Manual de Residuos Solidos 28 03 2012
Manual de Residuos Solidos 28 03 2012
Manual de Residuos Solidos 28 03 2012
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P
M
PLANOS DE GESTO
DE RESDUOS SLIDOS:
MANUAL DE ORIENTAO
APOIANDO A IMPLEMENTAO DA POLTICA NACIONAL
DE RESDUOS SLIDOS: DO NACIONAL AO LOCAL
ICLEI 1 3/21/12 5:03 PM
Ministrio do Meio Ambiente
ICLEI - Brasil
Planos de gesto de resduos slidos: manual de orientao
Braslia, 2012
Bibliograa
ISBN: 978-85-99093-21-4
O Ministrio do Meio Ambiente e o ICLEI-Brasil autorizam a reproduo total ou parcial desta obra, por qualquer
meio convencional ou eletrnico, para ns de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Nenhum uso desta
publicao pode ser feito para revenda ou ns comerciais, sem prvia autorizao por escrito do Ministrio do Meio
Ambiente e do ICLEI Brasil.
ICLEI 2 3/21/12 5:03 PM
PLANOS DE GESTO
DE RESDUOS SLIDOS:
MANUAL DE ORIENTAO
APOIANDO A IMPLEMENTAO DA POLTICA NACIONAL
DE RESDUOS SLIDOS: DO NACIONAL AO LOCAL
GOVERNO FEDERAL
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE
ICLEI - GOVERNOS LOCAIS PELA SUSTENTABILIDADE
Braslia - DF
2012
ICLEI 3 3/21/12 5:03 PM
Membros do Grupo de Trabalho (GT1), criado no mbito do Comit Interministerial
REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidenta
Dilma Vana Roussef
Vice-Presidente
Michel Miguel Elias Temer Lulia
Membros do Comit Interministerial
ICLEI GOVERNOS LOCAIS PELA SUSTENTABILIDADE
Secretrio Geral ICLEI Internacional
Konrad Otto Zimmermann
Presidente ICLEI Brasil
Pedro Roberto Jacobi
Secretria Executiva Regional Interina para
Amrica do Sul - ICLEI SAMS
Florence Karine Lalo
Adriana Sousa SPG/MME
Alexandro Cardoso - MNCR
Aline Machado da Matta - SAE/PR
Andr Sinoti Anvisa/MS
Antnio Edson Guimares Farias SPG/MME
Arnaldo Carneiro SAE/PR
Carlos Eugnio Farias - SNIC
Cssia de Ftima Rangel - CGVAM/DSAST/SVS/MS
Daniela Buosi Rohlfs CGVAM/DSAST/SVS/MS
Digenes Del Bel ABETRE
Eder de Souza Martins CPAC/EMBRAPA
Edson Farias Mello SGM/MME
Evandro Soares - MDIC
Francisco Saia Almeida Leite - DDCOT/SNSA/
MCIDADES
Gilberto Werneck de Capistrano Filho IBAMA
Hideraldo Jos Coelho - CFIC/DEFIA/MAPA
Jamyle Calencio Grigoletto DSAST/SVS/MS
Joanes Silvestre da Cruz DNPM
Johnny Ferreira dos Santos DAGES/SNSA/
MCIDADES
Josiane Aline Silva SGM/MME
Jlio Csar Bachega - ABEMA/SEMA-MT
Jussara Kalil Pires - ABES
Lilian Sarrouf - CBIC
Luiz Henrique da Silva - MNCR
Marcelo Cavalcante de Oliveira - Anvisa/MS
Marcelo de Paula Neves Lelis - DARIN/SNSA/
MCIDADES
Nadja Limeira Arajo - DDCOT/SNSA/MCIDADES
Odilon Gaspar Amado Jnior ABETRE
Osama Maeyana CPRM
Patrcia Metzler Saraiva - COAGRE/DEPROS/SDC/
MAPA
Rafael Furtado SAE/PR
Rinaldo Mancin IBRAM
Rogrio Dias - COAGRE/DEPROS/SDC/MAPA
Ronessa B. de Souza CNPH/EMBRAPA
Sandro Medeiros - DAGES/SNSA/MCIDADES
Viviane Vilela Marques Anvisa/MS
Walter Lins Arcoverde DNPM
Wanderley Baptista - CNI
Wilma Santos Cruz SPG/MME
Wilson Pereira - SGM/MME
Hbrida Verardo Moreira Fam Titular - Ministrio
da Fazenda
Marcos Vincius Carneiro Tapajs Suplente -
Ministrio da Fazenda
Mrcio Antnio Teixeira Mazzaro Titular - MAPA
Jos Simplcio Maranho Suplente - MAPA
Johnny Ferreira dos Santos Titular MCidades
Marcelo de Paula Neves Lelis Suplente -
MCidades
Martim Vicente Gottschalk Titular - SRI
Paula Ravanelli Losada Suplente - SRI
Hamilton Moss de Souza Titular - MME
Helder Naves Torres Suplente - MME
Rmulo Paes de Sousa Titular - MDS
Jaira Maria Alba Puppim Suplente - MDS
Daniela Buosi Rohlfs Titular - MS
Cssia de Ftima Rangel - Suplente - MS
Guilherme Alexandre Wiedman Titular - MCT
Vivian Beatriz Lopes Pires Suplente - MCT
Igor Vincius de Souza Geracy Titular - MPOG
Miguel Crisstomo Brito Leite Suplente - MPOG
Silvano Silvrio da Costa Titular - MMA
Samyra Brollo de Serpa Crespo Suplente - MMA
Heloisa Regina Guimares de Menezes Titular -
MDIC
Alexandre Comin Suplente - MDIC
Wellington Kublisckas Titular Casa Civil
Welington Gomes Pimenta Suplente Casa Civil
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE
Ministra
Izabella Mnica Vieira Teixeira
Secretrio Executivo
Francisco Gaetani
Secretrio de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano
Nabil Georges Bonduki
Diretor de Ambiente Urbano
Silvano Silvrio da Costa
ICLEI 4 3/21/12 5:03 PM
FICHA TCNICA
Superviso Geral:
Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano do Ministrio do Meio Ambiente
ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade
Concepo, Organizao e Coordenao Geral:
Equipe ICLEI Projeto GeRes
Florence Karine Lalo, Coordenadora Geral
Gabriela Alem Appugliese, Coordenadora de Projetos
Sophia Picarelli, Assistente de Projetos
Elaborao de Texto:
Consultoria: I&T Gesto de Resduos
Tarcsio de Paula Pinto (Coordenao)
Luiz Alexandre Lara
Augusto Azevedo da Silva
Maria Stella Magalhes Gomes
Ministrio do Meio Ambiente
Hidely Grassi Rizzo
Joo Geraldo Ferreira Neto
Ivana Marson Sanches
Eduardo Rocha Dias Santos
Reviso geral: Regina Bueno de Azevedo
Projeto grco: OZR
Diagramao: Cristiane Viana
Fotos de Capa:
Jos Cruz/ABr
Janine Moraes/ABr
Arcadis Logos S.A.
Acervo ICLEI
Colaborao:
Equipe SRHU/MMA
Nabil Bonduki, Secretrio de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano
Srgio Antonio Gonalves, Chefe de Gabinete
Silvano Silvrio da Costa, Diretor de Ambiente Urbano
Moacir Moreira da Assuno, Gerente de Projeto
Ronaldo Hiplito Soares, Gerente de Projeto
Saburo Takahashi, Gerente de Projeto
Zilda Maria Faria Veloso, Gerente de Projeto
Ana Flvia Rodrigues Freire, Analista de Infraestrutura
Claudia Monique Frank de Albuquerque, Assessora Tcnica
Eduardo Rocha Dias Santos, Analista de Infraestrutura
Edmilson Rodrigues da Costa, Tcnico Especializado
Hidely Grassi Rizzo, Analista Ambiental
Ingrid Pontes Barata Bohadana, Analista de Infraestrutura
Ivana Marson, Tcnica Especializada
Joo Geraldo Ferreira Neto, Analista de Infraestrutura
Joaquim Antonio de Oliveira, Analista Ambiental
Josa Maria Barroso Loureiro, Tcnica Especializada
Marcelo Chaves Moreira, Analista de Infraestrutura
Maria Luiza Jungles, Tcnica Especializada
Mirtes Vieitas Boralli, Tcnica Especializada
Rosngela de Assis Nicolau, Analista Ambiental
Sabrina Gimenes de Andrade, Analista Ambiental
Slvia Cludia Semensato Povinelli, Analista de Infraestrutura
Tania Maria Mascarenhas Pinto, Tcnica Especializada
Thas Brito de Oliveira, Analista de Infraestrutura
Silvia Regina da Costa Gonalves , Tcnica Especializada
Vincios Hiczy do Nascimento, Tcnico Especializado
ICLEI 5 3/21/12 5:03 PM
6
SUMRIO
PREFCIO
APRESENTAO
AGRADECIMENTOS
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
INTRODUO
1
2
3
4
ASPECTOS LEGAIS
1. Quadro institucional geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.1. A Lei Federal de Saneamento Bsico . . . . . . . . . . . . . . 18
1.2. Poltica Nacional sobre Mudana do Clima . . . . . . . . 20
1.3. Lei Federal de Consrcios Pblicos . . . . . . . . . . . . . . . 21
2. A Lei e a Poltica Nacional de
Resduos Slidos (PNRS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3. O Plano Nacional de Resduos Slidos . . . . . . . . . . . . 27
ORIENTAES PARA ELABORAO
DOS PLANOS
1. Metodologia para elaborao dos planos . . . . . . . . . 31
1.1. Mobilizao e participao social . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.2. Organizao do processo participativo . . . . . . . . . . . 32
2. Elaborao do diagnstico e dos
cenrios futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3. Denio das diretrizes e estratgias . . . . . . . . . . . . . 38
4. Metas, programas e recursos necessrios . . . . . . . . . 42
5. Implementao das aes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
6. Dos prazos, do horizonte temporal
e das revises . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
7. Passo a Passo: o processo de
elaborao do PGIRS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Apndice: Situao dos Resduos Slidos . . . . . . . . . . . 48
1. Classicao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
2. Gerao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
3. Coleta e transporte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO
ESTADUAL DE RESDUOS SLIDOS PERS
1. O processo de elaborao do PERS . . . . . . . . . . . . . . . 64
2. Diagnstico da situao dos resduos slidos . . . . . 65
3. Regionalizao e proposio de arranjos
intermunicipais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
4. Cenrios, diretrizes e estratgias . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
4.1. Cenrios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
4.2. Diretrizes e estratgias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
4.3. Metas, programas, projetos e aes . . . . . . . . . . . . . . . 69
4.4. Fontes de recursos nanceiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
4.5. Sistemtica de acompanhamento, controle, e
avaliao da implementao do PERS . . . . . . . . . . . . . 70
4.6. Planos de gesto de resduos slidos e
as mudanas do clima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
5. Solicitao de recursos ao MMA Roteiro para
elaborao do plano de trabalho do PERS . . . . . . . . 73
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE
GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS
PGIRS
1. Plano de Gesto Integrada de Resduos
Slidos - PGIRS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
2. Diagnstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
2.1. Aspectos gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
2.2. Aspectos socioeconmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
2.3. Saneamento bsico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
2.4. Resduos slidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
2.5. Legislao local em vigor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
2.6. Estrutura operacional, scalizatria e gerencial . . . . 80
2.7. Educao ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
ICLEI 6 3/21/12 5:03 PM
7
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
4
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE
GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS
PGIRS
3. A situao dos resduos slidos municipais . . . . . . . 83
3.1. Destinao e disposio nal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
3.2. Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
3.3. Competncias e responsabilidades . . . . . . . . . . . . . . . 88
3.4. Carncias e decincias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
3.5. Iniciativas relevantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
3.6. Legislao e normas brasileiras aplicveis . . . . . . . . . 90
4. Plano de Ao: aspectos gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
4.1. Perspectivas para a gesto associada . . . . . . . . . . . . . 91
4.2. Denio das responsabilidades
pblicas e privadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
5. Diretrizes, estratgias, programas, aes e metas
para o manejo diferenciado dos resduos . . . . . . . . . 94
5.1. Diretrizes especcas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
5.2. Estratgias de implementao e redes
de reas de manejo local ou regional . . . . . . . . . . . . . 96
5.3. Metas quantitativas e prazos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
5.4. Programas e aes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
6. Diretrizes, estratgias, programas, aes e metas
para outros aspectos do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
6.1. Denio de reas para disposio nal . . . . . . . . . . 103
6.2. Planos de gerenciamento obrigatrios . . . . . . . . . . 105
6.3. Aes relativas aos resduos com
logstica reversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
6.4. Indicadores de desempenho para os
servios pblicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
6.5. Aes especcas nos rgos da
administrao pblica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
6.6. Iniciativas para a educao
ambiental e comunicao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
6.7. Denio de nova estrutura gerencial . . . . . . . . . . . . 111
6.8. Sistema de clculo dos custos
operacionais e investimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
6.9. Forma de cobrana dos custos dos
servios pblicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
6.10. Iniciativas para controle social . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
6.11. Sistemtica de organizao das informaes
locais ou regionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
6.12. Ajustes na legislao geral e especca . . . . . . . . . . 116
6.13. Programas especiais para as questes
e resduos mais relevantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
6.14. Aes para a mitigao das emisses dos
gases de efeito estufa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
6.15. Agendas setoriais de implementao
do PGIRS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
6.16. Monitoramento e vericao de resultados . . . . . 121
7. Itemizao proposta para o Plano de Gesto
Integrada de Resduos Slidos PGIRS . . . . . . . . . 123
8. Solicitao de Recursos ao MMA Roteiros para
Elaborao do Plano de Trabalho do PGIRS . . . . . . 125
8.1. Roteiro Para Elaborao do Plano de
Trabalho do PGIRS Intermunicipal . . . . . . . . . . . . . . . . 125
8.2. Roteiro Para Elaborao do Plano de Trabalho
do PGIRS Municipal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
ANEXOS
1. Referncias Bibliogrcas e Documentos de
Referncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
2. Acervo de endereos eletrnicos . . . . . . . . . . . . . . . . 146
3. Caracterizao de resduos urbanos em diversas
localidades brasileiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
4. Glossrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
ICLEI 7 3/21/12 5:03 PM
8
PREFCIO
O desao da sustentabilidade urbana passou a
ocupar um papel de destaque dentre os eixos estra-
tgicos do Ministrio do Meio Ambiente (MMA). No
sem tempo: hoje mais de 165 milhes de pessoas, ou
seja, 85% dos brasileiros, vivem em cidades e sua qua-
lidade de vida depende, em boa medida, de polticas
pblicas, de diferentes setores da administrao, que
levem em conta os aspectos ambientais.
Embora temas como o desmatamento e o cdigo
orestal, as mudanas climticas, a proteo da biodi-
versidade, o patrimnio gentico e a agricultura sus-
tentvel continuem a ser prioritrios, no podemos
esquecer da chamada agenda marrom, pois o lixo e
esgoto so dois dos principais problemas ambientais
do Pas. Outras questes urbanas, como a qualidade
do ar, profundamente vinculada aos modais de mo-
bilidade e s fontes de energia por eles utilizados; o
manejo das guas pluviais e a drenagem urbana; a
ocupao dos mananciais e das reas de Proteo
Permanente, com fortes impactos na ocorrncia de
desastres naturais; a preservao dos espaos verdes
e a construo sustentvel so alguns exemplos de
forte relao entre temas ambientais e as polticas ur-
banas.
Nessa agenda emergente do MMA, relacionada
com a sustentabilidade urbana, a implementao da
Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS), aprova-
da por meio da Lei n 12.305/10 depois de vinte anos
de tramitao no Congresso Nacional, tornou-se uma
prioridade. Acabar com os lixes at 2014 e implantar
a coleta seletiva, a logstica reversa e a compostagem
dos resduos midos, objetivos estabelecidos por essa
lei, so desaos para o poder pblico e para o setor
privado no Pas e, em especial, para os municpios, ti-
tulares dos servios de limpeza pblica. A mesma lei
estabeleceu que, aps agosto de 2012, a Unio ape-
nas poder rmar convnios e contratos para o re-
passe de recursos federais para estados e municpios,
em aes relacionadas com esse tema, se eles tiverem
formulado seus planos de gesto de resduos slidos.
Assim, para apoiar as iniciativas dos demais entes
federativos, com grande satisfao que o Minist-
rio do Meio Ambiente por meio da Secretaria de
Recursos Hdricos e Ambiente Urbano (SRHU), rgo
responsvel pela agenda de qualidade ambiental ur-
bana disponibiliza esse manual de orientao para
a elaborao dos Planos de Gesto de Resduos Sli-
dos, realizado em parceria com o ICLEI Brasil, com o
apoio da Embaixada Britnica. Sua elaborao faz par-
te de uma srie de aes que vem sendo realizadas
pela SRHU/MMA para implementar a Lei n 12.305/10,
entre as quais cabe ressaltar o repasse de recursos fe-
derais para estados, municpios e consrcios pblicos
possam formular seus planos de gesto de resduos
slidos.
ICLEI 8 3/21/12 5:03 PM
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
9
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
A publicao ora lanada faz parte desse esforo
para apoiar o desenvolvimento institucional, elemen-
to indispensvel para a implementao da PNRS. O
manual traz orientaes para que os planos de res-
duos slidos possam ser elaborados de acordo com as
diretrizes denidas pela Lei n 12.305/10 e pelo Pla-
no Nacional de Resduos Slidos, levando ainda em
conta as especicidades e a diversidade que caracte-
rizam a rede urbana brasileira, evitando-se a criao
de modelos prontos e repetitivos. Objetiva-se, ainda,
capacitar os diferentes segmentos da sociedade, in-
teressados na questo dos resduos slidos, para que
eles possam participar efetivamente do processo de
debate e de consulta pblica que devem ser realiza-
dos no mbito da elaborao dos planos.
Com essa iniciativa, o MMA contribui para qualicar
o poder pblico, o setor privado, a sociedade civil or-
ganizada, as cooperativas de catadores e os cidados
em geral no grande esforo nacional necessrio para
cumprir as ousadas metas estabelecidas na PNRS, de
modo a colocar o Brasil dentre as ainda poucas na-
es do planeta que conseguiram, de forma ambien-
talmente correta e garantindo a incluso social, dar
aproveitamento econmico para os resduos slidos.
Izabella Teixeira
Ministra de Estado do Meio Ambiente
ICLEI 9 3/21/12 5:03 PM
10
APRESENTAO:
O empenho em implementar a Poltica Nacional de Resduos Slidos
A Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urba-
no do Ministrio do Meio Ambiente (SRHU/MMA) est
fortemente empenhada em implementar a Poltica
Nacional de Resduos Slidos (PNRS), instituda pela
Lei n 12.305/10 e regulamentada pelo Decreto n
7.404/10. Trata-se de uma prioridade da nossa agen-
da de sustentabilidade urbana, que ganha, crescen-
temente, maior protagonismo no mbito do Governo
Federal, com o apoio do Comit Interministerial de Re-
sduos Slidos, formado por 12 ministrios sob a coor-
denao do Ministrio do Meio Ambiente e do Frum
de Cidadania e Direitos, coordenado pela Secretaria
Geral da Presidncia da Repblica.
O esforo que vem sendo realizado busca tirar a Lei
n 12.305/10 do papel e garantir que ela se torne, efeti-
vamente, uma referncia para o enfrentamento de um
dos mais importantes problemas ambientais e sociais
do pas. O enorme envolvimento do diferentes seg-
mentos da sociedade no debate do tema e, sobretudo,
nas audincias regionais e na consulta pblica realiza-
das no segundo semestre de 2011 para debater o Plano
Nacional de Resduos Slidos, mostra que a lei pegou
e que mobiliza tanto o setor pblico como o privado,
alm das cooperativas de catadores, movimentos so-
ciais e ambientalistas. Nota-se uma forte coeso em
torno dos princpios da lei, baseados na responsabili-
dade compartilhada, planejamento da gesto, incluso
social dos catadores, produo e consumo sustentveis
e valorizao econmica dos resduos.
As aes realizadas desde 2011 pela SRHU contri-
buem em vrios sentidos na implementao da PNRS,
envolvendo, entre outras, a criao de grupos de tra-
balho para desenhar a modelagem da logstica rever-
sa de cinco cadeias produtivas (eletroeletrnicos, em-
balagens de leos lubricantes, lmpadas de vapor
de sdio e mercrio, descarte de medicamentos e em-
balagens em geral); a formulao dos programas de
investimentos do Governo Federal para apoiar a eli-
minao dos lixes e a implantao da coleta seletiva,
e a realizao de campanhas de comunicao social
e educao ambiental (Separe o lixo e acerte na lata),
que visam mudar o comportamento da populao em
relao ao lixo e estimular a coleta seletiva.
Instrumento fundamental da PNRS, a elaborao do
Plano Nacional foi o primeiro passo do planejamento
da gesto de resduos slidos no pas, estabelecendo,
com horizonte temporal de vinte anos, diretrizes, cen-
rios, metas e programas de ao, prevendo-se revises
a cada quatro anos, compatibilizadas com os Planos
Plurianuais de Investimentos (PPA) do Governo Federal.
Como seu desdobramento natural, imprescindvel
que todos os entes da federao desenvolvam, com
participao da sociedade, planos de gesto capazes
de equacionar o enfrentamento da questo dos res-
duos slidos nos seus respectivos territrios, estabele-
cendo as estratgias gerenciais, tcnicas, nanceiras,
operacionais, urbanas e socioambientais para que to-
dos os lixes do pas possam ser eliminados at 2014
ICLEI 10 3/21/12 5:03 PM
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
11
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
e melhorar os indicadores de coleta seletiva, logstica
reversa, reciclagem e compostagem.
A Lei n 12.305/10 exige que estados e municpios
apresentem esses planos para que possam rmar con-
vnios e contratos com a Unio para repasse de recur-
sos nos programas voltados para a implementao da
poltica. Para apoiar os entes subnacionais nesse desa-
o, o Governo Federal, por intermdio da SRHU/MMA,
est criando condies, com recursos e suporte tcnico,
para a realizao de planos estaduais e intermunicipais.
Nesse contexto se insere a formulao dessa publica-
o Planos de Gesto de Resduos Slidos: Manual de
Orientao, realizada atravs de uma parceria entre a
SRHU/MMA e o ICLEI, com o suporte nanceiro da Em-
baixada Britnica, a quem agradecemos.
Realizada por tcnicos especializados, sob a su-
perviso do Departamento de Ambiente Urbano da
SRHU, a presente publicao tem como objetivo sub-
sidiar o poder pblico, prossionais e representantes
da sociedade civil na elaborao dos planos de resdu-
os slidos, estabelecendo os procedimentos necess-
rios para o manejo e destinao ambientalmente ade-
quados de resduos e rejeitos admitida pelos rgos
competentes do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilncia Sanit-
ria (SNVS) e do Sistema nico de Ateno Sanidade
Agropecuria (Suasa), entre elas a disposio nal, ob-
servando normas operacionais especcas de modo a
evitar danos ou riscos sade pblica e segurana e
a minimizar os impactos ambientais adversos.
Este manual visa ser uma ferramenta til para a orien-
tao de todos aqueles que lidam com os resduos sli-
dos, dentro do enfoque de uma gesto integrada. Longe
de pretender criar um modelo de plano, a publicao
busca difundir um mtodo sucientemente exvel para
que, a partir do conhecimento de como fazer, seja pos-
svel atender, da melhor maneira possvel, s necessida-
des e realidade de cada municpio, estado ou regio.
Nessa perspectiva, o manual trabalha com a con-
cepo, consagrada pelo Estatuto da Cidade, de que
o planejamento das polticas pblicas deve prever
mecanismos de participao e controle social. Assim,
ele um instrumento importante para garantir uma
interveno qualicada da sociedade, seja por meio
dos conselhos institucionais relacionados com as re-
as de saneamento, meio ambiente, sade e desenvol-
vimento urbano, seja atravs da mobilizao de mo-
vimentos sociais, organizaes locais de catadoras e
catadores de materiais reciclveis e de fruns, como
os de Lixo e Cidadania e de Economia Solidria.
Com mais essa iniciativa, a SRHU/MMA espera contri-
buir para a promoo do desenvolvimento institucional
dos entes federativos no setor de resduos slidos, no
sentido de criar as condies para que eles possam cum-
prir seus papis no desao de alcanar as ousadas metas
estabelecidas na Lei n 12.305/10 e no Plano Nacional de
Resduos Slidos. Sabe-se que essas metas apenas sero
alcanadas com o envolvimento do poder pblico em
todos os seus nveis, setor privado e sociedade organiza-
da. nesse sentido que estamos trabalhando.
Nabil Bonduki
Secretrio de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano
Ministrio do Meio Ambiente
ICLEI 11 3/21/12 5:03 PM
12
AGRADECIMENTOS
O Ministrio do Meio Ambiente, por meio de sua
Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano e
o ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade, Secre-
tariado para Amrica do Sul gostariam de agradecer a
todos aqueles que colaboraram para a realizao des-
te Manual de Orientao, no qual buscamos dar sub-
sdios aos estados e municpios na elaborao de seus
planos de gesto de resduos slidos.
Agradecemos em especial ao Ministrio das Re-
laes Exteriores do Reino Unido, por meio da Em-
baixada Britnica em Braslia e do Fundo de Prospe-
ridade Prosperity Fund, que patrocinou e apoiou
o Projeto GeRes Gesto de Resduos Slidos, possi-
bilitando a criao deste Manual; I&T Gesto de Re-
sduos e consultores por trazerem suas experincias
e conhecimento na elaborao do relatrio tcnico
que embasou este Manual; aos tcnicos e executivos
do governo federal, particularmente equipe da Se-
cretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano e
a todos que se empenharam por viabilizar as aes
propostas pelo projeto.
Por m, um agradecimento especial aos parceiros,
que em algum momento estiveram envolvidos nas
atividades do projeto, e aos colegas do ICLEI-SAMS e
da equipe internacional do ICLEI, que nos tm apoia-
do com seu prossionalismo e amizade.
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Resduos industriais.
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Posto de entrega de embalagens de agrotxicos.
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Depsito de lixo eletrnico.
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ICLEI 40 3/21/12 5:03 PM
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SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Resduos agrosilvopastoris madeireiros.
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Resduos da construo civil.
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ICLEI 41 3/21/12 5:03 PM
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PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
4. METAS, PROGRAMAS E RECURSOS NECESSRIOS
U
ma vez estabelecidas as diretrizes e estrat-
gias, os Planos de Gesto devero denir as
metas quantitativas para as quais sero desen-
volvidos programas e aes. As diretrizes e prazos
determinados pela Lei 12.305/2010 e as peculiari-
dades sociais, econmicas, culturais, territoriais, etc.
do Estado e dos Municpios nortearo a denio
das metas. Ser certamente importante considerar,
de incio, duas denies da Poltica Nacional de Re-
sduos Slidos vedado o acesso aos recursos da
Unio sem elaborao do PGIRS a partir de agosto
de 2012, e a diretriz de que em agosto de 2014 es-
tejam encerrados os lixes (MMA, 2011).
As metas quantitativas devero ser xadas por per-
odo, considerando-se como melhor hiptese o lana-
mento por quadrinios, vinculados aos anos de pre-
paro dos planos plurianuais, e portanto momentos de
reviso dos Planos de Gesto. Devero ser compatibi-
lizadas, principalmente a exigncia legal, a capa-
cidade de investimento e a capacidade gerencial,
entre outros fatores.
Alguns programas e aes so primordiais, por seu
carter estruturante, imprescindveis para o sucesso
de todo o conjunto de aes. Destacam-se:
a constituio de equipes tcnicas capacitadas;
o disciplinamento das atividades de geradores,
transportadores e receptores de resduos;
a formalizao da presena dos catadores no pro-
cesso de gesto;
a implementao de mecanismos de controle e s-
calizao;
a implementao de iniciativas de gesto de res-
duos e compras sustentveis nos rgos da admi-
nistrao pblica;
a estruturao de aes de educao ambiental;
o incentivo implantao de atividades processa-
doras de resduos.
O Comit Diretor e o Grupo de Sustentao deve-
ro enfatizar a necessidade de planejamento para as
questes mais relevantes.
O desenvolvimento de Programas Prioritrios
para os resduos que tm presena mais signicativa
nas cidades importante, por tratarem-se dos que
empregam mais recursos humanos, fsicos e nancei-
ros para sua gesto.
Os Planos de Gesto devero apontar as fontes de
recursos para a implementao das aes e progra-
mas, o que deve condicionar o estabelecimento das
metas. O Manual recentemente publicado pelo Banco
do Brasil, em parceria com o MMA e o MCidades apon-
ta as diversas fontes de recursos disponveis, reembol-
sveis e no reembolsveis.
