22 - CPC 02 - Efeitos Das Mudanças Da Taxa de Câmbio e Conversão Das Dem Cont

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Teoria e Questões comentadas


Prof. Feliphe Araújo

Aula 22
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Professor: Feliphe Araújo
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Aula 22 – CPC 02 - Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e


conversão de demonstrações contábeis.

1. Introdução .................................................................................. 3
2. Efeitos nas Mudanças da Taxa de Câmbio .................................... 4
3. Objetivo....................................................................................... 4
4. Alcance ........................................................................................ 5
5. Definições ................................................................................... 6
5.1 Moeda Funcional ............................................................................ 7
5.2 Investimento Líquido em Entidade no Exterior ................................... 8
5.3 Itens Monetários e Não Monetários ................................................... 8
6. Apresentação de Transação em Moeda Estrangeira na Moeda
Funcional ............................................................................................. 9
6.1 Reconhecimento Inicial ................................................................... 9
6.2 Apresentação ao término de períodos de reporte subsequentes .......... 10
6.3 Reconhecimento de variação cambial .............................................. 10
7. Conversão das Demonstrações Contábeis ................................. 12
7.1 Cálculo do Ajuste Acumulado de Conversão (AAC) ............................ 15
7.2 Dividendos Recebidos de Investimento no Exterior ........................... 17
8. Baixa total ou parcial de entidade no exterior ........................... 17
9. Divulgação................................................................................. 17
10. Resumo da Aula......................................................................... 19
11. Questões comentadas ............................................................... 25
CESPE ................................................................................................. 25
FCC..................................................................................................... 35
FGV .................................................................................................... 50
Outras Bancas ...................................................................................... 57
12. Lista de Exercícios ..................................................................... 59
13. Gabarito .................................................................................... 74

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1. Introdução

Olá queridos alunos, tudo bem?


Sejam bem-vindos a mais uma aula.
A aula de hoje é sobre o CPC 02 – Efeitos das mudanças nas taxas
de câmbio e conversão de demonstrações contábeis.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum.
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o
nosso curso.
Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para
aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários.
Treinar é preciso.
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!
Vamos começar a nossa aula!
Um forte abraço, Feliphe Araújo.

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2. Efeitos nas Mudanças da Taxa de Câmbio

Os efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de


demonstrações contábeis são disciplinados pelo PRONUNCIAMENTO TÉCNICO
CPC 02 (R2).
O CPC 02 cuida dos registros nas demonstrações individuais das
entidades no Brasil com ativos e passivos em moeda estrangeira, da
equivalência patrimonial de entidades no Brasil com investimentos em
entidades no exterior, da consolidação quando de controladas no exterior e
da consolidação proporcional quando de investidas com controle
compartilhado no exterior.

3. Objetivo

Uma entidade pode manter atividades em moeda estrangeira de duas


formas. Ela pode ter transações em moedas estrangeiras (por exemplo,
empréstimos em dólar) ou pode ter operações no exterior (por exemplo,
investimento em coligadas e controladas estabelecidas em outros países).
Adicionalmente, a entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em
uma moeda estrangeira (por exemplo, ter que apresentar as suas
demonstrações contábeis em dólar sendo que as transações foram realizadas
em real).
O objetivo deste Pronunciamento Técnico é orientar acerca de como
incluir transações em moeda estrangeira e operações no exterior nas
demonstrações contábeis da entidade e como converter demonstrações
contábeis para moeda de apresentação.
Os principais pontos envolvem quais taxas de câmbio devem ser
usadas e como reportar os efeitos das mudanças nas taxas de câmbio nas
demonstrações contábeis.
Resumindo e esquematizando:

incluir transações em moeda estrangeira e


operações no exterior nas demonstrações contábeis
O Objetivo do da entidade
CPC 02 é
orientar sobre
como converter demonstrações contábeis para moeda de
apresentação.

O Pronunciamento não cuida dos ajustes necessários para que as


demonstrações contábeis tenham que se adaptar às normas e aos padrões
contábeis de outro país para a aplicação da equivalência patrimonial, da
consolidação e da consolidação proporcional, partindo do princípio de que, antes

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da conversão, tais ajustes tenham já sido implementados. Essas conversões são


normalmente necessárias para que a investidora registre, via equivalência
patrimonial, seu investimento em outra empresa no exterior e os resultados
dele derivados, bem como para que possa proceder à consolidação, plena ou
proporcional, das demonstrações de controlada no exterior.

4. Alcance

O CPC 02 deve ser adotado:


(a) na contabilização de transações e saldos em moeda estrangeira,
exceto para aquelas transações com derivativos e saldos dentro do alcance do
CPC 48 – Instrumentos Financeiros; (Alterada pela Revisão CPC 12)
(b) na conversão de resultados e posição financeira de operações no
exterior que são incluídas nas demonstrações contábeis da entidade por meio
de consolidação ou pela aplicação do método da equivalência patrimonial;
e (Alterada pela Revisão CPC 03)
(c) na conversão de resultados e posição financeira de uma entidade
para uma moeda de apresentação.

O CPC 48 é aplicável a muitos derivativos em moeda estrangeira e, por


via de consequência, tais instrumentos derivativos estão fora do alcance
do CPC 02. Entretanto, aqueles derivativos em moeda estrangeira que
estão fora do alcance do CPC 48 (exemplo: alguns derivativos em moeda
estrangeira embutidos em outros contratos) estão dentro do alcance do
CPC 02.
Adicionalmente, o CPC 02 deve ser aplicado quando a entidade converte
saldos relativos a derivativos de sua moeda funcional para a moeda de
apresentação. (Alterado pela Revisão CPC 12)
Na conversão de informações financeiras para moeda estrangeira que não
atenda às exigências dos Pronunciamentos Contábeis, o CPC 02 requer que
sejam divulgadas informações específicas.
O CPC 02 não é aplicado:
1. na contabilidade de operações de hedge para itens em moeda
estrangeira, incluindo o hedge de investimento líquido em entidade no
exterior. O CPC 48 deve ser aplicado à contabilidade de operações de hedge.
2. na apresentação da demonstração dos fluxos de caixa para aqueles
fluxos de caixa advindos de transações em moeda estrangeira, ou para a
conversão de fluxos de caixa da entidade no exterior (ver Pronunciamento
Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa).

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5. Definições

Vamos agora ver as definições de termos usados pelo CPC 02:


Taxa de fechamento é a taxa de câmbio à vista vigente ao término do período
de reporte, ou seja, taxa vigente na data do encerramento do exercício.
Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um número
específico de unidades em uma moeda para outra moeda, a diferentes taxas
cambiais.
Taxa de câmbio é a relação de troca entre duas moedas.
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre
participantes do mercado na data de mensuração (ver Pronunciamento Técnico
CPC 46).
Moeda estrangeira é qualquer moeda diferente da moeda funcional da
entidade (no caso de utilizar o Real, são exemplos de moeda estrangeira o Euro,
o Dólar, a Libra etc.).
Entidade no exterior é uma entidade que pode ser controlada, coligada,
empreendimento controlado em conjunto ou filial, sucursal ou agência de uma
entidade que reporta informação, por meio da qual são desenvolvidas atividades
que estão baseadas ou são conduzidas em um país ou em moeda diferente
daquelas da entidade que reporta a informação.
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a
entidade opera (em regra, as entidades brasileiras utilizam o Real).
Grupo econômico é uma entidade controladora e todas as suas controladas.
Itens monetários são unidades de moeda mantidas em caixa e ativos e
passivos a serem recebidos ou pagos em um número fixo ou determinado de
unidades de moeda.
Investimento líquido em entidade no exterior é o montante que representa o
interesse (participação na maior parte das vezes) da entidade que reporta a
informação nos ativos líquidos dessa entidade.
Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contábeis são
apresentadas.
Taxa de câmbio à vista é a taxa de câmbio normalmente utilizada para
liquidação imediata das operações de câmbio.

(FCC/Contador – Infraero/2009) No processo de


conversão, a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera
é denominada moeda
(A) equivalente.

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(B) externa.
(C) de apresentação.
(D) funcional.
(E) do fechamento.
Resolução:
De acordo com CPC 02 (R2), moeda funcional é a moeda do ambiente
econômico principal no qual a entidade opera.
Gabarito: Letra D.

5.1 Moeda Funcional


Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual
a entidade opera.
O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é normalmente
aquele em que principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve
considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional:
(a) a moeda:
(i) que mais influencia os preços de venda de bens e serviços
(geralmente é a moeda na qual os preços de venda para seus bens e serviços
estão expressos e são liquidados); e
(ii) do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na
determinação dos preços de venda para seus bens e serviços;
(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-
prima e outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente
é a moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados).

Os seguintes fatores também podem servir como evidências para


determinar a moeda funcional da entidade:
(a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações).
(b) a moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades
operacionais são usualmente acumulados.

No caso do Brasil, em regra, a moeda funcional utilizada é o Real.


Porém, em situações excepcionais, uma entidade brasileira utilizará a moeda
estrangeira como sua moeda funcional. Por exemplo, isso pode ocorrer quando
a maior parte das receitas ganhas e das despesas incorridas da entidade são
em moeda estrangeira.

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A moeda funcional da entidade reflete as transações, os eventos e as


condições subjacentes que são relevantes para ela. Assim, uma vez
determinada, a moeda funcional não deve ser alterada a menos que tenha
ocorrido mudança nas transações, nos eventos e nas condições subjacentes.
No caso de alteração na moeda funcional da entidade que reporta a
informação ou de entidade no exterior significativa, esse fato e a razão para a
alteração na moeda funcional devem ser divulgados.
Quando há alteração na moeda funcional da entidade, a entidade deve
aplicar, prospectivamente (efeitos futuros), os procedimentos de conversão
requeridos à nova moeda funcional a partir da data da alteração.

5.2 Investimento Líquido em Entidade no Exterior


Investimento líquido em entidade no exterior é o montante que
representa o interesse (participação na maior parte das vezes) da entidade que
reporta a informação nos ativos líquidos dessa entidade.
A entidade pode possuir valores a receber ou contas a pagar junto a uma
entidade no exterior. Por exemplo, caso não seja provável ocorrer a liquidação
da obrigação, tampouco esteja planejada para um futuro previsível, o valor de
contas a pagar deve ser tratado como parte do investimento líquido da entidade
nessa entidade no exterior.
Referidos itens monetários podem contemplar contas a receber de longo
prazo e empréstimos de longo prazo. Eles não contemplam contas a receber e
contas a pagar relacionados a operações comerciais normais.
Conforme CPC 02, a entidade que possui item monetário a receber de
entidade no exterior ou item monetário a pagar para entidade no exterior pode
ser qualquer controlada do grupo econômico.
Por exemplo, uma entidade possui duas controladas: “A” e “B”. A
controlada “B” é uma entidade no exterior. A controlada “A” concede um
empréstimo à controlada “B”. O empréstimo que a controlada “A” tem a receber
da controlada “B” será considerado parte do investimento líquido da
controladora na controlada “B” se a sua liquidação não for provável de ocorrer,
tampouco estiver planejada para um futuro previsível. Do mesmo modo esse
entendimento valeria se a controlada “A” fosse por completo uma entidade no
exterior.

5.3 Itens Monetários e Não Monetários


A característica essencial de item monetário é o direito a receber (ou
a obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades de
moeda. Alguns exemplos incluem: passivos de planos de pensão ou outros
benefícios a empregados a serem pagos com caixa; provisões que devem ser

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liquidadas em caixa; e dividendos a serem distribuídos com caixa, que são


reconhecidos como passivos. Da mesma forma, um contrato que preveja o
direito a receber (ou a obrigação de entregar) um número variável de
instrumentos patrimoniais da própria entidade ou uma quantidade variável de
ativos, cujo valor justo a ser recebido (ou a ser entregue) iguala-se a um
número fixo ou determinável de unidades de moeda, é considerado item
monetário.
Por outro lado, a característica essencial de item não monetário é a
ausência do direito a receber (ou da obrigação de entregar) um número
fixo ou determinável de unidades de moeda. Alguns exemplos incluem:
adiantamento a fornecedores de mercadorias; adiantamento a prestadores de
serviços; aluguéis antecipados; goodwill; ativos intangíveis; estoques;
imobilizado; e provisões a serem liquidadas mediante a entrega de ativo não
monetário.

6. Apresentação de Transação em Moeda Estrangeira na


Moeda Funcional

Vamos ver como deve ser apresentado uma transação em moeda


estrangeira na moeda funcional.

6.1 Reconhecimento Inicial


Uma transação em moeda estrangeira é a transação que é fixada ou
requer sua liquidação em moeda estrangeira, incluindo transações que são
originadas quando a entidade:
(a) compra ou vende bens ou serviços cujo preço é fixado em moeda
estrangeira;
(b) obtém ou concede empréstimos, quando os valores a pagar ou a
receber são fixados em moeda estrangeira; ou
(c) de alguma outra forma, adquire ou desfaz-se de ativos, ou assume
ou liquida passivos fixados em moeda estrangeira.

Uma transação em moeda estrangeira deve ser reconhecida


contabilmente, no momento inicial, pela moeda funcional, mediante a
aplicação da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda
estrangeira, na data da transação, sobre o montante em moeda estrangeira.
A data da transação é a data a partir da qual a transação se qualifica
para fins de reconhecimento, de acordo com as práticas contábeis adotadas
no Brasil. Por motivos práticos, a taxa de câmbio que se aproxima da taxa
vigente na data da transação é usualmente adotada, como, por exemplo, a

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taxa de câmbio média semanal ou mensal que pode ser aplicada a todas as
transações, em cada moeda estrangeira, ocorridas durante o período.
Contudo, se as taxas de câmbio flutuarem significativamente, a
adoção da taxa de câmbio média para o período não é apropriada.

6.2 Apresentação ao término de períodos de reporte subsequentes


Ao término de cada período de reporte:
(a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser
convertidos, usando-se a taxa de câmbio de fechamento;
(b) os itens não monetários que são mensurados pelo custo
histórico em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa de
câmbio vigente na data da transação; e
(c) os itens não monetários que são mensurados pelo valor justo em
moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se as taxas de câmbio
vigentes nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado. (Alterada pela
Revisão CPC 03)

6.3 Reconhecimento de variação cambial


Variação Cambial de Itens Monetários
Quando itens monetários são originados de transações em moeda
estrangeira e há mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data
da liquidação, surge uma variação cambial. Quando a transação é liquidada
dentro do mesmo período contábil em que foi originada, toda a variação cambial
deve ser reconhecida nesse mesmo período. Entretanto, quando a transação é
liquidada em período contábil subsequente, a variação cambial reconhecida em
cada período, até a data de liquidação, deve ser determinada pela
mudança nas taxas de câmbio ocorrida durante cada período.
a) Se a moeda nacional se desvalorizar em relação à moeda na qual foi realizado
o negócio, as atualizações com base nas taxas cambiais geram:
 Variação monetária passiva (despesa) nas obrigações; e
 Variação monetária ativa (receita) nos direitos a receber.

b) Se, no período a que se referir à atualização cambial, a moeda nacional se


valorizar diante da moeda estrangeira, o comportamento da variação monetária
será ao contrário, isto é:
 Os direitos geram variação monetária passiva; e
 As obrigações geram variação monetária ativa.

