Caso Leonardo Da Vinci

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CASO LEONARDO DA VINCI

1 - QUAL O CRIME?
Tráfico de drogas, previsto no art. 33, “caput” da Lei n. 11.343/2006, com pena -
reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil
e quinhentos) dias-multa.

2 - QUAL O TIPO DE AÇÃO PENAL?


Ação penal pública incondicionada, art. 129, I, da Constituição Federal e art. 100 do
Código Penal.

3 - QUAL O RITO PROCESSUAL?


Rito especial, art. 48 lei 11.343/06.

4 - QUAL O MOMENTO PROCESSUAL?


Momento 1, pois ainda não foi oferecida a denúncia pelo Ministério Público.

5 - QUEM É SEU CLIENTE?


Leonardo da Vinci

6 - QUAL A SITUAÇÃO PRISIONAL DO SEU CLIENTE?


Preso em flagrante.

Tese de Defesa: De acordo com os dados fornecidos no caso de Leonardo da Vinci, eu


como sua advogada, ingressaria com pedido de liberdade provisória (art. 321 do CPP),
argumentando que meu cliente é primário, sem antecedentes criminais, tem
residência fixa, ocupação lícita e ao contrário do versado, o dinheiro encontrado é
fruto de seu trabalho lícito na mercearia.
Quanto a suposta droga, alegaria que a mesma se destinava a uso próprio e se mantida
a imputação de hipotética traficância, poderia no caso do meu cliente, se tratar da
figura do tráfico privilegiado (33, parágrafo 4º, da Lei11.343/06), eis que ele é
primário, tem bons antecedentes e não vinculado a nenhuma organização criminosa.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DE
PRESIDENTE PRUDENTE/SP

Leonardo da Vinci, devidamente qualificado nos autos da prisão em flagrante, vem, por
intermédio de advogado, com fulcro nos Arts. 310, III e 321 do Código de Processo
Penal REQUERER a

LIBERDADE PROVISÓRIA

pelas razões de fato e fundamentos:

DOS FATOS

O requerente teve sua prisão em flagrante decretada em 14 de janeiro de 2024por


suposta prática de tráfico de drogas, enquadrado no Art. 33, “caput” da Lei n.
11.343/2006.

DA AUSÊNCIA DO PERICULUM LIBERTATIS

Contudo, conforme passa a expor, o requente faz jus ao presente pedido, por haver no
seu caso, ausência do PERICULUM LIBERTATIS, se enquadrando assim no art. 321 do
CPP.

A suposta droga encontrada com o requerente, foi muito pequena e provavelmente


adquirida para uso próprio, não sendo necessária sua prisão.

A jurisprudência é clara, quanto a possibilidade de liberdade provisória no crime de


tráfico de drogas, desde que a liberdade do acusado não prejudique a instrução criminal.

TRÁFICO DE DROGAS. LIBERDADE PROVISÓRIA.


POSSIBILIDADE. A gravidade do crime em abstrato, por si só,
não pode fundamentar prisão preventiva, sob pena de séria
violação aos mais basilares princípios constitucionais. Caso em
que nada no fato concreto ou nas circunstâncias pessoais do
paciente poderia justificar a alegação de que sua soltura é um
perigo concreto à ordem pública, assim como nada indica que
possam prejudicar a instrução criminal ou eventual aplicação da
lei penal. ORDEM CONCEDIDA. UNÂNIME. (Habeas Corpus
Nº 70077105138, Segunda Câmara Criminal, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Luiz Mello Guimarães, Julgado em
12/04/2018).

DOS BONS ANTECEDENTES, ENDEREÇO CERTO E EMPREGO FIXO

O requerente sequer possui anotações em sua folha de antecedentes pois trata-se de


pessoa íntegra, pai de família, que trabalha em uma mercearia da cidade, adquirindo seu
dinheiro de forma licita.

O histórico do acusado, deve ser levado em consideração para a concessão da liberdade


provisória, vejamos:

PRISÃO PREVENTIVA. SUBSTITUIÇÃO POR MEDIDAS


CAUTELARES ALTERNATIVAS MENOS GRAVOSAS.
POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE VIOLÊNCIA OU GRAVE
AMEAÇA. PACIENTE PRIMÁRIO, DE BONS
ANTECEDENTES E COM RESIDÊNCIA FIXA. ORDEM
PARCIALMENTE CONCEDIDA. - A prisão preventiva é
medida excepcional que deve ser decretada somente quando não
for possível sua substituição por cautelares alternativas menos
gravosas, desde que presentes os seus requisitos autorizadores e
mediante decisão judicial fundamentada (§ 6º, artigo 282, CPP)-
No caso, considerando as condições pessoais favoráveis do
paciente (primariedade, bons antecedentes e residência fixa),
a substituição da prisão por medidas diversas mais brandas
revela-se suficiente para os fins acautelatórios almejados.
(TJ-MG - HC: 10000180115032000 MG, Relator: Renato
Martins Jacob, Data de Julgamento: 15/03/2018, Data de
Publicação: 26/03/2018, #53302818)

PEDIDOS
Isto posto, requer que seja acolhido o presente pedido, com base no art. 310, III do
Código de Processo Penal, para fins de conceder a LIBERDADE PROVISÓRIA ao
Requerente.

Caso não seja este o entendimento deste juízo, se faz necessária a observância do art.
33, parágrafo 4º, da Lei 11.343/06, que diz respeito ao tráfico privilegiado.

Termos em que pede deferimento.

Local, data

Advogado

OAB/xxx

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