Portefolio Prepara o para o Exame de Portugu S 2024

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Portefólio

Preparação

para o

exame de português

2024

• Material: caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.


Não é permitida a consulta de dicionário.

• Duração: 120 minutos + 30 minutos tolerância.

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Documentação IAVE – LINKS

Informação-prova PORTUGUÊS 2020


Prova 639
12.º Ano de Escolaridade
http://www.iave.pt/images/FicheirosPDF/Docs_Avalia%C3%A7%C3%A3o_Alunos/Info-
provas/2019_2020/IP-EX-Port639-2020.pdf

Provas de Avaliação Externa | 2019/2020


INFORMAÇÃO-PROVA GERAL
http://iave.pt/images/FicheirosPDF/Docs_Avalia%C3%A7%C3%A3o_Alunos/Info-
provas/2019_2020/IP-Geral-2020.pdf

GUIA GERAL DE EXAMES 2020


https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/guiageralexames2020.pdf

2
Exames de anos anteriores

1ª fase 2019:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

2ª fase 2019:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

1ª fase 2018:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

2ª fase 2018:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

1ª fase 2017:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

2ª fase 2017:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

Época Especial 2017:


• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

1ª fase 2016:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

3
2ª fase 2016:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

Época Especial 2016:


• Enunciado: aqui.
• Critérios de Classificação: aqui.

1ª fase 2015:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.
• Parecer da Associação de Professores de Português: aqui.

2ª fase 2015:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

Época Especial 2015:


• Enunciado: aqui.
• Critérios de Classificação: aqui.

1ª fase 2014:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

2ª fase 2014:
• Enunciado: Versão 1 e Versão 2.
• Critérios de Classificação: aqui.

Época Especial 2014:


• Enunciado: aqui.
• Critérios de Classificação: aqui.

4
O que fazer no exame

‼️ Informação do Instituto de Avaliação Educativa dá conta de que existirá um conjunto


obrigatório de respostas e que nas restantes serão selecionadas para a classificação final as que
tenham melhores pontuações.

A cotação atribuída a cada uma será igual.

Os exames nacionais terão perguntas opcionais em que só contam as melhores respostas do


aluno.

Os exames nacionais do ensino secundário terão um formato diferente dos anos anteriores, de
forma a salvaguardar que nenhum estudante seja avaliado por matérias que possa não ter
estudado e ser prejudicado dessa forma.

O Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), o organismo responsável pela conceção destas


provas, emitiu esta sexta-feira uma nota informativa em que avança com mais pormenores.

O exame será assim composto por um conjunto de perguntas cujas respostas são
obrigatoriamente contabilizadas na nota e um lote de várias questões, todas com a mesma
cotação, em que o aluno pode optar por não responder a algumas sem ser penalizado ou,
respondendo a todas, apenas contarão as melhores.

O IAVE dá um exemplo de uma prova composta por 20 itens, em que cinco são
obrigatoriamente contabilizados – independentemente da prestação do aluno e que dizem
respeito a “competências e conhecimentos desenvolvidos e consolidados ao longo do percurso
escolar ou na informação facultada pelos suportes associados ao item” – e 15 que poderão ser
respondidos pelos estudantes, mas em que apenas são considerados para a classificação final
da prova os 10 cujas respostas obtenham melhor pontuação.

O IAVE reconhece que “nem todos os alunos possam estar em condições equivalente para
responder à totalidade dos itens das provas de exame”, devido à interrupção do ano letivo,

5
precipitada pela pandemia e pelas soluções de ensino à distância que foram encontradas, e
afirma que esta solução encontrada pretende garantir aos candidatos ao ensino superior as
“melhores condições de desempenho e equidade na realização e classificação das mesmas”.

O que é que tenho mesmo de responder?


Em cada enunciado, de todas as provas – e quando digo todas, é mesmo todas! – será descrito
que e quantas perguntas são as perguntas que obrigatoriamente vão contar para a tua nota
final.

Estas perguntas podem ser referentes a todo o percurso escolar ou então baseadas nalgum
texto ou elemento que te seja dado durante o exame.

