DL N.º 555 - 99, de 16 de Dezembro
DL N.º 555 - 99, de 16 de Dezembro
DL N.º 555 - 99, de 16 de Dezembro
º 555/99, de 16 de Dezembro
[ Nº de artigos:156 ]
DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro (versão actualizada)
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 2/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
as mesmas foram sujeitas.
Porém, mesmo nesses casos é possível dispensar a realização daquela vistoria prévia, desde que no
decurso da sua execução a obra tenha sido inspeccionada ou vistoriada pelo menos uma vez.
Manifesta-se, aqui, uma clara opção pelo reforço da fiscalização em detrimento do controlo prévio,
na expectativa de que este regime constitua um incentivo à reestruturação e modernização dos
serviços municipais de fiscalização de obras.
Para além da definição das condições legais do início dos trabalhos, em conjugação com o novo
regime de garantias dos particulares, estabelece-se um conjunto de regras que acompanham todas as
fases da execução de uma operação urbanística.
No que respeita à utilização e conservação do edificado, foram recuperadas e actualizadas
disposições dispersas por diversos diplomas legais, designadamente o Regulamento Geral das
Edificações Urbanas e a Lei das Autarquias Locais, obtendo-se assim um ganho de sistematização e de
articulação das normas respeitantes às tradicionais atribuições municipais de polícia das edificações
com as relativas aos seus poderes de tutela da legalidade urbanística.
No domínio da fiscalização da execução das operações urbanísticas estabelece-se uma distinção clara
entre as acções de verificação do cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis e
de repressão das infracções cometidas, distinguindo neste último caso as sanções propriamente ditas
das medidas de tutela da legalidade urbanística.
Quanto a estas medidas, e porque a sua função é única e exclusivamente a de reintegrar a legalidade
urbanística violada, estabelece-se um regime que, sem diminuir a intensidade dos poderes atribuídos
às entidades fiscalizadoras, submete o seu exercício ao cumprimento estrito do princípio da
proporcionalidade.
Merece especial destaque a este propósito o reconhecimento da natureza provisória do embargo de
obras, cuja função é a de acautelar a utilidade das medidas que, a título definitivo, reintegrem a
legalidade urbanística violada, incluindo nestas o licenciamento ou autorização da obra.
Procura-se assim evitar o prolongamento indefinido da vigência de ordens de embargo que, a pretexto
da prossecução do interesse público, consolidam situações de facto que se revelam ainda mais
prejudiciais ao ambiente e à qualidade de vida dos cidadãos do que aquelas que o próprio embargo
procurava evitar.
Em matéria de garantias, procede-se à alteração da função do deferimento tácito nas operações
urbanísticas sujeitas a licenciamento, sem que daí advenha qualquer prejuízo para os direitos dos
particulares.
Com efeito, na sequência da revisão do artigo 268.º da CRP propõe-se a substituição da intimação
judicial para a emissão do alvará pela intimação judicial para a prática de acto legalmente devido
como instrumento privilegiado de protecção jurisdicional.
Significa isto que deixa de ser necessário ficcionar a existência de um acto tácito de deferimento do
projecto para permitir o recurso do requerente aos tribunais para a obtenção de uma intimação
judicial para a emissão do alvará.
O particular pode agora recorrer aos tribunais no primeiro momento em que se verificar o silêncio da
Administração, já não lhe sendo exigível que percorra todas as fases do procedimento com base em
sucessivos actos de deferimento tácito, com os riscos daí inerentes.
E, se o silêncio da Administração só se verificar no momento da emissão do alvará, o particular dispõe
do mesmo mecanismo para obter uma intimação para a sua emissão.
O deferimento tácito tem, assim, a sua função restrita às operações sujeitas a mera autorização, o
que também é reflexo da maior concretização da posição jurídica do particular e da consequente
menor intensidade do controlo prévio da sua actividade.
Diferentemente do que acontece hoje, porém, nestes casos o particular fica dispensado de recorrer
aos tribunais, podendo dar início à execução da sua operação urbanística sem a prévia emissão do
respectivo alvará desde que se mostrem pagas as taxas urbanísticas devidas.
Propõe-se igualmente um novo regime das taxas urbanísticas devidas pela realização de operações
urbanísticas, no sentido de terminar com a polémica sobre se no licenciamento de obras particulares
pode ou não ser cobrada a taxa pela realização, manutenção e reforço das infra-estruturas
urbanísticas actualmente prevista no artigo 19.º, alínea a), da Lei das Finanças Locais, clarificando-se
que a realização daquelas obras está sujeita ao pagamento da aludida taxa, sempre que pela sua
natureza impliquem um acréscimo dos encargos públicos de realização, manutenção e reforço das
infra-estruturas e serviços gerais do município equivalente ou até mesmo superior ao que resulta do
licenciamento de uma operação de loteamento urbano.
Sujeita-se, assim, a realização de obras de construção e de ampliação ao pagamento daquela taxa,
excepto se as mesmas se situarem no âmbito de uma operação de loteamento urbano onde aquelas
taxas já tenham sido pagas.
Desta forma se alcança uma solução que, sem implicar com o equilíbrio precário das finanças
municipais, distingue de forma equitativa o regime tributário da realização de obras de construção
em função da sua natureza e finalidade.
Pelas mesmas razões, se prevê que os regulamentos municipais de taxas possam e devam distinguir o
montante das taxas devidas, não apenas em função das necessidades concretas de infra-estruturas e
serviços gerais do município, justificadas no respectivo programa plurianual de investimentos, como
também em função dos usos e tipologias das edificações e, eventualmente, da respectiva localização.
Tendo sido ouvida a Associação Nacional de Municípios Portugueses, foram ouvidos os órgãos de
Governo próprio dos Regiões Autónomas.
Assim, no uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 1.º da Lei n.º 110/99, de 3 de Agosto, e
nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 3/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
CAPÍTULO I
Disposições preliminares
Artigo 1.º
Objeto
O presente diploma estabelece o regime jurídico da urbanização e da edificação.
Artigo 1.º-A
Construção modular
O presente diploma é ainda aplicável à construção modular de carácter permanente, que é
caracterizada por utilizar elementos ou sistemas construtivos modulares, estruturais ou não
estruturais, parcial ou totalmente produzidos em fábrica, previamente ligados entre si ou no local de
implantação, independentemente da sua natureza amovível ou transportável.
Artigo 2.º
Definições
Para efeitos do presente diploma, entende-se por:
a) «Edificação», a atividade ou o resultado da construção, reconstrução, ampliação, alteração ou
conservação de um imóvel destinado a utilização humana, bem como de qualquer outra construção
que se incorpore no solo com caráter de permanência;
b) «Obras de construção», as obras de criação de novas edificações;
c) «Obras de reconstrução», as obras de construção subsequentes à demolição, total ou parcial, de
uma edificação existente, das quais resulte a reconstituição da estrutura das fachadas;
d) «Obras de alteração», as obras de que resulte a modificação das características físicas de uma
edificação existente, ou sua fração, designadamente a respetiva estrutura resistente, o número de
fogos ou divisões interiores, ou a natureza e cor dos materiais de revestimento exterior, sem aumento
da área total de construção, da área de implantação ou da altura da fachada;
e) «Obras de ampliação», as obras de que resulte o aumento da área de implantação, da área total
de construção, da altura da fachada ou do volume de uma edificação existente;
f) «Obras de conservação», as obras destinadas a manter uma edificação nas condições existentes à
data da sua construção, reconstrução, ampliação ou alteração, designadamente as obras de restauro,
reparação ou limpeza;
g) «Obras de demolição», as obras de destruição, total ou parcial, de uma edificação existente;
h) «Obras de urbanização», as obras de criação e remodelação de infraestruturas destinadas a servir
diretamente os espaços urbanos ou as edificações, designadamente arruamentos viários e pedonais,
redes de esgotos e de abastecimento de água, eletricidade, gás e telecomunicações, e ainda espaços
verdes e outros espaços de utilização coletiva;
i) «Operações de loteamento», as ações que tenham por objeto ou por efeito a constituição de um ou
mais lotes destinados, imediata ou subsequentemente, à edificação urbana e que resulte da divisão
de um ou vários prédios ou do seu reparcelamento;
j) «Operações urbanísticas», as operações materiais de urbanização, de edificação, utilização dos
edifícios ou do solo desde que, neste último caso, para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários,
florestais, mineiros ou de abastecimento público de água;
l) «Obras de escassa relevância urbanística», as obras de edificação ou demolição que, pela sua
natureza, dimensão ou localização tenham escasso impacte urbanístico;
m) «Trabalhos de remodelação dos terrenos», as operações urbanísticas não compreendidas nas
alíneas anteriores que impliquem a destruição do revestimento vegetal, a alteração do relevo natural
e das camadas de solo arável ou o derrube de árvores de alto porte ou em maciço para fins não
exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais ou mineiros;
n) [Revogada];
o) «Zona urbana consolidada», a zona caracterizada por uma densidade de ocupação que permite
identificar uma malha ou estrutura urbana já definida, onde existem as infraestruturas essenciais e
onde se encontram definidos os alinhamentos dos planos marginais por edificações em continuidade.
p) 'Arrendamento forçado', o arrendamento de edifícios ou frações autónomas, assumido por uma
entidade administrativa, pelo prazo estritamente necessário para o efeito, com o objetivo de garantir
o ressarcimento das despesas incorridas com a realização de obras coercivas, através do recebimento
das rendas relativas a contrato previamente existente à intervenção que se mantenha em vigor ou,
quando este não exista ou tenha cessado a sua vigência, pela celebração de novo contrato.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 5/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
CAPÍTULO II
Controlo prévio
SECÇÃO I
Âmbito e competência
Artigo 4.º
Licença e comunicação prévia
1 - A realização de operações urbanísticas depende, nos termos e com as exceções constantes da
presente secção, de:
a) Licença;
b) Comunicação prévia.
2 - Estão sujeitas a licença:
a) As operações de loteamento em área não abrangida por:
i) Plano de pormenor publicado após 7 de março de 1993, que contenha desenho urbano e que
preveja a divisão em lotes, o número máximo de fogos e a implantação e programação de obras de
urbanização e edificação; ou
ii) Unidade de execução que preveja o polígono de base para a implantação de edificações, a área de
construção, a divisão em lotes, o número máximo de fogos e a implantação e programação de obras
de urbanização e edificação;
b) As obras de urbanização e os trabalhos de remodelação de terrenos em área não abrangida por:
i) Plano de pormenor publicado após 7 de março de 1993 e que preveja a implantação e programação
de obras de urbanização e edificação; ou
ii) Operação de loteamento; ou
iii) Unidade de execução que preveja a implantação e programação de obras de urbanização e
edificação;
c) As obras de construção, de alteração ou de ampliação em área não abrangida por:
i) Plano de pormenor; ou
ii) Operação de loteamento; ou
iii) Unidade de execução que preveja as parcelas, os alinhamentos, o polígono de base para
implantação das edificações, a altura total das edificações ou a altura das fachadas, o número
máximo de fogos e a área de construção e respetivos usos;
d) As obras de conservação, reconstrução, ampliação, alteração ou demolição de imóveis classificados
ou em vias de classificação, bem como de imóveis integrados em conjuntos ou sítios classificados ou
em vias de classificação, e as obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração exterior ou
demolição de imóveis situados em zonas de proteção de imóveis classificados ou em vias de
classificação;
e) Obras de reconstrução das quais resulte um aumento da altura da fachada;
f) As obras de demolição das edificações que não se encontrem previstas em licença de obras de
reconstrução;
g) [Revogada];
h) As obras de construção, ampliação ou demolição de imóveis em áreas sujeitas a servidão
administrativa ou restrição de utilidade pública, sem prejuízo do disposto em legislação especial;
i) Operações urbanísticas das quais resulte a remoção de azulejos de fachada, independentemente da
sua confrontação com a via pública ou logradouros;
j) (Revogada.)
3 - A sujeição a licenciamento dos atos de reparcelamento da propriedade de que resultem parcelas
não destinadas imediatamente a urbanização ou edificação depende da vontade dos proprietários.
4 - Estão sujeitas a comunicação prévia as seguintes operações urbanísticas:
a) (Revogada.)
b) As operações de loteamento em zona abrangida por:
i) Plano de pormenor publicado após 7 de março de 1993, que contenha desenho urbano e que
preveja a divisão em lotes, o número máximo de fogos e a implantação e a programação de obras de
urbanização e edificação; ou
ii) Unidade de execução que preveja o polígono de base para a implantação de edificações, a área de
construção, a divisão em lotes, o número máximo de fogos e a implantação e programação de obras
de urbanização e edificação;
c) As obras de urbanização e os trabalhos de remodelação de terrenos em área abrangida por:
i) Plano de pormenor publicado após 7 de março de 1993 que preveja a implantação e programação
de obras de urbanização e edificação; ou
ii) Operação de loteamento; ou
iii) Unidade de execução que preveja a implantação e programação de obras de urbanização e
edificação;
d) As obras de construção, de alteração ou de ampliação em área abrangida por:
i) Plano de pormenor; ou
ii) Operação de loteamento; ou
iii) Unidade de execução que preveja as parcelas, os alinhamentos, o polígono de base para
implantação das edificações, a altura total das edificações ou a altura das fachadas, o número
máximo de fogos e a área de construção e respetivos usos;
e) As obras de construção, de alteração exterior ou de ampliação em zona urbana consolidada que
respeitem os planos municipais ou intermunicipais e das quais não resulte edificação com cércea
superior à altura mais frequente das fachadas da frente edificada do lado do arruamento onde se
integra a nova edificação, no troço de rua compreendido entre as duas transversais mais próximas,
para um e para outro lado;
f) (Revogada.)
