Moraes, Danilo Souza Dias de - Avaliação de Ruído Ambiental Na Área Central de Montes Claros MG - 2021
Moraes, Danilo Souza Dias de - Avaliação de Ruído Ambiental Na Área Central de Montes Claros MG - 2021
Moraes, Danilo Souza Dias de - Avaliação de Ruído Ambiental Na Área Central de Montes Claros MG - 2021
Montes Claros - MG
UNIMONTES
Abril - 2021
DANILO SOUZA DIAS DE MORAES
Montes Claros - MG
UNIMONTES
Abril – 2021
Moraes, Danilo Souza Dias de.
M827a Avaliação de ruído ambiental na área central de Montes Claros-MG
[manuscrito] / Danilo Souza Dias de Moraes. – Montes Claros, 2021.
109 f. : il.
Bibliografia: f. 103-109.
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Montes Claros -
Unimontes, Programa de Pós-Graduação em Geografia/PPGEO, 2021.
Defesa: 26/05/2021.
______________________________________
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Henrique Palhares
PPGEO-UNIMONTES
Membros:
______________________________________
Prof. Dr. Carlos Alexandre de Bortolo
PPGEO-UNIMONTES
______________________________________
Prof. Dr. Délcio César Cordeiro Rocha
(ICA/UFMG)
Montes Claros-MG
UNIMONTES
Abril – 2021
DECLARAÇÃO DE REVISÃO E NORMAS ABNT
Revisar Consultoria
Edna Generoso
AGRADECIMENTOS
This study briefly presents the legislation on environmental noise and discusses the
theme of noise pollution, focusing on the noise levels produced in the central area of
Montes Claros/MG. This is a relevant issue, considering the possible impacts of
excessive noise on the population that lives and works in urban centers. In this
sense, it assesses the noise levels captured at different points in the central area of
the urban perimeter of Montes Claros. The general objective that the guide refers to
is to assess environmental noise identified in the central area of Montes Claros/MG,
having as a principle the conservation of the environment and the preservation of the
quality of life of the community in order to comply with current legislation and the
Standard Brazilian - NBR 10151/2019. The on-site gauging methodology is used,
according to the guidelines of the aforementioned Technical Standard. The study
presents the measurement of 33 measurement points in the central area of Montes
Claros-MG. The relevance of this research focuses mainly on showing whether the
noise levels cause discomfort and can affect the health of people who live in the
central area of the city and in its surroundings. It also serves as a warning for the
authorities to intensify the inspection process in this region, with a view to minimizing
the impacts caused by the excessive noise that exists there. Furthermore, the results
suggest there is a need for measures to mitigate the noise levels found.
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 17
Problematização................................................................................................. 19
Objetivos .............................................................................................................. 20
Objetivo geral ..................................................................................................... 20
Objetivos específicos ......................................................................................... 20
Justificativa ......................................................................................................... 21
INTRODUÇÃO
Problematização
impactos dos ruídos excessivos sobre a população que habita e trabalha nos centros
urbanos, tem crescido em larga escala.
Assim, diante das consequências do ruído urbano e a necessidade de se
encontrar soluções para anular ou minimizar os efeitos dessa degradação ambiental
sobre as pessoas, pretende-se avaliar ruídos ambientais identificados na área
central do município de Montes Claros/MG. E para tanto, o presente estudo se
norteia pelas seguintes perguntas: Quais as condições dos ruídos captados em
diferentes pontos da área central no perímetro urbano de Montes Claros?
Nesse contexto para responder às indagações desta pesquisa faz-se
necessário à medição de ruídos em diferentes pontos desta urbe, bem como a
avaliação da aceitabilidade dos mesmos, conforme parâmetros legais e a NBR
10151/2019 (Acústica - Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas
habitadas - Aplicação de uso geral) relativa a limites de ruído permitidos (ABNT,
2019).
Objetivo geral
Objetivos específicos
Justificativa
1979, p. 43).
Por conseguinte, a ocupação abrange o ato de produzir o lugar onde se situa
o sujeito. “O espaço chamado urbano, considerado como um dos elementos
formadores da cidade é aquele que se estende para além do lote privado urbano”
(ZEVI, 1978, p. 25). Em consonância, Rolnik (1988, p. 08) afirma que:
[…] a cidade é uma obra coletiva composta por esses espaços arquitetados
que desafiam a natureza para atenderem a desejos e necessidades dos
seus habitantes. Sabe-se que as cidades, tomadas como conjunto maior
desses espaços, servindo de abrigo e proteção para o ser humano, de
locais para trocas de mercadorias e de serviços, foram surgindo com as
suas respectivas especificidades. Com isso, em algumas situações, foram
se definindo os espaços urbanos de acordo com as modalidades e
interesses peculiares de cada urbe.
