Os Clerigos Nativos Yoruba Barretti 2013
Os Clerigos Nativos Yoruba Barretti 2013
Os Clerigos Nativos Yoruba Barretti 2013
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O título é tema de uma aula curricular do curso da Funaculty – “Cultura e Teologia Yorùbá
Comparada”, por nós ministrado desde 1979. Mais dados em http://funaculty.blogspot.com.
2
Escritor, pesquisador e professor da religião tradicional yorùbá e da afro-brasileira. Bàbálórìsà do
candomblé Kétu (Bahia) reafricanizado Ilé Àse Ode Kitálesi (em São Paulo, Brasil) e Asojú Oba Alákétu
(em Kétu no Benin). Odontólogo e presidente da Funaculty – “Fundação de Apoio ao Culto e Tradição
Yorùbá no Brasil.” Mais detalhes em http://pt.wikipedia.org/wiki/Aulo_Barretti_Filho.
3
Cf. em http://aulobarretti.wordpress.com/orisaismo.
4
Church Mission Society.
5
Pierre Fatumbí Verger. Orixás, Salvador, Ed. Corrupio, 1981, p.15.
6
Samuel Ajayi Crowther. A Dictionary of the Yoruba language, Ibadan, CMS, Oxford University Press,
1980 (1843, 1852) (1937, 1950) [1913-1950].
1
http://aulobarretti.files.wordpress.com
7
E. M. Lijadu, Ifá: Imole Re ti Ise Ipile Isin ni Ile Yorùbá, Ado-Ekiti (1898), Omolayo S. Press of
Nigéria, 1972.
8
Routledge & Kegan Paul Ltda, London, 1973.
9
New York, Athelia H. Press, (1948) 2001.
10
Ibadan, Longman Group, 1977. 1ª Ed. 1962 (1960).
11
Cf. John A. I. Bewaji, “Olodumare: God in Yoruba Belief and the Theistic Problem of Evil.” In:
African Studies Quartely, http://www.africa.ufl.edu/asq/v2/v2i1a1.htm, 1998; ou na tradução de Luiz L.
Marins, em http://culturayoruba.wordpress.com/olodumare-deus-na-crenca-ioruba-e-o-problema-teista-
do-mal.
2
http://aulobarretti.files.wordpress.com
1976, seu mandato é descrito por alguns como um dos mais agitadores na história da
Igreja Metodista da Nigéria.
J. Omosade Awolalu foi o autor de Yoruba Beliefs and Sacrificial Rites12, era
colega, amigo e seguidor de Idowu (seu orientador).
P. Ade Dopamu é autor do livro Exu: O Inimigo Invisível do Homem13.
Conhecido cristão e ativista, nesse livro promove a apologia de que Èsù é o mesmo ou o
próprio diabo cristão. Jamais o Òrìsà Èsù pode ser comparado à divindade do mal
absoluto, ao diabo e/ou satã das religiões cristãs e/ou muçulmanas, É de se estranhar
que uma editora de um sacerdote nativo da tradicional religião yorùbá no Brasil, tenha
traduzido e publicado um livro dessa natureza.
“Um fato muito importante e que deveria ser totalmente condenável é que
sempre que se “estuda” ou se faz “pesquisa” no campo das religiões comparadas, os
parâmetros e referenciais são sempre os do cristianismo, do islamismo e de outras
religiões para a religião tradicional dos yorùbá. A recíproca, infelizmente, nunca é
verdadeira, pois se assim o fosse, com certeza teríamos inúmeras e novas variáveis a
serem avaliadas, para o bem da religião tradicional yorùbá e de suas descendentes.” 14
Todos esses livros e autores aqui arrolados falam da religião tradicional dos
òrìsà. Porém, há que se ter extremo cuidado nos conceitos e conclusões que chegarem,
pois são todos ativistas de outras religiões que, mesmo sendo nativos yorùbá, não estão
preocupados com a religião tradicional, e sim em criar meios e subterfúgios de
compará-las às suas próprias religiões, criticando assim a religião dos òrìsà e induzindo
o leitor a aceitar as religiões que usam como parâmetro como as únicas e verdadeiras
religiões.
Algo que também almejamos é inverter esses parâmetros, a partir da aceitação e
promulgação do conceito universal do Òrìsàísmo.
12
Yoruba Beliefs and Sacrificial Rites, London, Logman Group, 1979.
13
Exu: O Inimigo Invisível do Homem, São Paulo, Editora Oduduwa, 1991(1986).
14
Aulo Barretti Filho. “Òsóòsì e Èsù, os Òrìsà Alákétu”. In: Dos Yorùbá ao Candomblé Kétu - Origens,
Tradições e Continuidade. Aulo Barretti Filho (Org.) São Paulo, Edusp, 2010, pp. 132-134.