ICLEI 42 3/21/12 5:03 PM
43
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Agenda Ambiental na Administrao Pblica - A3P
A A3P pode ser vista como estratgia de cons-
truo de uma nova cultura institucional que visa
incorporao de critrios socioambientais na admi-
nistrao pblica. estruturada nas seguintes prin-
cipais razes:
- o poder pblico grande consumidor de recur-
sos naturais;
- tem papel importante na promoo de padres de
produo e consumo ambientalmente sustentveis e,
- deve servir de exemplo na reduo de impactos
socioambientais negativos com origem na ativida-
de pblica.
So objetivos da A3P:
- combate a todas as formas de desperdcio de
recursos naturais e bens pblicos;
- incluso de critrios socioambientais nos inves-
timentos, compras e contrataes de servios dos
rgos governamentais;
- gesto adequada de todos os resduos gerados e,
- sensibilizao dos servidores pblicos quanto
aos aspectos ambientais e de melhoria da qualida-
de do ambiente de trabalho.
Para saber mais, acesse a publicao Agenda Am-
biental na Administrao Pblica`, disponvel em:
http://www.mma.gov.br/estruturas/a3p/_arqui-
vos/cartilha_a3p_36.pdf
Informaes sobre fontes de recursos:
Manual Gesto Integrada de Resduos Sli-
dos
Parceria: Banco do Brasil MMA - MCidades
http://www.bb.com.br/docs/pub/inst/
dwn/3FontesFinan.pdf
Conforme a Lei 12.305/2010 o poder pblico pode-
r instituir medidas indutoras e linhas de nanciamen-
to voltadas melhoria da gesto dos resduos. Esta
disposio tem especial importncia no caso dos Pla-
nos Estaduais pelas possibilidades que se abrem para
a denio de programas especiais de agncias de
fomento, instituies nanceiras e outras, existentes
no mbito estadual com repercusso nos municpios
e regies do Estado (BRASIL, 2010b).
ICLEI 43 3/21/12 5:03 PM
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PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
5. IMPLEMENTAO DAS AES
A
s diculdades nanceiras e a fragilidade da ges-
to de grande parte dos municpios brasileiros
para a soluo dos problemas relacionados aos
resduos slidos abrem espao para que as cidades
se organizem coletivamente visando a construo
de planos intermunicipais de gesto integrada de
resduos slidos. Os prazos que a Poltica Nacional
estabelece para que os municpios dem soluo am-
bientalmente adequada aos resduos podem reforar
a opo por consrcios pblicos, e esta pode ser uma
opo decisiva para o processo de implementao.
Os elevados recursos empenhados na gesto e no
manejo dos resduos slidos exigem a criao de ins-
trumentos de recuperao dos custos para tornar eco-
nomicamente sustentveis esses servios pblicos.
A soluo adequada desta questo determinar as
possibilidades de sucesso dos Planos de Gesto, prin-
cipalmente no mbito local. A discusso e implemen-
tao de instrumentos para a recuperao dos custos
poder ser mais produtiva se realizada no mbito da
gesto associada dada a maior diversidade de par-
metros a serem ponderados em conjunto pelo Comit
Diretor e Grupo de Sustentao.
Podero ser fontes de recursos para as instncias
gestoras: a cobrana proporcional ao volume de res-
duos slidos gerados por domiclios e outras fontes;
recursos oramentrios, oriundos da prestao de ser-
vios; recurso oriundo da venda de materiais recicl-
veis, etc.
A construo dos Planos de Gesto de Resduos
Slidos baseada na mobilizao e participao so-
cial dever resultar em um pacto em nvel local e
regional, entre todos os agentes econmicos e so-
ciais para a sua implementao - cada qual com sua
responsabilidade. Assim, aps o trmino do proces-
so de construo, ser necessrio instituir agendas
de implementao, por grupos de interesse ou tipo
de resduo, contendo as responsabilidades e novas
condutas. Os rgos pblicos municipais tambm
tero sua agenda, assim como os estaduais e fede-
rais.
importante que se tenha clara a responsabilida-
de do poder pblico na elaborao dessas agendas
de continuidade para que no haja espao vazio
entre a formalizao do Plano e sua efetiva imple-
mentao.
ICLEI 44 3/21/12 5:03 PM
45
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
6. DOS PRAZOS, DO HORIZONTE TEMPORAL E DAS REVISES
O
Art. 4 da Lei 12.305/2010 dene quais planos in-
tegram a PNRS. No quadro abaixo, esto relaciona-
dos os planos de atribuio pblica e seus respec-
tivos prazos estabelecidos pelo Decreto n 7.404/2010.
PRAZOS
ESFERA Plano Elaborao Vigncia
Horizonte
de atuao
Atualizao ou Reviso
Federal
Plano Nacional de
Resduos Slidos
Verso
preliminar at
junho de 2011
Indeterminado 20 anos A cada 4 anos (previso)
Estadual
Plano Estadual de
Resduos Slidos Agosto de 2012
A elaborao
condio para
o acesso dos
Estados aos
recursos da
Unio, ou por
ela controlados.
Indeterminado 20 anos A cada 4 anos (previso)
Plano Microrregional
de Resduos Slidos
Plano de Resduos
Slidos de Regies
Metropolitanas ou
Aglomeraes Urbanas
Municipal
Plano Municipal de
Gesto Integrada de
Resduos Slidos
Agosto de 2012
A elaborao
condio para
o acesso dos
Municpios aos
recursos da
Unio, ou por
ela controlados.
Indeterminado 20 anos
Prioritariamente, no mximo a cada 4 anos,
junto com a reviso do plano plurianual.
Esta exigncia, para o mbito local, faz do
PGIRS uma pea viva, que se reinventa a
cada nova discusso pblica, renovando o
repertrio de conhecimento sobre o assunto
por parte da comunidade; incorporando
novas tecnologias nos processos de gesto,
manejo, processamento e destinao nal;
incorporando novos procedimentos e
descartando os que j no mais se mostrem
ecientes ou viveis.
Plano Intermunicipal
de Resduos Slidos
Municpios com menos
de 20 mil habitantes
podero adotar planos
simplicados de gesto
de resduos slidos.
ICLEI 45 3/21/12 5:03 PM
46
ORIENTAES PARA ELABORAO DOS PLANOS
7. PASSO A PASSO: O PROCESSO DE ELABORAO DO PGIRS
N
os municpios, nas regies em consorciamento
ou em consrcio pblico j constitudo, o pro-
cesso de elaborao do Plano de Gesto In-
tegrada de Resduos Slidos (PGIRS), pode seguir
uma metodologia passo a passo, tal como indicada
a seguir, avanando gradativamente dos primeiros es-
foros de estruturao das instncias de elaborao,
para a fase de diagnstico participativo, para o plane-
jamento coletivo das aes e, por nal, para a etapa de
implementao.
1. reunio dos agentes pblicos envolvidos e
denio do Comit Diretor para o processo
2. identicao das possibilidades e alternativas
para o avano em articulao regional com ou-
tros municpios
3. estruturao da agenda para a elaborao do
PGIRS
4. identicao dos agentes sociais, econmi-
cos e polticos a serem envolvidos (rgos dos
executivos, legislativos, ministrio pblico, en-
tidades setoriais e prossionais, ONGS e asso-
ciaes, etc.) e constituio do Grupo de Sus-
tentao para o processo
5. estabelecimento das estratgias de mobiliza-
o dos agentes, inclusive para o envolvimento
dos meios de comunicao (jornais, rdios e
outros)
6. elaborao do diagnstico expedito (com
apoio dos documentos federais elaborados
pelo IBGE, Ipea, SNIS) e identicao das pecu-
liaridades locais
7. apresentao pblica dos resultados e valida-
o do diagnstico com os rgos pblicos
dos municpios e com o conjunto dos agentes
envolvidos no Grupo de Sustentao (pode ser
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ICLEI 46 3/21/12 5:03 PM
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SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
interessante organizar apresentaes por gru-
pos de resduos)
8. envolvimento dos Conselhos Municipais de
Sade, Meio Ambiente e outros na validao
do diagnstico
9. incorporao das contribuies e preparo de
diagnstico consolidado
10. denio das perspectivas iniciais do PGIRS, in-
clusive quanto gesto associada com munic-
pios vizinhos
11. identicao das aes necessrias para a supe-
rao de cada um dos problemas
12. denio de programas prioritrios para as
questes e resduos mais relevantes com base
nas peculiaridades locais e regionais em con-
junto com o Grupo de Sustentao
13. denio dos agentes pblicos e privados res-
ponsveis pelas aes a serem arroladas no
PGIRS
14. denio das metas a serem perseguidas em
um cenrio de 20 anos (resultados necessrios e
possveis, iniciativas e instalaes a serem imple-
mentadas e outras)
15. elaborao da primeira verso do PGIRS (com
apoio em manuais produzidos pelo Governo Fe-
deral e outras instituies) identicando as pos-
sibilidades de compartilhar aes, instalaes e
custos, por meio de consrcio regional
16. estabelecimento de um plano de divulgao da
primeira verso junto aos meios de comunica-
o (jornais, rdios e outros)
17. apresentao pblica dos resultados e valida-
o do plano com os rgos pblicos dos mu-
nicpios, e com o conjunto dos agentes envolvi-
dos no Grupo de Sustentao (ser importante
organizar apresentaes em cada municpio
envolvido, inclusive nos seus Conselhos de Sa-
de, Meio Ambiente e outros)
18. incorporao das contribuies e consolidao
do PGIRS
19. discusses e tomada de decises sobre a con-
verso ou no do PGIRS em lei municipal, res-
peitada a harmonia necessria entre as leis de
diversos municpios, no caso de constituio de
consrcio pblico
20. divulgao ampla do PGIRS consolidado
21. denio da agenda de continuidade do proces-
so, de cada iniciativa e programa, contemplando
inclusive a organizao de consrcio regional e a
reviso obrigatria do PGIRS a cada 4 anos
22. monitoramento do PGIRS e avaliao de resul-
tados
ICLEI 47 3/21/12 5:03 PM
48
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
APNDICE: SITUAO DOS RESDUOS SLIDOS
O
diagnstico sobre a situao dos resduos s-
lidos dever relacionar e classicar todos os
resduos existentes nas localidades, as condi-
es de gerao e as formas de coleta e transporte
adotadas. Esta seo do Manual trata das informaes
gerais que auxiliaro na distino e na denio da
situao local dos resduos slidos.
1. Classicao
Resduos Slidos Domiciliares - RSD
Corresponde aos resduos originrios de atividades
domsticas em residncias urbanas; composto por
resduos secos e resduos midos (RSU).
Os resduos secos so constituidos principalmen-
te por embalagens fabricadas a partir de plsticos,
papis, vidros e metais diversos, ocorrendo tambm
produtos compostos como as embalagens longa
vida e outros. H predominncia de produtos fabrica-
dos com papis (39%) e plsticos (22%), conforme le-
vantamento realizado pelo Compromisso Empresarial
pela Reciclagem (VILHENA, 2001).
J os resduos midos so constitudos principal-
mente por restos oriundos do preparo dos alimentos.
Contm partes de alimentos in natura, como folhas,
cascas e sementes, restos de alimentos industrializa-
dos e outros.
Os estudos que embasaram o Plano Nacional de
Resduos Slidos apontaram uma composio mdia
nacional de 31,9% de resduos secos e 51,4% de res-
duos midos no total dos resduos slidos urbanos
coletados. Cada localidade tem seu quadro especco,
que poder ser revelado por caracterizaes realiza-
das periodicamente, cumprindo os procedimentos
das normas brasileiras. No Anexo 3, encontra-se uma
planilha com a caracterizao de resduos domiciliares
que poder permitir uma viso das peculiaridades das
regies e dos portes de municpios (MMA, 2011).
Resduos Slidos Domiciliares Rejeitos
Referem-se s parcelas contaminadas dos resduos
domiciliares: embalagens que no se preservaram se-
cas, resduos midos que no podem ser processados
Papis representam 39% dos resduos slidos domiciliares secos.
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SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
em conjunto com os demais, resduos das atividades
de higiene e outros tipos. Segundo os estudos que
embasaram o Plano Nacional de Resduos Slidos,
correspondem a 16,7% do total, em uma caracteriza-
o mdia nacional (MMA, 2011).
sduos de feiras pblicas e eventos de acesso aberto
ao pblico (BRASIL, 2007a).
Os resduos da varrio so constitudos por mate-
riais de pequenas dimenses, principalmente os car-
reados pelo vento ou oriundos da presena humana
nos espaos urbanos. comum a presena de areia
e terra, folhas, pequenas embalagens e pedaos de
madeira, fezes de animais e outros. As atividades de
varrio, muitas vezes, limitam-se s vias centrais e
centros comerciais dos municpios.
Mesclam-se com as atividades de limpeza pblica
aquelas de carter corretivo, que so feitas nos cos-
tumeiros pontos viciados de cada municpio. Nestes
pontos observa-se a presena signicativa de resdu-
os da construo, inclusive solo, resduos volumosos
e resduos domiciliares. Os prossionais encarregados
da coordenao desta atividade em campo conseg-
uem descrever a composio percentual dos materi-
ais recolhidos.
Resduos da Construo Civil e Demolio RCC
Nestes resduos predominam materiais triturveis
como restos de alvenarias, argamassas, concreto e as-
falto, alm do solo, todos designados como RCC classe
A (reutilizveis ou reciclveis). Correspondem, a 80%
da composio tpica desse material. Comparecem
ainda materiais facilmente reciclveis, como embala-
gens em geral, tubos, ao, metais, madeira e o ges-
so. Este conjunto designado de classe B (reciclveis
para outras destinaes) e corresponde a quase 20%
do total sendo que metade debitado s madeiras,
Resduos da Limpeza Pblica
As atividades de limpeza pblica, denidas na Lei
Federal de Saneamento Bsico, dizem respeito a:
varrio, capina, podas e atividades correlatas; lim-
peza de escadarias, monumentos, sanitrios, abrigos
e outros; raspagem e remoo de terra e areia em
logradouros pblicos; desobstruo e limpeza de
bueiros, bocas de lobo e correlatos; e limpeza dos re-
A grande parcela dos resduos slidos domiciliares midos composta por
restos de comida.
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ICLEI 49 3/21/12 5:03 PM
50
ORIENTAES PARA ELABORAO DOS PLANOS
bastante usadas na construo. O restante dos RCC so
os resduos para os quais no foram desenvolvidas tec-
nologias ou aplicaes economicamente viveis que
permitam a sua reciclagem/ recuperao e os resduos
potencialmente perigosos como alguns tipos de leos,
graxas, impermeabilizantes, solventes, tintas e baterias
de ferramentas (MMA, 2011).
Resduos Volumosos
So constitudos por peas de grandes dimenses
como mveis e utenslios domsticos inservveis,
grandes embalagens, podas e outros resduos de ori-
gem no industrial e no coletados pelo sistema de
recolhimento domiciliar convencional. Os compo-
nentes mais constantes so as madeiras e os metais.
Os resduos volumosos esto denidos nas normas
brasileiras que versam sobre resduos da contruo
e, normalmente so removidos das reas geradoras
juntamente com os RCC.
Resduos Verdes
So os resduos provenientes da manuteno de
parques, reas verdes e jardins, redes de distribuio
de energia eltrica, telefonia e outras. So comumente
classicados em troncos, galharia na, folhas e mate-
rial de capina e desbaste. Boa parte deles coincide
com os resduos de limpeza pblica.
Resduos dos Servios de Sade
Para melhor controle e gerenciamento, estes resdu-
os so divididos em grupos, da seguinte forma: Grupo
A (potencialmente infectante: produtos biolgicos,
bolsas transfusionais, peas anatmicas, ltros de ar,
gases etc.); Grupo B (qumicos); Grupo C (rejeitos ra-
dioativos); Grupo D (resduos comuns) e Grupo E (per-
furocortantes). A observao de estabelecimentos de
servios de sade tem demonstrado que os resduos
do Grupos A, B, C e E so no conjunto, 25% do volume
total. Os do Grupo D (resduos comuns e passveis de
reciclagem, como as embalagens) respondem por
75% do volume (MMA, 2011).
Resduos com Logstica Reversa Obrigatria
Este conjunto de resduos constitudo por produ-
tos eletroeletrnicos; pilhas e baterias; pneus;
lmpadas uorescentes (vapor de sdio, mercrio
e de luz mista); leos lubricantes, seus resduos e
embalagens e, por m, os agrotxicos, tambm com
seus resduos e embalagens. Vrios dos resduos com
Os resduos volumosos esto denidos na ABNT NBR 15.112 de 30 de junho
de 2004, que trata de resduos da construo.
A
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ICLEI 50 3/21/12 5:03 PM
51
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
logstica reversa j tm a gesto disciplinada por reso-
lues especcas do CONAMA.
Os equipamentos eletroeletrnicos so de peque- peque-
no e grande porte e incluem todos os dispositivos de
informtica, som, vdeo, telefonia, brinquedos e ou-
tros, os equipamentos da linha branca, como geladei-
ras, lavadoras e foges, pequenos dispositivos como
ferros de passar, secadores, ventiladores, exaustores e
outros equipamentos dotados, em geral, de controle
eletrnico ou acionamento eltrico.
As pilhas e baterias so de vrias dimenses, desde
os dispositivos de muito pequeno porte at as ba-
terias automotivas. Os pneus, tambm so de portes
variados e tm condies obrigatrias de gesto para
as peas acima de 2 kg, de acordo com a Resoluo
CONAMA n 416 de 30 de setembro de 2009 (BRASIL,
2009a).
Resduos dos Servios Pblicos de Saneamento
Bsico
So os resduos gerados em atividades relaciona-
das s seguintes modalidades do saneamento bsico:
tratamento da gua e do esgoto, manuteno dos
sistemas de drenagem e manejo das guas pluviais.
Os resduos so resultantes dos processos aplicados
em Estaes de Tratamento de gua (ETAs) e Estaes
de Tratamento de Esgoto (ETEs), ambos envolvendo
cargas de matria orgnica, e resduos dos sistemas
de drenagem, com predominncia de material inerte
proveniente principalmente do desassoreamento de
cursos dgua.
Resduos Slidos Cemiteriais
Os resduos gerados nos cemitrios em todos os
municpios brasileiros devem ser tambm diagnosti-
cados. Parte deles se sobrepe a outros tipos de res-
duos. o caso, por exemplo, dos resduos da constru-
o e manuteno de jazigos, dos resduos secos e dos
resduos verdes dos arranjos orais e similares, e dos
resduos de madeira provenientes dos esquifes. Os
resduos da decomposio de corpos (ossos e outros)
provenientes do processo de exumao so espec-
cos deste tipo de instalao.
Resduos de leos Comestveis
So os resduos de leos gerados no processo de
preparo de alimentos. Provm das fbricas de produ-
tos alimentcios, do comrcio especializado (restau-
rantes, bares e congneres) e tambm de domiclios.
Apesar dos pequenos volumes gerados, so resduos
preocupantes pelos impactos que provocam nas re-
des de saneamento e em cursos dgua. Apesar de
no serem slidos, costumeiramente vm sendo ge-
ridos em conjunto com os resduos slidos em geral.
Resduos Industriais
Os resduos industriais so bastante diversicados
e foram disciplinados, anteriormente Poltica Na-
cional de Resduos Slidos, pela Resoluo CONAMA
n 313/2002. A partir da sua edio os seguintes
setores industriais devem enviar registros para com-
ICLEI 51 3/21/12 5:03 PM
52
ORIENTAES PARA ELABORAO DOS PLANOS
posio do Inventrio Nacional dos Resduos Indus-
triais: indstrias de preparao de couros e fabri-
cao de artefatos de couro; fabricao de coque,
reno de petrleo, elaborao de combustveis nu-
cleares e produo de lcool; fabricao de produtos
qumicos; metalurgia bsica; fabricao de produtos
de metal; fabricao de mquinas e equipamentos,
mquinas para escritrio e equipamentos de infor-
mtica; fabricao e montagem de veculos automo-
tores, reboques e carrocerias; e fabricao de outros
equipamentos de transporte (BRASIL, 2002).
Os resultados das orientaes do CONAMA foram
pequenos, inclusive pelo fato de apenas 11 Estados
terem desenvolvido os seus Inventrios Estaduais de
Resduos Slidos Industriais.
Resduos dos Servios de Transportes
So gerados em atividades de transporte rodovi-
rio, ferrovirio, areo e aquavirio, inclusive os oriun-
dos das instalaes de trnsito de usurios como as
rodovirias, os portos, aeroportos e passagens de
fronteira. So tidos como resduos capazes de veicular
doenas entre cidades, estados e pases.
So citados entre estes resduos: resduos orgni-
cos provenientes de cozinhas, refeitrios e servios
de bordo, sucatas e embalagens em geral, material
de escritrio, resduos infectantes, resduos qumicos,
cargas em perdimento, apreendidas ou mal acondi-
cionadas, lmpadas, pilhas e baterias, resduos conta-
minados de leo, e os resduos de atividades de ma-
nuteno dos meios de transporte.
Resduos Agrosilvopastoris
Estes resduos precisam ser analisados segundo
suas caractersticas orgnicas ou inorgnicas. Dentre
os de natureza orgnica deve-se considerar os res-
duos de culturas perenes (caf, banana, laranja, coco,
etc.) e temporrias (cana, soja, milho, mandioca, fei-
jo, etc.). Quanto s criaes de animais, precisam
ser consideradas as de bovinos, equinos, caprinos,
ovinos, sunos, aves e outros, bem como os resduos
gerados nos abatedouros e outras atividades agroin-
dustriais. Tambm esto entre estes, os resduos das
atividades orestais.
Os resduos de natureza inorgnica abrangem os
agrotxicos, os fertilizantes e os produtos farmacuti-
cos e as suas diversas formas de embalagens.
Os grandes volumes de resduos gerados e as ca-
ractersticas daqueles que so de natureza orgnica
Em 2009, foram geradas 316.909.675 toneladas de resduos agrosilvopastoris
orgnicos provenientes da criao de bovinos (leite). (MMA, 2011)
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ICLEI 52 3/21/12 5:03 PM
53
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
tm pautado a discusso das possibilidades de seu
aproveitamento energtico, visando a reduo das
emisses por eles causadas.
Resduos da Minerao
Os resduos de minerao so especcos de al-
gumas regies brasileiras que, pelas suas condies
geogrcas tm estas atividades mais desenvolvi-
das. Os dois tipos gerados em maior quantidade so
os estreis e os rejeitos. Os estreis so os materiais
retirados da cobertura ou das pores laterais de
depsitos mineralizados pelo fato de no apresen-
tarem concentrao econmica no momento de
extrao. Podem tambm ser constitudos por mate-
riais rochosos de composio diversa da rocha que
encerra depsito.
Os rejeitos so os resduos provenientes do bene-
ciamento dos minerais, para reduo de dimenses,
incremento da pureza ou outra nalidade. Somam-se
a esses, os resduos das atividades de suporte: materi-
ais utilizados em desmonte de rochas, manuteno de
equipamentos pesados e veculos, atividades admi-
nistrativas e outras relacionadas.
Os minerais com gerao mais signicativa de re-
sduos so as rochas ornamentais, o ferro, o ouro,
titnio, fosfato e outros.
2. Gerao
As informaes sobre gerao local ou regional
dos resduos so importantes como alicerces da etapa
de planejamento das aes. Neste Manual elas esto
organizadas por tipo de resduo.
Resduos Slidos Domiciliares RSD
A gerao dos resduos domiciliares varia de acor-
do com o porte dos municpios e regies geogrcas
do pas, em funo do vigor da atividade econmica
e tamanho e renda da populao. A anlise dos re-
sultados do SNIS 2009 permite visualizar as taxas de
gerao mdia de resduos domiciliares e resduos
da limpeza pblica detectada em municpios com
diversos portes.
Os municpios tm facilidade de compor esta in-
formao por conta de contratos existentes ou con-
troles dos veculos responsveis pela coleta. No en-
tanto necessrio registrar a abrangncia da coleta,
e a ocorrncia de outros tipos que no a convencio-
nal, como as promovidas por catadores e sucateiros.
As quantidades de resduos secos recolhidas por es-
tes agentes precisam ser agregadas para denio
da taxa de gerao local. Da mesma forma, os resdu-
os midos levados a processos de compostagem ou
outros tipos de aproveitamento precisam ser com-
putados.
Os levantamentos do SNIS tm mostrado que os
municpios que conseguem controlar seus resduos
com uso de balanas ainda so minoria cerca de um
tero nas regies sul e sudeste, e pouco mais de dez
por cento nas outras trs regies. Assim, a quantidade
de resduos domiciliares em toneladas pode tomar
como parmetro os indicadores sugeridos abaixo.
ICLEI 53 3/21/12 5:03 PM
54
ORIENTAES PARA ELABORAO DOS PLANOS
variam de 0,85 a 1,26 m
3
dirios de resduos por km
varrido. A quantidade destes resduos est vinculada
extenso do servio. Alm dos registros locais, podem
ser consultados os dados do SNIS 2008 que apresenta
a extenso mdia varrida nos municpios pesquisados
0,27 km/hab (FUNASA, 2006; MCidades, 2010).
A limpeza corretiva de pontos viciados, observada
em inventrios de diversos municpios tm mostrado
que cerca de 20% dos resduos de construo pode
estar depositado nestes pontos. Em alguns mu-
nicpios importantes os inventrios revelaram percen-
tuais prximos de 50%.
Resduos da Construo Civil e Demolio RCC
O levantamento de nmeros conveis sobre estes
resduos depende do levantamento de informaes
diretamente com agentes externos administrao
pblica. Em grande nmero dos casos os transporta-
dores privados so responsveis por at 80% do mane-
jo deste material para um bom diagnstico os ca-
ambeiros, carroceiros e outros coletores autnomos
devem ser consultados. Para a quanticao pode-se
utilizar a metodologia apresentada no Manual Mane-
jo e Gesto de Resduos da Construo Civil, editado
pelos Ministrios das Cidades e do Meio Ambiente e
Caixa Econmica Federal (PINTO; GONZLES, 2005a).
Os inventrios revelam uma relao entre estes re-
sduos e os resduos domiciliaresde dois para um.
A mdia estimada como gerao tpica per capita de
520 quilos anuais, podendo crescer em cidades com eco-
nomia mais forte e reduzir-se em municpios menores.
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10
20
30
40
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60
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S. Andr S. J. R. Preto R. Preto Jundia V. Conquista
%
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reformas/ampllaes consLr. casas consLr. predlos llmp. Lerrenos
Resduos Volumosos
Os resduos volumosos precisam ser diagnostica-
dos em conjunto com os resduos de construo, pois
so manejados pelo mesmo tipo de transportadores.
Em alguns municpios so organizadas campanhas de
ICLEI 55 3/21/12 5:03 PM
56
ORIENTAES PARA ELABORAO DOS PLANOS
Pode-se tambm construir a estimativa de gerao
atravs da taxa que consta do Manual de Saneamento
da FUNASA de 2,63 kg dirios por leito de internao
existente, dos quais 0,5 kg so resduos perigosos. A
Poltica Nacional de Saneamento Bsico revela, para o
ano de 2008 a coleta de 8.909 toneladas dirias destes
resduos em todo o pas (MCidades, 2011; FUNASA,
2006).
Para o levantamento local da quantidade destes re-
sduos deve-se investigar os volumes gerados nos es-
tabelecimentos que prestam servios de sade, pbli-
cos ou privados, tais como: hospitais, clnicas mdicas
e veterinrias, laboratrios de anlises clnicas, farm-
cias, unidades bsicas de sade, etc.
Resduos com Logstica Reversa Obrigatria
Os nmeros relativos a estes resduos so pouco
conhecidos. A prtica de diferenci-los, obrigatria a
partir da sano da Lei 12.305/2010, dever revelar
as quantidades geradas em cada localidade e regio.
No entanto, desconsiderando-se peculiaridades locais
e regionais, os nmeros da produo nacional para
o consumo interno, pode apontar taxas de gerao
de resduos ou de consumo dos bens envolvidos.
Para os resduos de equipamentos eletroeletrnicos
pode-se consider a taxa de gerao de 2,6 kg anu- de gerao de 2,6 kg anu-
ais per capita, com base em trabalhos acadmicos e
em estimativas traadas pela Fundao Estadual de
Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais FEAM em
2009 (FEAM, 2011). Quanto aos pneus, o nmero dos
considerados inservveis, recolhidos e destinados se-
gundo o Cadastro Tcnico Federal do IBAMA (IBAMA,
2011), aponta para uma taxa de gerao de resduos
de 2,9 kg anuais por habitante. No caso dos pneus
pode-se consultar tambm a Associao Nacional da
Indstria de Pneumticos (Anip). Com relao a pilhas
e baterias, a Associao Brasileira da Indstria Eltrica
e Eletrnica (ABINEE) indica, para o ano de 2006, uma
taxa de consumo de 4,34 pilhas anuais e 0,09 bate-
rias anuais por habitante (TRIGUEIRO, 2006).
No tocante s lmpadas, no material divulgado pela
Secretaria de Meio Ambiente do Estado de So Paulo
(MANSOR, 2010) consta a estimativa de 4 unidades
incandescentes e 4 unidades uorescentes por do-
miclio. Este dado permite estimar as quantidades de
dispositivos que podem ser descartados. Uma outra
fonte para este tipo de informao o setor pblico
responsvel tanto pela manuteno das instalaes
municipais como pela iluminao pblica. Os depar-
tamentos responsveis devem possuir um histrico
das trocas realizadas por perodo de tempo.