De acordo com Viana et al. (2001), a Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, na Suécia, no ano de 1972, marcou o início
das discussões na esfera mundial defendendo a conciliação entre desenvolvimento
e conservação dos recursos naturais. Essa Conferência discutiu ainda a redução
dos impactos da poluição industrial, do lixo atômico e da degradação dos recursos
hídricos, dentre outros.
O conceito de ecodesenvolvimento então foi criado como uma concepção
alternativa de desenvolvimento, que preconizava o bem-estar e a melhoria do
padrão de vida dos indivíduos sem a necessidade de baixa do padrão de vida de
outro indivíduo e sem a redução do estoque de capital natural ou o produzido pelo
homem (JACOBI, 2005).
Viana et al. (2001) observa que em um primeiro momento prevaleceu nos
debates o apelo à conscientização dos usos dos recursos da natureza, sem o
estabelecimento de significativas medidas de controle. Contudo, diante de
demandas locais, ampliavam-se nos diferentes países, inclusive no Brasil, os
movimentos em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida.
Aqui, em nome do desenvolvimento,
ambiente e à saúde humana (HARRIS, 2002). Nesse sentido, o ruído costuma ser
definido como um som ou conjunto de sons indesejáveis ou perturbadores
(BERTULANI, 2000).
O ruído então se refere ao fenômeno audível que produz sensações não
prazerosas ou ainda, o distúrbio sonoro não desejável, que desqualifica o ambiente
onde é produzido, visto que seus efeitos podem modificar e degradar relações
sociais (SOUZA, 2004). Conforme a NBR 16313 – Acústica: Terminologia, o termo
ruído refere-se aos sons que podem causar incômodos, também chamados de não
inteligíveis.
Desse modo, o ruído resulta de vibrações irregulares, as quais podem afetar o
equilíbrio sonoro. Sendo propagado cotidianamente, é capaz de causar desconforto
mental e físico, uma vez que suas repercussões atingem o sistema auditivo e
diversas funções orgânicas do corpo (MONTE, 2013). Embora não se acumule como
outros tipos de poluição, a poluição sonora causa vários danos ao corpo, à
qualidade de vida das pessoas, à fauna e à flora e, por isso, é reconhecida como um
problema de saúde pública mundial (CERRI, 2016).
O ruído excessivo pode acarretar perturbações na saúde mental, danos ao
repouso noturno e ao sossego público; bem como afeta interesse difuso e coletivo,
na medida em que impactam da deterioração da qualidade de vida, na interação
entre pessoas, principalmente quando os níveis estão acima dos toleráveis pelo
ouvido humano (WHO, 2003).
Conforme a Organização Mundial de Saúde – OMS, a poluição sonora ocupa
o segundo lugar no ranking das poluições de maior impacto sobre a população,
perdendo somente para a poluição do ar (WHO, 2016).
Por não ser muitas vezes percebida, a poluição sonora causa danos que se
acentuam no decorrer do tempo de exposição, tornando-se muitas vezes
irreversíveis. Diante os desconfortos gerados, ela é compreendida como a forma de
poluição que atinge o maior número de pessoas (MACHADO, 2004).
Partilhando do mesmo entendimento, Silva (2011) afirma que, em relação aos
demais tipos de poluição, a poluição sonora é a que apresenta maior ameaça, visto
sua dificuldade percepção e identificação imediata de seus efeitos, podendo, desse
modo, interferir na saúde humana.
A legislação brasileira, por meio da Norma Regulamentadora n° 15 - anexo
sancionada em 1996, estabelece que os níveis de ruído contínuo ou intermitente
30
devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora
operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta - SLOW.
(SOUZA, 1998). Portanto quando exposto a até 50 dB (decibéis), o organismo do ser
humano é capaz de se adaptar a esse estímulo.
Todavia, é considerado danoso à saúde qualquer valor superior a esta
determinação (NUNES; SATTLER, 2004). Dessa maneira, a partir de 55 dB tem
início o estresse auditivo e, por volta dos 65 dB, começa o desequilíbrio bioquímico
com aumento das taxas hormonais vinculadas ao estresse (WHO, 2003).
