2020-03 - Veglia Dehon. PT

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Dia de Oração pelas Vocações

Dehonianas
14 de março – Dia do nascimento de Padre Dehon

«O que vos digo na escuridão dizei-o à luz do dia; o que escutais


ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!» (Mt 10, 27)

Introdução

Março sempre foi para nós, membros da Família Dehoniana, um mês especial. Além de
celebramos a festa da Anunciação do Senhor, festa do Ecce Venio e do Ecce Ancilla,
recordamos com alegria dois momentos importantes da vida de nosso fundador: seu
nascimento e seu batismo.

E hoje, porque celebramos o nascimento de Padre Dehon, além de ser uma ocasião para
«fazer memória de um homem que, através da sua abordagem de Deus e da sua
compreensão do Reino de Deus, gerou um movimento que ainda hoje continua e envolve
muitas pessoas pertencentes à Família Dehoniana» (J. O. CARVALHO, Carta por ocasião do
nascimento de Padre Dehon, 2015), e uma oportunidade para conhecer melhor a rica
personalidade e a sua profunda experiência de fé, somos convidados a rezar pelas
vocações dehonianas: rogar ao Senhor da messe que mande operários, novas vocações,
religiosas e laicais, que possam levar adiante o carisma que padre Dehon nos deixou como
legado.

Assim, o texto que segue foi preparado para ajudar nossas comunidades e grupos com
quem partilhamos nosso carisma a viverem este dia como uma ocasião para agradecer a
Deus pela vida de Padre Dehon, aprofundar o conhecimento sobre sua personalidade e
experiência de fé e rezar pelas vocações dehonianas.

Exposição do Santíssimo Sacramento

Silêncio

1
AGRADECIMENTO

Leitor 1. «Neste momento de adoração queremos recordar nosso fundador como dom de
Deus para cada um de nós. Sua experiência espiritual marcou as nossas vidas. Nossa
passagem por este mundo é marcada pelo carisma desse homem de Deus. Agradeçamos
a Deus por esse dom com nosso louvor e adoração». (VVAA, Dehonianos em Oração,
p.144).

L2. Homem incansável, de grande bondade, Padre Dehon edificou sua vida e missão
vivendo uma fé genuína e profunda. Amar e Reparar foram as suas grandes preocupações.

L3. Aos seus religiosos pediu a reparação eucarística, uma missão na Igreja e pela Igreja.
Pediu a reparação social, por meio da justiça e da caridade, para implantar no mundo a
«civilização do amor».

L2. Sua vida foi moldada na contemplação do lado aberto de Cristo na Cruz. Viveu a
disponibilidade e a oblação. Com grande equilíbrio entre a vida espiritual e o ardor
apostólico, se empenhou para alcançar a perfeição religiosa e sacerdotal.

L3. Instaurar o Reino do Coração de Jesus nas almas e na sociedade foi o seu grande
sonho.

Texto bíblico (Eclo 44, 1-4;10-11; 13-15)

Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações. O
Senhor deu-lhes uma glória abundante, desde o princípio do mundo, por um efeito de sua
magnificência. Eles foram soberanos em seus estados, foram homens de grande virtude,
dotados de prudência. As predições que anunciaram adquiriram-lhes a dignidade de
profetas: eles governaram os povos do seu tempo e, com a firmeza de sua sabedoria,
deram instruções muito santas ao povo.
Estes, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. E,
graças a eles, também os seus filhos. Sua descendência permanece para sempre, e sua
glória jamais se apagará. Seus corpos serão sepultados na paz e seu nome dura através
das gerações. Os povos proclamarão a sua sabedoria, e a assembleia vai celebrar o seu
louvor.

2
Salmo 113 (112)

Ant. Do nascer do sol até o seu ocaso,


louvado seja o nome do Senhor!

– Louvai, louvai, ó servos do Senhor, *


louvai, louvai o nome do Senhor!
– Bendito seja o nome do Senhor, *
agora e por toda a eternidade!
– Do nascer do sol até o seu ocaso, *
louvado seja o nome do Senhor!

– O Senhor está acima das nações, *


sua glória vai além dos altos céus.
= Quem pode comparar-se ao nosso Deus, †
ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono *
e se inclina para olhar o céu e a terra?