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 6/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
g) [Revogada].
h) [Revogada].
i) (Revogada.)
j) A edificação de piscinas associadas a edificação principal;
k) As alterações da utilização dos edifícios ou suas frações, ou de alguma informação constante de
título de utilização que já tenha sido emitido, quando não sejam precedidas de operações
urbanísticas sujeitas a controlo prévio.
5 - A utilização dos edifícios ou suas frações autónomas na sequência de realização de operação
urbanística sujeita a controlo prévio não carece de qualquer ato permissivo, ficando apenas sujeita
ao disposto no artigo 62.º-A.
6 - Nas operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia o interessado não pode optar pelo
licenciamento.
7 - Nas operações urbanísticas sujeitas a licenciamento ou a comunicação prévia que necessitem de
licença para ocupação da via pública, o requerente pode optar por englobar o pedido de ocupação da
via pública no pedido de licenciamento da operação urbanística ou na comunicação prévia, sem
necessidade de qualquer formalidade adicional.
8 - Nos casos previstos no número anterior a permissão para a ocupação da via pública é englobada no
título aplicável à operação urbanística.
9 - Considera-se que o plano de pormenor e a unidade de execução dispõem de programação das
obras de urbanização e edificação quando a sua delimitação contemple:
a) Obras de urbanização a executar e ligações às infraestruturas gerais; e
b) Áreas de cedência destinadas à implantação de espaços verdes, equipamentos de utilização
coletiva e infraestruturas viárias; e
c) Identificação dos custos com as obras de urbanização; e
d) Calendarização das obras de urbanização e das obras de edificação.
10 - Nos edifícios em propriedade horizontal que se encontrem abrangidos pelo Decreto-Lei n.º
39/2008, de 7 de março, na sua redação atual, consideram-se abrangidas pela licença ou
comunicação prévia de construção as obras de criação e remodelação de infraestruturas destinadas a
servir as edificações, não carecendo, para o efeito, de licença ou comunicação prévia relativa a obras
de urbanização.
Artigo 5.º
Competência
1 - A concessão da licença prevista no n.º 2 do artigo anterior é da competência da câmara municipal,
com faculdade de delegação no presidente e de subdelegação nos vereadores e nos dirigentes dos
serviços municipais.
2 - [Revogado].
3 - (Revogado.)
4 - A aprovação da informação prévia regulada no presente diploma é da competência da câmara
municipal, podendo ser delegada no seu presidente, com faculdade de subdelegação nos vereadores e
nos dirigentes dos serviços municipais.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 8/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
- 6ª versão: Lei n.º 79/2017, de 18 de
Agosto
Artigo 6.º-A
Obras de escassa relevância urbanística
1 - São obras de escassa relevância urbanística:
a) As edificações, contíguas ou não, ao edifício principal com altura não superior a 2,2 m ou, em
alternativa, à cércea do rés do chão do edifício principal com área igual ou inferior a 10 m2 e que
não confinem com a via pública;
b) A edificação de muros de vedação até 1,8 m de altura que não confinem com a via pública e de
muros de suporte de terras até uma altura de 2 m ou que não alterem significativamente a topografia
dos terrenos existentes;
c) A edificação de estufas de jardim com altura inferior a 3 m e área igual ou inferior a 20 m2;
d) As pequenas obras de arranjo e melhoramento da área envolvente das edificações que não afetem
área do domínio público;
e) A edificação de equipamento lúdico ou de lazer associado a edificação principal com área inferior
à desta última;
f) A demolição das edificações referidas nas alíneas anteriores;
g) A instalação de painéis solares fotovoltaicos ou geradores eólicos associada a edificação principal,
para produção de energias renováveis, incluindo de microprodução, que não excedam, no primeiro
caso, a área de cobertura da edificação e a cércea desta em 1 m de altura, e, no segundo, a cércea
da mesma em 4 m e que o equipamento gerador não tenha raio superior a 1,5 m, bem como de
coletores solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias que não excedam os limites
previstos para os painéis solares fotovoltaicos;
h) A substituição dos materiais de revestimento exterior ou de cobertura ou telhado por outros que,
conferindo acabamento exterior idêntico ao original, promovam a eficiência energética;
i) Outras obras, como tal qualificadas em regulamento municipal.
j) A substituição dos materiais dos vãos por outros que, conferindo acabamento exterior idêntico ao
original, promovam a eficiência energética.
2 - Excetuam-se do disposto no número anterior as obras e instalações em:
a) Imóveis classificados ou em vias de classificação, de interesse nacional ou de interesse público;
b) Imóveis situados em zonas de proteção de imóveis classificados ou em vias de classificação;
c) Imóveis integrados em conjuntos ou sítios classificados ou em vias de classificação.
3 - O regulamento municipal a que se refere a alínea i) do n.º 1 pode estabelecer limites além dos
previstos nas alíneas a) a c) do mesmo número.
4 - A descrição predial pode ser atualizada mediante declaração de realização de obras de escassa
relevância urbanística nos termos do presente diploma.
5 - A instalação de geradores eólicos referida na alínea g) do n.º 1 é precedida de notificação à
câmara municipal.
6 - A notificação prevista no número anterior destina-se a dar conhecimento à câmara municipal da
instalação do equipamento e deve ser instruída com:
a) A localização do equipamento;
b) A cércea e raio do equipamento;
c) O nível de ruído produzido pelo equipamento;
d) Termo de responsabilidade onde o apresentante da notificação declare conhecer e cumprir as
normas legais e regulamentares aplicáveis à instalação de geradores eólicos.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 9/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
c) (Revogada.)
d) (Revogada.)
e) As obras de edificação ou de demolição e os trabalhos promovidos por entidades concessionárias de
obras ou serviços públicos, quando se reconduzam à prossecução do objeto da concessão;
f) (Revogada.)
g) As obras de edificação e os trabalhos de remodelação de terrenos promovidos por cooperativas de
habitação e outras entidades privadas para fins de habitação, desde que, na sequência de
procedimento concursal, tenha sido celebrado acordo para a cedência do terreno por parte de uma
entidade prevista na alínea b);
h) As obras de construção e reabilitação respeitantes a estruturas residenciais para pessoas idosas,
creches e no âmbito da Bolsa de Alojamento Urgente e Temporário quando as mesmas tenham
financiamento público.
2 - A execução das operações urbanísticas previstas no número anterior, com exceção das promovidas
pelos municípios, fica sujeita a parecer prévio não vinculativo da câmara municipal, que deve ser
emitido no prazo de 20 dias a contar da data da receção do respetivo pedido.
3 - As operações de loteamento e as obras de urbanização promovidas pelas autarquias locais e suas
associações em área não abrangida por plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do
território devem ser previamente autorizadas pela assembleia municipal, depois de submetidas a
parecer prévio não vinculativo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), a
qual deve pronunciar-se no prazo de 20 dias a contar da receção do respetivo pedido.
4 - As operações de loteamento e as obras de urbanização promovidas pelo Estado devem ser
previamente autorizadas pelo ministro da tutela e pelo ministro responsável pelo ordenamento do
território, depois de ouvida a câmara municipal, a qual se deve pronunciar no prazo de 20 dias após a
receção do respetivo pedido.
5 - As operações de loteamento e as obras de urbanização promovidas pelas autarquias locais e suas
associações ou pelo Estado, em área não abrangida por plano de urbanização ou plano de pormenor,
são submetidas a discussão pública, nos termos estabelecidos no regime jurídico dos instrumentos de
gestão territorial, com as necessárias adaptações, exceto no que se refere aos períodos de anúncio e
de duração da discussão pública que são, respetivamente, de 8 e de 15 dias.
6 - A realização das operações urbanísticas previstas neste artigo deve observar as normas legais e
regulamentares que lhes forem aplicáveis, designadamente as constantes de instrumento de gestão
territorial, do regime jurídico de proteção do património cultural, do regime jurídico aplicável à
gestão de resíduos de construção e demolição, e as normas técnicas de construção.
7 - À realização das operações urbanísticas previstas no presente artigo aplica-se o disposto no
presente diploma no que se refere ao termo de responsabilidade, à publicitação do início e do fim
das operações urbanísticas e ao pagamento de taxas urbanísticas, o qual deve ser realizado por
autoliquidação antes do início da obra, nos termos previstos nos regulamentos municipais referidos no
artigo 3.º.
8 - As operações urbanísticas previstas no presente artigo só podem iniciar-se depois de emitidos os
pareceres ou autorizações referidos no presente artigo ou após o decurso dos prazos fixados para a
respetiva emissão.
9 - Até cinco dias antes do início das obras que estejam isentas de controlo prévio, nos termos do
presente artigo, o interessado deve notificar a câmara municipal dessa intenção, comunicando
também a identidade da pessoa, singular ou coletiva, encarregada da execução dos mesmos, para
efeitos de eventual fiscalização e de operações de gestão de resíduos de construção e demolição.
SECÇÃO II
Formas de procedimento
SUBSECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 8.º
Procedimento
1 - O controlo prévio das operações urbanísticas obedece às formas de procedimento previstas na
presente secção, devendo ainda ser observadas as condições especiais de licenciamento previstas na
secção iii do presente capítulo.
2 - Sem prejuízo das competências do gestor de procedimento, a direção da instrução do
procedimento compete ao presidente da câmara municipal, podendo ser delegada nos vereadores,
com faculdade de subdelegação nos dirigentes dos serviços municipais.
3 - Cada procedimento é acompanhado por gestor de procedimento, a quem compete assegurar o
normal desenvolvimento da tramitação processual, acompanhando, nomeadamente, a instrução, o
cumprimento de prazos, a prestação de informação e os esclarecimentos aos interessados.
4 - O comprovativo eletrónico de apresentação do requerimento de licenciamento, informação prévia
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 10/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
ou comunicação prévia contém a identificação do gestor do procedimento, bem como a indicação do
local, do horário e da forma pelo qual pode ser contactado.
5 - Em caso de substituição do gestor de procedimento, é notificada ao interessado a identidade do
novo gestor, bem como os elementos referidos no número anterior.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 11/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
8 - Os municípios estão obrigados a utilizar a plataforma a que se refere o n.º 1 a partir de 5 de
janeiro de 2026, podendo manter as plataformas que eventualmente utilizem, desde que esteja
assegurada a interoperabilidade com a Plataforma Eletrónica dos Procedimentos Urbanísticos.
Artigo 9.º
Requerimento e comunicação
1 - Salvo disposição em contrário, os procedimentos previstos no presente diploma iniciam-se através
de requerimento ou comunicação apresentados com recurso a meios eletrónicos e através do sistema
previsto no artigo anterior, dirigidos ao presidente da câmara municipal, dos quais devem constar a
identificação do requerente ou comunicante, incluindo o domicílio ou sede, bem como a indicação da
qualidade de titular de qualquer direito que lhe confira a faculdade de realizar a operação
urbanística.
2 - Do requerimento ou comunicação consta igualmente a indicação do pedido ou objeto em termos
claros e precisos, identificando o tipo de operação urbanística a realizar por referência ao disposto
no artigo 2.º, bem como a respetiva localização.
3 - Quando respeite a mais de um dos tipos de operações urbanísticas referidos no artigo 2.º
diretamente relacionadas, devem ser identificadas todas as operações abrangidas, aplicando-se neste
caso a forma de procedimento correspondente a cada tipo de operação, sem prejuízo da tramitação e
apreciação conjunta.
4 - O pedido ou comunicação são acompanhados dos elementos instrutórios previstos em portaria dos
membros do Governo responsáveis pelas áreas da modernização administrativa, da construção, das
autarquias locais e do ordenamento do território.
5 - [Revogado].
6 - Com a apresentação de requerimento ou comunicação, ou nas situações referidas no n.º 6 do
artigo anterior, quando cesse a inexistência ou indisponibilidade, é emitido comprovativo eletrónico.
7 - No requerimento inicial pode o interessado solicitar a indicação das entidades que, nos termos da
lei, devam emitir parecer, autorização ou aprovação relativamente ao pedido apresentado, sendo-lhe
prestada tal informação no prazo de 15 dias, através do sistema informático a que se refere o artigo
anterior, sem prejuízo do disposto no artigo 121.º
8 - O disposto no número anterior não se aplica nos casos de rejeição liminar do pedido, nos termos
do disposto no artigo 11.º
9 - O gestor do procedimento regista no processo a junção subsequente de quaisquer novos
documentos e a data das consultas a entidades exteriores ao município e da receção das respetivas
respostas, quando for caso disso, bem como a data e o teor das decisões dos órgãos municipais.
