2020-03 - Veglia Dehon. PT
2020-03 - Veglia Dehon. PT
2020-03 - Veglia Dehon. PT
Dehonianas
14 de março – Dia do nascimento de Padre Dehon
Introdução
Março sempre foi para nós, membros da Família Dehoniana, um mês especial. Além de
celebramos a festa da Anunciação do Senhor, festa do Ecce Venio e do Ecce Ancilla,
recordamos com alegria dois momentos importantes da vida de nosso fundador: seu
nascimento e seu batismo.
E hoje, porque celebramos o nascimento de Padre Dehon, além de ser uma ocasião para
«fazer memória de um homem que, através da sua abordagem de Deus e da sua
compreensão do Reino de Deus, gerou um movimento que ainda hoje continua e envolve
muitas pessoas pertencentes à Família Dehoniana» (J. O. CARVALHO, Carta por ocasião do
nascimento de Padre Dehon, 2015), e uma oportunidade para conhecer melhor a rica
personalidade e a sua profunda experiência de fé, somos convidados a rezar pelas
vocações dehonianas: rogar ao Senhor da messe que mande operários, novas vocações,
religiosas e laicais, que possam levar adiante o carisma que padre Dehon nos deixou como
legado.
Assim, o texto que segue foi preparado para ajudar nossas comunidades e grupos com
quem partilhamos nosso carisma a viverem este dia como uma ocasião para agradecer a
Deus pela vida de Padre Dehon, aprofundar o conhecimento sobre sua personalidade e
experiência de fé e rezar pelas vocações dehonianas.
Silêncio
1
AGRADECIMENTO
Leitor 1. «Neste momento de adoração queremos recordar nosso fundador como dom de
Deus para cada um de nós. Sua experiência espiritual marcou as nossas vidas. Nossa
passagem por este mundo é marcada pelo carisma desse homem de Deus. Agradeçamos
a Deus por esse dom com nosso louvor e adoração». (VVAA, Dehonianos em Oração,
p.144).
L2. Homem incansável, de grande bondade, Padre Dehon edificou sua vida e missão
vivendo uma fé genuína e profunda. Amar e Reparar foram as suas grandes preocupações.
L3. Aos seus religiosos pediu a reparação eucarística, uma missão na Igreja e pela Igreja.
Pediu a reparação social, por meio da justiça e da caridade, para implantar no mundo a
«civilização do amor».
L2. Sua vida foi moldada na contemplação do lado aberto de Cristo na Cruz. Viveu a
disponibilidade e a oblação. Com grande equilíbrio entre a vida espiritual e o ardor
apostólico, se empenhou para alcançar a perfeição religiosa e sacerdotal.
L3. Instaurar o Reino do Coração de Jesus nas almas e na sociedade foi o seu grande
sonho.
Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações. O
Senhor deu-lhes uma glória abundante, desde o princípio do mundo, por um efeito de sua
magnificência. Eles foram soberanos em seus estados, foram homens de grande virtude,
dotados de prudência. As predições que anunciaram adquiriram-lhes a dignidade de
profetas: eles governaram os povos do seu tempo e, com a firmeza de sua sabedoria,
deram instruções muito santas ao povo.
Estes, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. E,
graças a eles, também os seus filhos. Sua descendência permanece para sempre, e sua
glória jamais se apagará. Seus corpos serão sepultados na paz e seu nome dura através
das gerações. Os povos proclamarão a sua sabedoria, e a assembleia vai celebrar o seu
louvor.
2
Salmo 113 (112)
«Eis o que nosso Senhor nos pede: uma vida de abnegação, de sacrifício, de renúncia à
nossa vontade e inclinações naturais e de total abandono de todo o nosso ser. Não
devemos procurar senão o amor e a vontade de Nosso Senhor, consolar o seu Coração e
oferecer-lhe reparações mediante uma fé viva e autêntica, um amor puro e
desinteressado, sacrificando tudo e esquecendo-nos de nós mesmos com confiança filial.
Abandonemo-nos à sua vontade e à sua misericórdia, deixando que ele faça tudo. Sejamos
como o instrumento nas mãos do artista, deixando-nos guiar segundo a sua vontade».
(PADRE DEHON, Diretório Espiritual, 26).
«Esse Coração sagrado amou-nos para além de qualquer medida, podemos dizer que até
à loucura. Poderíamos acaso permanecer insensíveis a tanto amor? Poderíamos recusar
3
a este Coração que tanto nos amou aquilo que com todo direito nos pede: o amor
reciproco, a gratidão, a completa doação de nós mesmos, a consolação e a reparação para
desagravá-lo da indiferença e ingratidão de um tão grande número de almas e até do povo
eleito?». (PADRE DEHON, Diretório Espiritual, 66).
Canto
4
APROFUNDAR
L1. Padre Dehon, antes da sua morte, apontando para a imagem do Sagrado Coração de
Jesus disse: «Para Ele vivo, para Ele morro!» Neste segundo momento de nossa adoração,
contemplando Jesus no Santíssimo Sacramento, queremos recordar que «nosso instituto
tem sua origem na experiência de fé vivida por Padre Dehon» (Cst 2), e que Padre Dehon
espera de seus religiosos, «que sejam profetas do amor e ministros da reconciliação da
humanidade e do mundo, em Cristo (cf. 2Cor 5,18)» (Cst 7).
