Larissa Souza Nogueira - Estilos de Liderança

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LARISSA SOUZA NOGUEIRA

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ESTILOS DE LIDERANÇA
ESTILOS DE LIDERANÇA E SUA EFETIVIDADE NAS
EMPRESAS

BELO HORIZONTE
2022
LARISSA SOUZA NOGUEIRA

ESTILOS DE LIDERANÇA
ESTILOS DE LIDERANÇA E SUA EFETIVIDADE NAS
EMPRESAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em Administração.

Orientador: Flávia

BELO HORIZONTE
2022
LARISSA SOUZA NOGUEIRA

ESTILOS DE LIDERANÇA
ESTILOS DE LIDERANÇA E SUA EFETIVIDADE NAS
EMPRESAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Administração.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Belo Horizonte, 09 de Maio de 2022


NOGUEIRA, Larissa. Estilos de liderança: Estilos de liderança e sua efetividade nas
empresas. 2022. 26 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Administração) – Pitágoras, Belo Horizonte, 2022.

RESUMO

A motivação é um fator que influência diretamente na relação entre chefia e


subordinados, da mesma forma que sem a mesma pode-se abster-se de resultados
e bons relacionamentos na empresa. Essa pesquisa visa conhecer os principais
estilos de liderança nas empresas, os seus benefícios e malefícios e de que forma
pode-se afetar diretamente no comportamento e resultados para a organização. O
trabalho teve por objetivo maior demonstras a importância de um líber bem
preparado e motivado nas organizações. A metodologia utilizada para desenvolver
este estudo é caracterizada como pesquisa de revisão bibliográfica, que é uma
pesquisa qualitativa e descritiva. Contudo, o presente trabalho buscou mostrar que
colaboradores motivados tendem a serem mais produtivos e a trazerem mais
resultados para as empresas, porém é necessário que a frente tenha-se um bom
líder, que faz com que desperte diariamente essa motivação em sua equipe.

Palavras-chave: Liderança. Motivação. Organização. Colaboradores. Empresas.


NOGUEIRA, Larissa. Leadership styles: Leadership styles and their effectiveness in
companies. 2022. 26 sheets. Completion of course work (Bachelor's Degree in
management) – Pitágoras, Belo Horizonte, 2022.

ABSTRACT

Motivation is a factor that directly influences management and subordinates, as well


as results and good relationships in the company. This aims to know the main
leadership styles in companies, their benefits and harms and how they are directly
formed in behavior and results for the organization. The main objective of the work was
to demonstrate the importance of a well-prepared and motivating liber in organizations.
The methodology used to develop this study is like a literature review research, which
is a qualitative and descriptive research. However, the motivating work shows that
employees are more productive and bring more results to companies, but it is
necessary that the front has a good leader, who makes that motivation arouse daily in
his team.

Keywords: Leadership. Motivation. Organization. Employees . Companies.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
2. OS BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS CAUSADOS POR CADA ESTILO DE
LIDERANÇA NAS EMPRESAS .................................................................................... 8
3. COMO A MOTIVAÇÃO DE UM LÍDER PODE TRAZER MELHORIAS PARA
EMPRESA E COLABORADORES. ............................................................................ 13
4. A LIDERANÇA PODE SER UMA HABILIDADE DE INSPIRAR PESSOAS. ....... 18
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 23
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 24
7

1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa aborda o tema Estilos de Liderança nas empresas, seus


benefícios e malefícios. Liderança é considerada a habilidade de motivar, influenciar,
inspirar e comandar um grupo de pessoas a fim de atingir objetivos. A natureza e o
exercício da liderança têm sido foco de pesquisas do homem ao longo da sua história.
A condução de um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera
resultados, é chamada de liderança. É a habilidade de motivar e influenciar os
liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com
entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização.
Este tema foi selecionado, pois guarda em si importante aspecto relacionado à
escolha adequada de liderança para cada seguimento empresarial, visando-se bom
desempenho dos colaboradores, e assim trazendo-se bons resultados. É essencial a
realização dessa pesquisa para mostrar que lideranças preocupadas e
comprometidas com essa evolução, podem desenvolver capacidades que permitem
uma comunicação mais eficaz na relação com o indivíduo, com a equipe e com as
demais áreas, visando melhoria na qualidade de relacionamentos e promoção da
excelência profissional, pessoal, da equipe e da organização como um todo.
O problema dessa pesquisa consistiu em analisar como os líderes podem
influenciar no desempenho da organização e dos colaboradores, analisando as
predominantes formas de estilos de liderança. A liderança assume um papel
importantíssimo dentro de uma organização, uma vez que os objetivos tendem a
serem concluídos com qualidade e tempo reduzido, sem que comprometa a
organização.
O objetivo principal desse estudo foi: conhecer os estilos de liderança nas
empresas. Como objetivos secundários compreender os benefícios e malefícios
causados por cada estilo de liderança; analisar como a motivação de um líder pode
trazer melhorias para empresa e colaboradores; demonstrar como a liderança pode
ser uma habilidade de inspirar as pessoas.
A metodologia dessa pesquisa caracterizou-se em revisão bibliográfica, no
período de 1982 a 2022. Abordou-se para essa pesquisa: citações, livros, bibliotecas
digitais e artigos. Os descritores que utilizou-se ao longo da pesquisa foram:
"liderança", "motivação" e "organizações".
8