10 - A substituição do requerente ou comunicante, do titular do alvará de construção ou do título de
registo emitidos pelo Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P. (InCI, I. P.), do responsável por
qualquer dos projetos apresentados, do diretor de obra ou do diretor de fiscalização de obra deve ser
comunicada ao gestor do procedimento para que este proceda ao respetivo averbamento no prazo de
15 dias a contar da data da substituição.
11 - Cabe ao gestor do procedimento verificar a adequação das habilitações do titular do alvará de
construção ou do título de registo emitidos pelo InCI, I. P., à natureza e à estimativa de custo da
operação urbanística.
12 - A portaria prevista no n.º 4 não pode prever como elementos instrutórios que devam acompanhar
o pedido ou comunicação nem os municípios podem determinar a apresentação de:
a) Formas de autenticação, de reconhecimento ou de certificação das assinaturas de qualquer
documento;
b) Cópias de documentos na posse da câmara como, designadamente títulos de operações ou registos;
c) A caderneta predial;
d) Cópias de certidões permanentes, bastando, neste caso, a indicação do número da certidão
permanente;
e) Reenvio ou envio de certidão permanente ou do seu código por o seu prazo de validade ter
expirado, quando o mesmo era válido no momento da apresentação do pedido;
f) Reenvio ou envio de qualquer certidão, documento ou certificado por a validade do mesmo ter
expirado, quando o mesmo seja válido no momento da apresentação do pedido;
g) O plano de segurança, podendo ser solicitada a exibição do mesmo em sede de fiscalização,
quando aplicável;
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 12/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
h) O relatório de segurança;
i) O livro de obra digitalizado;
j) Cópias de cartão do cidadão, bilhete de identidade ou cédulas profissionais;
k) Declaração de capacidade profissional dos técnicos responsáveis pelos projetos, emitida por
qualquer entidade, incluindo ordens profissionais;
l) Termo de responsabilidade de técnico responsável que ateste que a execução da operação se
conforma com o Regulamento Geral do Ruído.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 15/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
2 - A CCDR identifica, no prazo de cinco dias a contar da receção dos elementos através do sistema
previsto no artigo 8.º-A, as entidades que nos termos da lei devam emitir parecer, aprovação ou
autorização de localização, promovendo dentro daquele prazo a respetiva consulta, a efetivar em
simultâneo e com recurso ao referido sistema informático.
3 - As entidades consultadas devem pronunciar-se no prazo de 20 dias, sendo este prazo imperativo.
4 - [Revogado].
5 - [Revogado].
6 - Caso não existam posições divergentes entre as entidades consultadas, a CCDR toma a decisão
final no prazo de cinco dias a contar do fim do prazo previsto no n.º 3.
7 - Caso existam pareceres negativos das entidades consultadas, a CCDR promove uma reunião,
preferencialmente por videoconferência, a realizar no prazo de 10 dias a contar do último parecer
recebido dentro do prazo fixado nos termos do n.º 3, com todas as entidades e com o requerente,
tendo em vista obter uma solução concertada que permita ultrapassar as objeções formuladas, e
toma decisão final vinculativa no prazo de 10 dias.
8 - Na conferência decisória referida no número anterior, as entidades consultadas são representadas
por pessoas com poderes para as vincular.
9 - Não sendo possível obter a posição de todas as entidades, por motivo de falta de comparência de
algum representante ou por ter sido submetida a apreciação alguma questão nova, os trabalhos da
conferência podem ser suspensos por um período máximo de cinco dias.
10 - Quando a CCDR não adote posição favorável a uma operação urbanística por esta ser
desconforme com instrumento de gestão territorial, pode a CCDR, quando a operação se revista de
especial relevância regional ou local, por sua iniciativa ou a solicitação do município,
respetivamente, propor ao Governo a aprovação em resolução do Conselho de Ministros da alteração,
suspensão ou ratificação, total ou parcial, de plano da sua competência relativamente ao qual a
desconformidade se verifica.
11 - Quando a decisão seja proferida em conferência decisória, os pareceres emitidos têm natureza
não vinculativa, independentemente da sua classificação em legislação especial.
12 - O procedimento de decisão da administração central previsto nos números anteriores é objeto de
portaria dos membros do Governo responsáveis pelo ordenamento do território e pela administração
local.
13 - A CCDR comunica ao município a decisão da conferência decisória no prazo de cinco dias após a
sua realização.
14 - Caso a CCDR não cumpra o prazo previsto no número anterior, considera-se que as consultas
tiveram um sentido favorável.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 16/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
São admitidas alterações ao projeto, na sequência da audiência prévia dos interessados quando as
mesmas visem a correção das desconformidades detetadas ou se encontrem com estas conexas.
SUBSECÇÃO II
Informação prévia
Artigo 14.º
Pedido de informação prévia
1 - Qualquer interessado pode pedir à câmara municipal, a título prévio, informação sobre a
viabilidade de realizar determinada operação urbanística ou conjunto de operações urbanísticas
diretamente relacionadas, bem como sobre os respetivos condicionamentos legais ou regulamentares,
nomeadamente relativos a infraestruturas, servidões administrativas e restrições de utilidade
pública, índices urbanísticos, cérceas, afastamentos e demais condicionantes aplicáveis à pretensão.
2 - O interessado pode, em qualquer circunstância, designadamente quando o pedido respeite a
operação de loteamento em área não abrangida por plano de pormenor, ou a obra de construção,
ampliação ou alteração em área não abrangida por plano de pormenor ou operação de loteamento,
requerer que a informação prévia contemple especificamente os seguintes aspetos, em função da
informação pretendida e dos elementos apresentados:
a) A volumetria, alinhamento, cércea e implantação da edificação e dos muros de vedação;
b) Projeto de arquitetura e memória descritiva;
c) Programa de utilização das edificações, incluindo a área total de construção a afetar aos diversos
usos e o número de fogos e outras unidades de utilização, com identificação das áreas acessórias,
técnicas e de serviço;
d) Infraestruturas locais e ligação às infraestruturas gerais;
e) Estimativa de encargos urbanísticos devidos;
f) Áreas de cedência destinadas à implantação de espaços verdes, equipamentos de utilização
coletiva e infraestruturas viárias.
3 - Quando o interessado não seja o proprietário do prédio, o pedido de informação prévia inclui a
identificação daquele bem como dos titulares de qualquer outro direito real sobre o prédio, através
de certidão emitida pela conservatória do registo predial.
4 - No caso previsto no número anterior, a câmara municipal deve notificar o proprietário e os demais
titulares de qualquer outro direito real sobre o prédio da abertura do procedimento.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 17/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
obrigatoriamente notificados ao requerente juntamente com a informação prévia aprovada pela
câmara municipal, dela fazendo parte integrante.
3 - A câmara municipal indica sempre, na informação favorável, o procedimento de controlo prévio a
que se encontra sujeita a realização da operação urbanística projetada, de acordo com o disposto na
secção i do capítulo ii do presente diploma.
4 - No caso de a informação ser desfavorável, dela deve constar a indicação dos termos em que a
mesma, sempre que possível, pode ser revista por forma a serem cumpridas as prescrições
urbanísticas aplicáveis, designadamente as constantes de plano municipal ou intermunicipal de
ordenamento do território ou de operação de loteamento.
SUBSECÇÃO III
Licença
Artigo 18.º
Âmbito
1 - Obedece ao procedimento regulado na presente subsecção a apreciação dos pedidos relativos às
operações urbanísticas previstas no n.º 2 do artigo 4.º
2 - [Revogado].
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 18/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Contém as alterações introduzidas pelos seguintes Versões anteriores deste artigo:
diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro Dezembro
Artigo 19.º
Consultas a entidades exteriores ao município
[Revogado].
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 20/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 21/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
3 - Em caso de deferimento nos termos do n.º 1, o requerente deve, antes do pagamento das taxas,
celebrar com a câmara municipal contrato relativo ao cumprimento das obrigações assumidas e
prestar caução adequada, beneficiando de redução proporcional ou isenção das taxas por realização
de infraestruturas urbanísticas, nos termos a fixar em regulamento municipal.
4 - A prestação da caução referida no número anterior bem como a execução ou manutenção das
obras de urbanização que o interessado se compromete a realizar ou a câmara municipal entenda
indispensáveis devem ser mencionadas expressamente como condição do deferimento do pedido.
5 - À prestação da caução referida no n.º 3 aplica-se, com as necessárias adaptações, o disposto no
artigo 54.º
6 - Os encargos a suportar pelo requerente ao abrigo do contrato referido no n.º 3 devem ser
proporcionais à sobrecarga para as infraestruturas existentes resultante da operação urbanística.
SUBSECÇÃO IV
Autorização
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 22/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Artigo 28.º
Âmbito
[Revogado].
SUBSECÇÃO V
Comunicação prévia
Artigo 34.º
Âmbito
1 - Obedece ao procedimento regulado na presente subsecção a realização das operações urbanísticas
referidas no n.º 4 do artigo 4.º
2 - A comunicação prévia consiste numa declaração que, desde que corretamente instruída, permite
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 23/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
ao interessado proceder imediatamente à realização de determinadas operações urbanísticas após o
pagamento das taxas devidas, dispensando a prática de quaisquer atos permissivos.
3 - O pagamento das taxas a que se refere o número anterior faz-se por autoliquidação nos termos e
condições definidos nos regulamentos municipais previstos no artigo 3.º, não podendo o prazo de
pagamento ser inferior a 60 dias, contados do termo do prazo para a notificação a que se refere o n.º
2 do artigo 11.º
4 - As operações urbanísticas realizadas ao abrigo de comunicação prévia observam as normas legais e
regulamentares aplicáveis, designadamente as relativas às normas técnicas de construção e o
disposto nos instrumentos de gestão territorial.
5 - Sempre que seja obrigatória a realização de consultas externas nos termos previstos na lei, a
comunicação prévia pode ter lugar quando tais consultas já tenham sido efetuadas no âmbito de
pedido de informação prévia, de aprovação de planos de pormenor ou de operações de loteamento
urbano, ou se o interessado instruir a comunicação prévia com as consultas por ele promovidas nos
termos do artigo 13.º-B.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 24/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
- 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de
Março
Artigo 36.º-A
Acto administrativo
[Revogado].
SUBSECÇÃO VI
Procedimentos especiais
Artigo 37.º
Operações urbanísticas cujo projecto carece de aprovação da administração central
[Revogado].
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 25/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
SECÇÃO III
Condições especiais de licenciamento ou comunicação prévia
SUBSECÇÃO I
Operações de loteamento
Artigo 41.º
Localização
As operações de loteamento só podem realizar-se em áreas situadas dentro do perímetro urbano e
em terrenos já urbanizados ou cuja urbanização se encontre programada em plano municipal ou
intermunicipal de ordenamento do território.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 27/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
1 - A gestão das infraestruturas e dos espaços verdes e de utilização coletiva pode ser confiada a
moradores, a grupos de moradores das zonas loteadas e urbanizadas ou a entidades previstas no
artigo 7.º, mediante a celebração com o município de acordos de cooperação ou de contratos de
concessão do domínio municipal.
2 - Os acordos de cooperação podem incidir, nomeadamente, sobre os seguintes aspetos:
a) Limpeza e higiene;
b) Conservação de espaços verdes existentes;
c) Manutenção dos equipamentos de recreio e lazer;
d) Vigilância da área, por forma a evitar a sua degradação.
3 - Os contratos de concessão devem ser celebrados sempre que se pretenda realizar investimentos
em equipamentos de utilização coletiva ou em instalações fixas e não desmontáveis em espaços
verdes, ou a manutenção de infraestruturas.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 28/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Contém as alterações introduzidas pelos seguintes Versões anteriores deste artigo:
diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- DL n.º 177/2001, de 4 de Junho Dezembro
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de
- DL n.º 26/2010, de 30 de Março Junho
- DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de
- DL n.º 10/2024, de 08 de Janeiro Setembro
- 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de
Março
- 5ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de
Setembro
Artigo 48.º-A
Alterações à operação de loteamento objeto de comunicação prévia
Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a alteração de operação de loteamento objeto de
comunicação prévia só pode ser apresentada se for demonstrada a não oposição dos titulares da
maioria dos lotes constantes da comunicação.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 29/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
SUBSECÇÃO II
Obras de urbanização
Artigo 53.º
Condições e prazo de execução
1 - Com a deliberação prevista no artigo 26.º ou através de regulamento municipal nas situações
previstas no artigo 34.º, o órgão competente para o licenciamento das obras de urbanização
estabelece:
a) As condições a observar na execução das mesmas, onde se inclui o cumprimento do disposto no
regime da gestão de resíduos de construção e demolição nelas produzidos, e o prazo para a sua
conclusão;
b) O montante da caução destinada a assegurar a boa e regular execução das obras;
c) As condições gerais do contrato de urbanização a que se refere o artigo 55.º, se for caso disso.