Resduos Slidos Cemiteriais
A quantidade gerada por tipo, ter que ser investi-
gada junto aos administradores das instalaes pbli-
cas e privadas.
Resduos dos Servios Pblicos de
Saneamento Bsico
Neste caso a quantidade de resduos gerada ter
que ser investigada nos registros dos responsveis
ICLEI 56 3/21/12 5:03 PM
57
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
pela operao de ETAs e ETEs, e dos responsveis pela
manuteno dos sistemas de drenagem urbana.
Resduos de leos Comestveis
Atualmente, estes resduos vm recebendo mais
ateno e j existem algumas estimativas sobre: a taxa
de gerao entre 0,1 e 0,5 litros mensais por famlia
das Classes A e B e taxa de gerao entre 1 e 1,5 li-
tros mensais por famlia das Classes C e D (INSTITUTO
PNBE, 2011).
Resduos Industriais
Os dados apresentados no documento prelimi-
nar do Plano Nacional de Resduos Slidos mostram
que os estados que desenvolveram os inventrios
de resduos industriais exigidos pela Resoluo
CONAMA n 313/2002 foram: MT, CE, MG, GO, RS,
PR, PE, ES, PB, AC, AP, MS e RN. Existem ainda dados
estimados pela Associao Brasileira de Empresas
de Tratamento de Resduos (ABETRE) e pela Funda-
o Getlio Vargas (FGV), citados no mesmo docu-
mento, para os Estados do RJ e SP. Os nmeros lan-
ados podem sugerir caminhos para a estimativa
do volume local destes resduos (MMA, 2011).
Resduos dos Servios de Transportes
As quantidades geradas tero que ser inventariadas
junto aos responsveis pelas instalaes e equipa-
mentos de transporte, respeitadas as peculiaridades
locais. O recente levantamento realizado junto ao Ae-
roporto de Cumbica, em Guarulhos, revelou a gerao
de 0,35 kg de resduos por passageiro usurio da ins-
talao (GUARULHOS, 2010).
Resduos Agrosilvopastoris
Os volumes de resduos gerados nas atividades
agrosilvopastoris apresentam certa complexidade e
devem ser obtidos junto aos responsveis pelos em-
preendimentos situados no municpio ou na regio.
Entre estes resduos esto aqueles com grande capa-
cidade de gerao de gases de efeito estufa (GEEs),
sendo necessrio um mapeamento das unidades gera-
doras e seus volumes, para o preparo da discusso do
planejamento das aes que sero necessrias para o
tratamento e aproveitamento destes resduos.
Resduos da Minerao
Os dados necessrios aos Planos tero que ser in-
vestigados junto aos responsveis pelas atividades
extrativistas localizadas no territrio em anlise.
3. Coleta e transporte
As informaes sobre a coleta e o transporte dos
diversos tipos de resduos so importantes, tanto
para a conrmao das quantidades geradas, como
para o reconhecimento dos uxos origem-destino.
Permitem ainda a identicao dos agentes com os
quais dever ser estabelecido um esforo maior de
ICLEI 57 3/21/12 5:03 PM
58
ORIENTAES PARA ELABORAO DOS PLANOS
aproximao de modo a induz-los a participar do
processo de discusso dos Planos, principalmente
dos Planos Municipais PGIRS. Os tipos de veculos
transportadores utilizados na coleta nos municpios
brasileiros so vrios. O diagnstico precisa apon-
tar como so exercidas estas atividades, e como so
avaliadas, ao menos qualitativamente. importante
o registro, para todos os tipos de resduos, da ocor-
rncia ou de no pesagem. O registro das quan-
tidades deve ser feito mensalmente, para que seja
evitada a inconsistncia de dados entre municpios
com frequncias diversas de coleta.
O diagnstico deve descrever o ndice de cobertura
que a coleta atinge e os tipos de veculos utilizados.
Sobre estes dados deve ser desenvolvida uma anlise
qualitativa com base em questes como:
A cobertura atual signicativa?
Est muito distante o propsito de universalizao
da coleta destes resduos?
O nmero de veculos adequado? O estado de
conservao adequado?
A frequncia com que a coleta realizada su-
ciente?
Como so atendidas vilas, distritos e reas de habi-
tao precria?
H limite de volume para o servio pblico de coleta?
Existe pesquisa de satisfao dos usurios com o
servio? Os geradores obedecem o horrio para a
disponibilizao dos resduos para coleta?
Qual o percentual destes resduos que so coleta-
dos fora do sistema porta a porta?
Tipo de veculo
Percentual por
tipo (%)
Caminho compactador 39,0
Caminho basc., ba ou carroceria 45,0
Caminho Poliguindaste 2,9
Trator agrcola c/ reboque 9,2
Trao animal 3,5
Embarcaes 0,4
Total 100
Composio da frota de coleta de resduos urbanos, segundo
tipo de veculo, Brasil, 2009
Fonte: SNIS, 2009
(IBGE, 2010)
Municpios com manejo de resduos slidos, onde as entidades
tm conhecimento de catadores em seus vazedouros e aterros,
segundo as Unidades da Federao - 2008
ICLEI 79 3/21/12 5:04 PM
80
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
custo de transporte dos resduos, e o custo unitrio da
disposio nal na soluo adotada localmente. Os
custos especcos do gerenciamento de cada resduo
sero tratados mais adiante.
necessrio ainda, organizar as informaes so-
bre eventuais receitas para o gerenciamento dos
resduos, registrando-se a existncia ou no da
cobrana pelos servios. O SNIS 2009 mostra que,
praticamente 50% dos municpios pesquisados
cobra o manejo dos resduos, sendo que a ampla
maioria deles o faz por meio de taxa especfica inse-
rida no boleto do IPTU, ocorrendo ainda a cobrana
em boleto pelo uso de gua, em boleto especfico
da limpeza urbana ou outras modalidades (MCida-
des, 2011).
2.5. Legislao local em vigor
A legislao local relacionada gesto dos resduos
precisa ser inserida no diagnstico geral. A elaborao
do PGIRS demandar, ao nal, a realizao de ajustes
na legislao existente. Para cada municpio devem
ser registradas as leis em vigor e aquelas em processo
de elaborao ou em tramitao: Plano Diretor, Cdi-
go de Posturas, Regulamento de Limpeza Urbana ou
leis especcas, a data da sano, sua ementa e a ca-
rncia ou no de regulamentao por decreto.
igualmente importante, a identicao das leis de
mbito estadual que interferem ou possam vir a inter-
ferir, na gesto dos resduos como, por exemplo, a po-
ltica estadual para os resduos slidos e dispositivos
como o ICMS ecolgico, dentre outros.
Veja a seguir, sugesto de quadro sobre legislao:
Municpio
Data da
sano
Ementa
Situao da
regulamentao
Lei A (ttulo,
nmero)
Lei B (ttulo,
nmero)
2.6. Estrutura operacional,
scalizatria e gerencial
Deve ser feita uma anlise qualitativa e um registro
quantitativo dos recursos humanos e equipamentos
disponibilizados para o gerenciamento dos resduos
slidos, por rgo responsvel: de limpeza urbana,
servios pblicos, meio ambiente e outros.
Veja a seguir, sugesto de quadros para levanta-
mento de dados sobre capacidade operacional e ge-
rencial:
ICLEI 80 3/21/12 5:04 PM
81
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Municpios
Populao
(2010)
rgo
CapacidadeOperacional
RecursosHumanos Equipamentos
qualitativa quantitativa qualitativa quantitativa
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Municpio A
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nome
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nome
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nome
Municpios
Populao
(2010)
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CapacidadeGerencial
(recursoshumanos)
qualitativa quantitativa
p
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Municpio A
rgo 1
nome
rgo 2
nome
rgo 3
nome
ICLEI 81 3/21/12 5:04 PM
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
Acesse informa-
es sobre as
equipes e agentes
de sade nos
municpios em:
http://www2.
datasus.gov.br/
DATASUS/
index.php?area=
0204&id=11673
t Selecionar OCU-
PAES
t Selecionar o es-
tado e munic-pio
desejado
t Selecionar a cate-
goria prossional
desejada
AVALIE OS BENEFCIOS!
O registro dessas informaes permitir
identicar as fragilidades e pontos fortes da
estrutura operacional e gerencial dos muni-
cpios, abrindo espao para a discusso de
solues consorciadas e estveis para a gesto
dos resduos.
2.7. Educao ambiental
Programas e aes de educao ambiental devem,
por lei, fazer parte do PGIRS. Assim, devem ser listadas
as iniciativas em curso, caracterizando-as da melhor
forma possvel, e identicadas as instncias de gover-
no que podem ter papel importante neste tema. Im-
porta registrar tambm a forma como os municpios
vm abordando a interface entre Sade e Saneamen-
to, conexo cada vez mais necessria de ser feita.
Para auxiliar o planejamento de aes nesta dire-
o, o diagnstico deve fazer um levantamento do
nmero de equipes e agentes que esto atuando em
Programas de Sade da Famlia e Programas de Agen-
tes Comunitrios de Sade, alm dos que esto envol-
vidos em controle de endemias, vigilncia sanitria,
etc. Em grande parte, esses dados podem ser recupe-
rados junto ao DATASUS.
Na Parte 2 desse Manual so encontradas informa-
es que podero auxiliar na elaborao de progra-
mas de educao ambiental.
Veja a seguir, sugesto de quadro para levantamen-
to de informaes sobre programas de sade e sane-
amento:
Municpios
Programa de Sade da Famlia Programa de Agentes Comunitrios de Sade
equipes agentes equipes agentes
ICLEI 82 3/21/12 5:04 PM
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SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
3. A SITUAO DOS RESDUOS SLIDOS MUNICIPAIS
O
diagnstico dever promover uma anlise por-
menorizada da situao de todos os tipos de
resduos que ocorrem localmente. Para a siste-
matizao dos dados deve-se consultar o apndice da
Parte 2 do presente Manual, que trata da classicao
dos resduos, das condies de gerao, das formas de
coleta e transporte usuais e traz outras informaes
relevantes.
A melhor forma de viabilizar esta tarefa, central para
o diagnstico, preparar um grande quadro de re-
ferncia inicial. O lanamento das informaes deve
ser realizado pelo Comit Diretor, e as tarefas distribu-
das entre os tcnicos envolvidos. Este procedimento
favorece a construo ou ampliao do embrio de
uma equipe gerencial local ou regional.
O quadro de referncia remete para a organizao
de chas de trabalho, cada qual composta por um
tipo de resduo e abordagem associada aos dados
solicitados nas linhas verticais correspondentes, for-
mando um roteiro de trabalho para o detalhamento
do Plano, com responsveis para cada conjunto de
informaes.
Veja a seguir, sugesto de quadro de referncia ini-
cial:
Coleta de resduos domiciliares secos, realizada por catador em Diadema
(SP), 2005.
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ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
Tipos de resduos e abordagens sugeridas
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domiciliares RSD - coleta convencional
domiciliares
RSD - secos
domiciliares
RSD - midos
limpeza pblica
construo e demolio - RCC
volumosos
verdes
servios de sade
equipamentos eletroeletrnicos
pilhas e baterias
lmpadas
pneus
leos lubricantes e embalagens
agrotxicos
slidos cemiteriais
servios pblicos de saneamento bsico
leos comestveis
industriais
servios de transportes
agrosilvopastoris
minerao
ICLEI 84 3/21/12 5:04 PM
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SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
No preenchimento pormenorizado deste quadro
de referncia, inexistindo dados locais, ser til a con-
siderao de indicadores regionais ou nacionais que
podem ser encontrados em documentos do SNIS ou
em anlises realizadas sobre os dados da PNSB. O Plano
Nacional de Resduos Slidos contm informaes que
tambm podem auxiliar no preenchimento do quadro.
Acrescente-se ainda a possibilidade de consulta a ban-
cos de tese das diferentes universidades do pas.
A obteno de informaes sobre alguns dos re-
sduos dever implicar na coleta e sistematizao de
dados no disponveis nos rgos pblicos. o caso,
por exemplo, do RCC - os transportadores privados te-
ro que ser ouvidos sobre os volumes que manejam.
Da mesma forma, o manejo de resduos domiciliares
secos, em reas de concentrao comercial, muitas
vezes realizado de maneira informal por catadores, e/
ou por veculos privados vinculados a sucateiros que
tambm tero que ser consultados. Outros resduos
podero estar nessa mesma situao como os indus-
triais, minerrios e agrosilvopastoris.
Construindo a informao:
A prioridade deve ser dada, sempre, aos dados
localmente existentes, mas a ausncia destes, ou
sua impreciso, no deve inibir o lanamento de
informaes construdas com base em indicadores
gerais, regionais ou nacionais. Pode ser til, na ine-
xistncia de informao local, o uso de indicador ex-
trado de informao prestada por municpio prxi-
mo, assemelhado, que seja partcipe do SNIS.
O uso de informaes secundrias, ponderadas
pelos tcnicos responsveis pelo trabalho, permiti-
r a construo do quadro de referncia, o qual po-
der ser revisto continuamente para o fornecimento
de informaes ao Sistema Nacional de Informaes
sobre a Gesto de Resduos Slidos (SINIR), tal como
exigido pela legislao. A primeira reviso do PGIRS,
em quatro anos, j poder ser feita com dados locais
mais consolidados.
LEMBRESE!
Consulte o apndice da Parte 2 deste Ma-
nual para obter informaes sobre a Situ-
ao dos Resduos Slidos: classificao,
gerao, coleta e transporte.
3.1. Destinao e disposio nal
O SNIS sistematizou os tipos de unidades de pro-
cessamento existentes em um bom nmero de mu-
nicpios. Essa listagem pode ser adotada como base
para o diagnstico da situao local e regional, lan-
ando-se, em um primeiro momento, informaes
sobre a existncia ou no de instalaes nos munic-
pios e, se cabvel, o nmero de unidades.
Veja a seguir, sugesto de quadro sobre unidades
de processamento de resduos :
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ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
Tipo de unidade de processamento
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Lixo
Aterro controlado
Aterro sanitrio
Unidade de transbordo
Unidade de triagem (galpo ou usina)
Unidade de compostagem (ptio ou usina)
Unidade de manejo de galhadas e podas
Unidade tratamento por microondas ou autoclave
Unidade de tratamento por incinerao
Vala especca de resduos de servios de sade
Aterro industrial
rea de transbordo e triagem de RCC e volumosos (ATT)
Aterro de resduos de construo e demolio (antigo aterro de
inertes)
rea de reciclagem RCC (antiga un. reciclagem de entulho)
Queima em forno de qualquer tipo
Bota fora de entulhos
Instalaes de sucateiros (ferro velho)
Centrais de recebimento de embalagens vazias de agrotxicos
Unidade biodigestora (rural ou urbana)
Unidade de captao de pneus usados
ICLEI 86 3/21/12 5:04 PM
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SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Tipo de unidade de processamento
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Outro tipo de unidade
Total por municpio
Total regional
Alm dessas unidades de processamento, devem
ser identicadas aquelas voltadas para a captao
de resduos como entulhos, volumosos e outros, tais
como: Pontos de Entrega Voluntria (PEVs), Ecopon-
tos, Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes,
pontos de captao de pilhas, eletrnicos, etc. im-
portante vericar a existncia de indstrias de recicla-
gem dos diferentes tipos de resduos, no municpio e
na regio, bem como as caractersticas de comerciali-
zao e de transporte.
FIQUE POR DENTRO!
Deve-se analisar resduo por resduo e o uxo
origem-destino de cada um deles.
INVESTIGUE COM CUIDADO!
importante que o levantamento no que
limitado s unidades pblicas porque, para
alguns resduos como os RCC, e mesmo os
RSD secos, o destino predominante so reas
privadas.
3.2. Custos
O diagnstico dos custos deve ser exaustivo.
preciso investigar as diversas despesas que incidem so-
bre o conjunto de resduos abordados. necessrio or-
ganizar os dados sobre custos diretos de operaes de
coleta e transporte, de destinao e disposio, inclu-
sive os custos de limpeza corretiva em pontos viciados
Caamba particular com resduos volumosos.
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ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
de deposio irregular; as informaes sobre custos in-
diretos, tais como os de scalizao, combate a vetores,
administrativos, os relativos amortizao e deprecia-
o de investimentos e outros. Tendo as despesas todas
compiladas, importante denir um indicador que re-
lacione as despesas com manejo dos resduos slidos
urbanos e as despesas correntes municipais.
O ltimo dado disponvel no SNIS, medido em 2008,
indica que esta relao estava em 5,3%, com valores
maiores nos maiores municpios (MCidades, 2010).
Outro dado de interesse o nvel de despesas per ca-
pita: no ano de 2009, em 1.306 municpios pesquisa-
dos, eliminando-se os municpios com populao aci-
ma de 1 milho de habitantes, o valor detectado pelo
SNIS foi de R$ 51,48/hab/ano (MCidades, 2011).
Outros documentos apontam informaes que
podem auxiliar na anlise de como andam os custos
locais:
o Plano Nacional de Resduos Slidos revela os
seguintes custos para a disposio nal em aterro
sanitrio: municpios pequenos (menos de 100 mil
habitantes) R$ 54,25/t; mdios (mais de 100 mil ha-
bitantes) R$ 35,46/t, e grandes (acima de 1 milho
de habitantes) R$ 33,06/t (MMA, 2011);
o SNIS 2008 aponta que o custo da varrio na m-
dia dos municpios pesquisados gira em torno de
R$ 53,32 por quilmetro varrido, com uma produtivi-
dade de 1,3 km dirio/funcionrio (MCidades, 2010);
a coleta de resduos domiciliares e da limpeza pbli-
ca correspondem a cerca de 45% do custo total dos
servios, e a varrio a quase 21% (MCidades, 2010).
3.3. Competncias e
responsabilidades
Para melhor visualizar as competncias e respon-
sabilidades pelo manejo de cada um dos resduos
constantes deste Manual, deve-se elaborar um qua-
dro sntese, destacando: os agentes com responsa-
bilidade pelo servio pblico a ser prestado (limpeza
urbana e o manejo de resduos slidos domiciliares),
com responsabilidade pblica enquanto gerador p-
blico, e responsabilidades privadas, quanto gerao,
transporte e recepo de resduos. Devem tambm
ser destacados os responsveis pela estruturao e
implantao de sistemas de logstica reversa, e as res-
ponsabilidades pela elaborao e implementao de
Planos de Gerenciamento de Resduos, como deni-
dos na Lei 12.305/2010 (BRASIL, 2010b).
O quadro sntese tambm ser til na denio dos
interlocutores para a discusso e elaborao do PGIRS.
Veja a seguir, sugesto de quadro sntese sobre res-
ponsabilidades:
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SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Tipos de resduos e
responsabilidades
estabelecidas
Responsabilidades pblicas Responsabilidades privadas
principal complementar gerador transportador receptor
domiciliares RSD - coleta
convencional
domiciliares
RSD - secos
domiciliares
RSD - midos
limpeza pblica
construo civil - RCC
volumosos
verdes
servios de sade
equipamentos
eletroeletrnicos
pilhas e baterias
lmpadas
pneus
leos lubricantes e
embalagens
agrotxicos
slidos cemiteriais
servios pblicos de
saneamento bsico
leos comestveis
industriais
servios de transportes
agrosilvopastoris
minerao
ICLEI 89 3/21/12 5:04 PM
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
LEI DE CRIMES
AMBIENTAIS
A Lei n 9.605, de
12 de fevereiro de
1998 dispe sobre
as sanes penais
e administrativas
derivadas de con-
dutas e atividades
lesivas ao meio
ambiente (BRASIL,
1998).
O Decreto n
6.514, de 22 de
julho de 2008
regulamenta a Lei
n 9.605 e outras
(BRASIL, 2008b).
Esse quadro poder ser estendido e contemplar as
responsabilidades pelas instalaes de processamen-
to anteriormente citadas.
As discusses acerca das responsabilidades, de-
correntes da PNRS, devem deixar claro que a no ob-
servncia de suas diretrizes sujeitar os infratores a
sanes legais, em especial as xadas na Lei Federal
9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais) e seu Decreto
Regulamentador 6.514/2008. Nesse sentido, essas dis-
cusses tm tambm carter pedaggico.
3.4. Carncias e decincias
Na elaborao do diagnstico importante identi-
car as principais carncias e decincias de gesto e
registrar fatos como:
o no atingimento da universalidade na prestao
do servio pblico;
a ausncia da coleta continuada de resduos em
aglomerados precrios tanto na rea urbana como
rurais e em distritos distantes;
a ocorrncia de pontos viciados com deposio ir-
regular de resduos diversos;
a inexistncia de controle da ao de agentes pri-
vados: geradores de RSS, transportadores e recep-
tores de RCC, sucateiros/ ferro velho;
as diculdades gerenciais com destaque para as
questes relacionadas a recursos humanos e
as fragilidades de sustentao econmica, dentre
outras.
3.5. Iniciativas relevantes
importante registrar tambm os fatos relevantes
que ocorrem nos municpios da regio: empresas com
polticas socioambientais estruturadas e com aes
no municpio; escolas e associaes de bairro que de-
senvolvem projetos com a populao; cooperativas
ou associaes de catadores; ONGs com projetos im-
plantadas na regio, etc.
Boas prticas
O conhecimento de experincias exitosas de
alguns municpios brasileiros pode auxiliar no
preparo das discusses para o planejamento
de aes locais.
3.6. Legislao e normas brasileiras
aplicveis
Excetuando-se as leis maiores (Lei 12.305 e Lei
11.445) que consolidam disciplinas para vrios res-
duos, existem legislaes especcas e normas brasi-
leiras, aplicveis aos resduos diagnosticados, e que
precisam ser analisadas, para que o planejamento da
aes seja desenvolvido de forma adequada. A legis-
lao e as normas esto listadas nos Documentos de
Referncia (ANEXO).
ICLEI 90 3/21/12 5:04 PM
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SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
4. PLANO DE AO: ASPECTOS GERAIS
O
Plano de Ao o planejamento de todas as
aes que devem ser implementadas para que
se possa atingir os resultados almejados no
prazo estipulado para cada uma delas, no mbito do
PGIRS.
Para a elaborao do Plano de Ao devem ser con-
sideradas todas as informaes coletadas, sistemati-
zadas e analisadas no diagnstico geral, e a partir dos
resultados obtidos, identicadas a principais tendn-
cias (evoluo demogrca, consumo e renda per ca-
pita, evoluo da situao de emprego, desempenho
das atividades econmicas locais e regionais; altera-
es fsicas provenientes de obras de infraestrutura
ou mudanas no ambiente, entre outros aspectos) e,
avaliados os impactos das tendncias consideradas
mais importantes, na gerao e gesto dos resduos
slidos. Por exemplo: se haver incremento na gera-
o de resduos, e quais deles ocasionaro diculda-
des mais signicativas.
As diretrizes e estratgias que sero adotadas no
PGIRS devem ser denidas no incio do processo de
elaborao do Plano de Ao e compatveis com as
exigncias da Lei 12.305/2010 e Lei 11.445/2007, com
especial nfase na sustentabilidade econmica e am-
biental do PGIRS, e na incluso social dos catadores
de materiais reciclveis. No podero estar ausentes
consideraes sobre aes compartilhadas com ou-
tras instncias de governo, tendo em vista a reduo
de emisses de GEEs oriundos da decomposio de
resduos orgnicos (BRASIL, 2010b; BRASIL, 2007a).
4.1. Perspectivas para a gesto
associada
Todos os estudos tcnicos realizados demonstram
que a gesto de resduos, na imensa maioria dos mu-
nicpios, aqum do necessrio, com um histrico
recorrente de inecincia dos investimentos, impli-
cando na continuidade da existncia dos lixes ou
dos baixssimos ndices de recuperao dos mate-
riais.
O Comit Diretor e o Grupo de Sustentao devero
considerar a possibilidade de constituio de um Con-
srcio Pblico Regional na perspectiva da constru-
o de uma autarquia intermunicipal de gesto,
no se limitando a, por exemplo, apenas compar-
tilhar um novo aterro sanitrio. As possibilidades
criadas pela Lei de Consrcios Pblicos (BRASIL, 2005)
e Lei de Saneamento (BRASIL, 2007a) tm que ser
aproveitadas ao mximo: somar capacidades, dividir
custos com ganhos de escala; prover capacidade ge-
rencial para todos os municpios associados, baseada
na atuao regionalizada de uma nica equipe capa-
citada; compartilhar instalaes e concentrar resduos
quando a logstica for conveniente. At a inevitvel
ICLEI 91 3/21/12 5:04 PM
92
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
discusso de que os custos tero que ser recuperados
e taxas tero que ser introduzidas, ca mais amena
quando apresentada como deciso conjunta e regio-
nal, repercutindo deciso de lei federal para validade
dos contratos. Para essa discusso importante que o
Comit Diretor verique como est sendo conduzida
a discusso da regionalizao do territrio pelos r-
gos do Governo do Estado.
De acordo com a Lei 12.305/2010 (BRASIL,
2010b):
Art. 16, 1
Sero priorizados no acesso aos recursos da
Unio referidos no caput os Estados que institurem
microrregies, consoante o 3
o
do art. 25 da Consti-
tuio Federal, para integrar a organizao, o plane-
jamento e a execuo das aes a cargo de Munic-
pios limtrofes na gesto dos resduos slidos.
Art. 18, 1, I
optarem por solues consorciadas intermu-nici-
pais para a gesto dos resduos slidos, includa a
elaborao e implementao de plano intermuni-
cipal, ou que se inserirem de forma voluntria nos
planos microrregionais de resduos slidos referidos
no 1
o
do Art. 16.
Art. 18, 1, II
implantarem a coleta seletiva com a participao
de cooperativas ou outras formas de associao de
catadores de materiais reutilizveis e reciclveis for-
madas por pessoas fsicas de baixa renda.
Olhar para o futuro:
O cenrio que se aproxima, com um nvel mais
elevado de exigncias da nova legislao, no
promissor se no for buscado um salto de
qualidade na capacidade de gesto.
Os movimentos nos estados brasileiros para viabili-
zao deste salto de qualidade so amplos, e esto cal-
cados no sucesso destas iniciativas em pases europeus
(Portugal e Itlia) que, recentemente, corrigiram proble-
mas graves de gesto dos resduos, e do conjunto de
aes tpicas do saneamento, com a implementao da
gesto associada.
Os municpios que optarem por solues consor-
ciadas intermunicipais, ou se inserirem de forma
voluntria nos planos microrregionais relativos
s microrregies institudas pelos estados tero
prioridade no acesso aos recursos da Unio ou por
ela controlados. Todo o novo conjunto de leis para
saneamento e gesto de resduos traz a gesto as-
sociada instituda pela Lei de Consrcios Pblicos
(BRASIL, 2005) como aspecto central.
4.2. Denio das responsabilidades
pblicas e privadas
A denio das diretrizes e estratgias, e a programa-
o das aes, dever considerar os diferentes agentes
envolvidos e suas respectivas responsabilidades.
ICLEI 92 3/21/12 5:04 PM
93
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Basicamente, e sem prejuzo da responsabilidade
compartilhada, estas responsabilidades so as seguintes:
servios pblicos de limpeza urbana e manejo dos
resduos domiciliares rgo pblico competente
(autarquia intermunicipal na forma de Consrcio
Pblico ou rgo municipal, isoladamente);
resduos gerados em prprios pblicos gestor
especco (RSS gerado em hospitais pblicos, RCC
gerado em obras pblicas, resduos de prdios ad-
ministrativos, etc.);
resduos gerados em ambientes privados gera-
dor privado (atividades em geral);
resduos denidos como de logstica reversa fa-
bricantes, importadores, distribuidores e comer-
ciantes;
resduos com Plano de Gerenciamento obrigatrio
gerador privado (instalaes de saneamento, in-
dstrias, servios de sade, mineradoras, constru-
tores, terminais de transporte e outros);
acondicionamento adequado e diferenciado, e
pela disponibilizao adequada para coleta ou de-
voluo consumidor/gerador domiciliar (munci-
pes em geral).
O PGIRS deve estabelecer o limite entre peque-
nos geradores, atendidos pelos servios pblicos
de manejo de resduos, e os grandes geradores,
responsveis diretos pelo gerenciamento, e possi-
velmente, pela elaborao e implementao de pla-
no especfico.
de fundamental importncia identicar os di-
versos uxos de resduos que sero objeto de aes
especcas prestando mais ateno nos que apre-
sentam volumes mais signicativos: resduos secos,
orgnicos, rejeitos e resduos da construo, ou ou-
tros. Para estes resduos devero ser elaborados pro-
gramas prioritrios.
PNRS (BRASIL, 2010b):
O Art. 35 arma que, sempre que estabelecido
sistema de coleta seletiva ou de logstica reversa, o
consumidor deve:
I - acondicionar adequadamente e de forma dife-
renciada os resduos slidos gerados;
II disponibilizar adequadamente os resduos
slidos reutilizveis e reciclveis para coleta ou de-
voluo.