Por exemplo, no caso de Português, se te for dado um texto para análise e se a pergunta for
obrigatória, terás sempre de lhe responder porque conta para a tua classificação final.

Ou seja, destas perguntas, não te safas, vais ter sempre de responder.

O que é que tenho de responder para além das obrigatórias?


As restantes perguntas foram muito chamadas de "opcionais", mas não são exatamente
opcionais - é normal que neste momento a tua cabeça pareça o emoji a explodir do
WhatsApp,. Continua a ler, já vais perceber.

Vai haver um leque de perguntas das quais tu vais a responder a todas e contam as melhores
ou respondes a algumas e conta as melhores na mesma!

“Quantas perguntas vou afinal ter de responder?”, perguntas tu. Depende da prova!

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O IAVE lançará em tempo útil quantas perguntas opcionais terás de escolher e responder em
cada exame.

Como é que é feita a contabilização dos pontos?


As perguntas obrigatórias são contabilizadas diretamente para a classificação final, as
restantes, vão ter todas o mesmo valor para a tua nota do exame, mas são contabilizadas
apenas as X melhores respostas.

Onde o número de respostas que vão contar, vai depender de cada exame. O IAVE vai
apresentar mais tarde, para cada exame, como vai ser contabilizado.

Exemplo prático: Se um exame de Português tivesse 20 perguntas, 5 seriam obrigatórias e


depois terias mais 15 perguntas.

Das 15 apenas vão contar as 10 melhores!

Claro que podes responder a menos de 15, mas estás a correr um risco maior.

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8
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PREPARAÇÃO PARA O EXAME DE PORTUGUÊS

ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO INDIVIDUAL

• Como estudar?

Antes do Exame de português


• Relê os resumos da matéria que foste elaborando ao longo dos anos.
• Faz uma lista das dúvidas que te vão surgindo e tenta esclarecê-las com a
professora.
• Consulta os exames dos anos anteriores (IAVE) e tenta
resolvê-los. Confronta as tuas respostas com as sugestões de
correção apresentadas.

Durante a realização do Exame Nacional…


• Indica de forma legível a versão da prova.
• Lê com atenção o enunciado antes de começares a responder aos
questionários.
• Sublinha nos textos as informações mais relevantes.
• Escreve de forma legível a numeração dos grupos e dos itens,
bem como as respetivas respostas. As respostas ilegíveis ou
que não possam ser claramente identificadas são
classificadas com zero pontos.
• Apresenta apenas uma resposta para cada item. Se
escreveres mais do que uma resposta a um mesmo item,
apenas é classificada a resposta apresentada primeiro.
• Não escrevas as respostas integralmente em maiúsculas. A
classificação da prova é sujeita a uma desvalorização de cinco
pontos.

10
• Em caso de engano, deves riscar de forma inequívoca aquilo
que pretendes que não seja classificado. Não é permitido o
uso de corretor.
• Nas respostas às perguntas de interpretação (I Grupo), redige
frases completas e bem estruturadas, fundamentadas com
passagens retiradas do texto, devidamente citadas, mesmo
que não seja solicitado no enunciado da questão, pois
enriquece as respostas.
• Toma atenção aos verbos que introduzem as questões,
sobretudo as do I Grupo, pois fornecem indicações essenciais
sobre o que se espera da resposta. (V. Ponto 3.)
• Para responder aos itens de escolha múltipla, escreve apenas o número
do item e a letra que identifica a opção escolhida, alinhando as
respostas na vertical.
• Planifica a resposta extensa, do III Grupo, de acordo com
uma estrutura organizada, respeitando o limite mínimo e
máximo de palavras apresentado no III Grupo. Caso não o
faças, a resposta é penalizada. (V. Ponto 3.)
• Vai controlando o tempo ao longo da realização do exame.
• No caso de teres alguma dificuldade em responder a uma
determinada questão, avança com a resposta às questões
seguintes e, no final, volta a tentar responder.
• Não deixes nenhuma questão por responder.
• Relê todas as respostas e verifica a correção ortográfica e
sintática das mesmas, nomeadamente no que diz respeito à
acentuação e pontuação. Cada falha desconta, no mínimo,
um ponto na cotação da resposta.