2 - Nas situações previstas no artigo 34.º, o prazo de execução é o fixado pelo interessado, não
podendo, no entanto, ultrapassar os limites fixados mediante regulamento municipal.
3 - O prazo estabelecido nos termos da alínea a) do n.º 1 e do n.º 2 pode ser prorrogado a
requerimento fundamentado do interessado, por uma única vez e por período não superior a metade
do prazo inicial, quando não seja possível concluir as obras dentro do prazo para o efeito
estabelecido.
4 - Quando a obra se encontre em fase de acabamentos, pode ainda o presidente da câmara
municipal, a requerimento fundamentado do interessado, conceder nova prorrogação, mediante o
pagamento de um adicional à taxa referida no n.º 2 do artigo 116.º, de montante a fixar em
regulamento municipal.
5 - O prazo referido no n.º 2 pode ainda ser prorrogado em consequência de alteração da licença ou
da comunicação prévia.
6 - A prorrogação do prazo nos termos referidos nos números anteriores não dá lugar à emissão de
novo alvará nem à apresentação de nova comunicação prévia, devendo ser averbada no alvará ou
comunicação existentes.
7 - As obras de urbanização com as condições definidas na licença ou comunicação prévia podem ser
alteradas por iniciativa da câmara municipal, nos termos e com os fundamentos estabelecidos no
artigo 48.º
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 30/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
encargos de administração caso se mostre necessário aplicar o disposto nos artigos 84.º e 85.º
4 - O montante da caução deve ser:
a) Reforçado, precedendo deliberação fundamentada da câmara municipal, tendo em atenção a
correção do valor dos trabalhos por aplicação das regras legais e regulamentares relativas a revisões
de preços dos contratos de empreitada de obras públicas, quando se mostre insuficiente para garantir
a conclusão dos trabalhos, em caso de prorrogação do prazo de conclusão ou em consequência de
acentuada subida no custo dos materiais ou de salários;
b) Reduzido, nos mesmos termos, em conformidade com o andamento dos trabalhos a requerimento
do interessado, que deve ser decidido no prazo de 15 dias.
5 - O conjunto das reduções efetuadas ao abrigo do disposto na alínea b) do número anterior não
pode ultrapassar 90 /prct. do montante inicial da caução, sendo o remanescente libertado com a
receção definitiva das obras de urbanização.
6 - O reforço ou a redução da caução, nos termos do n.º 4, não dá lugar à emissão de novo alvará ou a
nova comunicação.
7 - Quando tiver sido prestada garantia bancária por empreiteiro ao interessado, a câmara municipal
e os emitentes da garantia estão obrigados a aceitar a cessão da posição contratual do interessado a
favor do município, ficando o mesmo dispensado de prestação de nova caução.
8 - Não existe a obrigação de prestação de caução pelas pessoas coletivas públicas e entidades do
setor empresarial do Estado referidas no artigo 7.º
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 31/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
SUBSECÇÃO III
Obras de edificação
Artigo 57.º
Condições de execução
1 - A câmara municipal fixa as condições a observar na execução da obra com o deferimento do
pedido de licenciamento das operações urbanísticas e, no caso das obras sujeitas a comunicação
prévia, através de regulamento municipal, devendo salvaguardar o cumprimento do disposto no
regime da gestão de resíduos de construção e demolição.
2 - As condições relativas à ocupação da via pública ou à colocação de tapumes e vedações são
estabelecidas mediante proposta do requerente, a qual, nas situações previstas no n.º 4 do artigo 4.º,
deve acompanhar a comunicação prévia, não podendo a câmara municipal alterá-las senão com
fundamento na violação de normas legais ou regulamentares aplicáveis ou na necessidade de
articulação com outras ocupações previstas ou existentes.
3 - No caso previsto no artigo 113.º, as condições a observar na execução das obras são aquelas que
forem propostas pelo requerente.
4 - A comunicação prévia para obras em área abrangida por operação de loteamento não pode ter
lugar antes da receção provisória das respetivas obras de urbanização ou da prestação de caução a
que se refere o artigo 54.º
5 - O disposto no artigo 43.º e nos n.os 1 a 3 do artigo 44.º aplica-se aos procedimentos de
licenciamento ou de comunicação prévia de obras quando respeitem a edifícios contíguos e
funcionalmente ligados entre si que determinem, em termos urbanísticos, impactes semelhantes a
uma operação de loteamento, nos termos a definir por regulamento municipal.
6 - O disposto no n.º 4 do artigo 44.º é aplicável aos procedimentos de licenciamento e de
comunicação prévia de obras quando a operação contemple a criação de áreas de circulação viária e
pedonal, espaços verdes e equipamento de uso privativo.
7 - [Revogado].
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 32/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Contém as alterações introduzidas pelos Versões anteriores deste artigo:
seguintes diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
- DL n.º 177/2001, de 4 de Junho - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
- Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro Junho
- DL n.º 26/2010, de 30 de Março - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
- DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro - 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
- DL n.º 10/2024, de 08 de Janeiro - 6ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de
Setembro
Artigo 59.º
Execução por fases
1 - O requerente pode optar pela execução faseada da obra, devendo para o efeito, em caso de
operação urbanística sujeita a licenciamento, identificar no projeto de arquitetura os trabalhos
incluídos em cada uma das fases e indicar os prazos, a contar da data de aprovação daquele projeto,
em que se propõe requerer a aprovação dos projetos das especialidades e outros estudos relativos a
cada uma dessas fases, podendo a câmara municipal fixar diferentes prazos por motivo de interesse
público devidamente fundamentado.
2 - Cada fase deve corresponder a uma parte da edificação passível de utilização autónoma.
3 - Nos casos referidos no n.º 1, o requerimento referido no n.º 4 do artigo 20.º deverá identificar a
fase da obra a que se reporta.
4 - A falta de apresentação do requerimento referido no número anterior dentro dos prazos previstos
no n.º 1 implica a caducidade do ato de aprovação do projeto de arquitetura e o arquivamento
oficioso do processo.
5 - [Revogado].
6 - Admitida a execução por fases, a licença abrange apenas a primeira fase das obras, implicando
cada fase subsequente um aditamento à mesma.
7 - Quando se trate de operação urbanística sujeita a comunicação prévia, o interessado identifica na
comunicação as fases em que pretende proceder à execução da obra, aplicando-se com as
necessárias adaptações o disposto nos n.os 1 e 2.
8 - Tratando-se de obra sujeita a comunicação prévia, pode o interessado remeter o projeto de
arquitetura numa primeira comunicação prévia e, em comunicações prévias subsequentes, os demais
trabalhos a realizar.
9 - No caso previsto no número anterior, o interessado pode realizar os trabalhos correspondentes a
cada uma das comunicações, nos termos do disposto no artigo 34.º
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 33/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
SUBSECÇÃO IV
Utilização de edifícios ou suas fracções
Artigo 62.º
Âmbito
(Revogado.)
Artigo 62.º-B
Alteração à utilização de edifícios sem operação urbanística prévia
1 - A alteração da utilização de edifício ou fração ou de alguma informação constante do título de
utilização emitido não precedida de operação urbanística sujeita a controlo prévio, deve ser objeto
de comunicação prévia com prazo.
2 - A comunicação prévia com prazo prevista no número anterior destina-se a:
a) Demonstrar e declarar a conformidade da utilização prevista com as normas legais e
regulamentares que fixam os usos e utilizações admissíveis; e
b) Demonstrar e declarar a idoneidade do edifício ou sua fração autónoma para o fim pretendido,
podendo contemplar utilizações mistas.
Artigo 62.º-C
Utilização de edifícios isentos de controlo prévio urbanístico
A utilização de novas edificações ou novas frações, na sequência de obras de construção isentas de
controlo prévio por força do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º está sujeita a comunicação
prévia com prazo nos termos do artigo anterior.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 34/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto-Lei n.º 10/2024, de 08 de Janeiro
Artigo 63.º
Instrução da comunicação prévia com prazo para utilização sem operação urbanística prévia
1 - A comunicação prévia para utilização de edifícios ou suas frações sem operação urbanística prévia
deve incluir um termo de responsabilidade que declare:
a) A conformidade da utilização prevista com as normas legais e regulamentares que fixam os usos e
utilizações admissíveis; e
b) A idoneidade do edifício ou sua fração autónoma para o fim pretendido, podendo contemplar
utilizações mistas.
2 - O termo de responsabilidade previsto no número anterior pode ser subscrito por pessoa
legalmente habilitada a ser autor de projeto, nos termos do regime jurídico que define a qualificação
profissional exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projetos.
3 - O termo de responsabilidade é remetido previamente à utilização do edifício ou suas frações
autónomas, através da plataforma eletrónica referida no n.º 1 do artigo 8.º-A, podendo ser utilizado
o «Balcão do Empreendedor», para os pedidos relativos à instalação de estabelecimento.
4 - O termo de responsabilidade a que se refere o presente artigo consta de portaria dos membros do
Governo responsáveis pelas áreas da modernização administrativa, da construção, das autarquias
locais e do ordenamento do território.
SECÇÃO IV
Validade e eficácia dos atos de licenciamento e autorização de utilização e efeitos da comunicação
prévia
SUBSECÇÃO I
Validade
Artigo 67.º
Requisitos
A validade das licenças depende da sua conformidade com as normas legais e regulamentares
aplicáveis em vigor à data da sua prática, sem prejuízo do disposto no artigo 60.º
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 36/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Contém as alterações introduzidas pelos seguintes Versões anteriores deste artigo:
diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- DL n.º 177/2001, de 4 de Junho Dezembro
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de
- DL n.º 26/2010, de 30 de Março Junho
- DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de
- DL n.º 10/2024, de 08 de Janeiro Setembro
- 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de
Março
- 5ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de
Setembro
Artigo 69.º
Participação, ação administrativa e declaração de nulidade
1 - Os factos geradores das nulidades previstas no artigo anterior e quaisquer outros factos de que
possa resultar a invalidade dos atos administrativos previstos no presente diploma devem ser
participados, por quem deles tenha conhecimento, ao Ministério Público, para efeitos de propositura
da competente ação administrativa e respetivos meios processuais acessórios.
2 - Quando tenha por objeto atos de licenciamento ou autorizações de utilização com fundamento em
qualquer das invalidades previstas no artigo anterior, a citação ao titular da licença ou da autorização
de utilização para contestar a ação referida no número anterior tem os efeitos previstos no artigo
103.º para o embargo, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
3 - O tribunal pode, oficiosamente ou a requerimento dos interessados, autorizar o prosseguimento
total ou parcial dos trabalhos, caso da ação administrativa resultem indícios de ilegalidade da sua
interposição ou da sua improcedência total ou parcial, ou adotar medidas cautelares alternativas,
adicionais ou preventivas, nos termos do artigo 120.º do Código de Processo nos Tribunais
Administrativos, devendo o juiz decidir esta questão, quando a ela houver lugar, no prazo de 10 dias,
tendo o recurso da decisão caráter urgente e os efeitos previstos no n.º 4 do artigo 115.º
4 - A possibilidade de o órgão que emitiu o ato ou deliberação declarar a nulidade caduca no prazo de
10 anos, caducando também o direito de propor a ação prevista no n.º 1 se os factos que
determinaram a nulidade não forem participados ao Ministério Público nesse prazo, exceto
relativamente a monumentos nacionais e respetiva zona de proteção.
SUBSECÇÃO II
Caducidade e revogação da licença e autorização de utilização e cessação de efeitos da comunicação
prévia
Artigo 71.º
Caducidade
1 - A licença ou comunicação prévia para a realização de operação de loteamento caduca se:
a) Não for apresentada a comunicação prévia para a realização das respetivas obras de urbanização
no prazo de um ano a contar da notificação do ato de licenciamento ou, na hipótese de comunicação
prévia, não for apresentada comunicação prévia para a realização de obras de urbanização no prazo
de um ano a contar da data daquela; ou se
b) Não for requerido o alvará a que se refere o n.º 3 do artigo 76.º no prazo de um ano a contar da
comunicação prévia das respetivas obras de urbanização;
c) Não forem concluídas as obras de edificação previstas na operação de loteamento no prazo fixado
para esse efeito, nos termos da alínea g) do n.º 1 do artigo 77.º.
2 - A licença ou comunicação prévia para a realização de operação de loteamento que não exija a
realização de obras de urbanização, bem como a licença para a realização das operações urbanísticas
previstas nas alíneas b) a e) do n.º 2 e no n.º 4 do artigo 4.º, caducam, no caso da licença, se no
prazo de um ano a contar da notificação do ato de licenciamento não for requerida a emissão do
respetivo alvará ou, no caso da comunicação prévia e sendo devida, não ocorra o pagamento das
taxas no prazo previsto para o efeito, determinando, em qualquer dos casos, a imediata cessação da
operação urbanística.
