Plano de Ensino Sociedade e Criminalidade

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 6

01 013 03

PLANO DE ENSINO
04 24/07/2019 Página 1 de 6

PLANO DE ENSINO DE GRADUACÃO


Curso Semestral
Disciplina Código
SOCIEDADE E CRIMINALIDADE 137
Curso Período Turma (s) Carga Horária
Graduação 1º Período A, B e D 42 horas-relógio
50 horas-aula
Eixo de Formação Ano
Eixo de Formação Profissional 1º Semestre de 2024

Docente: Páginas
Prof. Dr. Edson Vieira da Silva Filho Página 1 de 6

A – EMENTA
Sociedade e criminalidade: Estudo propedêutico a respeito da criminalidade. Conceito, objeto, método e
finalidade da criminologia, controle social e Direito Penal. Ramos da criminologia. Conceito e possível(is)
trato(s) do evento crime em sociedade (criminalidade). A etiologia e sua superação fenomenologia criminal na
busca da identidade jurídica brasileira desvelando sua ilegitimidade até a contemporaneidade.

B – COMPETÊNCIAS

I. Analisar e elaborar textos com fundamentação jurídica, demonstrando domínio de conceitos e utilização
adequada da terminologia.
II. Interpretar e valorizar os fenômenos jurídicos e sociais de forma crítica, reflexiva e multidisciplinar
III. Possuir capacidade e aptidão para a aprendizagem autônoma e dinâmica.
IV. Utilizar o raciocínio jurídico na argumentação, persuasão, no julgamento e na tomada de decisões.
V. Dominar tecnologias e métodos para permanente compreensão e aplicação do Direito.
VI. Intervir e transformar a realidade circundante com ética e de acordo com os princípios do Estado
Democrático de Direito.
VII. Captar as expectativas e anseios dos envolvidos no processo de busca da efetiva realização da justiça.
VIII. Atuar em equipe de modo participativo, respeitoso, cooperativo, lidando com os conflitos de modo
produtivo.

C – HABILIDADES

Ler, compreender e interpretar textos jurídicos.


Abstrair e categorizar elementos.
01 013 03
PLANO DE ENSINO
04 24/07/2019 Página 2 de 6

Pesquisar documentos e bibliografia.


Coletar, organizar e apresentar resultados.
Analisar e criticar informações.
Analisar e criticar a realidade.
Demonstrar capacidade de análise e crítica.
Ler e raciocinar sobre casos concretos e relatos, com identificação e extração de informações relevantes.
Analisar situações-problema e formular as respectivas soluções jurídicas.
Generalizar conclusões a partir da resolução de problemas práticos.
Argumentar de forma racional.
Elaborar, apresentar e sustentar argumentos pertinentes.
Produzir argumentos jurídicos que respeitem padrões de correção formal e plausibilidade.
Justificar.
Participar de debates de maneira construtiva.
Tomar posições em debates.
Saber ouvir e reagir a provocações fundamentadas.
Obter informações a partir da exposição oral alheia e debate
Perceber as necessidade e expectativas das partes.
Expressar-se adequadamente em linguagem escrita e oral.
Compreender o regramento jurídico do direito (especificar ramo) e sua inserção no sistema jurídico
brasileiro, relacionando os institutos entre si e com as ordens jurídicas internacional e constitucional.
Desenvolver análise interdisciplinar.
Dialogar com outras áreas do conhecimento.
Contextualizar o ordenamento jurídico na realidade econômica e social brasileira contemporânea, analisando
o seu impacto nos processos de transformação social e desenvolvimento econômico.
Trabalhar em equipe.
Compreender e interpretar sistematicamente as normas constitucionais.
Aplicar conceitos e normas na prevenção e solução de problemas práticos.
Demonstrar capacidade de comunicação e relacionamento.
Produzir trabalhos científicos com padrões satisfatórios de correção formal e qualidade substantiva.

