Petição Habilitação Crédito Extraconcursal Nádia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

Intermediária – Pedido de Habilitação de Crédito Extraconcursal –

Recuperação Judicial

JUÍZO DE DIREITO DA 93ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE


WITMARSUM-SC

Autos 93/93

CHARLES MILLES MANSON, brasileiro, solteiro, motorista, Carteira


de identidade de nº. 0, inscrito no CPF de nº. 0, residente e
domiciliado na Rua X, por intermédio de seu Advogado constituído no
instrumento de mandato anexo e ao final assinado, vem à presença
deste juízo, com fundamento na Lei nº 11.101, de 9-2-2005, propor a
presente:

HABILITAÇÃO DE CRÉDITO EXTRACONCURSAL

em face de THELEMA CONSTRUÇÕES LTDA, já devidamente


qualificada nos autos, pelos motivos de fato e de direito que abaixo
expõe:

DO CRÉDITO

O Habilitante é credor EXTRACONCURSAL da massa falida. Os


créditos de natureza trabalhista no valor de R$ 159.447,51 (cento e
cinqüenta e nove mil reais e quatrocentos e quarenta e sete reais com
cinqüenta e um centavos), representado pela CERTIDÃO DE
CRÉDITO em anexo.

DO CRÉDITO EXTRACONCURSAL

No quadro geral dos credores o crédito deverá figurar como crédito


EXTRACONCURSAL tento em vista tratar-se de crédito trabalhista.

DO PEDIDO

Pelo exposto, requer a HABILITAÇÃO de seu crédito no valor


apontado, com a correção monetária, acrescido de juros de 1% ao
mês, classificando como Crédito Privilegiado, tento em vista tratar-se
de crédito trabalhista.

Os créditos deverão ser depositados no Banco Banco, agência 0,


conta corrente 0, de titularidade do seu Advogado Irving Kanarek, CPF
0, conforme poderes conferidos na procuração anexa.
Dá-se o valor de R$ 159.447,51 para todos os efeitos legais.

Nesses termos, Pede deferimento.

Witmarsum, 13 de março de 2021

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA EMPRESARIAL DA


COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/RJ

[…]

DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA


Processo Principal nº …
Processo (certidão de crédito) nº …
FULANO DE TAL, (qualificação), vem, por seu advogado infra-assinado,
respeitosamente à presença de V. Exª., requerer HABILITAÇÃO DE
CRÉDITO na Recuperação Judicial nº …, em nome da empresa ABCDFG
LTDA., inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, sob o número ….,
com sede à Rua (endereço completo).
DAS PUBLICAÇOES, NOTIFICAÇÕES E INTIMAÇÕES
Por demandar em causa própria requer o habilitante a Vossa Excelência que
todas as publicações, notificações e intimações sejam realizadas em nome
do Dr. ADVOGADO, inscrito na OAB/RJ sob o nº …, com escritório à (endereço
completo), e-mail: ….. Logo, pugna desde já pela regularização das anotações
na autuação, no sistema e na capa dos autos, a fim de evitar qualquer
nulidade, “ex vi” do art. 272, § 2º do Código de Processo Civil.
Termos em que,

Pede deferimento!

Cidade, data

ADVOGADO

OAB/RJ

DOS FATOS E FUNDAMENTOS


Em prólogo, o Autor, ora Habilitante, é credor da empresa Ré, conforme a ata
de audiência, em que restou firmado um acordo entre as partes, nos autos do
processo de nº …. Todavia, a Ré, teve seu pedido de Recuperação Judicial,
antes de quitar o mencionado acordo, homologado, nos autos do processo nº
…., conforme a r. decisão, ora juntada aos autos.
Desta forma, o Autor trata-se de credor da Recuperanda, na importância de R$
….., como se depreende da certidão de crédito para protesto, referente ao
requerimento nº …., expedida pelo …. Juizado Especial Cível da Comarca da
Capital, nos autos do processo nº ……., ora adunada aos autos.
Ocorre que, mesmo sendo a Ré, ora Recuperanda, intimada para o pagamento
dos credores, o Autor não percebeu a quantia de quem direito, comprovada
pela certidão de crédito e pelo próprio protesto, anexados aos autos, de modo
que vem por meio deste remédio jurídico habilitar seu crédito, nos autos do
processo de recuperação judicial, nº …. como passa a expor.