Decreto 7.404/2010 (BRASIL, 2010d):
O Art. 84 prev que os consumidores que descum-
pram suas obrigaes estaro sujeitos advertncia
e, em reincidncia, multas de R$ 50 a R$ 500, que po-
der ser convertida em prestao de servios.
ICLEI 93 3/21/12 5:04 PM
94
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
5. DIRETRIZES, ESTRATGIAS, PROGRAMAS, AES E METAS PARA O
MANEJO DIFERENCIADO DOS RESDUOS
O manejo diferenciado dos resduos a essncia do
conceito de coleta seletiva e se aplica, alm da tpica
coleta seletiva de papel, plsticos, vidros e metais, a
todos os resduos, reconhecidos como bem econ-
mico e de valor social, gerador de trabalho e renda.
O planejamento do manejo diferenciado de cada re-
sduo dever contemplar as diretrizes, estratgias,
metas, de programas e aes especcas, que garan-
tam uxos adequados.
As diretrizes so as linhas norteadoras, e as estrat-
gias os meios para implementao, que deniro as
aes e os programas para que as metas sejam atin-
gidas.
O planejamento das aes poder seguir uma lgi-
ca investigativa, conforme segue abaixo:
Diretrizes (O QU?) quais so as diretrizes espe-
ccas que devero ser atendidas pelo plano?
Estratgias (COMO?) quais so as estratgias de
implementao (legais; instalaes; equipamen-
tos, mecanismos de monitoramento e controle)
necessrias para o cumprimento do plano?
Metas (QUANTO e QUANDO?) quais so os resul-
tados e prazos a serem perseguidos pelas aes
concebidas?
Programas e aes (COM QUEM?) quais so os
agentes pblicos e privados envolvidos e quais as
aes necessrias para efetivao da poltica de
gesto?
Na denio das metas, o Comit Diretor e o Grupo
de Sustentao devero observar os prazos legais j
denidos na legislao e os rebatimentos locais das
metas denidas no Plano Nacional e no Plano Esta-
dual de Resduos Slidos. Na Lei j est denida a data
limite para encerramento dos lixes e, portanto, para
a instalao dos aterros sanitrios, e para a estrutura-
o das coletas seletivas, j que os aterros s podero
receber rejeitos (BRASIL, 2010b).
O planejamento das aes dever gerar assim, um
quadro base onde estaro includas as propostas para
todos os tipos de resduos identicados no municpio
ou na regio.
Veja a seguir, sugesto de quadro base:
ICLEI 94 3/21/12 5:04 PM
95
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Tipos de resduos e abordagens
sugeridas
O QU? COMO? QUANTO? QUANDO? COM QUEM?
Diretrizes Estratgias
Metas
quantitativas
Programas e aes
domiciliares
RSD - secos
domiciliares
RSD - midos
limpeza pblica
construo civil - RCC
volumosos
verdes
servios de sade
equipamentos eletroeletrnicos
pilhas e baterias
lmpadas
pneus
leos lubricantes e embalagens
agrotxicos
slidos cemiteriais
servios pblicos de saneamento
bsico
leos comestveis
industriais
servios de transportes
agrosilvopastoris
minerao
ICLEI 95 3/21/12 5:04 PM
96
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
O processo de preenchimento do quadro dever
revelar os resduos para os quais ser necessrio um
planejamento mais detalhado, gerando os programas
prioritrios.
5.1. Diretrizes especcas
A nova legislao estabelece que sejam feitos es-
foros para: a no gerao e reduo dos resduos;
otimizao da reutilizao e reciclagem; adoo de
tratamentos quando necessrios e, disposio ade-
quada dos rejeitos. Os atalhos tecnolgicos que avan-
am diretamente para tratamento de resduos, sem
diferenciao, devemser evitados porque eliminam a
logstica reversa e a responsabilidade compartilhada
pela gesto, peas centrais da PNRS.
ORIENTAES PARA RECUPERAO DE RES-
DUOS E MINIMIZAO DOS REJEITOS NA DESTI-
NAO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA:
Separao dos resduos domiciliares reciclveis
na fonte de gerao (resduos secos e midos)
Coleta seletiva dos resduos secos, realizada por-
ta a porta, com pequenos veculos que permitam
operao a baixo custo, priorizando-se a insero
de associaes ou cooperativas de catadores
Compostagem da parcela orgnica dos RSU e
gerao de energia por meio do aproveitamen-
to dos gases provenientes da biodigesto em
instalaes para tratamento de resduos, e dos
gases gerados em aterros sanitrios (biogs);
incentivo compostagem domstica
Segregao dos Resduos da Construo e De-
molio com reutilizao ou reciclagem dos re-
sduos de Classe A (triturveis) e Classe B (ma-
deiras, plsticos, papel e outros)
Segregao dos Resduos Volumosos (mveis, in-
servveis e outros) para reutilizao ou reciclagem
Segregao na origem dos Resduos de Servi-
os de Sade (grande parte resduo comum)
Implantao da logstica reversa com o retorno
indstria dos materiais ps-consumo (emba-
lagens de agrotxicos; pilhas e baterias; pneus;
embalagens de leos lubricantes; lmpadas
uorescentes, de vapor de sdio e mercrio e
de luz mista; produtos eletroeletrnicos e seus
componentes)
Encerramento de lixes e bota foras, com recu-
perao das reas degradadas
5.2. Estratgias de implementao
e redes de reas de manejo local ou
regional
O MMA incentiva a implantao de um Modelo Tec-
nolgico que privilegia: o manejo diferenciado; a ges-
to integrada dos resduos slidos, com incluso social;
a formalizao do papel dos catadores de materiais
reciclveis e o compartilhamento de responsabilidades
com os diversos agentes. Esse modelo pressupe um
ICLEI 96 3/21/12 5:04 PM
97
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Desenho esquemtico de um Ecoponto.
A
c
e
r
v
o
M
M
A
planejamento preciso do territrio, com a denio
do uso compartilhado das redes de instalaes para
o manejo de diversos resduos, e com a denio de
uma logstica de transporte adequada, para que baixos
custos sejam obtidos. A consulta ao Plano Diretor pode
auxiliar na escolha da melhor localizao das reas de
manejo local e/ou regional. (mais informaes sobre o
Modelo Tecnolgico podem ser encontradas posterior-
mente, no item 6.13 deste Manual).
INSTALAES PARA O MANEJO DIFERENCIA-
DO E INTEGRADO, REGULADO, NORMATIZADO
PEVs Pontos de Entrega Voluntria (Ecopon-
tos) para acumulao temporria de resduos
da construo e demolio, de resduos volu-
mosos, da coleta seletiva e resduos com logs-
tica reversa (NBR 15.112)
LEVs Locais de Entrega Voluntria de Resdu-
os Reciclveis contineres, sacos ou outros
dispositivos instalados em espaos pblicos
ou privados monitorados, para recebimento
de reciclveis
Galpes de triagem de reciclveis secos, com
normas operacionais denidas em regula-
mento
Unidades de compostagem/biodigesto de
orgnicos
ATTs reas de Triagem e Transbordo de resdu-
os da construo e demolio, resduos volumo-
sos e resduos com logstica reversa (NBR 15.112)
reas de Reciclagem de resduos da cons-
truo (NBR 15.114)
Aterros Sanitrios (NBR 13.896)
ASPP - Aterros Sanitrios de Pequeno Porte
com licenciamento simplicado pela Reso-
luo CONAMA 404 e projeto orientado pela
nova norma (NBR 15.849)
Aterros de Resduos da Construo Classe A
(NBR 15.113)
PEV
PEV
PEV
PEV
SADA
SADA
SADA
ICLEI 97 3/21/12 5:04 PM
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
DECRETO N
O
7.619/
2011 BRASIL, 2011:
Regulamenta a
concesso de cr-
dito presumido
do imposto sobre
produtos indus-
trializados IPI
na aquisio de
resduos slidos
diretamente de
cooperativas de
catadores de ma-
teriais reciclveis.
Essas instalaes so, na prtica, a oferta de en-
dereos fsicos para a atrao e concentrao de di-
versos tipos de resduos. Os PEVs (Ecopontos) so os
pontos iniciais das redes que precisam ser denidas.
Alocados nos bairros, com base em vrios critrios,
permitem transformar resduos difusos em resduos
concentrados, propiciando a denio da logstica de
transporte, com equipamentos adequados e custos
suportveis.
O Modelo Tecnolgico incentivado pelo MMA pro-
pe a adequao da rede de instalaes ao porte dos
municpios, denindo o nmero de PEVs e reas de
Triagem e Transbordo (ATTs) em funo da populao
e, em municpios menores, agregando as duas fun-
es em uma nica instalao (PEV Central) conforme
pode ser visto no quadro abaixo.
Populao da
Sede Municipal
PEVs ATT
PEV
Central
Aterro RCD
coligado
at 25 mil 1 1
de 25 a 50 mil 2 1
de 50 a 75 mil 3 1 1
de 75 a 100 mil 4 1 1
A
c
e
r
v
o
M
M
A
Guarulhos/SP: rea de deposio irregular de resduos (acima), transformada
em Ecoponto (abaixo).
O planejamento para a definio da rede de
instalaes essencial. O PGIRS deve propor uma
setorizao dos espaos urbanos, formando ba-
cias de captao de resduos para cada PEV. Estas
bacias devem coincidir, tanto quanto possvel, com
os setores censitrios do IBGE, de forma que todo o
conjunto de informaes do Censo esteja disponi-
bilizado para o planejamento. Os setores e a rede
de instalaes devem ser georeferenciados, sempre
que possvel.
Os setores devem, tambm, aproximar-se dos limi-
tes das regies de sade organizadas para a atuao
dos agentes dos Programas de Sade da Famlia e de
Agentes Comunitrios de Sade. So conhecidos os
ICLEI 98 3/21/12 5:04 PM
99
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
ganhos em sade decorrentes das melhorias em sane-
amento. Esses agentes so numerosos nos municpios
brasileiros e tm uma compreenso muito clara do
territrio onde trabalham. O Comit Diretor e o Gru-
po de Sustentao devem manter um intenso dilogo
com a coordenao destes programas.
A estratgia de coleta seletiva de resduos domici-
liares secos, reconhecidamente mais eciente se re-
alizada porta a porta, pode ser feita pelos catadores
ou por funcionrios na ausncia destes, atravs de
pequenos veculos que permitam a concentrao das
cargas para a entrada em cena dos veculos de maior
porte. Municpios como Londrina/PR, que apresentam
os melhores resultados para este tipo de coleta seleti-
va, estruturaram suas intervenes a partir desta lgi-
ca, conseguindo custos de coleta semelhantes aos da
coleta convencional.
A disposio dos resduos ricos em matria org-
nica nos aterros operados com maior escala, dever
gerar volumes expressivos de GEEs. Em funo disso,
sempre que possvel dever ser prevista soluo para
a captura integral desses gases, e seu aproveitamento,
por meio da biodigesto, de forma a atender as pres-
cries do PNMC.
Na denio das estratgias, no caso de Consrcios
Pblicos, deve-se considerar a possibilidade de atu-
ao complementar, ou seja, a prestao de servios
alm dos servios pblicos tais como: o manejo do
RCC e sua reciclagem, a reciclagem de madeira por
triturao, o tratamento do RSS, a gerao de energia,
vapor e gs a partir do tratamento de RSD mido. Esta
uma forma de constituir receita prpria, legalmen-
te permitida sem comprometer os objetivos principais
do consrcio.
5.3. Metas quantitativas e prazos
O Comit Diretor e o Grupo de Sustentao devero
xar as metas quantitativas por perodo, harmonizan-
do a exigncia legal (reviso a cada 4 anos, prioritaria-
mente, no mesmo perodo de elaborao dos planos
plurianuais), a capacidade de investimento e a capaci-
dade gerencial, entre outros fatores. As metas devem
considerar as peculiaridades locais, as possibilidades
de utilizao de tecnologias para o tratamento dos re-
sduos, e as perspectivas reais de abertura ou amplia-
o de negcios com os resduos recuperados.
Veja abaixo sugesto de quadro de metas e prazos:
Metas
perodo 1
(ano - ano)
perodo 2
(ano - ano)
perodo 3
(ano - ano)
perodo 4
(ano - ano)
perodo 5
(ano - ano)
Descrio da ao
ICLEI 99 3/21/12 5:04 PM
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
ESCOLA LIXO ZERO:
Iniciativa voltada
destinao
adequada de
todas as fraes
de resduos gera-
das no ambiente
escolar, com
intensa participa-
o dos alunos no
processo.
FEIRA LIMPA:
Iniciativa desen-
volvida em feiras
livres, voltada
destinao ade-
quada das fraes
de resduos seca
e mida, com
possvel retorno
dos restos org-
nicos s unidades
produtoras.
5.4. Programas e aes
Devero ser previstas aes que se reetiro na ges-
to de praticamente todos os resduos:
disciplinar as atividades de geradores, transporta-
dores e receptores de resduos, exigindo os Planos
de Gerenciamento quando cabvel;
modernizar os instrumentos de controle e scali-
zao, agregando tecnologia da informao (ras-
treamento eletrnico de veculos, scalizao por
anlise de imagens areas);
formalizar a presena dos catadores organizados
no processo de coleta de resduos, promovendo
sua incluso, a remunerao do seu trabalho pbli-
co e a sua capacitao;
formalizar a presena das ONGs envolvidas na
prestao de servios pblicos;
tornar obrigatria a adeso aos compromissos da
A3P (Agenda Ambiental na Administrao Pblica),
includo o processo de compras sustentveis, para
todos os rgos da administrao pblica local;
valorizar a educao ambiental como ao prioritria;
incentivar a implantao de econegcios por meio
de cooperativas, indstrias ou atividades processa-
doras de resduos.
Algumas das possibilidades de aes, relacionadas
aos resduos a serem geridos, so sugeridas adiante:
RESDUOS SLIDOS DOMICILIARES RSD COLETA
CONVENCIONAL
Buscar reduo signicativa da presena de resdu-
os orgnicos da coleta convencional nos aterros,
para reduo da emisso de gases, por meio da
biodigesto e compostagem quando possvel.
Implantar coleta conteinerizada, inicialmente em
condomnios e similares.
RESDUOS SLIDOS DOMICILIARES RSD SECOS
Desenvolver Programa Prioritrio com metas para
avano por bacia de captao, apoiada nos PEVs e
logstica de transporte com pequenos veculos para
concentrao de cargas.
Priorizar a incluso social dos catadores organiza-
dos para a prestao do servio pblico e quando
necessrio, complementar a ao com funcion-
rios atuando sob a mesma logstica.
Implementar o manejo de resduos secos em pro-
gramas Escola Lixo Zero.
Implementar o manejo de resduos secos em pro-
gramas Feira Limpa.
RESDUOS SLIDOS DOMICILIARES RSD MIDOS
Desenvolver Programa Prioritrio, estabelecendo
coleta seletiva de RSD midos em ambientes com
gerao homognea (feiras, sacoles, indstrias,
restaurantes e outros) e promover a compostagem.
ICLEI 100 3/21/12 5:04 PM
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Indicadores de
produtividade
para catadores
em galpo:
coleta: 160 kg/dia
triagem: 200 kg/
dia
prensagem: 600
kg/dia
Indicadores de
produtividade
para composta-
gem em ptio:
1 tonelada de
composto: 10
horas de trabalho
(montagem da
pilha, revolvimen-
to, irrigao e
peneiramento)
Implementar o manejo de resduos midos em
programas Escola Lixo Zero.
Implementar o manejo de resduos midos em
programas Feira Limpa.
RESDUOS DA LIMPEZA PBLICA
Implementar a triagem obrigatria de resduos no
prprio processo de limpeza corretiva e o uxo
ordenado dos materiais at as reas de Triagem e
Transbordo e outras reas de destinao.
Denir cronograma especial de varrio para reas
crticas (locais com probabilidade de acmulo de
guas pluviais) vinculado aos perodos que prece-
dam as chuvas.
Denir custo de varrio e preo pblico para
eventos com grande pblico.
RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL - RCC
Desenvolver Programa Prioritrio com metas para
implementao das bacias de captao e seus PEVs
(Ecopontos) e metas para os processos de triagem
e reutilizao dos resduos classe A.
Incentivar a presena de operadores privados com
RCC, para atendimento da gerao privada.
Desenvolver esforos para a adeso das institui-
es de outras esferas de governo s responsabili-
dades denidas no PGIRS.
RESDUOS VOLUMOSOS
Promover a discusso da responsabilidade com-
partilhada com fabricantes e comerciantes de m-
veis, e com a populao consumidora.
Promover o incentivo ao reaproveitamento dos re-
sduos como iniciativa de gerao de renda.
Incentivar a identicao de talentos entre catado-
res e sensibilizar para atuao na atividade de reci-
clagem e reaproveitamento, com capacitao em
marcenaria, tapearia etc., visando a emancipao
funcional e econmica.
Promover parceria com o Sistema S (SENAC, SE-
NAI) para oferta de cursos de transformao, rea-
proveitamento e design.
RESDUOS VERDES
Elaborar Plano de Manuteno e Poda regular
para parques, jardins e arborizao urbana, aten-
dendo os perodos adequados para cada espcie.
Estabelecer contratos de manuteno e conserva-
o de parques, jardins e arborizao urbana em
parceria com a iniciativa privada.
Envolver os Ncleos de Ateno Psicossocial -
NAPS, a m de constituir equipes com pacientes
desses ncleos para atender demandas de manu-
teno de reas verdes, agregados s parcerias de
agentes privados (atividade teraputica e remune-
rada das equipes com coordenao psicolgica e
agronmica).
ICLEI 101 3/21/12 5:04 PM
102
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
Incentivar a implantao de iniciativas como as
Serrarias Ecolgicas para produo de peas de
madeira aparelhadas a partir de troncos removidos
na rea urbana.
RESDUOS DOS SERVIOS DE SADE
Registrar os Planos de Gerenciamento de Resduos
das instituies pblicas e privadas no sistema lo-
cal de informaes sobre resduos.
Criar cadastro de transportadores e processadores,
referenciado no sistema local de informaes so-
bre resduos.
RESDUOS ELETROELETRNICOS
Criar Programa de Incluso Digital local que acei-
te doaes de computadores para serem recupe-
rados e distribudos a instituies que os destinem
ao uso de comunidades carentes.
RESDUOS DOS SERVIOS PBLICOS DE
SANEAMENTO BSICO
Estabelecer cronograma de limpeza da micro e
macro drenagem, de acordo com a ocorrncia de
chuvas, visando reduzir os impactos econmicos e
ambientais por ocorrncia de enchentes;
Reduzir volume de resduos de limpeza de drena-
gens levados a aterro de resduos perigosos, por
meio de ensaios de caracterizao;
Identicar e responsabilizar os potenciais agentes
poluidores reconhecidos nos lodos dos proces-
sos de dragagem ou desassoreamento de corpos
dgua.
RESDUOS SLIDOS CEMITERIAIS
Garantir que os equipamentos pblicos tenham
um cenrio de excelncia em limpeza e manuten-
o, com padro receptivo apropriado para a nali-
dade a que se destinam.
RESDUOS AGROSILVOPASTORIS
Promover o incentivo ao processamento dos res-
duos orgnicos por biodigesto, com gerao de
energia.
ICLEI 102 3/21/12 5:04 PM
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
A Lei Federal
de Saneamento
Bsico dene,
segundo o Art. 10,
que:
A prestao de
servios pblicos
de saneamento
bsico, como
o manejo de
resduos urbanos,
por entidade que
no integre a
administrao do
titular depende
da celebrao de
contrato, sendo
vedada a sua dis-
ciplina mediante
convnios, termos
de parceria ou
outros instrumen-
tos de natureza
precria (BRASIL,
2007a).
6. DIRETRIZES, ESTRATGIAS, PROGRAMAS, AES E METAS PARA
OUTROS ASPECTOS DO PLANO
Devero ser elaboradas diretrizes, estratgias, me-
tas, programas e aes especcas para outros quesi-
tos alm dos resduos propriamente ditos, atendendo
ao contedo mnimo previsto na legislao federal, e
s necessidades impostas pelas peculiaridades e ca-
pacidades locais.
6.1. Denio de reas para
disposio nal
O PGIRS dever, ao lado das denies relativas ao
encerramento de lixes e bota foras, apresentar as di-
retrizes para as reas adequadas para disposio nal.
importante, nesta questo, a deciso sobre a adeso
dos municpios gesto associada.
O encerramento de lixes e bota foras, dever
ocorrer paralelamente s discusses para a soluo
dos eventuais problemas sociais relacionados tanto
presena de moradores nesses locais, como de traba-
lhadores que vivem da catao de reciclveis. Nesses
casos, deve-se buscar a incluso social dos catadores
conforme previsto na PNRS. O PGIRS dever apontar
soluo para a regularizao de situaes como o uso
de aterros privados sem respaldo em contrato oriun-
do de processo licitatrio. Essa situao proibida
pela Lei Federal de Saneamento Bsico.
Estudos contratados pelo MMA revelam ser extre-
mamente diferenciados os custos de implantao
e de operao de aterros sanitrios convencionais
(NBR 13896:1997) em municpios de pequeno e gran-
de porte. O ganho de escala em unidades de maior
porte importante, mas tambm as consideraes
sobre distncias de transporte, e as emisses de GEE.
Aterro Sanitrio de Pequeno Porte (Rafard/SP)
D
a
n
M
o
c
h
e
S
c
h
n
e
i
d
e
r
ICLEI 103 3/21/12 5:04 PM
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
A Resoluo 404
do CONAMA
simplicou o pro-
cesso de licencia-
mento dos ASPP,
no exigindo, em
princpio, o de-
senvolvimento de
EIA RIMA (BRASIL,
2008c).
A NBR
15849:2010 xa
os critrios para
adequao dos
elementos de pro-
teo ambiental
aos condicionan-
tes locais (caracte-
rsticas do solo, do
rejeito, do fretico
e do excedente
hdrico) (ABNT,
2010).
Considera-se no geral, que o transporte atravs de ve-
culos coletores deve ser limitado a distncias de 30
km do aterro. Quando as distncias so maiores deve-
-se considerar a convenincia da incluso, em pontos
regionais estratgicos, de reas de transbordo de re-
jeitos, para veculos de maior capacidade de carga, e
menor custo unitrio ton/km (VELLOSO, 2011).
Na medida em que a motivao primordial para a
adoo do Consrcio Pblico a gesto associada de
todo o processo e no exclusivamente a administrao
de aterros nicos, a soluo de Aterros Sanitrios de
Pequeno Porte ASPP (NBR 15849:2010), limitados
recepo de 20 toneladas dirias deve ser considerada.
O PGIRS tambm dever apontar solues ambien-
talmente adequadas para a disposio nal de outros
rejeitos, como os da construo civil e os rejeitos de re-
sduos perigosos. No caso dos resduos da construo
civil, a Resoluo CONAMA 307/2002 prev a disposi-
o nal de rejeitos dos resduos classe A em aterros
que possibilitem o uso do espao aterrado para algu-
ma funo urbana aps o encerramento, e os aterros
de reservao para os resduos classe A, triturvel,
onde so acondicionados temporariamente espera
de um aproveitamento futuro (NBR 15113:2004) (BRA-
SIL, 2002; ABNT, 2004).
Veja abaixo sugesto de quadro sobre reas para
disposio nal adequada :
Diretrizes Estratgias
Metas
quantitativas
Programas e aes
encerramento de lixes
disposio nal adequada de rejeitos de
resduos urbanos
encerramento de bota foras
disposio nal adequada de rejeitos da
construo
reservao de resduos da construo
para uso futuro classe A
disposio nal adequada de rejeitos de
resduos industriais perigosos
ICLEI 104 3/21/12 5:04 PM
105
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
A escolha das reas de disposio nal dever ser
realizada com base em estudos de viabilidade tcnica,
econmica e ambiental e anlise do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano (e seu Zoneamento Urbano
e Ambiental) e do Zoneamento Ambiental do Estado
de modo a compatibilizar todas as informaes, evi-
tando problemas futuros.
A implantao de Aterro de Resduos da Construo
classe A, visando reservao dos resduos para seu
resgate futuro, dever considerar o aproveitamento
de reas ociosas pelo esgotamento de atividades mi-
neradoras. Muitas dessas reas esto mapeadas pelo
Departamento Nacional de Produo Mineral (DNPM)
e referem-se a materiais como argila, areia, cascalho,
granito e outras. Um instrumento ecaz para identi-
car a disponibilidade dessas reas na regio a rea-
lizao de Chamamento Pblico, feito para que pro-
prietrios desses stios esgotados explicitem interesse
na sua converso em reas de reservao de RCC.
Acesse o site do DNPM - Departamento Nacio-
nal de Produo Mineral: http://sigmine.dnpm.
gov.br/webmap/
O PGIRS dever tambm avaliar a convenincia da im-
plantao de Centrais de Tratamento de Resduos in-
tegrando resduos slidos diversos, inertes e no inertes,
secos e midos, inclusive absorvendo resduos de esta-
es de tratamento de esgotos. Estudos tcnicos podem
levar denio de centrais com boa ecincia energti-
ca, onde os resduos processados por biodigesto geram
energia que pode ser utilizada na Central.
6.2. Planos de gerenciamento
obrigatrios
O PGIRS deve denir, no mbito local ou regional, o
rgo pblico que ser a referncia para entrega do pla-
no de gerenciamento, de forma a garantir a sistemtica
anual de atualizao, visando o controle e a scalizao.
Devero ser orientados quanto a estes procedimen-
tos, e quanto s penalidades aplicveis pelo seu no
cumprimento, os responsveis por: atividades indus-
triais; agrosilvopastoris; estabelecimentos de servios
de sade; servios pblicos de saneamento bsico;
empresas e terminais de transporte; mineradoras;
construtoras, e os grandes estabelecimentos comer-
ciais e de prestao de servio.
Decreto 7.404/2010 (BRASIL, 2010d):
O Art. 56 arma que os responsveis pelo plano
de gerenciamento devero disponibilizar ao rgo
municipal competente, ao rgo licenciador do SIS-
NAMA e s demais autoridades competentes, com
periodicidade anual, informaes completas e atua-
lizadas sobre a implementao e a operacionalizao
do plano, consoante as regras estabelecidas pelo r-
go coordenador do SINIR, por meio eletrnico.
Lei 12.305/2010 (BRASIL, 2010b):
O Art. 21, 2 estabelece que a inexistncia do
PGIRS no obsta a elaborao, implementao e
operacionalizao do Plano de Gerenciamento de
Resduos Slidos.
ICLEI 105 3/21/12 5:04 PM
106
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
O PGIRS dever xar o prazo para a primeira apre-
sentao dos Planos de Gerenciamento aos rgos
receptores locais, iniciando assim a rotina anual de
renovao da informao, prevista na legislao (Sis-
tema Declaratrio). Em consequncia, precisam ser
previstas tambm, as condies de infraestrutura (re-
cursos humanos e de informtica, entre outros) para o
estabelecimento dos uxos de informao entre gera-
dores rgo pblico SINIR.
6.3. Aes relativas aos resduos com
logstica reversa
A responsabilidade pela estruturao e implemen-
tao dos sistemas de logstica reversa de alguns res-
duos est bem denida na Lei 12.305 como sendo dos
fabricantes, importadores, distribuidores e comer-
ciantes. Aos consumidores caber a responsabilidade
de acondicionar adequadamente e disponibilizar os
resduos para coleta ou devoluo.
No planejamento das aes, devero ser determi-
nadas, primeiramente para os seis resduos com logs-
tica reversa j estabelecida, as diretrizes e estratgias,
as metas e aes, para cada um deles, tendo como
referncia os acordos setoriais estabelecidos ou em
processo de discusso.
Veja abaixo sugesto de quadro sobre logstica re-
versa.
Resduos com logstica reversa Diretrizes Estratgias
Metas
quantitativas
Programas e aes
produtos eletroeletrnicos
pilhas e baterias
lmpadas uorescentes
pneus
agrotxicos e embalagens
leos lubricantes e embalagens
importante ressaltar que a Lei prev a remunera-
o do servio pblico de limpeza urbana e manejo
de resduos, quando este exerce alguma atividade do
sistema de logstica reversa, como por exemplo, a cap-
tao e concentrao de resduos. importante que
esteja previsto no PGIRS a elaborao de acordo, ter-
mo de compromisso ou, quando for o caso, contrato
com o setor empresarial (Lei 12.305, Art. 33, 7), de
ICLEI 106 3/21/12 5:04 PM
107
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
forma que os servios prestados sejam remunerados
(por exemplo, a captao destes resduos na rede de
PEVs ou Ecopontos) (BRASIL, 2010b).
As redes de estabelecimentos que comercializam pro-
dutos da logstica reversa podero reservar reas para
concentrao desses resduos e denir os uxos de re-
torno aos respectivos sistemas produtivos. Os acordos
setoriais deniro os procedimentos. Os responsveis
por estes resduos devero informar continuamente ao
rgo municipal competente, e outras autoridades, as
aes de logstica reversa a seu cargo, de modo a permi-
tir o cadastramento das instalaes locais, urbanas ou ru-
rais, inseridas nos sistemas de logstica reversa adotados.