3 - Para além das situações previstas no número anterior, a licença ou a comunicação prévia para a
realização das operações urbanísticas referidas no número anterior, bem como a licença ou a
comunicação prévia para a realização de operação de loteamento que exija a realização de obras de
urbanização, caducam ainda:
a) Se as obras não forem iniciadas no prazo de 12 meses a contar da data de emissão do alvará ou do
pagamento das taxas no caso de comunicação prévia, ou nos casos previstos no artigo 113.º;
b) Se as obras estiverem suspensas por período superior a seis meses, salvo se a suspensão decorrer
de facto não imputável ao titular da licença ou da comunicação prévia;
c) Se as obras estiverem abandonadas por período superior a seis meses;
d) Se as obras não forem concluídas no prazo fixado na licença ou comunicação prévia, ou suas
prorrogações, contado a partir da data de emissão do alvará ou do pagamento das taxas no caso da
comunicação prévia.
e) [Revogada].
4 - Para os efeitos do disposto na alínea c) do número anterior, presumem-se abandonadas as obras ou
trabalhos sempre que:
a) Se encontrem suspensos sem motivo justificativo registado no respetivo livro de obra;
b) Decorram na ausência do diretor da obra;
c) Se desconheça o paradeiro do titular da respetiva licença ou comunicação prévia sem que este
haja indicado à câmara municipal procurador bastante que o represente.
5 - As caducidades previstas no presente artigo devem ser declaradas pela câmara municipal,
verificadas as situações previstas no presente artigo, após audiência prévia do interessado.
6 - Os prazos a que se referem os números anteriores contam-se de acordo com o disposto no artigo
279.º do Código Civil.
7 - Tratando-se de licença para a realização de operação de loteamento ou de obras de urbanização,
a caducidade pelos motivos previstos na alínea c) do n.º 1 e nos n.os 3 e 4 observa os seguintes
termos:
a) A caducidade não produz efeitos relativamente aos lotes para os quais já haja sido deferido pedido
de licenciamento para obras de edificação ou já tenha sido apresentada comunicação prévia da
realização dessas obras;
b) A caducidade não produz efeitos relativamente às parcelas cedidas para implantação de espaços
verdes públicos e equipamentos de utilização coletiva e infraestruturas que sejam indispensáveis aos
lotes referidos no número anterior e sejam identificadas pela Câmara Municipal na declaração
prevista no n.º 5;
c) Nas situações previstas na alínea c) do n.º 1, a caducidade não produz efeitos, ainda, quanto à
divisão ou reparcelamento fundiário resultante da operação de loteamento, mantendo-se os lotes
constituídos por esta operação, a respetiva área e localização e extinguindo-se as demais
especificações relativas aos lotes, previstas na alínea e) do n.º 1 do artigo 77.º
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 38/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
1 - O titular de licença ou comunicação prévia que haja caducado pode requerer nova licença ou
apresentar nova comunicação prévia.
2 - No caso referido no número anterior, serão utilizados no novo processo os elementos que
instruíram o processo anterior desde que o novo requerimento seja apresentado no prazo de 18 meses
a contar da data da caducidade ou, se este prazo estiver esgotado, não existirem alterações de facto
e de direito que justifiquem nova apresentação.
3 - [Revogado].
SUBSECÇÃO III
Títulos das operações urbanísticas
Artigo 74.º
Títulos da licença e da comunicação prévia
1 - As operações urbanísticas objeto de licenciamento são tituladas pelo recibo de pagamentos das
taxas legalmente devidas, cuja emissão é condição de eficácia da licença.
2 - A comunicação prévia relativa a operações urbanísticas é titulada pelo comprovativo da sua
apresentação e, no caso de operações de loteamento, é titulada, ainda, por documento comprovativo
da prestação de caução do instrumento a que se refere o n.º 3 do artigo 44.º ou por declaração da
câmara municipal relativa à sua inexigibilidade.
3 - (Revogado.)
4 - Nos casos em que ocorra deferimento tácito o pagamento de taxas não é condição de eficácia da
licença.
5 - Sempre que haja lugar à prestação de caução, o interessado é notificado desse dever, produzindo
a comunicação prévia efeitos com o respetivo pagamento.
6 - Sempre que a notificação a que se refere o número anterior não tenha lugar no prazo de 15 dias,
a comunicação prévia produz efeitos independentemente do pagamento.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 39/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
(Revogado.)
CAPÍTULO III
Execução e fiscalização
SECÇÃO I
Início dos trabalhos
Artigo 80.º
Início dos trabalhos
1 - A execução das obras e trabalhos sujeitos a licença nos termos do presente diploma só pode
iniciar-se depois de emitida a respetiva licença, com exceção das situações referidas no artigo
seguinte e salvo o disposto no n.º 1 do artigo 23.º
2 - As obras e os trabalhos sujeitos ao regime da comunicação prévia podem iniciar-se nos termos do
disposto no n.º 2 do artigo 34.º
3 - As obras e trabalhos referidos no artigo 7.º só podem iniciar-se depois de emitidos os pareceres ou
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 40/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
autorizações aí referidos ou após o decurso dos prazos fixados para a respetiva emissão.
4 - No prazo de 60 dias a contar do início dos trabalhos relativos às operações urbanísticas referidas
nas alíneas c) a e) do n.º 2 do artigo 4.º deve o promotor da obra apresentar na câmara municipal
cópia das especialidades e outros estudos.
Artigo 81.º
Demolição, escavação e contenção periférica
1 - Quando o procedimento de licenciamento haja sido precedido de informação prévia favorável que
vincule a câmara municipal, pode o presidente da câmara municipal, a pedido do interessado,
permitir a execução de trabalhos de demolição ou de escavação e contenção periférica até à
profundidade do piso de menor cota, logo após o saneamento referido no artigo 11.º, desde que seja
prestada caução para reposição do terreno nas condições em que se encontrava antes do início dos
trabalhos.
2 - Nas obras sujeitas a licença nos termos do presente diploma, a decisão referida no número
anterior pode ser proferida em qualquer momento após a aprovação do projeto de arquitetura.
3 - Para os efeitos dos números anteriores, o requerente deve apresentar, consoante os casos, o plano
de demolições, o projeto de estabilidade ou o projeto de escavação e contenção periférica até à data
da apresentação do pedido referido no mesmo número.
4 - O presidente da câmara decide sobre o pedido previsto no n.º 1 no prazo de 15 dias a contar da
data da sua apresentação.
5 - É título bastante para a execução dos trabalhos de demolição, escavação ou contenção periférica
a notificação do deferimento do respetivo pedido, que o requerente, a partir do início da execução
dos trabalhos por ela abrangidos, deverá guardar no local da obra.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 41/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Contém as alterações introduzidas pelos seguintes Versões anteriores deste artigo:
diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro Dezembro
- DL n.º 26/2010, de 30 de Março - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de
- DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro Setembro
- DL n.º 10/2024, de 08 de Janeiro - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de
Março
- 4ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de
Setembro
SECÇÃO II
Execução dos trabalhos
Artigo 83.º
Alterações durante a execução da obra
1 - Podem ser realizadas em obra alterações ao projeto, mediante comunicação ao qual é aplicável o
regime do artigo 35.º, desde que essa comunicação seja efetuada no momento do envio dos
documentos prévio à utilização do edifício, previsto no artigo 62.º-A.
2 - Podem ser efetuadas sem dependência de comunicação prévia à câmara municipal as alterações
em obra que não correspondam a obras que estivessem sujeitas a controlo prévio.
3 - As alterações em obra ao projeto inicialmente aprovado ou apresentado que envolvam a
realização de obras de ampliação ou de alterações à implantação das edificações estão sujeitas ao
procedimento previsto nos artigos 27.º ou 35.º, consoante os casos.
4 - Nas situações previstas nos números anteriores, apenas são apresentados os elementos instrutórios
que sofreram alterações.
5 - As alterações previstas nos n.os 1, 2 e 3 podem ser comunicadas no momento do envio de
documentos prévio à utilização do edifício, previsto no artigo 62.º-A, desde que às mesmas não se
aplique o regime das alterações à licença constante do artigo 27.º e do n.º 3 do artigo 83.º
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 42/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
1 - Qualquer adquirente dos lotes, de edifícios construídos nos lotes ou de frações autónomas dos
mesmos tem legitimidade para requerer a autorização judicial para promover diretamente a
execução das obras de urbanização quando, verificando-se as situações previstas no n.º 1 do artigo
anterior, a câmara municipal não tenha promovido a sua execução.
2 - O requerimento é instruído com os seguintes elementos:
a) Cópia do alvará ou do título da comunicação prévia, nos termos do n.º 2 do artigo 74.º;
b) Orçamento, a preços correntes do mercado, relativo à execução das obras de urbanização em
conformidade com os projetos aprovados e condições fixadas no licenciamento;
c) Quaisquer outros elementos que o requerente entenda necessários para o conhecimento do
pedido.
3 - Antes de decidir, o tribunal notifica a câmara municipal, o titular do alvará ou o apresentante da
comunicação prévia para responderem no prazo de 30 dias e ordena a realização das diligências que
entenda úteis para o conhecimento do pedido, nomeadamente a inspeção judicial do local.
4 - Se deferir o pedido, o tribunal fixa especificadamente as obras a realizar e o respetivo orçamento
e determina que a caução a que se refere o artigo 54.º fique à sua ordem, a fim de responder pelas
despesas com as obras até ao limite do orçamento.
5 - Na falta ou insuficiência da caução, o tribunal determina que os custos sejam suportados pelo
município, sem prejuízo do direito de regresso deste sobre o titular do alvará ou o apresentante da
comunicação prévia.
6 - O processo a que se referem os números anteriores é urgente e isento de custas.
7 - Da sentença cabe recurso nos termos gerais.
8 - Compete aos tribunais administrativos de círculo onde se localiza o prédio no qual se devam
realizar as obras de urbanização conhecer os pedidos previstos no presente artigo.
9 - A câmara municipal emite oficiosamente alvará para execução de obras por terceiro, competindo
ao seu presidente dar conhecimento das respetivas deliberações à Direção-Geral do Território, para
efeitos cadastrais, e à conservatória do registo predial, quando:
a) Tenha havido receção provisória das obras; ou
b) Seja integralmente reembolsada das despesas efetuadas, caso se verifique a situação prevista no
n.º 5.
SECÇÃO III
Conclusão e receção dos trabalhos
Artigo 86.º
Limpeza da área e reparação de estragos
1 - Concluída a obra, o dono da mesma é obrigado a proceder ao levantamento do estaleiro, à
limpeza da área, de acordo com o regime da gestão de resíduos de construção e demolição nela
produzidos, e à reparação de quaisquer estragos ou deteriorações que tenha causado em
infraestruturas públicas.
2 - O cumprimento do disposto no número anterior é condição da emissão do alvará de autorização de
utilização ou da receção provisória das obras de urbanização, salvo quando tenha sido prestada, em
prazo a fixar pela câmara municipal, caução para garantia da execução das operações referidas no
mesmo número.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 43/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
titular das obras de urbanização não reclamar ou vir indeferida a sua reclamação e não proceder à
sua correção no prazo para o efeito fixado, a câmara municipal procede em conformidade com o
disposto no artigo 84.º
5 - O prazo de garantia das obras de urbanização é de cinco anos.
Artigo 88.º
Obras inacabadas
1 - Quando as obras já tenham atingido um estado avançado de execução mas a licença ou
comunicação prévia haja caducado, pode ser requerida a concessão de licença especial para a sua
conclusão, desde que não se mostre aconselhável a demolição da obra, por razões ambientais,
urbanísticas, técnicas ou económicas.
2 - [Revogado].
3 - [Revogado].
4 - [Revogado].
SECÇÃO IV
Utilização e conservação do edificado
Artigo 89.º
Dever de conservação
1 - As edificações devem ser objeto de obras de conservação pelo menos uma vez em cada período de
oito anos, devendo o proprietário, independentemente desse prazo, realizar todas as obras
necessárias à manutenção da sua segurança, salubridade e arranjo estético.
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a câmara municipal pode a todo o tempo,
oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado, determinar a execução das obras
necessárias à correção de más condições de segurança ou de salubridade ou das obras de conservação
necessárias à melhoria do arranjo estético.
3 - A câmara municipal pode, oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado, ordenar a
demolição total ou parcial das construções que ameacem ruína ou ofereçam perigo para a saúde
pública e para a segurança das pessoas.
4 - A notificação dos atos referidos nos números anteriores é acompanhada da indicação dos
elementos instrutórios necessários para a execução daquelas obras, incluindo a indicação de medidas
urgentes, quando sejam necessárias, bem como o prazo em que os mesmos devem ser submetidos,
sob pena de o notificando incorrer em incumprimento do ato, designadamente para os efeitos
previstos nos artigos 91.º e 100.º
5 - Os atos referidos nos números anteriores são eficazes a partir da sua notificação ao proprietário,
sendo o registo predial da intimação para a execução de obras ou para a demolição promovido
oficiosamente para efeitos de averbamento, servindo de título para o efeito a certidão passada pelo
município competente.