Considerando ter o Autor, ora Habilitante, direito ao crédito acima, conforme a


r. decisão de homologação de crédito publicada, em nome do mesmo, juntada
aos autos, bem como ter o MM. Juízo do Juizado Especial Cível expedido a
certidão de crédito, adunada aos autos do processo nº ….., torna o Habilitante
parte legítima para perceber o crédito, mais uma vez, no valor de R$ ….
Tanto é verdade que o Autor não recebeu o valor de R$ …., que em (data),
restou registrada na r. decisão de fl…, dos autos de nº ….., como se depreende
da cópia anexada aos autos, a falta de honra, por parte da Ré, ora
Recuperanda, ao seu plano de Recuperação Judicial, eis que a mesma não
realizou o pagamento devido aos credores.
Diante do exposto, puna-se ao Administrador Judicial que seja acolhida a
presente habilitação do crédito para incluir em nome do credor, FULANO DE
TAL (qualificação), o valor de R$ …., a fim de que seja posteriormente
publicado o mesmo em edital, em atendimento ao artigo 7º, §2º, c/c artigo 9º,
ambos da Lei 11.101/05, e realizado o pagamento do referido crédito, por meio
de mandado de pagamento, em nome no Habilitante.
Termos em que,

Pede deferimento!

Cidade, data

ADVOGADO
XCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA
VARA ___ DA COMARCA DE CIDADE.

Distribuição por dependência aos autos nº. Número do Processo

Nome Completo, qualificação, por intermédio de seu


procurador que subscreve, vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, requerer seja dado início a
fase de:
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Em face de Razão Social, qualificação, pelas razões


fáticas e jurídicas a seguir aduzidas.

1. DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

A parte Executada foi condenada nos autos nº. Informação Omitidaa pagar
importância em favor da Exequente, cujo julgamento ocorreu em 28/06/2019,
transitando em julgado a referida sentença. A M.M. Juíza condenou a parte Executada
nos seguintes termos:

Informação Omitida

A parte Exequente requer o início da fase de cumprimento se sentença do


principal, nos termos do artigo 513 do Código de Processo Civil, e, caso eventualmente
tenha sido interposto no prazo legal e apenas não movimentado, requer-se o
prosseguimento do cumprimento de sentença provisório

O valor atualizado na presente data é de R$Informação Omitida, conforme


atualização monetária anexa.
2. DO CRÉDITO EXTRACONCURSAL

Insta salientar que a Executada Informação Omitida tem vigente plano de


recuperação judicial que prevê o pagamento dos créditos de duas formas: a) créditos
concursais, cujo fato gerador é anterior a 20/06/2016, logo, é sujeito à Recuperação
Judicial; b) créditos extraconcursais, que tem fato gerador posterior a 20/06/2016, e,
consequentemente, não estão sujeitos à Recuperação Judicial, como no presente caso.
Do processo da recuperação judicial (autos nº. Informação Omitida do TJRJ),
extrai-se da decisão do M.M. Juiz, Dr. Fernando C. F. Viana:

AVISO SOBRE OS CRÉDITOS DETIDOS CONTRA O GRUPO OI/TELEMAR 1. Com a realização da


Assembleia Geral de Credores em 19.12.2017, os processos em que as empresas do Grupo OI/TELEMAR
são parte poderão seguir dois trâmites distintos, a depender se o objeto da demanda diz respeito a
créditos concursais (fato gerador constituído antes de 20.06.2016 e, por isso, sujeito à Recuperação
Judicial) ou a créditos extraconcursais (fato gerador constituído após 20.06.2016 e, por isso, não sujeito
à Recuperação Judicial). 2. Os processos que tiverem por objeto créditos concursais devem prosseguir
até a liquidação do valor do crédito, que deve ser atualizado até 20.06.2016. Com o crédito líquido, e
após o trânsito em julgado de eventual impugnação ou embargos, o Juízo de origem deverá emitir a
respectiva certidão de crédito e extinguir o processo para que o credor concursal possa se habilitar nos
autos da recuperação judicial e o crédito respectivo ser pago na forma do Plano de Recuperação
Judicial, restando vedada, portanto, a prática de quaisquer atos de constrição pelos Juízos de origem. 3.
Os processos que tiverem por objeto créditos extraconcursais devem prosseguir até a liquidação do valor
do crédito. Com o crédito líquido, e após o trânsito em julgado de eventual impugnação ou embargos, o
Juízo de origem expedirá ofício ao Juízo da Recuperação Judicial comunicando a necessidade de
pagamento do crédito. 4. O Juízo da Recuperação, com o apoio direto do Administrador Judicial, o
Escritório de Advocacia Arnoldo Wald, receberá os ofícios…

STJ. O crédito oriundo de honorários advocatícios


sucumbenciais pode ser habilitado na recuperação
judicial de forma conjunta com o crédito
trabalhista reconhecido judicialmente, sem a necessidade
de habilitação autônoma do advogado, tendo em vista a
legitimidade concorrente da parte?
Data: 11/10/2018
Apesar da inegável autonomia entre o crédito trabalhista e o crédito resultante de honorários
advocatícios sucumbenciais, ambos ostentam natureza alimentar, sendo possível afirmar, em
virtude do princípio da causalidade, que a verba honorária está intrinsecamente ligada à
demanda que lhes deu origem.

