Relatório 8
Relatório 8
Relatório 8
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
Belém - PA
2023
Andrey Alves de Araújo-202002140082
Isaac Gradim do Porto – 202202140050
Riquelme Arminio Cardoso - 202202140047
Rodrigo da Silva Gurjão – 202202140042
Samuel Portal Pinto – 202202140045
Belém - PA
2023
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RESUMO
Este relatório aborda o fenômeno da força de empuxo, uma força vertical exercida por
um fluido sobre um objeto imerso, atuando de baixo para cima. A magnitude dessa força é
equivalente ao peso do fluido deslocado pelo objeto, seguindo o princípio de Arquimedes. A
pesquisa tem como foco a compreensão do empuxo em corpos de formatos simples, utilizando
ferramentas e materiais específicos, como tripé universal, becker com água, corpo cilíndrico
maciço, corpo cilíndrico oco, régua, paquímetro e dinamômetro. O experimento, desde a
preparação até a análise dos resultados, visou a compreensão detalhada do comportamento do
empuxo na água. Os objetivos foram alcançados através da coleta de dados, medições precisas
e comparação entre cálculos teóricos e resultados experimentais. Essa abordagem possibilitou
uma compreensão mais aprofundada dos conceitos relacionados ao empuxo.
SUMÁRIO
1. OBJETIVO............................................................................................................................ 5
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 5
2.1 Fluidos ............................................................................................................................ 5
2.2 Princípio de Arquimedes .............................................................................................. 5
2.3 Fórmulas do princípio de Arquimedes........................................................................ 6
2.3.1 Densidade em um fluido ...................................................................................... 6
2.3.2 Pressão em um fluido ........................................................................................... 7
2.3.3 Variação de pressão em um fluido em repouso ................................................. 8
2.3.4 Empuxo ................................................................................................................. 9
3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 10
3.1 Materiais ...................................................................................................................... 10
3.2 Métodos ........................................................................................................................ 13
3.2.1 Procedimento Geral ........................................................................................... 13
3.2.2 Preparação e Pesagem ....................................................................................... 13
3.2.3 Uso do Dinamômetro e Medição da Altura da Água ...................................... 14
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 14
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 18
5
1. OBJETIVO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Fluidos
Figura 1: Fluido
Em física, fluidos são líquidos, gases ou quaisquer outras substâncias que possam se
mover e deformar, ou seja que possa fluir, continuamente sob uma tensão de cisalhamento ou
força externa aplicadas (THE NEW..., 1986). Nesse sentido, o que os diferencia dos sólidos é
que os fluidos possuem um módulo de cisalhamento zero ou, em termos gerais, são substâncias
que não resistem a qualquer força de cisalhamento aplicada a eles. Em contraste, os sólidos
resistem a tensão de cisalhamento aplicada deformando-se e quando essa força de cisalhamento
é constante o sólido para de deformar, ao passo que o fluido não para de deformar-se.
(ÇENGEL, CIMBALA e JOHN, 2015).
Segundo alguns relatos, Arquimedes teria descoberto uma fraude na criação de uma
coroa de ouro encomendada por Hiero II, rei de Siracusa. Arquimedes teria resolvido o
problema observando o deslocamento de água quando seu corpo entrava em uma banheira, o
que o levou a encontrar uma solução para determinar o volume de objetos, como a coroa,
comparado o mesmo com o ouro e prata assim, ele pode provar que a coroa do rei não era feita
completamente de ouro.
Para esta dedução será levada em consideração que se trata de um fluido incompressível,
pois nesses fluidos da densidade permanece constante em seu todo.
Pressão é expressa como uma força que atua em uma determinada área. Nessa lógica, a
pressão será entendida como uma força infinitesimal dF que atua sobre uma área também
infinitesimal dS. Além disso, essa pressão será entendida como uma força normal ao fluido
devido as propriedades de escoamento ou fluidez expressas anteriormente, logo:
𝑑𝐹
𝑃= (2)
𝑑𝑆
𝑑𝐹 = 𝑃𝑑𝑆 (3)
Integrando ambas as partes, pois assim encontra-se a força total sobre uma área tem-se:
𝐹 = ∫ 𝑃 𝑑𝑆 (4)
Levando em consideração que dS está em equilíbrio, não pode haver força resultante
nele, a força dF (F1) que atua em um lado deve ser sempre acompanhada por uma força dF’(F2)
igual e de mesmo módulo, como está demonstrado na Figura 2 abaixo:
Como demonstrado acima (Figura 3), quando mais profundo se for no mar a pressão
aumenta 1atm a cada 10m. Isso se deve, pois a quantidade de água do mar aumenta com a
profundidade logo, a massa e por conseguinte a pressão aumentam. Esse princípio vale para
todos os fluidos, dada as suas devidas densidades.
Então, com o fluido em equilíbrio quais sejam as partem em análise. Definindo o volume
em um recipiente com área da base A e y como nível de referência em relação a altura do
recipiente que varia dy, tem-se:
𝑉 = 𝐴𝑑𝑦 (5)
Substituindo na equação 1:
𝑚 𝑚
µ= = (6)
𝑉 𝐴𝑑𝑦
𝑚 = 𝜇𝐴𝑑𝑦 (7)
𝑃 = 𝑚𝑔 = 𝑔𝜇𝐴𝑑𝑦 (8)
plano horizontal que passa na altura y. Entretanto, as forças verticais são devidas não apenas à
pressão do fluido, mas também ao seu peso. Se P for a pressão na face inferior do elemento e
P + dP (A pressão atmosférica em pouco irá interferir então, ela não será contabilizada) a
pressão na face superior, a força para cima exercida na face inferior é PA e a força para baixo
na face superior é (P + dP)A + dw, no qual dw é a equação – 7, portanto:
𝑃𝐴 = (P + dP)A + dw (9)
𝑃 = 𝑃 + 𝑑𝑃 + 𝑔𝜇𝑑𝑦 (11)
𝑑𝑃
= −𝑔𝜇 (13)
𝑑𝑦
𝑃0 ℎ
∫𝑃 𝑑𝑃 = − 𝜌 ∫0 𝑑𝑦 (14)
𝑃 = 𝑃0 + 𝜌ℎ (15)
Sendo que, ρ o peso específico do fluido que é -gμ que é o peso do fluido pelo volume
seu volume.