6 - O registo referido no número anterior é cancelado através da exibição de certidão emitida pela
câmara municipal que ateste a conclusão das obras ou o cumprimento da ordem de demolição,
consoante o caso, ou pela junção da autorização de utilização emitida posteriormente.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 44/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro Dezembro
- DL n.º 66/2019, de 21 de Maio - 2ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de
Setembro
Artigo 89.º-A
Proibição de deterioração
1 - O proprietário não pode, dolosamente, provocar ou agravar uma situação de falta de segurança ou
de salubridade, provocar a deterioração do edifício ou prejudicar o seu arranjo estético.
2 - Presume-se, salvo prova em contrário, existir violação pelo proprietário do disposto no número
anterior nas seguintes situações:
a) Quando o edifício, encontrando-se total ou parcialmente devoluto, tenha apenas os vãos do piso
superior ou dos pisos superiores desguarnecidos;
b) Quando estejam em falta elementos decorativos, nomeadamente cantarias ou revestimento
azulejar relevante, em áreas da edificação que não sejam acessíveis pelos transeuntes, sendo
patente que tal falta resulta de atuação humana.
3 - A proibição constante do n.º 1 é aplicável, além do proprietário, a qualquer pessoa singular ou
coletiva.
Artigo 90.º
Vistoria prévia
1 - As deliberações referidas nos n.os 2 e 3 do artigo 89.º são precedidas de vistoria a realizar por três
técnicos a nomear pela câmara municipal, dois dos quais com habilitação legal para ser autor de
projeto, correspondentes à obra objeto de vistoria, segundo o regime da qualificação profissional dos
técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projetos.
2 - Do ato que determinar a realização da vistoria e respetivos fundamentos é notificado o
proprietário do imóvel, mediante carta registada expedida com, pelo menos, sete dias de
antecedência, ou, não sendo esta possível em virtude do desconhecimento da identidade ou do
paradeiro do proprietário, mediante edital, nos termos estabelecidos no Código do Procedimento
Administrativo, sendo, para este efeito, obrigatória a afixação de um edital no imóvel.
3 - Até à véspera da vistoria, o proprietário pode indicar um perito para intervir na realização da
vistoria e formular quesitos a que deverão responder os técnicos nomeados.
4 - Da vistoria é imediatamente lavrado auto, do qual constam obrigatoriamente a identificação do
imóvel, a descrição do estado do mesmo e as obras preconizadas e, bem assim, as respostas aos
quesitos que sejam formuladas pelo proprietário.
5 - A descrição do estado do imóvel, a que se refere o número anterior, inclui a identificação do seu
estado de conservação, apurado através da determinação do nível de conservação do imóvel de
acordo com o disposto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 266-B/2012, de 31 de dezembro, e na
respetiva regulamentação.
6 - O auto referido no n.º 4 é assinado por todos os técnicos e pelo perito que hajam participado na
vistoria e, se algum deles não quiser ou não puder assiná-lo, faz-se menção desse facto.
7 - Quando o proprietário não indique perito até à data referida no n.º 3, a vistoria é realizada sem a
presença deste, sem prejuízo de, em eventual impugnação administrativa ou contenciosa da
deliberação em causa, o proprietário poder alegar factos não constantes do auto de vistoria, quando
prove que não foi regularmente notificado nos termos do n.º 2.
8 - As formalidades previstas no presente artigo podem ser preteridas quando exista risco iminente de
desmoronamento ou grave perigo para a saúde pública, nos termos previstos na lei para o estado de
necessidade.
9 - Aplica-se à vistoria o disposto no artigo 95.º, com as devidas adaptações.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 45/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
execução da obra e imprevisíveis aquando daquela notificação.
Artigo 91.º
Obras coercivas
1 - Quando o proprietário não iniciar as obras que lhe sejam determinadas nos termos do artigo 89.º,
não apresentar os elementos instrutórios no prazo fixado para o efeito, ou estes forem objeto de
rejeição, ou não concluir aquelas obras dentro dos prazos que para o efeito lhe forem fixados, pode a
câmara municipal tomar posse administrativa do imóvel para lhes dar execução imediata.
2 - À execução coerciva das obras referidas no número anterior, incluindo todos os atos preparatórios
necessários, como sejam levantamentos, sondagens, realização de estudos ou projetos, aplica-se,
com as devidas adaptações, o disposto nos artigos 107.º, 108.º e 108.º-B.
SECÇÃO V
Fiscalização
SUBSECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 93.º
Âmbito
1 - A realização de quaisquer operações urbanísticas está sujeita a fiscalização administrativa,
independentemente de estarem isentas de controlo prévio ou da sua sujeição a prévio licenciamento,
comunicação prévia ou autorização de utilização.
2 - A fiscalização administrativa destina-se a assegurar a conformidade daquelas operações com as
disposições legais e regulamentares aplicáveis, designadamente para o efeito de prevenir os perigos e
consequentes riscos que da sua realização possam resultar para a saúde e segurança das pessoas, mas
incide exclusivamente sobre o cumprimento de normas jurídicas e não sobre aspetos relacionados
com a conveniência, a oportunidade ou as opções técnicas das operações urbanísticas.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 46/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
2 - Os atos praticados pelo presidente da câmara municipal no exercício dos poderes de fiscalização
previstos no presente diploma e que envolvam um juízo de legalidade de atos praticados pela câmara
municipal respetiva, ou que suspendam ou ponham termo à sua eficácia, podem ser por esta
revogados ou suspensos.
3 - No exercício da atividade de fiscalização, o presidente da câmara municipal é auxiliado por
funcionários municipais com formação adequada, a quem incumbe preparar e executar as suas
decisões.
4 - O presidente da câmara municipal pode ainda solicitar colaboração de quaisquer autoridades
administrativas ou policiais.
5 - A câmara municipal pode contratar com empresas privadas habilitadas a efetuar fiscalização de
obras a realização das inspeções a que se refere o artigo seguinte, bem como as vistorias referidas no
artigo 64.º
6 – (Revogado.)
Artigo 97.º
Livro de obra
1 - Todos os factos relevantes relativos à execução de obras licenciadas ou objeto de comunicação
prévia devem ser registados pelo respetivo diretor de obra no livro de obra, a conservar no local da
sua realização para consulta pelos funcionários municipais responsáveis pela fiscalização de obras.
2 - São obrigatoriamente registados no livro de obra, para além das respetivas datas de início e
conclusão, todos os factos que impliquem a sua paragem ou suspensão, bem como todas as alterações
feitas ao projeto licenciado ou comunicado.
3 - O modelo e demais registos a inscrever no livro de obra são definidos por portaria dos membros do
Governo responsáveis pelas obras públicas e pelo ordenamento do território, a qual fixa igualmente
as características do livro de obra eletrónico.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 47/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
4 - O livro de obras não é um elemento instrutório do pedido ou comunicação e não deve ser
remetido para a câmara municipal no final da obra, nem ser sujeito a qualquer análise prévia,
registo, validação ou termo de abertura ou encerramento por entidades públicas.
SUBSECÇÃO II
Sanções
Artigo 98.º
Contraordenações
1 - Sem prejuízo da responsabilidade civil, criminal ou disciplinar, são puníveis como
contraordenação:
a) (Revogada.)
b) A realização de quaisquer operações urbanísticas em desconformidade com o respetivo projeto ou
com as condições do licenciamento ou da comunicação prévia;
c) A execução de trabalhos em violação do disposto no n.º 2 do artigo 80.º-A;
d) A ocupação de edifícios ou suas frações autónomas sem autorização de utilização ou em desacordo
com o uso fixado no respetivo alvará ou comunicação prévia, salvo se estes não tiverem sido emitidos
no prazo legal por razões exclusivamente imputáveis à câmara municipal;
e) As falsas declarações dos autores e coordenador de projetos no termo de responsabilidade
relativamente à observância das normas técnicas gerais e específicas de construção, bem como das
disposições legais e regulamentares aplicáveis ao projeto;
f) As falsas declarações no termo de responsabilidade do diretor de obra e do diretor de fiscalização
de obra ou de outros técnicos relativamente:
i) À conformidade da execução da obra com o projeto aprovado e com as condições da licença ou da
comunicação prévia apresentada;
ii) À conformidade das alterações efetuadas ao projeto com as normas legais e regulamentares
aplicáveis;
g) A subscrição de projeto da autoria de quem, por razões de ordem técnica, legal ou disciplinar, se
encontre inibido de o elaborar;
h) O prosseguimento de obras cujo embargo tenha sido legitimamente ordenado;
i) A não afixação ou a afixação de forma não visível do exterior do prédio, durante o decurso do
procedimento de licenciamento ou autorização, do aviso que publicita o pedido de licenciamento ou
autorização;
j) A não manutenção de forma visível do exterior do prédio, até à conclusão da obra, do aviso que
publicita o alvará ou a comunicação prévia;
l) A falta do livro de obra no local onde se realizam as obras;
m) A falta dos registos do estado de execução das obras no livro de obra;
n) A não remoção dos entulhos e demais detritos resultantes da obra nos termos do artigo 86.º;
o) A ausência de requerimento a solicitar à câmara municipal o averbamento de substituição do
requerente, do autor de projeto, de diretor de obra ou diretor de fiscalização de obra, do titular do
alvará de construção ou do título de registo emitido pelo InCI, I. P., bem como do titular de alvará de
licença ou apresentante da comunicação prévia;
p) A ausência do número de alvará de loteamento ou da comunicação prévia nos anúncios ou em
quaisquer outras formas de publicidade à alienação dos lotes de terreno, de edifícios ou frações
autónomas nele construídos;
q) A não comunicação à câmara municipal dos negócios jurídicos de que resulte o fracionamento ou a
divisão de prédios rústicos no prazo de 20 dias a contar da data de celebração;
r) A realização de operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia sem que esta tenha ocorrido;
s) A não conclusão das operações urbanísticas referidas nos n.os 2 e 3 do artigo 89.º nos prazos
fixados para o efeito;
t) A deterioração dolosa da edificação pelo proprietário ou por terceiro ou a violação grave do dever
de conservação.
2 - A contraordenação prevista nas alíneas a) e r) do número anterior é punível com coima graduada
de (euro) 500 até ao máximo de (euro) 200 000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 1500 até
(euro) 450 000, no caso de pessoa coletiva.
3 - A contraordenação prevista na alínea b) do n.º 1 é punível com coima graduada de (euro) 1500 até
ao máximo de (euro) 200 000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 3000 até (euro) 450 000, no
caso de pessoa coletiva.
4 - A contraordenação prevista nas alíneas c), d), s) e t) do n.º 1 é punível com coima graduada de
(euro) 500 até ao máximo de (euro) 100 000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 1500 até (euro)
250 000, no caso de pessoa coletiva.
5 - As contraordenações previstas nas alíneas e) a h) do n.º 1 são puníveis com coima graduada de
(euro) 1500 até ao máximo de (euro) 200 000.
6 - As contraordenações previstas nas alíneas i) a n) e p) do n.º 1 são puníveis com coima graduada de
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 48/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
(euro) 250 até ao máximo de (euro) 50 000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 1000 até (euro)
100 000, no caso de pessoa coletiva.
7 - A contraordenação prevista nas alíneas o) e q) do n.º 1 é punível com coima graduada de (euro)
100 até ao máximo de (euro) 2500, no caso de pessoa singular, e de (euro) 500 até (euro) 10 000, no
caso de pessoa coletiva.
8 - Quando as contraordenações referidas no n.º 1 sejam praticadas em relação a operações
urbanísticas que hajam sido objeto de comunicação prévia nos termos do presente diploma, os
montantes máximos das coimas referidos nos n.os 3 a 5 anteriores são agravados em (euro) 50 000 e
os das coimas referidas nos n.os 6 e 7 em (euro) 25 000.
9 - A tentativa e a negligência são puníveis.
10 - A competência para determinar a instauração dos processos de contraordenação, para designar o
instrutor e para aplicar as coimas pertence ao presidente da câmara municipal, podendo ser delegada
em qualquer dos seus membros.
11 - O produto da aplicação das coimas referidas no presente artigo reverte para o município,
inclusive quando as mesmas sejam cobradas em juízo.
12 - Após o decurso dos prazos do recurso de impugnação judicial e de pagamento voluntário da
coima, segue-se o regime de execução de obrigações pecuniárias, previsto no artigo 179.º do Código
de Procedimento Administrativo.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 49/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
1 - As pessoas jurídicas que violem, com dolo ou negligência, por ação ou omissão, os deveres
inerentes ao exercício da atividade a que estejam obrigados por contrato ou por norma legal ou
regulamentar aplicável são responsáveis pelo ressarcimento dos danos causados a terceiros e pelos
custos e encargos das medidas específicas de reconstituição da situação que existiria caso a ordem
jurídica urbanística não tivesse sido violada.
