Caderno Lupa - Atividade

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PROFISSÕES CADERNO LUPA N.

8, SETEMBRO 2022 31

Formar jovens para trabalhar em


tecnologia é a alternativa para atender
a demanda por novos talentos
Por Walter Hildebrandi (https://olhardigital.com.br/2022/08/04/colunistas/formar-jovens-para-trabalhar-em-tecnologia-e-alternativa-
para-atender-a-demanda-por-novos-talentos/)

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O conceito de cibercultura pode ser utilizado para descrever o aparecimento de novos
modos de ser e de pensar que produzem mudanças cognitivas e sociais por meio da
interação virtual. Ainda que inserida na indústria cultural, a internet tem o potencial
de democratizar o acesso ao conhecimento por meio da criação de novos espaços
de produção, troca e difusão de informações. Comente sobre a ideia de inclusão da
juventude em espaços cibernéticos.
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“O que os jornais chamam de Era da Informação nada mais é que o atestado de óbito

2 da cultura de massa — um estilo de vida que surgiu com Gutenberg, no século XV, e foi
a tônica da Revolução Industrial. Até hoje você foi obrigado a assistir ao mesmo filme
que o vizinho, ler o mesmo jornal que outros 200 mil assinantes, comer o mesmo molho
de tomate industrializado e a usar uma calça jeans do mesmo modelo do seu amigo de
trabalho. Esse tempo está chegando ao fim”.
BARREIRA, W. Era da informação: Tudo ao mesmo tempo agora. Superinteressante. n. 84, set. 1994.

O texto acima, escrito em 1994, realizava uma previsão acerca dos efeitos da Era da Informação na
sociedade atual. Nessa perspectiva, as transformações tecnológicas propiciaram:
A) a concessão total de liberdade ao indivíduo
B) o fim da padronização cultural
C) o aumento da interatividade digital
D) a desregulação da moda
E) o declínio das transformações técnicas

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A letra da música de Gilberto Gil trata da rede de comunicação existente no
mundo e sugere a importância dessa rede para a inclusão digital, do ponto de vista
socioeconômico.

Pela Internet Eu quero entrar na rede pra contactar


Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Criar meu web site Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Fazer minha home-page Que lá na praça Onze tem um videopôquer para
Com quantos gigabytes se jogar
Se faz uma jangada GILBERTO GIL. Disco Quanta. Warner Music, 1997 (adaptado).
Um barco que veleje

[...]

Eu quero entrar na rede


Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut acessar
O chefe da milícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão
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A relação entre a exclusão socioeconômica e a digital está apresentada na seguinte assertiva:

A) A digital desencadeia a socioeconômica, pela relação direta entre a existência de ampla tecnologia
da informação e comunicação e a realidade dos países subdesenvolvidos.
B) A socioeconômica desencadeia a digital, por existir maior investimento dos países subdesenvolvidos
no acesso à tecnologia de informação e comunicação, portanto, maior inclusão.
C) A socioeconômica desencadeia a digital, pois há relação igualitária entre países desenvolvidos e
subdesenvolvidos quanto ao acesso à tecnologia de informação e comunicação e à inclusão.
D) A digital desencadeia a socioeconômica, à medida que o acesso às tecnologias de informação e
comunicação se dá de forma mais estruturada nos países subdesenvolvidos.
E) A socioeconômica desencadeia a digital, por haver uma relação desfavorável quanto ao menor
acesso dos países subdesenvolvidos à tecnologia de informação e comunicação.

4 O Reino Unido anunciou no começo do ano a criação de um Ministério da Solidão.


Muita gente achou graça do que parecia ser uma medida burocrática para combater
um problema exclusivo do Primeiro Mundo. No entanto, nos Estados Unidos, 20% da
população afirma sofrer com a solidão. No Reino Unido, essa é a situação de 1/3 das pessoas acima
dos 50 anos. Hoje sabemos que a solidão é o gatilho para uma série de problemas de saúde. Para
muitos, assumir a condição de que se precisa de mais contato humano do que efetivamente se
consegue ter é a maior das derrotas. As redes sociais e os aplicativos de mensagem facilitaram os
laços em grupos, comunidades e outras agremiações e a Internet ampliou a nossa capacidade de
comunicação de forma inédita. Seja por vídeo, voz ou texto, estamos todos a distância de poucos
cliques ou toques. Nunca estivemos tão próximos uns dos outros. No entanto, estamos diante de
uma das ambiguidades do nosso tempo: a mesma tecnologia que nos conecta está cada vez mais nos
afastando do verdadeiro convívio com o outro.