D – OBJETIVOS E IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA NA FORMAÇÃO DO EGRESSO

Partindo do princípio que o direito tem como função precípua o controle social, e que só pode ser tal
controle só pode ser aceito no modelo de Estado instituído a partir da Constituição Federal Brasileira de 1988
que parte do ponto de vista de um direito humanitário e destinado à promoção do fim (e bem estar) social o
fenômeno criminalidade não pode mais ser vista somente pela criminologia clássica, que se prende ao modelo
01 013 03
PLANO DE ENSINO
04 24/07/2019 Página 3 de 6

de uma ciência instrumental para a elaboração de políticas públicas de controle social, repressor de regra e por
natureza e que garante uma ordem aprioristicamente tida como a única aceitável.
Se por um lado o controle social é necessário para a manutenção de um certo grau de ordem é importante
(necessário) definir que ordem é esta e a quem ela serve.

E – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Apresentação da disciplina e seus pressupostos metodológicos.


1. Criminologia e criminalidade: conceito de crime e de fatos criminosos.
1.1 O estudo da criminologia do fato e do autor.
1.2 Os atores do fenômeno crime: autor, vítima e sociedade.
1.3 Por que punir e como punir - primeiras considerações
1.4 Interdisciplinaridade e multidisciplinaridade da criminologia, a Antropologia, Sociologia, História e
Filosofia Criminal
2. Linhas históricas de criminologia.
2.1 Criminalidade, criminologia e ideologias.
2.2 Métodos de estudo da criminalidade: o empirismo positivista e a criminologia etiológica;
2.3 Ideologia penal pré-iluminista.
2.4 Cesar e Beccaria e a ideologia liberal.
2.5 Lombroso e a criminologia centrada sobre o indivíduo.
3 A escola Clássica.
3.1 A ordem e seus conceitos.
3.2 Determinismo social.
4 A escola positiva.
6.1 Perigosidade social e medidas de defesa social.
6.2 Influência e limites do positivismo.
6.3 Utilitarismo criminológico.
6.4 Crime e moral.
5 Criminalidade e ideologia burguesa.
6 Criminologia do marxismo.
6.1 O problema dos grupos sociais e a teoria do leabeling approach:
6.2 Pobreza, educação, cultura, grupos (e quase grupos) sociais, família, delinquência feminina, raças,
grupos vários, nacionalidades e criminalidade

7 A criminologia e os vários modelos penais


01 013 03
PLANO DE ENSINO
04 24/07/2019 Página 4 de 6

7.1 O abolicionismo
7.2 Modelos penais de inspiração abolicionista
7.3 O minimalismo penal
7.4 Os modelos maximalistas
7.4.1 A teoria da broken windows
7.4.2 O inimigo no direito penal: entre Jakobs e Zaffaroni
7.5 A Nova Criminologia.
7.5.1 A criminologia crítica e a criminologia radical;
7.5.2 Por que punir e como punir - conclusões
8 Criminologia e Direito Penal: correlação operativa.
8.1 Relatividade histórica da definição do crime.
8.2 A lei como expressão da cultura: conceito de cultura.
8.3 Conexão entre cultura, lei e poder.
8.4 Processos de criminalização e de descriminalização
9 Métodos da pesquisa criminológica.
9.1 Estatísticas de massa e seus possíveis desvios.
9.2 A “cifra negra” e a “cifra dourada”: os números do crime.
9.3 A violência da repressão e a repressão da violência.
9.4 Os processos de criminalização e de descriminalização.
10 Fenomenologia geral da criminalidade – o crime e o mundo concreto.
10.1 O reducionismo estatístico das agencias oficiais da criminalidade. Variações
qualitativas e quantitativas no tempo.
11 Sistemas penais e constitucionalismo contemporâneo
11.1 A construção do bem jurídico penal
11.2 A questão doas garantias e dos princípios constitucionais
11.3 Um sistema constitucionalmente adequado ao Brasil contemporâneo.

F – ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

As aulas serão basicamente expositivo-dialogadas, valendo-se dos recursos da projeção de imagens e mídias
(curtas metragem, vídeos clip e músicas). Serão trabalhados textos clássicos, de difícil acesso, disponibilizados
antecipadamente, sendo seguida a discussão das mídias mencionadas e dos textos, de acordo com as
propostas de trabalho solicitadas em cada unidade. Resolução de exercícios. Trabalhos em grupo com revisão
do conteúdo ministrado e discussão das problematizações em virtude dos ciclos da história, cultura dos
povos e globalização, visando garantir o debate das questões estudadas. Utilização de vídeos e realização de
dinâmicas, além dos exercícios das atividades práticas supervisionadas se necessárias.

G – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS


01 013 03
PLANO DE ENSINO
04 24/07/2019 Página 5 de 6

Haverá a realização de APS. A atividade consistirá na elaboração de um relatório sobre o programa


direito e literatura – a ópera dos três vinténs – a ser disponibilizado para os alunos. O relatório deve se basear
no vídeo e consiste em uma análise do seu conteúdo, vinculando-o com pressupostos da matéria Sociedade e
Criminalidade A atividade valerá 2,0 (dois) pontos a serem computados na segunda avaliação e, se houver
necessidade corresponderá a carga horária a ser definida pela secretaria.

H – DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

CARGA HORÁRIA TURMA AULAS TEÓRICAS ATIVIDADES PRÁTICAS TOTAL


DIURNA SUPERVISIONADAS
50 horas-aula 56 horas-aula 56 horas-aula

CARGA HORÁRIA TURMA AULAS TEÓRICAS ATIVIDADES PRÁTICAS TOTAL


NOTURNA SUPERVISIONADAS
50 horas-aula 53 horas-aula 56 horas-aula

I – SISTEMA DE AVALIAÇÃO

O sistema de avaliação segue as diretrizes regimentais e será realizada com base nos seguintes
critérios:

a) Apresentação em sala de aula dos temas constantes do conteúdo


b) Prova escrita com questões subjetivas e objetivas

SISTEMA DE AVALIAÇÃO – PONTOS


Prova escrita (1ª prova do semestre) 10,00
1ª NOTA PARCIAL (soma dos itens anteriores) 10,00
Prova escrita (2ª prova do semestre) 8,00
Atividade Prática Supervisionada (APS) 2,00
2ª NOTA PARCIAL (soma dos itens anteriores) 10,00

J – BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BARATTA, A. Criminologia crítica e crítica do direito penal: introdução à sociologia do Direito Penal.
Trad. Juarez Cirino dos Santos. Rio de Janeiro: Revan, 2002 (3. ed.), 2011 (6. ed.).
01 013 03
PLANO DE ENSINO
04 24/07/2019 Página 6 de 6

ZAFFARONI, Eugenio Raul; BATISTA, Nilo. Direito penal: teoria geral do Direito Penal. 4. ed. Rio de
Janeiro: Revan, 2011.
______ , Eugenio Raul. O inimigo do direito penal. Coleção Pensamento Criminológico vol. 14. Rio
de Janeiro: revan; Co-edição: Instituto Carioca de Criminologia, 2007 (2. ed.), 2011 (3. ed.).

K – BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BECCARIA, Cesare Bonesa Marchesi di, 1738-1794. Dos delitos e das penas. Trad. Flório de Angelis. 4.
reimp. São Paulo: EDIPRO, 1999.
CARVALHO, Salo de. Antimanual de criminologia. 6. ed. rev. e ampl. 3 tiragem. São Paulo: Sarativa.
2016. https://app.saraivadigital.com.br/leitor/ebook:580850
DEMO, Pedro. O charme da exclusão social. 2. ed. Campinas: Editora autores associados, 2002.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 25. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1987.
GIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991.
LOMBROSO, Cesare. O homem delinqüente. São Paulo: ícone, 2007.
ULRICH, Beck Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Editora 34, 2010.

Assinatura do Docente Data de elaboração

Aprovação do Coordenador de Curso Data de aprovação

Você também pode gostar