A Democracia No Divã

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A DEMOCRACIA NO DIVÃ:

CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE NA POLÍTICA


CONTEMPORÂNEA
"Quase parece como se a análise fosse a terceira daquelas
profissões impossíveis quanto às quais de antemão se pode estar seguro de chegar a
resultados insatisfatórios. As outras duas, conhecidas desde muito mais tempo, são
educar e governar" (Freud, Análise terminável e interminável)

Recém completados três décadas de um ciclo de experiência democrática


no Brasil, o ano de 2015, pós eleições presidenciais, é bastante emblemático. A
política vive uma crise de representatividade inserida em um sintoma mais
expressivo: um certo mal estar democrático generalizado. Nunca se questionou
tanto a eficácia das regras do jogo democrático e a legitimidade e eficiência das
instituições dos três poderes. Até então insuspeito produto de nossa evolução
política, a democracia está sendo esquadrinhada e questionada em suas base
fundamentais como o financiamento de campanha, a falta de legitimidade dos
seus representantes (e a fluidez da infidelidade partidária) e até mesmo pelo
processo de apuração pelas, então, inquestionáveis urnas eletrônicas, símbolo de
um dos sistemas eleitorais mais ágeis e modernos do mundo. Todo esse contexto
expresso num agravamento de uma crise ideológica que sustentava os dois lados
da organização política: a esquerda e a direita.

Esses impasses democráticos não expressam somente uma polarização


ideológica, ao modo de projetos societários de conduzir a política, são mais uma
falência das tentativas de controle do poder. Se podemos, a ajuda da história e da
filosofia remontarmos para o nascimento da democracia encontraremos a Grécia
como o berço da humanidade. Mas, o que hoje na crise da democracia podemos
recuperar da experiência inaugural grega no sentido de nos entendermos como
cidadãos e, quem sabe, identificarmos algum desvio? De alguma forma, a resposta
em parte pode ser encontrada no sentido das definições da ética, do espaço
público, de justiça, sem dúvida. Mas a construção do individuo democrático
encontra-se também nos primórdios do século XX e nos formatou como cidadãos
em uma sociedade de bens de consumo revolucionando a forma de se fazer
políticas no sentido mais plural do termo. Quais projetos de sociedade estão em
curso nos debates contemporâneos?! E em relação a psicologia e à psicanálise
haveria alguma contribuição no além muro da clínica para contribuir no
entendimento dos processos de subjetivação no curso sociohistórico dos
acontecimento políticos?! Nesse sentido cabe uma tentativa de mapear algumas
mobilizações do fluxo libidinal político, como campo de simbolização e do
imaginário de forças envolvidas e, sobretudo, de alguns discursos que tomam
corpo em nossa sociedade contemporânea.

Desde a trilogia das obras sociais de Freud: Mal estar na Civilização,


Psicologia das Massas e Análise do Eu, Futuro de uma Ilusão, a psicanálise produz
e é produzida por um discurso que circula no social, não por acaso Freud
afirmava que toda psicologia individual é, necessariamente, social. Seus aportes
se aproximam da sociologia e da antropologia e atravessam temas ligados a
constituição da sociedade e da cultura. O nível de popularização das obras é tal
que esses livros encontram-se com facilidade em bancas de jornais com livre
acesso ao público em geral.

Uma dessas obras, Psicologia das Massas e Análise do Eu, encontra uma
apropriação bastante singular que remonta aos primórdios do século passado a
partir de um personagem desconhecido e que não era psicanalista: Edward
Bernays, sobrinho de Freud, imigrado aos EUA no final do século XIX. Bernays,
que viveu até os 104 anos, foi um raro protagonista atento aos principais fatos
políticos e sociais e teve um papel fundamental na consolidação da Democracia
nos EUA. Em 1917, quando os Estados Unidos declararam guerra à Áustria e aos
outros países da Tríplice Aliança, Bernays foi convidado a participar do Comitê de
Informação Pública, órgão criado pelo governo norte-americano com o objetivo
de divulgar à população o esforço de guerra em promover a democracia em todo
o mundo. Com apenas 27 anos, ele integrou a comitiva que acompanhou o
presidente Woodrow Wilson na conferência de paz em Paris. Esta brilhante
atuação em sua biografia o fez inventor e precursor da atividade de relações
públicas e a participar ativamente na divulgação e manipulação ideológica de
vários produtos das grande corporações e sua intensa atuação junto à política
encontra registros até no recente governo Bill Clinton.

