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Clarice Lispector

Clarice Lispector nasceu na Ucrânia em 1920 e migrou para o Brasil ainda bebê. Ela se tornou uma importante escritora brasileira conhecida por seus romances introspectivos que exploram os conflitos internos do ser humano. Seu livro mais famoso, A Paixão Segundo G.H., publicado em 1964, é narrado em primeira pessoa e descreve a busca da personagem G.H. por sua identidade através de uma jornada de autoconhecimento que a leva a confrontar sua solidão e nojo de si mesma

Enviado por

Suellen Venâncio da Silva
Direitos autorais
© Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Formatos disponíveis
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Clarice Lispector nasceu na Ucrânia em 1920 e migrou para o Brasil ainda bebê. Ela se tornou uma importante escritora brasileira conhecida por seus romances introspectivos que exploram os conflitos internos do ser humano. Seu livro mais famoso, A Paixão Segundo G.H., publicado em 1964, é narrado em primeira pessoa e descreve a busca da personagem G.H. por sua identidade através de uma jornada de autoconhecimento que a leva a confrontar sua solidão e nojo de si mesma

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Clarice Lispector Nasceu na Ucrnia na cidade de Tchetchelnyk em 10 de dezembro de 1920, nasceu Haia Pinkhasovna Lispector e na migrao para o Brasil

seus pais mudaram seu nome para Clarice Lispector. Sua chegada ao pas foi com mais de 1 ano de idade, apesar de ela negar e dizer que foi aos dois meses de idade, pois no havia circunstncias em sua vida que ela quisesse tanto mudar quanto a circunstncias de seu nascimento, crticos comunistas a chamavam de alienada, cerebral, intimista e tediosa, mas ela s reagiu quando a chamaram de estrangeira, se sentia brasileira, em uma entrevista quando lhe perguntaram sobre sua nacionalidade ele disse "Eu perteno ao Brasil". Como ela relatou, nunca pisou em solo Ucraniano, nasceu durante a fuga dos pais para migrao e foi carregada nos braos pois era apenas um beb. S pisou em solo Ucraniano quando seu marido Diplomata Maury Gurgel Valente viajou a trabalho pra l, o governo Ucraniano at organizou para que ela fosse visitar o lugar onde nasceu mas Clarice se recusou. Seu livro de estria foi Perto do Corao Selvagem lanado em 1943, livro que foi escrito em sua adolescncia. Na poca os livros brasileiros eram todos regionalistas e Clarice supreendeu a critica com um romance do qual a protagonista sofria de problemas de carter. Autora da segunda fase do modernismo, chega para inovar a cultura literria do pas, trazendo livros introspectivos, intimistas e epifnicos que rememtem os conflitos interiores do ser humano. A autora foi muito comparada com James Joyce e Virginia Woolf, mesmo a autora dizendo que nunca tinha lido nenhum dos autores antes. As influncias de Clarice Foram Hermann Hesse, principalmente o livro O lobo da Estepe que fala sobre um homem que tem dupla personalidade e vive entre um homem e um lobo, que se assemelha com a protagonista Joana de Perto do Corao Selvagem , que uma menina com instinto selvagem. Outra influncia tambm foi o Filosofo Holands Spinoza, vrios textos de Clarice se assemelhava aos escritos do filsofo. Clarice tinha uma dico estranha que a fazia parecer legitimamente estrangeira, at fez tratamento mas desistiu dizendo que esse era um trao dela e que no iria mudar. Crticos questionavam o sobrenome da autora dizendo que era totalmente desagradvel e que era um pseudnimo, Clarice j tinha uma opinio diferente dizia que seu nome era a juno de Lis com Peito o que se formaria Lispector.. O nome da personagem do Livro Uma aprendizagem ou um livro de prazeres formado pela duas primeiras e as duas ultimas letras do sobrenome da autora Lispector = Lori. Apesar de ser sido casada com Maury, o amor de Clarice era Lcio Cardoso , que era um amor impossvel pois Lcio Cardoso era homossexual. Clarice atraia muito os homem, um de seus terapeutas (Ulysses Girsoler) ficou loucamente apaixonado pela autora e acabou largando as sesses com ela. Clarice sofria de depresso e uma das explicaes era porque ela era sensvel a tudo o que as pessoas sentiam eram. A autora adora escrever seus romances, textos e contos rodeada de seus filhos Paulo Gurgel Valente e Pedro Gurgel Valente, apesar deles serem crianas e dar certo trabalho ela queria fazer seu papel de me e ter seus filhos sempre aos seus olhos> Clarice era uma me muito dedicada, se importava com tudo que os filhos faziam deveres escolares, amizades, alimentao tinham sempre sua superviso. Ao mesmo tempo os criou com muita liberdade.,