– Levanta da poeira o indigente *


e do lixo ele retira o pobrezinho,
– para fazê-lo assentar-se com os nobres, *
assentar-se com os nobres do seu povo.
– Faz a estéril, mãe feliz em sua casa, *
vivendo rodeada de seus filhos.

Ant. Do nascer do sol até o seu ocaso,


louvado seja o nome do Senhor!

Silêncio (Meditação pessoal com as palavras de padre Dehon).

«Eis o que nosso Senhor nos pede: uma vida de abnegação, de sacrifício, de renúncia à
nossa vontade e inclinações naturais e de total abandono de todo o nosso ser. Não
devemos procurar senão o amor e a vontade de Nosso Senhor, consolar o seu Coração e
oferecer-lhe reparações mediante uma fé viva e autêntica, um amor puro e
desinteressado, sacrificando tudo e esquecendo-nos de nós mesmos com confiança filial.
Abandonemo-nos à sua vontade e à sua misericórdia, deixando que ele faça tudo. Sejamos
como o instrumento nas mãos do artista, deixando-nos guiar segundo a sua vontade».
(PADRE DEHON, Diretório Espiritual, 26).

«Esse Coração sagrado amou-nos para além de qualquer medida, podemos dizer que até
à loucura. Poderíamos acaso permanecer insensíveis a tanto amor? Poderíamos recusar

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a este Coração que tanto nos amou aquilo que com todo direito nos pede: o amor
reciproco, a gratidão, a completa doação de nós mesmos, a consolação e a reparação para
desagravá-lo da indiferença e ingratidão de um tão grande número de almas e até do povo
eleito?». (PADRE DEHON, Diretório Espiritual, 66).

Oração (Pela beatificação de Padre Dehon)

Bendito sejais, Deus de bondade,


que, por meio de vosso servo Leão Dehon,
enriquecestes a Igreja
com uma nova família religiosa.
A beatificação de vosso servo
seja para o louvor de vossa glória.
A seu exemplo,
tornai-nos profetas do amor
e ministros da reconciliação
no Coração de vosso Filho.
O seu caminho seja seguido
por santos discípulos,
que levem ao mundo
a alegria do vosso Evangelho.
E a nossa vida, ó Pai,
unida à de Jesus nosso Senhor,
santificada na graça do Espírito Santo,
seja uma oblação agradável a vós,
para a salvação do mundo.
Amém.

Canto

4
APROFUNDAR

L1. Padre Dehon, antes da sua morte, apontando para a imagem do Sagrado Coração de
Jesus disse: «Para Ele vivo, para Ele morro!» Neste segundo momento de nossa adoração,
contemplando Jesus no Santíssimo Sacramento, queremos recordar que «nosso instituto
tem sua origem na experiência de fé vivida por Padre Dehon» (Cst 2), e que Padre Dehon
espera de seus religiosos, «que sejam profetas do amor e ministros da reconciliação da
humanidade e do mundo, em Cristo (cf. 2Cor 5,18)» (Cst 7).

(Sugestão: Meditar, com trechos selecionados, a carta de P. Carlos Luis Suárez Codorniú, por
ocasião do nascimento de Padre Dehon, 2020).

Texto bíblico (Mt 10, 27)

Naquele tempo, depois de havê-los instruídos, Jesus disse aos seus discípulos: O que vos
digo na escuridão dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre
os telhados!

Salmo 96 (95)

Ant. Cantai ao Senhor Deus um canto novo,


Manifestai os seus prodígios entre os povos!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,


Cantai ao Senhor Deus, ó Terra inteira!
Cantai e bendizei Seu Santo Nome!

Dia após dia anunciai Sua salvação,


Manifestai a Sua glória entre as nações,
E entre os povos do Universo Seus prodígios!

A família das nações, dai ao Senhor,


Ó nações, dai ao Senhor poder e glória,
Dai-Lhe a glória que é devida ao Seu Nome!
Oferecei um sacrifício nos Seus átrios.

Adorai-O no esplendor da santidade,


Terra inteira, estremecei diante Dele!
Publicai entre as nações: 'reina o Senhor!'
Pois os povos Ele julga com justiça.