Desse modo é possível verificar a elevação da frequência cardíaca,
respiratória e da pressão sanguínea, favorecendo os riscos de infarto, derrame
cerebral e infecções. Além disso, infere-se que a exposição ao ruído demasiado não
limita ao fato de ser agradável ou não, pois se torna uma relevante questão de
saúde pública (CARNEIRO, 2002).
Conforme Burgess (1996), os estudos acerca do ruído, como fator de
insalubridade e desconforto no centro urbano, tiveram início na contemporaneidade,
a partir da década de 1970, apesar da gravidade de seus impactos. O conceito de
qualidade de vida passou então a ser empregado em diferentes contextos, incluindo
o meio ambiente. Desse modo, na atualidade se observa os esforços de muitas
ciências, no sentido de anular ou minimizar as consequências da degradação do
meio ambiente sobre as pessoas (RIBAS; SCHMID; RONCONI, 2010).
A problemática do ruído urbano é compreendida por Fernandes (2002) como
uma poluição que não tende a se reduzir com o tempo, ao contrário, a propensão é
de elevar-se com o crescimento populacional. Zannin (2002) também informa acerca
dessa relação entre aumento da população urbana e sua interferência direta na
ampliação do ruído que provoca poluição sonora, sobretudo nos grandes centros,
sendo exemplos de tais fontes o tráfego de veículos e a construção civil.
Os principais tipos de ruído e suas características são apresentados no
Quadro 1 a seguir.
31
Tipo de
Características Autores
ruído
É aquele no qual durante todo o tempo de observação
Ruído BIES; HANSEN,
verifica-se uma variação de dB3±. Sua intensidade sonora
contínuo 2003.
não altera em proporção diferente de 100 %
Desse modo, ainda que não deixe impactos visíveis no ambiente, como
ocorre com outras fontes de poluição o ruído se apresenta como uma das principais
formas de poluição ambiental, haja vista os impactos negativos sobre o meio
ambiente e à qualidade de vida da população (STANDER; THEDORE, 2008; WHO,
2011).
Diurno Noturno
Tipos de áreas
(7h-21h) (22h-7h)
Áreas de sítios e fazendas 40 35
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais e escolas 50 45
Área mista, predominantemente residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55
Área mista, com vocação recreacional 65 55
Área predominantemente industrial 70 60
Fonte: Adaptado de ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.151:2019.
Para Nagem (2004) enquanto produzir e viver sem poluir não se torna uma
prática comum, o ser humano continuará a sofrer os efeitos de suas intervenções e
explorações inconsequentes no meio ambiente, passando a ter uma vida, apesar de
todos os avanços, muitas vezes desconfortável.
35
Tal quadro refletia um desequilíbrio na própria estrutura urbana, uma vez que
as atividades se concentravam em um mesmo ambiente.
No início da década de 1970, com o processo de industrialização, e
consequentemente ampliação dos serviços, houve melhorias na infraestrutura,
impactando na estrutura urbana da cidade, ou seja, os espaços assumiram novas
formas e usos. A valorização imobiliária da área central para fins comerciais então
levou muitas pessoas que residiam no centro a mudarem-se para outros bairros.
Suas antigas residências eram reformadas ou adaptadas, para instalações
comerciais e prestação de serviços (PAULA, 1979).
O cenário que consequentemente emerge assemelha-se ao que Villaça
(1998) conceitua como centro principal e subcentros. O primeiro concentra
comércios, escritórios, serviços e lojas. Sendo, pois um local que aperfeiçoa os
deslocamentos socialmente criados pela comunidade, como focos irradiadores da
organização espacial urbana. Já o segundo, os subcentros ou comércios de bairros,
designam uma “[…] réplica em tamanho menor do centro principal, com o qual
concorre em parte, sem, entretanto, a ele se igualar” (VILLAÇA, 1998, p. 293).
A Lei Municipal nº 3.754/2007, que dispõe sobre a Política Municipal de
Proteção, Preservação, Conservação, Controle e Recuperação do Meio Ambiente e
de Melhoria da Qualidade de Vida no Município de Montes Claros, seus fins,
mecanismos de regulação, e dá outras providências, conceitua poluição sonora
como toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva à
saúde, à segurança e ao bem-estar público ou transgrida as disposições fixadas na
norma competente.