2. OS BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS CAUSADOS POR CADA ESTILO DE


LIDERANÇA NAS EMPRESAS

Para se entender o sucesso de uma organização, é importante conhecer os


estilos de liderança. A liderança está presente em todos os momentos e situações,
seja na vida pessoal ou organizacional. A discussão sobre liderança e os tipos de
líderes da atualidade surgiu da necessidade de compreender estes modelos e a sua
importância nas organizações.
No livro O Monge e o Executivo, Hunter (2004, p. 25) define a liderança como
“Habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando
atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”. A liderança tem
como base influências as pessoas e motivá-las a realizar um objetivo que pode ser
como ou desejado. Sabe-se que um indivíduo demonstra sua capacidade de liderar
não apenas por suas próprias características pessoais, mas na situação da qual se
encontra.
Já para Chiavenato (2008), “Ser líder é o processo de conduzir um grupo de
pessoas. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados para que contribuam da
melhor forma com os objetivos do grupo ou da organização”. Sendo assim entende-
se que a liderança eficaz deve estar sempre atenta ao modelo de gestão, pois a
queda das empresas, muitas vezes, está na continuidade do modelo de gestão.
Muitas delas quando chegam ao sucesso mantém o formato que lhes deu bons
resultados e se acomodam, ou seja, não buscam inovar ou trazer algo diferente que
agregue valor à empresa. É preciso manter a empolgação, a autoestima, criatividade
e intensidade, mesmo quando obtiver sucesso. Se as pessoas perdem isso, há
possibilidade de declínio.
É comum ouvir falar que é preciso motivar os colaboradores da organização,
no entanto sabemos que a questão central não está na motivação dos
colaboradores, mas em não desmotivá-los. Isso prova a importância do líder e a sua
habilidade executiva que é escolher as pessoas certas e colocá-las nas posições
certas.
Na teoria sobre os estilos de liderança Chiavenato (2003, p.124) afirma que
"São teorias que estudam a liderança em termos de estilos de comportamento do
líder em relação aos seus subordinados. A abordagem dos estilos de liderança se
refere àquilo que o líder faz, isto é, o seu comportamento de liderar". Pode-se
entender que na teoria dos estilos de liderança que é primordial que um líder saiba
se comportar em meio às situações cotidianas, estando ali lidando diretamente com
os colaboradores diariamente. Neste contexto, o estudo sobre a abordagem do estilo
foi elaborado pelos pesquisadores White e Lippitt e tem como objetivo detectar o tipo
de comportamento que identifica um líder.
Na Liderança Autocrática o líder procura promover sua autoimagem por meio
do autoritarismo nas decisões, sem considerar as opiniões de seus liderados, o que
ele espera é que suas decisões sejam seguidas cegamente. As tarefas realizadas
pelos liderados, na maioria das vezes, são sobre pressão, mostrando assim sinais
de tensão, frustração e agressividade.
Essa liderança propriamente dita se caracteriza pelo controle de um indivíduo,
o líder, sobre todas as decisões, e por poucas ou nenhuma sequer consulta às
opiniões dos membros da equipe. Habitualmente, os líderes autocráticos fazem
escolhas com base nos seus próprios julgamentos e ideias, e raramente são abertos
9

a ouvir conselhos dos seguidores, dar ou receber feedbacks. A liderança autocrática


envolve controle absoluto e autoritarismo sobre um grupo.
Nesse estilo de liderança não existe promoção da participação efetiva da
equipe nos projetos, o líder toma sozinho todas as decisões necessárias e ainda
costuma oprimir seus subordinados. Ele sempre conduz os processos com muito
vigor e energia, mas, como não valoriza e exalta os conhecimentos, resultados e
competências dos subordinados, acaba-se criando um ambiente de trabalho no qual
os profissionais são cobrados excessivamente. Isso causa certo desconforto e limita
a performance do grupo como um todo.
Blanchard (2007) afirma que " a chave para uma liderança de sucesso é a
influência e não a autoridade." Entende-se com essa colocação do escritor que,
porque alguém é classificado como líder não significa que ele esteja apto à liderar.
Há benefícios e malefícios nesse estilo. Por exemplo, em tempo de crise líderes
autocráticos conseguem chegar aos resultados de forma mais rápida e eficaz.
Todavia, enfraquecem a capacidade criativa dos liderados e podem afetar a
qualidade do clima organizacional drasticamente. A liderança autocrática traz
algumas vantagens para a organização que a utiliza, como por exemplo: os
processos de trabalho tem tendência a ficarem mais simples e mais produtivos
(quando o líder se encontra presente) , maior velocidade na tomada de decisão,
diminuição do estresse da equipe (porque o líder tem o controle total) e ainda os
subordinados podem se tornar altamente qualificados a executar certas tarefas.
Porém, em vários outros casos, a liderança autocrática pode ser bastante
desvantajosa e trazer consigo diversos problemas, como por exemplo: diminuição da
moral e motivação dos colaboradores por não poderem contribuir com suas ideias,
se houver por parte do líder abuso do poder, os subordinados passam a vê-lo como
controlador, ditador, opressor e começam a ficar ressentidos, pode ocorrer falta de
soluções criativas para os problemas que surgirem por exemplo, aumento do
estresse para o líder (a longo prazo) pela concentração de tomada de decisões toda
e somente nele, se o líder se ausentar pode haver perda de produtividade pois os
membros não tomam suas próprias decisões sozinhos.
Já a liderança democrática é caracterizada pelo modo de liderar, no qual o
gestor envolve seus colaboradores em quase todos as discussões, planos e
processos da empresa ou setor no qual está inserido. Nela, as responsabilidades
são distribuídas para todos os colaboradores da equipe, que participam da tomada
de decisões juntamente com o líder. O líder procura ter a uniformidade entre a
equipe e o trabalho a ser realizado, percebendo a necessidade de cada um, dando
abertura para o diálogo do grupo por meio da comunicação, assim auxiliando na
resolução de problemas, sugerindo ideias e dando melhores soluções. As tarefas
são exercidas pelos liderados com qualidade, responsabilidade, comprometimento e
satisfação, onde todos se sentem parte do objetivo alcançado.
Walton (1992) diz que "grandes líderes mudam de estilo para levantar a
autoestima de suas equipes, e que se as pessoas acreditarem nelas mesmas, é
impressionante o que elas conseguirão realizar". A partir dessa afirmação consegue-
se concluir que uma equipe motivada pelo seu líder, e tendo ali alguém que acredita
no potencial dos liderados as equipes são capazes de chegar a lugares talvez nunca
imaginado, tendo um bom rendimento, trazendo bons resultados e trabalhando com
entusiasmo. Uma ótima maneira de entender o conceito de liderança democrática é
traduzindo a estrutura da palavra. No caso, democracia é formada por demos (que
significa povo) + kratos (que significa poder). Dessa forma, pode-se entender que
10