Afigura-se razoável a habilitação do crédito relativo à verba honorária sucumbencial realizada


conjuntamente com o crédito trabalhista reconhecido judicialmente ao ex-empregado, a teor da
Súmula nº 306/STJ.

A legitimidade para habilitação de honorários sucumbenciais na recuperação no bojo da


recuperação judicial, tal qual a execução, pode ser conferida concorrentemente à parte, ainda
que referida verba seja de titularidade dos advogados que atuaram no feito,

Se a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça assegura ser possível a execução da verba


honorária de sucumbência juntamente com o crédito da parte, por coerência, também deve ser
permitida que a habilitação seja promovida pela parte, sem a necessidade de pedido autônomo
dos patronos que a representaram na demanda.

Íntegra do acórdão:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.539.429 - SP (2014⁄0271425-6)


RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
RECORRENTE : TRES EDITORIAL LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL
RECORRENTE : GRUPO DE COMUNICAÇÃO TRÊS S⁄A
RECORRENTE : TRÊS COMÉRCIO DE PUBLICAÇÕES LTDA
RECORRENTE : EDITORA TRÊS LTDA
RECORRENTE : TRÊS PARTICIPAÇÕES S⁄A
ADVOGADO : VICENTE ROMANO SOBRINHO E OUTRO(S) - SP083338
RECORRIDO : WALTER ANTÔNIO FARRO
ADVOGADOS : SUELEN HADDAD GONÇALVES DA SILVA E OUTRO(S) - SP310382
VAGNER PATINI MARTINS

EMENTA
RECURSO ESPECIAL. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. HABILITAÇÃO DE CRÉDITO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. LEGITIMIDADE. CONCORRENTE.
ADVOGADO. PARTE. SÚMULA Nº 306⁄STJ. HABILITAÇÃO AUTÔNOMA.
DESNECESSIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CARÁTER PROTELATÓRIO. ART.
538 DO CPC⁄1973. MANUTENÇÃO DA MULTA.
1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de
Processo Civil de 1973 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3⁄STJ).
2. Cinge-se a controvérsia a definir se o crédito oriundo de honorários advocatícios
sucumbenciais pode ser habilitado na recuperação judicial de forma conjunta com o
crédito trabalhista reconhecido judicialmente, sem a necessidade de habilitação
autônoma do advogado, tendo em vista a legitimidade concorrente da parte.
2. Apesar da inegável autonomia entre o crédito trabalhista e o crédito resultante de
honorários advocatícios sucumbenciais, ambos ostentam natureza alimentar, sendo
possível afirmar, em virtude do princípio da causalidade, que a verba honorária está
intrinsecamente ligada à demanda que lhes deu origem.
3. Afigura-se razoável a habilitação do crédito relativo à verba honorária sucumbencial
realizada conjuntamente com o crédito trabalhista reconhecido judicialmente ao ex-
empregado, a teor da Súmula nº 306⁄STJ.
4. A legitimidade para habilitação de honorários sucumbenciais na recuperação no bojo
da recuperação judicial, tal qual a execução, pode ser conferida concorrentemente à
parte, ainda que referida verba seja de titularidade dos advogados que atuaram no feito,
5. Se a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça assegura ser possível a execução
da verba honorária de sucumbência juntamente com o crédito da parte, por coerência,
também deve ser permitida que a habilitação seja promovida pela parte, sem a
necessidade de pedido autônomo dos patronos que a representaram na demanda.
6. A orientação jurisprudencial desta Corte é firme no sentido de que a via dos
aclaratórios não se presta à mera rediscussão dos fundamentos da decisão embargada.
Assim, identificado o caráter protelatório dos embargos declaratórios ou o abuso da
parte embargante em sua oposição, impõe-se a aplicação da multa a que se refere o
parágrafo único do art. 538 do CPC⁄1973.
7. Recurso especial conhecido e não provido.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a Terceira
Turma, por unanimidade, negar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do(a)
Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro
(Presidente), Nancy Andrighi e Paulo de Tarso Sanseverino votaram com o Sr. Ministro Relator.
Brasília (DF), 25 de setembro de 2018(Data do Julgamento)
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
Relator
O EXMO. SR. MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (Relator):
Trata-se de recurso especial interposto por EDITORA TRÊS LTDA. e outros, com fundamento
no artigo 105, III, "a", da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo acórdão assim ementado:
"Recuperação Judicial. Adequação da condenação pelo extrato juntado aos autos. Verba
honorária corretamente calculada segundo o valor devido como principal. Recuperação
Judicial. Honorários de sucumbência. Habilitação do principal e de tal verba pelo credor.
Possibilidade. Legitimidade concorrente da parte e de seus advogados. Jurisprudência
cristalizada. Embargos de Declaração. Sanção corretamente aplicada. Recurso desprovido" (e-
STJ fl. 438).
Em suas razões (e-STJ fls. 151⁄164), as recorrentes apontam violação dos artigos 538,
parágrafo único, 6º e 267, VI, do Código de Processo Civil e 23 da Lei nº 8.906⁄1994,
sustentando as seguintes teses:
(a) indevida aplicação de multa nos embargos de declaração opostos à decisão que deferiu o
pedido de habilitação de crédito, e
(b) legitimidade exclusiva do advogado para requerer a habilitação em recuperação judicial de
crédito referente à verba honorária sucumbencial, constituído em sentença proferida em
reclamação trabalhista ajuizada por ex-empregado da sociedade empresária recuperanda.
Apresentadas as contrarrazões (e-STJ fls. 460⁄464), e inadmitido o recurso na origem,
determinou-se a conversão do agravo (AREsp nº 615.063⁄SP) em recurso especial para melhor
exame da matéria (e-STJ fls. 515⁄516).
É o relatório.

VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (Relator):
O julgamento do recurso especial é realizado com base nas normas do Código de Processo
Civil de 1973, por ser a lei processual vigente na data de publicação da decisão ora impugnada
(cf. Enunciados Administrativos nºs 2 e 3⁄STJ).
Cinge-se a controvérsia a definir se o crédito oriundo de honorários advocatícios
sucumbenciais pode ser habilitado na recuperação judicial de forma conjunta com o crédito
trabalhista reconhecido judicialmente, sem a necessidade de habilitação autônoma do
advogado, tendo em vista a legitimidade concorrente da parte.
O recurso não merece prosperar.
1. Histórico
No caso dos autos, o crédito em questão decorre dos honorários advocatícios sucumbenciais
reconhecidos na sentença prolatada em reclamação trabalhista em favor do advogado do ex-
empregado reclamante.
Na ocasião da habilitação de seu crédito, o credor trabalhista fez constar no pedido os valores
fixados pelo Juízo da 61ª Vara do Trabalho de São Paulo a título de honorários sucumbenciais
em favor dos patronos que o representaram no feito trabalhista (e-STJ fls. 242⁄245).
Após impugnação da sociedade empresária recuperanda, ora recorrente, o Juízo da 2ª Vara de
Falências e Recuperações Judiciais deferiu o pleito, determinando a inclusão no quadro geral
de credores dos valores devidos ao credor trabalhista e a seus advogados, estes na
importância de R$ 11.264,89 (onze mil duzentos e sessenta e quatro reais e oitenta e nove
centavos).
Entendeu o magistrado de piso que "já se sedimentou a jurisprudência, inclusive no STJ, no
sentido de que tanto a credora principal, como o respectivo advogado, portam legitimidade para
a cobrança da verba honorária fixada em ação judicial" (e-STJ fl. 381).
A Corte de origem, no julgamento do respectivo agravo de instrumento, manteve a decisão de
primeiro grau que deferiu a habilitação, aduzindo o seguinte:
"(...)
O perito contador esclareceu, como anota a douta Procuradora de Justiça oficiante, que não
incidiram juros sobre a quantia reclamada e a atualização monetária foi recalculada para
adequar-se ao art. 9º da Lei nº 11.101⁄05.
Também no tocante à verba honorária, o tema foi bem examinado em primeiro grau e a r.
decisão merece ser mantida por seus próprios fundamentos.
Com efeito, demonstrou-se à saciedade que têm legitimidade concorrente para a postulação da
execução da verba honorária a parte e seus advogados, embora, reconheça-se, o valor
respectivo pertença, em regra, somente a estes.
Bem lembrada, nesse sentido, a Súmula 306 editada pelo Superior Tribunal de Justiça.
Daí resulta que o inconformismo não se justifica, bastando, ao ensejo do pagamento, que se
separem as verbas.
Por fim, sem nenhuma omissão, contradição ou obscuridade na r. decisão de primeiro grau, os
embargos de declaração interpostos revelaram-se manifestamente protelatórios, justificando a
sanção que se impôs" (e-STJ fl. 439 - grifou-se).
A recuperanda e outras empresas do mesmo grupo econômico interpuseram, então, o presente
recurso especial, invocando as teses já apontadas no relatório.
2. Do mérito
2.1) Da legitimidade para a habilitação do crédito referente a honorários advocatícios
sucumbenciais
De início, impende ressaltar que a Terceira Turma desta Corte já firmou entendimento no
sentido de que, apesar da inegável autonomia entre o crédito trabalhista e o crédito resultante
de honorários advocatícios sucumbenciais e da circunstância de terem sido constituídos em
momentos distintos, configura-se verdadeira incongruência a submissão do principal aos
efeitos da recuperação judicial - condenação ao pagamento de verba trabalhista - e a exclusão
da verba honorária.
Isso porque, além de ambos ostentarem natureza alimentar, é possível afirmar, em virtude do
princípio da causalidade, que os honorários advocatícios estão intrinsecamente ligados à
demanda que lhes deu origem, afigurando-se, portanto, como inaceitável situação de
desigualdade a integração do crédito trabalhista ao plano de recuperação judicial e a não
sujeição dos honorários advocatícios aos efeitos da recuperação judicial, visto que empresta ao