O que mantém uma determinada massa coesa foi a pergunta que guiou
Freud em Psicologia das massas e análise do eu (1920) e questão articulada por
Edward Bernays em Propaganda (1928) na aplicação pragmática das descobertas
da psicanálise na manipulação do público alvo, deflagrando a sociedade de
consumo, configurando uma engenharia do consentimento aliciadora de desejos
e vontades de imagens de si e dos estilos de vida que adotados e interiorizados
pelos indivíduos transformam-nos nessa nova espécie de consumidores que não
necessitam daquilo que desejam, e não desejam aquilo que necessitam. Passo
inaugural ao chamado "Século do Eu", título do documentário de Adam Curtis em
que a engenharia do consentimento de Bernays com vistas à construção do
indivíduo democrático é uma chave fundamental para entender como a
democracia se tornou um produto em nossa época e como a cidadania
fragmentada sob várias demandas, e multifacetado em vários níveis, se tornou
também uma mercadoria de consumo.
A principal indagação de Bernays era a seguinte: Se os seres humanos eram
verdadeiramente conduzidos por forças irracionais, agressivas e inconscientes,
como esperar que as massas pudessem ser "conscientizadas" e decidir o futuro de
uma nação? Isso ia de encontro com uma série de dúvidas que Bernays
compartilhava a respeito das possibilidades da democracia em produzir efeitos
socialmente positivos, e sua proposta de uma "engenharia do consentimento" se
apresentava como a solução necessária ao problema. Tal mutação justificava o
uso da engenharia do consentimento por políticos que, por meio de técnicas
psicológicas e de comunicação para a manipulação da opinião pública, deveriam
produzir entre as massas um genuíno sentimento de sociedade. Assim como
havia feito com questões relativas ao consumo de produtos, Bernays acreditava
poder convencer as massas a abandonarem sua agressividade primária e
perseguirem um fim socialmente desejável, em um governo sintonizado com suas
necessidades de consumo e de felicidade. Livrando as pessoas das frustrações
diárias e controlando desejo irracional por meio da engenharia do
consentimento, os políticos e empresários eliminariam ao máximo as
perturbações sociais, soterrando-as sob um constante bem-estar e prazer. Ele
definiu esse modelo da sociedade como Democracity, a cidade verdadeiramente
democrática, uma utopia da liberdade e do capitalismo. Como escreveu Bernays
mais tarde, em 1928, na sua obra Propaganda:

"a manipulação consciente e inteligente das opiniões e hábitos organizados


das massas é um elemento importante na sociedade democrática. Os que
manipulam este oculto mecanismo da sociedade constituem um governo invisível
que é o verdadeiro poder dirigente deste país. Nós somos governados, as nossas
mentes moldadas, os nossos gostos formados, as nossas idéias incutidas, em
grande parte por homens de quem nunca ouvimos falar. Essa é uma conseqüência
lógica do modo como nossa sociedade democrática está organizada"

Bernays concebe a propaganda como "uma consequência lógica do modo


em que nossa sociedade democrática está organizada", como a única maneira de
conseguir que uma imensa quantidade de pessoas colabore e convivam dentro de
uma sociedade que funcione sem sobressaltos.

O terceiro episódio do documentário é fundamental ao abordar o ponto de


viragem decisivo dentro da engenharia do controle social nos anos 60 e 70: o
momento em que as idéias de Freud são acusadas de serem as responsáveis por
governos e corporações manipularem os sentimentos das pessoas e transformá-
las em consumidores ideais. Filósofos como Wilhelm Reich e Hebert Marcuse e
ativistas estudantis começaram questionar o pressuposto da teoria do
inconsciente de que havia um Eu irracional, oculto, que deveria ser controlado
pelos indivíduos para o bem da sociedade. Os oponentes diziam que Freud estava
errado sobre a natureza humana: o eu interior não precisaria ser reprimido e
controlado, mas, ao contrário, deveria ser encorajado a se expressar. Em
conseqüência, teríamos uma sociedade melhor fundamentada num novo ser
humano. O documentário demonstra que o resultado dessa revolução foi o
oposto: um indivíduo vulnerável, isolado e acima de tudo ganancioso, mais
aberto à manipulação pelo mundo dos negócios e governos.