(Sugestão: Meditar, com trechos selecionados, a carta de P. Carlos Luis Suárez Codorniú, por
ocasião do nascimento de Padre Dehon, 2020).
Naquele tempo, depois de havê-los instruídos, Jesus disse aos seus discípulos: O que vos
digo na escuridão dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre
os telhados!
Salmo 96 (95)
5
Ant. Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
Manifestai os seus prodígios entre os povos!
Cst. 3: «Nesse amor de Cristo, que aceita a morte como doação suprema de sua vida pela
humanidade e como obediência filial ao Pai, é que Padre Dehon vê a fonte da salvação. Do
Coração de Cristo, aberto na cruz, nasce o homem do coração novo, animado pelo Espírito
Santo e unido aos irmãos na comunidade de amor, que é a Igreja».
Cst. 21: «Com o apostolo São João, vemos no Lado aberto do Crucificado o sinal do amor
que, na doação total de si mesmo, recria o homem segundo Deus. Contemplando o
Coração de Cristo, símbolo privilegiado desse amor, somos fortalecidos em nossa
vocação. Somos, com efeito, chamados a inserir-nos nesse movimento de amor redentor,
doando-nos aos irmãos, com Cristo e como Cristo. ‘Nisto conhecemos o Amor: ele deu a
sua vida por nós. E nós também devemos dar a nossa vida pelos irmãos’ (1Jo 3,16)».
6
possam encontrar-se com o amor
e a misericórdia de Jesus Cristo,
Ele que é Deus convosco, e vive e reina
na unidade do Espírito Santo, agora e para sempre. Amém.
Canto
7
REZAR
L1. A jornada de oração pelas vocações dehonianas proposta para este dia 14 de março,
além de nos ajudar a renovar nosso sim e «compreender que uma vocação assim tão bela
exige um grande fervor e uma generosidade ilimitada» (PADRE DEHON, Testamento
Espiritual), nos convida a intensificar, não somente hoje, nossas orações por muitas e
santas vocações, sobretudo dehonianas.
L2. «Nenhuma vocação nasce por si e nem vive para si mesma. A vocação brota do
Coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno»
(PAPA FRANCISCO, 51º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, 2014)
Canto: Mitte, domine, operarios in messem tuam: messis quidem multa, operarii autem
pauci.
Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus.
Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome
de apóstolos: Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João;
Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; Judas,
filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.
8
Prodigiosa ciência, que não posso compreender, *
Tão sublime que não posso alcançar
Onde poderei ocultar-me ao vosso espírito? *
Onde evitarei a vossa presença?
Se subir ao céu, Vós lá estais; *
se descer aos abismos, ali Vos encontrais.
9
Ant. Como são admiráveis, Senhor, os vossos pensamentos!
A ESCOLHA DOS APÓSTOLOS (P. LEÃO DEHON, Coroas de Amor – Incarnação, Paixão,
Eucaristia, trad. P. José Jacinto Ferreira de Farias, Estudos Dehonianos, p.49).
«Foi Nosso Senhor que escolheu os seus apóstolos. Aí reside a sua força e a fonte da sua
confiança. É também um grande favor que os obriga à gratidão e ao amor.
Vós, todos que sois apóstolos do Sagrado Coração, soi-lo pela predileção e pelo especial
apelo do Sagrado Coração. Nunca houve nem pode haver vocação religiosa, sacerdotal,
apostólica, que não seja sobrenatural. Todos vós deveis receber uma graça particular para
o apostolado a que sois destinados. Não sentis como esta graça brota desta oração
noturna, desta vigília prolongada que Nosso Senhor fez sobre a montanha, antes de
escolher os seus apóstolos? Julgais que, então, Ele pensava apenas nos doze que ia
chamar? Não, Ele pedia ao seu Pai a graça do apostolado para todos aqueles que deviam
contribuir para expandir o seu reino e, em particular, para os apóstolos do seu Coração.
Abramos os nossos corações à influência desta oração, peçamos ao Coração de Jesus que
nos faça responder completamente a este apelo, que nos faça compreender tudo aquilo a
que somos chamados.
Ao mesmo tempo que é uma fonte de graças, esta oração é também um exemplo para nós.
Se concorremos para a formação do clero, quer nas escolas apostólicas, quer nos
seminários, teremos muitas vezes de escolher apóstolos, determinar vocações.
Lembremo-nos da oração do Coração de Jesus, rezemos e gemamos longamente aos seus
pés, para obter a luz necessária; que a nossa escolha se decida na oração calma, recolhida
e solitária, numa oração onde apenas se escuta Deus.
Aquele que recebe o chamamento divino deve viver numa contínua união com o Sagrado
Coração; de outro modo corre o risco de perder a sua vocação. Uma vocação que nasceu
no Sagrado Coração, só aí se pode conservar. Ela vive, mantém-se e desenvolve-se no
Sagrado Coração, como o peixe vive na água e a ave no céu.
10
Resolução: Jesus amou-me e escolheu-me; a minha vocação apostólica nasceu no seu
Coração, é aí também que ela deve conservar-se e desenvolver-se. É aí que eu devo
procurar a luz, a força e toda a direção».
Benção do santíssimo
Canto Mariano
11