um sistema democrático fornece ao seu povo o poder de se posicionar em prol de


um contexto ou sociedade e influenciar decisões que atenda às necessidades de
todos.
A liderança democrática tornou-se popular nas últimas décadas, mas tem seu
início entre os anos 1930 e 1940. Foi quando o pesquisador comportamental Kurt
Lewin conduziu estudos que ajudaram a identificar o valor do estilo de liderança
democrática nas organizações. Para aplicar esse estilo de liderança democrática, o
gestor tem que saber ouvir os colaboradores bem como compartilhar as tarefas com
os mesmos, por outro lado, os membros da equipe também devem ser treinados e
capacitados de modo que possam contribuir de maneira adequada para o bom
andamento do exercício do trabalho e dos processos gerenciais.
Ainda que pareça um modelo de liderança perfeito, é necessário ter atenção
ao colocar a liderança democrática em prática, isso porque, uma gestão
essencialmente focada na construção coletiva, se não for muito bem conduzida,
pode se converter em um ambiente de estagnação, em que muito se fala, mas
pouco se faz. Dessa forma, o uso do estilo de liderança democrática funciona de
maneira mais eficaz em equipes pouco mais experientes a construir soluções
coletivas de forma pragmática. Entretanto, levando estes pontos em consideração,
podemos dizer, também, que o líder democrático tende a se dar bem em
praticamente todas as esferas de uma empresa, e em organizações com as mais
diferentes visões e valores.
A liderança democrática é uma ótima saída quando as situações do ambiente
de trabalho mudam com frequência para ter a flexibilidade necessária para se
adaptar às melhores maneiras de realizar as tarefas. Ao aplicar a liderança
democrática, é importante que o líder saiba atuar sem arrogância nem
superioridade, devendo mostrar-se acessível e interessado ao bom desempenho
dos colaboradores participando e cooperando do desenvolvimento como um todo.
Encorajar a participação através do exemplo é um bom método de atingir isto.
Em vez de centralizar todas as decisões, o líder deve delegar tarefas para poder
usufruir de todo o potencial de cada um dos seus comandados. Com exercícios de
estimulação e delegando tarefas desafiadoras, segundo o nível de cada colaborador
podendo descobrir as aptidões de cada um dos trabalhadores em sua equipe. Welch
(2004) afirma que "antes de você ser um líder, o sucesso tem tudo a ver com
crescer. Quando você se torna um líder, o sucesso tem tudo a ver com o
crescimento dos outros." A partir dessa afirmação compreende-se que como líder,
seu trabalho passa a ser ajudar os outros, compartilhando sua experiência e
sabedoria para ajudá-los a crescer.
Porém, como qualquer tomada de decisão em um ambiente corporativo, a
liderança democrática tem seus pós e contras, as vantagens desse modelo de
liderança são os liderados mais satisfeitos, decisões mais assertivas, a confiança e
identificação aumentam, há mais criatividade e inovação entre os membros da
equipe, liderados aumentam seu comprometimento e proatividade, maior abertura
para compartilhar conhecimento, ocorre o compartilhamento de uma visão de futuro.
Mas olhando pelo lado negativo temos algumas desvantagens, dentre elas uma
perda na velocidade em que as decisões são tomadas, algumas decisões são
tomadas com pouco embasamento, nem sempre a melhor ideia acaba vencendo,
parte dos subordinados se sente desconfortável com algumas situações.
A terceira principal forma de gerir uma empresa é a liderança liberal. Esse tipo
de liderança é conhecido como delegativo ou Laissez-Faire e se afasta
11

completamente da gestão autoritária, sendo pautada na liberdade dos colaboradores


perante sua prestação de serviços e atividades. Nesse caso, a liberalidade é
colocada em prática com a possibilidade dos colaboradores tomarem decisões,
escolherem a forma de trabalho e atuarem e com base em suas possibilidades da
forma como lhes é mais conveniente.
Sinek (2019) diz em um de seus livros “Quando um líder decide se importar
com as pessoas, e não só com números, as pessoas o seguem, para resolver os
problemas que precisam. Elas se esforçam para transformar a visão do líder em
realidade, de uma maneira estável, não com pressa.” Tendo-se uma ligação da
afirmação autor com o contexto da liderança liberal, observa-se a importância do
líder deixa a decisão para a equipe, ele só se manifesta quando solicitado, seu
comportamento frente aos liderados é sutil e sem firmeza, as tarefas exercidas não
são relevantes quanto a qualidade e a quantidade, levando os liderados a
demostrarem sinais de individualismo, agressividade, insatisfação. Este é um estilo,
que dependendo das circunstancias ao qual será aplicada e do grau de maturidade
dos liderados, poderá surtir resultados negativos, pois o líder não obtém o respeito
da equipe e suas decisões podem ser ignoradas por ter dado grande abertura para
decisões individuais ou do grupo.
Esse tipo de gestão é caracterizado, principalmente, pela concessão de maior
liberdade aos colaboradores na realização de suas tarefas diárias, permitindo maior
uso da criatividade dos empregados e pautando-se na proatividade. O principal
papel do gestor que atua com base nesse modelo é a estipulação das metas e dos
objetivos para que elas se tornem possíveis. Outros aspectos são o oferecimento de
apoio no surgimento de dificuldades que possam surgir durante a execução das
ações laborais.
Esse tipo de liderança depende de um líder que tenha plena confiança nos
colaboradores que lhe prestam serviços e que podem ter liberdade sem que isso se
traduza na falta de atenção ou responsabilidade na prestação das atividades. A
liderança liberal depende, necessariamente, de um líder que inspire confiança em
sua equipe ao mesmo tempo em que confie nela. Isso porque é ele quem deve
montar as equipes e se responsabilizar sobre as decisões tomadas, o que exige um
bom gerenciamento de processos. A equipe espera por orientação, motivação e
conhecimento, sendo assim os líderes têm que ser como professores, inspirarando
seus subordinados sempre, levando-os a melhoria diária.
Existem diversas vantagens que podem ser aproveitadas pelas equipes e
pelas empresas que adotam o estilo de liderança que dá liberdade de atuação aos
colaboradores. Quando colocada em prática da forma correta, a liderança nesses
moldes pode trazer excelentes resultados à empresa, como aumento da
produtividade e até mesmo do engajamento na realização das atividades. Isso se
deve, em muito, pelo sentimento de confiança e de importância dos seus
conhecimentos pelos quais os colaboradores são tomados.
A Liderança Laissez-faire segundo Kurt Lewin (1935), pode ser eficaz em
situações em que os membros do grupo são altamente qualificados, motivados e
capazes de trabalhar por conta própria. Uma vez que estes membros do grupo são
especialistas e têm o conhecimento e habilidades para trabalhar de forma
independente, eles são capazes de realizar tarefas com muito pouco informações.
Esta autonomia pode ir sendo fornecida para alguns membros do grupo ajudando
assim a se sentirem mais satisfeitos com o seu trabalho. O estilo laissez-faire pode
ser usado em situações em que as pessoas têm grande paixão e são muito
12

