Plano de Ensino Sociedade e Criminalidade
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PLANO DE ENSINO
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Docente: Páginas
Prof. Dr. Edson Vieira da Silva Filho Página 1 de 6
A – EMENTA
Sociedade e criminalidade: Estudo propedêutico a respeito da criminalidade. Conceito, objeto, método e
finalidade da criminologia, controle social e Direito Penal. Ramos da criminologia. Conceito e possível(is)
trato(s) do evento crime em sociedade (criminalidade). A etiologia e sua superação fenomenologia criminal na
busca da identidade jurídica brasileira desvelando sua ilegitimidade até a contemporaneidade.
B – COMPETÊNCIAS
I. Analisar e elaborar textos com fundamentação jurídica, demonstrando domínio de conceitos e utilização
adequada da terminologia.
II. Interpretar e valorizar os fenômenos jurídicos e sociais de forma crítica, reflexiva e multidisciplinar
III. Possuir capacidade e aptidão para a aprendizagem autônoma e dinâmica.
IV. Utilizar o raciocínio jurídico na argumentação, persuasão, no julgamento e na tomada de decisões.
V. Dominar tecnologias e métodos para permanente compreensão e aplicação do Direito.
VI. Intervir e transformar a realidade circundante com ética e de acordo com os princípios do Estado
Democrático de Direito.
VII. Captar as expectativas e anseios dos envolvidos no processo de busca da efetiva realização da justiça.
VIII. Atuar em equipe de modo participativo, respeitoso, cooperativo, lidando com os conflitos de modo
produtivo.
C – HABILIDADES
Partindo do princípio que o direito tem como função precípua o controle social, e que só pode ser tal
controle só pode ser aceito no modelo de Estado instituído a partir da Constituição Federal Brasileira de 1988
que parte do ponto de vista de um direito humanitário e destinado à promoção do fim (e bem estar) social o
fenômeno criminalidade não pode mais ser vista somente pela criminologia clássica, que se prende ao modelo
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de uma ciência instrumental para a elaboração de políticas públicas de controle social, repressor de regra e por
natureza e que garante uma ordem aprioristicamente tida como a única aceitável.
Se por um lado o controle social é necessário para a manutenção de um certo grau de ordem é importante
(necessário) definir que ordem é esta e a quem ela serve.
E – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
7.1 O abolicionismo
7.2 Modelos penais de inspiração abolicionista
7.3 O minimalismo penal
7.4 Os modelos maximalistas
7.4.1 A teoria da broken windows
7.4.2 O inimigo no direito penal: entre Jakobs e Zaffaroni
7.5 A Nova Criminologia.
7.5.1 A criminologia crítica e a criminologia radical;
7.5.2 Por que punir e como punir - conclusões
8 Criminologia e Direito Penal: correlação operativa.
8.1 Relatividade histórica da definição do crime.
8.2 A lei como expressão da cultura: conceito de cultura.
8.3 Conexão entre cultura, lei e poder.
8.4 Processos de criminalização e de descriminalização
9 Métodos da pesquisa criminológica.
9.1 Estatísticas de massa e seus possíveis desvios.
9.2 A “cifra negra” e a “cifra dourada”: os números do crime.
9.3 A violência da repressão e a repressão da violência.
9.4 Os processos de criminalização e de descriminalização.
10 Fenomenologia geral da criminalidade – o crime e o mundo concreto.
10.1 O reducionismo estatístico das agencias oficiais da criminalidade. Variações
qualitativas e quantitativas no tempo.
11 Sistemas penais e constitucionalismo contemporâneo
11.1 A construção do bem jurídico penal
11.2 A questão doas garantias e dos princípios constitucionais
11.3 Um sistema constitucionalmente adequado ao Brasil contemporâneo.
As aulas serão basicamente expositivo-dialogadas, valendo-se dos recursos da projeção de imagens e mídias
(curtas metragem, vídeos clip e músicas). Serão trabalhados textos clássicos, de difícil acesso, disponibilizados
antecipadamente, sendo seguida a discussão das mídias mencionadas e dos textos, de acordo com as
propostas de trabalho solicitadas em cada unidade. Resolução de exercícios. Trabalhos em grupo com revisão
do conteúdo ministrado e discussão das problematizações em virtude dos ciclos da história, cultura dos
povos e globalização, visando garantir o debate das questões estudadas. Utilização de vídeos e realização de
dinâmicas, além dos exercícios das atividades práticas supervisionadas se necessárias.
I – SISTEMA DE AVALIAÇÃO
O sistema de avaliação segue as diretrizes regimentais e será realizada com base nos seguintes
critérios:
J – BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BARATTA, A. Criminologia crítica e crítica do direito penal: introdução à sociologia do Direito Penal.
Trad. Juarez Cirino dos Santos. Rio de Janeiro: Revan, 2002 (3. ed.), 2011 (6. ed.).
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ZAFFARONI, Eugenio Raul; BATISTA, Nilo. Direito penal: teoria geral do Direito Penal. 4. ed. Rio de
Janeiro: Revan, 2011.
______ , Eugenio Raul. O inimigo do direito penal. Coleção Pensamento Criminológico vol. 14. Rio
de Janeiro: revan; Co-edição: Instituto Carioca de Criminologia, 2007 (2. ed.), 2011 (3. ed.).
K – BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BECCARIA, Cesare Bonesa Marchesi di, 1738-1794. Dos delitos e das penas. Trad. Flório de Angelis. 4.
reimp. São Paulo: EDIPRO, 1999.
CARVALHO, Salo de. Antimanual de criminologia. 6. ed. rev. e ampl. 3 tiragem. São Paulo: Sarativa.
2016. https://app.saraivadigital.com.br/leitor/ebook:580850
DEMO, Pedro. O charme da exclusão social. 2. ed. Campinas: Editora autores associados, 2002.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 25. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1987.
GIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991.
LOMBROSO, Cesare. O homem delinqüente. São Paulo: ícone, 2007.
ULRICH, Beck Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Editora 34, 2010.