Recentemente, com a criação da Lei 5.207, de 06 de dezembro de 2019,
foram realizadas alterações na Lei 3.754/2007, bem como dada outras providências
que se fizeram necessárias. A definição de poluição sonora foi estendida, passando
a vigorar com a seguinte redação:
Descrição Lei-5.207/2019
I – Tenham nível de pressão sonora proveniente da fonte poluidora,
medida no interior da propriedade onde se dá o suposto incômodo,
Os ruídos prejudiciais excedente em 10 dB(A) do nível do ruído de fundo existente no local,
à saúde, à segurança para o mesmo horário;
ou ao sossego II – Independentemente do ruído de fundo atingir no ambiente exterior
público são do recinto em que têm origem, nível sonoro superior a 70 (setenta)
reconhecidos como decibéis – dB(A), durante o período diurno e noturno com atividade ou
aqueles que 60 (sessenta) decibéis – dB(A), durante o período noturno sem
atividade.
espaciais.
Ademais considerou para fins metodológicos as diretrizes determinada pela
Norma Técnica NBR 10.151/2019 – Acústica — realizando pesquisa de campo, para
obter dados para medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas
habitadas, Aplicação de uso geral da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT). Cabe ressaltar que apesar da existência de normas nacionais e
internacionais relacionadas à medição sonora, não existe metodologia característica
quando o assunto é mapeamento do ruído ambiental.
1O intuito do trabalho não é discutir o conceito de cidade média. Autores como França (2007) e
Pereira (2015) aprofundam sobre o referido conceito.
42
Figura 3 - Mapa do perímetro urbano da cidade de Montes dividido por regiões geográficas
cardeais (2015).
Fonte: Elaborado pelo pesquisador baseado nas informações da SEMMA e do Plano Diretor
Municipal.
Tabela 2 - Condições para paralisação das medições e descarte das mesmas devido a fatores
ambientais
Elemento Paralisação/descarte
Chuva Sim
Temperatura Inferior a 0º C ou superior a 50º C
Ventos fortes Sim
Umidade do ar Inferior a 20% ou superior a 90%
Pressão atmosférica 101,3 kPA ± 10% (1013 hPA)
Fonte: Elaborado pelo pesquisador adaptado de marca Criffer e ABNT, 2020
Configuração Caracterização
Ponderação de frequência A, C e Z
Ponderação temporal Fast
Banda 1/3 de oitava
Tempo de medição 00:05 hrs
Tempo de integração 1s
Fonte: Elaborado pelo pesquisador.
A definição dos pontos (número e distribuição pelo espaço) nos quais são
realizadas as medições acústicas é uma fase fundamental da metodologia para o
mapeamento sonoro de uma região. Os pontos selecionados constituem a malha de
amostragem da pesquisa, Nagem (2004, p.41) explica que,
Neste estudo a escolha dos pontos de medição foi determinada por meio de
base cartográfica da área central do município (189.6 hectares), obtida a partir do
acervo de dados geográficos do setor de infraestrutura fornecidos pela Prefeitura de
Montes Claros-MG.
Os locais de análise foram definidos utilizando-se o software SIG (Sistema de
Informações Geográficas), usando como referência o plano cartesiano em plano
49
Figura 5 - Mapa de localização da Área Central de Montes Claros-MG/ Pontos de coleta de dados.
Fonte: Elaborado pelo pesquisador.