5
Ant. Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
Manifestai os seus prodígios entre os povos!

Silêncio (Meditação pessoal com números de nossa Constituição)

Cst. 147: «Certos da indefectível fidelidade de Deus, e enraizados no amor de Cristo,


sabemos que nossa opção pela vida religiosa, para se manter viva, exige o encontro
assíduo com o Senhor na oração, conversão permanente ao Evangelho, e disponibilidade
de coração e de atitudes, para acolher o Hoje de Deus».

Cst. 3: «Nesse amor de Cristo, que aceita a morte como doação suprema de sua vida pela
humanidade e como obediência filial ao Pai, é que Padre Dehon vê a fonte da salvação. Do
Coração de Cristo, aberto na cruz, nasce o homem do coração novo, animado pelo Espírito
Santo e unido aos irmãos na comunidade de amor, que é a Igreja».

Cst. 21: «Com o apostolo São João, vemos no Lado aberto do Crucificado o sinal do amor
que, na doação total de si mesmo, recria o homem segundo Deus. Contemplando o
Coração de Cristo, símbolo privilegiado desse amor, somos fortalecidos em nossa
vocação. Somos, com efeito, chamados a inserir-nos nesse movimento de amor redentor,
doando-nos aos irmãos, com Cristo e como Cristo. ‘Nisto conhecemos o Amor: ele deu a
sua vida por nós. E nós também devemos dar a nossa vida pelos irmãos’ (1Jo 3,16)».

Oração (pelas missões)

Pai Nosso, o teu filho unigênito Jesus Cristo


ressuscitado de entre os mortos
confiou aos seus discípulos:
«ide e fazei discípulos todos os povos».
Recorda-nos que através do batismo
nos tornamos participantes da missão da Igreja.
Pelos dons do Espírito Santo, concedei-nos a Graça
de ser testemunhas do Evangelho,
corajosos e vigilantes,
para que a missão confiada à Igreja,
ainda longe de estar realizada,
possa encontrar novas e eficazes expressões
que levem vida e luz ao mundo.
Ajudai-nos, Pai Santo,
a fazer que todos os povos

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possam encontrar-se com o amor
e a misericórdia de Jesus Cristo,
Ele que é Deus convosco, e vive e reina
na unidade do Espírito Santo, agora e para sempre. Amém.

Canto

7
REZAR

L1. A jornada de oração pelas vocações dehonianas proposta para este dia 14 de março,
além de nos ajudar a renovar nosso sim e «compreender que uma vocação assim tão bela
exige um grande fervor e uma generosidade ilimitada» (PADRE DEHON, Testamento
Espiritual), nos convida a intensificar, não somente hoje, nossas orações por muitas e
santas vocações, sobretudo dehonianas.

L2. «Nenhuma vocação nasce por si e nem vive para si mesma. A vocação brota do
Coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno»
(PAPA FRANCISCO, 51º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, 2014)

Canto: Mitte, domine, operarios in messem tuam: messis quidem multa, operarii autem
pauci.

Texto bíblico (Lc 6, 12-16)

Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus.
Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome
de apóstolos: Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João;
Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; Judas,
filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.

Salmo 139 (138)

Ant. Como são admiráveis, Senhor, os vossos pensamentos!

Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser, *


sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento: *
Vós me vedes quando caminho e quando descanso,
Vós observais todos os meus passos.

Ainda a palavra me não chegou à língua *


e já, Senhor, a conheceis perfeitamente.
Por todos os lados me envolveis *
e sobre mim pondes a vossa mão.

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Prodigiosa ciência, que não posso compreender, *
Tão sublime que não posso alcançar
Onde poderei ocultar-me ao vosso espírito? *
Onde evitarei a vossa presença?
Se subir ao céu, Vós lá estais; *
se descer aos abismos, ali Vos encontrais.

Se voar nas asas da aurora, *


se habitar nos confins do oceano,
mesmo ali a vossa mão me guiará *
e a vossa direita me sustentará.

Se disser: «Talvez as trevas me hão-de ocultar *


e a luz, em volta de mim, se fará noite»,
nem as trevas, para Vós, têm obscuridade: *
a noite brilha como o dia
e a escuridão é clara como a luz.

Vós formastes as entranhas do meu corpo *


e me criastes no seio de minha mãe.
Eu Vos dou graças
por me haverdes feito tão maravilhosamente: *
admiráveis são as vossas obras.