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Esquematização:
Item Taxa de câmbio aumenta¹ Taxa de câmbio diminui²
Ativos Monetários
Variação Cambial Ativa Variação Cambial Passiva
Exemplos:
Disponibilidades e (Receita financeira) (Despesa financeira)
Valores a Receber.

Passivos Monetários
Variação Cambial Passiva Variação Cambial Ativa
Exemplos:
Empréstimos e (Despesa financeira) (Receita financeira)
Financiamentos.

1 – Desvalorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se valorizou
em relação do real.
2 – Valorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se desvalorizou
em relação do real.

Variação Cambial de Itens Não Monetários


Quando um ganho ou uma perda sobre itens não monetários for
reconhecido em conta específica de outros resultados abrangentes, qualquer
variação cambial atribuída a esse componente de ganho ou perda deve ser
também reconhecida em conta específica de outros resultados abrangentes. Por
outro lado, quando um ganho ou uma perda sobre item não monetário for
reconhecido na demonstração do resultado do período, qualquer variação
cambial atribuída a esse ganho ou perda deve ser também reconhecida na
demonstração do resultado do período.

(CESPE/Contador - MJ/2013) Julgue o item a seguir,


referente aos impactos provocados por fatos contábeis no patrimônio de uma
companhia aberta.
No caso de disponibilidades em moeda estrangeira, a variação cambial
decorrente do ajuste do saldo em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na
data de atualização da demonstração contábil deve ser reconhecida na conta
ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
As disponibilidades em moeda estrangeira devem ter seus saldos contábeis
convertidos para a moeda nacional com base na taxa de câmbio corrente na
data do balanço.

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Meus amigos, não podemos confundir os ajustes de avaliação patrimonial com


a atualização das disponibilidades em moedas estrangeiras.
A Lei das S/A em seu artigo 182, parágrafo 3º, diz o seguinte:
§ 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial,
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao
regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de
valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua
avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência
conferida pelo § 3o do art. 177.

Logo, ajustes de avaliação patrimonial são as avaliações que trazem os


componentes do ativo e passivo ao valor justo, quando permitidos por lei.
Já a atualização dos valores das disponibilidades em moedas estrangeiras na
data da demonstração contábil deve ser registrada como variações cambiais
ativas (receita) ou variações cambiais passivas (despesas).
Gabarito: Errado.

7. Conversão das Demonstrações Contábeis

A entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer


moeda (ou moedas). Se a moeda de apresentação das demonstrações
contábeis difere da moeda funcional da entidade, seus resultados e sua
posição financeira devem ser convertidos para a moeda de
apresentação. Por exemplo, quando um grupo econômico é composto por
entidades individuais com diferentes moedas funcionais, os resultados e a
posição financeira de cada entidade devem ser expressos na mesma moeda
comum a todas elas, para que as demonstrações contábeis consolidadas possam
ser apresentadas.
Os resultados e a posição financeira da entidade, cuja moeda funcional
não é moeda de economia hiperinflacionária, devem ser convertidos para moeda
de apresentação diferente, adotando-se os seguintes procedimentos:
(a) ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado
(incluindo os balanços comparativos) devem ser convertidos, utilizando-se a
taxa de câmbio de fechamento na data do respectivo balanço;
(b) receitas e despesas para cada demonstração do resultado
abrangente ou demonstração do resultado apresentada (incluindo as
demonstrações comparativas) devem ser convertidas pelas taxas de
câmbio vigentes nas datas de ocorrência das transações; e

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(c) todas as variações cambiais resultantes devem ser reconhecidas em


outros resultados abrangentes.
Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio
vigentes nas datas das transações, por exemplo, a taxa média para o período,
pode ser normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa.
Entretanto, se as taxas de câmbio flutuarem significativamente, o uso da taxa
de câmbio média para o período é inapropriado.

Resumindo:
1. As contas de ativo e passivo da sociedade investida serão
convertidas pela taxa cambial da data do balanço de fim de período,
mantendo-se as contas do patrimônio líquido inicial pelos mesmos valores
convertidos no balanço do final do período anterior; as mutações do patrimônio
líquido que não o resultado serão convertidas pelas taxas das datas dessas
mutações.
2. As contas da demonstração do resultado poderão ser
convertidas pela taxa cambial média do período, mas no caso de receitas
ou despesas não homogeneamente distribuídas ou no de câmbio com oscilações
significativas terá que a conversão ser com base na data da competência
de tais receitas e despesas.

As diferenças cambiais entre as receitas e despesas convertidas e os


valores obtidos pela sua conversão pela taxa de fechamento do período,
bem como as variações entre os valores originais convertidos do patrimônio
líquido inicial e seus valores convertidos pela taxa de final de período serão
reconhecidas diretamente no patrimônio líquido (na conta Ajuste de
Acumulado de Conversão). As mutações patrimoniais que não o resultado
gerarão ganhos ou perdas cambiais entre a data de sua ocorrência e o final do
período, se aumentos (como o aumento de capital), e entre a data de
fechamento do período anterior e a data de sua ocorrência, se diminuições
(como distribuição de dividendos). No caso de presença de sócios minoritários
na investida, sua parte proporcional nesses ganhos ou perdas será a eles
alocada.
No caso de demonstrações em moeda funcional de país com economia
hiperinflacionária, primeiramente aplicam-se as técnicas da correção integral
para depois se efetuar a conversão. Esta será feita com a aplicação da taxa de
encerramento do período a todos os componentes do balanço e do resultado.
Com isso, a variação cambial de investimentos no exterior avaliados pelo
Método de Equivalência Patrimonial tem as seguintes taxas a serem utilizadas:
Taxas de Conversão:

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Taxa Histórica: É a taxa de câmbio vigente na data da operação (ou


transação).
Taxa Média: É a taxa de câmbio obtida por meio de uma média ponderada das
taxas de câmbio vigente durante um período (em regra, semanal ou mensal).
A data da transação é a data a partir da qual a transação se qualifica para fins
de reconhecimento, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Por
motivos práticos, a taxa de câmbio que se aproxima da taxa vigente na data da
transação é usualmente adotada, como, por exemplo, a taxa de câmbio média
semanal ou mensal que pode ser aplicada a todas as transações, em cada
moeda estrangeira, ocorridas durante o período. Contudo, se as taxas de câmbio
flutuarem significativamente, a adoção da taxa de câmbio média para o período
não é apropriada.
Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio vigentes
nas datas das transações, por exemplo, a taxa média para o período, pode ser
normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa.
Taxa de fechamento é a taxa de câmbio à vista vigente ao término do período
de reporte, ou seja, taxa vigente na data do encerramento do exercício.

Esquematizando:

Taxa Histórica Data da Transação

Taxa de Fechamento Data das Demonstrações Contábeis

Para resolução das provas, lembrar que:

Taxa Histórica PL Inicial

▪ Ativos e Passivos
Taxa de Fechamento
▪ PL Final

Taxa Média Contas de Resultado (receitas e despesas)

Na investidora, o resultado de equivalência patrimonial de


investimentos em moeda estrangeira será desdobrado em duas parcelas:

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 Uma registrada no resultado (resultado de equivalência


patrimonial), representando o efetivo resultado da investida devidamente
convertido; e
 Outra registrada no patrimônio líquido da investidora (na
conta Ajuste de Acumulado de Conversão) para alocação ao seu resultado
no futuro, correspondente às variações cambiais tratadas em conta especial no
patrimônio líquido das demonstrações convertidas da investida.

7.1 Cálculo do Ajuste Acumulado de Conversão (AAC)


As variações cambiais dos investimentos em controladas ou coligadas
devem ser registrado na conta Ajuste Acumulado de Conversão, classificada no
Patrimônio Líquido. Esta conta pode ter saldo devedor (retificadora do PL) ou
credor (PL) e será apropriada para o resultado do exercício somente quando o
investimento for baixado.
Nas provas, pode ser cobrado o valor da Conta Ajuste Acumulado de
Conversão a ser registrado no PL da investidora. Utilizaremos uma das fórmulas
abaixo para resolver as questões:
AAC = % [PL Inicial x (Tx de fechamento – Tx Histórica) + Resultado x (Tx de fechamento – Tx
Média)

Ou
AAC = % [(PL Final x Tx de fechamento) – (PL Inicial x Tx Histórica) – (Resultado x Tx Média)

O % representa o percentual de participação da investidora na investida.

Vamos ver como isso ocorre na prática.

(FCC/Contador – Infraero/2011) A Cia. Gama criou uma


subsidiária integral no exterior, investindo a quantia de 500.000 dólares
americanos a título de integralização de capital, sendo que a cotação do dólar,
na época, era de R$ 1,50. No final do exercício, essa subsidiária apresentou um
lucro de 100.000 dólares americanos, data em que a cotação do dólar havia
aumentado para R$ 1,60. A contabilização do ajuste, segundo o Pronunciamento
Técnico do CPC, deverá ser, em R$,
(A) D Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) ................. 210.000,00
C. Ajuste de conversão cambial (Patrimônio Líquido) ..................... 50.000,00
C Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ....................... 160.000,00
(B) D Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) .................. 150.000,00
D. Ajuste de conversão cambial (redutora do Patrimônio Líquido) ..... 50.000,00
C Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ........................ 200.000,00

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(C) D Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) .................. 210.000,00


D. Ajuste de conversão cambial (redutora do Patrimônio Líquido) ..... 50.000,00
C Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ....................... 260.000,00
(D) D Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) ................. 100.000,00
C. Ajuste de conversão cambial (Patrimônio Líquido) ..................... 50.000,00
C Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ........................ 150.000,00
(E) D Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) ................ 160.000,00
D. Ajuste de conversão cambial (redutora do Patrimônio Líquido) .... 50.000,00
C Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ....................... 210.000,00
Resolução:
Se a investida teve lucro, a investidora deve reconhecer uma receita de
equivalência patrimonial proporcionalmente a participação que possui no capital
da investida. Como é um investimento no exterior, a empresa irá utilizar a taxa
de câmbio vigente na data do cálculo do lucro.
Receita de Equivalência Patrimonial = 100% x US$ 100.000 x 1,60
Receita de Equivalência Patrimonial = R$ 160.000,00
A única alternativa correta é a letra A, pois somente ela tem o valor creditado
de R$ 160.000,00 para a Receita de Equivalência Patrimonial.
Além disso, a empresa teria que calcular o valor do Ajuste Acumulado de
Conversão.
Ajuste Acumulado de Conversão = US$ 500.000 x (1,60 – 1,50) = R$ 50.000,00
Ou
AAC = % [(PL Final x Tx de fechamento) – (PL Inicial x Tx Histórica) – (Resultado x Tx Média¹)

AAC = 100% x [(600.000,00 x 1,60) – (500.000 x 1,50) – (100.000,00 X 1,60)]


AAC = 100% x (960.000 – 750.000 – 160.000) = R$ 50.000,00
1. Como não temos a taxa média, deverá ser utilizado a taxa vigente na data de apresentação
do lucro.

Assim, como o dólar valorizou em relação ao real, tivemos um Ajuste Acumulado


de Conversão Credor.
Lançamento:
D - Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) ................. 210.000,00
C - Ajuste de conversão cambial (Patrimônio Líquido) .................. 50.000,00
C - Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ................... 160.000,00
Gabarito: Letra A.

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7.2 Dividendos Recebidos de Investimento no Exterior


Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo
método de equivalência patrimonial devem ser registrados como redução
da conta de investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido
para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. Se o registro
do dividendo se der, antes do recebimento, por declaração de dividendo pela
entidade no exterior, a taxa de câmbio será, inicialmente, a da data do registro,
com as atualizações periódicas necessárias até o seu recebimento reconhecidas
tão-somente na conta relativa ao valor a receber utilizada e na conta de
equivalência patrimonial, não podendo ser reconhecidas no resultado ou
diretamente no patrimônio líquido.
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo
método do custo devem ser registrados como receita pelo valor recebido
em moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na
data do recebimento, a não ser quando relativos a lucros na pré-aquisição do
investimento, quando devem ser registrados como redução do custo de
aquisição do investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira
convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento.
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo valor
de mercado devem ser registrados como receita pelo valor recebido em
moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data
do recebimento.

8. Baixa total ou parcial de entidade no exterior

Na baixa de entidade no exterior, o montante acumulado de variações


cambiais relacionadas a essa entidade no exterior, reconhecido em outros
resultados abrangentes e registrado em conta específica do patrimônio
líquido (na conta Ajuste Acumulado de Conversão), deve ser transferido
do patrimônio líquido para a demonstração do resultado (como ajuste de
reclassificação) quando o ganho ou a perda na baixa for reconhecido.

9. Divulgação

A entidade deve divulgar:


(a) o montante das variações cambiais reconhecidas na demonstração
do resultado, com exceção daquelas originadas de instrumentos financeiros
mensurados ao valor justo por meio do resultado, de acordo com o CPC 48; e
(Alterada pela Revisão CPC 12)
(b) variações cambiais líquidas reconhecidas em outros resultados
abrangentes e registradas em conta específica do patrimônio líquido, e

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a conciliação do montante de tais variações cambiais, no início e no final do


período.

Quando a moeda de apresentação das demonstrações contábeis for


diferente da moeda funcional, esse fato deve ser relatado juntamente com a
divulgação da moeda funcional e da razão para a utilização de moeda de
apresentação diferente.
Quando houver alteração na moeda funcional da entidade que reporta a
informação ou de entidade no exterior significativa, esse fato e a razão para a
alteração na moeda funcional devem ser divulgados.
Resumindo, deverão ser divulgadas a movimentação da conta especial
de patrimônio líquido, a data desde quando esse procedimento está sendo
utilizado, a moeda funcional e sua eventual mudança, bem como opções
utilizadas quando de adoção antecipada do Pronunciamento.

Por hoje é só. Apresento um resumo com os principais pontos vistos na


nossa aula para futuras revisões. Bons estudos!!!

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10. Resumo da Aula

PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 02 (R2) - Efeitos das Mudanças nas


Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis
Objetivo:
Uma entidade pode manter atividades em moeda estrangeira de duas formas.
Ela pode ter transações em moedas estrangeiras ou pode ter operações no
exterior. Adicionalmente, a entidade pode apresentar suas demonstrações
contábeis em uma moeda estrangeira. O objetivo deste Pronunciamento Técnico
é orientar acerca de como incluir transações em moeda estrangeira e operações
no exterior nas demonstrações contábeis da entidade e como converter
demonstrações contábeis para moeda de apresentação.
Os principais pontos envolvem quais taxas de câmbio devem ser usadas e como
reportar os efeitos das mudanças nas taxas de câmbio nas demonstrações
contábeis.
Definições:
Entidade no exterior é uma entidade que pode ser controlada, coligada,
empreendimento controlado em conjunto ou filial, sucursal ou agência de uma
entidade que reporta informação, por meio da qual são desenvolvidas atividades
que estão baseadas ou são conduzidas em um país ou em moeda diferente
daquelas da entidade que reporta a informação.
Grupo econômico é uma entidade controladora e todas as suas controladas.
Itens monetários são unidades de moeda mantidas em caixa e ativos e
passivos a serem recebidos ou pagos em um número fixo ou determinado de
unidades de moeda.
Investimento líquido em entidade no exterior é o montante que representa o
interesse (participação na maior parte das vezes) da entidade que reporta a
informação nos ativos líquidos dessa entidade.
Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contábeis são
apresentadas.
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a
entidade opera.
O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é normalmente aquele
em que principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve considerar
os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional:
(a) a moeda:
(i) que mais influencia os preços de venda de bens e serviços (geralmente
é a moeda na qual os preços de venda para seus bens e serviços estão expressos
e são liquidados); e

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(ii) do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na


determinação dos preços de venda para seus bens e serviços;
(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima e
outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente é a moeda
na qual tais custos estão expressos e são liquidados).