Os estudiosos do comportamento humano identificaram que no cerne


destes novos valores estava a primazia pela autoexpressão, na verdade, o
marketing e a publicidade deveriam oferecer produtos que expressassem essas
individualidades, uma reação em um mundo estratificado e conformista. O
Instituto de Pesquisas de Stanford, na Califórnia, trabalhou para corporações e
para o governo norte americano. Em 1978, um grupo de economistas e psicólogos
decidiu encontrar um jeito de ler, medir, e atender aos desejos desses
imprevisíveis consumidores. A idéia era criar uma ferramenta rigorosa para medir
um amplo espectro de desejos, valores que até aquele tempo tinham sido
ignorados. Procuraram então a ajuda de um dos líderes do movimento do
potencial humano, Abraham Maslow e sua teoria da hierarquia das necessidades
em que no ápice da pirâmide estava a auto-realização.

Pensou-se numa base para uma nova maneira de categorizar a sociedade,


não mais por classes sociais, mas por desejos e impulsos psicológicos diferentes.
Os computadores, depois de analisar milhares de questionários, revelaram que
haviam padrões subjacentes, na maneira em que as pessoas sentem sobre si
mesmas. Os pesquisadores categorizaram três grandes grupos que expressavam
um sistema de valores e estilo de vida: Os auto-guiados, os experimentadores e os
autorealizadores. Atualmente, o sistema VALS 2, Values and Life Style, valores
que a pessoa mais preza combinado com seu estilo de vida é a nova versão desse
sistema de segmentação de perfil do consumidor que compõe ao todo 9 grupos.

O documentário produz uma passagem importante ao deslocar o eixo da


pesquisa dos consumidores para os eleitores, pois se as pessoas têm tendências a
consumir de determinada forma também poderiam expressar uma forma de
votar. E os políticos ficaram atentos e se apropriaram das idéias fundamentais da
pesquisa. De forma análoga, podemos imaginar um engajamento político de uma
democracia do público, para utilizar um termo do Bernard Manin, em três níveis
para estabelecer alguma correlação possível com os grandes grupos da pesquisa
de Stanford :

Os Auto Guiados, que se sentem mais pelas escolham que fazem do que
propriamente pelo seu lugar na sociedade, poderiam comportar os ativismos
particularizantes que definem pequenos grupos, tais como os cicloativistas, o
engajamento dos multifacetados segmentos dos direitos sexuais e da diversidade
sexual, militantes da causa étnica racial, et. A atuação política é circunscrita a um
tema específico e com possibilidade de agregar pessoas com os mesmos ideais.
O grupo dos Experimentadores, que busca o crescimento interior através
de experiências diretas poderia caracterizar os consumidores responsáveis em
que o compromisso social está atrelado ao produto ideologicamente produzido e
revertido em um compromisso social palpável, Slavoj Zizek toma os
consumidores do café Starbucks como exemplo paradigmático de um hedonismo
que calcula as vicissitudes do consumo. Um parcela expressiva deste grupo é
representada pelos defensores dos direitos dos animais em protestos e
performances contra o uso de animais em laboratórios, industria alimentícia e de
cosméticos, além das causas contra o desmatamento e alimentos transgênicos.

De alguma forma existem outros níveis de participação política, os


autorealizadores no topo do engajamento social podem ser os militantes de
causas mais envolvidas com transformações societárias, impasses institucionais,
as governalibilidades. Os três níveis são interpenetráveis e utilizam amplas
plataformas virtuais e tradicionais de comunicação. O exercício classificatória é
apenas uma tentativa de analisar diferentes manifestações do homo politicus de
nosso tempo, em constante mutação. Não há nada de estranho nestas
agremiações no palco da democracia, a estratificação de parcelas tão
diferenciadas da cidadania é fenômeno que somente se torna possível com as
particularidades de nossa própria sociedade de consumo. Apenas, cabe registrar
que estes movimentos muitas vezes não acompanham a participação das reuniões
nos condomínios ou reuniões de bairro a mecanismos de controle de participação
popular como conselhos municipais de políticas públicas e conferências
municipais. Espaços decisivos para a ocupação de nossa cidadania ativa.