motivadas pelo seu trabalho. Embora o termo laissez-faire implica uma abordagem
onde o líder é imparcial, ele continua disponível para os membros do grupo para
sanar dúvidas e promover feedbacks.
Porém, a Liderança Laissez-faire não é ideal em situações em que os
membros do grupo não têm o conhecimento ou a experiência de que necessitam
para executar as tarefas e tomar decisões. Algumas pessoas não são boas em
definir os seus próprios prazos, gerenciar seus próprios projetos, e resolver os
problemas por conta própria. Em tais situações, os projetos podem seguir para um
caminho diferente do planejado e os prazos podem ser estourados quando os
membros da equipe não recebem orientação ou feedback suficiente dos líderes.
Líderes liberais são muitas vezes vistos como pouco envolvidos e ausentes
do trabalho, o que pode levar a uma falta de coesão dentro do grupo. Com o líder
parecendo despreocupado com o que está acontecendo, os seguidores muitas
vezes sentem-se menos obrigados e diminuem seu cuidado e preocupação para
com seu grupo. Se os membros não estão familiarizados com a tarefa ou com os
processos necessários para realizar tal atividade, os líderes têm que tomar uma
postura mais ativa para ajudá-los.
Kotter (2014) afirma que "Liderança é apontar uma direção. É, por meio de
uma estratégia, empoderar e ajudar pessoas a realizar sonhos com energia e
velocidade. Em seu sentido mais básico, liderança é mobilizar um grupo a saltar
rumo a um futuro melhor”. Assim, entende-se que com funcionários mais motivados
e experientes, os líderes poderiam, então, voltar para uma abordagem mais
delegativa que dá aos membros do grupo mais liberdade para trabalhar de forma
independente. Os resultados obtidos no trabalho a partir do uso da liderança liberal
não se mostram positivos, demostrando um trabalho de baixa qualidade e
quantidade. Além disso, os grupos submetidos a tal liderança demonstram
comportamentos de insatisfação, desagregação, pouco respeito ao líder e outros
aspectos negativos.
13

3. COMO A MOTIVAÇÃO DE UM LÍDER PODE TRAZER MELHORIAS PARA


EMPRESA E COLABORADORES.

A motivação, refere-se a tudo aquilo que pode fazer mover, uma força que
nos estimula a agir. Define também internamento no indivíduo um conjunto de
processos, o capacitando e estimulando a alcançar as metas desejadas e realizar
determinadas tarefas. Além de obter excelentes resultados, uma equipe motivada
pode fornecer outros benefícios para a empresa. É também possível garantir um
maior comprometimento de todos, aumentar a produtividade dos colaboradores e
até mesmo reduzir a quantidade de processos trabalhistas.
Miranda et al. (2005, p. 41) destaca "O termo motivação vem sendo utilizado
com diferentes conceitos, mas de modo geral é aquilo de impulsiona o indivíduo a
agir de determinada forma." Partindo-se desse pressuposto, pode-se dizer que uma
equipe motivada é responsável pela harmonia do ambiente empresarial. As pessoas
se tornam capazes de executar suas funções com eficiência e atenção, auxiliando e
colaborando com seus companheiros de trabalho. A motivação também é
responsável por fazer os trabalhadores se comprometerem mais com a equipe e
seus resultados, estando mais disponíveis, aumentando a qualidade dos
procedimentos e otimizando os resultados. Quando a equipe está completamente
motivada, o retrabalho também é reduzido e o número de erros diminui
consideravelmente.
Qualidade de vida no trabalho está extremamente relacionada com a
motivação dos colaboradores. Esse termo demonstra um profundo respeito pelas
pessoas, a empresa tendo colaboradores motivados, consegue alcançar qualidade
em serviços e produtos, além de competitividade e produtividade no mercado de
trabalho. Além de uma organização ter que conquistar o cliente externo, ela
necessita conquistar a satisfação e paixão pela empresa de seus colaboradores.
Viver em um mundo onde a vida contém ritmo acelerado e novas tecnologias
surgem a cada momento, é normal o novo fazer parte do cotidiano do homem,
sendo assim, é normal que perca-se rapidamente o interesse, seja por temas ou
objetos. Assim, o ambiente de trabalho pode acabar se prejudicando por mudança a
cada minuto.
Heller (2001) conta que "antigamente acreditava-se que para motivar, era
preciso “injetar” motivação nas pessoas. Hoje se sabe que cada ser humano possui
motivações próprias. Tanto individual quanto em grupo, a inspiração no trabalho
garante a conquista de máximos resultados.” Partindo-se dá reflexão do autor,
entende-se que é necessário saber os fatores pessoais da motivação, e que a
habilidade de motivar pessoas começa com a descoberta de como influenciar o
comportamento delas e assim aumentar as oportunidades de melhores resultados
na organização
Para Kondo (1994) "A motivação é o estimulo à vontade de trabalhar das
pessoas. A motivação tem sido encarada como questão importante, desde muito
tempo atrás, e futuramente, a tendência é aumentar sua importância ainda mais."
Sabe-se que ter um colaborador motivado e estimulo em uma organização é de
extrema importância para bons resultados e alcance de meta em uma organização.
Segundo Robbins (2002) “Motivação é a junção de alguns fatores como
insistência, dedicação e esforço de uma pessoa para o alcance de uma estabelecida
meta." Nota-se que o autor trás uma reflexão a respeito de força de vontade do
colaborador para existência dessa motivação, algo que vem do interno, da
14