Os seguintes fatores também podem servir como evidências para determinar


a moeda funcional da entidade:
(a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações).
(b) a moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades
operacionais são usualmente acumulados.

A moeda funcional da entidade reflete as transações, os eventos e as


condições subjacentes que são relevantes para ela. Assim, uma vez
determinada, a moeda funcional não deve ser alterada a menos que tenha
ocorrido mudança nas transações, nos eventos e nas condições subjacentes.
Quando há alteração na moeda funcional da entidade, a entidade deve aplicar,
prospectivamente (efeitos futuros), os procedimentos de conversão
requeridos à nova moeda funcional a partir da data da alteração.

Variação Cambial
Variação Cambial de Itens Monetários
Quando itens monetários são originados de transações em moeda estrangeira e
há mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data da liquidação,
surge uma variação cambial. Quando a transação é liquidada dentro do
mesmo período contábil em que foi originada, toda a variação cambial deve ser
reconhecida nesse mesmo período. Entretanto, quando a transação é liquidada
em período contábil subsequente, a variação cambial reconhecida em cada
período, até a data de liquidação, deve ser determinada pela mudança nas
taxas de câmbio ocorrida durante cada período.

a) Se a moeda nacional se desvalorizar em relação à moeda na qual foi realizado


o negócio, as atualizações com base nas taxas cambiais geram:
 Variação monetária passiva (despesa) nas obrigações; e
 Variação monetária ativa (receita) nos direitos a receber.

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b) Se, no período a que se referir à atualização cambial, a moeda nacional se


valorizar diante da moeda estrangeira, o comportamento da variação monetária
será ao contrário, isto é:
 Os direitos geram variação monetária passiva; e
 As obrigações geram variação monetária ativa.

Esquematização:
Item Taxa de câmbio aumenta¹ Taxa de câmbio diminui²
Ativos Monetários
Variação Cambial Ativa Variação Cambial Passiva
Exemplos:
Disponibilidades e (Receita financeira) (Despesa financeira)
Valores a Receber.

Passivos Monetários
Variação Cambial Passiva Variação Cambial Ativa
Exemplos:
Empréstimos e (Despesa financeira) (Receita financeira)
Financiamentos.

1 – Desvalorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se valorizou
em relação do real.

2 – Valorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se desvalorizou
em relação do real.

Variação Cambial de Itens Não Monetários


Quando um ganho ou uma perda sobre itens não monetários for reconhecido
em conta específica de outros resultados abrangentes, qualquer variação
cambial atribuída a esse componente de ganho ou perda deve ser também
reconhecida em conta específica de outros resultados abrangentes. Por outro
lado, quando um ganho ou uma perda sobre item não monetário for reconhecido
na demonstração do resultado do período, qualquer variação cambial atribuída
a esse ganho ou perda deve ser também reconhecida na demonstração do
resultado do período.

Variação Cambial de Investimentos Avaliados pelo MEP


Taxas de Conversão:
Taxa Histórica: É a taxa de câmbio vigente na data da operação (ou
transação).
Taxa Média: É a taxa de câmbio obtida por meio de uma média ponderada das
taxas de câmbio vigente durante um período (em regra, semanal ou mensal).

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A data da transação é a data a partir da qual a transação se qualifica para fins


de reconhecimento, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Por
motivos práticos, a taxa de câmbio que se aproxima da taxa vigente na data da
transação é usualmente adotada, como, por exemplo, a taxa de câmbio média
semanal ou mensal que pode ser aplicada a todas as transações, em cada
moeda estrangeira, ocorridas durante o período. Contudo, se as taxas de câmbio
flutuarem significativamente, a adoção da taxa de câmbio média para o período
não é apropriada.
Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio vigentes
nas datas das transações, por exemplo, a taxa média para o período, pode ser
normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa.
Taxa de fechamento é a taxa de câmbio à vista vigente ao término do período
de reporte, ou seja, taxa vigente na data do encerramento do exercício.

Esquematizando:

Taxa Histórica Data da Transação

Taxa de Fechamento Data das Demonstrações Contábeis

Para resolução das provas, lembrar que:

Taxa Histórica PL Inicial

▪ Ativos e Passivos
Taxa de Fechamento
▪ PL Final

Taxa Média Contas de Resultado (receitas e despesas)

Cálculo do Ajuste Acumulado de Conversão (AAC):


As variações cambiais dos investimentos em controladas ou coligadas deve ser
registrado na conta Ajuste Acumulado de Conversão, classificada no Patrimônio
Líquido. Esta conta pode ter saldo devedor (retificadora do PL) ou credor (PL) e
será apropriada para o resultado do exercício somente quando o investimento
for baixado.

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Nas provas, pode ser cobrado o valor da Conta Ajuste Acumulado de Conversão
a ser registrado no PL da investidora. Utilizaremos uma das fórmulas abaixo
para resolver as questões:
AAC = % [PL Inicial x (Tx de fechamento – Tx Histórica) + Resultado x (Tx de fechamento – Tx
Média)

Ou
AAC = % [(PL Final x Tx de fechamento) – (PL Inicial x Tx Histórica) – (Resultado x Tx Média)

O % representa o percentual de participação da investidora na investida.

Dividendos Recebidos de Investimentos no Exterior


Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método de
equivalência patrimonial devem ser registrados como redução da conta de
investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à
taxa de câmbio vigente na data do recebimento. Se o registro do dividendo
se der, antes do recebimento, por declaração de dividendo pela entidade no
exterior, a taxa de câmbio será, inicialmente, a da data do registro, com as
atualizações periódicas necessárias até o seu recebimento reconhecidas tão-
somente na conta relativa ao valor a receber utilizada e na conta de equivalência
patrimonial, não podendo ser reconhecidas no resultado ou diretamente no
patrimônio líquido.
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método do
custo devem ser registrados como receita pelo valor recebido em moeda
estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do
recebimento, a não ser quando relativos a lucros na pré-aquisição do
investimento, quando devem ser registrados como redução do custo de
aquisição do investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira
convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento.
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo valor de
mercado devem ser registrados como receita pelo valor recebido em moeda
estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do
recebimento.

Ficamos por aqui!!! Vamos agora treinar o seu aprendizado por meio de
exercícios de concursos anteriores. Em seguida temos as questões comentadas.
Se você preferir responder antes de olhar os comentários, vá direto para a lista
de exercícios e depois retorne para verificar os comentários das questões.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum.
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o
nosso curso.
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!

Profs. Feliphe Araújo 23 de 74


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11. Questões comentadas

CESPE
01. (CESPE/AJ - Apoio Especializado – Contadoria - STJ/2015) Com
relação aos critérios de avaliação de ativos de companhias abertas, julgue o
item a seguir.
As disponibilidades em moeda estrangeira devem ter seus saldos contábeis
convertidos para a moeda nacional com base na taxa de câmbio corrente na
data do balanço. As variações cambiais resultantes dessa conversão devem ser
registradas em conta de receita, caso haja valorização do real em relação à
moeda estrangeira, ou em conta de despesa, se houver desvalorização do real
em relação à moeda estrangeira.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
A primeira parte está correta: “As disponibilidades em moeda estrangeira
devem ter seus saldos contábeis convertidos para a moeda nacional com
base na taxa de câmbio corrente na data do balanço”.
O erro está na segunda parte. No caso dos bens e direitos monetários
do ativo, a exemplo das disponibilidades e dos valores a receber, ocorre o
inverso do registro das variações cambiais decorrentes de itens do passivo.
Vamos exemplificar.
A empresa Aprovados S/A possui, em 01/08/2016, em espécie 10.000 dólares
no seu caixa. Nesta data, a taxa de câmbio vigente era de R$ 2,00 por dólar.
Memória de cálculo:
Disponibilidades = US$ 10.000
Taxa de câmbio do dia 01/08/2016 = R$ 2,00 por cada dólar
Conversão para moeda nacional = R$ 1.000 x 2,00 = R$ 20.000.00

A entidade deverá registrar em conta de disponibilidades o valor de R$


20.000,00, conforme abaixo:
01/08/2016
Ativo Circulante
Disponibilidades em moeda estrangeira R$ 20.000,00

Ao final de 2016, a companhia precisará ajustar as disponibilidades em moeda


estrangeira à taxa de câmbio do dia do balanço e reconhecer eventuais receitas
ou despesas dela decorrentes. Digamos que, em 31/12/2016, a taxa de câmbio

Profs. Feliphe Araújo 25 de 74


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do dia seja de R$ 2,15 para cada dólar (desvalorização do real em relação ao


dólar):
Disponibilidades em moeda estrangeira = US$ 10.000
Taxa de câmbio em 31/12/2016 = R$ 2,15 por cada dólar
Conversão para moeda nacional = R$ 10.000 x 2,15 = R$ 21.500.00

Observação: no caso do ativo, essa desvalorização é boa, pois aumenta o


valor a receber em contrapartida a uma receita. Contrário acontece com as
obrigações, pois a desvalorização da moeda nacional em relação à moeda
estrangeira gera uma dívida maior em contrapartida a uma despesa.
Notem que, após a conversão com base na taxa de câmbio em vigor na data do
balanço, o saldo da conta disponibilidades em moeda estrangeira aumentou de
R$ 20.000,00 (registrado inicialmente quando do recebimento) para R$
21.500,00, em razão do aumento da taxa de câmbio. Como consequência, a
entidade precisará reconhecer uma variação cambial ativa (receita).
Registro da variação cambial ativa de R$ 1.500,00:
D – Disponibilidades em moeda estrangeira
C – Variações cambiais ativas (receita) 1.500

Portanto, a segunda parte da afirmação está invertida. O correto seria:


As variações cambiais resultantes dessa conversão (as disponibilidades) devem
ser registradas em conta de receita, caso haja DESvalorização do real em
relação à moeda estrangeira, ou em conta de despesa, se houver VALORIZAÇÃO
do real em relação à moeda estrangeira.

Resumindo:
a) Se a moeda nacional se desvalorizar em relação à moeda na qual foi realizado
o negócio, as atualizações com base nas taxas cambiais geram:
 Variação monetária passiva (despesa) nas obrigações; e
 Variação monetária ativa (receita) nos direitos a receber.

b) Se, no período a que se referir à atualização cambial, a moeda nacional se


valorizar diante da moeda estrangeira, o comportamento da variação monetária
será ao contrário, isto é:
 Os direitos geram variação monetária passiva; e
 As obrigações geram variação monetária ativa.

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Esquematização:
Item Taxa de câmbio aumenta¹ Taxa de câmbio diminui²
Ativos Monetários
Variação Cambial Ativa Variação Cambial Passiva
Exemplos:
Disponibilidades e (Receita financeira) (Despesa financeira)
Valores a Receber.

Passivos Monetários
Variação Cambial Passiva Variação Cambial Ativa
Exemplos:
Empréstimos e (Despesa financeira) (Receita financeira)
Financiamentos.

1 – Desvalorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se valorizou
em relação do real.
2 – Valorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se desvalorizou
em relação do real.

Gabarito 1: Errado.

02. (CESPE/Contador - FUB/2015) Por ocasião do balanço patrimonial,


eventuais saldos remanescentes de Imposto sobre operações financeiras (IOF)
sobre importações a prazo a pagar devem ser atualizados pela variação cambial
registrada no período.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Atualização Monetária do IOF a Pagar
Pode ocorrer que, entre a data do recebimento do bem e a determinação do
custo respectivo e a data da liquidação do contrato de câmbio, haja variação na
taxa cambial. Nesse caso, a diferença de IOF causada por essa variação deverá
ser contabilizada como despesas financeiras (variações monetárias). Da mesma
forma, a conta IOF a Pagar deverá ser atualizada na data do balanço em
função da variação ocorrida na taxa cambial.
FIPECAFI. Manual de contabilidade societária, 2ª edição. Editora Atlas, 2013.
Gabarito 2: Certo.

03. (CESPE/Contador - CADE/2014) Com base nos pronunciamentos do CPC


e nos seus reflexos na elaboração e divulgação das demonstrações contábeis,
julgue o item a seguir.
Empresas que possuem itens não monetários mensurados pelo valor justo em
moeda estrangeira devem realizar a conversão monetária utilizando as taxas de

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câmbio vigentes nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado e for
evidenciado no balanço patrimonial em moeda funcional.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
CPC 02, item 23:
Apresentação ao término de períodos de reporte subsequentes
23. Ao término de cada período de reporte:
(a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-
se a taxa de câmbio de fechamento;
(b) os itens não monetários que são mensurados pelo custo histórico em moeda
estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa de câmbio vigente na data
da transação; e
(c) os itens não monetários que são mensurados pelo valor justo em
moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se as taxas de
câmbio vigentes nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado.
(Alterada pela Revisão CPC 03)
Gabarito 3: Certo.

04. (CESPE/Perito Criminal – Polícia Federal/2013) No item a seguir é


apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Uma companhia brasileira é investidora de uma companhia estrangeira, que
elabora suas demonstrações financeiras usando o dólar norte-americano. Nessa
situação, para realizar a conversão das demonstrações para a moeda funcional
da investidora, utilizando o método da taxa corrente, a investidora deverá
converter os valores dos ativos e passivos pela taxa de fechamento do dólar na
data do respectivo balanço. As receitas e as despesas deverão ser convertidas
pelas taxas cambiais em vigor nas datas das transações ou pela taxa média do
período, sendo reconhecidas as variações cambiais resultantes em conta
específica do patrimônio líquido.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Sumário do CPC 02:
Conversão das demonstrações contábeis
18. As contas de ativo e passivo da sociedade investida serão
convertidas pela taxa cambial da data do balanço de fim de período,
mantendo-se as contas do patrimônio líquido inicial pelos mesmos valores
convertidos no balanço do final do período anterior; as mutações do patrimônio
líquido que não o resultado serão convertidas pelas taxas das datas dessas
mutações.

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19. As contas da demonstração do resultado poderão ser convertidas


pela taxa cambial média do período, mas no caso de receitas ou despesas
não homogeneamente distribuídas ou no de câmbio com oscilações
significativas terá que a conversão ser com base na data da competência
de tais receitas e despesas.

Esquematizando:

Taxa Histórica Data da Transação

Taxa de Fechamento Data das Demonstrações Contábeis

Para resolução das provas, lembrar que:

Taxa Histórica PL Inicial

▪ Ativos e Passivos
Taxa de Fechamento
▪ PL Final

Taxa Média Contas de Resultado (receitas e despesas)

Gabarito 4: Certo.