Complementariamente, os planos de logstica re-
versa, devero contemplar as aes pblicas de divul-
gao sobre as obrigaes do consumidor quanto
segregao e destinao adequada dos resduos e as
penalidades previstas.
6.4. Indicadores de desempenho para
os servios pblicos
O PGIRS dever considerar como critrios estratgi-
cos para avaliao dos servios:
a universalidade: os servios devem atender toda a
populao, sem exceo;
a integralidade do atendimento: devem ser pre-
vistos programas e aes para todos os resduos
gerados;
a ecincia e a sustentabilidade econmica;
a articulao com as polticas de incluso social, de
desenvolvimento urbano e regional e outras de in-
teresse relevante;
a adoo de tecnologias apropriadas, consideran-
do a capacidade de pagamento dos usurios, a
adoo de solues graduais e progressivas e ade-
quao preservao da sade pblica e do meio
ambiente;
o grau de satisfao do usurio.
O Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto
(MPOG) publicou dois documentos que podem auxiliar
na denio de indicadores para a medio do desem-
penho dos servios pblicos, e demais aes relaciona-
das no PGIRS. So eles: Guia referencial para Medio de
Desempenho e Manual para Construo de Indicadores
(MPOG, 2009).
Outra referncia o SNIS, que h sete anos vem le-
vantando dados sobre o manejo de resduos slidos em
municpios brasileiros, e tem produzido indicadores que
permitem anlises entre municpios de mesmo porte e/
ou da mesma regio, dentre outras possibilidades.
importante que a denio dos indicadores do
PGIRS tenha como referncia aqueles eleitos pelo
SNIS, permitindo assim, que desde o primeiro monito-
ramento, os municpios possam analisar sua situao
luz de uma srie histrica j existente.
Como sugesto, foram selecionados os seguintes
indicadores gerais:
Incidncia das despesas com o manejo de resduos s-
lidos nas despesas correntes da prefeitura (SNIS 001);
ICLEI 107 3/21/12 5:04 PM
108
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
Despesa per capita com manejo de resduos slidos
em relao populao (SNIS 006);
Receita arrecadada per capita;
Auto-sucincia nanceira da prefeitura com o
manejo de resduos slidos (SNIS 005);
Taxa de empregados em relao populao urba-
na (SNIS 001);
Incidncia de empregados prprios no total de em-
pregados no manejo de resduos slidos (SNIS 007);
Incidncia de empregados gerenciais e administra-
tivos no total de empregados no manejo de res-
duos slidos (SNIS 010).
Interessam tambm indicadores sobre resduos
urbanos como:
Cobertura do servio de coleta em relao popu-
lao total atendida (declarada) (SNIS 015);
Taxa de cobertura do servio de coleta de resduos
domiciliares em relao populao urbana (SNIS
016);
Massa recuperada per capita de materiais recicl-
veis secos (exceto matria orgnica e rejeitos) em
relao populao urbana (SNIS 032);
Taxa de material recolhido pela coleta seletiva de
secos (exceto matria orgnica) em relao quan-
tidade total coletada de resduos slidos domsti-
cos (SNIS 053);
Taxa de recuperao de materiais reciclveis secos
(exceto matria orgnica e rejeitos) em relao
quantidade total (SNIS 031);
Massa recuperada per capita de matria orgnica
em relao populao urbana;
Taxa de material recolhido pela coleta seletiva de
matria orgnica em relao quantidade total co-
letada de resduos slidos domiciliares;
Taxa de recuperao de matria orgnica em rela-
o quantidade total;
Massa de matria orgnica estabilizada por biodiges-
to em relao massa total de matria orgnica.
Podem tambm ser includos indicadores sobre
resduos de servios de sade e resduos da cons-
truo civil:
Massa de resduos dos servios de sade (RSS) co-
letada per capita (apenas por coletores pblicos)
em relao populao urbana (SNIS 036);
Massa de resduos da construo civil (RCC) cole-
tada per capita (apenas por coletores pblicos) em
relao populao urbana.
Pode-se ainda desenvolver indicadores para detec-
tar e mapear as situaes recorrentes como os locais
onde se repetem as deposies irregulares de re-
sduos (entulhos, resduos volumosos e domiciliares,
principalmente). Sugere-se, portanto:
Nmero de deposies irregulares por mil habi-
tantes;
Taxa de resduos recuperados em relao ao volu-
me total removido na limpeza corretiva de deposi-
es irregulares.
ICLEI 108 3/21/12 5:04 PM
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Decreto Federal
n
o
5.940/2006
(BRASIL, 2006):
Institui a separa-
o dos resduos
reciclveis descar-
-tados pelos r-
gos e entidades
da administrao
pblica federal
direta e indireta,
na fonte geradora,
e a sua destinao
s cooperativas
Instruo Nor-
mativa MPOG
01/2010 (MPOG,
2010):
Dispe sobre
os critrios de
sustentabilidade
ambiental na
aquisio de
bens, contrata-
o de servios
ou obras pela
Administrao
Pblica Federal
direta, autrquica
e fundacional e d
outras providn-
cias.
Podem ser construdos indicadores para resduos
que se mostrem localmente signicativos, como os
de servios de transporte, minerrios, agrosilvopas-
toris, ou ainda, de varrio ou logstica reversa. im-
portante a construo de indicadores para o acompa-
nhamento dos resultados das polticas de incluso
social, formalizao do papel dos catadores de ma-
teriais reciclveis e participao social nos programas
de coleta seletiva, tais como:
Nmero de catadores organizados em relao ao
nmero total de catadores (autnomos e organi-
zados);
Nmero de catadores remunerados pelo servio
pblico de coleta em relao ao nmero total de
catadores;
Nmero de domiclios participantes dos progra-
mas de coleta em relao ao nmero total de do-
miclios.
Para a construo desse ltimo conjunto de indica-
dores essencial a integrao de aes com o traba-
lho das equipes de agentes comunitrios de sade.
6.5. Aes especcas nos rgos da
administrao pblica
O Comit Diretor e tcnicos envolvidos precisam
preparar uma listagem dos rgos administrativos
existentes na regio, da esfera de governo municipal,
estadual ou federal, para os quais devem ser organizados
programas especcos em sua lgica gerencial, como a
aplicao da Agenda Ambiental da Administrao P-
blica (A3P). importante que as instituies pblicas
se destaquem no cumprimento das responsabilidades
denidas em lei para todos, e assumam a dianteira no
processo de gesto de resduos slidos e meio ambiente.
Veja na pgina a seguir, sugesto de quadro sobre
instituies pblicas.
A A3P prev aes de sustentabilidade para o po-
der pblico mais amplas que a gesto dos resduos de
suas atividades. Devero ser previstas aes em rela-
o, por exemplo, ao consumo racional de energia e
gua, e minimizao da gerao de resduos slidos.
Cabe ressaltar a adoo de sistema de compras (de
bens e servios) que possibilitem introduzir materiais
de consumo e prticas sustentveis na rotina de tra-
balho, na execuo de obras e construes de pr-
prios pblicos, etc.
Essas aes devem reetir-se nas especicaes
para contratos com terceiros, de qualquer tipo, esten-
dendo a eles as mesmas imposies, por fora do po-
der de compra pblico. Deve ser ressaltado:
o cumprimento das exigncias da Lei Federal
12.305, em nome do contratante pblico (BRASIL,
2010b);
a documentao de todos os uxos de resduos e
da origem dos materiais;
o uso de agregados reciclados provenientes de re-
sduos da construo em obras e servios pblicos,
entre outras determinaes.
ICLEI 109 3/21/12 5:04 PM
110
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
Instituie Pblicas Diretrizes Estratgias
Metas
quantitativas
Programas e aes
rgos gestores de
resduos
rgos gestores do meio
ambiente
rgos gestores das
compras pblicas
rgos gestores da
tecnologia de informao
rgos gestores da
iluminao pblica
rgos responsveis por
manuteno de veculos
rgos de apoio
s atividades
agrosilvopastoris
demais rgos da
administrao
rgos da administrao
federal aplicao do
Decreto Federal 5.940/06
e Instruo Normativa
MPOG 01/2010
ICLEI 110 3/21/12 5:04 PM
111
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
6.6. Iniciativas para a educao
ambiental e comunicao
O Comit Diretor e o Grupo de Sustentao devem
preparar, em conjunto, o registro das propostas e de-
cises sobre estes temas aps debate pela equipe,
contendo as indicaes que iro denir as estratgias
de abordagem, estabelecer metas que atendam ao re-
gulamento da poltica; aos hbitos, comportamentos
e peculiaridades locais.
Veja abaixo sugesto de quadro sntese sobre ativi-
dades de educao ambiental e comunicao.
Temas e abordagens Diretrizes Estratgias
Metas
quantitativas
Programas e aes
educao ambiental na
ao dos rgos pblicos
educao ambiental
na ao das entidades
privadas
agenda de eventos
Nas iniciativas para a comunicao, o PGIRS deve
buscar uma agenda de eventos para curto, mdio e
longo prazos considerando:
1. pautar o assunto resduos slidos no dia a dia da
comunidade, com campanhas, seminrios, entre-
vistas em rdio e mdias impressas, etc;
2. motivar a comunidade no processo de construo
coletiva do PGIRS;
3. divulgar a agenda de implementao do plano nos
meios de comunicao, incentivando o interesse
pela temtica nos diversos ambientes: trabalho, la-
zer, escola, famlia, vizinhana, etc.
6.7. Denio de nova estrutura
gerencial
As exigncias da nova legislao impem um salto
de qualidade na capacidade gerencial municipal e/ou
regional sem o qual dicilmente sero atingidos os
objetivos determinados.
O Plano de Gesto precisa denir as diretrizes, es-
tratgias, metas e aes para a construo de uma
capacidade efetiva de gesto e esta efetividade ser
atingida de forma mais rpida e estvel com a adeso
prestao regionalizada dos servios pblicos por
ICLEI 111 3/21/12 5:04 PM
112
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
Instncias
Planejamento
Estimativa do MMA para consrcio pblico
com 12 municpios e 340 mil hab.
n de funcionrios na
equipe
qualicao
necessria
n de funcionrios na equipe
incorporao gradual
Presidncia 2
Superintendncia 3
Ouvidoria 1
Assessoria Jurdica 3
Planejamento 5
Tecnologia da Informao 4
Comunicao
Mobilizao e Educao Ambiental
6
Controle Interno 2
Apoio tcnico
Capacitao, Assistncia tcnica,
Licenciamento
4
Financeiro
Finanas e contabilidade, Tesouraria e
Cobrana
5
Administrativo
Gesto de pessoas, Licitao e
patrimnio
8
Cmara de Regulao
Coordenao, Setor Administrativo e
nanceiro, Setor Tcnico, Fiscalizao
15
meio de consrcio pblico. Uma equipe estabilizada e
tecnicamente capacitada, na dimenso requerida pelas
peculiaridades locais condio imprescindvel para
o sucesso das misses colocadas para o ente da admi-
nistrao pblica responsvel pelos resduos: prestar
o servio pblico em sua plenitude e exercer a funo
pblica sobre os processos privados, com a extenso
prevista na lei.
Para denir a estrutura gerencial necessria s tare-
fas estabelecidas pelo PGIRS, pode-se ter como refe-
rncia o documento do MMA que mostra as instncias
gerenciais e a estimativa do nmero bsico de pros-
sionais requeridos.
ICLEI 112 3/21/12 5:04 PM
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Decreto n
o
7.217/2010, que
regulamenta a Lei
Federal do Sane-
amento Bsico
(BRASIL, 2010a).
Art. 14. A remu-
nerao pela pres-
tao de servio
pblico de manejo
de resduos s-
lidos urbanos
dever levar em
conta a adequada
destinao dos re-
sduos coletados,
bem como poder
considerar:
I - nvel de renda
da populao da
rea atendida;
II - caractersticas
dos lotes urbanos
e reas neles
edicadas;
III - peso ou
volume mdio
coletado por
habitante ou por
domiclio; ou
IV - mecanismos
econmicos de
incentivo mini-
mizao da gera-
o de resduos e
recuperao dos
resduos gerados.
A equipe gerencial para um consrcio pblico, ape-
sar de aparentemente ser numerosa, provavelmente
signicar uma taxa de funcionrios por municpio
menor do que a observada no diagnstico. E tem a
vantagem de, na gesto associada, no haver uma re-
petio de equipes insucientes, mas sim a agregao
de competncias diversas. Os municpios, mesmo
os de menor porte, podem dividir o esforo para a
construo da instituio que assuma a gesto em
uma escala mais adequada.
Algumas novas funes precisam ser previstas:
a Ouvidoria, enquanto uma central de dilogo entre
o Poder Pblico e a populao; o setor que permite
identicar as demandas da populao e as possveis
falhas nos procedimentos dos servios pblicos;
a instncia que responda pela capacitao tcnica
permanente dos funcionrios, aprofundando os
temas que integram a rotina de trabalho;
a instncia que assuma a comunicao, alm das
imprescindveis tarefas de educao ambiental e
mobilizao, inclusive em prol da incluso social
dos catadores.
A estrutura apontada no inclui instncias respon-
sveis por trabalho operacional, mas pode ser pres-
cindvel a presena da Cmara de Regulao e seus
funcionrios se as tarefas de regulao exigidas pela
Lei 11.445/2007 forem exercidas por um ente externo
ao Consrcio Pblico.
No caso da denio de uma estrutura adequada
gesto isolada, por um nico municpio, a estrutura
basicamente a mesma que a sugerida, ajustando-a a
esta situao peculiar.
6.8. Sistema de clculo dos custos
operacionais e investimentos
Faz parte do contedo do PGIRS a denio do siste-
ma de clculo dos custos da prestao dos servios p-
blicos, e a forma de cobrana desses servios. Este siste-
ma deve estar em conformidade com as diretrizes da Lei
Federal de Saneamento Bsico, que determina a recupe-
rao dos custos incorridos na prestao do servio, bem
como a gerao dos recursos necessrios realizao
dos investimentos previstos para a execuo das metas.
O Comit Diretor dever organizar as informaes
para que, com transparncia, estes custos possam ser
divulgados. Tambm quanto a este tem, h vantagem
na adoo da gesto associada o ganho de escala
com a concentrao de operaes permite diluio
dos custos.
Na abordagem do tema no PGIRS devero receber
especial ateno:
os investimentos necessrios para que os obje-
tivos possam ser atingidos, entre eles a univer-
salidade e a integralidade na oferta dos servios,
contemplando aspectos como investimentos em
infraestrutura fsica, equipamentos de manejo, ca-
pacidade administrativa, entre outros;
o planejamento destes investimentos no tempo,
sua depreciao e amortizao, segundo o cresci-
mento presumido da gerao;
ICLEI 113 3/21/12 5:04 PM
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
Segundo o
Art. 27 da Lei
11.445/2007,
assegurado aos
usurios de servios
pblicos de sane-
amento bsico, na
forma das normas
legais, regulamenta-
res e contratuais:
I - amplo acesso a in-
formaes sobre os
servios prestados;
II - prvio conhe-
cimento dos seus
direitos e deveres
e das penalidades
a que podem estar
sujeitos;
III - acesso a manual
de prestao do
servio e de
atendimento ao
usurio, elaborado
pelo prestador
e aprovado pela
respectiva entidade
de regulao;
IV - acesso a relat-
rio peridico sobre
a qualidade da pres-
tao dos servios
(BRASIL, 2007a).
os custos divisveis (como os da coleta e manejo
dos resduos domiciliares) e dos custos indivisveis
(varrio e capina, por exemplo);
a ocorrncia de custos por oferta de servios no
considerados enquanto servios pblicos, como a
coleta e tratamento de RSS de geradores privados,
ou a captao e transporte de resduos com logs-
tica reversa obrigatria (pneus, lmpadas e outros).
O plano dever xar as diretrizes, estratgias e metas
para estas questes, possibilitando o desenvolvimento
de um trabalho detalhado para sua implementao.
A Lei Federal de Saneamento Bsico determina que
os servios pblicos de limpeza urbana e manejo de
resduos slidos sejam remunerados pela cobrana
de taxas, tarifas ou preos pblicos. E que estes, tais
como a Taxa de Manejo de Resduos Slidos Domici-
liares, referente a servios divisveis, sejam contem-
plados com uma sistemtica de reajuste e reviso, que
permita a manuteno dos servios. No tocante a isso,
cumprir papel fundamental o ente regulador, quer
seja ele a Cmara de Regulao estabelecida em um
Consrcio Pblico, quer seja uma agncia reguladora
externa, contratada pelo consrcio ou pelo municpio
isolado, para este papel.
Alguns exerccios para estabelecimento da sistem-
tica de clculo tm considerado fatores, tais como:
localizao dos domiclios atendidos: bairros po-
pulares, de renda mdia ou renda alta;
as indstrias atendidas se caracterizarem por bai-
xa, mdia ou elevada gerao de resduos asseme-
lhados aos domiciliares (na faixa limite estabeleci-
da como atendimento enquanto servio pblico);
os estabelecimentos no industriais atendidos se
caracterizarem por baixa, mdia ou elevada gera-
o de resduos assemelhados aos domiciliares (na
faixa limite estabelecida como atendimento en-
quanto servio pblico);
a presena de terrenos vazios, de pequeno, mdio
ou grande porte, aos quais os servios so ofereci-
dos, mesmo que no seja usufrudo;
A considerao desses fatores permite, inclusive, a
denio de uma poltica de subsdios para a remu-
nerao dos servios, denida como obrigatria pela
nova legislao.
6.9. Forma de cobrana dos custos
dos servios pblicos
A ampla maioria dos municpios brasileiros inclui os
custos com os servios de manejo dos resduos nas al-
quotas do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Entretanto, diferentes estudos revelam que, indepen-
dentemente da qualidade dos servios ofertados, as
receitas auferidas no cobrem os custos.
Pelo novo marco legal a cobrana tem que ser
feita pelo lanamento de taxa, tarifa ou preo p-
blico. nessa direo (Lei 11.445/2010, Art. 29) que o
PGIRS deve buscar solues (BRASIL, 2007a).
Ser necessrio estabelecer a diretriz de transpa-
rncia na demonstrao da lgica de clculo empre-
ICLEI 114 3/21/12 5:04 PM
115
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
gada na composio de custos, as propores entre
nveis de gerao e outras consideraes.
6.10. Iniciativas para controle social
O processo de elaborao do PGIRS dever garantir
a introduo dos mecanismos de controle social pre-
vistos em lei no documento nal. A temtica precisa
estar pautada nas audincias e conferncias, para con-
ferir maior legitimidade discusso da cobrana pela
prestao dos servios.
A validao das etapas do PGIRS junto s instncias
de participao social locais ou regionais (Conselhos
Locais de Meio Ambiente, Sade e outros), precisa
introduzir a discusso da institucionalizao do con-
trole, como prevista no Decreto 7.217/2010 (BRASIL,
2010a). Em seu Art. 34 so descritos os mecanismos
que podero ser adotados para instituir o controle so-
cial dos servios de saneamento e, logicamente, dos
servios pblicos de limpeza urbana e manejo de re-
sduos:
debates e audincias pblicas;
consultas pblicas;
conferncias das cidades; e
participao de rgos colegiados de carter con-
sultivo. Para os rgos colegiados assegurada a
participao dos seguintes representantes: dos ti-
tulares dos servios; dos rgos governamentais
relacionados ao setor; dos prestadores de servios
pblicos; dos usurios dos servios; e das entida-
des tcnicas, organizaes da sociedade civil e de
defesa do consumidor.
Fique atento!
Prevendo que as funes e competncias dos
rgos colegiados podero ser exercidas por
outro rgo colegiado j existente, com as
devidas adaptaes da legislao, o Decreto
determina que a partir do exerccio nanceiro
de 2014, ser vedado o acesso aos recursos
federais destinados a saneamento bsico,
aos titulares desses servios pblicos que no
institurem o controle social realizado por rgo
colegiado, por meio de legislao especca.
O PGIRS precisa traar a diretriz e meta para a
denio desta legislao especca.
6.11. Sistemtica de organizao das
informaes locais ou regionais
A recepo e encaminhamento de informaes
responsabilidade do titular dos servios pblicos. Os
municpios, ou o consrcio intermunicipal, so obri-
gados a disponibilizar o PGIRS no SINIR alm de, anu-
almente, disponibilizar informaes sobre os resduos
sob sua esfera de competncia. O relacionamento do
municpio ou consrcio pblico se dar tanto com o
SINIR como com o SINISA, Sistema Nacional de Infor-
maes em Saneamento Bsico, que constituiro ban-
co de dados e procedimentos integrados.
ICLEI 115 3/21/12 5:04 PM
116
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
O PGIRS denir a compatibilizao da disposio le-
gal com as peculiaridades, necessidades e capacidades
locais, adotando as estratgias e metas necessrias.
A abordagem dada questo no Plano de Gesto
pode ser de avano gradual e progressivo, preven-
do-se os investimentos no tempo para a construo
desta capacidade gerencial especca. Em um pri-
meiro momento, para cumprimento estrito da previ-
so legal, deve-se prever:
encaminhamento do PGIRS ao SINIR, que dever
ser implantado at dezembro de 2012, sob coor-
denao do MMA;
recepo e anlise dos Planos de Gerenciamento
de Resduos Slidos e de suas atualizaes, rotina
anual de renovao da informao (Sistema Decla-
ratrio) a cargo dos grandes geradores.
Em um segundo momento, um banco de dados in-
formatizado pode ser implantado, agregando, alm
das informaes j citadas:
sistematizao e registro das informaes coleta-
das no perodo da construo do diagnstico para
o Plano de Gesto;
incluso dos dados referentes aos programas e
aes implementados a partir da aprovao do
plano (sobre recursos humanos, equipamentos, in-
fraestrutura, custos, resultados, etc.).
Ao nal, em um processo mais sosticado, pode-se
prever, alm dos itens anteriormente citados, e de sua
anlise conjunta, a integrao do banco de dados rela-
tivo aos resduos slidos, com bancos de dados de ou-
tras reas da administrao municipal ou do conjunto de
municpios compromissados com um consrcio pblico:
informaes sobre nanas (contribuintes, ativida-
des econmicas, receitas e despesas, entre outras);
informaes sobre habitao e obras (tipologia,
eventos construtivos, gerao de resduos);
informaes sobre o setor sade (instalaes, nvel
de ocupao, gerao de resduos);
informaes sobre planejamento urbano (deman-
das para ampliao de servios e outros aspectos).
A integrao entre os diversos bancos de dados
existentes pode ser atingida com maior facilidade
pela estrutura nica estabelecida em um Consrcio
Pblico. Constituir um Sistema de Informaes Inte-
grado uma iniciativa estratgica para implementa-
o progressiva de um servio pblico eciente.
6.12. Ajustes na legislao geral e
especca
As diretrizes denidas no PGIRS para adequao
das prticas locais aos conceitos da PNRS poder de-
mandar o encaminhamento pelo Comit Diretor de
propostas de alterao de dispositivos legais existen-
tes, incompatveis com as novas orientaes.
As alteraes necessrias podem congurar-se como
um Cdigo de Resduos Slidos (nos moldes do Cdigo
de Obras, Cdigo de Posturas, Cdigo Sanitrio, etc.),
ICLEI 116 3/21/12 5:04 PM
117
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
de abrangncia local ou regional. Podem ser citados
como aspectos a serem disciplinados por legislao lo-
cal:
posturas relativas s matrias de higiene, limpe-
za, segurana e outros procedimentos pblicos
relacionados aos resduos slidos, bem como os
relativos sua segregao, acondicionamento, dis-
posio para coleta, transporte e destinao, disci-
plinando aspectos da responsabilidade comparti-
lhada, e dos sistemas de logstica reversa;
os limites de volume que caracterizam pequenos ge-
radores e servios pblicos de manejo de resduos;
a operao de transportadores e receptores de re-
sduos privados (transportadores de entulhos, re-
sduos de sade, resduos industriais, sucateiros e
ferro velhos, outros);
procedimentos relativos aos Planos de Gerencia-
mento que precisam ser recepcionados e analisa-
dos no mbito local;
os procedimentos para a mobilizao e trnsito de
cargas perigosas no municpio ou na regio;
os instrumentos e normas de incentivo para o sur-
gimento de novos negcios com resduos;
os mecanismos de recuperao dos custos pelos
servios prestados por rgos pblicos (taxas, ta-
rifas e preos pblicos);
os programas especcos previstos no PGIRS;
o rgo colegiado, as representaes e a competn-
cia para participao no controle social dos servios
pblicos de limpeza urbana e manejo de resduos.
A deciso de editar ou no o PGIRS como uma le-
gislao especca no denida explicitamente na
PNRS e depender das decises locais.
6.13. Programas especiais para as
questes e resduos mais relevantes
Os resduos de presena mais signicativa (em vo- presena mais signicativa (em vo-
lume), causadores dos problemas mais impactantes
devem ser tratados com estratgias diferenciadas.
Assim, programas prioritrios focados permitiro a es-
truturao dos processos, a conquista dos primeiros
resultados e a consolidao da participao ampla
dos diversos agentes. A existncia de programas prio-
ritrios no deve inibir o preparo de programas para
outros resduos especialmente impactantes, como os
resduos dos servios de sade.
Considerando que na maioria dos municpios, os
resduos urbanos, secos e midos, e os resduos da
construo civil so os mais relevantes, para os quais
devero ser desenvolvidos programas prioritrios e,
havendo necessidade, organizadas equipes especcas
que devem preservar as boas prticas locais existentes.
O Modelo Tecnolgico que vem sendo incentivado
pelo MMA integra as aes para os trs resduos cita-
dos, traduzindo aes em um conjunto de reas para
a captao e destinao de resduos que estabeleam
uxos diretos para resduos da construo e resduos
ICLEI 117 3/21/12 5:04 PM
118
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
domiciliares secos, criando as condies para o mane-
jo segregado dos resduos domiciliares midos. Por
esta estratgia, as reas, funcionando em rede, maior
ou menor conforme a dimenso do municpio, consti-
tuiro os endereos para os quais os resduos sero
conduzidos, evitando-se as atuais deposies irregu-
lares em pontos viciados. O planejamento destas re-
des est descrito no item 5.2 deste Manual.
As reas para captao de resduos integraro as
aes para os resduos prioritrios mas tambm per-
mitiro aes voltadas a outros resduos:
resduos da construo civil gerados em pequenas
quantidades;
resduos volumosos (mveis, podas e inservveis);
resduos domiciliares secos de entrega voluntria
ou captados por meio de pequenos veculos;
resduos com logstica reversa (pneus, lmpadas,
eletroeletrnicos, pilhas e baterias).
Consideradas as condies impostas pelas peculiari-
dades locais, o PGIRS dever indicar seus Programas
Prioritrios. Seus aspectos mais signicativos podem
ser como os que seguem:
PROGRAMA PRIORITRIO PARA O
GERENCIAMENTO DE RESDUOS DE CONSTRUO
E DEMOLIO
implantao de Pontos de Entrega Voluntria (PEV-
Ecopontos), reas de Triagem e Transbordo (ATT),
ou PEV Central em municpios menores, aps seto-
rizao da malha urbana;
difuso de informaes para a organizao dos u-
xos de captao, com possvel apoio de agentes de
sade, visando reduo da multiplicao de veto-
res (dengue e outros);
apoio ao organizada de carroceiros e outros pe-
quenos transportadores de resduos (delizao);
formalizao do papel dos agentes locais: caam-
beiros, carroceiros e outros;
organizao do uxo de remoo dos resduos
segregados e concentrados na rede ( essencial a
ecincia deste uxo para a credibilidade do pro-
cesso);
recolhimento segregado dos resduos no processo
de limpeza corretiva, quando necessria;
destinao adequada de cada resduo segregado;
recuperao, por simples peneirao, da frao
na do RCC classe A, para uso como bica corrida
ou cascalho em servios de manuteno;
incentivo presena de operadores privados com
RCC, para atendimento dos maiores geradores pri-
vados.
PROGRAMA PRIORITRIO PARA O
GERENCIAMENTO DE RESDUOS DOMICILIARES
SECOS
vinculao do programa aos conceitos: ecincia
(coleta planejada e realizada porta a porta), inclu-
so social (operao a ser feita com os catadores) e
baixo custo (correto equacionamento dos trechos
de transporte);
ICLEI 118 3/21/12 5:04 PM
119
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
organizao das aes em torno dos PVEs e PEV
Central e Galpes de Triagem;
denio dos roteiros de coleta com possvel uso
de Locais de Entrega Voluntria (LEVs), estabeleci-
dos em instituies parceiras. A logstica de trans-
porte deve ser apoiada primeiramente nos peque-
nos veculos, para concentrao das cargas dos
roteiros, associada posteriormente ao transporte
com veculos de maior capacidade;
difuso de informaes para a organizao dos u-
xos de captao, com possvel apoio de agentes de
sade;
cadastramento dos catadores atuantes, visando
sua organizao e incluso em processos formais;
formalizao do papel dos catadores, organiza-
dos em associaes e cooperativas, como agentes
prestadores do servio pblico da coleta seletiva,
obedecendo s diretrizes da Lei de Saneamento
Bsico (Art. 10) (BRASIL, 2007a);
organizao do uxo de remoo dos resduos
concentrados na rede;
destinao adequada de cada resduo segregado;
incentivo aos negcios voltados reutilizao e
reciclagem de resduos secos;
estruturao de iniciativas como A3P e Escola Lixo
Zero; incentivo organizao de aes nas insti-
tuies privadas.