perseverança e consistência. Acredita-se que essa motivação pessoal é de suma


importância, juntamente com a motivação do líder perante a organização e
colaboradores.
Conforme Bergamini (2009) " A maior dificuldade das organizações
atualmente é saber lidar com a motivação de cada pessoa, sem utilizar falsos
motivadores como ameaças de punições, promessas de prêmios, recompensas
ruins entre outros." Essas falsas recompensas é o maior erro cometido pelas
empresas atualmente. É de suma importância as pessoas estarem motivadas pela
própria vida pessoal para que então elas consigam estar motivadas em seu trabalho.
Segundo Bergamini (2008) "Quanto mais retribuição tiver o esforço, maior
será a vontade de cada trabalhador, essa é a maneira mais ligeira e fácil da
verdadeira motivação." Analisando-se essa visão autor entende-se que essa
motivação pode não durar por um longo prazo, sendo necessário somente para
compreender o que realmente motiva, em vez de investigar os procedimentos
motivacionais.
Conforme Mâcedo et al. (2004) "A motivação nas organizações está
associada a recompensas financeiras, os colaboradores que têm esse pensamento
são conduzidos pelos princípios do sucesso financeiro, e têm a empresa como
alguém que satisfaz suas prioridades e interesses, em função disso desejam
salários, vantagens e ganhos sempre maiores." Analisar essa reflexão faz pensar
que essa forma de motivar o colaborador pode ser vista como um ponto positivo,
tendo em vista que ele estará sempre motivado a correr atrás de bater uma meta por
exemplo, sabendo que assim haverá um valor em cima de uma comissão.
Para Chang (1999) Quando trabalhamos muito tempo em algum lugar, com a
mesma equipe, é bem provável que a nossa vontade e o nosso comprometimento diminua,
para isso é muito importante sempre lembrar que a união e o trabalho de todos são muito
importantes, pois somente motivados os colaboradores poderão ter resultados excelentes.
Quando uma equipe estiver em seu extremo desempenho, será necessário fazer
com que mantenha-se essa motivação ativa, mas para isso acontecer é importante
delegar alguns motivadores de manutenção como por exemplo a estimulação
constante, uma troca ou confraternização entre todos colaboradores dos diferentes
setores da empresa, fortalecer as reuniões de times, celebrar o sucesso, e sempre
buscar pelo aperfeiçoamento.
De acordo com Marins Filho (1995) "Motivação também é saber ouvir,
quando escutamos o que as pessoas têm a nos dizer, conseguimos tomar decisões
mais acertadas." Muitas das vezes falha-se nas organizações por não ouvir os
líderes e dar a devida atenção, e cada vez mais, é necessário ouvir aqueles que
estão em contato diário com os colaboradores, pois eles têm maior intimidade e se
sentirão à vontade tanto para falar quanto para ouvir o que os colaboradores tem a
dizer.
Para Tejon (2006) "É muito importante que a empresa contrate pessoas com
o perfil desejado, faça uma boa seleção e traga para a organização pessoas que
tenham paixão pelo que fazem, pois um profissional sem vontade e motivação será
somente um gasto a mais para a empresa." É imprescindível que seja feita antes de
uma contratação, uma seleção e entrevista de excelência, para que seja contratadas
pessoas que estejam na mesma sintonia da missão, visões e valores da empresa.
Hoje em dia existem testes comportamentais que identificam perfeitamente se
aquele perfil é ou não adequado para uma empresa. A contratação de um
funcionário com perfil errado é um gasto desnecessário e pode trazer problemas
para uma empresa. Já quando o contratante tem uma vasta experiência de perfil
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comportamental e identifica ali um potencial perfil que casa com o perfil da empresa,
que realmente tem amor pelo que faz, esse sim estará em total sintonia e trará
excelentes resultados para organização.
De acordo com Heller (2001) "Comandar pessoas muitas vezes não é fácil,
as emoções das pessoas podem interferir no processo, portanto a maneira mais
adequada de evitar a desmotivação é assumir uma postura cortês e amigável." Ao
olhar essa visão autor, pensa-se que quanto mais gentil e amigo o gestor for, mais
facilmente pode-se ter um ambiente agradável e bom para se trabalhar. Ainda, de
acordo com o autor "Quando se tem uma conversa entre duas pessoas é necessário
ter calma, entender porque o colaborador está descontente, ouvir o que ele tem a
dizer e tentar achar alguma solução para este problema, antes de terminar a
conversa é importante conferir se realmente tudo o que foi conversado foi
compreendido e se está tudo bem." É extremamente importante ter um líder
comunicativo e disposto a ouvir o colaborador, intermediando os conflitos e tendo
clareza da resolução do mesmo. Ter funcionários felizes e satisfeitos com a empresa
é sua liderança é sinal de bom desempenho e bons resultados.
Conforme Tejon (2006) "Ninguém motiva ninguém, mas é possível fazer com
que as pessoas que trabalham no mesmo ambiente de trabalho se desmotivem, se o
seu objetivo pessoal for fazer as coisas bem feito e a organização não tiver
comprometimento com a perfeição." A motivação principal tem que vir do interno de
cada pessoa, e por último as coisas externas devem interferir. Porém quando algo
da organização não compactua com nosso pensamento, ações e afins, isso pode
sim desmotivar o colaborador, trazendo uma insatisfação e falta de realização
profissional. Ainda, segundo o autor "Os colaboradores ficam desmotivados e levam
o trabalho apenas como obrigação quando as organizações não oferecem um único
momento de lazer, isso acaba fazendo com que o ambiente de trabalho vire rotina e
se torne angustiante." Nota-se que cada vez mais, as empresas buscam por deixar o
ambiente de trabalho mais harmonioso, como por exemplo ter momentos de lazer no
intervalo das alimentações, algumas empresas têm pufes, jogos, e espaços
prazerosos para descanso nos intervalos. Uma ótima opção que as organizações
vem trazendo também são os happy-hours onde os colaboradores de diferentes
setores se relacionam de forma não profissional, trazendo momentos de lazer,
confraternização e conhecimento da equipe.
Segundo Marins Filho (1995) "Para evitar a desmotivação devemos sempre
encontrar motivos para viver, para vencer na vida e encarar as mudanças. É
necessário controlar o desanimo e sempre querer fazer, correr atrás e buscar seus
objetivos." Sempre buscar conectar-se com aquilo que faz sentido para nós é
importante, buscar autoconhecimento e trabalhar com o que se gosta é necessário
para estar sempre motivado.
Para Cappelli (2010) "A desmotivação pode chegar quando não há nada de
diferente para fazer, quando o trabalho se torna rotina. Normalmente é resultado da
cultura do local do trabalho, o colaborador começa a manifestar menor satisfação
com o que faz, menor comprometimento e cada vez menos vontade." Essa situação
é razoavelmente relativa, tem cargos que a rotina diária é geralmente a mesma
sempre, então o colaborador tem que ter consciência disso antes de entrar naquela
empresa. Já outras empresas fogem totalmente da rotina, assim, não causando
tédio nem insatisfação em quem não é a favor de rotinas.
No ambiente organizacional, a motivação sofre diversas interferências
relacionadas com a cultura da firma, ou seja, sua visão, missão, valores e até
16