2 - Relativamente a operações urbanísticas sujeitas a controlo prévio que tenham sido desenvolvidas
em violação das condições previstas na licença, comunicação prévia ou autorização, consideram-se
solidariamente responsáveis os empreiteiros, os diretores da obra e os responsáveis pela fiscalização,
sem prejuízo da responsabilidade dos promotores e dos donos da obra, nos termos gerais.
3 - Relativamente a operações urbanísticas sujeitas a controlo prévio que tenham sido realizadas sem
tal controlo ou estejam em desconformidade com os seus pressupostos ou com qualquer das
condições previstas na lei para a isenção de controlo prévio, consideram-se solidariamente
responsáveis os promotores e donos da obra, os responsáveis pelos usos e utilizações existentes, bem
como os empreiteiros e os diretores da obra.
4 - No caso de operações urbanísticas incompatíveis com os instrumentos de gestão territorial
aplicáveis são solidariamente responsáveis:
a) Os autores e coordenadores dos projetos e dos demais documentos técnicos;
b) Os diretores da obra;
c) Os responsáveis pela fiscalização.
5 - Consideram-se promotores, para os efeitos do disposto nos n.os 2 e 3:
a) A pessoa jurídica, pública ou privada, seja ou não proprietária dos terrenos relativamente aos
quais se refere a operação urbanística, que é responsável pela sua execução ou desenvolvimento;
b) O proprietário do imóvel no qual foram executadas ou desenvolvidas operações urbanísticas,
quando tenha tido conhecimento das obras, trabalhos, edificações, usos e utilizações ilícitos,
presumindo-se tal conhecimento, salvo prova em contrário, quando o proprietário tenha permitido,
por qualquer ato, ao responsável direto da violação o acesso à utilização do imóvel.
6 - Considera-se empreiteiro, para os efeitos do disposto nos n.os 2 e 3, a pessoa jurídica, pública ou
privada, que exerce a atividade de execução das obras de edificação e urbanização e se encontre
devidamente habilitada pelo InCI, I. P.
7 - As pessoas coletivas são responsáveis pelas infrações cometidas pelos seus órgãos, funcionários e
agentes.
8 - Todos os intervenientes na realização de operações urbanísticas respondem solidariamente quando
se verifique a impossibilidade de determinar o autor do dano ou, havendo concorrência de culpas,
não seja possível precisar o grau de intervenção de cada interveniente no dano produzido.
9 - A aprovação do projeto ou o exercício da fiscalização municipal não isentam os técnicos
responsáveis pela sua fiscalização ou direção, da responsabilidade pela condução dos trabalhos em
estrita observância pelas condições da licença ou da comunicação prévia.
Artigo 101.º
Responsabilidade dos funcionários e agentes da Administração Pública
Os funcionários e agentes da Administração Pública que deixem de participar infrações às entidades
fiscalizadoras ou prestem informações falsas ou erradas sobre as infrações à lei e aos regulamentos
de que tenham conhecimento no exercício das suas funções incorrem em responsabilidade disciplinar,
punível com pena de suspensão a demissão.
Artigo 101.º-A
Legitimidade para a denúncia
1 - Qualquer pessoa tem legitimidade para comunicar à câmara municipal, ao Ministério Público, às
ordens ou associações profissionais, ao InCI, I. P., ou a outras entidades competentes a violação das
normas do presente diploma.
2 - Não são admitidas denúncias anónimas.
SUBSECÇÃO III
Medidas de tutela da legalidade urbanística
Artigo 102.º
Reposição da legalidade urbanística
1 - Os órgãos administrativos competentes estão obrigados a adotar as medidas adequadas de tutela e
restauração da legalidade urbanística quando sejam realizadas operações urbanísticas:
a) Sem os necessários atos administrativos de controlo prévio;
b) Em desconformidade com os respetivos atos administrativos de controlo prévio;
c) Ao abrigo de ato administrativo de controlo prévio revogado ou declarado nulo;
d) Em desconformidade com as condições da comunicação prévia;
e) Em desconformidade com as normas legais ou regulamentares aplicáveis.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 50/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
2 - As medidas a que se refere o número anterior podem consistir:
a) No embargo de obras ou de trabalhos de remodelação de terrenos;
b) Na suspensão administrativa da eficácia de ato de controlo prévio;
c) Na determinação da realização de trabalhos de correção ou alteração, sempre que possível;
d) Na legalização das operações urbanísticas;
e) Na determinação da demolição total ou parcial de obras;
f) Na reposição do terreno nas condições em que se encontrava antes do início das obras ou
trabalhos;
g) Na determinação da cessação da utilização de edifícios ou suas frações autónomas.
3 - Independentemente das situações previstas no n.º 1, a câmara municipal pode:
a) Determinar a execução de obras de conservação necessárias à correção de más condições de
segurança ou salubridade ou à melhoria do arranjo estético;
b) Determinar a demolição, total ou parcial, das construções que ameacem ruína ou ofereçam perigo
para a saúde pública e segurança das pessoas.
4 - [Revogado].
5 - [Revogado].
6 - [Revogado].
7 - [Revogado].
8 - [Revogado].
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 51/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
sendo efetuada sob reserva de direitos de terceiros.
Artigo 102.º-B
Embargo
1 - Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, o presidente da câmara
municipal é competente para embargar obras de urbanização, de edificação ou de demolição, bem
como quaisquer trabalhos de remodelação de terrenos, quando estejam a ser executadas:
a) Sem a necessária licença ou comunicação prévia;
b) Em desconformidade com o respetivo projeto ou com as condições do licenciamento ou
comunicação prévia, salvo o disposto no artigo 83.º; ou
c) Em violação das normas legais e regulamentares aplicáveis.
2 - A notificação é feita ao responsável pela direção técnica da obra, bem como ao titular do alvará
de licença ou apresentante da comunicação prévia e, quando possível, ao proprietário do imóvel no
qual estejam a ser executadas as obras ou seu representante, sendo suficiente para obrigar à
suspensão dos trabalhos qualquer dessas notificações ou a de quem se encontre a executar a obra no
local.
3 - Após o embargo, é de imediato lavrado o respetivo auto, que contém, obrigatória e
expressamente, a identificação do funcionário municipal responsável pela fiscalização de obras, das
testemunhas e do notificado, a data, a hora e o local da diligência e as razões de facto e de direito
que a justificam, o estado da obra e a indicação da ordem de suspensão e proibição de prosseguir a
obra e do respetivo prazo, bem como as cominações legais do seu incumprimento.
4 - O auto é redigido em duplicado e assinado pelo funcionário e pelo notificado, ficando o duplicado
na posse deste.
5 - No caso de a ordem de embargo incidir apenas sobre parte da obra, o respetivo auto faz expressa
menção de que o embargo é parcial e identifica claramente qual é a parte da obra que se encontra
embargada.
6 - O auto de embargo é notificado às pessoas identificadas no n.º 2 e disponibilizado no sistema
informático referido no artigo 8.º-A, no prazo de cinco dias úteis.
7 - No caso de as obras estarem a ser executadas por pessoa coletiva, o embargo e o respetivo auto
são ainda comunicados para a respetiva sede social ou representação em território nacional.
8 - O embargo, assim como a sua cessação ou caducidade, é objeto de registo na conservatória do
registo predial, mediante comunicação do despacho que o determinou, procedendo-se aos
necessários averbamentos.
Artigo 103.º
Efeitos do embargo
1 - O embargo obriga à suspensão imediata, no todo ou em parte, dos trabalhos de execução da obra.
2 - Tratando-se de obras licenciadas ou objeto de comunicação prévia, o embargo determina também
a suspensão da eficácia da respetiva licença ou, no caso de comunicação prévia, a imediata cessação
da operação urbanística, bem como, no caso de obras de urbanização, a suspensão de eficácia da
licença de loteamento urbano a que a mesma respeita ou a cessação das respetivas obras.
3 - É interdito o fornecimento de energia elétrica, gás e água às obras embargadas, devendo para o
efeito ser notificado o ato que o ordenou às entidades responsáveis pelos referidos fornecimentos.
4 - O embargo, ainda que parcial, suspende o prazo que estiver fixado para a execução das obras no
respetivo alvará de licença ou estabelecido na comunicação prévia.
Artigo 105.º
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 52/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Trabalhos de correção ou alteração
1 - Nas situações previstas nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 102.º, o presidente da câmara
municipal pode ainda, quando for caso disso, ordenar a realização de trabalhos de correção ou
alteração da obra, fixando um prazo para o efeito, tendo em conta a natureza e o grau de
complexidade dos mesmos.
2 - Decorrido o prazo referido no número anterior sem que aqueles trabalhos se encontrem
integralmente realizados, a obra permanece embargada até ser proferida uma decisão que defina a
sua situação jurídica com caráter definitivo.
3 - Tratando-se de obras de urbanização ou de outras obras indispensáveis para assegurar a proteção
de interesses de terceiros ou o correto ordenamento urbano, a câmara municipal pode promover a
realização dos trabalhos de correção ou alteração por conta do titular da licença ou do apresentante
da comunicação prévia, nos termos dos artigos 107.º e 108.º
4 - A ordem de realização de trabalhos de correção ou alteração suspende o prazo que estiver fixado
no respetivo alvará de licença ou estabelecido na comunicação prévia pelo período estabelecido nos
termos do n.º 1.
5 - O prazo referido no n.º 1 interrompe-se com a apresentação de pedido de alteração à licença ou
comunicação prévia, nos termos, respetivamente, dos artigos 27.º e 35.º
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 53/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
10 - Tratando-se de execução coerciva de uma ordem de demolição ou de trabalhos de correção ou
alteração de obras, estas devem ser executadas no mesmo prazo que havia sido concedido para o
efeito ao seu destinatário, contando-se aquele prazo a partir da data de início da posse
administrativa.
11 - O prazo referido no número anterior pode ser prorrogado nos termos em que seja admissível no
regime das empreitadas de obras públicas, previstos no Código dos Contratos Públicos.
12 - O prazo referido no n.º 10 suspende-se, com o limite de 150 dias, pelo período em que
decorrerem os procedimentos de contratação legalmente devidos relativos à intervenção, entre a
decisão de contratar e o começo de execução do contrato ou, no caso das empreitadas, o início dos
trabalhos.
Artigo 108.º-C
Arrendamento forçado de habitações devolutas
1 - O regime previsto no artigo anterior é aplicável, com as necessárias adaptações, às frações
autónomas e às partes de prédio urbano suscetíveis de utilização independente, de uso habitacional,
classificadas como devolutas, nos termos do Decreto-Lei n.º 159/2006, de 8 de agosto, que estejam
há mais de dois anos com essa classificação, quando localizadas fora dos territórios do interior, como
tal identificados no anexo à Portaria n.º 208/2017, de 13 de julho.
2 - Findo o prazo de dois anos referido no número anterior, o município territorialmente competente
remete ao respetivo proprietário, consoante os casos:
a) Notificação do dever de conservação, previsto no n.º 2 do artigo 89.º, promovendo a execução das
obras necessárias, em caso de incumprimento daquela notificação, ao abrigo do artigo 91.º; ou
b) Notificação do dever de dar uso à fração autónoma e, querendo, apresentação de proposta de
arrendamento, nos termos previstos no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 89/2021, de 3 de novembro.
3 - O valor da renda na proposta de arrendamento prevista na alínea b) do número anterior não pode
exceder em 30 /prct. os limites gerais de preço de renda por tipologia em função do concelho onde
se localiza o imóvel, previstos na alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 68/2019, de 22
de maio.
4 - Nos casos em que, efetuada a notificação prevista na alínea b) do n.º 2, o proprietário reca
proposta ou não se pronuncie no prazo de 90 dias a contar da sua receção, e mantendo-se o imóvel
devoluto, o município territorialmente competente, sempre que se revele necessário para garantir a
função social da habitação, prevista no artigo 4.º da Lei n.º 83/2019, de 3 de setembro, que aprova a
lei de bases da habitação, pode, excecional e supletivamente, proceder ao arrendamento forçado do
imóvel.
5 - Caso os municípios não pretendam proceder ao arrendamento do imóvel e o mesmo não careça de
obras de conservação, remetem a informação sobre o imóvel ao IHRU, I. P., para que este possa,
querendo, notificar o proprietário, nos termos e para os efeitos previstos na alínea b) do n.º 2 e no
n.º 4.
6 - O disposto no presente artigo não se aplica às Regiões Autónomas.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 56/2023, de 06 de Outubro
Artigo 109.º
Cessação da utilização
1 - Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 281/99, de 26 de julho, o
presidente da câmara municipal é competente para ordenar e fixar prazo para a cessação da
utilização de edifícios ou de suas frações autónomas quando sejam ocupados sem a necessária
autorização de utilização ou quando estejam a ser afetos a fim diverso do previsto no respetivo
alvará.
2 - Quando os ocupantes dos edifícios ou suas frações não cessem a utilização indevida no prazo
fixado, pode a câmara municipal determinar o despejo administrativo, aplicando-se, com as devidas
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 55/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
adaptações, o disposto no artigo 92.º
3 - O despejo determinado nos termos do número anterior deve ser sobrestado quando, tratando-se
de edifício ou sua fração que estejam a ser utilizados para habitação, o ocupante mostre, por
atestado médico, que a execução do mesmo põe em risco de vida, por razão de doença aguda, a
pessoa que se encontre no local.