11
O que estudar?

10º ano

Poesia Trovadoresca

• Cantigas de amigo
•A variedade do sentimento amoroso (amor, saudade, alegria, raiva,
tristeza…);

•O drama sentimental da donzela (aparentemente espontâneo e


natural);
•A confidência amorosa (amigas, mãe, Natureza).

• Cantigas de amor
• A coita de amor (sofrimento amoroso) e o amor cortês: a “senhor” e o
sofrimento do poeta;
•O elogio cortês.

• Cantigas de escárnio e maldizer


•A crítica individual ou social de recorte caricatural;

•A dimensão satírica: a crítica de costumes, a paródia ao código de amor


cortês.

Fernão Lopes, Crónica de D. João I

• Capítulo XI: relata o alvoroço que se gerou na cidade de


Lisboa, por causa do perigo de vida que corria D. João I;

• Capítulo CXV: aborda o momento em que a cidade de Lisboa


se viu cercada e o modo como a população de Lisboa se
preparou para enfrentar o cerco castelhano;

• Capítulo CXLVIII: refere, por um lado, a falta de solidariedade


e de esperança da população por causa da fome e, por outro,
a união na defesa da cidade, apesar do desespero;
• A criação de uma memória nacional: grandes feitos e grandes
heróis, protagonistas de identidade coletiva;
12
• Atores individuais (D. João I e os seus adjuvantes);
• Atores coletivos: o povo (sobretudo o de Lisboa);

• A afirmação da consciência coletiva: a força e os sacrifícios


dos atores na defesa dos interesses nacionais.

Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira

• O casamento como projeto de libertação e de promoção social;

• O desejo de um marido “avisado” e “discreto” e a “experiência”, que dá


“lição”;

• A segurança de um marido “rico, honrado”;


• A dimensão satírica: as mudanças sociais, a crise de valores, o conflito
intergeracional;
• O recurso ao cómico: linguagem, caráter, situação.

Luís de Camões, Rimas (X)

• A representação da amada:

•perfeição física e espiritual (retrato idealizado, à maneira petrarquista);

•neoplatonismo: inatingibilidade da mulher amada;


• A representação da Natureza;

• A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor:


•o amor como sentimento complexo, inexplicável e paradoxal;
•a centralidade e superioridade do Amor (entidade referida com recurso
à maiúscula);
• A reflexão sobre a vida pessoal;

• O tema do desconcerto:

• confusão, arbitrariedade, ambição, injustiça,


conflituosidade, desorganização (crise de valores);
• O tema da mudança:
•a mudança social e moral;

• Linguagem, estilo e estrutura:


13
•a lírica tradicional portuguesa (medida velha; redondilha menor e
maior);
•a influência clássica (medida nova; decassílabo; soneto petrarquista);

• recursos expressivos mais frequentes: a aliteração, a


hipérbole, a anáfora, a metáfora, a antítese, o oxímoro e a
apóstrofe.

Luís de Camões, Os Lusíadas (X)

• Imaginário épico:
•matéria épica – feitos heroicos e viagem;

•sublimidade do canto;
•mitificação e dimensão simbólica do herói, representante da
coletividade;

• Reflexões do poeta (visão antiépica):


•considerações ideológicas e propósitos moralizadores e didáticos;

• críticas: à falta de cultura nacional, que despreza as artes e


as letras; à ingratidão e à falta de reconhecimento do mérito;
ao poder do dinheiro e aos meios indignos de atingir a fama;
à decadência moral do país;

• Linguagem estilo e estrutura:


•a epopeia: natureza e estrutura da obra;

• os quatro planos narrativos: viagem, mitologia, História de


Portugal e reflexões do poeta;
• distribuição estrófica, métrica e esquema rimático: oitavas
em verso decassilábico, com esquema rimático abababcc;

• recursos expressivos mais frequentes: a anáfora, a


anástrofe, a apóstrofe, a comparação, a enumeração, a
hipérbole, a metonímia, a interrogação retórica.

