Aula II de Bibliologia FTB

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Bibliologia

Professor Jackson Morais


Aula II
Revelação:
Revelação é, basicamente, o desvendamento de algo que era
desconhecido ou a manifestação de alguma coisa que estava
escondida. No contexto judaico-cristão essa palavra é usada
para se referir à comunicação que Deus faz de si mesmo e da
sua vontade. Assim, em termos teológicos, a revelação é um
processo por meio do qual Deus desvenda ao homem seu
caráter e seus desígnios. O resultado desse processo
também é chamado de revelação. Para fins de estudo, a
revelação de Deus se divide em dois a:
Revelação geral:
A revelação geral: Refere-se ao testemunho que Deus dá
si mesmo a todos os homens por meio da criação (Rm 1.19-
20), da sua providência na história (At 14.15- 17) e da
consciência humana (Rm 2.14-15). A revelação geral
alcança todos os homens em todos os lugares (Sl 19.1-6),
mas não tem conteúdo redentor. O máximo que ela faz é
expor alguns atributos de Deus, tornando os homens
indesculpáveis por rejeitá-lo (Rm 1:20-23)
Revelação específica:
A revelação especial ou específica: Refere-se ao
desvendamento do caráter e do plano de Deus na história
da redenção (Sl 78; 107), na pessoa de Cristo (a expressão
máxima da revelação – Jo 1.18; 14.9; Cl 1.15; 2.9; Hb 1.1-3) e
nas Escrituras Sagradas (2Tm 3.16; 2Pe 1.20-21). A
revelação especial tem conteúdo salvífico, ou seja, é
possível alguém compreender o plano redentor de Deus
por meio dela (2Tm 3.15).
Romanos 2.14-15
A revelação na natureza que cerca a humanidade na consciência
humana e governo providencial de Deus não é suficiente para salvar,
mas é suficiente para condenar o homem em função do seu estado
decaído:
Sl 19.1-4 A revelação na obra da criação.
Rm 2.14-15 A revelação na consciência do homem.
O homem natural confunde o Criador com a criação e crê no panteísmo,
ele isola o Criador da criação e prega o deísmo, ele rejeita o Criador e
professa o materialismo, ele se dá por satisfeito com a criação e, assim,
faz surgir o naturalismo. Por isso, o homem é culpado por não ouvir a
pregação da natureza para o culto ao Criador e por não se submeter às
leis da sua própria consciência.
Rm 1.19-20 O homem torna-se indesculpável.
Aprouve a Deus se revelar diretamente e, para isso, preparou um
povo, Israel, na Antiga Aliança, e preparou a igreja, na Nova
Aliança. Assim, de modo sobrenatural por meio do seu Espírito,
através de teofanias, anjos, sonhos, visões, pela inspiração de
pessoas escolhidas e pelo seu próprio Filho, Deus comunicou, no
curso dos séculos, as verdades necessárias à salvação as quais,
de outro modo, seriam inacessíveis ao homem:
Hb 1.1-4 Jesus é a revelação de Deus.
Deus foi servido escrever a sua Palavra para melhor propagação
da salvação, edificação da sua igreja, contra a malícia de Satanás
e perversão do mundo:
Gn 3.1 O diabo põe em dúvida a revelação.
Sendo para salvar, a revelação escrita não pode ser
dispensada, igualada, acrescentada ou suplantada. Nem o
Espírito age à parte dela, mas com e por ela. Logo, a Bíblia
é indispensável.

O romanismo tem a tradição eclesiástica, os neo-


pentecostais têm novas revelações do Espírito, porém a fé
reformada se fundamenta nas Escrituras:
Rm 15.4 Tudo foi escrito a fim de ensinar.
Inspiração
2 Timóteo 3.1-17
Deus não produziu a Bíblia meramente estimulando as mentes dos
escritores e sugerindo idéias, porém Deus o fez com o seu poder
sobrenatural em comunicar os seus pensamentos e controlar os escritores
humanos a fim de assegurar o registro exato de sua vontade:
2Pe 1.21 A Bíblia vem por inspiração de Deus.
Significando sopro para dentro, a inspiração é o ato do Espírito Santo
impulsionar os escritores, usando suas próprias personalidades e estilos
individuais, dando, num único volume, todo o conteúdo, por escrito, da
revelação com nada adicionado ou subtraído. Tornando-se o padrão pelo
qual a verdade é conhecida e a heresia é detectada, a Bíblia nunca está
aberta à negociação e cuja verdade não está sequer aberta à discussão.
Iluminação:

1 Coríntio 2.1-16
A revelação é o ato de Deus comunicar a verdade a uma
pessoa, sendo a verdade desconhecida e impossível de ser
descoberta. Após a revelação vem a inspiração que é a
ação do Espírito Santo que torna o escritor infalível na
comunicação dessa verdade e, por fim, a iluminação que é
o avivamento da mente da pessoa para que ela entenda a
verdade já revelada.
Assim, enquanto a revelação trata do que é permitido ao
homem conhecer e crer e o que dele é requerido com
vistas à sua própria salvação, a iluminação trata dele
entender. Por isso, sem a iluminação, a salvação torna-se
impossível, pois o homem natural está cego para as
verdades de Deus. É apenas através da iluminação que
vem a capacidade para o homem entender todas as coisas
que foram reveladas e inspiradas na Bíblia:
1Co 2.14 O Entendimento espiritual.
Lc 24.27,32,45 A mente é aberta para entender.
A iluminação não inclui adicionar algo às Escrituras
(revelação) nem inclui que a transmissão seja infalível na
linguagem (inspiração) do escritor. A iluminação é sempre
diferenciada da revelação e da inspiração por ela ser uma
promessa que não depende da escolha de Deus, porém da
santidade pessoal. Devido o pecado, o grau da iluminação
aumenta ou diminui. Estas três doutrinas que estão em 1
Coríntios 2.1-16 são ligadas, mas são independentes:

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