4 - Na situação referida no número anterior, o despejo não pode prosseguir enquanto a câmara
municipal não providencie pelo realojamento da pessoa em questão, a expensas do responsável pela
utilização indevida, nos termos do artigo anterior.
CAPÍTULO IV
Garantias dos particulares
Artigo 110.º
Direito à informação
1 - Qualquer interessado tem o direito de ser informado pela respetiva câmara municipal:
a) Sobre os instrumentos de desenvolvimento e de gestão territorial em vigor para determinada área
do município, bem como das demais condições gerais a que devem obedecer as operações
urbanísticas a que se refere o presente diploma;
b) Sobre o estado e andamento dos processos que lhes digam diretamente respeito, com
especificação dos atos já praticados e do respetivo conteúdo, e daqueles que ainda devam sê-lo, bem
como dos prazos aplicáveis a estes últimos.
2 - As informações previstas no número anterior devem ser prestadas independentemente de
despacho e no prazo de 15 dias.
3 - Os interessados têm o direito de consultar os processos que lhes digam diretamente respeito,
nomeadamente por via eletrónica, e de obter as certidões ou reproduções autenticadas dos
documentos que os integram, mediante o pagamento das importâncias que forem devidas.
4 - O acesso aos processos e passagem de certidões deve ser requerido por escrito, salvo consulta por
via eletrónica, e é facultado independentemente de despacho e no prazo de 10 dias a contar da data
da apresentação do respetivo requerimento.
5 - A câmara municipal fixa, no mínimo, um dia por semana para que os serviços municipais
competentes estejam especificadamente à disposição dos cidadãos para a apresentação de eventuais
pedidos de esclarecimento ou de informação ou reclamações.
6 - Os direitos referidos nos n.os 1 e 3 são extensivos a quaisquer pessoas que provem ter interesse
legítimo no conhecimento dos elementos que pretendem e ainda, para defesa de interesses difusos
definidos na lei, quaisquer cidadãos no gozo dos seus direitos civis e políticos e as associações e
fundações defensoras de tais interesses.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 56/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Contém as alterações introduzidas pelos seguintes Versões anteriores deste artigo:
diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- Lei n.º 15/2002, de 22 de Fevereiro Dezembro
- Lei n.º 4-A/2003, de 19 de Fevereiro - 2ª versão: Lei n.º 15/2002, de 22 de
- DL n.º 26/2010, de 30 de Março Fevereiro
- DL n.º 214-G/2015, de 02 de Outubro - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de
- DL n.º 10/2024, de 08 de Janeiro Setembro
- 4ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de
Setembro
- 5ª versão: DL n.º 214-G/2015, de 02 de
Outubro
Artigo 113.º
Deferimento tácito
(Revogado.)
Artigo 115.º
Ação administrativa especial
1 - A ação administrativa especial dos atos previstos no artigo 106.º tem efeito suspensivo.
2 - Com a citação da petição de recurso, a autoridade administrativa tem o dever de impedir, com
urgência, o início ou a prossecução da execução do ato recorrido.
3 - A todo o tempo e até à decisão em 1.ª instância, o juiz pode conceder o efeito meramente
devolutivo à ação, oficiosamente ou a requerimento do recorrido ou do Ministério Público, caso do
mesmo resultem indícios da ilegalidade da sua interposição ou da sua improcedência.
4 - Da decisão referida no número anterior cabe recurso com efeito meramente devolutivo, que sobe
imediatamente, em separado.
CAPÍTULO V
Taxas inerentes às operações urbanísticas
Artigo 116.º
Taxa pela realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas
1 – (Revogado.)
2 – (Revogado.)
3 - A emissão do alvará de licença e a comunicação prévia de obras de construção ou ampliação em
área não abrangida por operação de loteamento estão igualmente sujeitas ao pagamento da taxa
referida no número anterior.
4 - A emissão do alvará de licença parcial a que se refere o n.º 6 do artigo 23.º está também sujeita
ao pagamento da taxa referida no n.º 1, não havendo lugar à liquidação da mesma aquando da
emissão do alvará definitivo.
5 - Os projetos de regulamento municipal da taxa pela realização, manutenção e reforço de
infraestruturas urbanísticas devem ser acompanhados da fundamentação do cálculo das taxas
previstas, tendo em conta, designadamente, os seguintes elementos:
a) Programa plurianual de investimentos municipais na execução, manutenção e reforço das
infraestruturas gerais, que pode ser definido por áreas geográficas diferenciadas;
b) Diferenciação das taxas aplicáveis em função dos usos e tipologias das edificações e,
eventualmente, da respetiva localização e correspondentes infraestruturas locais.
6 - [Revogado].
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 57/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Contém as alterações introduzidas pelos seguintes Versões anteriores deste artigo:
diplomas: - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de
- Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro Dezembro
- DL n.º 26/2010, de 30 de Março - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de
- DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro Setembro
- DL n.º 10/2024, de 08 de Janeiro - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de
Março
- 4ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de
Setembro
Artigo 117.º
Liquidação das taxas
1 - O presidente da câmara municipal, com o deferimento do pedido de licenciamento, procede à
liquidação das taxas, em conformidade com o regulamento aprovado pela assembleia municipal.
2 - O pagamento das taxas referidas nos n.os 2 a 4 do artigo anterior pode, por deliberação da
câmara municipal, com faculdade de delegação no presidente e de subdelegação deste nos
vereadores ou nos dirigentes dos serviços municipais, ser fracionado até ao termo do prazo de
execução fixado no alvará, desde que seja prestada caução nos termos do artigo 54.º
3 - Da liquidação das taxas cabe reclamação graciosa ou impugnação judicial, nos termos e com os
efeitos previstos no Código de Procedimento e de Processo Tributário.
4 - A exigência, pela câmara municipal ou por qualquer dos seus membros, de mais-valias não
previstas na lei ou de quaisquer contrapartidas, compensações ou donativos confere ao titular da
licença ou comunicação prévia para a realização de operação urbanística, quando dê cumprimento
àquelas exigências, o direito a reaver as quantias indevidamente pagas ou, nos casos em que as
contrapartidas, compensações ou donativos sejam realizados em espécie, o direito à respetiva
devolução e à indemnização a que houver lugar.
5 - Nos casos de autoliquidação previstos no presente diploma, as câmaras municipais devem
obrigatoriamente disponibilizar os regulamentos e demais elementos necessários à sua efetivação,
podendo os requerentes usar do expediente previsto no n.º 3 do artigo 113.º
CAPÍTULO VI
Disposições finais e transitórias
Artigo 118.º
Conflitos decorrentes da aplicação dos regulamentos municipais
1 - Para a resolução de conflitos na aplicação dos regulamentos municipais previstos no artigo 3.º
podem os interessados requerer a intervenção de uma comissão arbitral.
2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 5, a comissão arbitral é constituída por um representante da
câmara municipal, um representante do interessado e um técnico designado por cooptação,
especialista na matéria sobre que incide o litígio, o qual preside.
3 - Na falta de acordo, o técnico é designado pelo presidente do tribunal administrativo de círculo
competente na circunscrição administrativa do município.
4 - À constituição e funcionamento das comissões arbitrais aplica-se o disposto na lei sobre a
arbitragem voluntária.
5 - As associações públicas de natureza profissional e as associações empresariais do setor da
construção civil podem promover a criação de centros de arbitragem institucionalizada para a
realização de arbitragens no âmbito das matérias previstas neste artigo, nos termos da lei.
Artigo 119.º
Relação dos instrumentos de gestão territorial, das servidões e restrições de utilidade pública e
de outros instrumentos relevantes
1 - As câmaras municipais devem manter atualizada a relação dos instrumentos de gestão territorial e
as servidões administrativas e restrições de utilidade pública especialmente aplicáveis na área do
município, nomeadamente:
a) Os referentes a programa e plano regional de ordenamento do território, planos especiais de
ordenamento do território, planos municipais e intermunicipais de ordenamento do território,
medidas preventivas, áreas de desenvolvimento urbano prioritário, áreas de construção prioritária,
áreas de reabilitação urbana e alvarás de loteamento em vigor;
b) Zonas de proteção de imóveis classificados ou em vias de classificação, reservas arqueológicas de
proteção e zonas especiais de proteção de parque arqueológico a que se refere a Lei n.º 107/2001, de
8 de setembro, e o Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro;
c) [Revogada];
d) Zonas de proteção a edifícios e outras construções de interesse público a que se referem os
Decretos-Leis n.os 40 388, de 21 de novembro de 1955, e 309/2009, de 23 de outubro;
e) Imóveis ou elementos naturais classificados como de interesse municipal a que se refere a Lei n.º
107/2001, de 8 de setembro, e o Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro;
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 58/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
f) Zonas terrestres de proteção das albufeiras, lagoas ou lagos de águas públicas a que se refere o
Decreto-Lei n.º 107/2009, de 15 de maio;
g) Zonas terrestres de proteção dos estuários a que se refere o Decreto-Lei n.º 129/2008, de 21 de
julho;
h) Áreas integradas no domínio hídrico público ou privado a que se referem as Leis n.os 54/2005, de
15 de novembro, e Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro;
i) Áreas classificadas a que se refere o Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho;
j) Áreas integradas na Reserva Agrícola Nacional a que se refere o Decreto-Lei n.º 73/2009, de 31 de
março;
l) Áreas integradas na Reserva Ecológica Nacional a que se refere o Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22
de agosto;
m) Zonas de proteção estabelecidas pelo Decreto-Lei n.º 173/2006, de 24 de agosto.
2 - As câmaras municipais mantêm igualmente atualizada a relação dos regulamentos municipais
referidos no artigo 3.º, dos programas de ação territorial em execução, bem como das unidades de
execução delimitadas.
3 - A informação referida nos números anteriores deve ser disponibilizada no sítio na Internet do
município assim como na plataforma dos procedimentos, devendo ser disponibilizada a função de
gerar plantas de localização de forma automática, com visualização da incidência territorial dos
instrumentos de gestão territorial vinculativos dos particulares e das servidões e restrições de
utilidade pública, referentes à localização pretendida e assinalada para o efeito.
4 - Para efeitos do disposto no Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, na sua redação atual,
que aprova o regime de avaliação de impacte ambiental, sempre que esteja em causa a realização de
operação urbanística sujeita a avaliação de impacte ambiental (AIA), o pedido de licenciamento ou a
apresentação da comunicação prévia pode ser feito previamente ao pedido de AIA.
5 - As condições previstas na declaração de impacte ambiental (DIA), podem determinar a alteração
ao projeto de operação urbanística sem necessidade de qualquer formalidade ou pedido adicional
junto da câmara municipal, nas seguintes situações:
a) Em caso de ter sido emitida DIA condicionalmente favorável;
b) Quando tenha sido emitida decisão de conformidade condicionada do projeto de execução com a
DIA, no caso de o procedimento de AIA ter sido realizado em fase de estudo prévio ou de anteprojeto.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 59/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Artigo 122.º
Legislação subsidiária
A tudo o que não esteja especialmente previsto no presente diploma aplica-se subsidiariamente o
Código do Procedimento Administrativo.
Artigo 123.º
Relação das disposições legais referentes à construção
Até à codificação das normas técnicas de construção, compete aos membros do Governo responsáveis
pelas obras públicas e pelo ordenamento do território promover a publicação da relação das
disposições legais e regulamentares a observar pelos técnicos responsáveis dos projetos de obras e
sua execução, devendo essa relação constar dos sítios na Internet dos ministérios em causa.
Artigo 125.º
Alvarás anteriores
As alterações aos alvarás emitidos ao abrigo da legislação agora revogada e dos Decretos-Leis n.os
166/70, de 15 de abril, 46 673, de 29 de novembro de 1965, 289/73, de 6 de junho, e 400/84, de 31
de dezembro, regem-se pelo disposto no presente diploma.
Artigo 126.º
Elementos estatísticos
1 - A câmara municipal envia mensalmente para o Instituto Nacional de Estatística os elementos
estatísticos identificados em portaria dos membros do Governo responsáveis pela administração local
e pelo ordenamento do território.
2 - Os suportes a utilizar na prestação da informação referida no número anterior serão fixados pelo
Instituto Nacional de Estatística, após auscultação das entidades envolvidas.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 60/61
14/05/24, 17:29 :::DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
Artigo 129.º
Revogações
São revogados:
a) O Decreto-Lei n.º 445/91, de 20 de novembro;
b) O Decreto-Lei n.º 448/91, de 29 de novembro;
c) O Decreto-Lei n.º 83/94, de 14 de março;
d) O Decreto-Lei n.º 92/95, de 9 de maio;
e) Os artigos 9.º, 10.º e 165.º a 168.º do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 38 382, de 7 de agosto de 1951.
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?tabela=leis&artigo_id=&nid=625&nversao=&tabela=leis 61/61