A democracia em seu projeto de existência de regime de governo parece


cada vez mais acomodar-se na governabilidade de vários sujeitos políticos à
imagem do consumo. A cidadania transmutou também em objeto de consumo
que guarda as particularidades dos engajamentos da pequena política. A
democracia do público e a democracia dos partidos. Todo este contexto surge
devido a mudanças profundas, impulsionadas, de forma mais geral, pela
passagem de economias industriais para economia de serviços e concomitante
flexibilização dos meios de comunicação de massa.

Em várias manifestações nas ruas e redes sociais existe um apelo à volta


dos militares no poder como única esperança de ordenar o caos social. É um
paradoxo interessante no imaginário social que só reforça o infantilismo da nossa
cidadania, recém saída do berço esplêndido, com promessas eternas do Brasil,
país do futuro, em uma época tão precocemente democrática que ainda estamos
distantes de consolidar.

A função paterna aparece em duas formas distintas, seja exercida pelo


paternalismo benevolente e assistencialista tão encarnado em figuras como pai
dos pobres, mãe dos pobres e, curiosamente é encontrado em alguns segmentos
das manifestações de rua em que surge um claro apelo à volta dos militares, única
autoridade encarnada para botar ordem na casa. Algo como um pai severo a
quem todos devemos obedecer contra um pai complacente e permissivo.
Curiosamente, a democracia não é algo em si mesmo, algo dado, uma substância
exterior a que a cidadania deve impregnar-se. É,sim, um convite ativo a implicar-
se no nosso dia a dia, nas nossas escolhas, na vida social do fazer político.

A pulsão de morte constantemente tem um risco de ligar-se a projetos


societários e de governo. Que sociedade queremos? Seria esta um ente abstrato,
longínquo em nossa participação diária? Como encampar bandeiras virtuais nas
quais justiça social pode ser resolvida com empreendedorismo social. Assim
como injustiça social redime toda e qualquer criminalidade. A equação não é tão
simples assim, ainda mais em nossa sociedade com fortes traços egoísticos,
violentos e, sobretudo, da ostentação que captura o imaginário dos incautos,
sobretudo dos adolescentes, e que já democratizou a criminalidade além dos
estratos e classes sociais.

Uma nova terminologia da arte do insulto político está em cena nas ruas e
nas mídias sociais: reaças, coxinhas, fascistóides, ofensas lançadas de um lado;
esquerda caviar, esquerdopatas, idiotas úteis do outro. Ícones revolucionários, até
então intocados em sua beatitude são relegados a figuras execráveis, cruéis e
sanguinários como o Che Guevara, o homem mais completo do Século XX,
segundo o filósofo existencialista Jean Paul Sartre. No recente ENEM Simone de
Beauvoir e a relação essência e existência do feminino, num trecho do livro o
Segundo Sexo, foi elevado a um rebuliço interpretativo com várias apropriações
indébitas. Até o educador Paulo Freire não ficou impune. Palavras como
patrulhamento ideológico e doutrinação ideológica são temas recorrentes que
poderiam disparar debates sérios se a razoabilidade das consciências históricas e
o obscurantismo permitissem. A impressão generalizada é que entramos no
século XXI sem revisar e aprender muito com o Século XX.

Neste palco de acusações, em que o afeto tem facilmente passagem aos


atos de intolerância, o efeito Halo aparece como um importante operador
cognitivo de nossa época. O fenômeno foi investigado pelo psicólogo Edward
Thorndike, em 1920, ainda sob o contexto da Primeira Guerra Mundial e guarda
uma atualidade impressionante. Ele concluiu que depois de criada uma primeira
impressão global sobre uma pessoa, temos a tendência para captar as
características que vão confirmar essa mesma impressão. Ele afirmava que o
cérebro humano julga, analisa e tira conclusões de uma pessoa a partir de uma
única característica e formula um estereótipo global do indivíduo com base neste
único fator como aparência, vestimenta, postura, fala, e mais notadamente, em
nosso tempo, a posição política ideológica se de esquerda(socialistas) ou de
direita (conservadores) encontra nas redes sociais e nas ruas manifestações
bastante acirradas, acusações, xingamentos e abusos de ambos os lados
colocando em pauta um discurso do ódio sem maiores mediações de
razoabilidade de raciocínio. O Efeito Halo claramente dificulta uma empatia pelo
outro que é visto como adversário. Neste sentido, a conceituação freudiana do
narcisismo das pequenas diferenças ilumina sob outro angulo a mesma
problemática., pois parece ser mais atual do que nunca quando afirma que
sempre é possível ligar um grande número de pessoas pelo amor, desde que
restem outras para que se exteriorize a agressividade.