52
Coordenadas
Ponto Descrição do local Avaliado
Latitude Longitude
1 16°44'04,21800"S 43°51’59,03640”S R. Dona Tiburtina, 1466, Centro
2 16°44'11,91480"S 43°51’52,50240”S R. Maria Lina Teixeira, 238, Morrinhos
3 16°43'55,87320"S 43°52’10,81560”S R. Coração de Jesus, 573 – Centro
4 16°43'53,94000"S 43°51’59,52240”S R. Prof. Álvaro Prates, 17 – Morrinhos
5 16°43'43,53600"S 43°52’17,25960”S Av. Dep. Esteves Rodrigues, 170 – Melo
6 16°43'43,85640"S 43°52’09,66720”S R. Coração de Jesus, 275 – Centro
7 16°43'45,44760"S 43°51’59,45040”S R. Bocaiúva, 615d – Centro
8 16°43'46,43040"S 43°51’50,56560”S R. Melo Viana, 119 - Santa Rita I
9 16°43'45,82560"S 43°51’39,89520”S Sindicato do Comércio de Montes Claros
10 16°43'50,30040"S 43°51’35,43120”S Av. Santa Catarina, 73-1 - Santa Rita I
11 43°51’35,43120”S 43°51’32,70600”S R. Pres. Castelo Branco, 13 - Santa Rita I
12 16°43'47,07480"S 43°51’26,56440”S R. Montese, 27-1 - Santa Rita I
13 16°43'44,02560"S 43°51’23,81760”S R. Barão de Cotegipe, 135 - Santa Rita I
14 16°43'35,28120"S 43°51’28,33920”S Rua Padre Champagnat, 25a - Roxo Verde
15 16°43'33,01680"S 43°51’40,73040”S R. Dom Pedro II, 846 – Centro
16 16°43'36,66000"S 43°51’48,55680”S Av. Francisco Sá, 94-150 – Centro
17 16°43'35,32080"S 43°51’58,34520”S R. Dom João Pimenta, 328 – Centro
18 16°43'32,10240"S 43°52’07,17600”S Av. Afonso Pena, 487 – Centro
19 16°43'35,18760"S 43°52 ‘18,004”S R. Esmeralda, 123 – Centro
20 16°43'25,61520"S 43°52’16,66560”S R. Cel. Luís Pires, 261-201 – Centro
Continua
53
Conclusão
Coordenadas
Ponto Descrição do local Avaliado
Latitude Longitude
21 16°43'25,67280"S 43°52’06,15720”S Av. Cel. Prates, 236 – Centro
22 16°43'25,07160"S 43°51’58,44240”S R. Padre Augusto, 199 – Centro
23 16°43'27,40800"S 43.8639625 R. Cel. Joaquim Costa, 161 – Centro
24 16°43'25,30200"S 43°51’40,10040”S R. Belo Horizonte, 355 – Centro
25 16°43'14,73960"S 43°51’47,23920”S Av. Dulce Sarmento, 1643- Centro
26 16°43'13,93320"S 43°51’56,24280”S R. Dr. Veloso, 86 – Centro
27 16°43'15,71880"S 43°52’08,85360“S Av. Dep. Esteves Rodrigues, 1124 – Centro
28 16°43'05,82240"S 43°51’59,41800”S R. Mal. Deodoro, 99- Centro
29 16°43'05,54880"S 43°51’47,92320”S Av. Artur Bernardes, 127- Centro
30 16°43'03,99000"S 43°51’30,35520”S R. José Antônio Rodrigues, 93 - Alto São João
31 16°42'53,40600"S 43°51’31,17960”S R. Bernardinho Souto, 10-58 - Alto São João
32 16°42'59,30640"S 43°51'40,10760”S Av. Dep. Esteves Rodrigues, 565 – Centro
33 16°42'56,34720"S 43°51'52,17120”S Av. Dep. Esteves Rodrigues – Centro
Fonte: Elaborado pelo pesquisador
3.1 Resultados
Horário
Data L(dB) L(dB) NCA Conforme
Ponto
27/08/2020 Início Término Aeq AF max (dB) Sim/Não
Horário
Data L(dB) L(dB) NCA Conforme
Ponto
27/08/2020 Início Término Aeq AF max (dB) Sim/Não
auditivo.
No que se refere ao Ponto 05, foi estabelecido na Avenida Deputado Esteves
Rodrigues, 170 no bairro Melo, Montes Claros-MG (Figura 10).
Horário
Data L(dB) L(dB) NCA Conforme
Ponto
27/08/2020 Início Término Aeq AF max (dB) SIM/NÃO
O Ponto 06, situado a Rua Coração de Jesus, 275, Centro, Montes Claros-
MG apresenta-se na (Figura 11).
Horário
Data L(dB) L(dB) NCA Conforme
Ponto
27/08/2020 Início Término Aeq AF max (dB) SIM/NÃO
A medição do Ponto 08 foi realizada na Rua Melo Viana, 119, Santa Rita I,
Montes Claros-MG (Figura 13).
Horário
Data L(dB) L(dB) NCA Conforme
Ponto
27/08/2020 Início Término Aeq AF max (dB) SIM/NÃO
O Ponto 17 foi situado a Rua Dom João Pimenta, 328, no Centro de Montes
Claros (Figura 22).