05. (CESPE/Contador - TJ RR/2012) Com a aplicação de critérios contábeis


homogêneos advindos das normas internacionais de contabilidade e dos
pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as empresas
e os contadores procuraram adequar-se ao novo arcabouço de padrões
contábeis em relação ao registro e à mensuração dos eventos contábeis. A
respeito desse assunto, julgue o item.
Suponha que, para o reconhecimento do investimento societário no exterior,
determinada investidora tenha recebido os dados constantes da tabela abaixo.

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Nesse caso, se o total dos tributos sobre o lucro contabilizados durante o período
foi de USD 3.000,00 e se a investidora detém 90% do investimento societário
no exterior, então, após as conversões necessárias, a investidora terá
contabilizado uma receita de equivalência superior a $ 28.000,00.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
1. As contas de receitas e despesas devem ser convertidas pela taxa média.
Inicialmente, vamos calcular a taxa média:
Taxa média = (1,90 + 1,95 + 2,00)/3 = 1,95

2. Depois, vamos calcular o lucro da investida em USD.

Receitas = 15.500 + 18.000 + 20.000 = 53.500


Custos = 7.000 + 8.500 + 10.100 = 25.600
Despesas = 2.500 + 2.800 + 3.250 = 8.550
Total dos tributos = 3.000

Lucro do período = Receitas – Custos – Despesas – Tributos


Lucro do período = 53.500 – 25.600 – 8.550 – 3.000
Lucro do período = USD 16.350,00

3. Antes de finalizar, precisamos calcular o lucro pela taxa de câmbio média:


Lucro em R$ = 16.350 x 1,95 = R$ 31.882,50

4. Cálculo da Receita de Equivalência Patrimonial (REP)


REP = 90% x 31.882,50 = R$ 28.694,25

Profs. Feliphe Araújo 30 de 74


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Portanto, confirmamos que o gabarito da questão está correto, uma vez que a
investidora contabilizará uma receita de equivalência no montante de R$
28.694,25, que é superior a $ 28.000,00.
Gabarito 5: Certo.

06. (CESPE/Analista - Contabilidade e Finanças - BACEN/2013) Para


conversão de participações de entidades no exterior, deve-se utilizar a taxa de
câmbio mais próxima da taxa vigente na data da transação, que pode ser
expressa pela taxa média semanal ou mensal, mesmo em períodos de
significativa flutuação de câmbio.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Segundo o CPC 02:
Conversão para a moeda de apresentação
Os resultados e a posição financeira da entidade, cuja moeda funcional não é
moeda de economia hiperinflacionária, devem ser convertidos para moeda de
apresentação diferente, adotando-se os seguintes procedimentos:
(a) ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado (incluindo os
balanços comparativos) devem ser convertidos, utilizando-se a taxa de câmbio
de fechamento na data do respectivo balanço;
(b) receitas e despesas para cada demonstração do resultado abrangente ou
demonstração do resultado apresentada (incluindo as demonstrações
comparativas) devem ser convertidas pelas taxas de câmbio vigentes nas
datas de ocorrência das transações; e
(c) todas as variações cambiais resultantes devem ser reconhecidas em outros
resultados abrangentes.

40. Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio
vigentes nas datas das transações, por exemplo, a taxa média para o
período, pode ser normalmente utilizada para converter itens de receita e
despesa. Entretanto, se as taxas de câmbio flutuarem significativamente, o uso
da taxa de câmbio média para o período é inapropriado.

Portanto, para fins de conversão das demonstrações contábeis, os itens de


receita e de despesa são convertidos com base na taxa de câmbio na data da
transação, porém, também é aceitável utilizar a taxa média desde que as
taxas de câmbio não apresentem flutuação significativa.
Gabarito 6: Errado.

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07. (CESPE/Auditor de Controle Externo - TCE-ES/2013) Considere que,


em novembro de 2012, determinada empresa tenha comprado mercadoria do
exterior pelo valor de 50.000 euros, com a paridade da moeda de €1,00 = R$
3,00. Considere, ainda, que, no final do exercício, essa mercadoria continue em
estoque e que a cotação do euro tenha sido igual a R$ 2,80. Nessa situação, é
correto afirmar que, no final do exercício, período em que foi realizado um
lançamento para registrar o efeito da variação cambial, o balanço patrimonial
evidenciou o estoque da referida mercadoria no valor de R$ 140.000,00.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Depois de estar na empresa em condições de vendas, o estoque de mercadorias
não é mais atualizado pela taxa de câmbio. Após isso, a variação cambial afeta
apenas o resultado em contrapartida a uma obrigação, no caso de a compra ter
sido a prazo.
Câmbio em novembro de 2012 --> €1,00 = R$ 3,00
Estoque de Mercadorias = 50.000 x 3,00 = R$ 150.000,00

Portanto, o balanço patrimonial evidenciou o estoque da referida mercadoria no


valor de R$ 150.000,00.
Gabarito 7: Errado.

08. (CESPE/Contador - TJ RR/2012) Com a aplicação de critérios contábeis


homogêneos advindos das normas internacionais de contabilidade e dos
pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as empresas
e os contadores procuraram adequar-se ao novo arcabouço de padrões
contábeis em relação ao registro e à mensuração dos eventos contábeis. A
respeito desse assunto, julgue o item.
Considere que a Cia Alfa tenha fechado o seu balanço patrimonial, em USD, em
31/12/X2, com os saldos constantes da tabela a seguir.

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Nesse caso, se o capital social foi integralizado em 1.º/1/X2, cuja taxa de


câmbio era de $ 1,50, se o valor relativo à conversão do resultado do exercício
foi de $ 3.500,00 e se a taxa de fechamento do câmbio na data do balanço
(31/12/X2) era de $ 2,00, então, após a conversão do balanço patrimonial, o
saldo relativo ao ajuste acumulado de conversão, nesse exercício, foi de $
10.500,00.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Como o examinador não informou a participação da investidora na investida,
vamos presumir que é de 100%.
O ativo e o passivo são convertidos pela taxa de fechamento, que é de $ 2,00.
O patrimônio líquido inicial que, neste caso, coincide com o capital social deve
ser convertido pela taxa histórica ($ 1,50).
O lucro é convertido pela taxa média. Porém, o enunciado já traz o valor do
lucro em moeda nacional convertido pela taxa média, que é de $ 3.500,00.
Ativo = 41.000 x 2,00 = R$ 82.000
Passivo = (7.000 + 12.000) x 2,00 = 19.000 x 2,00 = R$ 38.000

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PL inicial = 20.000 x 1,50 = R$ 30.000


Ajuste Acumulado de Conversão (AAC) = 100% x (82.000 – 38.000 – 30.000 –
3.500)
Ajuste Acumulado de Conversão (AAC) = 100% x 10.500 = R$ 10.500

Outra forma de responder é utilizando as fórmulas. Leve elas para a prova e


utilize um dos métodos.
Antes de aplicar as fórmulas, vamos encontrar o PL Inicial, o Ativo, o Passivo e
o PL Final da Investida em moeda estrangeira (USD):
PL Inicial = Capital Social = USD 20.000
Ativo = USD 41.000 (o que importa é o valor total do ativo)
Passivo = 7.000 + 12.000 = USD 19.000
PL Final = Capital Social + Lucro = 20.000 + 2.000 = USD 22.000

Antes, é preciso explicar que a taxa média é de R$ 1,75, pois a banca já fez o
cálculo direto informando no enunciado que o valor relativo à conversão do
resultado do exercício foi de $ 3.500,00:
Taxa média = R$ 3.500 / USD 2.000 = R$ 1,75

Assim, temos que:


AAC = % [PL Inicial x (Tx de fechamento – Tx Histórica) + Resultado x (Tx de fechamento – Tx
Média)

AAC = 100% x [20.000 x (2,00 – 1,50) + 2.000 x (2,00 – 1,75)]


AAC = 100% x (10.000 + 500) = 100% x 10.500 = R$ 10.500
Ou
AAC = % [(PL Final x Tx de fechamento) – (PL Inicial x Tx Histórica) – (Resultado x Tx Média)

AAC = 100% x [(22.000 x 2,00) – (20.000 x 1,50) – (2.000,00 X 1,75)]


AAC = 100% x (44.000 – 30.000 – 3.500) = 100% x 10.500 = R$ 10.500
No dia da prova, escolha um dos métodos.
Gabarito 8: Certo.

09. (CESPE/Especialista - ANAC/2012) Acerca dos aspectos relacionados a


operações entre sociedades e ao comércio exterior, julgue o item a seguir.
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método de
equivalência patrimonial devem ser registrados como receita do exercício em

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que efetivamente ocorrerem, pelo valor recebido em moeda estrangeira,


convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método de
equivalência patrimonial devem ser registrados como redução da conta de
investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para
reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento.

Portanto, os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo


método de equivalência patrimonial não integram o resultado da entidade,
pois são lançados com contrapartida a conta de investimentos.
Gabarito 9: Errado.

FCC
10. (FCC/Analista – Contabilidade – DPE – RS/2017) Em 1/7/2017 uma
empresa realizou uma venda a prazo, para um cliente no exterior, no valor total
de US$ 200.000,00. Sabendo que a taxa de câmbio em 1/7/2017 era R$
3,20/US$, em 31/7/2017 era R$ 3,00/US$ e a taxa de câmbio média do mês
de julho de 2017 foi R$ 3,10/US$, a empresa reconheceu no resultado do mês
de julho de 2017 Receita de vendas de
(A) R$ 600.000,00, apenas.
(B) R$ 640.000,00, apenas.
(C) R$ 620.000,00 e despesa financeira de R$ 20.000
(D) R$ 640.000,00 e despesa financeira de R$ 40.000,00
(E) R$ 620.000,00, apenas.
Resolução:
A receita de vendas deve ser reconhecida no dia 01/7/2017, logo, a conversão
deve ser com base na taxa de câmbio deste dia.
Receita de Vendas = US$ 200.000,00 x R$ 3,20 = R$ 640.000,00
Lançamento contábil:
D – Clientes R$ 640.000,00
C – Receita de Vendas R$ 640.000,00

Além disso, em 31/7/2017, a empresa deve atualizar o valor a receber de


clientes com base na taxa de câmbio desta data.

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Saldo de Clientes em 31/7/17 = US$ 200.000,00 x R$ 3,00 = R$ 600.000,00


Com isso, houve uma variação cambial passiva de R$ 40.000,00 (640.000 –
600.000).
Lançamento contábil:
D – Variação Cambial Passiva (Despesa Financeira) R$ 40.000,00
C – Clientes R$ 40.000,00

Concluindo, a empresa reconheceu no resultado do mês de julho de 2017


Receita de vendas de R$ 640.000,00 e despesa financeira de R$ 40.000,00.
Gabarito 10: D.

11. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade - TRT 20ª/2016) Em


30/12/20x1, a Cia Endividada contrata um empréstimo de U$ 3 milhões, nas
seguintes condições: prazo total de 60 meses, juros de 1% ao mês, com
carência de principal e juros de 2 anos e pagamento em 3 parcelas anuais de
principal e juros, após o período de carência pagos no primeiro dia útil do
período seguinte. Nessas condições a empresa deverá
(A) registrar como Despesa Financeira os juros incidentes sobre o contrato a
partir de 30/12/20x3 logo após a extinção do período de carência dos juros.
(B) somente atualizar o saldo devedor e iniciar o registro da variação cambial
do contrato por ocasião do efetivo pagamento do principal e dos juros.
(C) reconhecer a variação cambial do valor do principal como encargos a
apropriar no período de carência.
(D) identificar e registrar a variação cambial incidente sobre os valores da
operação apropriando mensalmente os juros contratuais mesmo quando não
pagos.
(E) no período de carência de juros, registrar em conta devedora de juros a
apropriar o valor mensal desses encargos.
Resolução:
A questão trata dos registros em uma operação de empréstimo em moeda
estrangeira. As demonstrações contábeis de empresas do Brasil têm de ser
apresentadas na moeda nacional, ou seja, em Real. Com isso, precisamos fazer
a conversão da moeda estrangeira (por exemplo, dólar, euro etc.) para a moeda
do Brasil.
Na data da contratação do empréstimo deve ser utilizada a taxa de câmbio
vigente no dia da transação. Além disso, na data do balanço, utilizamos a taxa
de fechamento, ou seja, a taxa de câmbio vigente no dia do fechamento das
demonstrações contábeis, o que vai gerar variação cambial.

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Além disso, a empresa deve reconhecer os juros.


Com isso, independente do momento do pagamento do principal e dos juros dos
empréstimos, uma vez que temos carência, as despesas financeiras relativas
aos juros e aos registros das variações cambiais (podem ser ativas (receitas
financeiras) ou passivas (despesas financeiras)) serão reconhecidas a cada
período, mensal ou anual, de acordo com o regime de competência.
Vamos analisar cada alternativa:
a) incorreta. A empresa deve registrar como Despesa Financeira os juros
incidentes sobre o contrato a partir de 30/01/20x2, pois a taxa de juros
sobre o empréstimo é mensal.
b) incorreta. A empresa deve atualizar o saldo devedor e iniciar o registro da
variação cambial do contrato a partir do primeiro período, mensal ou anual,
após a contratação do empréstimo.
c) incorreta. A empresa deve reconhecer a variação cambial do valor do principal
e dos juros como despesa ou receita financeira, a depender da taxa de câmbio.
d) correta. A empresa deve identificar e registrar a variação cambial incidente
sobre os valores da operação apropriando mensalmente os juros contratuais
mesmo quando não pagos.
(E) incorreta. No período de carência de juros, a empresa deve registrar em
conta de despesa financeira o valor meio.

Os juros, encargos e variações devem ser lançados mensalmente, de acordo


com o regime de competência.
Gabarito 11: D.

12. (FCC/Contador - ALEMS/2016) Em 10/05/2016, a Cia. Brasileira


realizou uma venda a prazo no valor total de US$ 200.000,00. Sabendo que a
taxa de câmbio em 10/05/2016 era R$ 3,50/US$, em 30/05/2016 era R$
3,30/US$ e a taxa de câmbio média do mês de maio de 2016 foi R$ 3,40/US$,
a Cia. Brasileira reconheceu, no mês de maio de 2016, Receita de Vendas de
(A) R$ 700.000,00, apenas.
(B) R$ 660.000,00 apenas.
(C) R$ 680.000,00 apenas.
(D) R$ 680.000,00 e despesa financeira de R$ 20.000,00.
(E) R$ 700.000,00 e despesa financeira de R$ 40.000,00.
Resolução:
Em 10/05/2016, a Receita de Vendas em R$ deve ser convertida com base
na taxa de câmbio da data da operação:

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Valor da Receita = US$ 200.000,00


Câmbio no dia da venda (10/05/2016) = R$ 3,50/US$
Valor da Receita em R$= US$ 200.000,00 x R$ 3,50 = R$ 700.000,00
Podemos eliminar as letras B, C e D.