patrono da causa garantia maior do que a conferida ao empregado⁄reclamante.
Eis a ementa do precedente:
"RECURSO ESPECIAL. PEDIDO DE HABILITAÇÃO DE CRÉDITO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS CONSTITUÍDOS APÓS O PEDIDO DE RECUPERAÇÃO
JUDICIAL. SUJEIÇÃO À RECUPERAÇÃO JUDICIAL. INTERPRETAÇÃO DO ART. 49,
CAPUT, DA LEI Nº 11.101⁄2005 À LUZ DOS PRINCÍPIOS DA IGUALDADE E DA
PRESERVAÇÃO DA EMPRESA.
1. Cinge-se a controvérsia a definir se o crédito oriundo de honorários advocatícios
sucumbenciais constituído após o pedido de recuperação judicial se sujeita ou não ao plano de
recuperação judicial e a seus efeitos, à luz do disposto no art. 49, caput, da Lei nº 11.101⁄2005.
No caso dos autos, o crédito em questão decorre dos honorários advocatícios sucumbenciais
reconhecidos na sentença prolatada em reclamação trabalhista em favor do advogado do ex-
empregado reclamante.
2. Apesar da inegável autonomia entre o crédito trabalhista e o crédito resultante de honorários
advocatícios sucumbenciais e da circunstância de terem sido constituídos em momentos
distintos, configura-se verdadeira incongruência a submissão do principal aos efeitos da
recuperação judicial - condenação ao pagamento de verba trabalhista - e a exclusão da verba
honorária.
3. Além de ambos ostentarem natureza alimentar, é possível afirmar, em virtude do princípio da
causalidade, que os honorários advocatícios estão intrinsecamente ligados à demanda que
lhes deu origem, afigurando-se, portanto, como inaceitável situação de desigualdade a
integração do crédito trabalhista ao plano de recuperação judicial e a não sujeição dos
honorários advocatícios aos efeitos da recuperação judicial, visto que empresta ao patrono da
causa garantia maior do que a conferida ao trabalhador⁄reclamante.
4. A exclusão dos créditos constituídos após o pedido de recuperação judicial tem a finalidade
de proporcionar o regular funcionamento da empresa, assegurando ao devedor o acesso a
contratos comerciais, bancários, trabalhistas e outros tantos relacionados com a atividade fim
do empreendimento, com o objetivo de viabilizar a reabilitação da empresa. Nesse contexto, a
exclusão do plano de recuperação judicial de honorários advocatícios ligados à demanda
relacionada com o crédito trabalhista constituído em momento anterior ao pedido de
recuperação, diga-se, crédito previsível, não atende ao princípio da preservação da empresa,
pois, finalisticamente, não contribui para o soerguimento do negócio.
5. Recurso especial provido."
(REsp 1.443.750⁄RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Rel. p⁄ Acórdão Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 20⁄10⁄2016, DJe 06⁄12⁄2016
- grifou-se)
Nessa linha, a Ministra Nancy Andrighi, no julgamento do REsp nº 1.377.764⁄MS, aponta com
precisão que
"(...)
Essa posição da jurisprudência decorre do reconhecimento de que tanto honorários
advocatícios quanto créditos de origem trabalhista constituem verbas que ostentam a mesma
natureza alimentar. Como consequência dessa afinidade ontológica, impõe-se dispensar-lhes,
na espécie, tratamento isonômico, de modo que aqueles devem seguir – na ausência de
disposição legal específica – os ditames aplicáveis às quantias devidas em virtude da relação
de trabalho.
(...)
Em suma, a natureza comum de ambos os créditos – honorários advocatícios de sucumbência
e verbas trabalhistas – autoriza que sejam regidos, para efeitos de sujeição à recuperação
judicial, da mesma forma.
Vale frisar que a manutenção do entendimento do Tribunal de origem, no sentido de considerar
os honorários advocatícios como importância de caráter extraconcursal, resultaria em indevida
violação ao princípio do par conditio creditorum e em chancela de uma desigual e indesejável
situação fática: por um lado, admitir-se-ia a submissão de créditos trabalhistas aos efeitos da
recuperação judicial – ainda que esses fossem reconhecidos em juízo posteriormente ao seu
processamento –, mas, por outro lado, não se admitiria a sujeição a esses mesmos efeitos de
valores que ostentam idêntica natureza jurídica" (grifou-se).
Ademais, a exclusão do plano de recuperação judicial de honorários advocatícios ligados à