Vós conhecíeis já a minha alma *


e nada do meu ser Vos era oculto,
quando secretamente era formado, *
modelado nas profundidades da terra.

Ainda em embrião se viam as minhas obras


e já meus dias estavam marcados no vosso livro;
estavam escritos e fixados, *
ainda antes que um só deles existisse

Como são difíceis, meu Deus, os vossos desígnios! *


Incalculável é o seu número.
Se os quisesse contar, seriam mais numerosos que a areia *
e, se pudesse chegar ao fim, estaria ainda convosco.

Sondai-me, ó Deus, e vede o meu coração, *


ponde-me à prova e conhecei os meus pensamentos.
Vede que não ande por mau caminho, *
conduzi-me pelo caminho da eternidade

9
Ant. Como são admiráveis, Senhor, os vossos pensamentos!

Silêncio (Meditação pessoal com texto do Diretório Espiritual).

A ESCOLHA DOS APÓSTOLOS (P. LEÃO DEHON, Coroas de Amor – Incarnação, Paixão,
Eucaristia, trad. P. José Jacinto Ferreira de Farias, Estudos Dehonianos, p.49).

«Foi Nosso Senhor que escolheu os seus apóstolos. Aí reside a sua força e a fonte da sua
confiança. É também um grande favor que os obriga à gratidão e ao amor.

Toda a vocação vem diretamente do Sagrado Coração


Antes de escolher os seus apóstolos, Nosso Senhor passa a noite em oração; é aos suspiros
do seu Coração, às suas angústias acerca da salvação das almas, ao ardor do seu zelo, à
sua oração, que as vocações apostólicas devem a sua existência.

Vós, todos que sois apóstolos do Sagrado Coração, soi-lo pela predileção e pelo especial
apelo do Sagrado Coração. Nunca houve nem pode haver vocação religiosa, sacerdotal,
apostólica, que não seja sobrenatural. Todos vós deveis receber uma graça particular para
o apostolado a que sois destinados. Não sentis como esta graça brota desta oração
noturna, desta vigília prolongada que Nosso Senhor fez sobre a montanha, antes de
escolher os seus apóstolos? Julgais que, então, Ele pensava apenas nos doze que ia
chamar? Não, Ele pedia ao seu Pai a graça do apostolado para todos aqueles que deviam
contribuir para expandir o seu reino e, em particular, para os apóstolos do seu Coração.

Abramos os nossos corações à influência desta oração, peçamos ao Coração de Jesus que
nos faça responder completamente a este apelo, que nos faça compreender tudo aquilo a
que somos chamados.

Ao mesmo tempo que é uma fonte de graças, esta oração é também um exemplo para nós.
Se concorremos para a formação do clero, quer nas escolas apostólicas, quer nos
seminários, teremos muitas vezes de escolher apóstolos, determinar vocações.
Lembremo-nos da oração do Coração de Jesus, rezemos e gemamos longamente aos seus
pés, para obter a luz necessária; que a nossa escolha se decida na oração calma, recolhida
e solitária, numa oração onde apenas se escuta Deus.

Aquele que recebe o chamamento divino deve viver numa contínua união com o Sagrado
Coração; de outro modo corre o risco de perder a sua vocação. Uma vocação que nasceu
no Sagrado Coração, só aí se pode conservar. Ela vive, mantém-se e desenvolve-se no
Sagrado Coração, como o peixe vive na água e a ave no céu.

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Resolução: Jesus amou-me e escolheu-me; a minha vocação apostólica nasceu no seu
Coração, é aí também que ela deve conservar-se e desenvolver-se. É aí que eu devo
procurar a luz, a força e toda a direção».

Oração (pelas vocações)

Jesus, mestre divino,


que chamastes
apóstolos a vos seguirem,
continuai a passar
pelos nossos caminhos,
pelas nossas famílias,
pelas nossas escolas
e continuai a repetir o convite
a muitos dos nossos jovens.
Dai coragem às pessoas convidadas.
Dai força para que vos sejam fiéis
na missão de apóstolos leigos,
sacerdotes, religiosos e religiosas,
para o bem do Povo de Deus
e de toda a humanidade.
Amém.

Canto – Tão sublime

Benção do santíssimo

Canto Mariano

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