Lançamento contábil em 10/05/2016:


D – Valores a Receber ou Clientes .................... R$ 700.000,00
C – Receita de Vendas .................................... R$ 700.000,00
Em 30/05/2016, a empresa precisa avaliar qual o valor do seu direito com base
na taxa de câmbio do final de maio:
Valores a Receber em Dólar = US$ 200.000,00
Câmbio em 30/05/2016 = R$ 3,30/US$
Valores a receber em 30/05/2016 = US$ 200.000,00 x R$ 3,30 = R$ 660.000,00

Observem que o direito da empresa diminuiu de R$ 700.000,00 para R$


660.000,00, gerando uma variação cambial passiva (ou despesa financeira) no
valor de R$ 40.000,00 (700.000 – 660.000).
Lançamento contábil em 30/05/2016:
D – Despesa Financeira ........................ R$ 40.000,00
C – Valores a Receber ou Clientes .......... R$ 40.000,00

Com isso, o nosso gabarito é a letra E.

Vamos demonstrar para melhor fixação o razonete da conta Valores a Receber:


Valores a Receber

10/05/2016 R$ 700.000,00 R$ 40.000,00 30/05/2016

Saldo em 30/05/16 R$ 660.000,00

Gabarito 12: E.

13. (FCC/Analista – Contabilidade – CNMP/2015) No dia 01/12/2013 a


empresa Endividada S.A. obteve um empréstimo do exterior no valor total de
US$ 1.000.000,00 (um milhão de dólares), para ser pago integralmente
(principal e juros) em 01/12/2014. A taxa de juros contratada foi 1% ao mês e
as informações sobre as cotações da taxa de câmbio, em várias datas, eram as
seguintes:

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Com base nestas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial da


empresa Endividada S.A., em 31/12/2013, referente a este empréstimo foi, em
reais,
a) 2.650.000,00.
b) 2.727.000,00.
c) 2.706.800,00.
d) 2.676.500,00.
e) 2.929.000,00.
Resolução:
Para responder esta questão, é importante lembrar o que dispõe o artigo 184
da Lei nº 6.404/76:
Art. 184. As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor
na data do balanço;

Como a questão solicita o valor apresentado no Balanço Patrimonial referente


ao empréstimo em 31/12/2013, precisamos calcular os juros referente a um
mês (01/12/2013 à 31/12/2013) antes de aplicar a taxa de câmbio para
conversão.
1. Cálculo dos juros:
Juros no período = US$ 1.000.000,00 * 1% a.m. = US$ 10.000,00
Montante da dívida em 31/12/2013 = 1.000.000 + 10.000 = US$ 1.010.000,00

2. Data do balanço patrimonial (31/12/2014):


Valor da dívida = US$ 1.010.000,00
Câmbio no dia do balanço (31/12/2013) = 2,70
Valor da dívida em R$ (31/12/2013) = US$ 1.010.000,00 x R$ 2,70
Valor da dívida em R$ (31/12/2013) = R$ 2.727.000,00
Gabarito 13: B.

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14. (FCC/Julgador Administrativo Tributário-SEFAZ PE/2015) A Cia.


Empréstimos S.A. obteve, em 01/12/2014, um empréstimo de US$ 500.000,00,
para ser pago integralmente em 01/12/2015. Não há incidência de juros sobre
o empréstimo e na data da obtenção a taxa de câmbio era R$ 2,65/US$ 1,00.
Em 31/12/2014, a taxa de câmbio era R$ 2,70/US$ 1,00 e a taxa de câmbio
média do mês de dezembro de 2014 foi R$ 2,68/US$ 1,00.
Em 31/12/2014, a taxa de câmbio projetada para 01/12/2015 era R$ 2,90/US$
1,00. Com base nestas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial
da Cia. Empréstimos S.A. referente a este empréstimo foi
a) R$ 1.325.000,00, em 31/12/2014.
b) R$ 1.350.000,00, em 31/12/2014.
c) R$ 1.340.000,00, em 31/12/2014.
d) R$ 1.450.000,00, em 31/12/2014.
e) R$ 1.340.000,00, em 01/12/2014.
Resolução:
As obrigações em moeda estrangeira ficam registradas pela taxa de
fechamento, ou seja, a taxa vigente no dia do encerramento do balanço ou no
dia que a questão mencionar.
1. Data da aquisição do empréstimo (01/12/2014):
Valor da dívida = US$ 500.000,00
Câmbio no dia da contratação = R$ 2,65
Valor da dívida = US$ 500.000,00 x R$ 2,65 = R$ 1.325.000,00
Podemos eliminar a letra E.

2. Data do balanço patrimonial (31/12/2014):


Valor da dívida = US$ 500.000,00
Câmbio no dia do balanço (31/dez) = 2,70
Valor da dívida em R$ (31/dez) = US$ 500.000,00 x R$ 2,70 = R$ 1.350.000,00
Gabarito 14: B.

15. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade - TRT - 16ª REGIÃO


(MA)/2014) A Cia. Internacional S.A. obteve, em 31/12/2013, um empréstimo
de US$300.000,00 atualizado apenas pela variação cambial, para ser liquidado
em uma única parcela em 31/12/2015. Na data da obtenção do empréstimo a
taxa de câmbio era R$2,40/US$1,00 e em 31/01/2014, a taxa de câmbio era

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R$2,45/US$1,00. A taxa de câmbio média do mês de janeiro de 2014 foi R$2,50


/US$1,00.

Sabendo que em 31/01/2014 a taxa de câmbio projetada para 31/12/2015 era


R$2,35/US$1,00, é correto afirmar que o valor apresentado no Balanço
Patrimonial da Cia. Internacional S.A., referente a este empréstimo, foi
a) R$ 705.000,00, em 31/01/2014.
b) R$ 705.000,00, em 31/12/2013.
c) R$ 720.000,00, em 31/01/2014.
d) R$ 735.000,00, em 31/01/2014.
e) R$ 750.000,00, em 31/01/2014.
Resolução:
As obrigações em moeda estrangeira ficam registradas pela taxa de
fechamento, ou seja, a taxa vigente no dia do encerramento do balanço ou no
dia que a questão mencionar.
1. Data da aquisição do empréstimo (31/12/2013):
Valor da dívida = US$ 300.000,00
Câmbio no dia da contratação = R$ 2,40
Valor da dívida = US$ 300.000,00 x R$ 2,40 = R$ 720.000,00
Podemos eliminar a letra B.

2. Data do balanço patrimonial (31/01/2014):


Valor da dívida = US$ 300.000,00
Câmbio no dia do balanço (31/jan) = 2,45
Valor da dívida em R$ (31/jan) = US$ 300.000,00 x R$ 2,45 = R$ 735.000,00
Gabarito 15: D.

16. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - SEFAZ – SP/2013) A Empresa


Devedora S.A. adquiriu um financiamento de US$ 10,000.00 (dez mil dólares),
em 1 de dezembro de 2012, e deverá quitá-lo, em 1 de outubro de 2013. Na
data da aquisição do financiamento, a taxa do dólar (cotação) era R$ 1,70.
Sabendo-se que, em 31 de dezembro de 2012, o dólar estava cotado a R$ 1,45,
a variação cambial, referente ao período de 01/12/2012 a 31/12/2012, foi
a) ativa de R$ 2.500,00, que reduz o saldo da conta Ajustes de Avaliação
Patrimonial.
b) ativa de R$ 2.500,00, que aumenta o ativo circulante da empresa.

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c) ativa de R$ 2.500,00, que reduz o passivo circulante da empresa.


d) passiva de R$ 2.500,00, que reduz o passivo circulante da empresa.
e) passiva de R$ 2.500,00, que aumenta o passivo circulante da empresa.
Resolução:
O método para resolução é apurarmos o valor em reais da obrigação na data de
aquisição e o valor em reais na data do balanço. Se o valor da obrigação, em
reais, reduzir, teremos uma variação cambial ativa (receita). Se aumentar, uma
variação cambial passiva (despesa).
1. Data da aquisição do financiamento (01/12/2012):
Valor da dívida = US$ 10.000,00
Câmbio no dia da contratação = 1,70
Valor da dívida = R$ 17.000,00

2. Data do balanço patrimonial (31/12/2012):


Valor da dívida = US$ 10.000,00
Câmbio no dia do balanço (31/dez) = 1,45
Valor da dívida em R$ (31/dez) = R$ 14.500,00

Variação cambial ativa (redução da dívida) = R$ 2.500,00 (17.000 – 14.500).


Lançamento:
Empréstimos (Diminui o Passivo) .............................. R$ 2.500,00
a Variação Cambial Ativa (Receita) ............................ R$ 2.500,00
Gabarito 16: C.

17. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - SEFAZ – SP/2013) Em 31/10/2012, a


Cia. Endividada, com operações apenas no Brasil, obteve um empréstimo em
moeda estrangeira no valor de US$ 100.000,00. Este empréstimo deve ser
apresentado no Balanço Patrimonial, em 31/12/2012, à taxa de câmbio
a) do dia da obtenção do empréstimo.
b) da data do Balanço Patrimonial.
c) média do mês em que o empréstimo foi obtido.
d) do dia da obtenção do empréstimo mais correção monetária.
e) determinada entre as partes envolvidas.
Resolução:

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Segundo a Lei nº 6.404/76, art. 184, temos que:


Art. 184. As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor
na data do balanço;
Gabarito 17: B.

18. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade – TRE - RO/2013)


Desconsiderando economia hiperinflacionária, em relação ao processo de
conversão das demonstrações contábeis, é correto afirmar que
a) o balanço patrimonial e a demonstração de resultados são convertidos à taxa
de câmbio de fechamento na data da respectiva demonstração.
b) as receitas e as despesas devem ser convertidas à taxa de câmbio de
fechamento na data da respectiva demonstração.
c) os ativos e os passivos devem ser convertidos às taxas de câmbio históricas
nas datas das respectivas operações.
d) os ativos e os passivos devem ser convertidos à taxa de câmbio de
fechamento na data do respectivo balanço.
e) os aumentos de capital devem ser convertidos à taxa média anual em que a
operação foi realizada.
Resolução:
De acordo com o CPC 02 (R2) - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio
e Conversão de Demonstrações Contábeis:
39. Os resultados e a posição financeira da entidade, cuja moeda funcional não
é moeda de economia hiperinflacionária, devem ser convertidos para moeda de
apresentação diferente, adotando-se os seguintes procedimentos:
(a) ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado
(incluindo os balanços comparativos) devem ser convertidos, utilizando-se a
taxa de câmbio de fechamento na data do respectivo balanço;
(b) receitas e despesas para cada demonstração do resultado
abrangente ou demonstração do resultado apresentada (incluindo as
demonstrações comparativas) devem ser convertidas pelas taxas de
câmbio vigentes nas datas de ocorrência das transações; e
(c) todas as variações cambiais resultantes devem ser reconhecidas em
outros resultados abrangentes.
40. Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio vigentes
nas datas das transações, por exemplo, a taxa média para o período, pode ser
normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa.
Entretanto, se as taxas de câmbio flutuarem significativamente, o uso da taxa
de câmbio média para o período é inapropriado.

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Vamos analisar cada alternativa:


a) incorreta. As contas da demonstração de resultados são convertidas à taxa
de câmbio vigentes nas datas de ocorrência das transações ou pela taxa
média.
b) incorreta. As receitas e as despesas devem ser convertidas à taxa de câmbio
vigentes nas datas de ocorrência das transações ou pela taxa média.
c) incorreta. Os ativos e os passivos devem ser convertidos à taxa de câmbio
de fechamento na data do respectivo balanço.
d) correta, conforme vimos na alternativa anterior.
e) incorreta. Os aumentos de capital devem ser convertidos à taxa histórica.
Gabarito 18: D.

Instruções: Considere as informações, a seguir, para responder as


próximas duas questões:
A Cia. ABC (Investidora) adquiriu, em 01 de dezembro de 20x1, 90% das ações
da Cia. XYZ (Investida), que se encontra instalada em Portugal. Em 31 de
dezembro de 20x1, a Cia. XYZ apresentou a seguinte posição financeira:

19. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - SEFAZ – SP/2013) A conversão do


Balanço Patrimonial da Cia. XYZ (para Reais), em 31/12/20x1, gera um registro
na Conta Ajuste Acumulado de Conversão, na Cia. ABC, no valor de, em R$,
a) 1.912,50.
b) 2.500,00.
c) 4.162,50
d) 4.500,00.
e) 5.000,00.
Resolução:
Antes de aplicar as fórmulas, vamos encontrar o PL Inicial e o PL Final da
Investida:

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PL Inicial = Capital Social = R$ 8.500,00


PL Final = Capital Social + Lucro = 8.500 + 1.500 = R$ 10.000,00

Assim, temos que:


AAC = % [PL Inicial x (Tx de fechamento – Tx Histórica) + Resultado x (Tx de fechamento – Tx
Média)

AAC = 90% x [8.500 x (2,50 – 2,00) + 1.500 x (2,50 – 2,25)]


AAC = 90% x (4.250 + 375) = 90% x 4.625 = R$ 4.162,50
Ou
AAC = % [(PL Final x Tx de fechamento) – (PL Inicial x Tx Histórica) – (Resultado x Tx Média)

AAC = 90% x [(10.000,00 x 2,50) – (8.500 x 2,00) – (1.500,00 X 2,25)]


AAC = 90% x (25.000 – 17.000 – 3.375) = 90% x 4.625 = R$ 4.162,50
No dia da prova, escolha um dos métodos.
Gabarito 19: C.

A questão acima é bem interessante. Lembrando que você não pode


confundir o reconhecimento dos ajustes da taxa de câmbio decorrente
de investimentos no exterior com os empréstimos em moeda
estrangeira. São coisas distintas.

20. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - SEFAZ – SP/2013) Com base nos


dados contábeis fornecidos pela Cia. XYZ (Investida) e as cotações do € euro
após a conversão, o valor do investimento da Cia. ABC (investidora) é, em 31
de dezembro de 20x1, em R$,
a) 15.300,00.
b) 18.000,00.
c) 19.125,00.
d) 22.500,00.
e) 25.000,00.
Resolução:
O valor do investimento será igual a 90% do PL da Cia. XYZ convertido na data
do Balanço Patrimonial (em 31/12/20x1).
PL Final = R$ 10.000,00

Neste caso, a conversão na data do Balanço Patrimonial é realizada pela taxa


de fechamento. Logo, temos que:

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Investimento = 90% x PL Final x taxa de fechamento


Investimento = 90% x 10.000,00 x 2,50 = R$ 22.500,00
Gabarito 20: D.

21. (FCC/Analista Ministerial – MPE-AP/2012) As obrigações, encargos e


riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive impostos sobre a Renda a pagar,
com base no resultado do exercício, serão computados no balanço pelo
a) valor atualizado até a data do balanço.
b) valor futuro das transações.
c) valor presente reduzido das provisões para exaustão.
d) valor de reposição.
e) custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis
na realização do seu valor.
Resolução:
As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive
Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão
computados pelo valor atualizado até a data do balanço. (Art. 184, I, Lei
6.404/76).
Gabarito 21: A.