demanda relacionada com o crédito trabalhista constituído em momento anterior ao pedido de
recuperação, diga-se, crédito previsível, não atende ao princípio da preservação da empresa,
pois, finalisticamente, não contribui para o soerguimento do negócio.
Nessa perspectiva, afigura-se complemente razoável a habilitação do crédito relativo à verba
honorária sucumbencial conjuntamente com o crédito trabalhista reconhecido judicialmente ao
ex-empregado.
Nos termos da Súmula nº 306⁄STJ, "Os honorários advocatícios devem ser compensados
quando houver sucumbência recíproca, assegurado o direito autônomo do advogado à
execução do saldo sem excluir a legitimidade da própria parte" (grifou-se).
Por pressuposto lógico, ainda que os honorários sucumbenciais sejam de titularidade dos
advogados que atuaram no feito, a legitimidade para sua habilitação no bojo da recuperação
judicial, tal qual a execução, pode ser conferida concorrentemente à parte.
Ora, se a jurisprudência desta Corte assegura ser possível a execução da verba honorária de
sucumbência juntamente com o crédito da parte, por coerência, também deve ser permitida
que a sua habilitação seja promovida pela parte, sem a necessidade de pedido autônomo dos
patronos que a representaram na demanda.
A propósito, confiram-se os seguintes julgados.
"AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - AUTOS DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO QUE FIXOU VERBA HONORÁRIA SUCUMBENCIAL
PELA FASE DE EXECUÇÃO - FALTA DE LEGITIMIDADE RECURSAL DA PARTE - DECISÃO
MONOCRÁTICA QUE DEU PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. INSURGÊNCIA DA
DEMANDADA.
1. Tratando-se de dissenso notório com a jurisprudência deste Tribunal, os rigores da
exposição do divergência pretoriana são abrandados, razão pela qual se admite a transcrição
de ementas como suficiente ao conhecimento da insurgência aviada pela alínea 'c' do
permissivo constitucional.
2. Não há de se falar em supressão de instância quando o Tribunal a quo manifesta-se
expressamente à respeito da matéria objeto do recurso especial.
3. A verba relativa à sucumbência, a despeito de constituir direito autônomo do advogado, não
exclui a legitimidade concorrente da parte para discuti-la. Precedentes.
4. Agravo regimental desprovido."
(AgRg no REsp 1.538.765⁄SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em
14⁄02⁄2017, DJe 22⁄02⁄2017 - grifou-se)
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS.
BENEFÍCIO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. NÃO EXTENSÃO. PATRONO. RECURSO
FUNDADO NA ALÍNEA 'C' DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA.
DEMONSTRAÇÃO. SIMILITUDE FÁTICA. RECURSO IMPROVIDO.
1. O Tribunal estadual julgou deserto o apelo por não reconhecer a extensão dos efeitos do
benefício da justiça gratuita, que havia sido concedida ao autor, para o seu patrono,
circunscrevendo-se o recurso tão somente à majoração da verba honorária. Assim, por não ter
sido efetuado o preparo da apelação, a declaração da deserção se impôs.
2. Os precedentes destacados pelo ora agravante são uníssonos em retratar a jurisprudência
da Corte no sentido de que a parte possui legitimidade para discutir o valor dos honorários
advocatícios, embora tenha o advogado o direito autônomo de executar a referida verba.
3. O aresto recorrido, por sua vez, não discutiu essa questão, tendo sido claro ao afirmar a
impossibilidade de ser estendidos os benefícios da justiça gratuita, que foi deferida à parte, ao
seu advogado, portanto, o recurso ficou adstrito, apenas, à majoração da verba advocatícia.
Assim, não estão em evidência situações fáticas semelhantes com conclusões jurídicas
antagônicas, o que conduz à impossibilidade de se emprestar seguimento ao presente recurso
especial com fundamento na alínea c do permissivo constitucional.
4. Agravo regimental a que se nega provimento."
(AgRg no AREsp 690.875⁄PR, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 23⁄06⁄2015, DJe 30⁄06⁄2015 - grifou-se)
"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. MEDIDA
CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
MITIGAÇÃO DO ÓBICE DA SÚMULA Nº 7. VALOR IRRISÓRIO. EQUIDADE. MAJORAÇÃO.