História Trágico-Marítima

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• As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565; excertos);
• Aventuras e desventuras dos Descobrimentos portugueses;

• O imaginário épico:
•matéria épica: feitos históricos e viagem (as desventuras dos
Descobrimentos);
•enaltecimento do(s) herói(s);

• “Epopeia de morte e de pavor” por oposição à “epopeia de glória” de Os


Lusíadas;

• A crítica às causas humanas de muitos dos naufrágios


(ambição desmedida, desleixo na construção e carregamento
dos barcos, desrespeito pelos ciclos naturais e condições
atmosféricas adequadas, ataques de corsários).

11º ano

Padre António Vieira, Sermão de Santo António (X)

• Estrutura interna e externa;

• Conceito predicável;

• A crítica social de base alegórica – as virtudes, comparadas a


Santo António, e os vícios dos peixes como representação
metafórica dos defeitos humanos (louvores e repreensões):
•desrespeito pela palavra de Deus;

•fraqueza, exploração, arrogância, parasitismo, ambição, vaidade,


hipocrisia e traição.

• Objetivos da eloquência:
- docere: ensinar, explicando e expondo argumentos;

• delectare: agradar e deleitar, captando a atenção do


auditório, de modo a não causar aborrecimento;

• movere: comover, apelando às emoções e tentando tocar


os sentimentos do auditório, de forma a influenciar e alterar
comportamentos);

15
• Linguagem, estilo e estrutura:
•estrutura argumentativa;

•discurso figurativo: a alegoria, a comparação, a metáfora;

• outros recursos expressivos: a anáfora, o paralelismo, a


antítese, a apóstrofe, a enumeração, a gradação e o quiasmo.

Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa (X)

• Tragédia clássica ou drama romântico?;


• Verdade histórica e influência da vida do autor;
• Ação e estrutura interna e externa;
• Tempo e espaço;
• Caracterização das personagens;
• A dimensão patriótica e a sua expressão simbólica;

• O Sebastianismo: História e ficção;


• O (in)cumprimento da lei das três unidades da tragédia clássica: ação,
tempo e espaço;

• O sentimento amoroso de caráter trágico e inviabilizado pela


força do destino e da ordem social, conforme os preceitos da
estética romântica (Madalena de Vilhena);
• A mulher-anjo romântica, demasiado perfeita para ser deste mundo
(Maria);
• A defesa dos interesses e da identidade coletiva (Manuel de Sousa
Coutinho);
• A fragmentação da personagem (Telmo Pais);

• A importância das crenças religiosas e a força da razão (Frei Jorge);


• A personagem virtual/passado e Presente de Portugal (D. João de
Portugal/Romeiro);
• A ausência de um personagem “mau para contraste”;

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• Linguagem e estilo (expressividade da pontuação, variedade
de registos de língua, metáfora, adjetivação, recurso a
interjeições).

Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição

• Introdução e conclusão; Capítulos I, IV, X e XIX;

• A obra como crónica de mudança social:

•a revolta e o desencanto face ao país;


• o herói romântico em conflito com os valores morais e as
convenções sociais vigentes;
• O amor paixão: forte, transcendente (realizando-se na
morte) e de carácter quase sagrado, absoluto;
• A mulher-anjo romântica, demasiado perfeita para ser deste mundo;
• O amor ligado à união física e, sobretudo, espiritual;

• O amor subjugado às convenções sociais.

Eça de Queirós, Os Maias (X) (Obra de opção)

• Realismo/Naturalismo e influência do Romantismo e da Tragédia


Clássica;

• Explicação do título e do subtítulo;


• O amor-paixão e a instabilidade emocional (Pedro da Maia);

• A volubilidade amorosa (Carlos da Maia, antes do envolvimento com


Maria Eduarda);

• O amor-paixão e a tragédia (Carlos da Maia);


• A sensibilidade romântica e o erotismo (João da Ega);