PROGRAMA PRIORITRIO PARA O
GERENCIAMENTO DE RESDUOS DOMICILIARES
MIDOS
implantao de unidades de valorizao de orgni-
cos compostagem simplicada ou acelerada, em
ptios ou galpes; instalaes para biodigesto;
cadastramento dos grandes geradores, com gera-
o homognea de orgnicos (feiras, sacoles, in-
dstrias, restaurantes e outros);
estruturao de iniciativas como A3P, Escola Lixo
Zero, Feira Limpa; incentivo organizao de
aes por instituies privadas.
difuso de informaes para a organizao dos u-
xos de captao;
organizao dos roteiros e do uxo de coleta sele-
tiva de RSD midos;
estabelecimento do uso de composto orgnico em
servios de manuteno de parques, jardins e re-
as verdes;
induo de processo de logstica reversa para os re-
sduos midos com feirantes e seus fornecedores;
incentivo presena de negcios voltados reutili-
zao e reciclagem de resduos midos;
promoo da interao dos sistemas de tratamen-
to dos resduos orgnicos com o de tratamento do
esgoto sanitrio;
busca da reduo signicativa da presena de res-
duos orgnicos da coleta convencional nos aterros,
para reduo da emisso de gases.
ICLEI 119 3/21/12 5:04 PM
120
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
6.14. Aes para a mitigao das
emisses dos gases de efeito estufa
O Plano de Gesto deve analisar cuidadosamente
as solues de transporte de resduos em geral (redu-
zindo a emisso de CO
2
nesse quesito) e as solues
de destinao dos resduos com forte carga orgnica,
como os resduos urbanos midos e os agrosilvopas-
toris (reduzindo a emisso de metano). Devem ser de-
nidas diretrizes, estratgias e metas para a reduo e
o controle dos gases de efeito estufa (GEE) atendendo
s diretrizes da PNMC.
Algumas novas tecnologias podem ser considera-
das para a destinao dos resduos, respeitando-se as
prioridades denidas na PNRS em seu Art. 9, em uma
ordem de precedncia que deixou de ser voluntria e
passou a ser obrigatria. A biodigesto uma tecnolo-
gia limpa, e j vem sendo utilizada, no Brasil, no trata-
mento do esgoto urbano e de resduos slidos de cria-
douros intensivos, principalmente de sunos e bovinos.
uma alternativa para a destinao de resduos slidos
e reduo de suas emisses prejudiciais. O Decreto
7.404, regulamentador da PNRS estabelece que, para
esta nova tecnologia, no ser necessrio aguardar
regulamentao especca dos ministrios envolvidos
(BRASIL, 2010d).
Para a mitigao de GEE, devero ser consideradas
no planejamento aes para:
diminuio do transporte mecanizado de todos os
tipos de resduos, visando a reduo de emisses;
captao dos gases resultantes da decomposio
dos resduos midos, nos aterros sanitrios exis-
tentes (prazo de gerao de gases estimado entre
16 e 50 anos);
captao dos gases provenientes da decomposi-
o acelerada dos resduos midos urbanos e ru-
rais, por meio de biodigestores (prazo de gerao
de gases estimado em algumas semanas);
disposio de resduos da coleta convencional em
aterro sanitrio exclusivamente quando j estabili-
zados por meio da biodigesto;
maximizao dos processos de compostagem, an-
tecedendo-os de biodigesto sempre que possvel;
aproveitamento energtico (gerao de energia
eltrica, vapor, etc.) dos gases produzidos na biodi-
gesto de resduos midos urbanos e rurais.
As aes para mitigao das emisses de gases so
extremamente necessrias para a minimizao dos
impactos no clima, que j so bastante detectveis. Os
municpios, desta forma, compartilharo com a Unio
os esforos para a efetivao dos compromissos inter-
nacionais j assumidos.
6.15. Agendas setoriais de
implementao do PGIRS
A nalizao do processo de planejamento e a va-
lidao do PGIRS estabelece o incio do processo de
sua implementao. responsabilidade do poder p-
ICLEI 120 3/21/12 5:04 PM
121
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
j decididas, precisam ser implementadas. Em todas
as agendas importante que sejam consideradas as
aes de educao ambiental e capacitao dos agen-
tes para melhoria progressiva do seu desempenho e
dos resultados.
Essas agendas so uma das formas de possibilitar
a continuidade da participao social no processo de
gesto dos resduos, dando efetividade responsabi-
lidade compartilhada que essencial na PNRS.
6.16. Monitoramento e vericao de
resultados
A Lei Federal estabelece que o PGIRS seja revisto, no
mnimo a cada quatro anos. O monitoramento e ve-
ricao de resultados, para que, nas revises, sejam
aplicadas as correes necessrias, deve ser realizado
com apoio, sobretudo nos indicadores de desempe-
nho denidos no plano. Alm deles, so elementos
importantes de monitoramento:
implantao de Ouvidoria rgo para recebi-
mento de reclamaes, avaliaes e denncias
ou utilizao de rgo ou servio j existente;
estabelecimento de rotinas para avaliao dos in-
dicadores, tal como a produo de relatrios pe-
ridicos que incluam a anlise dos registros feitos
pela Ouvidoria;
reunies do rgo colegiado com competncia es-
tabelecida sobre a gesto dos resduos.
Agendas de implementao que precisam ser
estabelecidas:
Agenda da Construo Civil construtores e
suas instituies representativas, caambeiros
e outros transportadores, fabricantes, maneja-
dores de resduos, distribuidores de materiais e
rgos pblicos envolvidos, entre outros.
Agenda dos Catadores organizaes de cata-
dores de materiais reciclveis e reaproveitveis e
os grandes geradores de resduos secos.
Agenda A3P gestores responsveis pela Agen-
da Ambiental da Administrao Pblica nos v-
rios setores da administrao.
Agenda dos Resduos midos feirantes e suas
instituies representativas, setor de hotis, ba-
res e restaurantes, sitiantes, criadores de animais
e rgos pblicos envolvidos, entre outros.
Agenda da Logstica Reversa comerciantes, dis-
tribuidores, fabricantes, rgos pblicos envolvi-
dos e outros.
Agenda dos Planos de Gerenciamento de Resdu-
os Slidos setor industrial, de servios de sade,
mineradores, grandes geradores, entre outros.
blico, do Comit Diretor e do Grupo de Sustentao,
no permitir que existam espaos vazios entre a
formalizao do plano e sua efetiva implantao.
Para isso devero ser formuladas agendas de conti-
nuidade, envolvendo todos os agentes nas aes que,
ICLEI 121 3/21/12 5:04 PM
122
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
O rgo colegiado a ser estabelecido, em atendi-
mento ao artigo 34 do Decreto 7217/2010, dever ser
o grande instrumento de monitoramento e verica-
o de resultados, pela possibilidade que oferece de
convivncia entre os diversos agentes envolvidos.
ICLEI 122 3/21/12 5:04 PM
123
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
1. Introduo
1.1 Objetivos do Plano de Gesto Integrada de Res-
duos Slidos
1.2 Metodologia participativa Comit Diretor e Gru-
po de Sustentao
2. Diagnstico
Captulo I - Aspectos gerais
I.1 Aspectos scio econmicos
I.2 Situao do saneamento bsico
I.3 Situao geral dos municpios da regio
I.4 Legislao local em vigor
I.5 Estrutura operacional, scalizatria e gerencial
I.6 Iniciativas e capacidade de educao ambiental
Captulo II Situao dos resduos slidos
II.1 Dados gerais e caracterizao
II.2 Gerao
II.3 Coleta e transporte
II.4 Destinao e disposio nal
II.5 Custos
II.6 Competncias e responsabilidades
II.7 Carncias e decincias
II.8 Iniciativas relevantes
II.9 Legislao e normas brasileiras aplicveis
3. Planejamento das Aes
Captulo III - Aspectos gerais
III.1 Perspectivas para a gesto associada com muni-
cpios da regio
7. ITEMIZAO PROPOSTA PARA O PLANO DE GESTO INTEGRADA
DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
III.2 Denio das responsabilidades pblicas e priva-
das
Captulo IV Diretrizes, estratgias, programas,
aes e metas para o manejo diferenciado dos re-
sduos
IV.1 Diretrizes especcas
IV.2 Estratgias de implementao e redes de reas de
manejo local ou regional
IV.3 Metas quantitativas e prazos
IV.4 Programas e aes agentes envolvidos e par-
cerias
Captulo V Diretrizes, estratgias, programas,
aes e metas para outros aspectos do plano
V.1 Denio de reas para disposio nal
V.2 Regramento dos planos de gerenciamento obri-
gatrios
V.3 Aes relativas aos resduos com logstica reversa
V.4 Indicadores de desempenho para os servios p-
blicos
V.5 Aes especcas nos rgos da administrao
pblica
V.6 Iniciativas para a educao ambiental e comuni-
cao
V.7 Denio de nova estrutura gerencial
V.8 Sistema de clculo dos custos operacionais e in-
vestimentos
V.9 Forma de cobrana dos custos dos servios p-
blicos
V.10 Iniciativas para controle social
ICLEI 123 3/21/12 5:04 PM
124
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
V.11 Sistemtica de organizao das informaes lo-
cais ou regionais
V.12 Ajustes na legislao geral e especca
V.13 Programas especiais para as questes e resduos
mais relevantes
V.14 Aes para mitigao das emisses dos gases de
efeito estufa
V.15 Agendas de implementao
V.16 Monitoramento e vericao de resultados
ICLEI 124 3/21/12 5:04 PM
125
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
8. SOLICITAO DE RECURSOS AO MMA ROTEIROS PARA
ELABORAO DO PLANO DE TRABALHO DO PGIRS
8.1 Roteiro Para Elaborao do Plano
de Trabalho do PGIRS Intermunicipal
Metas e Etapas Produtos e Relatrios Prazos sugeridos Desembolso previsto (%)
1 / PROJETO DE MOBILIZAO SOCIAL E
DIVULGAO
Projeto de Mobilizao
2 meses
XX% (com apresentao do
Projeto de Mobilizao Social
e RT Ocina com tcnicos)
1.1 / Ocinas sobre a legislao RT Ocinas com tcnicos
1.2 / Validao do Diagnstico Regional
RT Validao Diagnstico e
levantamento de sugestes
Conforme
andamento das
metas/etapas
1.3 / Apresentao e validao do Estudo de
Arranjo Intermunicipal
RT Validao do Estudo de Arranjo
Intermunicipal
1.4 / Apresentao e validao do Plano RT Validao PGIRS Intermunicipal
2 / DIAGNSTICO REGIONAL DOS RESDUOS
SLIDOS
Diagnstico Regional RS 4 a 6 meses
XX% (com apresentao do
Diagnstico Regional RS e
RT Validao Diagnstico e
levantamento de sugestes)
2.1 / Diagnstico da gesto
2.2 / Caracterizao socioeconmica e
ambiental
2.3 / Atividades geradoras
2.4 / Situao dos resduos
2.5 / Iniciativas relevantes
3 / ESTUDO DA GESTO ASSOCIADA
Estudo Arranjo Intermunicipal 2 a 3 meses
XX% (com apresentao
do Estudo Arranjo
Intermunicipal e RT Validao
Arranjo Intermunicipal)
3.1 / Limitaes e potencialidades regionais
3.2 / Denio escopo do Consrcio Pblico
ICLEI 125 3/21/12 5:04 PM
126
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
4 / PLANEJAMENTO DAS AES DO PGIRS
PGIRS Intermunicipal 4 a 6 meses
XX% (com apresentao
do PGIRS Intermunicipal
e RT Validao PGIRS
Intermunicipal)
4.1 / Anlise cenrios futuros s
4.2 / Diretrizes, estratgias, metas e aes.
4.3 / Instrumentos de gesto e rede de reas
de manejo.
4.4 / reas para a disposio nal de rejeitos
4.5 / A3P, planos de gerenciamento RS e
logstica reversa
4.6 / Denio da estrutura gerencial
4.7 / Clculo dos custos e mecanismos de
cobrana
5 / AGENDAS SETORIAIS DE IMPLEMENTAO
DO PGIRS
RT Ocina Implementao e
Divulgao
2 meses
XX% (com apresentao do
RT Ocina Implementao e
Divulgao)
5.1 / Ocina sobre agendas de
implementao.
5.2 / Divulgao do PGIRS Intermunicipal
Prazo total at 20 meses
ICLEI 126 3/21/12 5:04 PM
127
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
8.2 Roteiro para Elaborao do Plano
de Trabalho do PGIRS Municipal
Metas e Etapas Produtos e Relatrios Prazos sugeridos Desembolso previsto (%)
1 / PROJETO DE MOBILIZAO SOCIAL E
DIVULGAO
Projeto de Mobilizao
2 meses
X% (com apresentao do Projeto
de Mobilizao Social e RT Ocina
com tcnicos)
1.1 / Ocina sobre a legislao RT Ocina com tcnicos
1.2 / Validao do Diagnstico Municipal.
RT Validao Diagnstico e
levantamento de sugestes
Conforme
andamento das
metas/etapas
1.3 / Apresentao e validao da Anlise
Possibilidades Gesto Associada
RT Validao da Anlise
Possibilidades Gesto Associada
1.4 / Apresentao e validao do Plano RT Validao PGIRS
2 / DIAGNSTICO MUNICIPAL DOS RESDUOS
SLIDOS
Diagnstico Municipal RS 3 a 5 meses
X% (com apresentao do
Diagnstico Regional RS e
RT Validao Diagnstico e
levantamento de sugestes)
2.1 / Diagnstico da gesto
2.2 / Caracterizao socioeconmica e
ambiental
2.3 / Atividades geradoras
2.4 / Situao dos resduos
2.5 / Iniciativas relevantes
3 / ANLISE POSSIBILIDADES GESTO
ASSOCIADA
Anlise Possibilidades Gesto
Associada
2 a 3 meses
X% (com apresentao da Anlise
Possibilidades Gesto Associada
RT Validao da Anlise)
3.1 / Limitaes e potencialidades regionais
3.2 / Anlise ganho de escala na gesto e
manejo
ICLEI 127 3/21/12 5:04 PM
128
ROTEIRO PARA ELABORAO DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS PGIRS
4 / PLANEJAMENTO DAS AES DO PGIRS
PGIRS 3 a 5 meses
X% (com apresentao do PGIRS
Intermunicipal e RT Validao
PGIRS Intermunicipal)
4.1 / Anlise cenrios futuros s
4.2 / Diretrizes, estratgias, metas e aes.
4.3 / Instrumentos de gesto e rede de reas
de manejo.
4.4 / reas para a disposio nal de rejeitos
4.5 / A3P, planos de gerenciamento RS e
logstica reversa
4.6 / Denio da estrutura gerencial
4.7 / Clculo dos custos e mecanismos de
cobrana
5 / AGENDAS SETORIAIS DE IMPLEMENTAO
DO PGIRS
RT Ocina Implementao e
Divulgao
2 meses
X% (com apresentao do
RT Ocina Implementao e
Divulgao)
5.1 / Ocina sobre agendas de
implementao.
5.2 / Divulgao do PGIRS
Prazo total at 20 meses
ICLEI 128 3/21/12 5:04 PM
ICLEI 129 3/21/12 5:04 PM
1. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS E DOCUMENTOS
DE REFERNCIA
2. ACERVO DE ENDEREOS ELETRNICOS
3. CARACTERIZAO DE RESDUOS URBANOS EM
LOCALIDADES BRASILEIRAS
4. GLOSSRIO
ANEXOS
Foto: Lars Sundstrm/sxc.hu
ICLEI 130 3/21/12 5:04 PM
131
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
1. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS E DOCUMENTOS DE REFERNCIA
Referncias Bibliogrcas
ASSOCIAO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPE
ZA PBLICA E RESDUOS ESPECIAIS - ABRELPE. Pano-
rama dos resduos slidos no Brasil. So Paulo: [s.n.],
2010. 198p.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS
ABNT. NBR 15112: Resduos da construo civil e
resduos volumosos - reas de transbordo e triagem
- Diretrizes para projeto, implantao e operao. Rio
de Janeiro, 2004.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS
ABNT. NBR 15849: xa os critrios para adequao
dos elementos de proteo ambiental aos condicio-
nantes locais (caractersticas do solo, do rejeito, do
fretico e do excedente hdrico). Rio de Janeiro, 2010.
BIDERMAN, R. et al. Guia de compras pblicas sus-
tentveis: uso do poder de compra do governo para
a promoo de desenvolvimento sustentvel. Rio de
Janeiro: FGV, 2008.152p.
BIDONE, F.R.A.; POVINELLI, F. Conceitos bsicos de re-
sduos slidos. So Carlos: EESC/USP, 1999. 120p.
BRASIL. Constituio da Repblica Federativa do
Brasil de 1988. Braslia, 05 out. 1988.
BRASIL. Lei n 8.666 de 21 de junho de 1993. Institui
normas para licitaes e contratos da Administrao
Pblica, e d outras providncias. Dirio Ocial da
Unio, Braslia, 22 jun.1993
BRASIL. Lei n 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Dispe
sobre as sanes penais e administrativas derivadas
de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e
d outras providncias. Dirio Ocial da Unio, Bra-
slia, 12 fev. 1998a.
BRASIL. Emenda Constitucional n 19 de 04 de junho
de 1998. Modica o regime e dispe sobre princpios e
normas da Administrao Pblica, servidores e agen-
tes polticos, controle de despesas e nanas pblicas
e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, e
d outras providncias. Dirio Ocial da Unio, Bra-
slia, 05 jun. de 1998b.
BRASIL. Lei n 9.795 de abril de 1999. Dispe sobre a
educao ambiental e institui a Poltica Nacional de
Educao Ambiental. Dirio Ocial da Unio, Bras-
lia, 28 abr. 1999.
BRASIL. Lei n 10.257 de 10 de julho de 2001. Regula-
menta os artigos 182 e 183 da Constituio Federal,
estabelece diretrizes gerais da poltica urbana e d
outras providncias. Dirio Ocial da Unio, Braslia,
11 jul. 2001.
ICLEI 131 3/21/12 5:04 PM
132
ANEXOS
BRASIL. Resoluo CONAMA n 313 de 29 de outubro
de 2002. Revoga a Resoluo CONAMA n 6/88. Dis-
pe sobre o Inventrio Nacional de Resduos Slidos.
Dirio Ocial da Unio, Braslia, 22 nov. 2002
BRASIL. Lei n 11.107, de 06 de abril de 2005. Dispe
sobre normas gerais de contratao de consrcios p-
blicos. Dirio Ocial da Unio, Braslia, 06 abr. 2005.
BRASIL. Lei n 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Esta-
belece diretrizes nacionais para o saneamento. Dirio
Ocial da Unio, Braslia, 08 jan. 2007a.
BRASIL. Decreto n 6.017, de 17 de janeiro de 2007.
Regulamenta a Lei n 11.107, de 6 de abril de 2005,
que dispe sobre normas gerais de contratao de
consrcios pblicos. Dirio Ocial da Unio, Braslia,
18 jan. 2007b.
BRASIL. Portaria n 44, de 13 de fevereiro de 2008. Ins-
titui, no mbito do Ministrio do Meio Ambiente, o
Comit Gestor de Produo e Consumo Sustentvel -
CGPCS. Dirio Ocial da Unio, Braslia, 13 fev. 2008a.
BRASIL. Decreto n 6.514, de 22 de julho de 2008. Dis-
pe sobre as infraes e sanes administrativas ao
meio ambiente, estabelece o processo administrativo
federal para apurao destas infraes, e d outras
providncias. Dirio Ocial da Unio, Braslia, 13 fev.
2008b.
BRASIL. Resoluo CONAMA N 404, de 11 de novem-
bro de 2008. Estabelece critrios e diretrizes para o li-
cenciamento ambiental de aterro sanitrio de peque-
no porte de resduos slidos urbanos. Dirio Ocial
da Unio, Braslia, 12 nov. 2008c.
BRASIL. Resoluo CONAMA n 416 de 30 de setembro
de 2009. Dispe sobre a preveno degradao am-
biental causada por pneus inservveis e sua destina-
o ambientalmente adequada, e d outras providn-
cias. Dirio Ocial da Unio, Braslia, 01 out. 2009a.
BRASIL. Lei n 12.187, de 29 de dezembro de 2009.
Institui a Poltica Nacional sobre a Mudana do Clima.
Dirio Ocial da Unio, Braslia, 29 dez. 2009b.
BRASIL. Decreto n 7.217, 21 de junho de 2010. Regu-
lamenta a Lei Federal n. 11.445/2007. Dirio Ocial
da Unio, Braslia, 22 jun. 2010a.
BRASIL. Lei n 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui
a Poltica Nacional de Resduos Slidos. Dirio Ocial
da Unio, Braslia, 03 ago. 2010b.
BRASIL. Decreto n 7.390, de 09 de dezembro de 2010.
Regulamenta os arts. 6, 11 e 12 da Lei no 12.187, de
29 de dezembro de 2009, que institui a Poltica Nacio-
nal sobre Mudana do Clima. Dirio Ocial da Unio,
Braslia, 10 dez. 2010c.
BRASIL. Decreto n 7.404, de 23 de dezembro de 2010.
Regulamenta a Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010.
Dirio Ocial da Unio, Braslia, 23 dez. 2010d.
BRASIL. Decreto n 7.619, de 21 de novembro de 2011.
Regulamenta a concesso de crdito presumido do
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI na aqui-
ICLEI 132 3/21/12 5:04 PM
133
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
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FUNDAO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DE MI
NAS GERAIS FEAM. . Diagnstico da gerao de
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Rocha_2009_pt.pdf>. Acesso em: 14 out. 2011.
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GOUVELLO, C. Estudo de baixo carbono para o Bra-
sil. Braslia: Banco Mundial, 2010. 278p.
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co (PNSB): 2008. Rio de Janeiro: [s.n], 2010b. 222p.
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TICA IBGE. Censo 2010: populao do Brasil de
190.732.694 pessoas, 2010a. Disponvel em: <http://
www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noti-
cia_visualiza.php?id_noticia=1766>. Acesso em: 13
out. 2011
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTI
CA IBGE. Atlas de Saneamento 2011. Rio de Janei-
ro: [s.n], 2011. 268p.
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS RENOVVEIS IBAMA. Relat-
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o CONAMA 416/2009 do Cadastro Tcnico Federal.
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INSTITUTO DO PENSAMENTO NACIONAL DAS BA
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- INSTITUTO PNBE. Programa Bileo. Disponvel em:
<http://www.institutopnbe.org.br>. Acesso em: 13
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MANSOR, M.T.C. et al. Resduos Slidos. So Paulo:
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MINISTRIO DAS CIDADES MCidades. Guia para a
elaborao de planos municipais de saneamento.
Braslia: MCidades, 2006. 152p.
MINISTRIO DAS CIDADES MCidades; MINISTRIO
DO MEIO AMBIENTE MMA. Elementos para a orga-
nizao da coleta seletiva e projeto de galpes de
triagem. Braslia: [s.n], 2008. 53p
MINISTRIO DAS CIDADES MCidades. Sistema Na-
cional de Informaes sobre Saneamento (SNIS):
diagnstico do manejo de resduos slidos urbanos:
2008. Braslia: MCidades, 2010. 264p.
MINISTRIO DAS CIDADES MCidades. Sistema Na-
cional de Informaes sobre Saneamento (SNIS):
diagnstico do manejo de resduos slidos urbanos:
2009. Braslia: MCidades, 2011. 1900p.
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE MMA. A3P: Agen-
da Ambiental na Administrao Pblica. 5. ed. Braslia:
ICLEI 133 3/21/12 5:04 PM
134
ANEXOS
MMA, 2009. Disponvel em: <http://www.mma.gov.
br/estruturas/a3p/_arquivos/cartilha_a3p_36.pdf>.
Acesso em: 17 out. 2011.
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE MMA. Plano Na-
cional de Resduos Slidos: verso preliminar para
consulta pblica. Disponvel em: <http://www.mma.
gov.br/estruturas/253/_arquivos/versao_preliminar_
pnrs_wm_253.pdf>. Acesso em: 14 out. 2011.
MINISTRIO DO PLANEJAMENTO, ORAMENTO E GES-
TO - POG. Melhoria da gesto pblica por meio da
denio de um guia referencial para medio do
desempenho da gesto, e controle para o geren-
ciamento dos indicadores de ecincia, eccia
e de resultados do programa nacional de gesto
pblica e desburocratizao - produto 4: guia refe-
rencial para medio de desempenho e manual para
construo de indicadores. Braslia: Ministrio do Pla-
nejamento, Oramento e Gesto, 2009. 113p.
PINTO, T.P. Metodologia para gesto diferenciada
de resduos slidos da construo urbana. 1999.
189p. Tese (Doutorado) - Escola Politcnica, Universi-
dade de So Paulo, So Paulo, 1999.
PINTO, T.P.; GONZLES, J.L.R. (Coord.) Manejo e ges-
to de resduos slidos da construo civil: Volume
1- Manual de orientao: como implantar um sistema
de manejo e gesto dos municpios. Braslia: CAIXA,
2005a. 196p.
PINTO, T.P.; GONZLES, J.L.R. (Coord.) Manejo e ges-
to de resduos slidos da construo civil: Volume
2 - Manual de orientao: procedimentos para a soli-
citao de nanciamento. Braslia: CAIXA, 2005b. 68p.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARULHOS PMG.
Consulta ao Plano Diretor de Resduos Slidos de
Guarulhos. Disponvel em: <http://novo.guarulhos.
sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=
article&id=4547&Itemid=1086>. Acesso em: 14 out.
2011.
TRIGUEIRO, P. H. R. et al. Disposio de pilhas con-
sumo sustentvel e adequao do ciclo de vida. XII
SILUBESA. Anais eletrnicos. Figueira da Foz, Portugal,
2006.
VELLOSO, C.H.V. Manual tcnico sustentabilidade
dos empreendimentos de manejo de resduos s-
lidos urbanos: mdulo 1- aterros sanitrios. Braslia:
Ministrio do Meio Ambiente, 2011. 127p.
VILHENA, A. (Coord.) Compostagem: a outra metade
da reciclagem. 2 ed. So Paulo: CEMPRE, 2001.
VILHENA, A. (Coord.) Lixo Municipal: Manual de ge-
renciamento integrado. 3.ed. So Paulo: CEMPRE,
2010.
Documentos de Referncia
A relao a seguir serve como base de orientao aos
gestores, no pretendendo abarcar todo o universo
de normas aplicveis ao tema.
ICLEI 134 3/21/12 5:04 PM
135
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Legislao geral
Lei n 11.107 de 06 de abril de 2005. Dispe sobre nor-
mas gerais de contratao de consrcios pblicos.
Lei n 12.187 de 29 de dezembro de 2009. Institui a
Poltica Nacional sobre a mudana do clima.
Lei n 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Estabelece di-
retrizes nacionais para o saneamento bsico.
Lei n 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Polti-
ca Nacional de Resduos Slidos.
Decreto n 6.017 de 17 de janeiro de 2007. Regula-
menta a Lei n 11.107, de 06 de abril de 2005, que
dispe sobre normas gerais de contratao de con-
srcios pblicos.
Decreto n 7.390 de 09 de dezembro de 2010. Regula-
menta os arts. 6, 11 e 12 da Lei n 12.187, de 29 de de-
zembro de 2009, que institui a Poltica Nacional sobre
Mudana do Clima - PNMC.
Decreto n 7.217 de 21 de junho de 2010. Regulamen-
ta a Lei Federal n 11.445 de 05 de janeiro de 2007.
Decreto n 7404 de 23 de dezembro de 2010. Regula-
menta a Lei n 12.305 de 02 de agosto de 2010.
Decreto n 7.619 de 21 de novembro de 2011. Regula-
menta a concesso de crdito presumido do Imposto
sobre Produtos Industrializados - IPI na aquisio de
resduos slidos.
Resoluo CONAMA n 313 de 29 de outubro de 2002.
Dispe sobre o Inventrio Nacional de Resduos Sli-
dos Industriais.
ABNT NBR 10004/2004. Resduos slidos Classica-
o.
Resduos Slidos Domiciliares (secos, midos e
indiferenciados)
Decreto n 7.405 de 23 de dezembro de 2010. Institui
o Programa Pr-Catador.
Decreto n 5.940 de 25 de outubro de 2006. Institui a
separao dos resduos reciclveis descartados pelos
rgos e entidades da administrao pblica federal
direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinao
s cooperativas.