DESERÇÃO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
1. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a majoração do valor arbitrado a título
de honorários advocatícios enseja o revolvimento de matéria fático-probatória, além das
peculiaridades do caso concreto, salvo quando o valor se revelar irrisório ou exorbitante, por se
distanciar dos critérios legais, passando a questão a ser de direito. É o caso.
2. A parte possui legitimidade concorrente para recorrer da decisão que fixa os honorários
sucumbenciais, a despeito de referida verba constituir direito autônomo do advogado,
inocorrendo deserção se ela litiga sob o pálio da gratuidade da justiça.
3. Agravo regimental não provido."
(AgRg no REsp 1.466.005⁄SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado
em 17⁄09⁄2015, DJe 29⁄09⁄2015 - grifou-se)
"BANCÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NO AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL.
CÉDULA DE CRÉDITO RURAL. CAPITALIZAÇÃO MENSAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
1. A capitalização dos juros pode dar-se em periodicidade mensal nas cédulas de crédito rural,
desde que pactuada.
2. Os honorários advocatícios devem ser compensados quando houver sucumbência
recíproca, assegurado o direito autônomo do advogado à execução do saldo, sem excluir a
legitimidade da própria parte.
3. Agravo não provido."
(AgRg no AgRg no REsp 1.406.447⁄SC, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 04⁄02⁄2014, DJe 14⁄02⁄2014 - grifou-se)
"AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. ART. 23 DA LEI N. 8.906⁄1994. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA.
1. A verba relativa à sucumbência, a despeito de constituir direito autônomo do advogado, não
exclui a legitimidade concorrente da parte para discuti-la. Precedentes.
2. Agravo regimental não provido."
(AgRg no AREsp 637.405⁄MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 19⁄03⁄2015, DJe 26⁄03⁄2015 - grifou-se)
Impende ressaltar que a habilitação do crédito da verba honorária sucumbencial deverá
observar os requisitos previstos no art. 9º e 11 da Lei nº 11.101⁄05, que assim dispõem:
"Art. 9º A habilitação de crédito realizada pelo credor nos termos do art. 7º, § 1º, desta Lei
deverá conter:
I – o nome, o endereço do credor e o endereço em que receberá comunicação de qualquer ato
do processo;
II – o valor do crédito, atualizado até a data da decretação da falência ou do pedido de
recuperação judicial, sua origem e classificação;
III – os documentos comprobatórios do crédito e a indicação das demais provas a serem
produzidas;
IV – a indicação da garantia prestada pelo devedor, se houver, e o respectivo instrumento;
V – a especificação do objeto da garantia que estiver na posse do credor.
Parágrafo único. Os títulos e documentos que legitimam os créditos deverão ser exibidos no
original ou por cópias autenticadas se estiverem juntados em outro processo.
(...)
Art. 11. Os credores cujos créditos forem impugnados serão intimados para contestar a
impugnação, no prazo de 5 (cinco) dias, juntando os documentos que tiverem e indicando
outras provas que reputem necessárias."
Assim, como assegurado nas instâncias ordinárias, é possível a habilitação do crédito
resultante de honorários advocatícios sucumbenciais concomitantemente com o crédito
trabalhista respectivo, não merecendo reparos, portanto, o acórdão recorrido.
2.2) Da multa aplicada nos embargos de declaração opostos à decisão que deferiu o pedido de
habilitação
Não merece acolhida o pleito de afastamento da multa imposta com esteio no parágrafo único
do art. 538 do CPC⁄1973.
O que se pode extrair dos autos é que a parte recorrente não buscava, na origem, a corrigir
nenhum dos vícios ensejadores dos aclaratórios, mas, sim, a alterar a decisão embargada a
partir da reapreciação de questão já rechaçada pelo magistrado de primeiro grau.
De igual maneira, não se depreende daqueles embargos que tivesse a embargante o propósito
de prequestionar matéria federal eventualmente omitida, motivo pelo qual não se aplica à
hipótese vertente a inteligência da Súmula nº 98⁄STJ.
Logo, não escapa a parte recorrente da imposição da multa de que trata o parágrafo único do