• Características trágicas dos protagonistas (Afonso da Maia,


Carlos da Maia e Maria Eduarda);
• A crítica social na crónica de costumes (personagens-tipo e
episódios representativos da segunda metade do século
XIX): jantar no Hotel Central; corridas do Hipódromo, em
17
Belém; jantar dos Gouvarinhos; episódios dos jornais “A
Corneta do Diabo” e “A Tarde”; sarau no Teatro da
Trindade; o Passeio Final;
• O papel da hereditariedade, da educação e do meio na
formação da personalidade, conforme os princípios da
estética realista;
• Linguagem, estilo e estrutura:
• o romance: pluralidade de ações; complexidade de tempo
(utilização da analepse), do espaço (físico, social e
psicológico) e dos protagonistas; extensão;
• recursos expressivos mais frequentes: a comparação, a
ironia, a metáfora, a sinestesia, uso expressivo do adjetivo e
do advérbio, utilização do diminutivo com valor irónico e/ou
pejorativo;
•utilização do discurso indireto livre.

Antero de Quental

• A angústia existencial;
• O pessimismo;

• A necessidade de evasão e a morte;


• Linguagem estilo e estrutura:
•o discurso conceptual;

•o soneto;
•recursos expressivos mais frequentes: a apóstrofe, a metáfora, a
personificação.

18
Cesário Verde (X)

• A representação da cidade (binómio campo/cidade) e dos tipos sociais;

• Deambulação e imaginação: o observador acidental;

• Perceção sensorial e transfiguração poética do real (parnasianismo);


• O imaginário épico (em Sentimento dum Ocidental):

•o poeta denuncia a realidade decadente e antiépica do final do século


XIX;
• a viagem pela cidade como atualização da viagem marítima
(o desfasamento entre a realidade desejada e a realidade
efetiva); cruzamento de tempos e espaços ao longo do
poema (viagem e história, o século XVI e o século XIX);
• o confronto entre as figuras épicas celebradas por Camões
e as personagens (anti- heroicas) que o poeta encontra na
sua deambulação noturna;
• A mulher, objeto de sentimentos diversos:

•a mulher natural, frágil, que desperta admiração e carinho;


•a mulher fatal, bela e fria, que seduz e se associa (negativamente) à
cidade;

• Recursos expressivos frequentes: a comparação, a


enumeração, a hipérbole, a metáfora, a sinestesia, o uso
expressivo do adjetivo e do advérbio.

12º ano

Fernando Pessoa – Ortónimo e


Heterónimos (X)
• Poesia do ortónimo

•O fingimento artístico;

•A dor de pensar;
•A fragmentação do “eu”;
19
•O sonho em confronto com a realidade;
•O tédio existencial, a introspeção e a autoanálise;

•A nostalgia da infância;
-As dicotomias sentir/pensar, consciência/inconsciência,
felicidade/infelicidade, emoção/razão,
sinceridade/fingimento;
• Recursos expressivos mais frequentes: a anáfora, a
antítese, a apóstrofe, a enumeração, a gradação, a metáfora
e a personificação.

• Alberto Caeiro
•O fingimento artístico: Alberto Caeiro, o poeta bucólico;

• Reflexão existencial: o primado das sensações (com ênfase


especial na visão) por oposição à negação da utilidade ou
valor do pensamento (Sensacionismo vs carácter anti-
metafísico).

• Ricardo Reis
•O fingimento artístico: Ricardo Reis, o poeta “clássico”.

•Reflexão existencial: a consciência e a encenação da mortalidade.


•A noção da efemeridade da vida e da inexorabilidade da morte.
•O epicurismo, o estoicismo, a ataraxia e o conceito clássico do carpe
diem horaciano.

•O individualismo e a dimensão doutrinária da poesia.

20
• Álvaro de Campos

•O fingimento artístico: Álvaro de Campos, o poeta da modernidade.


•Reflexão existencial: sujeito, consciência e tempo; nostalgia da infância.

• A fase decadentista (Opiário): o enfado, o cansaço, a


náusea, a necessidade de novas emoções, a vontade de fuga
à monotonia.
• A fase modernista (o imaginário épico): a exaltação do
Moderno; o arrebatamento do canto; o turbilhão de
sensações (Futurismo e Sensacionismo).

•A fase intimista: abulia, apatia, desencanto, desesperança e tédio.