Resoluo CONAMA n 420 de 28 de dezembro de
2009. Dispe sobre critrios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto presena de substncias
qumicas e estabelece diretrizes para o gerenciamen-
to ambiental de reas contaminadas por essas subs-
tncias em decorrncia de atividades antrpicas.
Resoluo CONAMA n 404 de 11 de novembro de
2008. Estabelece critrios e diretrizes para o licencia-
mento ambiental de aterro sanitrio de pequeno por-
te de resduos slidos urbanos.
Resoluo CONAMA n 386 de 27 de dezembro de
2006. Altera o art. 18 da Resoluo CONAMA n 316,
de 29 de outubro de 2002 que versa sobre tratamento
trmico de resduos.
Resoluo CONAMA n 378 de 19 de outubro de 2006.
Dene os empreendimentos potencialmente causado-
ICLEI 135 3/21/12 5:04 PM
136
ANEXOS
res de impacto ambiental nacional ou regional para ns
do disposto no inciso III, 1o, art. 19 da Lei n 4.771, de
15 de setembro de 1965, e d outras providncias.
Resoluo CONAMA n 316 de 29 de outubro de 2002.
Dispe sobre procedimentos e critrios para o funcio-
namento de sistemas de tratamento trmico de res-
duos. Alterada pela Resoluo n 386 de 27 de dezem-
bro de 2006.
Resoluo CONAMA n 275 de 25 de abril de 2001.
Estabelece cdigo de cores para diferentes tipos de
resduos na coleta seletiva.
ABNT NBR 15849/2010. Resduos slidos urbanos Ater-
ros sanitrios de pequeno porte Diretrizes para locali-
zao, projeto, implantao, operao e encerramento.
ABNT NBR 13221/2010. Transporte terrestre de resduos.
ABNT NBR 13334/2007. Contentor metlico de 0,80
m, 1,2 m e 1,6 m para coleta de resduos slidos por
coletores-compactadores de carregamento traseiro
Requisitos.
ABNT NBR 10005/2004. Procedimento para obteno
de extrato lixiviado de resduos slido.
ABNT NBR 10006/2004. Procedimento para obteno
de extrato solubilizado de resduos slidos.
ABNT NBR 10007/2004. Amostragem de resduos s-
lidos.
ABNT NBR 13999/2003. Papel, carto, pastas celulsi-
cas e madeira - Determinao do resduo (cinza) aps
a incinerao a 525C.
ABNT NBR 14599/2003. Requisitos de segurana para
coletores-compactadores de carregamento traseiro e
lateral.
ABNT NBR 8849/1985. Apresentao de projetos de
aterros controlados de resduos slidos urbanos Pro-
cedimento.
ABNT NBR 14283/1999. Resduos em solos - Determi-
nao da biodegradao pelo mtodo respiromtrico.
ABNT NBR 13591/1996. Compostagem Terminolo-
gia.
ABNT NBR 13463/1995. Coleta de resduos slidos.
ABNT NBR 1298/1993. Lquidos livres - Vericao em
amostra de resduos - Mtodo de ensaio.
ABNT NBR 13896/1997. Aterros de resduos no perigo-
sos - Critrios para projeto, implantao e operao.
Resduos de limpeza corretiva
ABNT NBR 13463/1995. Coleta de resduos slidos.
ABNT NBR 1299/1993. Coleta, varrio e acondiciona-
mento de resduos slidos urbanos Terminologia.
Resduos Verdes
ABNT NBR 13999/2003. Papel, carto, pastas celulsi-
cas e madeira - Determinao do resduo (cinza) aps
a incinerao a 525C.
ICLEI 136 3/21/12 5:04 PM
137
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Resduos Volumosos
ABNT NBR 15112/2004. Resduos da construo civil e
resduos volumosos - reas de transbordo e triagem -
Diretrizes para projeto, implantao e operao.
ABNT NBR 10004/2004. Resduos slidos Classica-
o.
ABNT NBR 13896/1997. Aterros de resduos no perigo-
sos - Critrios para projeto, implantao e operao.
Resduo de Construo Civil
Resoluo CONAMA no 448 de 18 de janeiro de 2012.
Altera os arts. 2, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11 da Resoluo
n 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional
do Meio Ambiente - CONAMA, alterando critrios e
procedimentos para a gesto dos resduos da cons-
truo civil.
Resoluo CONAMA n 431 de 24 de maio de 2011.
Altera o art. 3 da Resoluo n 307, de 05 de julho de
2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CO-
NAMA, estabelecendo nova classicao para o gesso.
Resoluo CONAMA n 348 de 16 de agosto de 2004.
Altera a Resoluo CONAMA n 307, de 05 de julho de
2002, incluindo o amianto na classe de resduos peri-
gosos.
Resoluo CONAMA n 307 de 05 de julho de 2002.
Estabelece diretrizes, critrios e procedimentos para a
gesto dos resduos da construo civil. Alterada pelas
Resolues 348, de 16 de agosto de 2004, e n 431, de
24 de maio de 2011.
ABNT NBR 13221/2010. Transporte terrestre de resdu-
os.
ABNT NBR 15116/2004. Agregados reciclados de res-
duos slidos da construo civil - Utilizao em pavi-
mentao e preparo de concreto sem funo estrutu-
ral Requisitos.
ABNT NBR 15112/2004. Resduos da construo civil e
resduos volumosos - reas de transbordo e triagem -
Diretrizes para projeto, implantao e operao.
ABNT NBR 15113/2004. Resduos slidos da constru-
o civil e resduos inertes - Aterros - Diretrizes para
projeto, implantao e operao.
ABNT NBR 15114/2004. Resduos slidos da Constru-
o civil - reas de reciclagem - Diretrizes para projeto,
implantao e operao.
ABNT NBR 15115/2004. Agregados reciclados de res-
duos slidos da construo civil - Execuo de cama-
das de pavimentao Procedimentos.
Resduos de Servios de Sade
Resoluo CONAMA n 358 de 29 de abril de 2005.
Dispe sobre o tratamento e a disposio nal dos re-
sduos dos servios de sade e d outras providncias.
Resoluo CONAMA n 330 de 25 de abril de 2003.
Institui a Cmara Tcnica de Sade, Saneamento Am-
ICLEI 137 3/21/12 5:04 PM
138
ANEXOS
biental e Gesto de Resduos. Alterada pelas Resolu-
es n 360, de 17 de maio 2005 e n 376, de 24 de
outubro de 2006.
Resoluo CONAMA n 316 de 29 de outubro de 2002.
Dispe sobre procedimentos e critrios para o fun-
cionamento de sistemas de tratamento trmico de
resduos. Alterada pela Resoluo n 386, de 27 de de-
zembro de 2006.
Resoluo CONAMA n 006 de 19 de setembro de
1991. Dispe sobre a incinerao de resduos slidos
provenientes de estabelecimentos de sade, portos e
aeroportos.
Resoluo ANVISA n 306 de 07 de dezembro de 2004.
Dispe sobre o Regulamento Tcnico para o gerencia-
mento de resduos de servios de sade.
ABNT NBR 13221/2010. Transporte terrestre de resduos.
ABNT NBR 14652/2001. Coletor-transportador rodovi-
rio de resduos de servios de sade - Requisitos de
construo e inspeo - Resduos do grupo A.
ABNT NBR 8418/1984. Apresentao de projetos de
aterros de resduos industriais perigosos - Procedi-
mento.
ABNT NBR 12808/1993. Resduos de servio de sade
Classicao.
ABNT NBR 12810/1993. Coleta de resduos de servios
de sade Procedimento.
ABNT NBR 12807/1993. Resduos de servios de sade
Terminologia.
ABNT NBR 15051/2004. Laboratrios clnicos - Geren-
ciamento de resduos.
Resduos Eletroeletrnicos
Resoluo CONAMA n 420 de 28 de dezembro de
2009. Dispe sobre critrios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto presena de substncias
qumicas e estabelece diretrizes para o gerenciamen-
to ambiental de reas contaminadas por essas subs-
tncias em decorrncia de atividades antrpicas.
Resoluo CONAMA n 401 de 04 de novembro de
2008. Estabelece os limites mximos de chumbo, cd-
mio e mercrio para pilhas e baterias comercializadas
no territrio nacional e os critrios e padres para o
seu gerenciamento ambientalmente adequado, e d
outras providncias. Alterada pela Resoluo n 424,
de 22 de abril de 2010.
Resoluo CONAMA n 023 de 12 de dezembro de
1996. Regulamenta a importao e uso de resduos
perigosos. Alterada pelas Resolues n 235, de 07 de
janeiro 1998, e n 244, de 16 de outubro de 1998.
Resoluo CONAMA n 228 de 20 de agosto de 1997.
Dispe sobre a importao de desperdcios e resduos
de acumuladores eltricos de chumbo.
ABNT NBR 8418/1984. Apresentao de projetos de
aterros de resduos industriais perigosos - Procedi-
mento.
ICLEI 138 3/21/12 5:04 PM
139
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
ABNT NBR 10157/1987. Aterros de resduos perigosos
- Critrios para projeto, construo e operao Pro-
cedimento.
ABNT NBR 11175/1990. Incinerao de resduos slidos
perigosos - Padres de desempenho Procedimento.
Resduos Pilhas e Baterias
Resoluo CONAMA n 420 de 28 de dezembro de
2009. Dispe sobre critrios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto presena de substncias
qumicas e estabelece diretrizes para o gerenciamen-
to ambiental de reas contaminadas por essas subs-
tncias em decorrncia de atividades antrpicas.
Resoluo CONAMA n 401 de 04 de novembro de
2008. Estabelece os limites mximos de chumbo, cd-
mio e mercrio para pilhas e baterias comercializadas
no territrio nacional e os critrios e padres para o
seu gerenciamento ambientalmente adequado, e d
outras providncias. Alterada pela Resoluo n 424,
de 22 de abril de 2010.
Resoluo CONAMA n 023 de 12 de dezembro de
1996. Regulamenta a importao e uso de resduos
perigosos. Alterada pelas Resolues n 235, de 07 de
janeiro de 1998, e n 244, de 16 de outubro de 1998.
Resoluo CONAMA n 228 de 20 de agosto de 1997.
Dispe sobre a importao de desperdcios e resduos
de acumuladores eltricos de chumbo.
ABNT NBR 8418/1984. Apresentao de projetos de
aterros de resduos industriais perigosos - Procedi-
mento.
ABNT NBR 10157/1987. Aterros de resduos perigosos
- Critrios para projeto, construo e operao Pro-
cedimento.
ABNT NBR 11175/1990. Incinerao de resduos slidos
perigosos - Padres de desempenho Procedimento.
Resduos Lmpadas
Resoluo CONAMA n 420 de 28 de dezembro de
2009. Dispe sobre critrios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto presena de substncias
qumicas e estabelece diretrizes para o gerenciamen-
to ambiental de reas contaminadas por essas subs-
tncias em decorrncia de atividades antrpicas.
ABNT NBR 8418/1984. Apresentao de projetos de ater-
ros de resduos industriais perigosos - Procedimento.
ABNT NBR 10157/1987. Aterros de resduos perigosos
- Critrios para projeto, construo e operao Pro-
cedimento.
Resduos Pneumticos
Resoluo CONAMA n 420 de 28 de dezembro de
2009. Dispe sobre critrios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto presena de substncias
qumicas e estabelece diretrizes para o gerenciamen-
to ambiental de reas contaminadas por essas subs-
tncias em decorrncia de atividades antrpicas.
Resoluo CONAMA n 416 de 30 de setembro de
2009. Dispe sobre a preveno degradao am-
ICLEI 139 3/21/12 5:04 PM
140
ANEXOS
biental causada por pneus inservveis e sua destinao
ambientalmente adequada, e d outras providncias.
Resoluo CONAMA n 008 de 19 de setembro de 1991.
Dispe sobre a entrada no pas de materiais residuais.
ABNT NBR 8418/1984. Apresentao de projetos de
aterros de resduos industriais perigosos - Procedi-
mento.
ABNT NBR 10157/1987. Aterros de resduos perigosos
- Critrios para projeto, construo e operao Pro-
cedimento.
ABNT NBR 12235/1992. Armazenamento de resduos
slidos perigosos Procedimento.
Resduos Slidos Cemiteriais
Resoluo CONAMA n 368 de 28 de maro de 2006.
Altera dispositivos da Resoluo n 335, de 03 de abril
de 2003, que dispe sobre o licenciamento ambiental
de cemitrios. Alterada pela Resoluo n 402, de 17
de novembro de 2008.
Resduos dos servios pblicos de saneamento
Resoluo CONAMA n 430 de 13 de maio de 2011.
Dispe sobre condies e padres de lanamento de
euentes, complementa e altera a Resoluo n 357,
de 17 de maro de 2005, do Conselho Nacional do
Meio Ambiente - CONAMA.
Resoluo CONAMA n 420 de 28 de dezembro de
2009. Dispe sobre critrios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto presena de substncias
qumicas e estabelece diretrizes para o gerenciamen-
to ambiental de reas contaminadas por essas subs-
tncias em decorrncia de atividades antrpicas.
Resoluo CONAMA n 410 de 04 de maio de 2009.
Prorroga o prazo para complementao das condi-
es e padres de lanamento de euentes, previsto
no art. 44 da Resoluo n 357, de 17 de maro de
2005, e no Art. 3 da Resoluo n 397, de 03 de abril
de 2008.
Resoluo CONAMA n 380 de 31 de outubro de 2006.
Retica a Resoluo CONAMA n 375 de 29 de agosto
de 2006 - Dene critrios e procedimentos, para o uso
agrcola de lodos de esgoto gerados em estaes de
tratamento de esgoto sanitrio e seus produtos deri-
vados, e d outras providncias.
Resoluo CONAMA n 375 de 29 de agosto de 2006.
Dene critrios e procedimentos, para o uso agrcola
de lodos de esgoto gerados em estaes de tratamen-
to de esgoto sanitrio e seus produtos derivados, e d
outras providncias. Reticada pela Resoluo n 380,
de 31 de outubro de 2006.
Resoluo CONAMA n 357 de 17 de maro de 2005.
Dispe sobre a classicao dos corpos de gua e di-
retrizes ambientais para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condies e padres de lana-
mento de euentes, e d outras providncias. Altera-
da pelas Resolues n 370, de 06 de abril de 2006, n
ICLEI 140 3/21/12 5:04 PM
141
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
397, de 03 de abril de 2008, n 410, de 04 de maio de
2009, e n 430, de 13 de maio de 2011.
Resoluo CONAMA n 005 de 05 de agosto de 1993.
Dispe sobre o gerenciamento de resduos slidos ge-
rados nos portos, aeroportos, terminais ferrovirios e
rodovirios. Alterada pela Resoluo n 358, de 29 de
abril de 2005.
Resoluo CONAMA n 005 de 15 de junho de 1988.
Dispe sobre o licenciamento de obras de saneamen-
to bsico.
ABNT NBR 7166/1992. Conexo internacional de des-
carga de resduos sanitrios - Formato e dimenses.
ABNT NBR 13221/2010. Transporte terrestre de resduos.
Resduos de Drenagem
Resoluo CONAMA n 430 de 13 de maio de 2011.
Dispe sobre condies e padres de lanamento de
euentes, complementa e altera a Resoluo n 357,
de 17 de maro de 2005, do Conselho Nacional do
Meio Ambiente - CONAMA.
Resoluo CONAMA n 420 de 28 de dezembro de
2009. Dispe sobre critrios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto presena de substncias
qumicas e estabelece diretrizes para o gerenciamen-
to ambiental de reas contaminadas por essas subs-
tncias em decorrncia de atividades antrpicas.
Resoluo CONAMA n 410 de 04 de maio de 2009.
Prorroga o prazo para complementao das condi-
es e padres de lanamento de euentes, previsto
no art. 44 da Resoluo n 357, de 17 de maro de
2005, e no Art. 3 da Resoluo n 397, de 03 de abril
de 2008.
Resoluo CONAMA n 380 de 31 de outubro de 2006.
Retica a Resoluo CONAMA n 375 de 29 de agosto
de 2006 - Dene critrios e procedimentos, para o uso
agrcola de lodos de esgoto gerados em estaes de
tratamento de esgoto sanitrio e seus produtos deri-
vados, e d outras providncias.
Resoluo CONAMA n 375 de 29 de agosto de 2006.
Dene critrios e procedimentos, para o uso agrcola
de lodos de esgoto gerados em estaes de tratamen-
to de esgoto sanitrio e seus produtos derivados, e d
outras providncias. Reticada pela Resoluo n 380,
de 31 de outubro de 2006.
Resoluo CONAMA n 357 de 17 de maro de 2005.
Dispe sobre a classicao dos corpos de gua e di-
retrizes ambientais para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condies e padres de lana-
mento de euentes, e d outras providncias. Altera-
da pelas Resolues n 370, de 06 de abril de 2006, n
397, de 03 de abril de 2008, n 410, de 04 de maio de
2009, e n 430, de 13 de maio de 2011.
Resoluo CONAMA n 005 de 05 de agosto de 1993.
Dispe sobre o gerenciamento de resduos slidos ge-
rados nos portos, aeroportos, terminais ferrovirios e
rodovirios. Alterada pela Resoluo n 358, de 29 de
abril de 2005.
ICLEI 141 3/21/12 5:04 PM
142
ANEXOS
ABNT NBR 7166/1992. Conexo internacional de des-
carga de resduos sanitrios - Formato e dimenses.
ABNT NBR 13221/2010. Transporte terrestre de resduos.
Resduos Industriais
Resoluo CONAMA n 420 de 28 de dezembro de
2009. Dispe sobre critrios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto presena de substncias
qumicas e estabelece diretrizes para o gerenciamen-
to ambiental de reas contaminadas por essas subs-
tncias em decorrncia de atividades antrpicas.
Resoluo CONAMA n 401 de 04 de novembro de
2008. Estabelece os limites mximos de chumbo, cd-
mio e mercrio para pilhas e baterias comercializadas
no territrio nacional e os critrios e padres para o
seu gerenciamento ambientalmente adequado, e d
outras providncias. Alterada pela Resoluo n 424,
de 22 de abril de 2010.
Resoluo CONAMA n 362 de 23 de junho de 2005.
Dispe sobre o recolhimento, coleta e destinao nal
de leo lubricante usado ou contaminado.
Resoluo CONAMA n 228/1997. Dispe sobre a im-
portao de desperdcios e resduos de acumuladores
eltricos de chumbo.
Resoluo CONAMA n 023 de 12 de dezembro de
1996. Regulamenta a importao e uso de resduos
perigosos. Alterada pelas Resolues n 235, de 07 de
janeiro de 1998, e n 244, de 16 de outubro de 1998.
Resoluo CONAMA n 008 de 19 de setembro de 1991.
Dispe sobre a entrada no pas de materiais residuais.
Resoluo CONAMA n 235 de 07 de janeiro de
1998.Altera o anexo 10 da Resoluo CONAMA n 23,
de 12 de dezembro de 1996.
ABNT NBR ISO 14952-3/2006. Sistemas espaciais - Lim-
peza de superfcie de sistemas de uido. Parte 3: Pro-
cedimentos analticos para a determinao de resdu-
os no volteis e contaminao de partcula.
ABNT NBR 14283/1999. Resduos em solos - Determi-
nao da biodegradao pelo mtodo respiromtrico.
ABNT NBR 12235/1992. Armazenamento de resduos
slidos perigosos Procedimento.
ABNT NBR 8418/1984. Apresentao de projetos de
aterros de resduos industriais perigosos - Procedi-
mento.
ABNT NBR 11175/1990. Incinerao de resduos sli-
dos perigosos - Padres de desempenho Procedi-
mento.
ABNT NBR 8911/1985. Solventes - Determinao de
material no voltil - Mtodo de ensaio.
Resduos de servios de transporte
Resoluo CONAMA n 005 de 05 de agosto de 1993.
Dispe sobre o gerenciamento de resduos slidos ge-
rados nos portos, aeroportos, terminais ferrovirios e
rodovirios. Alterada pela Resoluo n 358, de 29 de
abril de 2005.
ICLEI 142 3/21/12 5:04 PM
143
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Resduos agrosilvopastoris
Resoluo CONAMA n 334 de 03 de abril de 2003.
Dispe sobre os procedimentos de licenciamento
ambiental de estabelecimentos destinados ao recebi-
mento de embalagens vazias de agrotxicos.
Documentos disponveis no stio eletrnico do MMA
Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urba-
no/Departamento de Ambiente Urbano/ Resduos
Slidos:
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE
RECURSOS HDRICOS E AMBIENTE URBANO. Manual
para elaborao do Plano de Gesto Integrada de
Resduos Slidos dos Consrcios Pblicos. Braslia
DF, Outubro de 2010, 74 p. Disponvel em:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_
arquivos/1_manual_elaborao_plano_gesto_integra-
da_rs_cp_125.pdf>.
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE
RECURSOS HDRICOS E AMBIENTE URBANO. Manu-
al para implantao de sistema de apropriao e
recuperao de custos dos consrcios prioritrios
de resduos slidos. Braslia DF, Outubro de 2010,
124p. Disponvel em:<http://www.mma.gov.br/estru-
turas/srhu_urbano/_arquivos/2_manual_implantao_
sistema_apropriao_rec_custos_cp_rs_125.pdf>.
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE
RECURSOS HDRICOS E AMBIENTE URBANO. Manu-
al para implantao de compostagem e de co-
leta seletiva no mbito de consrcios pblicos.
Braslia DF, Outubro de 2010, 75p. Disponvel em:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_
arquivos/3_manual_implantao_compostagem_cole-
ta_seletiva_cp_125.pdf>.
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE
RECURSOS HDRICOS E AMBIENTE URBANO. Manual
para implantao de sistema de gesto de res-
duos de construo civil em consrcios pblicos.
Braslia DF, Novembro de 2010, 63p. Disponvel em:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_
arquivos/4_manual_implantao_sistema_gesto_res-
duos_construo_civil_cp_125.pdf>.
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE
RECURSOS HDRICOS E AMBIENTE URBANO. Elemen-
tos para a organizao da coleta seletiva e projeto
dos galpes de triagem. Braslia DF, Novembro de
2008, 57p. Disponvel em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/srhu_urbano/_publicacao/125_publica-
cao20012011032243.pdf>.
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE - SECRETARIA DE
RECURSOS HDRICOS E AMBIENTE URBANO. Orienta-
es gerais para elaborao dos Planos Estaduais
de Resduos Slidos. Braslia - DF, Junho de 2011,
25p. Disponvel em: http://www.mma.gov.br/sitio/in-
dex.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=125&idC
onteudo=10961
ICLEI 143 3/21/12 5:04 PM
144
ANEXOS
Documentos disponveis nas dependncias do MMA
MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE MMA. A3P: Agen-
da Ambiental na Administrao Pblica. 5. ed. Braslia:
MMA, 2009. Disponvel em: <http://www.mma.gov.
br/estruturas/a3p/_arquivos/cartilha_a3p_36.pdf>.
Coleo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
MDL:
Volume 1: MESQUITA JNIOR, Jos Maria. Gesto In-
tegrada de Resduos Slidos. Rio de Janeiro: IBAM,
2007. 40p. Disponvel em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/srhu_urbano/_publicacao/125_publica-
cao12032009023803.pdf>.
Volume 2: FELIPETTO, Adriana Vilela Montenegro.
Conceito, planejamento e oportunidades. Rio de
Janeiro: IBAM, 2007. 40p. Disponvel em: <http://
www.mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_publica-
cao/125_publicacao12032009023847.pdf>.
Volume 3: ELK, Ana Ghislane Henriques Pereira van.
Redues de emisses na disposio nal. Rio de
Janeiro: IBAM, 2007. 44p. Disponvel em: <http://www.
mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_publicacao/125_
publicacao12032009023918.pdf>.
Volume 4: ROMANI, Andrea Pintanguy de. Agregan-
do valor social e ambiental. Rio de Janeiro: IBAM,
2007. 44p. Disponvel em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/srhu_urbano/_publicacao/125_publica-
cao12032009024033.pdf>.
Volume 5: GOMES NETO, Octavio da Costa. Diretrizes
para elaboraes de propostas e projetos. Rio de
Janeiro: IBAM, 2007. 44p. Disponvel em: <http://www.
mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_publicacao/125_
publicacao12032009024100.pdf>.
Documentos Disponveis em Outros Stios
Eletrnicos
ABRELPE. Panorama dos Resduos Slidos no Brasil
2010. So Paulo, 2010. Disponvel em: <http://www.
abrelpe.org.br/panorama_apresentacao.cfm>.
BRASIL GOVERNO FEDERAL. Sistema Nacional de
Informao de Recursos Hdricos SNIRH. Dispon-
vel em: <http://www.ana.gov.br>.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTI-
CA IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Bsi-
co 2008. Rio de Janeiro, 2008. 219p. Disponvel em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/popula-
cao/condicaodevida/pnsb2008/PNSB_2008.pdf>.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTI-
CA IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Do-
miclio - 2009. Rio de Janeiro, 2009. Disponvel em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/popula-
cao/trabalhoerendimento/pnad2009/>.
MINISTRIO DAS CIDADES SECRETARIA NACIONAL
DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Diretrizes para a De-
nio da Poltica e Elaborao do Plano de Sane-
amento Bsico. Braslia DF, 2011. 41 p. Disponvel
em: <http://www.cidades.gov.br/images/stories/
ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/Diretrizes_Politica_Pla-
nos_de_Saneamento.pdf>.
ICLEI 144 3/21/12 5:04 PM
145
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
MINISTRIO DAS CIDADES. Guia para a elaborao
de planos municipais de saneamento. Braslia DF,
2006. 152p. Disponvel em: <http://www.mp.go.gov.
br/portalweb/hp/9/docs/rsudoutrina_02.pdf>.
MINISTRIO DAS CIDADES Organizao Pan-Ame-
ricana da Sade. Poltica e Plano Municipal de Sa-
neamento Ambiental: Experincias e Recomenda-
es. Braslia DF, 2005. 89p. Disponvel em: <http://
www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/coea/
pncpr/Politica_Municipal_Saneamento.pdf>.
MINISTRIO DAS CIDADES SECRETARIA NACIONAL
DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Sistema Nacional de
Informaes sobre Saneamento - SNIS. Disponvel
em: <http://www.snis.gov.br>.
MINISTRIO DAS CIDADES SECRETARIA NACIONAL
DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Caderno metodol-
gico para aes de educao ambiental e mobili-
zao social em saneamento. Braslia, Maio de 2009.
Disponvel em: <http://www.cidades.gov.br/images/
stories/ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/CadernoMeto-
dologico.pdf>.
MINISTRIO DA SADE. Sistema de Informao da
Vigilncia da Qualidade da gua para o Consumo
Humano SISAGUA. Disponvel em: <http://portal.
saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_
texto.cfm?idtxt=31864&janela=1>.
MINISTRIO DA SADE. Sistema de Informao
da Ateno Bsica SIAB. Disponvel em: <http://
www2.datasus.gov.br/SIAB/index.php>.
MINISTRIO DA SADE. Programa Sade da Famlia.
Disponvel em: <http://portal.saude.gov.br/portal/
saude/cidadao/area.cfm?id_area=149>.
MINISTRIO DA SADE SECRETARIA EXECUTIVA. Pro-
grama de Agentes Comunitrios da Sade PACS.
Braslia DF, 2011. 40p. Disponvel em: <http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/pacs01.pdf>.
MINISTRIO DA SADE Organizao Pan-Americana
da Sade. Avaliao de impacto na sade das aes
de saneamento: marco conceitual e estratgia me-
todolgica. Braslia DF, 2004. 116p. Disponvel em:
<http://www.funasa.gov.br/internet/arquivos/biblio-
teca/eng/eng_impacto.pdf>.
ICLEI 145 3/21/12 5:04 PM
146
ANEXOS
Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria
ANVISA:
www.anvisa.gov.br
Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT:
www.abnt.org.br
Casa Civil:
www.casacivil.gov.br
Confederao Nacional de Municpios:
www.cnm.org.br
Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA:
www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm
Departamento de Informtica do SUS DATASUS:
www.datasus.gov.br
Governos Locais pela Sustentabilidade ICLEI
Brasil:
www.iclei.org/lacs/portugues
Instituto Brasileiro de Geograa e Estatstica
IBGE:
www.ibge.gov.br
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renovveis IBAMA:
www.ibama.gov.br
Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada
www.ipea.gov.br
Ministrio do Meio Ambiente:
www.mma.gov.br
Ministrio das Cidades:
www.cidades.gov.br
Rede Brasileira de Educao Ambiental REBEA:
www.rebea.org.br
Sistema Nacional de Informaes sobre
Saneamento SNIS:
www.snis.gov.br
2. ACERVO DE ENDEREOS ELETRNICOS
ICLEI 146 3/21/12 5:04 PM
147
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
3. CARACTERIZAO DE RESDUOS URBANOS EM DIVERSAS LOCALIDADES
BRASILEIRAS
A tabela abaixo foi extrada de estudos realizados pelo
IPEA para o Plano Nacional de Resduos Slidos (Ver-
so preliminar).