art. 538 do Código de Processo Civil de 1973 pela oposição de embargos declaratórios de
caráter protelatórios:
"Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou tribunal,
declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente
de 1% sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada até
10% (dez por cento), ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao
depósito do valor respectivo."
Desse modo, tendo a Corte de origem vislumbrado o caráter protelatório dos embargos
opostos, não há falar em ofensa ou negativa de vigência ao mencionado art. 538, mas em seu
fiel cumprimento, pelo que descabido o apelo nobre.
A propósito:
"AGRAVO REGIMENTAL - MULTA DO ART. 538, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC -
CANCELAMENTO - IMPOSSIBILIDADE - DECISÃO AGRAVADA MANTIDA -
IMPROVIMENTO.
1.- No caso, subsiste a multa, aplicada na origem aos Embargos de Declaração tidos por
protelatórios (CPC, art. 538, parágrafo único). O Acórdão embargado no Tribunal de origem era
perfeitamente ajustado à orientação pacífica deste Tribunal, de modo que, não havendo, a
rigor, nenhuma possibilidade de sucesso de recurso nesta Corte, não havia como imaginar
'notório propósito de prequestionamento' (Súmula STJ n. 98) para recurso manifestamente
inviável para esta Corte.
2.- O sistemático cancelamento da multa em casos como o presente, à invocação da Súmula
STJ n. 98, frustra o elevado propósito de desincentivar a recorribilidade inviável, seja no
Tribunal de origem, seja neste Tribunal.
3.- A agravante não trouxe nenhum argumento capaz de modificar a conclusão do julgado, a
qual se mantém por seus próprios fundamentos.
4.- Agravo Regimental improvido".
(AgRg no AREsp nº 38.684⁄RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em
11⁄10⁄2011, DJe 27⁄10⁄2011).
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECONSIDERAÇÃO. ARTS.
165 E 535 DO CPC. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
PROTELATÓRIOS. MULTA MANTIDA. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA N. 98 DO STJ.
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. REQUISITOS LEGAIS. MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA N. 7 DO
STJ. INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO SEM QUE SEJA DEMONSTRADA VIOLAÇÃO. SÚMULA
N. 284 DO STF.
(...) 2. Deve ser mantida a multa disciplinada no art. 538, parágrafo único, do CPC, porquanto o
cabimento dos aclaratórios reclama a existência de omissão, obscuridade ou contradição no
julgado.
(...) 5. Agravo regimental desprovido por novos fundamentos".
(AgRg no Ag 1.207.723⁄RJ, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA,
julgado em 22⁄3⁄2011, DJe 1º⁄4⁄2011).
3) Do dispositivo
Ante o exposto, conheço do recurso especial e nego-lhe provimento.
É o voto.
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
TERCEIRA TURMA
Número Registro: 2014⁄0271425-6
PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.539.429 ⁄ SP
Números Origem: 00094270720128260000 00398345520108260100 398345520108260100
819083 94270720128260000
PAUTA: 25⁄09⁄2018 JULGADO: 25⁄09⁄2018
Relator
Exmo. Sr. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro MOURA RIBEIRO
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. DURVAL TADEU GUIMARÃES
Secretária
Bela. MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : TRES EDITORIAL LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL
RECORRENTE : GRUPO DE COMUNICAÇÃO TRÊS S⁄A
RECORRENTE : TRÊS COMÉRCIO DE PUBLICAÇÕES LTDA
RECORRENTE : EDITORA TRÊS LTDA
RECORRENTE : TRÊS PARTICIPAÇÕES S⁄A
ADVOGADO : VICENTE ROMANO SOBRINHO E OUTRO(S) - SP083338
RECORRIDO : WALTER ANTÔNIO FARRO
ADVOGADOS : SUELEN HADDAD GONÇALVES DA SILVA E OUTRO(S) - SP310382
VAGNER PATINI MARTINS
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Empresas - Recuperação judicial e Falência
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso especial, nos termos do voto do(a)
Sr(a). Ministro(a) Relator(a).
Os Srs. Ministros Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro (Presidente), Nancy Andrighi e Paulo
de Tarso Sanseverino votaram com o Sr. Ministro Relator.

Você também pode gostar