• Livro do Desassossego, Bernardo Soares


(NOTA – Apenas lecionado no novo programa)

•O imaginário urbano.
•O quotidiano.

•Deambulação e sonho: o observador acidental.


•Perceção e transfiguração poética do real.

•A natureza fragmentária da obra: espécie de diário sem qualquer fio


condutor.

Fernando Pessoa, Mensagem (X)

• O Sebastianismo.

• O imaginário épico:
•a natureza épico-lírica da obra;
•a dimensão simbólica do herói, representante do coletivo;

•a exaltação patriótica;
• o sonho do Quinto Império: o percurso simbólico do
império material ao império espiritual.
• A estrutura simbólica da obra.

21
• Recursos expressivos mais frequentes: a apóstrofe, a
enumeração, a gradação, a interrogação retórica e a
metáfora.

Poetas contemporâneos (X)

NOTA – No antigo programa não estavam previstas os poetas a estudar.


Miguel Torga
Jorge de Sena
Eugénio de Andrade
Alexandre O’Neill
António Ramos Rosa
Herberto Helder
Ruy Belo
Manuel Alegre
Luiza Neto Jorge
Vasco Graça Moura
Nuno Júdice
Ana Luísa Amaral

• Representações do contemporâneo.
• Tradição literária.
• Figurações do poeta.
• Arte poética.
• Linguagem, estilo e estrutura.

22
Contos (X)

NOTA – No antigo programa não estavam previstas as obras a lecionar.

Manuel da Fonseca, “Sempre é uma companhia”

Maria Judite de
Carvalho, “George”

Mário de Carvalho, “Famílias desavindas”

• Caracterização das personagens.


• Caracterização do espaço: físico, psicológico e sociopolítico.
• Valor simbólico e dimensão irónica do conto.
• Linguagem, estilo e estrutura.

José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis

• Representações do século XX: o espaço da cidade, o tempo


histórico e os acontecimentos políticos;
• Deambulação geográfica e viagem literária;
• Representações do amor;
• Intertextualidade: José Saramago, leitor de Luís de Camões,
Cesário Verde e Fernando Pessoa;
• Linguagem, estilo e estrutura: - a estrutura da obra; - o tom
oralizante e a pontuação; - recursos expressivos: a antítese, a
comparação, a enumeração, a ironia e a metáfora; -
reprodução do discurso no discurso.

OU

23
José Saramago, Memorial do Convento

• Classificação literária da obra;


• Explicação do título e simbologia do texto da contracapa;
• As transgressões na obra;
• Espaço e tempo;
• Personagens – caracterização e dimensão simbólica;
• Presença e ciência do narrador;
• Os intertextos da obra/ a intertextualidade;

• Do sonho à concretização (a construção do convento e da passarola);


• O paralelismo dos episódios iniciais e finais da obra;
• Elementos simbólicos;
• Linguagem e estilo – recursos estilísticos.

Gramática 10º, 11º e 12º (X)

•Evolução do Português e processos fonológicos da evolução da língua


•Relações entre palavras
•Formação de palavras
•Classes e subclasses de palavras
•Valor temporal, aspetual e modal
•Funções sintáticas
•Frase simples e frase complexa – classificação de orações
•Dêixis (ou deíticos)
•Coerência e Coesão
•Reprodução do discurso no discurso

24
• Qual é a estrutura do Exame Nacional?

Tipologia das questões (com base nos exames dos anos anteriores):

GRUPO I

A – 60 pontos
•Obras literárias do 12º ano - 3 perguntas de interpretação

B – 40 pontos
• Obras literárias do 10º ou do 11º ano - 2 perguntas de
interpretação ou produção de texto expositivo (de 130 a 160
palavras +/-).

Exemplos de questões:

• No poema, o sujeito poético faz referência a um lugar imaginado.


Fundamente esta afirmação, ilustrando a resposta com elementos
textuais pertinentes.
• Analise a evolução do estado de espírito do Romeiro ao longo desta cena.
• Refira dois dos traços que contribuem para a humanização da
música nas cinco primeiras estrofes do poema, apresentando
transcrições que comprovem a sua resposta.
• Interprete as palavras do padre Bartolomeu Lourenço sobre a
relação entre Deus e o homem.
• Indique um dos valores expressivos das anáforas presentes na
quarta estrofe do poema, fundamentando a sua resposta.