Deve-se chamar ateno para o fato de que para tais
estudos nem sempre utilizarem a mesma metodolo-
gia (frequncia, escolha da amostra e diviso das cate-
gorias), o que resulta em uma estimativa do compor-
tamento real da situao.
Cidade
Metal
total
Alumnio Ao
Papel,
papelo e
tetrapak
Plstico
total
Plstico
lme
Plstico
rgido
Vidro Orgnico Outros Fontes
guas mornas 1,7 6,7 18,2 2,2 36,7 34,5 (Rodrigues,2009)
Almirante
Tamandar
3.3 1,3 2,0 19,0 18,8 12.3 6.5 2,9 36,5 19,5 (R. C. Tavares, 2007)
Aracaju 1,7 10,0 7,9 2,2 75,0 3,2
(F. S. S. Leite & et. al.,
1990)
Araucria 2,3 21,1 19,1 12,5 6,6 3,3 39,1 15,1 (R. C. Tavares, 2007)
Balnrio 2,2 14,7 21.5 3,8 44,4 13,4 (Rodrigues, 2009)
Camboriu
Bauru
2,6 11,7 14,0 8,6 5,3 1.8 65,9 4,0 (Kajino, 2005)
Bela Vista 3,8 19,0 18,8 1,9 52,9 3,7 (Marques Jnior, 2005)
Belm 2,6 17,1 15.0 1,5 45,9 17,9
(J. Pinheiro & Girard,
2009)
Benevides 4.3 13,4 18,7 4.0 48.0 11,7
(Carneiro. Cabral. F. C.
de Souza, I. M. F. de
Souza. & M. S. Pinheiro,
2000)
Bento
Gonalves
3,3 0.4 2.9 9.0 11.1 3.2 51,5 21,9
(Peresin, Vania Elisabete
Schneider,
& Panarotto, 2002)
ICLEI 147 3/21/12 5:04 PM
148
ANEXOS
Cidade
Metal
total
Alumnio Ao
Papel,
papelo e
tetrapak
Plstico
total
Plstico
lme
Plstico
rgido
Vidro Orgnico Outros Fontes
Betim 3,7 15,6 10,2 1,1 55,3 14,1 (Ribeiro. 1997)
Bituruna 6,4 6.8 12,2 2,9 56,5 15.2 (Pereira Neto, 2007)
Blumenau 2,7 11,7 14,1 4,2 42.5 24.8 (Rodrigues,2009)
Bombinhas 3,8 11 ,5 17,7 5.1 47.2 14.7 (Rodrigues, 2009)
Botucatu 3.9 0,3 3,5 8,4 8,4 4,9 3,6 2.0 74.1 3,2
(S. Oliveira & eI. al.,
1999)
Cabedelo 1,3 6,6 6,8 1,4 66,4 17,5 (R. C. Tavares, 2007)
Caldas novas 2,1 0,8 1,3 13,4 12.8 1.6 58.6 11,5
(Pasqualeno, H. da F.
Andrade, Prado, & Pina,
2006)
Camaari 0,3 4,2 7,0 2,1 59,4 27.0 (Gorgati & et. al., 2001)
Campina
Grande
3,0 5,0 11,0 4,0 67,0 10,0 (Pereira et al., 2010)
Campina
Grande do Sul
2,9 0,3 2,6 19,4 18,4 13,2 5,2 4,0 41,1 14,2 (R. C. Tavares, 2007)
Campinas 4,4 19,8 15,2 1,7 45,7 13,3
(Secretaria de Servios
Pblicos, 1996)
Campo Grande 3,9 12,4 11,1 2,2 68,0 2,4 (EPE,2008)
Campo Largo 3,0 0,4 2,6 18,8 18,9 12,9 6,0 - 42,9 16.4 (R. C. Tavares, 2007)
Campo Magro 3,8 0,3 3,5 19,6 18,6 12,1 6.5 3,0 38,7 16,3 (R. C. Tavares, 2007)
Catas Altas 2,0 8,0 14,0 2,0 50,0 24,0 (Lange & Simes, 2002)
Caxias do Sul 2,5 0.1 2,4 13.1 15,3 2,4 46,0 20,7 (Bianchi et al., 2003)
Coari 1,5 11,9 13,5 10,1 3,4 2,4 66,7 3,9 (J. B. L. Andrade, 2007)
Colombo 2,8 16,0 19,6 14.5 5,1 2,6 43,3 15,7 (R. C. Tavares, 2007)
Comercinho 3,6 15,6 13,4 2,5 30,2 34,7
(R. T. V. Barros, Assis, E. L.
Barros, & F. N. B. Santos,
2007)
ICLEI 148 3/21/12 5:04 PM
149
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Cidade
Metal
total
Alumnio Ao
Papel,
papelo e
tetrapak
Plstico
total
Plstico
lme
Plstico
rgido
Vidro Orgnico Outros Fontes
Contenda 3,3 0,3 3,0 18,7 16,5 11,6 4,9 2,9 44,1 14,5 (R. C. Tavares, 2007)
Cricima 3,3 21,1 17,1 2,1 45,2 11,2 (Guadagnin et al., 2001)
Cururupu 1,5 5,8 12,0 0,2 76,2 4,2 (MMA & IBAM, 2004)
Dores do
Campos
1,0 11,0 17,0 2,0 58,0 11,0
(D. N. de Magalhes,
2008)
Estrela 1,8 6,7 11,6 7,5 4,1 2,3 57,1 20,7
(Casaril, Bica, Mazzarino,
& Konrad, 2009)
Extrernoz 2,3 0,1 2,3 8,7 6,1 3,2 2.9 1,3 65,S 16,1 (Silva, 2002)
Fazenda Rio
Grande
2,2 0,3 1,9 16,1 16.4 12,2 4.2 1.8 43.9 19,6 (R. C. Tavares, 2007)
Florianpolis 3,4 14,6 15,2 4,1 45,1 17,6 (Arruda & et. al., 2003)
Fortaleza 2,4 0,6 1,8 7.2 13,3 9,6 3,7 2,0 50,3 24,8 (Lessa,2008)
Gaspar 4,8 12,0 17,2 4,8 33,3 27,9 (Rodrigues, 2009)
Guajara mirim 5,5 10,0 16.1 1.3 57.1 10,0 (MMA & IBAM, 2004)
Hidrolandia 2,1 8,2 13.2 2,5 67,9 6,1 (Carvalho, 2005)
Imbituba 2,5 0,5 2,0 18.8 15.1 9,8 5,4 4.4 50,7 8,6 (Rodrigues, 2009)
Indaiatuba 2,0 0,5 1,5 10,3 10,7 5,6 5.1 1,9 53,7 21,4
(Mancini, Nogueira,
Kagohara, Schwartzman,
& Mattos, 2007)
Itabuna 1.9 1,7 0,2 9.0 13.0 8,5 4.5 1,2 48,2 26.7
(Aquino Consultores e
Associados LTDA.1999)
ltajai 2.1 13.2 14.6 2,5 50,3 17,3 (Rodrigues.2009)
Itamogi 2,2 6,6 11,7 1,6 67,8 10,1 (Pelegrino, 2003)
Itaocatiara 2.1 11,7 8.8 6.7 2.1 0,6 52,5 24,4 (J. B. L. Andrade, 2007)
ltaperuc 1,5 0,3 1,2 16.9 17.1 14.1 3,0 1,6 38,1 24.8 (R. C. lavares. 2007)
Jaboticabal 6,3 0,3 6.0 16,4 6,0 3,9 2.1 6,0 55,6 9,7
(Prefeitura Municipal de
Jaboticabal, 2001)
ICLEI 149 3/21/12 5:04 PM
150
ANEXOS
Cidade
Metal
total
Alumnio Ao
Papel,
papelo e
tetrapak
Plstico
total
Plstico
lme
Plstico
rgido
Vidro Orgnico Outros Fontes
Joo Pessoa 1,9 0,6 1,4 8,8 10,3 6,9 3,5 2,9 62,3 13,7
(Seixas, Beserra,
Fagundes, &
Jnior,2006)
Juina 3,4 10,8 17.4 3,6 56,0 8,9 (MMA & IBAM, 2004)
Lageado 1,4 9,5 11,6 7,5 4,1 2,2 57,5 17,8 (Casaril et al., 2009)
Lajeado 1,6 18,1 14,5 8,6 5,9 2,6 46,1 17,1
(Konrad, Casaril, &
Schmitz, 2010)
Macei 1,7 8,9 13,6 10,3 3,3 1,3 56,6 17,9 (J. C. L. Tavares, 2008)
Manacapuru 1,9 8,4 10,1 7,4 2,7 0,9 53,7 25,0 (J. B. L. Andrade, 2007)
Manaus 4,3 18,9 8,6 2,2 58,7 7,3
(J. B. L. Andrade &
Schalch, 1997)
Mandirituba 3,3 0,6 2,7 21,1 16,2 11,1 5,1 3,4 40,1 15,9 (R. C. Tavares, 2007)
Maricor 4,0 17,0 20,0 2,0 52,0 5,0 (MMA & IBAM, 2004)
Maring 5,0 17,7 13.5 3.1 52,2 8,6 (Barros Jr., 2002)
Mossor 1,4 0.1 1,3 14,6 18.4 13.9 4.5 1,8 30,4 33,4 (Silva, 2002)
Natal 2,4 0,2 2,3 11,5 6.0 3,4 2,6 0,7 57,3 22,0 (Silva, 2002)
Navegantes 4,4 11,7 16,7 5,0 40,1 22,1 (Rodrigues.2009)
Palmas 5,9 10,7 11.4 2,4 62,5 7,1 (Naval & Gondirn, 2001)
Parintins 3.4 6,0 8,7 6,7 2,0 1,3 20,1 60,4 (1. B. L. Andrade, 2007)
Parnamirirn 1,8 0,1 1,7 9,9 4,7 2,9 1,7 0,8 69,2 13,6 (Silva, 2002)
Passos 2,0 11,8 10,5 1,8 69,0 4,9
(Superintendncia
de Limpeza Urbana &
Teixeira, 2001)
Pau dos Ferros 0,6 16,9 8,1 3,1 5,0 - 40,0 34.4 (Silva, 2002)
Peixe-Boi 3,7 5.4 11.4 8,2 3,2 3,1 60,5 16,0
(M. P. P. de Oliveira,
Pugliesi, & Schalch,
2008)
Pinhais 2,1 18,0 20,2 14,7 5,5 2,3 41,8 15,6 (R. C. Tavares, 2007)
Piraquara 3,2 1,3 1,9 18.4 18,0 11,9 6,1 2,7 38,8 18,9 (R. C. Tavares, 2007)
Porto Alegre 4,0 0,8 3,2 11,4 12,3 5.4 7,0 3.4 43,8 25,0 (Reis & et. al., 2003)
ICLEI 150 3/21/12 5:04 PM
151
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Cidade
Metal
total
Alumnio Ao
Papel,
papelo e
tetrapak
Plstico
total
Plstico
lme
Plstico
rgido
Vidro Orgnico Outros Fontes
Presidente
Lucena
1,5 11,0 8,0 1,5 45,0 33,0
(L. P. Gomes & Martins,
2002)
Presidente
Prudente
5.4 21,0 8,9 2,6 55,0 7,1 (Borges, 2002)
Propro 1,1 7.4 10,0 5,3 4,7 0,8 65,3 15,3 (Barrete, 1997)
Quatro Barras 2,6 0,3 2,3 19,8 15,0 10,5 4,5 2,8 44,8 15,0 (R. C. Tavares, 2007)
Rio de Janeiro 1,6 0,4 1,2 14,6 17,2 12,5 4,7 3,0 56,7 6,9 (COMLURB, 2007)
Rio Grande 6,6 19,0 9,5 3,7 51,2 10,0 (A. S. D. Oliveira, 2002)
Salvador 3,7 1,1 2,5 16,2 17,1 12,0 5,1 2,9 46,9 13,3
(A. M. V. de Oliveira,
Quadros, & Campos,
1999)
Santa Cruz 3,6 0.4 3,2 3,5 13,5 6.4 7,1 0,9 25,2 53.4 (Silva, 2002)
Santa Cruz de
Salinas
4,3 12,8 13.4 3,3 46,5 19,7 (Costa,2010)
So Carlos 1,3 7,4 10,5 7,6 2,8 1.7 59,1 20,1 (Frsca, 2007)
So Joo
Batista
3,3 18,5 14,1 4,2 34,3 25,6 (Rodrigues, 2009)
So Jos 3,0 14,1 20,1 3,2 41,7 17,9 (Rodrigues, 2009)
So Jos dos
Pinhais
3,2 20,5 19,3 13.4 5,9 2,7 37,1 17,2 (R. C. Tavares, 2007)
So Leopoldo 1,5 0,4 1,1 14,6 12,3 8,5 3,8 1,7 58,7 11,2 (Soares & Moura, 2009)
Silo Marcos 2,3 0,5 1,8 7,7 5,6 0,8 56,9 26,7
(Quissini, Pessin, Conto,
& F. M. Gomes, 2007)
So Paulo 2,2 0,7 1,5 12,4 16,5 12,3 4,2 1,8 59,2 7,9 (LIMPURB,2003)
Silo Sebastio 3,3 18,5 7,9 2,8 49,0 18,5 (Alves & Blauth, 1998)
Teresina 3,4 0,9 2,4 15,8 20,5 11,6 8,9 2.4 45,4 12,5
(Ribeiro Filho & L. P. dos
Santos, 2008)
Uberlndia 3,0 7,0 11,0 3,0 72,0 4,0 (Fehr & Calado, 2001)
Varjo 1,9 13,0 12,4 1,2 57,2 14,3 (Freiras, 2006)
Vitria 3,3 19,1 11,8 2,7 53,1 10,1 (Manzo,1999)
Xapuri 3,6 14,5 12,7 2,3 56,5 10,3 (MMA & lBAM, 2004)
ICLEI 151 3/21/12 5:04 PM
152
ANEXOS
Apoio Elaborao dos Planos de Resduos Slidos
4. GLOSSRIO
3 Rs: Expresso utilizada para designar forma de
pensar e tratar os resduos slidos. Refere-se a: reduzir
resduos slidos, ou seja, deixar de produz-los por
meio de atitudes simples em nosso dia a dia com base,
principalmente, no consumo consciente; a reutilizar
materiais antes de descart-los de tal forma que seja
possvel manter tal material em sua forma original o
maior tempo possvel no ciclo de consumo; e reciclar
os resduos gerados que, por sua vez, constitui-se em
produzir um novo produto para consumo a partir de um
resduo slido que ser exposto a diversos processos
(fsicos, qumicos, trmicos, entre outros).
3
Acordo setorial: ato de natureza contratual rmado
entre o poder pblico e fabricantes, importadores,
distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a
implantao da responsabilidade compartilhada pelo
ciclo de vida do produto.
1
rea contaminada: local onde h contaminao
causada pela disposio, regular ou irregular, de
quaisquer substncias ou resduos.
1
rea rf contaminada: rea contaminada cujos
responsveis pela disposio no sejam identicveis ou
individualizveis.
1
Aterro controlado: local utilizado para despejo do lixo
coletado, em bruto, com o cuidado de, aps a jornada de
trabalho, cobrir esses resduos com uma camada de terra
diariamente, sem causar danos ou riscos sade pblica
e segurana, minimizando os impactos ambientais.
2
Autodepurao: Processo natural decorrente da
oxigenao que ocorre num corpo dgua, que permite
absorver poluentes e restabelecer o equilbrio do
meio aqutico. A autodepurao depende do volume
e caractersticas do poluente e da capacidade de
regenerao do corpo receptor.
4
Aterro Sanitrio: local utilizado para disposio
nal do lixo, onde so aplicados critrios de engenharia
e normas operacionais especcas para connar os
resduos com segurana, do ponto de vista do controle
da poluio ambiental e proteo sade pblica.
2
Aquecimento Global o resultado da intensicao
do efeito estufa natural, ocasionado pelo signicativo
aumento das concentraes de gases do efeito estufa
(GEE) na atmosfera, ou seja, gases que absorvem parte
do calor que deveria ser dissipado, provocando aumento
da temperatura mdia do planeta. As mudanas
climticas so consequncia do aquecimento global,
pois com a elevao da temperatura mdia ocorre
maior derretimento de geleiras em regies polares e de
grande altitude, ocasionando a dilatao dos oceanos,
mudanas nos ciclos hidro-geolgicos e fenmenos
atmosfricos adversos.
5
Chorume: lquido de cor escura, gerado a partir da
decomposio da matria orgnica existente no lixo, que
apresenta alto potencial poluidor da gua e do solo.
2
Ciclo de vida do produto: srie de etapas que
envolvem o desenvolvimento do produto, a obteno
ICLEI 152 3/21/12 5:04 PM
153
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
Slidos
de matrias-primas e insumos, o processo produtivo, o
consumo e a disposio nal.
1
Coleta de esgoto sanitrio: (Pesquisa Nacional de
Saneamento Bsico) classicao dos tipos de coletores
para transporte de esgoto sanitrio em: rede unitria
ou mista - rede pblica para coleta de guas de chuva
ou galerias pluviais; rede separadora - rede pblica para
coleta e transporte, separadamente, de guas de chuva
e esgoto sanitrio; rede condominial - rede interna que
traz todas as contribuies do prdio at o andar trreo e
liga-se rede da rua em um nico ponto.
2
Coleta seletiva: coleta de resduos slidos
previamente segregados conforme sua constituio ou
composio.
1
Coliformes fecais: subgrupo de bactrias do grupo
dos coliformes totais que normalmente habitam o
trato digestivo de animais de sangue quente, incluindo
o homem, outros mamferos e as aves. Cada pessoa
excreta cerca de dois bilhes dessas bactrias por
dia. Por isso, esse grupo utilizado como indicador da
contaminao fecal da gua e dos alimentos, revelando
o potencial destes de disseminar doenas. A populao
de coliformes fecais constituda na sua maior parte
pela bactria patognica Escherichia coli, que tem como
habitat exclusivo o trato intestinal do homem e de outros
animais. A determinao da concentrao dos coliformes
assume importncia como parmetro indicador
da possibilidade da existncia de microrganismos
patognicos, responsveis pela transmisso de doenas
de veiculao hdrica, tais como febre tifide, febre
paratifide, desinteria e clera.
2
Controle social: conjunto de mecanismos e
procedimentos que garantam sociedade informaes
e participao nos processos de formulao,
implementao e avaliao das polticas pblicas
relacionadas aos resduos slidos.
1
Corpo dgua: qualquer coleo de guas interiores.
Denominao mais utilizada para guas doces
abrangendo rios, igaraps, lagos, lagoas, represas,
audes, etc.
2
Destinao nal ambientalmente adequada:
destinao de resduos que inclui a reutilizao,
a reciclagem, a compostagem, a recuperao e o
aproveitamento energtico ou outras destinaes
admitidas pelos rgos competentes do Sisnama, do
SNVS e do Suasa, entre elas a disposio nal, observando
normas operacionais especcas de modo a evitar danos
ou riscos sade pblica e segurana e a minimizar os
impactos ambientais adversos.
1
Disposio nal ambientalmente adequada:
distribuio ordenada de rejeitos em aterros, observando
normas operacionais especcas de modo a evitar danos
ou riscos sade pblica e segurana e a minimizar os
impactos ambientais adverso.
1
Efeito estufa fenmeno natural pelo qual parte da
radiao solar que chega superfcie da Terra retida
nas camadas baixas da atmosfera, proporcionando a
manuteno de temperaturas numa faixa adequada
para permitir a vida de milhares de espcies no planeta.
Entretanto, devido ao aumento da concentrao de gases
causadores do efeito estuga (GEE) na atmosfera, tem
ocorrido uma maior reteno dessa radiao na forma
ICLEI 153 3/21/12 5:04 PM
154
ANEXOS
de calor, e consequentemente, a temperatura mdia no
planeta est aumentando, provocando o aquecimento
global e signicativas mudanas climticas.
6
Esgotamento Sanitrio: escoadouro do banheiro ou
sanitrio de uso dos moradores do domiclio particular
permanente, classicado quanto ao tipo em: rede geral
de esgoto ou pluvial - quando a canalizao das guas
servidas e dos dejetos provenientes do banheiro ou
sanitrio. Est ligada a um sistema de coleta que os
conduz a uma desaguadouro geral da rea, regio ou
municpio, mesmo que o sistema no disponha de
estao de tratamento da matria esgotada; fossa sptica
- quando a canalizao do banheiro ou sanitrio est
ligada a uma fossa sptica, ou seja, a matria esgotada
para uma fossa prxima, onde passa por um processo
de tratamento ou decantao sendo, ou no, a parte
lquida conduzida em seguida para um desaguadouro
geral da rea, regio ou municpio; fossa rudimentar -
quando o banheiro ou sanitrio est ligado a uma fossa
rstica (fossa negra, poo, buraco etc.); vala quando o
banheiro ou sanitrio est ligado diretamente a uma vala
a cu aberto; rio, lago ou mar - quando o banheiro ou
sanitrio est ligado diretamente a um rio, lago ou mar;
outro - qualquer outra situao.
2
Gases de Efeito Estufa (GEE): ou Greenhouse Gases
(GHG) so os gases listados no Anexo A do Protocolo
de Kyoto, sejam: dixido de carbono (CO2); metano
(CH4); xido nitroso (N2O); hexauoreto de enxofre
(SF6); gases da famlia dos hidrouorcarbonos (HFCs)
e peruorcarbonos (PFCs). Conforme especicao do
Protocolo, as partes tambm devem informar a emisso
dos seguintes GEE indiretos: monxido de carbono
(CO); xidos de nitrognio (NOx); compostos orgnicos
volteis sem metano (NMVOCs) e xido de enxofre (SOx).
As emisses de GEEs so provenientes de processos
articiais, causados pelo homem, como desmatamentos,
queima de combustveis fosseis, emisses de gases e
poluentes de indstrias e tambm podem ter origem
natural, como emisso de metano por meio dos
rebanhos, por exemplo.
7
Geradores de resduos slidos: pessoas fsicas ou
jurdicas, de direito pblico ou privado, que geram
resduos slidos por meio de suas atividades, nelas
includo o consumo.
1
Gerenciamento de resduos slidos: conjunto de
aes exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de
coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinao
nal ambientalmente adequada dos resduos slidos e
disposio nal ambientalmente adequada dos rejeitos,
de acordo com plano municipal de gesto integrada de
resduos slidos ou com plano de gerenciamento de
resduos slidos.
1
Gesto integrada de resduos slidos: conjunto de
aes voltadas para a busca de solues para os resduos
slidos, de forma a considerar as dimenses poltica,
econmica, ambiental, cultural e social, com controle
social e sob a premissa do desenvolvimento sustentvel.
1
Incinerao: (Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico)
Processo de queima do lixo, atravs de incinerador ou
queima a cu aberto. O incinerador uma instalao
especializada onde se processa a combusto controlada
do lixo, entre 800 C e 1200 C, com a nalidade de
transform-lo em matria estvel e inofensiva sade
pblica, reduzindo seu peso e volume. Na queima a cu
aberto h a combusto do lixo sem nenhum tipo de
ICLEI 154 3/21/12 5:04 PM
155
SRHU/MMA e ICLEI-Brasil
PLANOS DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS: MANUAL DE ORIENTAO
equipamento, o que resulta em produo de fumaa e
gases txicos.
2
Lixiviao: processo pelo qual a matria orgnica e os
sais minerais so removidos do solo, de forma dissolvida,
pela percolao da gua da chuva.
2
Logstica reversa: instrumento de desenvolvimento
econmico e social caracterizado por um conjunto de
aes, procedimentos e meios destinados a viabilizar
a coleta e a restituio dos resduos slidos ao setor
empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou
em outros ciclos produtivos, ou outra destinao nal
ambientalmente adequada.
1
Padres sustentveis de produo e consumo:
produo e consumo de bens e servios de forma a
atender as necessidades das atuais geraes e permitir
melhores condies de vida, sem comprometer a
qualidade ambiental e o atendimento das necessidades
das geraes futuras.
1
Percolao: Processo de penetrao da gua no
subsolo, dando origem ao lenol fretico.
4
Potencial de Aquecimento Global (do ingls
Global Warming Potential GWP): ndice proposto
pelo IPCC, que descreve as caractersticas radiativas dos
GEE. O GWP compara os gases entre si e seus diferentes
impactos sobre o clima. Este parmetro representa o
efeito combinado dos diferentes tempos que esses
gases permanecem suspensos na atmosfera, alm de sua
ecincia relativa a absoro de radiao solar (radiao
infravermelha). Ainda no h um consenso entre os
cientistas quanto ao clculo desse ndice.
5
Reciclagem: processo de transformao dos resduos
slidos que envolve a alterao de suas propriedades
fsicas, fsico-qumicas ou biolgicas, com vistas
transformao em insumos ou novos produtos.
1
Rejeitos: resduos slidos que, depois de esgotadas
todas as possibilidades de tratamento e recuperao por
processos tecnolgicos disponveis e economicamente
viveis, no apresentem outra possibilidade que no a
disposio nal ambientalmente adequada.
1
Resduos slidos: material, substncia, objeto ou
bem descartado resultante de atividades humanas em
sociedade, a cuja destinao nal se procede, se prope
proceder ou se est obrigado a proceder, nos estados
slido ou semisslido, bem como gases contidos em
recipientes e lquidos cujas particularidades tornem
invivel o seu lanamento na rede pblica de esgotos
ou em corpos dgua, ou exijam para isso solues
tcnica ou economicamente inviveis em face da melhor
tecnologia disponvel.
1
Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida
dos produtos: conjunto de atribuies individualizadas
e encadeadas dos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos
titulares dos servios pblicos de limpeza urbana e de
manejo dos resduos slidos, para minimizar o volume
de resduos slidos e rejeitos gerados, bem como para
reduzir os impactos causados sade humana e
qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos
produtos.
1
Reutilizao: processo de aproveitamento dos
resduos slidos sem sua transformao biolgica, fsica
ou fsico-qumica.
1
ICLEI 155 3/21/12 5:04 PM
156
ANEXOS
Saneamento Ambiental: (Fundao Nacional de
Sade) conjunto de aes socioeconmicas que tm
por objetivo alcanar nveis de salubridade ambiental,
por meio de abastecimento de gua potvel, coleta
e disposio sanitria de resduos slidos, lquidos e
gasosos, promoo da disciplina sanitria de uso do solo,
drenagem urbana, controle de doenas transmissveis e
demais servios e obras especializadas, com a nalidade
de proteger e melhorar as condies de vida urbana e
rural.
2
Servio pblico de limpeza urbana e de manejo de
resduos slidos: conjunto de atividades previstas no
art. 7 da Lei de Saneamento Bsico (Lei 11.445/2007).
1
Tratamento complementar do esgoto sanitrio:
(Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico) classicao
dos tipos de tratamento complementar do esgoto
sanitrio em: desinfeco - processo destinado a destruir
vrus e bactrias que podem provocar contaminao,
como clorao e aplicao de raios ultravioleta ou
oznio; remoo de nutrientes - processo destinado a
retirar os nutrientes, fsforo, nitrognio e potssio da
parcela lquida do esgoto sanitrio tratado. Ver tambm
tratamento do esgoto sanitrio.
2
Tratamento do esgoto sanitrio: (Pesquisa Nacional
de Saneamento Bsico) combinao de processos fsicos,
qumicos e biolgicos com o objetivo de reduzir a carga
orgnica existente no esgoto sanitrio antes de seu
lanamento em corpos dgua, como: ltro biolgico;
lodo ativado; reator anaerbio; valo de oxidao; lagoa
anaerbia; lagoa aerbia; lagoa aerada; lagoa facultativa;
lagoa mista; lagoa de maturao; fossa sptica de sistema
condominial.
2
Referncias
1) BRASIL. Lei n 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos; altera a Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e d outras
providncias. Dirio Ocial da Unio, Braslia, n 147, p. 3, 03 de ago. 2010.
2) Instituto Brasileiro de Geograa e Estatstica - IBGE. Indicadores de Desenvolvimento Sustentvel: Brasil, 2010. Rio de Janeiro, 2010. Disponvel em: http://
www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ids/ids2010.pdf
3) SANTOS, A.S.F.; AGNELLI, J.A.M; MANRICH, S. Tendncias e Desaos da Reciclagem de Embalagens Plsticas. Polmeros: Cincia e Tecnologia, vol.14, n 5,
p.307-312, 2004.
4) CONSRCIO PCJ Consrcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia. Glossrio de Termos Tcnicos em Gesto dos Recursos
Hdricos. s/l, 2009.
5) ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade. Manual para aproveitamento de Biogs: Volume 1 Aterros Sanitrios. So Paulo, 2010. 80 p.
6) ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade. Manual para Aproveitamento de Biogs: Volume 2 Euentes Urbanos. So Paulo, 2010. 77 p.
7) IPCC Painel Intergovernamental sobre Mudanas do Clima. Mudanas Climticas 2007: a base cientca fsica. Divulgado em Paris, 2007. Disponvel em:
http://www.ecolatina.com.br/pdf/IPCC-COMPLETO.pdf
ICLEI 156 3/21/12 5:04 PM