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A alface (Lactuca sativa) é uma hortaliça anual ou bienal cultivada desde o ano 500 a.C..

Proveniente
do mediterrâneo, a alface pode ser cultivada de várias formas, mas os cultivos convencional e
hidropônico merecem destaque. Atualmente, existem inúmeras variedades de alface, com formas,
tamanhos, texturas e cores diferentes. Todas saborosas, especialmente em saladas.

Clima

A alface se desenvolve melhor sob temperaturas entre 10°C e 24°C. Entretanto, há cultivares de
alface resistentes ao frio e ao calor, o que permite o seu cultivo em regiões com temperaturas mais
baixas ou mais elevadas. Já as variedades de alface comuns florescem precocemente quando
cultivadas em regiões com altas temperaturas.

Solo

Para cultivar alface, o solo deve apresentar boa drenagem, boa fertilidade e boa carga de matéria
orgânica. Além disso, ele deve apresentar boa disponibilidade de hidrogênio e pH de 6 a 7. Vale
destacar que a alface também pode ser cultivada sem solo (cultivo hidropônico).

Luminosidade

Pela manhã, a alface deve receber boa luminosidade. Já nas horas mais quentes do dia, a hortaliça
deve receber sombra parcial para que suas folhas não queimem com os fortes raios solares. A
instalação de sombrites garante à alface o sombreamento necessário.

Irrigação

A irrigação da alface deve ser frequente, mas com o cuidado de não encharcar o solo. Este deve se
manter apenas úmido para que a hortaliça não apodreça.

Colheita

A colheita de alface ocorre entre 60 e 90 dias de acordo com a variedade. Para colher a hortaliça,
deve ser observada a sua cor. Além disso, as suas folhas devem ser volumosas. A hortaliça deve ser
colhida com as raízes.

Cultivo convencional de alface

O cultivo convencional de alface é realizado em canteiros, onde devem ser abertas covas com
profundidade de 10 cm e largura de 8 cm. Em cada cova, devem ser distribuídas três sementes de
alface. Em seguida, elas devem ser cobertas com solo adubado. Após 15 dias, ocorre a germinação.
No início, a irrigação deve ser feita com intervalo de um dia.

Cultivo hidropônico de alface

Faça pequenos orifícios, nos tubos PVC, com a distância de 15 cm entre eles. Fixe os tubos na parede
ou faça uma estrutura onde encaixá-los. Deixe um desnível nos tubos para facilitar o escoamento da
água. Tampe os tubos, coloque a bomba no reservatório de água e faça a conexão da mangueira na
bomba.

Uma ponta da mangueira deve ser colocada no orifício da tampa dos tubos. Na outra ponta da
mangueira, deve ser colocada uma segunda mangueira para direcionar a solução nutritiva até o
reservatório. Envolva a muda de alface em uma espuma e a coloque em um recipiente de plástico
com furos. Encaixe cada recipiente em cada orifício dos tubos. Adicione a solução nutritiva nos
recipientes e ligue a bomba.

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Irrigação por aspersão

Após o levantamento dos canteiros, deve ser instalado o sistema de irrigação a ser utilizado, ou seja,
por aspersão ou por gotejamento. A irrigação por aspersão geralmente é montada no espaçamento
12×12 m entre os aspersores. Fazer vistorias frequentes, eliminando os vazamentos nas conexões,
com isso, aumenta- se a eficiência e uniformidade da irrigação e reduz-se o consumo de água e
energia elétrica.

Por outro lado, no sistema de Irrigação por gotejamento é instalado dois tubos gotejadores por
canteiro, com gotejadores voltados para cima e espaçamento máximo de 30 cm. Deve ser instalada
uma válvula de final de linha para reduzir o risco de entupimento.

Após a instalação do sistema de irrigação e antes de instalar o mulching, deve-se testar o sistema,
para eliminação de possíveis vazamentos e avaliação da uniformidade de aplicação da água.
Irrigás

Utilizar para monitoramento da umidade do solo com o objetivo de determinar quando e quanto
irrigar. Recomendamos a utilização do Irrigás, desenvolvido pela Embrapa Hortaliças, por ser um
equipamento de baixo custo e de fácil instalação e utilização.

Recomenda-se um profissional habilitado para elaboração do projeto do sistema de irrigação.

Um projeto bem elaborado permitirá a redução de custos de implantação e manutenção durante


toda a vida útil do sistema.
Mulching

A cobertura de plástico sobre o solo, conhecida como “mulching”, é colocada sobre o canteiro após a
instalação e teste da irrigação.