mesmo a conduta, e toda essa interferência reflete no clima da empresa. Segundo


Chiavenato, (2010, p. 129) “Clima organizacional: é o sentimento transmitido pelo
local físico, como os participantes interagem, como as pessoas tratam os clientes,
fornecedores etc.” Ao que refere o clima organizacional, existem três itens básicos
que estão relacionados: percepção dos colaboradores, cultura da empresa e
satisfação dos funcionários. Assim, é de extrema importância e necessidade dizer
que o jeito como os funcionários sentem-se com relação ao ambiente de trabalho
tem consequência direta na motivação dos mesmos. Isso é visível em todos os
envolvidos nas atividades administrativas e produtivas e de uma empresa.
O feedback é um fator importantíssimo que está extremamente relacionado
com a motivação. O feedback deve e é muito valorizado pelas empresas, porém
geralmente é realizado de forma incorreta. Toda empresa espera e almeja ter uma
colaboradores e equipes motivadas e engajadas, assim consequentemente trazendo
maior qualidade nas tarefas feitas e a organização se torna mais competitiva para
com a concorrência. Assim, a organização tem que se atentar quanto à sua
liderança, cultura, e o feedback passado aos seus funcionários. O líder, estando
sobrecarregado com tarefas diárias, pode acaba realizando feedback por obrigação
e de forma burocrática.
Especialista em motiva cai, liderança, gestão de empresas e,
desenvolvimento profissional, Grinberg (2013) afirma que “Uma das maneiras mais
efetivas que um líder tem para demonstrar atenção aos seus subordinados é através
do processo de feedback.” Não se deve existir medo por parte do líder ao dar o
feedback negativo, entretanto é evidente que as críticas devem ser feitas
particularmente. É necessário enxergar a importância o feedback para a organização
como um todo, uma vez que além de trazer grande engajamento para o time
desenvolver, desenvolve e motiva os colaboradores.
É necessário levar em consideração o fator autoestima, no que fiz respeito à
motivação no ambiente organizacional. Quando ocorre uma automotivação, o ser
humano sempre buscará fazer o melhor para se agradar, assim acreditando no seu
potencial e encontrando saídas nas adversidades. Já a ser humano desmotivado,
tem um nível baixíssimo de segurança em si mesmo, assim deposita suas
descrenças na empresa, refletindo aquilo que ele acredita ser. Essa exemplificação,
explica-se o fato de novos colaboradores sempre estarem motivados, dispostos e
otimistas, acreditando que na organização, poderão encontrar pontos que supram
sua carência.
A autoestima é um ponto primordial na motivação dos funcionários, ela tem
de ser valorizada diariamente, assim vindo a favorecer os funcionários e
possibilitando a constância da autoestima, proporcionando aos funcionários melhor
qualidade de vida, fazendo com que se obtenha maior índice de produtividade.
O alcance de uma boa lucratividade é sem dúvida um dos maiores objetivos
das empresas, mas para isso é necessário um serviço de excelência dos
funcionários. Os administradores têm como um dos maiores desafios fazer com que
o trabalho realizado resulte em lucros reais, mas para isso, é essencial que os
colaboradores estejam motivados a trabalhar.
Saber que o trabalho é essencial para o sustento dele mesmo ou da sua
família não é o suficiente sentir vontade de expandir seu empenho no exercício de
sua função. Os colaboradores tem de ter mais motivados para se empenhar e
trabalhar, e um bom líder, deve perceber como trabalhar a motivação de cada
funcionário, à fim de promover um ambiente que favoreça o crescimento do
17

colaborador e da empresa. Mas, para o líder da organização fazer com que os


funcionários se sintam sempre motivados, tem de ser fornecidos condições e
instrumentos para que os colaboradores sintam-se motivados a alcançar um
determinado objetivo ou meta.
18

