus que se comunica ao ser humano e o ser
humano entra em comunhão com Deus.
Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente na sua
Igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no
sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro, quanto
sobretudo sob as espécies eucarísticas.
Está presente com o seu dinamismo nos Sacramentos, de modo que,
quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza. Está presente na
sua Palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada
Escritura.
Presença de Cristo na Liturgia
Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu:
“Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no
meio deles” (Mt 18,20).
– Quem celebra?
– Quando celebrar?
– Como celebrar?
– Onde celebrar?
Quem celebra?
A liturgia é obra do Cristo total: cabeça e corpo. Nosso Sumo Sacerdote
a celebra sem cessar na liturgia celeste, com a Santa Mãe de Deus, os
Apóstolos, todos os santos e a multidão dos que já entraram no Reino.
Em uma celebração litúrgica, toda a assembleia desempenha o papel de
“liturgo”, cada qual segundo a sua função. O sacerdócio batismal é de
todo o corpo de Cristo. Mas alguns fiéis são ordenados pelo sacramento
da Ordem para representar Cristo como Cabeça do corpo.
(CIgC 1136-1144)
Como celebrar?
Como celebrar?
A celebração litúrgica comporta sinais e
símbolos que se referem à criação (luz, água,
fogo), à vida humana (lavar, tingir; partir o
pão) e à história da salvação (ritos da Páscoa).
Inseridos no mundo da fé e assumidos pela
força do Espírito Santo, estes elementos
cósmicos, estes ritos humanos, estes gestos
memoriais de Deus, tornam-se portadores da
ação salvadora e santificadora de Cristo.
(CIgC 1145-1155)
Como celebrar?
A liturgia é feita de sinais sensíveis que captamos mediante os
nossos cinco sentidos: Tato, Audição, Visão, Paladar e Olfato.
– Ritos iniciais
– Liturgia da Palavra
– Liturgia Eucarística
– Ritos finais
RITOS INICIAIS
A Eucaristia congrega a comunidade como povo convocado por Deus.
Somos povo convocado por Deus, reunido no amor de Cristo, na
força do Espírito Santo. Podemos assim celebrar a memória do
mistério pascal e nos tornar, cada vez mais, o que como batizados
nunca deixamos de ser: o corpo eclesial de Cristo, chamado a ser na
sociedade o sacramento da unidade de todo o gênero humano (Cf. LG
n. 1).
RITOS INICIAIS
Os ritos iniciais fazem com que os fiéis, reunindo-se em assembleia,
constituam uma comunhão em Cristo e se disponham a ouvir
atentamente a Palavra de Deus e a celebrar dignamente o sacramento
da Eucaristia (Cf. IGMR n. 46).
RITOS INICIAIS
• Assembleia reunida
• Procissão de entrada
• Saudação inicial
• Ato Penitencial
• Glória (nos domingos e Solenidades)
• Oração Coleta
Glória a Deus...
Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós vos
louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos
glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória. Senhor
Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho
de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que
estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só Vós sois o Santo, só
vós, o Senhor, só vós, o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai. Amém.
Oração Coleta
Oremos
Deus eterno e todo-poderoso,
conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes,
para que a fragilidade do rebanho
chegue onde a precedeu a fortaleza do pastor, Jesus Cristo.
Ele, que é Deus, e convosco vive e reina,
na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LITURGIA DA PALAVRA
(IGMR, n. 70)
O silêncio
A Liturgia da Palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a
meditação; por isso deve ser de todo evitada qualquer pressa que
impeça o recolhimento. Integram-na também breves momentos de
silêncio, de acordo com a assembleia reunida, pelos quais, sob a ação
do Espírito Santo, se acolhe no coração a Palavra de Deus e se prepara
a resposta pela oração (IGMR, n. 56).
LITURGIA EUCARÍSTICA
• Breves comunicações
• Saudação e bênção final
• Despedida do povo
• Beijo no altar, inclinação profunda ao altar e retorno à sacristia
RITOS FINAIS
Como membros da comunidade, devemos estar cientes e participar
das iniciativas tomadas pelas pastorais e outros grupos da comunidade.
Daí a importância das comunicações feitas neste momento. Sejam elas
objetivas, claras e devidamente motivadas, para maior envolvimento da
comunidade.
RITOS FINAIS
A bênção final expressa que o mistério celebrado na ação ritual se
prolonga na vida cotidiana do povo em todas as suas dimensões.
Na despedida, ressalta-se a graça do Senhor que nos acompanha no
nosso dia a dia e o culto verdadeiro que o cristão exerce por sua
própria vida (Rm 12,1-2). O rito termina com a aclamação “graças a
Deus” da assembleia, que significa: exultamos por ele nos acompanhar
com sua graça na missão que nos confiou.
Liturgia terrena e Liturgia celeste
Pela Liturgia da terra participamos, saboreando-a já, a Liturgia
celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual, como
peregrinos nos dirigimos. Lá, Cristo está sentado à direita de
Deus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo;
por meio dela cantamos ao Senhor um hino de glória com toda a
milícia do exército celestial, esperamos ter parte e comunhão
com os Santos cuja memória veneramos, e aguardamos o
Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até Ele aparecer como
nossa vida e nós aparecermos com Ele na glória (Cf. SC, n. 8).