Em sua infncia quando sua estava nas ltima, Clarice inventava histrias para alegrar sua me e achava que assim a podia salvar, com sua alegria. Ela e sua amiguinha criaram uma histria sem fim da qual quando chegava algum morrer para acabar logo se surgia outro fato que na a deixava acabar nunca. A Paixo Segundo G.H. Esse livro , por assim dizer, uma longa busca pessoal. nico livro que a autora escreve em primeira pessoa. Nesse livro ela tem um encontro com Deus, Deus do qual ela sabe que existe mas o acha repugnante por ter tirado a vida de sua me, mesmo depois de ela ter nascido(pois eles acreditavam que quando uma criana nascia a me se livrava da doena), que Deus esse que tira a vida de algum poupa a vida de outros. E usa a barata pra descrever que Deus no humanizado, ele o Deus da barata(nojento, repugnante). Na poca ela estava profundamente angustiada quanto sua capacidade de escrever , porem, ela produziu num rpido jorro no final de 1963, um dos grandes romances do sculo XX. Aquela poca ela registrou porque eu estava na pior das situaes, tanto sentimentalmente como de famlia, tudo complicado, e escrevi A paixo..., que no tem nada a ver com isso. Ela inicia o livro com uma advertncia aos leitores para o contedo chocante do romance. Que o romance deveria ser lido por pessoas que sabem que a aproximao, do que quer que seja, se faz gradualmente e penosamente - atravessando inclusive o oposto daquilo que se vai aproximar . Observasse nessa leitura que Clarice est se aproximando de Deus e ela atravessou o oposto daquilo de que se vai aproximar. Basta lembra da declarao que ela fez aos 21 anos, de que acima dos homens nada mais h. um mergulho no interior do narrador - personagem, e no h propriamente histria. G.H. busca, em si mesma, pela introspeco radical, sua identidade e as razes de viver, sentir e amar. A obra nem comea, nem termina. G. H., em seu apartamento, Resolve visitar o quarto da empregada, que se demitira. Havia seis meses que no entrava ali. Ao entrar, ela mergulha em seu prprio vazio interior. Aflita, procura alguma coisa para fazer, mas no h nada. E eis que surge uma barata, saindo de um armrio. Nesse momento, depara-se na personagem a conscincia da solido. O nojo pelo inseto desafia-a assustadoramente: preciso que ela se aproxime da barata, toque na barata e at prove o sabor da barata. Para regressar ao seu estado de um ser primitivo, selvagem, e por isso mais feliz, G. H. estaria fazendo uma reviravolta em seu mundo condicionado e assptico, alienado e imune. A nusea, aqui tomada como forma emocional violenta da angstia, o momento que antecede a revelao, a epifania, e resulta sempre da dolorosa sensao da fragilidade da condio humana . A Paixo Segundo G. H. uma obra de profunda ressonncia existencialista, e ao mesmo tempo portadora de um permanente exerccio de esvaziamento ontolgico,

portanto, se lida detidamente, pode ser considerada uma obra de iluminao e de radical ajuizamento crtico sobre a condio humana.

Colgio Estadual Domingos Zalorenzi

Clarice Lispector A paixo Segundo G.H.

Nomes: Dbora Kelly Hugo Ramos Rafael Borst Suellen Venncio

N03 N08 N18 N20

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