Geralmente usa-se o plástico de 160 cm para canteiros que terão uma largura útil de 0,9 a 1,0 m.
Inicialmente é feita uma pequena vala de 10 a 15 cm de profundidade, ao longo das duas margens do
canteiro.

Desenrola-se o filme de plástico a cada 10 m, para ser esticado no sentido do comprimento e da


lateral, e acrescenta-se terra sobre as bordas com auxílio de enxadas. Em seguida, faz-se a
compactação com os pés para evitar que o plástico se solte com o vento.

Deve-se usar plástico de boa qualidade. Fazer a instalação do plástico nos canteiros nas horas mais
quentes do dia, para que o mesmo fique bem esticado, tomando o cuidado de fixá-lo bem.
Tipos de Mulching

No mercado existem diferentes tipos de mulching tais como: MP – mulching preto, o mais utilizado
pelo menor preço, MPB – mulching preto e branco e MPP – mulching preto e prateado.

Principais benefícios proporcionados pela utilização do mulching: elimina as plantas invasoras,


evitando as capinas evita perdas da água de irrigação, melhor aproveitamento dos nutrientes pelas
plantas e melhor desenvolvimento uniforme, e evita sujar as plantas. O mulching preto e branco
e mulching preto e prateado previnem a incidência de pragas e doenças.

Transplantio

Deve ser feito quando as mudas estiverem com 20 a 25 dias após a semeadura, ou entre quatro a
cinco folhas definitivas. O transplantio das mudas deve ser realizado nas horas mais frias do dia, com
solo úmido, de forma que a terra cubra apenas o torrão formado pelo substrato.

O transplantio das mudas na modalidade de plantio com mulching é feito diretamente no canteiro,
antes da colocação do mulching. Muitos produtores alegam que a técnica de aterramento total do
furo do mulching, previne a saída de ar quente que pode queimar a muda.

Adubação Complementar/Fertirrigação

No plantio convencional, utiliza-se a adubação complementar via solo, comumente denominada de


adubação de cobertura. Visa fornecer nutrientes principalmente à base de nitrogênio nos estágios
em que a planta mais necessita, uma vez que esse nutriente facilmente sai do alcance das raízes.

Recomenda-se utilizar preferencialmente o sulfato de amônio, na dosagem de 20g/m², aos 15 dias


após o pegamento das mudas. Repetir essa operação a cada 15 dias, vendo o estágio nutricional das
plantas.

Essas deficiências podem ainda ser supridas com a adubação foliar, utilizando ureia, na concentração
de 1,0%. Deve-se intercalar com as adubações de cobertura. Em períodos de alta temperatura e
consequentemente, rápido desenvolvimento das plantas, pode ocorrer a deficiência de cálcio,
causando uma queima nas bordas das folhas mais novas.

Esse fenômeno é chamado de “tip burn”. Para prevenir, recomenda-se a utilização de adubos foliares
à base de cálcio.
Fertirrigação

No plantio com mulching ou túnel/mulching utiliza-se a adubação complementar via água,


denominada Fertirrigação. É uma técnica de aplicação simultânea de fertilizantes e água. Ambos, no
sistema de irrigação por gotejamento. É uma das maneiras mais eficientes e econômicas de aplicar
fertilizantes às plantas, devido principalmente à economia de mão de obra.

A recomendação é a mesma para adubação complementar via solo. No entanto, na escolha do


fertilizante a ser utilizado, deve-se levar em conta a solubilidade, o custo e a compatibilidade entre os
sais a serem misturados na solução, tendo em vista a possibilidade de formação de compostos
insolúveis com riscos de entupimentos dos gotejadores.

A BRS Leila é uma cultivar híbrida de alface do tipo crespa, com tolerância ao florescimento precoce
(pendoamento), característica que aumenta a sustentabilidade do cultivo dessa cultura em regiões
tropicais. A cultivar apresenta ainda ampla adaptação aos diferentes sistemas de produção, podendo
ser cultivada tanto em campo aberto como em cultivo protegido. Em função do formato cônico, ela
também pode ser cultivada no sistema de produção hidropônico.

A folhagem de BRS Leila tem coloração verde-oliva brilhante, ornamentada com um vistoso padrão
recortado das margens foliares. As plantas apresentam porte médio e caule grosso, conferindo
facilidade na colheita e adequada manipulação pós-colheita. Quando cultivada dentro dos
espaçamentos preconizados, a cultivar produz pés com peso variando entre 700 e 800g. Em regiões
de clima mais quente, o seu ciclo é de 35 dias e, em locais de clima mais ameno, de 45 dias.

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