Toma atenção ao significado dos verbos introdutores das questões:


Analise – examine, decomponha, comente
Caracterize – evidencie os elementos distintivos, descreva
Compare – confronte, relacione

25
Descreva – exponha pormenorizadamente

Evidencie – comprove, exemplifique, clarifique


Explicite – explique, clarifique, redija uma interpretação clara e
desenvolvida
Indique – enuncie, determine
Interprete – decifre, explique, esclareça
Mostre – apresente, explique, comprove
Resuma – condense, sintetize, diga por poucas palavras
Transcreva – retire do texto, exemplifique

GRUPO II – 50 pontos
• Texto (artigo de apreciação crítica, artigo de divulgação científica,
artigo de opinião, diário, discurso político, exposição sobre um tema,
memórias, relato de viagem, entrevista,…)
• 7 questões de escolha múltipla e 3 de resposta direta que incidem
sobre conteúdos relacionados com Gramática.

Exemplos de questões:

• De acordo com os dois últimos parágrafos do texto, na atualidade,


• o odor natural é intensificado pelo consumo de vários odores artificiais.
• o odor natural exibe a dimensão física que o ser humano quer ocultar.
• o odor artificial é caracterizado enquanto afirmação da individualidade.
• o odor é valorizado na sua vertente natural e na sua vertente artificial.
• No contexto em que ocorre, a palavra «Dessas» (linha 15) contribui para a
coesão
• temporal.
• referencial.
• frásica.
• interfrásica.

26
• Identifique o antecedente do pronome pessoal presente na
expressão «há cerca de duzentos e cinquenta termos a ela relativos»
(linha 17).

• Identifique a função sintática desempenhada pela oração


subordinada presente na frase «E diz que o olfato perdeu
importância em favor da visão» (linha 21).

GRUPO III – 50 pontos


•Produção de texto de acordo com os seguintes géneros textuais:
• Apreciação crítica (de 200 a 350 palavras);
• Exposição sobre um tema, de acordo com as indicações
fornecidas, normalmente sobre um tema da atualidade (200
a 350 palavras);
• Texto de opinião, de acordo com as indicações fornecidas,
normalmente sobre um tema da atualidade (200 a 350
palavras);
• Síntese (a extensão da síntese deverá ter entre ¼ e 1/3 da extensão do
texto-fonte).

Exemplos de questões:
• A rotina da vida quotidiana conduz-nos, muitas vezes, ao desejo de evasão.
Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um
máximo de trezentas palavras, defenda uma perspetiva pessoal
sobre a importância da evasão da rotina nos dias de hoje.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois


argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo
significativo.
• Se para uns a cidade surge como espaço de realização do
indivíduo, para outros tal realização está associada à vida em
comunhão com a natureza. Num texto bem estruturado, com um

27
mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, defenda
um ponto de vista pessoal sobre a temática apresentada.
Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois
argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo
significativo.

Sugestões:
•Planifica o teu texto de acordo com a seguinte estrutura:
1º parágrafo – Introdução (cerca de 50 palavras)
• Apresentar o tema da composição;
• Pode remeter-se para a citação apresentada no enunciado.
2º parágrafo – 1º Argumento + Exemplo(s) (cerca de 125 palavras)
• Apresentar e desenvolver a primeira ideia, razão, o primeiro ponto de
vista, …
• Ilustrar com, pelo menos, um exemplo.
3º parágrafo – 2º Argumento + Exemplo(s) (cerca de 125 palavras)
• Apresentar e desenvolver a segunda ideia, razão, outro ponto de vista,…
• Ilustrar com, pelo menos, um exemplo.
4º parágrafo – Conclusão (cerca de 50 palavras)
• Sintetizar as duas ideias principais, os dois argumentos, do texto
elaborado.
• Deixar bem claro qual é a posição apresentada.
• Remeter para informações dadas ao longo do texto ou para a citação
apresentada.

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