4. A LIDERANÇA PODE SER UMA HABILIDADE DE INSPIRAR PESSOAS.

Liderança e inspiração são duas palavras que andam juntas. Há alguns


anos no mercado profissional, a liderança tem tido suma importância e sido
pauta frequente no que diz respeito à gestão de pessoas. Um item que
sempre é debatido é a liderança inspiradora, por meio de diferentes
características e inúmeros nuances de atuação, faz com que um profissional,
seja um excelente líder. Os anos se passaram e houve uma intensificação
sobre os estudos de liderança nas empresas, cada vez mais sendo
aperfeiçoado e assumindo novas formas no que diz respeito ao contexto
social, ambiental e cultura dos pesquisadores, assim dificultando a definição
exata de liderança.
Para liderar é necessário que se organize os recursos para assim poder
direcioná-los a uma solução de algo, e o maior de todos recursos que um líder
pode ter são as pessoas. Para que os colaboradores sigam seu líder e que
ele consiga as conduzir de forma que traga segurança e doutrina, é
imprescindível que a confiabilidade e respeito por exemplo, sejam
desenvolvidos. É importante que o gestor aplique seu talento pessoal, assim
estreitando relações com seu time e motivando-os a cumprir com as tarefas
delegadas com bastante atenção acima de tudo, mas também com
dedicação, vontade e ânimo.
Para se formar uma equipe, é necessário um grupo de pessoas se
unam em prol de um mesmo ideal, normalmente delegado por um líder.
Segundo Freud (1976, p. 154) "Iguais que se identificam uns com os outros,
mas todos desejando ser dirigidos por uma só pessoa, considerada superior a
todos eles". Desde que se nasce, tem-se um líder na vida pessoal, aquele que
cria e ensina tudo, delegando o que pode ser feito, e obviamente se deve ali
um respeito aquela pessoa que se torna referência. O ser humano é treinado
desde que nasce a ter alguém superior há quem seguir.
Freud (1976) ainda explica que " O líder é aquele que opera em virtude
de sua semelhança com o pai e por cujo amor a realização é levada a cabo."
O chefe de excelência passou a ser chamado de líder pois estimula os
colaboradores a atingir o objetivo, favorecendo o âmbito profissional e
adquirindo mais habilidades. O líder ensina um modelo a se seguir, fazendo
com que a equipe realmente o tenha como um exemplo, sendo fonte de
direção, motivação e energia. O Líder, é como um fio que conduz
energia, ligando os colaboradores as tarefas, buscando a solução de
problemas e trazendo soluções, inspirando a equipe a trabalhar com maior
empenho e assim alcançando os resultados almejados.
Segundo Hunter (2004) "Na década de 60, o bom chefe era aquele que
delegava funções, exercia controles mecânicos, sabia planejar, comandar,
organizar, controlar, corrigir e possuía controle total sobre seus subordinados
dentro da organização." Para que um líder inspirador desempenhe com
excelência seu papel, é primordial que ele inspire seu time passando para ele
o apego aos resultados, comprometendo as pessoas com as metas a serem
batidas, criando um ambiente motivador e construtivo.
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Para Chiavenato (2006) "No cotidiano de um líder é provável que ele


utilize todos os estilos de liderança de acordo com a especificidade da
situação." É necessário que haja a formação de líderes democráticos, pois é
difícil identificar em cada situação qual será o mais adequado estilo de
liderança a ser utilizado. É de suma importância que o líder tenha ali sempre
uma preocupação com sua equipe como um todo e seus liderados, é tudo
muito interligado e o jogo de cintura tende a ser grande no dia a dia.
Segundo Enriquez (1990) "Essa conexão estabelecida entre líder e
liderado surge da afeição, da admiração e do temor que leva os membros da
equipe a tomarem atitudes padronizadas e consideravelmente previsíveis."
Por meio desse contexto, entende-se que o líder tem uma posição referencial,
e por ter um modelo a se seguir fica claro o que os seus "seguidores" desejam
se tornar, que é uma semelhança de seu líder. A interação entre líder e
colaboradores, faz com que os liderados exerçam suas funções segundo os
"comandos" defendidos por seus gestores. Observando essa dinâmica, fica
perceptível que um líder tem um papel essencial na construção da motivação
de uma equipe.
Segundo Freud (1976) "O líder tem como responsabilidade agir de
maneira consciente, levando em consideração os referenciais de anseios e
ambições de
seus seguidores." Analisando-se este cenário, para que cada liderado sinta-se
motivado a realizar suas tarefas para um objetivo comum e não para
interesses próprios, é necessário que seja realizadas ações motivacionais e
que as mesmas sejam administradas. Fica assim claro, que a liderança é
como uma pedra angular em todo e qualquer tipo de organização humana,
sendo construída por sentimentos, influência, desejos, entre outros e podendo
sofrer influência do ambiente que se encontra.
Segundo Cavalcanti (2006) "Não há consenso absoluto entre os autores
quanto ao conceito de liderança. Para uns, o importante é o poder de
influência que o líder exerce sobre sua equipe. Já outros vão considerar
aspectos que definem a
personalidade e atitudes de um líder." Partindo-se desse pressuposto
sabemos que existe ainda uma terceira possibilidade, daqueles que defendem
que deve haver um estilo de liderança adequado para cada situação. Nós
tempos atuais o termo "liderar" vem sendo tido como fonte de inúmeras
pesquisas, onde busca-se entender como um líder deve atuar para o sucesso
das organizações e seus objetivos.
Segundo Chiavenato (2004) "Liderança pode ser definida como uma
influência interpessoal na
qual uma pessoa age no sentido de modificar ou provocar o comportamento
de uma outra pessoa de maneira intencional, exercida em uma dada situação
e dirigida pelo processo de
comunicação humana para consecução de um ou mais objetivos específicos."
Sendo muito bem colocada a definição de liderança para o autor, vem
trazendo uma reflexão de que a liderança é uma influencia de um líder sobre
seus liderados para uma situação específica.
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Bergamini (1997, p.105), ao constatar a relação entre liderança e


motivação, faz a seguinte observação " Esses dois termos, a partir de um
determinado momento, parecem definitivamente unidos na teoria e na prática
por uma relação de
causa e efeito". Bergamini traz uma importantíssima reflexão do desafio diário
que os líderes têm, que após a motivação deve se haver uma constância para
que os liderados se mantenham motivados. É importante que o líder
muitíssima das vezes, crie um ambiente de trabalho no qual o colaborador
tenha a oportunidade de estar despertando seu potencial motivacional.
Entretanto, um líder não deve deixar que seu liderado sinta-se desmotivado
de forma alguma.
Maximiano (2000, p.344) diz que “A liderança é uma função, papel,
tarefa ou responsabilidade que qualquer pessoa exerce, quando é
responsável pelo desempenho de um grupo”. Nesse contexto entendesse que
um excelente líder trabalha juntamente com seus liderados, trazendo sempre
a autoridade, porém sempre dando uma autonomia para que os mesmos
busquem tomada de decisão e a solução de conflitos. Tem que se levar em
consideração não apenas esforços referentes a gestão de pessoas nas
organizações, mas também a qualidade desses esforços, que esta ligada à
sua intensidade.
Sendo uma inovação nos modelos de gerenciamento, a liderança
positiva, tem com função incentivar o desenvolvimento das competências dos
liderados, valorizando os pontos fortes mesmos, potencializando as
resultados da organização. À liderança tradicional se difere da liderança
positiva, no aspecto da gestão. Na liderança positiva, existe conhecimento e a
utilização de forma estratégica dos talentos e pontos fortes dos liderados,
fazendo com que os mesmos se sintam motivados ao sentirem que suas
habilidades estão sendo valorizadas e as competências desenvolvidas.
Entretanto, nota-se a necessidade de um líder que valoriza seu colaborador, o
orienta e ampara sua equipe.
De acordo com Marques (2000) "A liderança positiva é um modelo que
foca nas competências e também as experiencias dos colaboradores." Sabe
se que este estilo de se liderar vem ganhando força e visão a cada dia, e se
tornado um aliado fortíssimo para suprir as necessidades do mercado, tendo o
apoio de times com colaboradores altamente motivados e treinados, entende-
se que as habilidades e qualidades dos funcionários é o maior diferencial no
sucesso da organização. Ainda, de acordo com Marques (2020) " A liderança
positiva, traz os seguintes benefícios: Melhor performance; Aumento da
produtividade; Alinhamento com os objetivos da organização; Retém talentos;
Reduz os índices de turnover; dentre outros." Já na liderança tradicional,
sabe-se que a demanda maior é a busca para trazer o time para um clima de
pressão, disputa e cobranças, fazendo com que o clima as vezes seja pesado
e nada prazeroso para se trabalhar.
Segundo Bergamini (1997) existem dois papéis fundamentais ao líder
"Auxiliar na alavancagem da energia motivacional nos liderados. O líder tem o
papel de desenvolver o ambiente no qual o trabalhador possa ter estímulo à
21