Com relação ao uso das redes sociais e aplicativos de comunicação digitais, trazendo como efeito a
solidão, é correto afirmar, EXCETO:

A) A solidão reinventada tem também outros fatores que ajudam a montar esse mosaico, como a
ascensão da inteligência artificial, a automação de serviços e o próprio ambiente por vezes hostil da
rede, que mais afasta do que aproxima.
B) O celular virou a rota de fuga para todo momento de tédio, aborrecimento ou que simplesmente
parece não merecer a sua atenção integral. Essa fuga reforça a ideia de que, mesmo na companhia
de outros, só prestamos atenção ao que nos interessa.
C) Um sintoma dessa verdadeira epidemia de solidão é a normalização da ideia de que, a todo o
momento, temos direito a ter uma experiência personalizada. Ficamos então acostumados com o
fato de que tudo o que vemos foi selecionado previamente para atender os nossos gostos.
D) O uso das redes sociais e aplicativos de mensagens não tem nenhuma relação com o problema
da solidão, pois este sentimento humano é algo que está sempre sob o domínio da vontade e dele
pode-se sair a qualquer momento, em qualquer situação.
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(The state of agricultural commodity markets. Agricultural trade, climate change and food security. Roma: FAO, 2018. Disponível em
http://www.fao.org/3/I954 2EN/i9542en.pdf.)

Muitos autores anunciam o fim da globalização econômica e indicam que parte do comércio global
de mercadorias pode estar com os seus dias contados depois da pandemia da Covid19. Contudo,
o comércio internacional de mercadorias, especialmente agrícolas, é ainda hoje relevante para o
abastecimento de muitos mercados nacionais.

Com base nos gráficos acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta:

A) A economia chinesa é, em grande parte, dependente das importações de commodities agrícolas,


sendo o Brasil importante parceiro comercial de suas importações.
B) A economia brasileira não tem nas commodities agrícolas importante ponto de sua pauta de
exportação, porque 5,7% das exportações mundiais representam uma cifra muito pequena.
C) Apesar de sua extensão territorial relativamente pequena, o Japão é um dos maiores produtores
de commodities agrícolas, destacando-se a produção voltada para o mercado latino-americano.
D) A União Europeia não depende do mercado mundial de mercadorias, porque o valor total de suas
exportações é aproximadamente igual ao valor total de suas importações.
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(ENEM) Entre as promessas contidas na ideologia do processo de globalização da
economia estava a dispersão da produção do conhecimento na esfera global, expectativa
que não se vem concretizando. Nesse cenário, os tecnopolos aparecem como um
centro de pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia que conta com mão de obra
altamente qualificada. Os impactos desse processo na inserção dos países na economia global deram-
se de forma hierarquizada e assimétrica. Mesmo no grupo em que se engendrou a reestruturação
produtiva, houve difusão desigual da mudança de paradigma tecnológico e organizacional. O
peso da assimetria projetou-se mais fortemente entre os países mais desenvolvidos e aqueles em
desenvolvimento.
BARROS, F. A. F. Concentração técnico-científica: uma tendência em expansão no mundo contemporâneo: Campinas: Inovação Uniemp, v. 3, n°1 jan./fev. 2007

Diante das transformações ocorridas, é reconhecido que:

A) A inovação tecnológica tem alcançado a cidade e o campo, incorporando a agricultura, a indústria


e os serviços, com maior destaque nos países desenvolvidos.
B) Os fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas têm desacelerado, obedecendo ao
novo modelo fundamentado em capacidade tecnológica.
C) As novas tecnologias se difundem com equidade no espaço geográfico e entre as populações que
as incorporam em seu dia a dia.
D) Os tecnopolos, em tempos de globalização, ocupam os antigos centros de industrialização,
concentrados em alguns países emergentes.
E) O crescimento econômico dos países em desenvolvimento, decorrente da dispersão da produção
do conhecimento na esfera global, equipara-se ao dos países desenvolvidos.

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