22. (FCC/Adaptada/Auditor - Infraero/2011) Uma companhia brasileira


abriu uma filial no exterior com um investimento de 400.000 dólares
americanos. No final do exercício, houve desvalorização do dólar americano em
relação ao real, ocasionando uma mudança no valor do investimento em reais.
Essa diferença deverá ser contabilizada na companhia, de acordo com as atuais
normas de contabilidade vigentes no Brasil, como
(A) variação monetária ativa que comporá o resultado do exercício.
(B) variação monetária passiva que comporá o resultado do exercício.
(C) resultado negativo na avaliação do investimento pelo método da
equivalência patrimonial.
(D) resultado positivo pelo método da equivalência patrimonial.
(E) ajuste negativo de conversão cambial registrado diretamente no patrimônio
líquido.
Resolução:
Pessoal, no caso de investimentos em empresas no exterior, quando há
desvalorização do dólar americano em relação ao real, a investidora (companhia

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investidora) deve registrar um ajuste negativo de conversão cambial


registrado diretamente no patrimônio líquido, na conta Ajuste Acumulado
de Conversão, conforme lançamento abaixo:
D – Ajustes Acumulados de Conversão (Retificadora do PL)
C – Investimentos (Ativo)
Gabarito 22: E.

23. (FCC/Contador – Infraero/2009) Na ocasião da elaboração do balanço,


os saldos de passivos, tomados em moeda estrangeira, cujo contrato seja
efetuado com cláusula de paridade cambial deverão ser
(A) vertidos em reais pela taxa de câmbio funcional na data da operação.
(B) convertidos em reais pela variação média da taxa de apresentação.
(C) transformados em reais à taxa de fechamento da operação
(D) convertidos em reais à taxa de câmbio em vigor na data do balanço.
(E) atualizados pelo valor médio do período encerrado da taxa funcional.
Resolução:
Segundo a Lei nº 6.404/76, art. 184, temos que:
Art. 184. As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor
na data do balanço.
Gabarito 23: D.

24. (FCC/Contador – Infraero/2009) Os dividendos distribuídos


decorrentes de investimentos societários no exterior reconhecidos pelo método
de equivalência patrimonial devem ser
(A) reconhecidos pelo valor de mercado e registrados a débito da conta de
investimentos pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais
à taxa de câmbio média do período.
(B) registrados como redução da conta de investimentos pelo valor recebido em
moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do
recebimento.
(C) lançados como receitas pelo valor recebido em moeda estrangeira
convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento.
(D) reconhecidos pelo valor de mercado e registrados a débito de investimentos
pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à taxa de
câmbio funcional.
(E) creditado em conta de receita não operacional pelo valor recebido em moeda
estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio média do mercado.

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Resolução:
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método de
equivalência patrimonial devem ser registrados como redução da conta de
investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à
taxa de câmbio vigente na data do recebimento.
Gabarito 24: B.

25. (FCC/Contador – TJ - PI/2009) Uma companhia obteve um empréstimo


no exterior correspondente a 100.000 dólares americanos, com prazo de
vencimento de 5 anos. Os juros incidem trimestralmente a uma taxa de 8% ao
trimestre e são incorporados ao principal. O dólar americano estava cotado para
compra no dia do empréstimo a R$ 2,00 e no dia da primeira incidência dos
juros a R$ 2,20. Efetuada a atualização cambial do principal, já incorporado o
valor dos juros, o débito externo da companhia equivalia, na data da primeira
incidência de juros, em R$, a
(A) 220.000,00.
(B) 229.800,00.
(C) 237.600,00.
(D) 239.800,00.
(E) 240.200,00.
Resolução:
Como a questão solicita o valor da dívida da empresa, na data da primeira
incidência de juros, precisamos calcular os juros referente ao primeiro trimestre
antes de aplicar a taxa de câmbio para conversão.
1. Cálculo dos juros:
Juros no período = US$ 100.000,00 * 8% a.m. = US$ 8.000,00
Montante da dívida no 1º Trimestre = 100.000 + 8.000 = US$ 108.000,00

2. Dívida no 1º trimestre após a contratação do empréstimo:


Valor da dívida = US$ 108.000,00
Câmbio do registro dos juros = 2,20
Valor da dívida no 1º Trimestre = US$ 108.000,00 x R$ 2,20
Valor da dívida no 1º Trimestre = R$ 237.600,00
Gabarito 25: C.

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26. (FCC/Auditor Fiscal – SEFAZ SC/2018) Em 15/12/2017, uma empresa


realizou uma venda a prazo no valor total de US$ 300.000,00. Sabendo que a
taxa de câmbio em 15/12/2017 era R$ 3,00/US$, em 31/12/2017 era R$
3,50/US$ e a taxa de câmbio média do mês de dezembro de 2017 foi R$
3,20/US$, a empresa reconheceu, no mês de dezembro de 2017, uma Receita
de Vendas de
(A) R$ 900.000,00 e Receita Financeira de R$ 150.000,00.
(B) R$ 900.000,00 e Receita Financeira de R$ 60.000,00.
(C) R$ 1.050.000,00, apenas.
(D) R$ 960.000,00, apenas.
(E) R$ 960.000,00 e Receita Financeira de R$ 90.000,00.
Resolução:
Receita de vendas = US$ 300.000,00 x R$ 3,00/US$ = R$ 900.000,00
Receita financeira = US$ 300.000,00 x R$ 3,50/US$ - R$ 900.000,00
Receita financeira = R$ 150.000,00
Gabarito 26: A.

27. (FCC/Auditor Fiscal – SEFAZ SC/2018) A empresa Brasil Investe S.A.,


cuja moeda funcional é o Real, é controladora da empresa Ronald Corporation,
que atua nos Estados Unidos da América e tem como moeda funcional o dólar
americano. O Balanço Patrimonial da empresa Ronald Corporation, em
31/12/2017, apresentava os seguintes saldos, expressos em dólar americano:

O resultado líquido obtido em 2017 pela empresa Ronald Corporation, após a


conversão para a moeda funcional da empresa brasileira, foi R$ 5.940,00, e a
conta Reservas de Lucros da empresa, em 31/12/2016, convertida para reais,
apresentava o saldo de R$ 3.360,00.
As seguintes informações adicionais são conhecidas:

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− Os Estoques foram adquiridos em 31/10/2017.


− O Capital foi integralizado em 31/12/2014.
As cotações do dólar para diversas datas são as seguintes:

Após a conversão do Balanço Patrimonial da empresa Ronald Corporation para


reais, o
(A) total dos Ajustes Acumulados de Conversão é R$ 11.900,00.
(B) total do Ativo é R$ 85.140,00.
(C) Capital Social é R$ 40.000,00.
(D) total dos Ajustes Acumulados de Conversão é R$ 10.250,00.
(E) Patrimônio Líquido é R$ 39.300,00.
Resolução:
Ativo = 25.800 x R$ 4,00 = R$ 103.200,00
Passivo = 13.000 x 4,00 = R$ 52.000,00
PL = Ativo – Passivo = 103.200,00 - 52.000,00 = R$ 51.200,00
Capital Social = 10.000 x R$ 3,00 = R$ 30.000,00
Para encontrar o AAC, vamos utilizar o cálculo do PL
Capital Social + Lucro + Reservas de Lucros + AAC = PL
30.000 + 5.940 + 3.360 + AAC = 51.200
AAC = 51.200 – 30.000 – 9.300
AAC = R$ 11.900,00
Gabarito 27: A.

FGV
28. (FGV/Contador - SEFIN RO/2018) Uma sociedade empresária, situada
no Brasil, apresenta o seguinte balanço (em R$), em 31/12/2016.

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Em 31/01/2017, a sociedade empresária auferiu receitas e incorreu em


despesas, gerando um efeito líquido de R$ 10.000, que aumentou o saldo de
caixa.
A sociedade empresária precisa converter as demonstrações contábeis para
dólares, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02 - Efeitos das
Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis. O
valor do dólar, em 31/12/2016, era de R$3,00 e, em 31/01/2017, de R$3,20.
Assinale a opção que indica o valor da conta “Ajustes Acumulados de
Conversão”, referente ao mês de janeiro de 2017.
(A) R$ 2.083.
(B) R$ 3.125.
(C) R$ 3.333.
(D) R$ 31.250.
(E) R$ 33.333.
Resolução:
Método turbo para resolução no dia da prova:
Vamos aplicar a fórmula para encontrar o Ajuste Acumulado de Conversão
(AAC):
AAC = % [(PL Final x Tx de fechamento) – (PL Inicial x Tx Histórica) – (Resultado
x Tx Média)
AAC = 110.000 x 1/3,2 – 100.000 x 1/3 – 10.000 x 1/3,2 = 34.375 – 33.333 –
3.125 = -2.083 dólares
Se 1 dólar vale R$ 3,2, o valor de R$ 1,00 equivale a 1/3,2 dólar.
Substituímos a taxa média pela taxa da data da transação, que coincidiu com a
taxa de fechamento.
O único problema é que o resultado é em dólares e as alternativas estão em
reais.
Gabarito 28: A.

29. (FGV/Analista Legislativo - Contabilidade - ALE-RO/2018) Em


31/12/2014, uma empresa que tinha o real como moeda funcional, enviou R$
200.000 para construir uma subsidiária integral e independente nos Estados

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Unidos. Na data, a cotação do dólar era de R$ 2,66. Em 31/12/2015, a cotação


do dólar era de R$3,90.
Assinale a opção que indica a correta evidenciação do efeito da variação da
moeda nas demonstrações contábeis da empresa controladora, em 31/12/2015.
(A) Ajuste no Patrimônio Líquido
(B) Despesa financeira.
(C) Despesa a apropriar.
(D) Variação monetária ativa.
(E) Resultado de Exercícios Futuros.
Resolução:
As variações cambiais (variação da moeda) dos investimentos em controladas
ou coligadas deve ser registrado na conta Ajuste Acumulado de Conversão,
classificada no Patrimônio Líquido. Esta conta pode ter saldo devedor
(retificadora do PL) ou credor (PL) e será apropriada para o resultado do
exercício somente quando o investimento for baixado.
Ajuste Acumulado de Conversão é diferente de Ajuste de Avaliação Patrimonial.
Gabarito 29: A.

30. (FGV/Analista Econômico Financeiro – Gestão Contábil –


BANESTES/2018) Analise os seguintes fatores considerados na determinação
da moeda funcional de uma entidade, conforme definições do Pronunciamento
CPC 02 (R2) - Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de
demonstrações contábeis:
I. a moeda do país sede da entidade;
II. a moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços;
III. a moeda que mais influência fatores como mão de obra e matéria-prima;
IV. a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento.
Está correto somente o que consta em:
(A) I e II;
(B) II e III;
(C) III e IV;
(D) I, II e III;
(E) II, III e IV.
Resolução:

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Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual


a entidade opera.
O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é normalmente
aquele em que principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve
considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional:
(a) a moeda:
(i) que mais influencia os preços de venda de bens e serviços
(geralmente é a moeda na qual os preços de venda para seus bens e serviços
estão expressos e são liquidados); e
(ii) do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na
determinação dos preços de venda para seus bens e serviços;
(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-
prima e outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente
é a moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados).

Os seguintes fatores também podem servir como evidências para


determinar a moeda funcional da entidade:
(a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações).
(b) a moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades
operacionais são usualmente acumulados.

Com isso, os itens II, III e IV estão corretos.


Gabarito 30: E.

31. (FGV/Contador - MPE-AL/2018) Em 01/10/2017, uma entidade vendeu


mercadorias para o exterior por um valor equivalente a US$ 100.000 a prazo.
Na data, a cotação do dólar era de R$ 3,50. Foi estabelecido no contrato de
venda que a entidade compradora era responsável por eventuais danos às
mercadorias no transporte. A mercadoria foi embarcada em 10/10/2017,
quando a cotação do dólar era de R$ 3,60 e recebida em 10/11/2017, quando
a cotação do dólar era de R$ 3,70.
O pagamento foi feito em 15/12/2017. Na data, a cotação do dólar era de R$
3,80. Em 31/12/2017, a cotação do dólar era de R$ 3,65.
Assinale a opção que indica o valor contabilizado como receita por essa venda
na Demonstração do Resultado do Exercício da entidade, em 31/12/2017.
(A) R$ 350.000.
(B) R$ 360.000.

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(C) R$ 365.000.
(D) R$ 370.000.
(E) R$ 380.000.
Resolução:
Em 01/10/2017, a Receita de Vendas em R$ deve ser convertida com base
na taxa de câmbio da data da operação:
Valor da Receita = US$ 100.000,00
Câmbio no dia da venda (01/10/2017) = R$ 3,50/US$
Valor da Receita em R$= US$ 100.000,00 x R$ 3,50 = R$ 350.000,00
Gabarito 31: A.

32. (FGV/Contador - MPE-AL/2018) De acordo com o Pronunciamento


Técnico CPC 02 (R2) - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão
de Demonstrações Contábeis, a administração de uma entidade deve se valer
de julgamento para determinar a moeda funcional que representa com maior
fidedignidade os efeitos econômicos das transações, eventos e condições
subjacentes.
As opções a seguir listam os fatores que podem servir como evidência para
determinar a moeda funcional de uma entidade, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) A moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços.
(B) A moeda do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam
na determinação dos preços de venda para seus bens e serviços.
(C) A moeda que mais influencia fatores, como mão de obra, matéria prima e
outros custos, para o fornecimento de bens ou serviços.
(D) A moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento.
(E) A moeda do país de residência dos sócios da entidade.
Resolução:
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual
a entidade opera.
O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é normalmente
aquele em que principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve
considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional:
(a) a moeda:
(i) que mais influencia os preços de venda de bens e serviços
(geralmente é a moeda na qual os preços de venda para seus bens e serviços
estão expressos e são liquidados); e

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(ii) do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na


determinação dos preços de venda para seus bens e serviços;
(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-
prima e outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente
é a moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados).

Os seguintes fatores também podem servir como evidências para


determinar a moeda funcional da entidade:
(a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações).
(b) a moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades
operacionais são usualmente acumulados.

As letras A, B, C e D trazem exemplos solicitados pela questão.


Como o examinador quer a exceção, a alternativa é a letra E.
Gabarito 32: E.

33. (FGV/Contador – DPE MT/2015) Uma empresa tinha o real como moeda
funcional. Em 2013, a empresa enviou US$ 500.000,00 para constituir uma
subsidiária integral independente nos Estados Unidos, que equivaliam a R$
1.000.000,00.
Em 31/12/2013, o dólar estava cotado a R$ 2,358.
O efeito da variação da moeda nas demonstrações contábeis da empresa deve
ser evidenciado como
a) Resultado Financeiro.
b) Resultado de Equivalência Patrimonial.
c) Reserva de Lucros.
d) Ativos Intangíveis.
e) Ajuste no Patrimônio Líquido.
Resolução:
As variações cambiais dos investimentos em controladas ou coligadas deve ser
registrado na conta Ajuste Acumulado de Conversão, classificada no
Patrimônio Líquido. Esta conta pode ter saldo devedor (retificadora do PL) ou
credor (PL) e será apropriada para o resultado do exercício somente quando o
investimento for baixado.
Ajuste Acumulado de Conversão é diferente de Ajuste de Avaliação Patrimonial.
Gabarito 33: E.