Por fim, cabe três lições fundamentais para nossa época: É ilusório
acreditar na racionalidade profunda da História, esta é tributária do acaso, se
move e depara-se com bifurcações inesperadas no decurso do tempo, tampouco
possui uma substância de uma versão objetiva dos fatos. A segunda lição é
tributária e correlata dessa primeira; processos podem ser desencadeados com o
resultado contrário às intenções que os haviam produzidos, por melhores que
possam parecer. Isto se aplica a democracia, que após revolvê-la, questioná-la,
apostá-la, pode-se facilmente tomá-la pelo avesso e configurar-se num
totalitarismo, ou como melhor disse José Saramago, em uma certa entrevista
concedida a um jornal de Sevilha, o grande problema do nosso sistema
democrático é que ele permite fazer coisas nada democráticas democraticamente.
Por fim, que nosso mal estar democrático possa, tal como na clínica, nos tornar
mais responsáveis pelo nosso próprio sintoma implicando nosso real potencial
democrático emancipatório.

Referências Bibliográficas

Bernays, E. L. (1947). The engineering of consent. The ANNALS of the American


Academy of Political and Social Science, 250(1): 113-120. Copyright © (2010) by
American Academy of Political & Social Science. Reprinted by permission of
SAGE Publications, Inc.

Bernays. E. L. (1928) Propaganda . H. Liveright, New York.

Freud, Sigmund. (1920-1923) Psicologia das massas e análise do eu e outros textos;


tradução Paulo César de Souza . São Paulo: Companhia das Letras,2011.

Freud, Sigmund.(1930-1936) .O mal-estar na civilização, novas conferências


introdutórias à psicanálise e outros textos ; tradução Paulo César de Souza.São
Paulo: Companhia das Letras, 2010.

Manin,Bernard.(2012).Principes du gouvernement représentatif. 2. ed.


Paris:Flammarion.

Rey Lennon, F. (2006). Edward Bernays : el inventor de las relaciones públicas [en
línea]. Buenos Aires : Educa
Perfil Profissional

Rodrigo da Costa Bezerra, é Psicanalista, Mestre em Educação, Especialista em


Psicologia Clínica, Pesquisador do Grupo de Estudos da Complexidade
(GRECOM-UFRN) e Colaborador do Movimento ValorizaPsi. Trabalha como
Analista Legislativo Psicólogo da Assembléia Legislativa do RN e Psicólogo da
Secretaria de Saúde do Município de Natal.

Quadro Sinóptico do documentário.

O documentário, The century of the self, “O


Século do Eu" é uma série de quatro episódios
(240 min): Produzida por Adam Curtis, e
exibida pela BBC de Londres em 2002,
investiga como as revolucionárias idéias de
Sigmund Freud no inicio do século XX foram
aplicadas pelo seu sobrinho Edward Bernays, e
bisneto Matthew Freud, para ajudar as
corporações e políticos na manipulação dos
desejos inconscientes. "Aclamada série de
Adam Curtis que examina a ascensão do auto-
consumo tendo como pano de fundo a dinastia Freud. Para muitos políticos e
empresários, o triunfo do EU é a expressão máxima da democracia, onde o poder
finalmente se mudou para o povo. Certamente as pessoas podem sentir que estão
no comando, mas estarão realmente? O século do EU conta a história não
contada e às vezes controversa do crescimento da sociedade de consumo de
massa na Grã-Bretanha e os Estados Unidos. Como foi o auto-consumo criado,
por quem, e com que interesses? A dinastia Freud está no coração desta história
social. Sigmund Freud, fundador da psicanálise, o seu sobrinho Edward Bernays,
que inventou as relações públicas e o neto de Sigmund, Matthew Freud.

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