2.3.4 Empuxo
Figura 4: Empuxo em 4 materiais difenrentes
Quando, um corpo é imerso, ele experimentará forças devidas às pressões do fluido nele.
Como os fluidos só podem exercer forças normais, elas devem ser perpendiculares à superfície
do corpo em todos os seus pontos e como a pressão dentro do fluido é maior com o aumento da
profundidade, o módulo das forças aumenta com a profundidade. A resultante de todas estas
forças de pressão é uma força vertical contrária ao peso, dirigida para cima, é denominada
empuxo (E) do fluido sobre o corpo imerso que é contraria ao peso do objeto (Figura 4).
E = mg = µgV (16)
Para um corpo ser inserido no fluido é necessário o afastamento de matéria que antes
ocupava tal lugar. Como o líquido está em equilíbrio tem-se:
Logo,
F’= F = mg (19)
3. METODOLOGIA
3.1 Materiais
Dinamômetro tubular: Aparelho utilizado para medir a intensidade da força, tinha um valor
máximo de 2N
11
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Figura 7: Régua
Fonte: Autoral
12
Figura 8: Becker
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
13
3.2 Métodos
No primeiro passo, o corpo cilíndrico maciço foi pesado utilizando uma balança digital
de alta precisão, resultando em 45,20g. Em seguida, o medidor de força foi empregado de
maneira inovadora, conectando o gancho auxiliar do corpo cilíndrico à extremidade do
14
instrumento em queda livre. Esse método possibilitou a medição da força necessária para
manter o corpo suspenso no ar, revelando um valor de 0,42N.
O mesmo procedimento foi repetido para o corpo cilíndrico oco, com a diferença de
altura medida sendo de 15,4cm. Além disso, foram registradas as forças no dinamômetro
quando o corpo estava dentro do becker com metade do cilindro maciço submerso (0,24N), o
cilindro oco com o cilindro maciço no ar (0,53N) e, por fim, o cilindro oco com o cilindro
maciço completamente submerso na água (0,16N).
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Inicialmente o cilindro foi pendurado no dinamômetro e seu peso medido, sendo igual
a 0,42N o que significa fisicamente que a ação do campo gravitacional no cilindro produz uma
força para baixo que em equilíbrio com a força de reação da mola do dinamômetro torna
possível a leitura. Após isso, o cilindro foi totalmente mergulhado na água ainda acoplado ao
dinamômetro, sendo feita a leitura agora com o valor de 0,04N. Agora, o significado físico desse
valor é diferente, representando agora, a ação do campo gravitacional e da força que o fluido
faz no cilindro, porém ambos agindo em sentidos opostos.
E = 0,42 N - 0,04 N
Caso o cilindro estivesse apenas com metade do seu volume submerso, o empuxo
poderia ser determinado pela equação:
𝐸 = 𝜇. 𝑔. 𝑉 (20)
26,8𝑥10−3 𝑚 2 1
E = 980 𝑁/𝑚3 𝑥 [𝜋 𝑥( ) 𝑥 67,55𝑥10−3 𝑚]𝑥 2 = 0,01867 N
2
𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 𝑚𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑥 𝑔 x 𝜇 ;
Substituindo:
16
𝑁3 26,8𝑥10−3𝑚 2
𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 980 𝑚 𝑥 [𝜋 𝑥( ) 𝑥 67,55𝑥10−3 𝑚] = 0,03734 𝑁,
2
comparando esse resultado com o empuxo, vemos que os valores são muito próximos, podendo
considerar o empuxo igual ao peso do volume de líquido deslocado. Com isso, pode-se concluir
que todo corpo mergulhado em um fluido fica submetido à ação de uma força vertical, orientada
de baixo para cima e denominada empuxo, cujo valor modular é igual ao peso do volume do
fluido deslocado. Essa afirmação é conhecida como princípio de arquimedes.
Como o volume de líquido deslocado é igual ao volume do corpo submerso e o termo (µ. 𝑔)
é igual ao peso específico 𝜌, podemos escrever isso com base na equação 2 de duas maneiras,
sendo elas:
𝐸 = 𝑉. µ. 𝑔 𝑜𝑢 𝐸 = 𝜌 . 𝑉 (20 - 22)
Onde
CONCLUSÃO
A aparente diminuição do peso do cilindro ao ser submerso na água foi explicada pela
ação do fluido, que exerce uma força oposta à força peso. A equação do empuxo (E = P_real -
P_aparente) mostrou que o empuxo é a diferença entre o peso do cilindro fora do líquido e o
peso aparente totalmente submerso. No caso do cilindro parcialmente submerso, a relação entre
o empuxo e o peso do volume de líquido deslocado foi estabelecida.
REFERÊNCIAS
3. ed. 2015.
<https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/11434204052012Fisica_Basica_Au
2023.
2012.
11. STARS net-drive school. Pressão, Manual de mergulho em águas abertas. 2006.
de novembro de 2023.
Britannica, 1986.