sua
motivação intrínseca." E o segundo "Manter a energia motivacional dos
liderados. O líder através do seu
discurso e atitudes deve tentar reconhecer o empenho e a performance de
seus
colaboradores." Com base na colocação do autor, com propriedade pode-se
dizer que o conceito de liderança está correlacionado à capacidade de
despertar a motivação no colaborador e ter constância em cima disso, a
motivação dos trabalhadores é extremamente necessária para o alcance da
missão proposta pela empresa.
Segundo o autor Max De Pree (1989) "Um líder é um administrador que
tenta promover e estimular o
crescimento de seus liderados estimulando a criação e produção de novas
ideias." Sobretudo o autor admite que é de extrema necessidade e
importância o líder possuir habilidades como por exemplo saber argumentar,
ouvir, incentivar comunicação entre membros e times da organização,
estimular discussões e ideias, procurar sempre ser melhor, criando assim um
ambiente organizacional onde todos os membros sintam-se à vontade para
expor seu ponto de vista e expressar suas ideias, fazendo com que sinta-se
realmente parte importante daquela empresa.
Segundo o autor Chievenato (2006) "Liderança é um tipo de influencia
intencional que ocorre em determinada situação que envolve poder e
autoridade, onde uma pessoa influencia a outra em função de um
relacionamento, no sentido de mudar ou provocar o comportamento da outra."
Sabe-se que a arte de influenciar as pessoas é algo extremamente forte e
deve se ter muita cautela ao realiza-la, visto que estamos lidando com seres
humanos que tem emoções e sentimentos, porém num contexto
organizacional.
Segundo Ervilha (2008) "Liderança é influenciar e conduzir pessoas nas
situações em que é identificado um objetivo claro e definido, que busca os
resultados desejados". É necessário que os líderes pré estabeleçam sempre
metas e objetivos e influenciem seus liderados a alcançar resultados
satisfatórios, para isso é necessário planejamento e organizações das
funções, estando tudo alinhado a chance de obter eficácia é grande.
Bergamini (1997) trás a existência de três abordagens que vale a pena
ressaltar no conceito de liderança. A primeira é "Preocupação com o que o
líder é: alguns autores associam liderança com características pessoais, como
carisma, firmeza, lealdade, coragem, anseio,
resistência emocional, vigor físico empatia, poder de decisão,
antecipação,sincronização,competitividade,autoconfiança, responsabilidade,
credibilidade,tenacidade,confiabilidade, vigilância e proteção. Esta abordagem
é bastante restrita, pois pressupõe que a liderança seja um dom nato." A
segunda "Preocupação com aquilo que o líder faz: estabelecido pelo estilo de
liderança que o líder exerce, como autoritário e democrático. Entre estes dois
extremos podemos encontrar estilos intermediários de liderança." E como
terceiro e último conceito "Preocupação com as características do liderado e
22

as circunstâncias ambientais da organização (Teorias Situacionais). Sendo


estudado o estilo de liderança mais adequando à situação existente. Portanto,
neste contexto não existiria um perfil ideal de líder." Um dos pontos
primordiais no estudo sobre liderança nas empresas é o aspecto motivacional
da equipe. Grande parte de teorias já estudadas a que diz respeito liderança,
tem em comum o ponto em que o líder tem que dar suporte necessário à
motivação do ambiente como um todo
23

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No primeiro capítulo teve-se como objetivo compreender os benefícios e


malefícios causados pelos estilos de liderança propostos. Abordou-se e aprofundou-
se trazendo clara e objetivamente três principais estilos de liderança: autocrática,
democrática e Laissez-faire. Viu-se a necessidade de debater sobre os estilos de
lideranças da atualidade, devido a necessidade de conhecer-se e entender-se os
modelos de liderar-se e a sua importância nas organizações.
Já no segundo capítulo apresenta-se a grande importância de um líder
motivado e que motiva seus colaboradores que também precisam ter uma motivação
interna, com isso ajuda-se a capacitar e estimular o alcance de metas e resultados.
Traz-se uma reflexão a cerca de uma equipe motivada, onde a margem de erro e
retrabalho também é reduzido consideravelmente. Qualidade de vida no trabalho
está extremamente relacionada com a motivação dos colaboradores, contudo é de
extrema importância um feedback do líder, fazendo-se assim com que os
colaboradores possam sempre melhorar.
No último capítulo abordou-se como a habilidade de liderar pode ser
inspiradora entre as pessoas, mais especificamente entre lideres e liderados. Sabe-
se que liderança e motivação são duas palavras que andam juntas, para ser um bom
líder é fundamental que se organize os recursos para direcioná-los a uma
solução, abordou-se então o maior recurso que um líder pode ter que são
seus colaboradores. Mas para que haja essa ligação e essa inspiração
mostrou-se que o líder tem que transmitir segurança, confiança e respeito,
aplicando seus talentos pessoais, estreitando as relações e motivando sua
equipe diariamente, com dedicação e ânimo.
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