No Ponto 22, os níveis dos ruídos também foram abaixo ao que a Norma
estabelece. No período matutino foi identificado um nível de frequência da pressão
sonora equivalente de 65,90 dB e, no período vespertino, de 68,18 dB. O nível de
frequência máxima ponderada foi de 83,00 dB (de manhã) e de 81,16 dB (à tarde).
78
A Rua Cel. Joaquim Costa, 161, no Centro, foi estabelecida como Ponto 23
(Figura 28).
Horário
Data L(dB) L(dB) NCA Conforme
Ponto
31/08/2020 Início Término Aeq AF max (dB) SIM/NÃO
Horário
Data L(dB) L(dB) NCA Conforme
Ponto
31/08/2020 Aeq AF max (dB) SIM/NÃO
Início Término
tarde).
O Ponto 25 foi fixado na Avenida Dulce Sarmento, 1643, no Centro (Figura
30).
O Ponto 26 foi fixado na Rua Doutor Veloso, 86, no Centro de Montes Claros
(Figura 31).
Em seus estudos Lacerda et al. (2005) faz um alerta para o fato de que as
pessoas estão a cada dia se habituando aos ruídos excessivos, devido à sua
exposição contínua, entendendo-os cada vez menos como algo incômodo,
consequentemente, os efeitos nocivos continuam a atuar no organismo.
Conforme Zannin (2002), a intensa exposição aos ruídos, principalmente
devido ao tráfego de veículos na área urbana tem causado efeitos à saúde, tanto na
ordem física, como a perda auditiva, quanto à ordem psicológica, como alteração do
90
No Bairro Alto São João em dois pontos registrou uma média de pressão
sonora no período matutino de (65,85dB) e no horário vespertino de (66,77dB). Já a
média de frequência máxima ponderada no horário matutino foi de (82,59dB) e no
vespertino (82,09dB).
No bairro Morrinhos também foram medidos dois locais, os quais a média de
pressão sonora foi (59,9dB) pela manhã e à tarde obteve-se (61,59dB) enquanto a
média de frequência máxima identificada foi (79,19dB) no horário matutino e no
período vespertino atingiu (81,12dB)
Para o bairro Melo a pressão sonora foi (68,93dB) matutino e (71,43dB) no
período vespertino; Frequência máxima ponderada (81,06dB) matutino e (88,8dB)
vespertino. E bairro Roxo verde ponto 14 o nível de pressão sonora no período
matutino foi de (61,77dB) e vespertino (66,92dB). Já a média da frequência máxima
ponderada atingiu (74,31dB) de manhã e à tarde obteve-se (85,02dB).
Os maiores problemas relacionados a ruídos excessivos e ou acima dos
limites permitidos pela Lei 10.100 no período diurno, ao tempo destas avaliações,
basicamente foi em decorrência do trânsito. Nesse contexto Oliveira et al., (2018)
reconhece um acentuado aumento da população urbana a partir do crescimento das
atividades econômicas e o desenvolvimento das tecnologias, desencadeando uma
série de mudanças ambientais ao longo do tempo. Com o crescimento das cidades,
centros urbanos e o aumento da população, a poluição sonora gerada por ruído de
trânsito, ruído de ambientes noturnos, indústrias e outros recursos tecnológicos,
resultam em impacto ambiental podendo interferir tanto no meio ambiente, quanto na
saúde populacional (FERREIRA, 2006).
Cabe ressaltar que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) realiza
um trabalho de fiscalização e os dados consolidados sobre denúncias de poluição
sonora no município são apurados, como emissão de relatórios desde 2017.
Quanto à definição dos pontos de monitoramento optou-se pela área central
da cidade, visto que o fluxo populacional é intenso e vem apresentando expressivo
crescimento ao longo dos anos. Dentre os 33 pontos analisados nesta região (2)
pertence ao bairro Alto São João; (22) bairro Centro; (1) bairro Melo; (2) bairro
Morrinhos; (1) bairro Roxo Verde e (5) bairro Santa Rita I. Ressalta-se essa escolha
por ser locais de vias urbanas que possibilitam captar sons advindos da
movimentação de veículos, pessoas e equipamentos.
As medições de ruído corroboram com Bistafa (2011), que explica que a
97
L(dB) L(dB)
Aeq Aeq
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Rik Ferreira, Santos, Luara Martins Oliva, França, Iara Soares de, Leite,
Marcos Esdras. Análise espacial do acesso à educação pública básica em Montes
Claros-MG. Revista de Geografia-PPGEO-UFJF. 2020. v.10. Ed.2. p. 239-260.
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