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34. (FGV/Analista Legislativo - Contabilidade – Câmara Municipal


Caruaru/2015) No processo de apresentação de transações em moeda
estrangeira na moeda funcional, de acordo com o CPC 02 (R2) – Efeitos das
mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis, os
itens monetários em moeda estrangeira e os itens não monetários que são
mensurados pelo custo histórico em moeda estrangeira, ao término de cada
período de reporte, devem ser convertidos usando-se, respectivamente,
a) a taxa de câmbio de fechamento e a de fechamento.
b) a taxa de câmbio vigente na data de transação e a vigente na data de
transação.
c) a taxa de câmbio de fechamento e a vigente na data de transação.
d) a taxa de câmbio vigente na data de transação e a de fechamento.
e) a taxa de câmbio nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado.
Resolução:
CPC 02:
23. Ao término de cada período de reporte:
(a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos,
usando-se a taxa de câmbio de fechamento;
(b) os itens não monetários que são mensurados pelo custo histórico
em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa de câmbio
vigente na data da transação; e
(c) os itens não monetários que são mensurados pelo valor justo em moeda
estrangeira devem ser convertidos, usando-se as taxas de câmbio vigentes nas
datas em que o valor justo tiver sido mensurado. (Alterada pela Revisão CPC
03)
Gabarito 34: C.

35. (FGV/Contador – Câmara Municipal Recife/2014) Na conversão das


demonstrações contábeis, os ganhos ou perdas com as mudanças nas taxas de
câmbio são reconhecidos como:
a) resultado do exercício na conta de variação monetária passiva;
b) resultado abrangente na conta de ajuste acumulado de conversão;
c) resultado do exercício na conta de ajuste acumulado de conversão;
d) resultado abrangente na conta de ajuste de avaliação patrimonial;
e) resultado não realizado na conta de variação monetária passiva.
Resolução:

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As variações cambiais dos investimentos em controladas ou coligadas deve ser


registrado na conta Ajuste Acumulado de Conversão, classificada no Patrimônio
Líquido. Esta conta pode ter saldo devedor (retificadora do PL) ou credor (PL) e
será apropriada para o resultado do exercício somente quando o investimento
for baixado.
Assim, a conta Ajuste Acumulado de Conversão representa um item do
resultado abrangente.
Gabarito 35: B.

Outras Bancas
36. (Consulplan/Bacharel em Ciências Contábeis – Exame de
suficiência/2018.2) A NBC TG 02 detalha as definições de moeda funcional.
Conforme previsto pelo NBC TG 02, a moeda funcional da entidade pode ser
determinada por vários fatores. Todos os critérios a seguir podem ser utilizados
como evidência para definir a moeda funcional, EXCETO:
A) A moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços.
B) A moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento.
C) A moeda na qual a flutuação cambial é a menor possível quando comparada
ao dólar norte-americano.
D) A moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades operacionais
são usualmente acumulados.
Resolução:
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade
opera.
O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é normalmente aquele
em que principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve considerar
os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional:
A moeda:
 Que mais influencia os preços de venda de bens e serviços (letra A)
 Do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na
determinação dos preços de venda para seus bens e serviços;
 A moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima e
outros custos para o fornecimento de bens ou serviços.
 A moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações) (letra B).
 A moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades
operacionais são usualmente acumulados (letra D).

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Logo, a única alternativa que não possui amparo na norma é a letra C, pois não
existe essa condição para definição de moeda funcional.
Gabarito 36: C.

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12. Lista de Exercícios

01. (CESPE/AJ - Apoio Especializado – Contadoria - STJ/2015) Com


relação aos critérios de avaliação de ativos de companhias abertas, julgue o
item a seguir.
As disponibilidades em moeda estrangeira devem ter seus saldos contábeis
convertidos para a moeda nacional com base na taxa de câmbio corrente na
data do balanço. As variações cambiais resultantes dessa conversão devem ser
registradas em conta de receita, caso haja valorização do real em relação à
moeda estrangeira, ou em conta de despesa, se houver desvalorização do real
em relação à moeda estrangeira.
( ) Certo ou ( ) Errado.

02. (CESPE/Contador - FUB/2015) Por ocasião do balanço patrimonial,


eventuais saldos remanescentes de Imposto sobre operações financeiras (IOF)
sobre importações a prazo a pagar devem ser atualizados pela variação cambial
registrada no período.
( ) Certo ou ( ) Errado.

03. (CESPE/Contador - CADE/2014) Com base nos pronunciamentos do CPC


e nos seus reflexos na elaboração e divulgação das demonstrações contábeis,
julgue o item a seguir.
Empresas que possuem itens não monetários mensurados pelo valor justo em
moeda estrangeira devem realizar a conversão monetária utilizando as taxas de
câmbio vigentes nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado e for
evidenciado no balanço patrimonial em moeda funcional.
( ) Certo ou ( ) Errado.

04. (CESPE/Perito Criminal – Polícia Federal/2013) No item a seguir é


apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Uma companhia brasileira é investidora de uma companhia estrangeira, que
elabora suas demonstrações financeiras usando o dólar norte-americano. Nessa
situação, para realizar a conversão das demonstrações para a moeda funcional
da investidora, utilizando o método da taxa corrente, a investidora deverá
converter os valores dos ativos e passivos pela taxa de fechamento do dólar na
data do respectivo balanço. As receitas e as despesas deverão ser convertidas
pelas taxas cambiais em vigor nas datas das transações ou pela taxa média do
período, sendo reconhecidas as variações cambiais resultantes em conta
específica do patrimônio líquido.
( ) Certo ou ( ) Errado.

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05. (CESPE/Contador - TJ RR/2012) Com a aplicação de critérios contábeis


homogêneos advindos das normas internacionais de contabilidade e dos
pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as empresas
e os contadores procuraram adequar-se ao novo arcabouço de padrões
contábeis em relação ao registro e à mensuração dos eventos contábeis. A
respeito desse assunto, julgue o item.
Suponha que, para o reconhecimento do investimento societário no exterior,
determinada investidora tenha recebido os dados constantes da tabela abaixo.

Nesse caso, se o total dos tributos sobre o lucro contabilizados durante o período
foi de USD 3.000,00 e se a investidora detém 90% do investimento societário
no exterior, então, após as conversões necessárias, a investidora terá
contabilizado uma receita de equivalência superior a $ 28.000,00.
( ) Certo ou ( ) Errado.

06. (CESPE/Analista - Contabilidade e Finanças - BACEN/2013) Para


conversão de participações de entidades no exterior, deve-se utilizar a taxa de
câmbio mais próxima da taxa vigente na data da transação, que pode ser
expressa pela taxa média semanal ou mensal, mesmo em períodos de
significativa flutuação de câmbio.
( ) Certo ou ( ) Errado.

07. (CESPE/Auditor de Controle Externo - TCE-ES/2013) Considere que,


em novembro de 2012, determinada empresa tenha comprado mercadoria do
exterior pelo valor de 50.000 euros, com a paridade da moeda de €1,00 = R$
3,00. Considere, ainda, que, no final do exercício, essa mercadoria continue em
estoque e que a cotação do euro tenha sido igual a R$ 2,80. Nessa situação, é
correto afirmar que, no final do exercício, período em que foi realizado um
lançamento para registrar o efeito da variação cambial, o balanço patrimonial
evidenciou o estoque da referida mercadoria no valor de R$ 140.000,00.
( ) Certo ou ( ) Errado.

08. (CESPE/Contador - TJ RR/2012) Com a aplicação de critérios contábeis


homogêneos advindos das normas internacionais de contabilidade e dos

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pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as empresas


e os contadores procuraram adequar-se ao novo arcabouço de padrões
contábeis em relação ao registro e à mensuração dos eventos contábeis. A
respeito desse assunto, julgue o item.
Considere que a Cia Alfa tenha fechado o seu balanço patrimonial, em USD, em
31/12/X2, com os saldos constantes da tabela a seguir.

Nesse caso, se o capital social foi integralizado em 1.º/1/X2, cuja taxa de


câmbio era de $ 1,50, se o valor relativo à conversão do resultado do exercício
foi de $ 3.500,00 e se a taxa de fechamento do câmbio na data do balanço
(31/12/X2) era de $ 2,00, então, após a conversão do balanço patrimonial, o
saldo relativo ao ajuste acumulado de conversão, nesse exercício, foi de $
10.500,00.
( ) Certo ou ( ) Errado.

09. (CESPE/Especialista - ANAC/2012) Acerca dos aspectos relacionados a


operações entre sociedades e ao comércio exterior, julgue o item a seguir.
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método de
equivalência patrimonial devem ser registrados como receita do exercício em

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que efetivamente ocorrerem, pelo valor recebido em moeda estrangeira,


convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento.
( ) Certo ou ( ) Errado.

10. (FCC/Analista – Contabilidade – DPE – RS/2017) Em 1/7/2017 uma


empresa realizou uma venda a prazo, para um cliente no exterior, no valor total
de US$ 200.000,00. Sabendo que a taxa de câmbio em 1/7/2017 era R$
3,20/US$, em 31/7/2017 era R$ 3,00/US$ e a taxa de câmbio média do mês
de julho de 2017 foi R$ 3,10/US$, a empresa reconheceu no resultado do mês
de julho de 2017 Receita de vendas de
(A) R$ 600.000,00, apenas.
(B) R$ 640.000,00, apenas.
(C) R$ 620.000,00 e despesa financeira de R$ 20.000
(D) R$ 640.000,00 e despesa financeira de R$ 40.000,00
(E) R$ 620.000,00, apenas.

11. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade - TRT 20ª/2016) Em


30/12/20x1, a Cia Endividada contrata um empréstimo de U$ 3 milhões, nas
seguintes condições: prazo total de 60 meses, juros de 1% ao mês, com
carência de principal e juros de 2 anos e pagamento em 3 parcelas anuais de
principal e juros, após o período de carência pagos no primeiro dia útil do
período seguinte. Nessas condições a empresa deverá
(A) registrar como Despesa Financeira os juros incidentes sobre o contrato a
partir de 30/12/20x3 logo após a extinção do período de carência dos juros.
(B) somente atualizar o saldo devedor e iniciar o registro da variação cambial
do contrato por ocasião do efetivo pagamento do principal e dos juros.
(C) reconhecer a variação cambial do valor do principal como encargos a
apropriar no período de carência.
(D) identificar e registrar a variação cambial incidente sobre os valores da
operação apropriando mensalmente os juros contratuais mesmo quando não
pagos.
(E) no período de carência de juros, registrar em conta devedora de juros a
apropriar o valor mensal desses encargos.

12. (FCC/Contador - ALEMS/2016) Em 10/05/2016, a Cia. Brasileira


realizou uma venda a prazo no valor total de US$ 200.000,00. Sabendo que a
taxa de câmbio em 10/05/2016 era R$ 3,50/US$, em 30/05/2016 era R$

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3,30/US$ e a taxa de câmbio média do mês de maio de 2016 foi R$ 3,40/US$,


a Cia. Brasileira reconheceu, no mês de maio de 2016, Receita de Vendas de
(A) R$ 700.000,00, apenas.
(B) R$ 660.000,00 apenas.
(C) R$ 680.000,00 apenas.
(D) R$ 680.000,00 e despesa financeira de R$ 20.000,00.
(E) R$ 700.000,00 e despesa financeira de R$ 40.000,00.

13. (FCC/Analista – Contabilidade – CNMP/2015) No dia 01/12/2013 a


empresa Endividada S.A. obteve um empréstimo do exterior no valor total de
US$ 1.000.000,00 (um milhão de dólares), para ser pago integralmente
(principal e juros) em 01/12/2014. A taxa de juros contratada foi 1% ao mês e
as informações sobre as cotações da taxa de câmbio, em várias datas, eram as
seguintes:

Com base nestas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial da


empresa Endividada S.A., em 31/12/2013, referente a este empréstimo foi, em
reais,
a) 2.650.000,00.
b) 2.727.000,00.
c) 2.706.800,00.
d) 2.676.500,00.
e) 2.929.000,00.

14. (FCC/Julgador Administrativo Tributário-SEFAZ PE/2015) A Cia.


Empréstimos S.A. obteve, em 01/12/2014, um empréstimo de US$ 500.000,00,
para ser pago integralmente em 01/12/2015. Não há incidência de juros sobre
o empréstimo e na data da obtenção a taxa de câmbio era R$ 2,65/US$ 1,00.
Em 31/12/2014, a taxa de câmbio era R$ 2,70/US$ 1,00 e a taxa de câmbio
média do mês de dezembro de 2014 foi R$ 2,68/US$ 1,00.
Em 31/12/2014, a taxa de câmbio projetada para 01/12/2015 era R$ 2,90/US$
1,00. Com base nestas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial
da Cia. Empréstimos S.A. referente a este empréstimo foi

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a) R$ 1.325.000,00, em 31/12/2014.
b) R$ 1.350.000,00, em 31/12/2014.
c) R$ 1.340.000,00, em 31/12/2014.
d) R$ 1.450.000,00, em 31/12/2014.
e) R$ 1.340.000,00, em 01/12/2014.

15. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade - TRT - 16ª REGIÃO


(MA)/2014) A Cia. Internacional S.A. obteve, em 31/12/2013, um empréstimo
de US$300.000,00 atualizado apenas pela variação cambial, para ser liquidado
em uma única parcela em 31/12/2015. Na data da obtenção do empréstimo a
taxa de câmbio era R$2,40/US$1,00 e em 31/01/2014, a taxa de câmbio era
R$2,45/US$1,00. A taxa de câmbio média do mês de janeiro de 2014 foi R$2,50
/US$1,00.

Sabendo que em 31/01/2014 a taxa de câmbio projetada para 31/12/2015 era


R$2,35/US$1,00, é correto afirmar que o valor apresentado no Balanço
Patrimonial da Cia. Internacional S.A., referente a este empréstimo, foi
a) R$ 705.000,00, em 31/01/2014.
b) R$ 705.000,00, em 31/12/2013.
c) R$ 720.000,00, em 31/01/2014.
d) R$ 735.000,00, em 31/01/2014.
e) R$ 750.000,00, em 31/01/2014.

16. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - SEFAZ – SP/2013) A Empresa


Devedora S.A. adquiriu um financiamento de US$ 10,000.00 (dez mil dólares),
em 1 de dezembro de 2012, e deverá quitá-lo, em 1 de outubro de 2013. Na
data da aquisição do financiamento, a taxa do dólar (cotação) era R$ 1,70.
Sabendo-se que, em 31 de dezembro de 2012, o dólar estava cotado a R$ 1,45,
a variação cambial, referente ao período de 01/12/2012 a 31/12/2012, foi
a) ativa de R$ 2.500,00, que reduz o saldo da conta Ajustes de Avaliação
Patrimonial.
b) ativa de R$ 2.500,00, que aumenta o ativo circulante da empresa.
c) ativa de R$ 2.500,00, que reduz o passivo circulante da empresa.
d) passiva de R$ 2.500,00, que reduz o passivo circulante da empresa.
e) passiva de R$ 2.500,00, que aumenta o passivo circulante da empresa.

17. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - SEFAZ – SP/2013) Em 31/10/2012, a


Cia. Endividada, com operações apenas no Brasil, obteve um empréstimo em

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moeda estrangeira no valor de US$ 100.000,00. Este empréstimo deve ser


apresentado no Balanço Patrimonial, em 31/12/2012, à taxa de câmbio
a) do dia da obtenção do empréstimo.
b) da data do Balanço Patrimonial.
c) média do mês em que o empréstimo foi obtido.
d) do dia da obtenção do empréstimo mais correção monetária.
e) determinada entre as partes envolvidas.

18. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade – TRE - RO/2013)


Desconsiderando economia hiperinflacionária, em relação ao processo de
conversão das demonstrações contábeis, é correto afirmar que
a) o balanço patrimonial e a demonstração de resultados são convertidos à taxa
de câmbio de fechamento na data da respectiva demonstração.
b) as receitas e as despesas devem ser convertidas à taxa de câmbio de
fechamento na data da respectiva demonstração.
c) os ativos e os passivos devem ser convertidos às taxas de câmbio históricas
nas datas das respectivas operações.
d) os ativos e os passivos devem ser convertidos à taxa de câmbio de
fechamento na data do respectivo balanço.
e) os aumentos de capital devem ser convertidos à taxa média anual em que a
operação foi realizada.

Instruções: Considere as informações, a seguir, para responder as


próximas duas questões:
A Cia. ABC (Investidora) adquiriu, em 01 de dezembro de 20x1, 90% das ações
da Cia. XYZ (Investida), que se encontra instalada em Portugal. Em 31 de
dezembro de 20x1, a Cia. XYZ apresentou a seguinte posição financeira:

19. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - SEFAZ – SP/2013) A conversão do


Balanço Patrimonial da Cia. XYZ (para Reais), em 31/12/20x1, gera um registro
na Conta Ajuste Acumulado de Conversão, na Cia. ABC, no valor de, em R$,

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a) 1.912,50.
b) 2.500,00.
c) 4.162,50
d) 4.500,00.
e) 5.000,00.

20. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - SEFAZ – SP/2013) Com base nos


dados contábeis fornecidos pela Cia. XYZ (Investida) e as cotações do € euro
após a conversão, o valor do investimento da Cia. ABC (investidora) é, em 31
de dezembro de 20x1, em R$,
a) 15.300,00.
b) 18.000,00.
c) 19.125,00.
d) 22.500,00.
e) 25.000,00.

21. (FCC/Analista Ministerial – MPE-AP/2012) As obrigações, encargos e


riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive impostos sobre a Renda a pagar,
com base no resultado do exercício, serão computados no balanço pelo
a) valor atualizado até a data do balanço.
b) valor futuro das transações.
c) valor presente reduzido das provisões para exaustão.
d) valor de reposição.
e) custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis
na realização do seu valor.

22. (FCC/Adaptada/Auditor - Infraero/2011) Uma companhia brasileira


abriu uma filial no exterior com um investimento de 400.000 dólares
americanos. No final do exercício, houve desvalorização do dólar americano em
relação ao real, ocasionando uma mudança no valor do investimento em reais.
Essa diferença deverá ser contabilizada na companhia, de acordo com as atuais
normas de contabilidade vigentes no Brasil, como
(A) variação monetária ativa que comporá o resultado do exercício.
(B) variação monetária passiva que comporá o resultado do exercício.
(C) resultado negativo na avaliação do investimento pelo método da
equivalência patrimonial.

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(D) resultado positivo pelo método da equivalência patrimonial.


(E) ajuste negativo de conversão cambial registrado diretamente no patrimônio
líquido.

23. (FCC/Contador – Infraero/2009) Na ocasião da elaboração do balanço,


os saldos de passivos, tomados em moeda estrangeira, cujo contrato seja
efetuado com cláusula de paridade cambial deverão ser
(A) vertidos em reais pela taxa de câmbio funcional na data da operação.
(B) convertidos em reais pela variação média da taxa de apresentação.
(C) transformados em reais à taxa de fechamento da operação
(D) convertidos em reais à taxa de câmbio em vigor na data do balanço.
(E) atualizados pelo valor médio do período encerrado da taxa funcional.

24. (FCC/Contador – Infraero/2009) Os dividendos distribuídos


decorrentes de investimentos societários no exterior reconhecidos pelo método
de equivalência patrimonial devem ser
(A) reconhecidos pelo valor de mercado e registrados a débito da conta de
investimentos pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais
à taxa de câmbio média do período.
(B) registrados como redução da conta de investimentos pelo valor recebido em
moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do
recebimento.
(C) lançados como receitas pelo valor recebido em moeda estrangeira
convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento.
(D) reconhecidos pelo valor de mercado e registrados a débito de investimentos
pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à taxa de
câmbio funcional.
(E) creditado em conta de receita não operacional pelo valor recebido em moeda
estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio média do mercado.

25. (FCC/Contador – TJ - PI/2009) Uma companhia obteve um empréstimo


no exterior correspondente a 100.000 dólares americanos, com prazo de
vencimento de 5 anos. Os juros incidem trimestralmente a uma taxa de 8% ao
trimestre e são incorporados ao principal. O dólar americano estava cotado para
compra no dia do empréstimo a R$ 2,00 e no dia da primeira incidência dos
juros a R$ 2,20. Efetuada a atualização cambial do principal, já incorporado o
valor dos juros, o débito externo da companhia equivalia, na data da primeira
incidência de juros, em R$, a
(A) 220.000,00.

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(B) 229.800,00.
(C) 237.600,00.
(D) 239.800,00.
(E) 240.200,00.

26. (FCC/Auditor Fiscal – SEFAZ SC/2018) Em 15/12/2017, uma empresa


realizou uma venda a prazo no valor total de US$ 300.000,00. Sabendo que a
taxa de câmbio em 15/12/2017 era R$ 3,00/US$, em 31/12/2017 era R$
3,50/US$ e a taxa de câmbio média do mês de dezembro de 2017 foi R$
3,20/US$, a empresa reconheceu, no mês de dezembro de 2017, uma Receita
de Vendas de
(A) R$ 900.000,00 e Receita Financeira de R$ 150.000,00.
(B) R$ 900.000,00 e Receita Financeira de R$ 60.000,00.
(C) R$ 1.050.000,00, apenas.
(D) R$ 960.000,00, apenas.
(E) R$ 960.000,00 e Receita Financeira de R$ 90.000,00.

27. (FCC/Auditor Fiscal – SEFAZ SC/2018) A empresa Brasil Investe S.A.,


cuja moeda funcional é o Real, é controladora da empresa Ronald Corporation,
que atua nos Estados Unidos da América e tem como moeda funcional o dólar
americano. O Balanço Patrimonial da empresa Ronald Corporation, em
31/12/2017, apresentava os seguintes saldos, expressos em dólar americano:

O resultado líquido obtido em 2017 pela empresa Ronald Corporation, após a


conversão para a moeda funcional da empresa brasileira, foi R$ 5.940,00, e a
conta Reservas de Lucros da empresa, em 31/12/2016, convertida para reais,
apresentava o saldo de R$ 3.360,00.
As seguintes informações adicionais são conhecidas:

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− Os Estoques foram adquiridos em 31/10/2017.


− O Capital foi integralizado em 31/12/2014.
As cotações do dólar para diversas datas são as seguintes:

Após a conversão do Balanço Patrimonial da empresa Ronald Corporation para


reais, o
(B) total dos Ajustes Acumulados de Conversão é R$ 11.900,00.
(B) total do Ativo é R$ 85.140,00.
(C) Capital Social é R$ 40.000,00.
(D) total dos Ajustes Acumulados de Conversão é R$ 10.250,00.
(E) Patrimônio Líquido é R$ 39.300,00.

28. (FGV/Contador - SEFIN RO/2018) Uma sociedade empresária, situada


no Brasil, apresenta o seguinte balanço (em R$), em 31/12/2016.

Em 31/01/2017, a sociedade empresária auferiu receitas e incorreu em


despesas, gerando um efeito líquido de R$ 10.000, que aumentou o saldo de
caixa.
A sociedade empresária precisa converter as demonstrações contábeis para
dólares, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02 - Efeitos das
Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis. O
valor do dólar, em 31/12/2016, era de R$3,00 e, em 31/01/2017, de R$3,20.
Assinale a opção que indica o valor da conta “Ajustes Acumulados de
Conversão”, referente ao mês de janeiro de 2017.
(A) R$ 2.083.
(B) R$ 3.125.
(C) R$ 3.333.

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(D) R$ 31.250.
(E) R$ 33.333.

29. (FGV/Analista Legislativo - Contabilidade - ALE-RO/2018) Em


31/12/2014, uma empresa que tinha o real como moeda funcional, enviou R$
200.000 para construir uma subsidiária integral e independente nos Estados
Unidos. Na data, a cotação do dólar era de R$ 2,66. Em 31/12/2015, a cotação
do dólar era de R$3,90.
Assinale a opção que indica a correta evidenciação do efeito da variação da
moeda nas demonstrações contábeis da empresa controladora, em 31/12/2015.
(A) Ajuste no Patrimônio Líquido
(B) Despesa financeira.
(C) Despesa a apropriar.
(D) Variação monetária ativa.
(E) Resultado de Exercícios Futuros.

30. (FGV/Analista Econômico Financeiro – Gestão Contábil –


BANESTES/2018) Analise os seguintes fatores considerados na determinação
da moeda funcional de uma entidade, conforme definições do Pronunciamento
CPC 02 (R2) - Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de
demonstrações contábeis:
I. a moeda do país sede da entidade;
II. a moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços;
III. a moeda que mais influência fatores como mão de obra e matéria-prima;
IV. a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento.
Está correto somente o que consta em:
(A) I e II;
(B) II e III;
(C) III e IV;
(D) I, II e III;
(E) II, III e IV.

31. (FGV/Contador - MPE-AL/2018) Em 01/10/2017, uma entidade vendeu


mercadorias para o exterior por um valor equivalente a US$ 100.000 a prazo.
Na data, a cotação do dólar era de R$ 3,50. Foi estabelecido no contrato de

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venda que a entidade compradora era responsável por eventuais danos às


mercadorias no transporte. A mercadoria foi embarcada em 10/10/2017,
quando a cotação do dólar era de R$ 3,60 e recebida em 10/11/2017, quando
a cotação do dólar era de R$ 3,70.
O pagamento foi feito em 15/12/2017. Na data, a cotação do dólar era de R$
3,80. Em 31/12/2017, a cotação do dólar era de R$ 3,65.
Assinale a opção que indica o valor contabilizado como receita por essa venda
na Demonstração do Resultado do Exercício da entidade, em 31/12/2017.
(A) R$ 350.000.
(B) R$ 360.000.
(C) R$ 365.000.
(D) R$ 370.000.
(E) R$ 380.000.

32. (FGV/Contador - MPE-AL/2018) De acordo com o Pronunciamento


Técnico CPC 02 (R2) - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão
de Demonstrações Contábeis, a administração de uma entidade deve se valer
de julgamento para determinar a moeda funcional que representa com maior
fidedignidade os efeitos econômicos das transações, eventos e condições
subjacentes.
As opções a seguir listam os fatores que podem servir como evidência para
determinar a moeda funcional de uma entidade, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) A moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços.
(B) A moeda do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam
na determinação dos preços de venda para seus bens e serviços.
(C) A moeda que mais influencia fatores, como mão de obra, matéria prima e
outros custos, para o fornecimento de bens ou serviços.
(D) A moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento.
(E) A moeda do país de residência dos sócios da entidade.

33. (FGV/Contador – DPE MT/2015) Uma empresa tinha o real como moeda
funcional. Em 2013, a empresa enviou US$ 500.000,00 para constituir uma
subsidiária integral independente nos Estados Unidos, que equivaliam a R$
1.000.000,00.
Em 31/12/2013, o dólar estava cotado a R$ 2,358.
O efeito da variação da moeda nas demonstrações contábeis da empresa deve
ser evidenciado como

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a) Resultado Financeiro.
b) Resultado de Equivalência Patrimonial.
c) Reserva de Lucros.
d) Ativos Intangíveis.
e) Ajuste no Patrimônio Líquido.

34. (FGV/Analista Legislativo - Contabilidade – Câmara Municipal


Caruaru/2015) No processo de apresentação de transações em moeda
estrangeira na moeda funcional, de acordo com o CPC 02 (R2) – Efeitos das
mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis, os
itens monetários em moeda estrangeira e os itens não monetários que são
mensurados pelo custo histórico em moeda estrangeira, ao término de cada
período de reporte, devem ser convertidos usando-se, respectivamente,
a) a taxa de câmbio de fechamento e a de fechamento.
b) a taxa de câmbio vigente na data de transação e a vigente na data de
transação.
c) a taxa de câmbio de fechamento e a vigente na data de transação.
d) a taxa de câmbio vigente na data de transação e a de fechamento.
e) a taxa de câmbio nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado.

35. (FGV/Contador – Câmara Municipal Recife/2014) Na conversão das


demonstrações contábeis, os ganhos ou perdas com as mudanças nas taxas de
câmbio são reconhecidos como:
a) resultado do exercício na conta de variação monetária passiva;
b) resultado abrangente na conta de ajuste acumulado de conversão;
c) resultado do exercício na conta de ajuste acumulado de conversão;
d) resultado abrangente na conta de ajuste de avaliação patrimonial;
e) resultado não realizado na conta de variação monetária passiva.

36. (Consulplan/Bacharel em Ciências Contábeis – Exame de


suficiência/2018.2) A NBC TG 02 detalha as definições de moeda funcional.
Conforme previsto pelo NBC TG 02, a moeda funcional da entidade pode ser
determinada por vários fatores. Todos os critérios a seguir podem ser utilizados
como evidência para definir a moeda funcional, EXCETO:
A) A moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços.
B) A moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento.

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C) A moeda na qual a flutuação cambial é a menor possível quando comparada


ao dólar norte-americano.
D) A moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades operacionais
são usualmente acumulados.

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13. Gabarito

Gabarito 1: Errado. Gabarito 14: B. Gabarito 27: A.

Gabarito 2: Certo. Gabarito 15: D. Gabarito 28: A.

Gabarito 3: Certo. Gabarito 16: C. Gabarito 29: A.

Gabarito 4: Certo. Gabarito 17: B. Gabarito 30: E.

Gabarito 5: Certo. Gabarito 18: D. Gabarito 31: A.

Gabarito 6: Errado. Gabarito 19: C. Gabarito 32: E.

Gabarito 7: Errado. Gabarito 20: D. Gabarito 33: E.

Gabarito 8: Certo. Gabarito 21: A. Gabarito 34: C.

Gabarito 9: Errado. Gabarito 22: E. Gabarito 35: B.

Gabarito 10: D. Gabarito 23: D. Gabarito 36: C.

Gabarito 11: D. Gabarito 24: B.

Gabarito 12: E. Gabarito 25: C.

Gabarito 13: B. Gabarito 26: A.

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